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2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 5
7. CONCLUSÕES ....................................................................................................... 23
Uma máquina de fluxo é um dispositivo que realiza trabalho sobre um fluido ou extrai
trabalho (ou potência) de um fluido (FOX, 2014). As primeiras máquinas de fluxo a serem
desenvolvidas foram as rodas de conchas e as bombas de parafuso com o objetivo de
elevar água. Posteriormente, os romanos introduziram a roda de pás em torno de 70 a.C.
a fim de extrair energia dos cursos de água. Hoje, esse tipo de máquina opera em sistemas
de refrigeração, lubrificação e direção, sendo assim muito presente em nosso dia a dia.
Ainda segundo Fox et al. (2014) as máquinas de fluxo são classificadas como
máquinas de deslocamento positivo ou máquinas dinâmicas (turbomáquinas). A diferença
entre esses dois tipos está na transferência de energia, na qual para máquinas de
deslocamento positivo é realizada por variações de volume que ocorrem devido ao
movimento da fronteira na qual o fluido está contido e, nas máquinas dinâmicas resulta
de efeitos dinâmicos do rotor sobre a corrente do fluxo.
Conforme afirma White et al. (2011), as turbomáquinas dividem-se naquelas que
adicionam energia (bombas) e naquelas que extraem energia (turbinas). As máquinas que
adicionam energia a um fluido, realizando trabalho sobre o fluido, são denominadas
bombas, quando o escoamento é de líquido ou pastoso, e ventiladores, sopradores ou
compressores para unidades que lidam com gás ou vapor, dependendo do aumento de
pressão (FOX, 2014).
As turbomáquinas também são classificadas pela geometria do percurso do fluido,
podendo ser radial (com mudanças significativas no raio, denominadas centrífugas) ou
axial (trajetória aproximadamente paralela à linha de centro da máquina e raio de percurso
não variável significativamente) (FOX, 2014).
De acordo com Falco e Mattos et al. (1998), o funcionamento da bomba centrífuga
consiste no fornecimento de energia ao fluido pelo impelidor transformando parte dessa
energia cinética em energia de pressão uma vez que há um aumento gradual da área da
carcaça após o fluido atravessar a voluta.
2.
3.
Essa bancada permite diferentes configurações através das válvulas de controle: com
as válvulas 1 e 3 abertas (2 e 4 fechadas) é possível a caracterização do funcionamento
a
Um reservatório de água;
Um rotâmetro;
Dois manômetros.
Para uma melhor dinâmica e coleta de dados, cada integrante do grupo foi responsável
por uma das funções necessárias para a realização do experimento, sendo essas:
regulagem da vazão, leitura dos manômetros de sucção, descarga e do rotâmetro,
anotações dos dados, e fotografia do experimento.
Inicialmente verificou-se se
regulagem fechada. Após esse procedimento foi utilizado o critério de Chavaunet para a
seleção da quantidade de pontos utilizados. Visando uma melhor precisão no
levantamento da curva característica da bomba analisada, estabeleceu-se um intervalo de
100 L/h de vazão de uma medição a outra, obtendo assim 30 pontos de acordo com o
índice de medição do rotâmetro.
Após essas conferências foi dada a partida à bomba com a válvula de regulagem
fechada definindo, assim, o ponto de bloqueio através da leitura da pressão na sucção e
na descarga da bomba, e também da vazão no rotâmetro nesse instante. Os outros pontos
foram obtidos respeitando o intervalo de 100 L/h estabelecido. Posteriormente, a válvula
de regulagem foi aberta de acordo com o critério definido anteriormente e então foram
realizadas as leituras de pressão nos manômetros e de vazão no rotâmetro até a abertura
completa dessa válvula, conforme mostra a Tabela 1.
Tabela 1 Dados obtidos no experimento.
4.
Onde:
= carga da bomba;
= pressão de sucção;
= pressão de descarga;
= velocidade de sucção;
= velocidade de descarga;
= altura de sucção;
= altura de descarga;
= massa específica do fluido;
= aceleração da gravidade.
(2)
Além disso, como mostra a Figura 2, a posição dos manômetros na bancada de testes
está deslocada em relação ao eixo de referência da bomba, o que acarreta na formação de
dos manômetros no experimento, porém, como ela gera uma diferença de pressão
relativamente baixa optamos por desprezá-la.
Figura 2 - Ilustração do deslocamento do manômetro em relação ao eixo da bomba.
(3)
= ² (4)
Onde:
Com o auxílio do software Wolfram Mathematica® foi criada uma rotina (Figura 4)
com o objetivo de adaptar os pares vazão x carga no formato desejado. Para tal foi
elaborado 30 pares encontrados e demonstrados na Tabela
1. Assim, a rotina criada leu os pares experimentais, os declarou como uma função de
variável real, e representou essa função com um ajuste afim de obter um polinômio no
formato demonstrado acima.
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(9)
Portanto com esses resultados será possível criar a curva característica Vazão x
Carga experimental para os pontos aprovados, e compará-la com a curva do fabricante.
Os erros obtidos na prática podem ser em razão das leituras das medições do
manômetro (sucção), manômetro (descarga) e rotâmetro (vazão). Devido ao fato dos
aparelhos utilizados na medição serem analógicos, estes estão suscetíveis à erros por
conta do operador. Sabe-se que erros estão sempre presentes quando medições
experimentais são feitas. Admite-se que o equipamento foi construído corretamente e
calibrado de forma adequada para eliminar os erros fixos. Assumimos que os
instrumentos têm resolução apropriada e que as flutuações nas leituras não são excessivas.
As observações foram feitas e registradas com o devido cuidado de modo que só os erros
aleatórios aparecessem.
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Incerteza na vazão:
12)
(13)
6.
(5)
7.
É notório, pela comparação entre as curvas, que houve proximidade entre a curva
característica fornecida pelo fabricante e a criada experimentalmente, embora exista erros
associados, pois a qualidade da curva característica experimental depende de alguns
fatores como, por exemplo, a quantidade de pontos e a precisão de medição. Apesar da
coleta de dados ter se dado de forma visual, o que diminui a precisão, foi possível coletar
uma quantidade significativa de pontos, o que permitiu plotar uma curva, com o amparo
de softwares, bastante similar à curva característica do fabricante.
FALCO, R., MATTOS, E.E. Bombas Industriais. 2 ed, Rio de
Janeiro: Interciência, 1998.
FOX, R.W., MCDONALD, A.T. Introdução à Mecânica dos Flúidos. 8 ed. Rio de
Janeiro: LTC Livros Técnicos e Científicos, 2014.