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Teatro do Oprimido

Cena 1:
Objetos necessários: vassoura, jornal
(Uma mulher realiza atividades domésticas, enquanto seus dois filhos estão
brincando e o marido chega do trabalho)
O marido senta-se em uma cadeira com aspecto de cansado e pede arrogantemente um
jornal à sua esposa
Marido: Mulher, me dê o jornal
A esposa demora um pouco porque estava terminando uma tarefa quando o marido
grita com ela
Marido: Bora mulher, cadê meu jornal, você nem tá fazendo nada.
Quando a mulher entrega o jornal, o marido cobra a ela pelo almoço
Marido: O almoço já está pronto? Você sabe que eu chego com muita fome do trabalho.
Mulher: Ainda não, mas também, estou fazendo tudo né. Não tem nada pronto e nem
para vocês irem adiantando, me ajudando em alguma coisa...
Marido: Isso é culpa da Jéssica, um absurdo nossa filha com 12 anos sem fazer nada o
dia todo, quero saber como é que essa menina vai casar, se não sabe fazer um arroz e
nem passar um pano na casa que preste.
Após essa fala do Marido, as duas crianças, que estavam distantes brincando e sem
escutar a conversa dos pais, chegam animadas pedindo para brincar na casa da
vizinha.
Filha: Painhoooo, posso brincar na casa da vizinha?
Filho: Deixe eu ir também, a gente quer brincar de boneca com a Laura.
Pai: Que absurdo! Filho meu tem que ser macho, nada de brincar com coisas de
mulherzinha. Você vai brincar de bola na rua e sua irmã vai terminar de fazer o almoço
com sua mãe
As crianças ficam tristes e cabisbaixas e vão fazer as atividades designadas pelo pai.

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