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Livro Eletrônico

Aula 00

Direito Processual Penal p/ Polícia Civil-SP (Investigador) Com videoaulas - Pós-Edital

Professores: Renan Araujo, Time Renan Araujo

00000000000 - DEMO
D. PROCESSUAL PENAL PARA PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR
Teoria e quest›es
Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo

AULA DEMO: INQUƒRITO POLICIAL.

SUMçRIO
1 INQUƒRITO POLICIAL ........................................................................................... 6
1.1 Natureza e caracter’sticas .............................................................................. 6
1.2 In’cio do IP (instaura•‹o do IP) ..................................................................... 9
1.2.1 Formas de instaura•‹o do IP nos crimes de a•‹o penal pœblica incondicionada ....... 9
1.2.1.1 De of’cio ................................................................................................ 9
1.2.1.2 Requisi•‹o do Juiz ou do MP.................................................................... 11
1.2.1.3 Requerimento da v’tima ou de seu representante legal ............................... 11
1.2.1.4 Auto de Pris‹o em Flagrante ................................................................... 12
1.2.2 Formas de instaura•‹o do IP nos crimes de A•‹o Penal Pœblica Condicionada ˆ
0
Representa•‹o ............................................................................................................. 12
1.2.2.1 Representa•‹o do Ofendido ou de seu representante legal .......................... 12
1.2.2.2 Requisi•‹o de autoridade Judici‡ria ou do MP ............................................ 13
1.2.2.3 Auto de Pris‹o em Flagrante ................................................................... 13
1.2.2.4 Requisi•‹o do Ministro da Justi•a ............................................................. 14
1.2.3 Formas de Instaura•‹o do IP nos crimes de A•‹o Penal Privada .......................... 14
1.2.3.1 Requerimento da v’tima ou de quem legalmente a represente ..................... 14
1.2.3.2 Requisi•‹o do Juiz ou do MP.................................................................... 14
1.2.3.3 Auto de Pris‹o em Flagrante ................................................................... 15
1.2.4 Fluxograma ................................................................................................. 15
1.3 Tramita•‹o do IP ......................................................................................... 15
1.3.1 Dilig•ncias Investigat—rias ............................................................................. 16
1.3.1.1 Requerimento de dilig•ncias pelo indiciado e pelo ofendido ......................... 19
1.3.1.2 Identifica•‹o criminal ............................................................................. 19
1.3.1.3 Nomea•‹o de curador ao indiciado ........................................................... 21
1.4 Forma de tramita•‹o .................................................................................... 22
1.4.1 Incomunicabilidade do preso ......................................................................... 24
1.4.2 Indiciamento ............................................................................................... 25
1.5 Conclus‹o do inquŽrito policial .................................................................... 26
1.6 Poder de investiga•‹o do MP........................................................................ 31
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 31
3 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 36
3.1 Sœmulas vinculantes .................................................................................... 36
3.2 Sœmulas do STF ............................................................................................ 36
4 RESUMO .............................................................................................................. 36
5 EXERCêCIOS PARA PARATICAR ........................................................................... 42
6 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 71
7 GABARITO ........................................................................................................ 126

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Teoria e quest›es
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Ol‡, meus amigos!

ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATƒGIA
CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir para a aprova•‹o de
voc•s no concurso da POLêCIA CIVIL DO ESTADO DE SÌO PAULO (PC-SP).
N—s vamos estudar teoria e comentar exerc’cios sobre DIREITO PROCESSUAL
PENAL, para o cargo de INVESTIGADOR DE POLêCIA CIVIL.
E a’, povo, preparados para a maratona?
O edital acabou de ser publicado, e a Banca ser‡ a VUNESP. A prova
objetiva est‡ agendada para o dia 10.06.2018. S‹o 600 vagas para
investigador de pol’cia!!
Bom, est‡ na hora de me apresentar a voc•s, certo?
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de Janeiro,
e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes,
porŽm, fui servidor da Justi•a Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de
TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e p—s-
graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama Filho.
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos Pœblicos.
Desde o come•o da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha
vida! E querem saber? Isso faz toda a diferen•a! Algumas pessoas me perguntam
como consegui sucesso nos concursos em t‹o pouco tempo. Simples: Foco +
For•a de vontade + Disciplina. N‹o h‡ f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente
secreto! Basta querer e correr atr‡s do seu sonho! Acreditem em mim, isso
funciona!
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro,
poder colaborar para a aprova•‹o de outros tantos concurseiros, como um dia eu
fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a aprova•‹oÓ, n‹o estou falando apenas
por falar. O EstratŽgia Concursos possui ’ndices alt’ssimos de aprova•‹o
em todos os concursos!
Neste curso voc•s receber‹o todas as informa•›es necess‡rias para que
possam ter sucesso na prova da PC-SP. Acreditem, voc•s n‹o v‹o se
arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡ comprometido com sua
aprova•‹o, com sua vaga, ou seja, com voc•!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc• ainda
n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos Ž a melhor
escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador. Ës vezes Ž dif’cil
escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo, alguns colegas de
caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:

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Esse print screen acima foi retirado da p‡gina de avalia•‹o do curso de


Direito Processual Penal para Delegado da PC-PE. Vejam que, dos 62 alunos
que avaliaram o curso, 61 o aprovaram. Um percentual de 98,39%.
Ainda n‹o est‡ convencido? Continuo te entendendo. Voc• acha que
pode estar dentro daqueles 1,61%. Em raz‹o disso, disponibilizamos
gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que voc• possa analisar o
material, ver se a abordagem te agrada, etc.
Acha que a aula demonstrativa Ž pouco para testar o material? Pois
bem, o EstratŽgia concursos d‡ a voc• o prazo de 30 DIAS para testar o
material. Isso mesmo, voc• pode baixar as aulas, estudar, analisar detidamente
o material e, se n‹o gostar, devolvemos seu dinheiro.
Sabem porque o EstratŽgia Concursos d‡ ao aluno 30 dias para
pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso n‹o vai acontecer! N‹o
temos medo de dar a voc• essa liberdade.
Neste curso estudaremos todo o conteœdo de Direito Processual Penal
previsto no Edital. Estudaremos teoria e vamos trabalhar tambŽm com
exerc’cios comentados.
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo:

AULA CONTEòDO DATA


Aula 00 InquŽrito Policial 14.04

Aula 01 Provas (parte I): Teoria geral.


21.04
Provas (parte II): Provas em 28.04
Aula 02 espŽcie. Restitui•‹o de coisas
apreendidas. Medidas assecurat—rias.
Pris‹o e liberdade provis—ria (parte
I). Pris‹o em flagrante (espŽcies, 30.04
Aula 03
hip—teses, etc.). Pris‹o preventiva.
Pris‹o tempor‡ria (Lei 7.960/89).

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Pris‹o e liberdade provis—ria (parte 05.05


Aula 04 II). Medidas cautelares diversas da
pris‹o. Fian•a.

Nossas aulas ser‹o disponibilizadas conforme o cronograma apresentado.


Em cada aula eu trarei algumas quest›es que foram cobradas em
concursos pœblicos, para fixarmos o entendimento sobre a matŽria.
Sempre que poss’vel, trabalharemos com quest›es da pr—pria
VUNESP, que Ž a Banca do concurso. Todavia, para n‹o ficarmos com uma
prepara•‹o defasada, vamos utilizar tambŽm quest›es de outras Bancas
renomadas (FCC, FGV, etc.).
AlŽm da teoria e das quest›es, voc•s ter‹o acesso a duas ferramentas
muito importantes:
¥ RESUMOS Ð Cada aula ter‡ um resumo daquilo que foi estudado,
variando de 03 a 10 p‡ginas (a depender do tema), indo direto ao
ponto daquilo que Ž mais relevante! Ideal para quem est‡ sem
muito tempo.
¥ FîRUM DE DòVIDAS Ð N‹o entendeu alguma coisa? Simples: basta
perguntar ao professor Vinicius Silva, que Ž o respons‡vel pelo
F—rum de Dœvidas, exclusivo para os alunos do curso.

Outro diferencial importante Ž que nosso curso em PDF ser‡


complementado por videoaulas. Nas videoaulas iremos abordar os t—picos do
edital com a profundidade necess‡ria, a fim de que o aluno possa esclarecer
pontos mais complexos, fixar aqueles pontos mais relevantes, etc.

No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos!


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E-mail: profrenanaraujo@gmail.com

Periscope: @profrenanaraujo

Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia

Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br
Youtube:
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ

Observa•‹o importante: este curso Ž protegido por direitos autorais


(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
legisla•‹o sobre direitos autorais e d‡ outras provid•ncias.

Grupos de rateio e pirataria s‹o clandestinos, violam a lei e prejudicam os


professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe
adquirindo os cursos honestamente atravŽs do site EstratŽgia Concursos. ;-)

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1! INQUƒRITO POLICIAL

1.1! Natureza e caracter’sticas


Antes de tudo, precisamos definir o que seria o InquŽrito Policial, para, a
partir da’, estudarmos os demais pontos. Podemos defini-lo como:
ÒInquŽrito policial Ž, pois, o conjunto de dilig•ncias realizadas pela Pol’cia Judici‡ria para a
apura•‹o de uma infra•‹o penal e sua autoria, a fim de que o titular da a•‹o penal possa
ingressar em ju’zoÓ.1

Assim, por Pol’cia Judici‡ria podemos entender a Pol’cia respons‡vel por


apurar fatos criminosos e coligir (reunir) elementos que apontem se, de fato,
houve o crime e quem o praticou (materialidade e autoria). A Pol’cia Judici‡ria
Ž representada, no Brasil, pela Pol’cia Civil e pela Pol’cia Federal.
A Pol’cia Militar, por sua vez, n‹o tem fun•‹o investigat—ria, mas apenas
fun•‹o administrativa (Pol’cia administrativa), de car‡ter ostensivo, ou seja, sua
fun•‹o Ž agir na preven•‹o de crimes, n‹o na sua apura•‹o! Cuidado com
isso!
Nos termos do art. 4¡ do CPP:
Art. 4¼ A pol’cia judici‡ria ser‡ exercida pelas autoridades policiais no territ—rio de suas
respectivas circunscri•›es e ter‡ por fim a apura•‹o das infra•›es penais e da sua autoria.

O IP tem natureza de procedimento administrativo, e n‹o de


processo judicial. Muito cuidado com isso!
O inquŽrito policial possui algumas caracter’sticas, atreladas ˆ sua
natureza. S‹o elas:

¥ O IP Ž administrativo - O InquŽrito Policial, por ser instaurado e


conduzido por uma autoridade policial, possui n’tido car‡ter administrativo.
O InquŽrito Policial n‹o Ž fase do processo! Cuidado! O IP Ž prŽ-
processual! Da’ porque eventual irregularidade ocorrida durante a
investiga•‹o n‹o gera nulidade do processo. 2
¥ O IP Ž inquisitivo (inquisitorialidade) - A inquisitorialidade do
InquŽrito decorre de sua natureza prŽ-processual3. No Processo temos autor

1 1
Tourinho Filho, Fernando da Costa, 1928 Ð Processo penal, volume 1 / Fernando da Costa Tourinho Filho.
Ð 28. ed. ver. e atual. - S‹o Paulo : Saraiva, 2006.
2
Este Ž o entendimento do STJ, no sentido de que eventuais nulidades ocorridas durante a investiga•‹o n‹o
contaminam a a•‹o penal, notadamente quando n‹o h‡ preju’zo algum para a defesa (STJ - AgRg no HC
235840/SP).

3
Para entendermos, devemos fazer a distin•‹o entre sistema acusat—rio e sistema inquisitivo.

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(MP ou v’tima), acusado e Juiz. No InquŽrito n‹o h‡ acusa•‹o, logo, n‹o


h‡ nem autor, nem acusado. O Juiz existe, mas ele n‹o conduz o IP, quem
conduz o IP Ž a autoridade policial (Delegado). No InquŽrito Policial, por
ser inquisitivo, n‹o h‡ direito ao contradit—rio nem ˆ ampla defesa4.
Como dissemos, no IP n‹o h‡ acusa•‹o alguma. H‡ apenas um procedimento
administrativo destinado a reunir informa•›es para subsidiar um ato
(oferecimento de denœncia ou queixa). N‹o h‡, portanto, acusado, mas
investigado ou indiciado (conforme o andamento do IP).5 Em raz‹o desta
aus•ncia de contradit—rio, o valor probat—rio das provas obtidas no
IP Ž muito pequeno, servindo apenas para angariar elementos de
convic•‹o ao titular da a•‹o penal (o MP ou o ofendido, a depender do tipo
de crime) para que este ofere•a a denœncia ou queixa.

CUIDADO! O Juiz pode usar as provas obtidas no InquŽrito


para fundamentar sua decis‹o. O que o Juiz NÌO PODE Ž fundamentar sua
decis‹o somente com elementos obtidos durante o IP. Nos termos do art.
155 do CPP:
Art. 155. O juiz formar‡ sua convic•‹o pela livre aprecia•‹o da prova produzida em contradit—rio
judicial, n‹o podendo fundamentar sua decis‹o exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investiga•‹o, ressalvadas as provas cautelares, n‹o repet’veis e antecipadas.
Vejam que mesmo nesse caso, existem exce•›es, que s‹o aquelas provas
colhidas durante a fase prŽ-processual em raz‹o da impossibilidade de se
esperar a Žpoca correta, por receio de n‹o se poder mais obt•-las (ex.: Exame
de corpo de delito).

¥ Oficiosidade Ð Em se tratando de crime de a•‹o penal pœblica


incondicionada, a autoridade policial deve instaurar o InquŽrito
Policial sempre que tiver not’cia da pr‡tica de um delito desta
natureza. Quando o crime for de a•‹o penal pœblica incondicionada (regra),

O sistema acusat—rio Ž aquele no qual h‡ dialŽtica, ou seja, uma parte defende uma tese, a outra parte
rebate as teses da primeira e um Juiz, imparcial, julga a demanda. Ou seja, o sistema acusat—rio Ž
multilateral.
J‡ o sistema inquisitivo Ž unilateral. N‹o h‡ acusador e acusado, nem a figura do Juiz imparcial. No
sistema inquisitivo n‹o h‡ acusa•‹o propriamente dita.
4
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 124. Isso n‹o significa que o indiciado n‹o possua direitos, como
o de ser acompanhado por advogado, etc. Inclusive, o indiciado, embora n‹o possua o Direito
Constitucional ao Contradit—rio e ˆ ampla defesa nesse caso, pode requerer sejam realizadas
algumas dilig•ncias. Entretanto, a realiza•‹o destas n‹o Ž obrigat—ria pela autoridade policial.
5
Entretanto, CUIDADO:
O STJ possui decis›es concedendo Habeas Corpus para determinar ˆ autoridade policial que
atenda a determinados pedidos de dilig•ncias;
O exame de corpo de delito n‹o pode ser negado, nos termos do art. 184 do CPP:
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negar‡ a per’cia requerida
pelas partes, quando n‹o for necess‡ria ao esclarecimento da verdade.

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portanto, a instaura•‹o do IP poder‡ ser realizada pela autoridade policial


independentemente de provoca•‹o de quem quer seja. ƒ claro que, se o MP
j‡ dispuser dos elementos necess‡rios ao ajuizamento da a•‹o penal, o IP
n‹o precisa ser iniciado. O que o inciso I do art. 5¼ quer dizer Ž que a
autoridade policial tem o poder-dever de instaur‡-lo, de of’cio, no caso de
crimes desta natureza (O que determinar‡ a instaura•‹o, ou n‹o, ser‡ a
exist•ncia de ind’cios m’nimos da infra•‹o penal e a eventual utilidade do
IP).
¥ Oficialidade Ð O IP Ž conduzido por um —rg‹o oficial do Estado.
¥ Procedimento escrito - Todos os atos produzidos no bojo do IP
dever‹o ser escritos, e reduzidos a termo aqueles que forem orais (como
depoimento de testemunhas, interrogat—rio do indiciado, etc.). Essa regra
encerra outra caracter’stica do IP, citada por alguns autores, que Ž a da
FORMALIDADE.
¥ Indisponibilidade - Uma vez instaurado o IP, n‹o pode a
autoridade policial arquiv‡-lo6, pois esta atribui•‹o Ž exclusiva do
Judici‡rio, quando o titular da a•‹o penal assim o requerer.
¥ Dispensabilidade - O InquŽrito Policial Ž dispens‡vel, ou seja,
n‹o Ž obrigat—rio. Dado seu car‡ter informativo (busca reunir
informa•›es), caso o titular da a•‹o penal j‡ possua todos os elementos
necess‡rios ao oferecimento da a•‹o penal, o InquŽrito ser‡ dispens‡vel.
Um dos artigos que fundamenta isto Ž o art. 39, ¤ 5¡ do CPP7.
¥ Discricionariedade na sua condu•‹o - A autoridade policial
pode conduzir a investiga•‹o da maneira que entender mais
frut’fera, sem necessidade de seguir um padr‹o prŽ-estabelecido. Essa
discricionariedade n‹o se confunde com arbitrariedade, n‹o podendo o
Delegado (que Ž quem preside o IP) determinar dilig•ncias meramente com
a finalidade de perseguir o investigado, ou para prejudic‡-lo. A finalidade da
dilig•ncia deve ser sempre o interesse pœblico, materializado no objetivo do
InquŽrito, que Ž reunir elementos de autoria e materialidade do delito.
¥ Sigiloso - o IP Ž sempre sigiloso em rela•‹o ˆs pessoas do povo em
geral, por se tratar de mero procedimento investigat—rio, n‹o havendo
nenhum interesse que justifique o acesso liberado a qualquer do povo.8
Todavia, o IP n‹o Ž, em regra, sigiloso em rela•‹o aos envolvidos (ofendido,
indiciado e seus advogados), podendo, entretanto, ser decretado sigilo em
rela•‹o a determinadas pe•as do InquŽrito quando necess‡rio para o sucesso
da investiga•‹o (por exemplo: Pode ser vedado o acesso do advogado a
partes do IP que tratam de requerimento de intercepta•‹o telef™nica
formulado pelo Delegado ao Juiz).

6
Art. 17 do CPP.
7
¤ 5o O —rg‹o do MinistŽrio Pœblico dispensar‡ o inquŽrito, se com a representa•‹o forem oferecidos
elementos que o habilitem a promover a a•‹o penal, e, neste caso, oferecer‡ a denœncia no prazo de quinze
dias.
8
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 124

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Administrativo

Sigiloso

Escrito

Inquisitorial
(inquisitivo)
CARACTERêSTICAS
DO IP Dispens‡vel

Oficial

Indispon’vel

Discricion‡rio

Oficioso

1.2! In’cio do IP (instaura•‹o do IP)


As formas pelas quais o InquŽrito Policial pode ser instaurado variam
de acordo com a natureza da A•‹o Penal para a qual ele pretende angariar
informa•›es. A a•‹o penal pode ser pœblica incondicionada, condicionada ou a•‹o
penal privada.

1.2.1 Formas de instaura•‹o do IP nos crimes de a•‹o penal pœblica


incondicionada

1.2.1.1 De of’cio
Tomando a autoridade policial conhecimento da pr‡tica de fato definido como
crime cuja a•‹o penal seja pœblica incondicionada, poder‡ proceder (sem que
haja necessidade de requerimento de quem quer que seja) ˆ instaura•‹o do IP,
mediante Portaria.
Quando a autoridade policial toma conhecimento de um fato criminoso,
independentemente do meio (pela m’dia, por boatos que correm na boca do povo,
ou por qualquer outro meio), ocorre o que se chama de notitia criminis. Diante
da notitia criminis relativa a um crime cuja a•‹o penal Ž pœblica
incondicionada, a instaura•‹o do IP passa a ser admitida, ex officio, nos
termos do j‡ citado art. 5¡, I do CPP.
Quando esta not’cia de crime surge atravŽs de uma dela•‹o formalizada por
qualquer pessoa do povo, estaremos diante da delatio criminis simples. Nos
termos do art. 5¡, ¤ 3¡ do CPP:

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¤ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da exist•ncia de infra•‹o penal em que
caiba a•‹o pœblica poder‡, verbalmente ou por escrito, comunic‡-la ˆ autoridade policial, e esta,
verificada a proced•ncia das informa•›es, mandar‡ instaurar inquŽrito.

A Doutrina classifica a notitia criminis da seguinte forma:


⇒ Notitia criminis de cogni•‹o imediata Ð Ocorre quando a
autoridade policial toma conhecimento do fato em raz‹o de suas
atividades rotineiras.
⇒ Notitia criminis de cogni•‹o mediata Ð Ocorre quando a autoridade
policial toma conhecimento do fato criminoso por meio de um
expediente formal (ex.: requisi•‹o do MP, com vistas ˆ instaura•‹o do
IP).
⇒ Notitia criminis de cogni•‹o coercitiva Ð Ocorre quando a
autoridade policial toma conhecimento do fato em raz‹o da pris‹o em
flagrante do suspeito.

A delatio criminis, que Ž uma forma de notitia criminis, pode ser:


⇒ Delatio criminis simples Ð Comunica•‹o feita ˆ autoridade policial
por qualquer do povo (art. 5¼, ¤3¼ do CPP).
⇒ Delatio criminis postulat—ria Ð ƒ a comunica•‹o feita pelo ofendido
nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada ou a•‹o penal privada,
mediante a qual o ofendido j‡ pleiteia a instaura•‹o do IP.
⇒ Delatio criminis inqualificada Ð ƒ a chamada Òdenœncia an™nimaÓ,
ou seja, a comunica•‹o do fato feita ˆ autoridade policial por qualquer
do povo, mas sem a identifica•‹o do comunicante.

Mas, e no caso de se tratar de uma denœncia an™nima. Como deve


proceder o Delegado, j‡ que a Constitui•‹o permite a manifesta•‹o do
pensamento, mas veda o anonimato? Nesse caso, estamos diante da delatio
criminis inqualificada, que abrange, inclusive, a chamada Òdisque-denœnciaÓ,
muito utilizada nos dias de hoje. A solu•‹o encontrada pela Doutrina e pela
Jurisprud•ncia para conciliar o interesse pœblico na investiga•‹o com a proibi•‹o
de manifesta•›es ap—crifas (an™nimas) foi determinar que o Delegado, quando
tomar ci•ncia de fato definido como crime, atravŽs de denœncia an™nima, n‹o
dever‡ instaurar o IP de imediato, mas determinar que seja verificada a
proced•ncia da denœncia e, caso realmente se tenha not’cia do crime, instaurar
o IP.9

9
(...) Admite-se a denœncia an™nima como instrumento de deflagra•‹o de dilig•ncias, pela
autoridade policial, para apurar a veracidade das informa•›es nela veiculadas, conforme
jurisprud•ncias do STF e do STJ. (...) (AgRg no RMS 28.054/PE, Rel. MIN. ADILSON VIEIRA MACABU
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ), QUINTA TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe 19/04/2012)
O STF corrobora esse entendimento: (...) Segundo precedentes do Supremo Tribunal Federal, nada impede
a deflagra•‹o da persecu•‹o penal pela chamada Ôdenœncia an™nimaÕ, desde que esta seja
seguida de dilig•ncias realizadas para averiguar os fatos nela noticiados (86.082, rel. min. Ellen

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1.2.1.2 Requisi•‹o do Juiz ou do MP


O IP poder‡ ser instaurado, ainda, mediante requisi•‹o do Juiz ou do MP.
Nos termos do art. 5¡, II do CPP:
Art. 5o Nos crimes de a•‹o pœblica o inquŽrito policial ser‡ iniciado:
(...)
II - mediante requisi•‹o da autoridade judici‡ria ou do MinistŽrio Pœblico, ou a requerimento do
ofendido ou de quem tiver qualidade para represent‡-lo.

Essa requisi•‹o deve ser obrigatoriamente cumprida pelo Delegado,


n‹o podendo ele se recusar a cumpri-la, pois requisitar Ž sin™nimo de exigir com
base na Lei. Contudo, o Delegado pode se recusar10 a instaurar o IP quando a
requisi•‹o:
¥ For manifestamente ilegal
¥ N‹o contiver os elementos f‡ticos m’nimos para subsidiar a
investiga•‹o (n‹o contiver os dados suficientes acerca do fato
criminoso)11

1.2.1.3 Requerimento da v’tima ou de seu representante legal


Nos termos do art. 5¡, II do CPP:
Art. 5o Nos crimes de a•‹o pœblica o inquŽrito policial ser‡ iniciado:
(...)
II - mediante requisi•‹o da autoridade judici‡ria ou do MinistŽrio Pœblico, ou a requerimento do
ofendido ou de quem tiver qualidade para represent‡-lo.

Vejam que aqui o CPP fala em requerimento, n‹o requisi•‹o. Por isso,
a Doutrina entende que nessa hip—tese o Delegado n‹o est‡ obrigado a
instaurar o IP, podendo, de acordo com a an‡lise dos fatos, entender que n‹o
existem ind’cios de que fora praticada uma infra•‹o penal e, portanto, deixar de
instaurar o IP.

Gracie, DJe de 22.08.2008; 90.178, rel. min. Cezar Peluso, DJe de 26.03.2010; e HC 95.244, rel. min. Dias
Toffoli, DJe de 30.04.2010 Ð Informativo 755 do STF).
A denœncia an™nima s— pode ensejar a instaura•‹o do IP, excepcionalmente, quando se constituir como
o pr—prio corpo de delito (ex.: carta na qual h‡ materializa•‹o do crime de amea•a, etc.).

10
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 111/112
11
Neste œltimo caso o Delegado deve oficiar a autoridade que requisitou a instaura•‹o solicitando que sejam
fornecidos os elementos m’nimos para a instaura•‹o do IP.

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O requerimento feito pela v’tima ou por seu representante deve preencher


alguns requisitos. Entretanto, caso n‹o for poss’vel, podem ser dispensados. Nos
termos do art. 5¡, ¤ 1¡ do CPP:
¤ 1o O requerimento a que se refere o no II conter‡ sempre que poss’vel:
a) a narra•‹o do fato, com todas as circunst‰ncias;
b) a individualiza•‹o do indiciado ou seus sinais caracter’sticos e as raz›es de convic•‹o ou de
presun•‹o de ser ele o autor da infra•‹o, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomea•‹o das testemunhas, com indica•‹o de sua profiss‹o e resid•ncia.

Caso seja indeferido o requerimento, caber‡ recurso para o Chefe de


Pol’cia. Vejamos:
Art. 5o (...) ¤ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito caber‡
recurso para o chefe de Pol’cia.

1.2.1.4 Auto de Pris‹o em Flagrante


Embora essa hip—tese n‹o conste no rol do art. 5¡ do CPP, trata-se de
hip—tese cl‡ssica de fato que enseja a instaura•‹o de IP. Parte da Doutrina, no
entanto, a equipara ˆ notitia criminis e, portanto, estar’amos diante de
uma instaura•‹o ex officio.

1.2.2 Formas de instaura•‹o do IP nos crimes de A•‹o Penal Pœblica Condicionada


ˆ Representa•‹o
A a•‹o penal pœblica condicionada Ž aquela que, embora deva ser ajuizada
pelo MP, depende da representa•‹o da v’tima, ou seja, a v’tima tem que querer
que o autor do crime seja denunciado.
Nestes crimes, o IP pode se iniciar:

1.2.2.1 Representa•‹o do Ofendido ou de seu representante legal


Trata-se da chamada delatio criminis postulat—ria, que Ž o ato mediante
o qual o ofendido autoriza formalmente o Estado (atravŽs do MP) a
prosseguir na persecu•‹o penal e a proceder ˆ responsabiliza•‹o do
autor do fato, se for o caso. Trata-se de formalidade necess‡ria nesse tipo de
crime, nos termos do art. 5¡, ¤ 4¡ do CPP:
Art. 5¼ (...) ¤ 4o O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o,
n‹o poder‡ sem ela ser iniciado.

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N‹o se trata de ato que exija formalidade, podendo ser dirigido ao Juiz, ao
Delegado e ao membro do MP. Caso n‹o seja dirigida ao Delegado, ser‡ recebida
pelo Juiz ou Promotor e ˆquele encaminhada. Nos termos do art. 39 do CPP:
Art. 39. O direito de representa•‹o poder‡ ser exercido, pessoalmente ou por procurador com
poderes especiais, mediante declara•‹o, escrita ou oral, feita ao juiz, ao —rg‹o do MinistŽrio
Pœblico, ou ˆ autoridade policial.

Caso a v’tima n‹o exer•a seu direito de representa•‹o no prazo de seis


meses, a contar da data em que tomou conhecimento da autoria do fato,
estar‡ extinta a punibilidade (decai do direito de representar), nos termos do
art. 38 do CPP:
Art. 38. Salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal, decair‡ no direito
de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do
dia em que vier a saber quem Ž o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se
esgotar o prazo para o oferecimento da denœncia.

Caso se trate de v’tima menor de 18 anos, quem deve representar Ž o


seu representante legal. Caso n‹o o fa•a, entretanto, o prazo decadencial
s— come•a a correr quando a v’tima completa 18 anos, para que esta n‹o
seja prejudicada por eventual inŽrcia de seu representante. Inclusive, o verbete
sumular n¡ 594 do STF se coaduna com este entendimento.
E se o autor do fato for o pr—prio representante legal (como no caso
de estupro e viol•ncia domŽstica)? Nesse caso, aplica-se o art. 33 do CPP12,
por analogia, nomeando-se curador especial para que exercite o direito de
representa•‹o:

1.2.2.2 Requisi•‹o de autoridade Judici‡ria ou do MP


Como nos crimes de a•‹o penal pœblica incondicionada, o IP pode ser
instaurado mediante requisi•‹o do Juiz do membro do MP, entretanto, neste caso,
depender‡ da exist•ncia de representa•‹o da v’tima.

1.2.2.3 Auto de Pris‹o em Flagrante


TambŽm Ž poss’vel a instaura•‹o de IP com fundamento no auto de pris‹o
em flagrante, dependendo, tambŽm, da exist•ncia de representa•‹o do ofendido.
Caso o ofendido n‹o exer•a esse direito dentro do prazo de 24h contados do
momento da pris‹o, Ž obrigat—ria a soltura do preso, mas permanece o direito
de o ofendido representar depois, mas dentro do prazo de 06 meses.

12
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e n‹o tiver
representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poder‡ ser exercido
por curador especial, nomeado, de of’cio ou a requerimento do MinistŽrio Pœblico, pelo juiz competente para
o processo penal.

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1.2.2.4 Requisi•‹o do Ministro da Justi•a


Esta hip—tese s— se aplica a alguns crimes, como nos crimes cometidos por
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7¡, ¤ 3¡, b do CP), crimes contra
a honra cometidos contra o Presidente da Repœblica ou contra qualquer chefe de
governo estrangeiro (art. 141, c, c/c art. 145, ¤ œnico do CP) e alguns outros.
Trata-se de requisi•‹o n‹o dirigida ao Delegado, mas ao membro do
MP! Entretanto, apesar do nome requisi•‹o, se o membro do MP achar que n‹o
se trata de hip—tese de ajuizamento da a•‹o penal, n‹o estar‡ obrigado a
promov•-la.
Diferentemente da representa•‹o, a requisi•‹o do Ministro da Justi•a
n‹o est‡ sujeita a prazo decadencial, podendo ser exercitada enquanto
o crime ainda n‹o estiver prescrito.

1.2.3 Formas de Instaura•‹o do IP nos crimes de A•‹o Penal Privada

1.2.3.1 Requerimento da v’tima ou de quem legalmente a represente


Nos termos do art. 5¡, ¤ 5¡ do CPP:
Art. 5¼ (...) ¤ 5o Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡ proceder a
inquŽrito a requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.

Caso a v’tima tenha falecido, algumas pessoas podem apresentar o


requerimento para a instaura•‹o do IP, nos termos do art. 31 do CPP:
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decis‹o judicial, o
direito de oferecer queixa ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente, descendente
ou irm‹o.

Este requerimento tambŽm est‡ sujeito ao prazo decadencial de seis


meses, previsto no art. 38 do CPP, bem como deve atender aos requisitos
previstos no art. 5¡, ¤ 1¡ do CPP, sempre que poss’vel.

1.2.3.2 Requisi•‹o do Juiz ou do MP


Neste caso, segue a mesma regra dos crimes de a•‹o penal pœblica
condicionada: a requisi•‹o do MP ou do Juiz deve ir acompanhada do
requerimento do ofendido autorizando a instaura•‹o do IP.

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1.2.3.3 Auto de Pris‹o em Flagrante


TambŽm segue a mesma regra dos crimes de a•‹o penal pœblica
condicionada, devendo o ofendido manifestar seu interesse na instaura•‹o do IP
dentro do prazo de 24h contados a partir da pris‹o, findo o qual, sem que haja
manifesta•‹o da v’tima nesse sentido, ser o autor do fato liberado.

1.2.4 Fluxograma

De ofício

Por requisição do Juiz ou do


MP
Crimes de a•‹o penal
pœblica
INCONDICIONADA
Por requerimento da vítima

APF (instauração de ofício,


INSTAURA‚ÌO para alguns)
DO IP
Crimes de ação penal pública
Sempre necessário que haja
CONDICIONADA À
representação da vítima
REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA

Crimes de ação penal Sempre necessário que haja


PRIVADA requerimento da vítima

ATEN‚ÌO! Se o inquŽrito policial visa a investigar pessoa que possui foro por
prerrogativa de fun•‹o (Òforo privilegiadoÓ), a autoridade policial depender‡ de
autoriza•‹o do Tribunal para instaurar o IP.
Qual Tribunal? O Tribunal que tem compet•ncia para processar e julgar o crime
supostamente praticado pela pessoa detentora do foro por prerrogativa de fun•‹o
(Ex.: STF, relativamente aos crimes comuns praticados por deputados federais).
Este Ž o entendimento adotado pelo STF13.

1.3! Tramita•‹o do IP
J‡ vimos as formas pelas quais o IP pode ser instaurado. Vamos estudar
agora como se desenvolve (ou deveria se desenvolver o IP).

13
STF - Inq. 2.411. H‡ decis›es, no ‰mbito do STJ, em sentido contr‡rio, o que indica uma prov‡vel
altera•‹o de entendimento num futuro pr—ximo.

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1.3.1 Dilig•ncias Investigat—rias


Ap—s a instaura•‹o do IP algumas dilig•ncias devem ser adotadas pela
autoridade policial. Estas dilig•ncias est‹o previstas no art. 6¡ do CPP:
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da pr‡tica da infra•‹o penal, a autoridade policial dever‡:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que n‹o se alterem o estado e conserva•‹o das
coisas, atŽ a chegada dos peritos criminais; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.862, de 28.3.1994)
(Vide Lei n¼ 5.970, de 1973)
II - apreender os objetos que tiverem rela•‹o com o fato, ap—s liberados pelos peritos criminais;
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunst‰ncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observ‰ncia, no que for aplic‡vel, do disposto no Cap’tulo III do T’tulo
Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham
ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acarea•›es;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
per’cias;
VIII - ordenar a identifica•‹o do indiciado pelo processo datilosc—pico, se poss’vel, e fazer juntar
aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social,
sua condi•‹o econ™mica, sua atitude e estado de ‰nimo antes e depois do crime e durante ele,
e quaisquer outros elementos que contribu’rem para a aprecia•‹o do seu temperamento e
car‡ter.
X - colher informa•›es sobre a exist•ncia de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
defici•ncia e o nome e o contato de eventual respons‡vel pelos cuidados dos filhos, indicado
pela pessoa presa. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.257, de 2016)
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infra•‹o sido praticada de determinado modo,
a autoridade policial poder‡ proceder ˆ reprodu•‹o simulada dos fatos, desde que esta n‹o
contrarie a moralidade ou a ordem pœblica.

Alguns cuidados devem ser tomados quando da realiza•‹o destas dilig•ncias,


como a observ‰ncia das regras processuais de apreens‹o de coisas, bem como
ˆs regras constitucionais sobre inviolabilidade do domic’lio (art. 5¡, XI da CF),
direito ao silencio do investigado (art. 5¡, LXIII da CF), aplicando-se no que tange
ao interrogat—rio do investigado, as normas referentes ao interrogat—rio judicial
(arts. 185 a 196 do CPP), no que for cab’vel.
Percebam que o art. 7¡ prev• a famosa Òreconstitui•‹oÓ, tecnicamente
chamada de reprodu•‹o simulada. ESTA REPRODU‚ÌO ƒ VEDADA QUANDO
FOR CONTRçRIA Ë MORALIDADE OU Ë ORDEM PòBLICA (no caso de um
estupro, por exemplo). O investigado n‹o est‡ obrigado a participar desta
dilig•ncia, pois n‹o Ž obrigado a produzir prova contra si.

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Em se tratando de determinados crimes, a autoridade policial ou o MP


poder‹o requisitar dados ou informa•›es cadastrais da v’tima ou de
suspeitos14. S‹o eles:
⇒ Sequestro ou c‡rcere privado
⇒ Redu•‹o ˆ condi•‹o an‡loga ˆ de escravo
⇒ Tr‡fico de pessoas
⇒ Extors‹o mediante restri•‹o da liberdade (Òsequestro rel‰mpagoÓ)
⇒ Extors‹o mediante sequestro
⇒ Facilita•‹o de envio de crian•a ou adolescente ao exterior (art. 239 do
ECA)

Ou seja, em se tratando de um desses crimes o CPP expressamente autoriza


a requisi•‹o direta pela autoridade policial (ou pelo MP) dessas informa•›es,
podendo a requisi•‹o ser dirigida a —rg‹os pœblicos ou privados (empresas de
telefonia, etc.).
De forma esquematizada:

14
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no ¤ 3¼ do art. 158 e no art. 159 do Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (C—digo Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de
1990 (Estatuto da Crian•a e do Adolescente), o membro do MinistŽrio Pœblico ou o delegado de pol’cia poder‡
requisitar, de quaisquer —rg‹os do poder pœblico ou de empresas da iniciativa privada, dados e informa•›es
cadastrais da v’tima ou de suspeitos. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
Par‡grafo œnico. A requisi•‹o, que ser‡ atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conter‡:
(Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
I - o nome da autoridade requisitante; (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
II - o nœmero do inquŽrito policial; e (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
III - a identifica•‹o da unidade de pol’cia judici‡ria respons‡vel pela investiga•‹o. (Inclu’do pela Lei
n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
Art. 13-B. Se necess‡rio ˆ preven•‹o e ˆ repress‹o dos crimes relacionados ao tr‡fico de pessoas, o membro
do MinistŽrio Pœblico ou o delegado de pol’cia poder‹o requisitar, mediante autoriza•‹o judicial, ˆs empresas
prestadoras de servi•o de telecomunica•›es e/ou telem‡tica que disponibilizem imediatamente os meios
tŽcnicos adequados Ð como sinais, informa•›es e outros Ð que permitam a localiza•‹o da v’tima ou dos
suspeitos do delito em curso. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
¤ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da esta•‹o de cobertura, setoriza•‹o e
intensidade de radiofrequ•ncia. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
¤ 2o Na hip—tese de que trata o caput, o sinal: (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
I - n‹o permitir‡ acesso ao conteœdo da comunica•‹o de qualquer natureza, que depender‡ de autoriza•‹o
judicial, conforme disposto em lei; (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
II - dever‡ ser fornecido pela prestadora de telefonia m—vel celular por per’odo n‹o superior a 30 (trinta)
dias, renov‡vel por uma œnica vez, por igual per’odo; (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016)
(Vig•ncia)
III - para per’odos superiores ˆquele de que trata o inciso II, ser‡ necess‡ria a apresenta•‹o de ordem
judicial. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
¤ 3o Na hip—tese prevista neste artigo, o inquŽrito policial dever‡ ser instaurado no prazo m‡ximo de 72
(setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorr•ncia policial. (Inclu’do pela Lei n¼
13.344, de 2016) (Vig•ncia)
¤ 4o N‹o havendo manifesta•‹o judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitar‡
ˆs empresas prestadoras de servi•o de telecomunica•›es e/ou telem‡tica que disponibilizem imediatamente
os meios tŽcnicos adequados Ð como sinais, informa•›es e outros Ð que permitam a localiza•‹o da v’tima
ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunica•‹o ao juiz. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344,
de 2016) (Vig•ncia)

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Autoridade policial
îrg‹o
respons‡vel
MP

Órgãos públicos
Destinat‡rios da
requisi•‹o
Empresas privadas

PODER DE Objeto da Dados e informações cadastrais das vítimas


requisi•‹o ou dos suspeitos
REQUISI‚ÌO
Sequestro ou cárcere privado

Redução à condição análoga à de escravo

Tráfico de pessoas
Cabimento
Extorsão mediante restrição da liberdade
(“sequestro relâmpago”)

Extorsão mediante sequestro

Facilitação de envio de criança ou


adolescente ao exterior (art. 239 do ECA)

AlŽm disso, em se tratando de crimes relacionados ao tr‡fico de


pessoas, o membro do MP ou a autoridade policial poder‹o requisitar, mediante
autoriza•‹o judicial15, ˆs empresas prestadoras de servi•o de
telecomunica•›es e/ou telem‡tica que disponibilizem imediatamente os dados
(meios tŽcnicos) que permitam a localiza•‹o da v’tima ou dos suspeitos do delito
em curso (como sinais, informa•›es e outros).
Contudo, o acesso a esse sinal:
⇒ N‹o permitir‡ acesso ao conteœdo da comunica•‹o, que
depender‡ de autoriza•‹o judicial (apenas dados como local
aproximado em que foi feita a liga•‹o, destinat‡rio, etc.).
⇒ Dever‡ ser fornecido pela prestadora de telefonia m—vel celular por
per’odo n‹o superior a 30 dias (renov‡vel uma vez por mais 30
dias). Para per’odos superiores ser‡ necess‡ria ordem judicial

Nesses crimes (relacionados ao tr‡fico de pessoas) o IP dever‡ ser


instaurado em atŽ 72h, a contar do registro de ocorr•ncia policial (informa•‹o da
ocorr•ncia do crime ˆ autoridade, o chamado ÒB.O.Ó).
De forma esquematizada:

15
Embora seja necess‡ria a prŽvia autoriza•‹o judicial, caso o Juiz n‹o se manifeste em atŽ 12h, a
autoridade (MP ou autoridade policial) poder‡ requisitar diretamente, sem a autoriza•‹o judicial.
Nesse caso, dever‡ comunicar tal fato ao Juiz, imediatamente.

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Autoridade policial

Órgão responsável (DEPENDE DE


AUTORIZAÇÃO JUDICIAL)

MP

Destinat‡rios da Empresas prestadoras de


servi•o de telecomunica•›es
requisi•‹o e/ou telem‡tica
PODER DE REQUISI‚ÌO DE
DADOS DE
TELECOMUNICA‚ÍES OU
TELEMçTICOS
Disponibiliza•‹o imediata dos
meios tŽcnicos adequados Ð
como sinais, informa•›es e
Objeto da requisi•‹o outros Ð que permitam a
localiza•‹o da v’tima ou dos
suspeitos do delito em curso.

0 Crimes relacionados ao
Cabimento Tr‡fico de pessoas (em
curso)

1.3.1.1 Requerimento de dilig•ncias pelo indiciado e pelo ofendido


O ofendido ou seu representante legal podem requerer a realiza•‹o de
quaisquer dilig•ncias (inclusive o indiciado tambŽm pode), mas ficar‡ a
critŽrio da Autoridade Policial deferi-las ou n‹o. Vejamos a reda•‹o do art.
14 do CPP:
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer qualquer
dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.

Contudo, com rela•‹o ao exame de corpo de delito, este Ž obrigat—rio quando


estivermos diante de crimes que deixam vest’gios (homic’dio, estupro, etc.), n‹o
podendo o Delegado deixar de determinar esta dilig•ncia. Nos termos do art. 158
do CPP:
Art. 158. Quando a infra•‹o deixar vest’gios, ser‡ indispens‡vel o exame de corpo de delito,
direto ou indireto, n‹o podendo supri-lo a confiss‹o do acusado.

1.3.1.2 Identifica•‹o criminal


Com rela•‹o ˆ identifica•‹o do investigado (colheita de impress›es de
digitais), esta identifica•‹o criminal s— ser‡ necess‡ria e permitida quando o
investigado n‹o for civilmente identificado, pois a Constitui•‹o pro’be a
submiss‹o daquele que Ž civilmente identificado ao procedimento constrangedor
da coleta de digitais (identifica•‹o criminal), nos termos do seu art. 5¡, LVIII:
Art. 5¼ (...)

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VIII - o civilmente identificado n‹o ser‡ submetido a identifica•‹o criminal, salvo nas hip—teses
previstas em lei;

Primeiramente, quem se considera civilmente identificado? A


resposta est‡ no art. 2¼ da Lei 12.037/90:
Art. 2¼ A identifica•‹o civil Ž atestada por qualquer dos seguintes documentos:
I Ð carteira de identidade;
II Ð carteira de trabalho;
III Ð carteira profissional;
IV Ð passaporte;
V Ð carteira de identifica•‹o funcional;
VI Ð outro documento pœblico que permita a identifica•‹o do indiciado.
Par‡grafo œnico. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identifica•‹o
civis os documentos de identifica•‹o militares.

Contudo, percebam que a CF/88 veda a identifica•‹o criminal do civilmente


identificado Òsalvo nas hip—teses previstas em leiÓ. Quais s‹o estas exce•›es?
A Lei que regulamenta a matŽria, atualmente, Ž a Lei 12.037/09. Vejamos o
que diz seu art. 3¼:
Art. 3¼ Embora apresentado documento de identifica•‹o, poder‡ ocorrer identifica•‹o criminal
quando:
I Ð o documento apresentar rasura ou tiver ind’cio de falsifica•‹o;
II Ð o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III Ð o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informa•›es conflitantes entre
si;
IV Ð a identifica•‹o criminal for essencial ˆs investiga•›es policiais, segundo despacho da
autoridade judici‡ria competente, que decidir‡ de of’cio ou mediante representa•‹o da
autoridade policial, do MinistŽrio Pœblico ou da defesa;
V Ð constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualifica•›es;
VI Ð o estado de conserva•‹o ou a dist‰ncia temporal ou da localidade da expedi•‹o do
documento apresentado impossibilite a completa identifica•‹o dos caracteres essenciais.
Par‡grafo œnico. As c—pias dos documentos apresentados dever‹o ser juntadas aos autos do
inquŽrito, ou outra forma de investiga•‹o, ainda que consideradas insuficientes para identificar
o indiciado.

Assim, em qualquer destes casos, poder‡ ser realizada a identifica•‹o


criminal. Contudo, ainda que haja necessidade de se proceder a este tipo
vexat—rio de identifica•‹o, n‹o se pode proceder de forma a deixar constrangida
a pessoa, devendo a autoridade (Em regra, o Delegado) tomar as precau•›es
necess‡rias a evitar qualquer tipo de constrangimento ao investigado.
Por fim, mas n‹o menos importante, A Lei 12.654/12 acrescentou alguns
dispositivos ˆ Lei 12.037/09, passando a permitir a coleta de MATERIAL
GENƒTICO como forma de identifica•‹o criminal. Vejamos:

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Art. 5¼ (...)
Par‡grafo œnico. Na hip—tese do inciso IV do art. 3o, a identifica•‹o criminal poder‡ incluir a
coleta de material biol—gico para a obten•‹o do perfil genŽtico. (Inclu’do pela Lei n¼
12.654, de 2012)
Art. 5o-A. Os dados relacionados ˆ coleta do perfil genŽtico dever‹o ser armazenados em
banco de dados de perfis genŽticos, gerenciado por unidade oficial de per’cia criminal.
(Inclu’do pela Lei n¼ 12.654, de 2012)
¤ 1o As informa•›es genŽticas contidas nos bancos de dados de perfis genŽticos n‹o poder‹o
revelar tra•os som‡ticos ou comportamentais das pessoas, exceto determina•‹o genŽtica de
g•nero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma
humano e dados genŽticos. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.654, de 2012)
¤ 2o Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genŽticos ter‹o car‡ter sigiloso,
respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua
utiliza•‹o para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decis‹o judicial. (Inclu’do pela Lei
n¼ 12.654, de 2012)
¤ 3o As informa•›es obtidas a partir da coincid•ncia de perfis genŽticos dever‹o ser
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado. (Inclu’do pela
Lei n¼ 12.654, de 2012)

Percebam que o ¤ œnico do art. 5¼ apenas possibilita a coleta de material


genŽtico na hip—tese do inciso IV do art. 3¼, ou seja, somente quando a
identifica•‹o criminal for indispens‡vel ˆs investiga•›es.
De qualquer forma, esse perfil genŽtico coletado dever‡ ser armazenado
em banco de dados sigiloso, de forma a preservar o indiciado de qualquer
constrangimento, nos termos do art. 7¼-B da Lei.

1.3.1.3 Nomea•‹o de curador ao indiciado


O art. 15 prev• a figura do curador para o menor de 21 anos quando de seu
interrogat—rio:
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-‡ nomeado curador pela autoridade policial.

Entretanto, a Doutrina e a Jurisprud•ncia s‹o pac’ficas no que tange ˆ


altera•‹o desta idade para 18 anos, pois a maioridade civil foi alterada de 21
para 18 anos com o advento do Novo C—digo Civil em 2002.
Assim, atualmente este artigo est‡ sem utilidade, pois n‹o h‡
possibilidade de termos um indiciado que Ž civilmente menor (eis que a
maioridade civil e a maioridade penal ocorrem no mesmo momento, aos 18 anos),
diferentemente do que ocorria quando da edi•‹o do CPP, j‡ que naquela Žpoca a
maioridade penal ocorria aos 18 anos e a maioridade civil ocorria apenas aos 21
anos. Assim, era poss’vel haver um indiciado que era penalmente maior, mas
civilmente menor de idade.

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1.4! Forma de tramita•‹o


O sigilo no IP Ž o moderado, seguindo a regra do art. 20 do CPP:
Art. 20. A autoridade assegurar‡ no inquŽrito o sigilo necess‡rio ˆ elucida•‹o do fato ou exigido
pelo interesse da sociedade.

A corrente doutrin‡ria que prevalece Ž a de que o IP Ž sempre sigiloso em


rela•‹o ˆs pessoas do povo em geral, por se tratar de mero procedimento
investigat—rio, n‹o havendo nenhum interesse que justifique o acesso liberado a
qualquer do povo.16
Entretanto, o IP n‹o Ž, em regra, sigiloso em rela•‹o aos envolvidos
(ofendido, indiciado e seus advogados), podendo, entretanto, ser decretado sigilo
em rela•‹o a determinadas pe•as do InquŽrito quando necess‡rio para o sucesso
da investiga•‹o (por exemplo: Pode ser vedado o acesso do advogado a partes
do IP que tratam de requerimento do Delegado pedindo a pris‹o do indiciado,
para evitar que este fuja).
Com rela•‹o ao acesso por parte do advogado, h‡ previs‹o no art. 7¼, XIV
do Estatuto da OAB. Vejamos o que diz esse dispositivo:
Art. 7¼ S‹o direitos do advogado:
(...) XIV - examinar, em qualquer institui•‹o respons‡vel por conduzir investiga•‹o,
mesmo sem procura•‹o, autos de flagrante e de investiga•›es de qualquer natureza, findos
ou em andamento, ainda que conclusos ˆ autoridade, podendo copiar pe•as e tomar
apontamentos, em meio f’sico ou digital; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 13.245, de 2016)

Durante muito tempo houve uma diverg•ncia feroz na Doutrina e na


Jurisprud•ncia acerca do direito do advogado de acesso aos autos do IP,
principalmente porque o acesso aos autos do IP, em muitos casos, acabaria por
retirar completamente a efic‡cia de alguma medida preventiva a ser tomada pela
autoridade.
Visando a sanar essa controvŽrsia, o STF editou a sœmula vinculante
n¡ 14, que possui a seguinte reda•‹o:
Sœmula vinculante n¼ 14
Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o com compet•ncia de
pol’cia judici‡ria, digam respeito ao exerc’cio do direito de defesaÓ.

Percebam, portanto, que o STF colocou uma Òp‡-de-calÓ na discuss‹o,


consolidando o entendimento de que:
⇒ Sim, o IP Ž sigiloso

16
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 124

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⇒ N‹o, o IP n‹o Ž sigiloso em rela•‹o ao advogado do indiciado,


que deve ter livre acesso aos autos do IP, no que se refere aos
elementos que j‡ tenham sido juntados a ele.17

ƒ —bvio, portanto, que se h‡ um pedido de pris‹o tempor‡ria, por exemplo,


esse mandado de pris‹o, que ser‡ cumprido em breve, n‹o dever‡ ser juntado
aos autos, sob pena de o advogado ter acesso a ele antes de efetivada a medida,
o que poder‡ levar ˆ frustra•‹o da mesma.
Outro tema que pode ser cobrado, se refere ˆ necessidade (ou n‹o) da
presen•a do defensor (Advogado ou Defensor Pœblico) no Interrogat—rio Policial.
ƒ pac’fico que a presen•a do advogado no interrogat—rio JUDICIAL Ž
INDISPENSçVEL, atŽ por for•a do que disp›e o art. 185, ¤1¡ do CPP18.
Entretanto, n‹o h‡ norma que disponha o mesmo no que se refere ao
interrogat—rio em sede policial. Vejamos o que diz o art. 6¡ do CPP:
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da pr‡tica da infra•‹o penal, a autoridade policial dever‡:
(...) V - ouvir o indiciado, com observ‰ncia, no que for aplic‡vel, do disposto no Cap’tulo III
do T’tulo Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que
Ihe tenham ouvido a leitura;

Vejam que o inciso que trata do interrogat—rio em sede policial determina a


aplica•‹o das regras do inquŽrito judicial, NO QUE FOR APLICçVEL. A quest‹o Ž:
Exige-se, ou n‹o, a presen•a do advogado?
Vem prevalecendo o entendimento de que o indiciado deve ser
alertado sobre seu direito ˆ presen•a de advogado, mas, caso queira ser
ouvido mesmo sem a presen•a do advogado, o interrogat—rio policial Ž
v‡lido. Assim, a regra Ž: deve ser possibilitado ao indiciado, ter seu advogado
presente no ato de seu interrogat—rio policial. Caso isso n‹o ocorra (a
POSSIBILIDADE de ter o advogado presente), haver‡ nulidade neste
interrogat—rio em sede policial.
Contudo, mais uma pol•mica surgiu. A Lei 13.245/16, que alterou
alguns dispositivos do Estatuto da OAB, passou a prever, ainda, que Ž direito
do defensor Òassistir a seus clientes investigados durante a apura•‹o de
infra•›es, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogat—rio ou
depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigat—rios e
probat—rios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamenteÓ.
Art. 7¼ (...) XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apura•‹o de infra•›es,
sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogat—rio ou depoimento e,
subsequentemente, de todos os elementos investigat—rios e probat—rios dele decorrentes ou

17
N‹o ˆs dilig•ncias que ainda estejam em curso.
18
Art. 185 (...)
¤ 1o O interrogat—rio do rŽu preso ser‡ realizado, em sala pr—pria, no estabelecimento em que estiver
recolhido, desde que estejam garantidas a seguran•a do juiz, do membro do MinistŽrio Pœblico e dos
auxiliares bem como a presen•a do defensor e a publicidade do ato. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 11.900, de
2009)

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derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva
apura•‹o: (Inclu’do pela Lei n¼ 13.245, de 2016)

A pergunta que fica Ž: a presen•a do advogado passou a ser


considerada INDISPENSçVEL tambŽm no interrogat—rio policial? Ainda
n‹o temos posicionamento dos Tribunais sobre isso, pois Ž muito recente. Mas
h‡ duas correntes:
v 1¼ CORRENTE - O advogado, agora, Ž indispens‡vel durante o IP.
v 2¼ CORRENTE - A Lei n‹o criou essa obrigatoriedade. O que a Lei criou
foi, na verdade, um DEVER para o advogado que tenha sido
devidamente constitu’do pelo indiciado (dever de assisti-lo, sob pena
de nulidade). Caso o indiciado deseje n‹o constituir advogado, n‹o haveria
obrigatoriedade.

Assim, Ž necess‡rio que os Tribunais Superiores se manifestem sobre o tema


para que possamos ter um posicionamento mais seguro.

1.4.1 Incomunicabilidade do preso


O art. 21 do CPP assim disp›e:
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depender‡ sempre de despacho nos autos e
somente ser‡ permitida quando o interesse da sociedade ou a conveni•ncia da investiga•‹o o
exigir.
Par‡grafo œnico. A incomunicabilidade, que n‹o exceder‡ de tr•s dias, ser‡ decretada por
despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do —rg‹o do
MinistŽrio Pœblico, respeitado, em qualquer hip—tese, o disposto no artigo 89, inciso III, do
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963)
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 5.010, de 30.5.1966)

A incomunicabilidade consiste em deixar o preso sem contato algum com o


mundo exterior, seja com a fam’lia, seja com seu advogado.
A despeito de o art. 21 do CPP ainda estar formalmente em vigor, a Doutrina
Ž un‰nime ao entender que tal previs‹o NÌO foi recepcionada pela CF/88,
por duas raz›es:
⇒ A CF/88 prev• que Ž direito do preso o contato com a fam’lia e com
seu advogado
⇒ A CF/88, em seu art. 136, ¤3¼, IV, estabelece ser vedada a
incomunicabilidade do preso durante o estado de defesa. Ora, se nem
mesmo durante o estado de defesa (situa•‹o na qual h‡ a flexibiliza•‹o
das garantias individuais) Ž poss’vel decretar a incomunicabilidade do
preso, com muito mais raz‹o isso n‹o Ž poss’vel em situa•‹o normal.

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1.4.2 Indiciamento
O indiciamento Ž o ato por meio do qual a autoridade policial, de forma
fundamentada, ÒdirecionaÓ a investiga•‹o, ou seja, a autoridade policial centraliza
as investiga•›es em apenas um ou alguns dos suspeitos, indicando-os como os
prov‡veis autores da infra•‹o penal. Assim:

SUSPEITO
"A"

SUSPEITO INDICIADOS: SUSPEITO


"D" "A" e "C" "B"

SUSPEITO
"C"

Vejam, portanto, que a autoridade policial come•a investigando algumas


pessoas (suspeitas), mas no decorrer das investiga•›es vai descartando algumas,
atŽ indiciar uma ou alguma delas. ƒ claro que nem sempre isso vai acontecer, ou
seja, Ž poss’vel que s— haja um suspeito e ele seja indiciado, ou, Ž poss’vel ainda
que haja v‡rios suspeitos e todos sem indiciados, etc.
O indiciamento n‹o desconstitui o car‡ter sigiloso do InquŽrito
Policial, sendo apenas um ato mediante o qual a autoridade policial passa a
direcionar as investiga•›es sobre determinada ou determinadas pessoas.
O ato de indiciamento Ž PRIVATIVO da autoridade policial19, nos
termos do art. 2¼, ¤6¼ da Lei 12.830/13:
Art. 2¼ (...)
¤ 6o O indiciamento, privativo do delegado de pol’cia, dar-se-‡ por ato fundamentado,
mediante an‡lise tŽcnico-jur’dica do fato, que dever‡ indicar a autoria, materialidade e suas
circunst‰ncias.

Ainda que tal previs‹o legal n‹o existisse, tal conclus‹o poderia ser extra’da
da pr—pria l—gica do IP: ora, se Ž a autoridade policial quem instaura, preside e

19
Se a pessoa a ser indiciada possui foro por prerrogativa de fun•‹o (Òforo privilegiadoÓ), a autoridade
policial depender‡ do Tribunal que tem compet•ncia para processar e julgar o crime supostamente praticado
pela pessoa detentora do foro por prerrogativa de fun•‹o (Ex.: STF, relativamente aos crimes comuns
praticados por deputados federais) (STF Ð Inq. 2.411). Todavia, h‡ decis›es, no ‰mbito do STJ, em
sentido contr‡rio, o que indica uma prov‡vel altera•‹o de entendimento num futuro pr—ximo.

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conduz o IP, naturalmente Ž a autoridade policial quem tem atribui•‹o para o ato
de indiciamento.

1.5! Conclus‹o do inquŽrito policial


Esgotado o prazo previsto, ou antes disso, se conclu’das as investiga•›es, o
IP ser‡ encerrado e encaminhado ao Juiz. Nos termos do art. 10 do CPP:
Art. 10. O inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hip—tese, a partir do dia
em que se executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante
fian•a ou sem ela.
¤ 1o A autoridade far‡ minucioso relat—rio do que tiver sido apurado e enviar‡ autos ao juiz
competente.

Caso o Delegado n‹o consiga elucidar o fato no prazo previsto, dever‡ assim
mesmo encaminhar os autos do IP ao Juiz, solicitando prorroga•‹o do prazo. Caso
o indiciado esteja solto, o Juiz pode deferir a prorroga•‹o do prazo. Caso o
indiciado esteja preso, o prazo n‹o pode ser prorrogado, sob pena de
constrangimento ilegal ˆ liberdade do indiciado, ensejando, inclusive, a
impetra•‹o de Habeas Corpus.
Estes prazos (10 dias e 30 dias) s‹o a regra prevista no CPP. Entretanto,
existem exce•›es previstas em outras leis20:
¥ Crimes de compet•ncia da Justi•a Federal Ð 15 dias para indiciado
preso (prorrog‡vel por mais 15 dias) e 30 dias para indiciado solto.
¥ Crimes da lei de Drogas Ð 30 dias para indiciado preso e 90 dias para
indiciado solto. Podem ser duplicados em ambos os casos.
¥ Crimes contra a economia popular Ð 10 dias tanto para indiciado
preso quanto para indiciado solto.
¥ Crimes militares (InquŽrito Policial Militar) Ð 20 dias para indiciado
solto e 40 dias para indiciado preso (pode ser prorrogado por mais 20
dias).

O STJ firmou entendimento no sentido de que, estando o indiciado solto,


embora exista um limite previsto no CPP, a viola•‹o a este limite n‹o teria
qualquer repercuss‹o, pois n‹o traria preju’zos ao indiciado, sendo considerado
como prazo impr—prio. Vejamos:
(...) 1. Esta Corte Superior de Justi•a firmou o entendimento de que, salvo quando o
investigado se encontrar preso cautelarmente, a inobserv‰ncia dos lapsos temporais
estabelecidos para a conclus‹o de inquŽritos policiais ou investiga•›es deflagradas

20
Importante ressaltar que, caso se trate de crime hediondo ou equiparado, e tenha sido decretada
a pris‹o tempor‡ria, o IP dever‡ ser conclu’do no prazo m‡ximo de 30 dias, prorrog‡veis por mais 30
dias, que Ž o prazo m‡ximo da pris‹o tempor‡ria em rela•‹o a tais delitos.

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no ‰mbito do MinistŽrio Pœblico n‹o possui repercuss‹o pr‡tica, j‡ que se cuidam de
prazos impr—prios. Precedentes do STJ e do STF.
2. Na hip—tese, o atraso na conclus‹o das investiga•›es foi justificado em raz‹o da
complexidade dos fatos e da quantidade de envolvidos, o que revela a possibilidade de
prorroga•‹o do prazo previsto no artigo 12 da Resolu•‹o 13/2006 do Conselho Nacional do
MinistŽrio Pœblico - CNMP.
3. Habeas corpus n‹o conhecido.
(HC 304.274/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 04/11/2014, DJe
12/11/2014)

A maioria da Doutrina e da Jurisprud•ncia entende que se trata de


prazo de natureza processual. Assim, a forma de contagem obedece ao
disposto no art. 798, ¤ 1¡ do CPP:
Art. 798. Todos os prazos correr‹o em cart—rio e ser‹o cont’nuos e perempt—rios, n‹o se
interrompendo por fŽrias, domingo ou dia feriado.
¤ 1o N‹o se computar‡ no prazo o dia do come•o, incluindo-se, porŽm, o do vencimento.

Contudo, estando o indiciado PRESO, Doutrina e Jurisprud•ncia


entendem, majoritariamente, que o prazo Ž considerado MATERIAL, ou
seja, inclui o dia do come•o, nos termos do art. 10 do CP.
H‡ diverg•ncia na Doutrina quanto ao destino do IP, face ˆ promulga•‹o da
Constitui•‹o de 1988 (O CPP Ž de 1941), posto que a CRFB/88 estabelece que o
MP Ž o titular da a•‹o penal pœblica. Entretanto, a maioria da doutrina
entende que a previs‹o de remessa do IP ao Juiz permanece em vigor,
devendo o Juiz abrir vista ao MP para que tenha ci•ncia da conclus‹o do
IP, nos casos de crimes de a•‹o penal pœblica, ou ainda, disponibilizar os autos
em cart—rio para que a parte ofendida possa se manifestar, no caso de crimes de
a•‹o penal privada.
Ainda com rela•‹o ao destinat‡rio do IP, a Doutrina se divide. Parte da
Doutrina, acolhendo uma interpreta•‹o mais gramatical do CPP, entende que o
destinat‡rio IMEDIATO do IP Ž o Juiz, pois o IP deve ser remetido a este. Desta
forma, o titular da a•‹o penal seria o destinat‡rio MEDIATO do IP (porque, ao fim
e ao cabo, o IP tem a finalidade de angariar elementos de convic•‹o para o titular
da a•‹o penal).
Outra parcela da Doutrina, que parece vem se tornando majorit‡ria, entende
que o destinat‡rio IMEDIATO seria o titular da a•‹o penal, j‡ que a ele se
destina o IP (do ponto de vista de sua finalidade). Para esta corrente o Juiz seria
o destinat‡rio MEDIATO, pois as provas colhidas no IP seriam utilizadas, ao
fim e ao cabo, para formar o convencimento do Juiz.
Caso o MP entenda que n‹o Ž o caso de oferecer denœncia (por n‹o
ter ocorrido o fato criminoso, por n‹o haver ind’cios a autoria, etc.), o membro
do MP requerer‡ o arquivamento do IP, em peti•‹o fundamentada, incluindo
todos os fatos e investigados. Caso o Juiz discorde, remeter‡ os autos do IP
ao PGJ (Procurador-Geral de Justi•a), que decidir‡ se mantŽm ou n‹o a

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posi•‹o de arquivamento. O Juiz est‡ obrigado a acatar a decis‹o do PGJ


(Chefe do MP).21
Mas, em se tratando de crime de a•‹o penal privada, o que se faz?
Depois de conclu’do o IP, nesta hip—tese, os autos s‹o remetidos ao Juiz,
onde permanecer‹o atŽ o fim do prazo decadencial (para oferecimento da
queixa), aguardando manifesta•‹o do ofendido. Essa Ž a previs‹o do art. 19 do
CPP:
Art. 19. Nos crimes em que n‹o couber a•‹o pœblica, os autos do inquŽrito ser‹o remetidos
ao ju’zo competente, onde aguardar‹o a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal,
ou ser‹o entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

O Juiz nunca poder‡ determinar o arquivamento do IP sem que haja


manifesta•‹o do MP nesse sentido! NUNCA!22

Concluído o IP, os autos são remetidos


CRIMES DE ao Juízo, aguardando-se manifestação
A‚ÌO PENAL
PRIVADA do ofendido (ajuizamento da queixa-
crime ou pedido de arquivamento)
ARQUIVAMENTO Chefe do MP
DO IP Juiz est‡
mantŽm a
Inquérito é OBRIGADO a
Juiz concorda posi•‹o pelo
arquivado arquivar
arquivamento
CRIMES DE
MP promove o
A‚ÌO PENAL
arquivamento
PòBLICA
Remete ao
Juiz discorda
Chefe do MP Pr—prio chefe
do MP
denuncia; ou
Chefe do MP
entende que
deve ser
oferecida
denœncia Chefe do MP
designa outro
membro para
oferecer a
denœncia

A Doutrina criou a figura do arquivamento impl’cito.


Embora n‹o tenha previs‹o legal, o arquivamento impl’cito, como o nome diz,
Ž deduzido pelas circunst‰ncias. Ocorrer‡ em duas hip—teses:
⇒ Quando o membro do MP ajuizar a denœncia apenas em rela•‹o a alguns
fatos investigados, silenciando quanto a outros

21
Como regra geral, essa decis‹o judicial Ž irrecorr’vel. Existe, todavia, hip—tese excepcional de
Òrecurso de of’cioÓ no caso de arquivamento de IP relativo a crime contra a economia popular, na forma do
art. 7¼ da Lei 1.521/51. Neste caso, o Juiz, ao arquivar o IP, dever‡ remeter os autos do IP ao Tribunal.
22
Apenas para corroborar: (...) N‹o se admite o arquivamento de inquŽrito policial de of’cio, sem a oitiva
do MinistŽrio Pœblico, sob pena de ofensa ao princ’pio acusat—rio. (STF, Pleno, AgRg no Inq 2913 julg.
01/03/2012)

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⇒ Quando o membro do MP ajuizar a denœncia apenas em rela•‹o a alguns


investigados, silenciando quanto a outros
Nesses casos, como o MP teria sido omisso em rela•‹o a determinados fatos
ou a determinados indiciados, parte da Doutrina sustenta ter havido um
pedido impl’cito de arquivamento em rela•‹o a estes.
No entanto, o STF vem recha•ando a sua aplica•‹o em decis›es
recentes, afirmando que n‹o existe Òarquivamento impl’citoÓ: Ò(...) O
sistema processual penal brasileiro n‹o prev• a figura do arquivamento impl’cito de inquŽrito
policial.Ó (HC - 104356, informativo 605 do STF).

Outros pontos merecem destaque:


¥ ARQUIVAMENTO INDIRETO Ð ƒ um termo utilizado por PARTE da
Doutrina para designar o fen™meno que ocorre quando o membro do
MP deixa de oferecer a denœncia por entender que o Ju’zo (que est‡
atuando durante a fase investigat—ria) Ž incompetente para processar
e julgar a a•‹o penal. Todavia, o Juiz entende que Ž competente, ent‹o
recebe o pedido de decl’nio de compet•ncia como uma espŽcie
de pedido indireto de arquivamento. Grande parte da Doutrina
entende este fen™meno como inadmiss’vel, j‡ que se o Promotor
entende que o Ju’zo n‹o Ž competente deveria requerer a remessa dos
autos do IP ao Ju’zo competente para, ent‹o, prosseguir nas
investiga•›es ou, se j‡ houver fundamentos, oferecer a denœncia.
¥ TRANCAMENTO DO INQUƒRITO POLICIAL Ð O trancamento
(encerramento an™malo do inquŽrito) consiste na cessa•‹o da
atividade investigat—ria por decis‹o judicial quando h‡ ABUSO na
instaura•‹o do IP ou na condu•‹o das investiga•›es (Ex.: ƒ instaurado
IP para investigar fato nitidamente at’pico, ou para apurar fato em que
j‡ ocorreu a prescri•‹o, ou quando o Delegado dirige as investiga•›es
contra uma determinada pessoa sem qualquer base probat—ria). Neste
caso, aquele que se sente constrangido ilegalmente pela investiga•‹o
(o investigado ou indiciado) poder‡ manejar HABEAS CORPUS
(chamado de HC ÒtrancativoÓ) para obter, judicialmente, o
trancamento do IP, em raz‹o do manifesto abuso.

A decis‹o de arquivamento do IP faz coisa julgada? Em regra, NÌO,


pois o CPP admite que a autoridade proceda a novas dilig•ncias investigat—rias,
se de OUTRAS PROVAS tiver not’cia.
Isso significa que, uma vez arquivado o IP, teremos uma espŽcie de Òcoisa
julgada secundum eventum probationisÓ, ou seja, a decis‹o far‡ Òcoisa julgadaÓ
em rela•‹o ˆquelas provas. Assim, n‹o poder‡ o MP ajuizar a a•‹o penal
posteriormente com base NOS MESMOS ELEMENTOS DE PROVA, nem se admite
a reativa•‹o da investiga•‹o.
O STF, inclusive, possui um verbete de sœmula neste sentido:
SòMULA 524

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Arquivado o InquŽrito Policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justi•a,
n‹o pode a a•‹o penal ser iniciada, sem novas provas.

Entretanto, existem EXCE‚ÍES, ou seja, situa•›es em que o arquivamento


do IP ir‡ produzir Òcoisa julgada materialÓ (n‹o ser‡ poss’vel recome•ar a
investiga•‹o). Vejamos:
¥ ARQUIVAMENTO POR ATIPICIDADE DO FATO Ð Neste caso, h‡
entendimento PACêFICO no sentido de que n‹o Ž mais poss’vel
reativar, futuramente, as investiga•›es. Isso Ž absolutamente l—gico,
j‡ que n‹o faz o menor sentido permitir a retomada das investiga•›es
quando j‡ houve manifesta•‹o do MP e chancela do Juiz atestando a
ATIPICIDADE da conduta (irrelev‰ncia penal do fato)23.
¥ ARQUIVAMENTO EM RAZÌO DO RECONHECIMENTO DE
EXCLUDENTE DE ILICITUDE OU DE CULPABILIDADE Ð A Doutrina
e a jurisprud•ncia MAJORITçRIAS entendem que tambŽm n‹o Ž
poss’vel reabrir futuramente a investiga•‹o. Embora haja diverg•ncia
jurisprudencial a respeito, o STJ possui entendimento neste sentido24.
O STF, embora tenha vacilado sobre a quest‹o, vem decidindo pela
possibilidade de reabertura das investiga•›es, caso surjam novas
provas, mesmo no caso de arquivamento em raz‹o da presen•a de
excludente de ilicitude ou excludente de culpabilidade (ou seja, o STF
vem entendendo que o arquivamento com base em excludente
de ilicitude ou excludente de culpabilidade n‹o faz coisa
julgada material).
¥ ARQUIVAMENTO PELO RECONHECIMENTO DA EXTIN‚ÌO DA
PUNIBILIDADE Ð Tanto Doutrina quanto Jurisprud•ncia entendem
que se trata de decis‹o que faz coisa julgada material, ou seja, n‹o
admite a reabertura do IP. Com rela•‹o a este ponto, entende-se que
se o reconhecimento da extin•‹o da punibilidade se deu pela morte do
agente (art. 107, I do CP) mediante apresenta•‹o de certid‹o de —bito
falsa (o agente n‹o estava morto) Ž poss’vel reabrir as investiga•›es.

23
STF - Inq 3114/PR
24
O STJ possui decis‹o recente no sentido de que faz coisa julgada MATERIAL:
(...) A par da atipicidade da conduta e da presen•a de causa extintiva da punibilidade, o
arquivamento de inquŽrito policial lastreado em circunst‰ncia excludente de ilicitude tambŽm
produz coisa julgada material.
2. Levando-se em considera•‹o que o arquivamento com base na atipicidade do fato faz coisa julgada formal
e material, a decis‹o que arquiva o inquŽrito por considerar a conduta l’cita tambŽm o faz, isso porque nas
duas situa•›es n‹o existe crime e h‡ manifesta•‹o a respeito da matŽria de mŽrito.
3. A mera qualifica•‹o diversa do crime, que permanece essencialmente o mesmo, n‹o constitui fato
ensejador da denœncia ap—s o primeiro arquivamento.
4. Recurso provido para determinar o trancamento da a•‹o penal.
(RHC 46.666/MS, Rel. Ministro SEBASTIÌO REIS JòNIOR, SEXTA TURMA, julgado em
05/02/2015, DJe 28/04/2015)

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Resumidamente, o STJ entende atualmente que toda decis‹o de


arquivamento que enfrente o mŽrito far‡ coisa julgada material, ou seja,
somente poder‡ ser reaberta a investiga•‹o no caso de arquivamento por
aus•ncia de provas para a denœncia.25 O STF s— vem admitindo a coisa julgada
material nos casos de arquivamento do IP com base na atipicidade da conduta
ou no caso de extin•‹o da punibilidade.

1.6! Poder de investiga•‹o do MP


Durante muito tempo se discutiu na Doutrina e na Jurisprud•ncia26 acerca
dos poderes de investiga•‹o do MP, j‡ que embora estas atribui•›es tenham
sido delegadas ˆ Pol’cia, certo Ž que o MP Ž o destinat‡rio da investiga•‹o, na
qualidade de titular da a•‹o penal (pœblica).
No entanto, essa discuss‹o j‡ n‹o existe mais. Atualmente o
entendimento pacificado Ž no sentido de que o MP tem, sim, poderes
investigat—rios, j‡ que a Pol’cia Judici‡ria n‹o detŽm o monop—lio constitucional
dessa tarefa.
Resumidamente:
¥ MP pode investigar (por meio de procedimentos pr—prios de investiga•‹o)
¥ MP n‹o pode instaurar e presidir inquŽrito policial

2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES

CîDIGO DE PROCESSSO PENAL


Ä Art. 4¡ a 23 do CPP - Disposi•‹o legal do CPP acerca do InquŽrito Policial:
Art. 4¼ A pol’cia judici‡ria ser‡ exercida pelas autoridades policiais no territ—rio de
suas respectivas circunscri•›es e ter‡ por fim a apura•‹o das infra•›es penais e da
sua autoria. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 9.043, de 9.5.1995)

25
(...) 1. A permiss‹o legal contida no art. 18 do CPP, e pertinente Sœmula 524/STF, de desarquivamento
do inquŽrito pelo surgimento de provas novas, somente tem incid•ncia quando o fundamento daquele
arquivamento foi a insufici•ncia probat—ria - ind’cios de autoria e prova do crime.
2. A decis‹o que faz ju’zo de mŽrito do caso penal, reconhecendo atipia, extin•‹o da punibilidade
(por morte do agente, prescri•‹o...), ou excludentes da ilicitude, exige certeza jur’dica - sem
esta, a prova de crime com autor indicado geraria a continuidade da persecu•‹o criminal - que,
por tal, possui efeitos de coisa julgada material, ainda que contida em acolhimento a pleito
ministerial de arquivamento das pe•as investigat—rias.
3. Promovido o arquivamento do inquŽrito policial pelo reconhecimento de leg’tima defesa, a coisa julgada
material impede rediscuss‹o do caso penal em qualquer novo feito criminal, descabendo perquirir a
exist•ncia de novas provas. Precedentes.
4. Recurso especial improvido.
(REsp 791.471/RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 25/11/2014, DJe
16/12/2014)
26
REsp 998.249/RS, Rel. MIN. LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 22/05/2012, DJe 30/05/2012

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Par‡grafo œnico. A compet•ncia definida neste artigo n‹o excluir‡ a de autoridades
administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma fun•‹o.
Art. 5o Nos crimes de a•‹o pœblica o inquŽrito policial ser‡ iniciado:
I - de of’cio;
II - mediante requisi•‹o da autoridade judici‡ria ou do MinistŽrio Pœblico, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent‡-lo.
¤ 1o O requerimento a que se refere o no II conter‡ sempre que poss’vel:
a) a narra•‹o do fato, com todas as circunst‰ncias;
b) a individualiza•‹o do indiciado ou seus sinais caracter’sticos e as raz›es de
convic•‹o ou de presun•‹o de ser ele o autor da infra•‹o, ou os motivos de
impossibilidade de o fazer;
c) a nomea•‹o das testemunhas, com indica•‹o de sua profiss‹o e resid•ncia.
¤ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito caber‡
recurso para o chefe de Pol’cia.
¤ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da exist•ncia de infra•‹o penal
em que caiba a•‹o pœblica poder‡, verbalmente ou por escrito, comunic‡-la ˆ
autoridade policial, e esta, verificada a proced•ncia das informa•›es, mandar‡
instaurar inquŽrito.
¤ 4o O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o, n‹o
poder‡ sem ela ser iniciado.
¤ 5o Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡ proceder a
inquŽrito a requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da pr‡tica da infra•‹o penal, a autoridade policial
dever‡:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que n‹o se alterem o estado e conserva•‹o
das coisas, atŽ a chegada dos peritos criminais; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.862, de
28.3.1994) (Vide Lei n¼ 5.970, de 1973)
II - apreender os objetos que tiverem rela•‹o com o fato, ap—s liberados pelos peritos
criminais; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunst‰ncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observ‰ncia, no que for aplic‡vel, do disposto no Cap’tulo
III do T’tulo Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acarea•›es;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras per’cias;
VIII - ordenar a identifica•‹o do indiciado pelo processo datilosc—pico, se poss’vel, e
fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar
e social, sua condi•‹o econ™mica, sua atitude e estado de ‰nimo antes e depois do
crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribu’rem para a aprecia•‹o
do seu temperamento e car‡ter.

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X - colher informa•›es sobre a exist•ncia de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma defici•ncia e o nome e o contato de eventual respons‡vel pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.257, de 2016)
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infra•‹o sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poder‡ proceder ˆ reprodu•‹o simulada dos fatos, desde
que esta n‹o contrarie a moralidade ou a ordem pœblica.
Art. 8o Havendo pris‹o em flagrante, ser‡ observado o disposto no Cap’tulo II do
T’tulo IX deste Livro.
Art. 9o Todas as pe•as do inquŽrito policial ser‹o, num s— processado, reduzidas a
escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
Art. 10. O inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido
preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hip—tese, a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de 30
dias, quando estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
¤ 1o A autoridade far‡ minucioso relat—rio do que tiver sido apurado e enviar‡ autos
ao juiz competente.
¤ 2o No relat—rio poder‡ a autoridade indicar testemunhas que n‹o tiverem sido
inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
¤ 3o Quando o fato for de dif’cil elucida•‹o, e o indiciado estiver solto, a autoridade
poder‡ requerer ao juiz a devolu•‹o dos autos, para ulteriores dilig•ncias, que ser‹o
realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem ˆ prova,
acompanhar‹o os autos do inquŽrito.
Art. 12. O inquŽrito policial acompanhar‡ a denœncia ou queixa, sempre que servir de
base a uma ou outra.
Art. 13. Incumbir‡ ainda ˆ autoridade policial:
I - fornecer ˆs autoridades judici‡rias as informa•›es necess‡rias ˆ instru•‹o e
julgamento dos processos;
II - realizar as dilig•ncias requisitadas pelo juiz ou pelo MinistŽrio Pœblico;
III - cumprir os mandados de pris‹o expedidos pelas autoridades judici‡rias;
IV - representar acerca da pris‹o preventiva.
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no ¤ 3¼ do art. 158 e no
art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (C—digo Penal), e no art.
239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Crian•a e do Adolescente),
o membro do MinistŽrio Pœblico ou o delegado de pol’cia poder‡ requisitar, de
quaisquer —rg‹os do poder pœblico ou de empresas da iniciativa privada, dados e
informa•›es cadastrais da v’tima ou de suspeitos. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344,
de 2016) (Vig•ncia)
Par‡grafo œnico. A requisi•‹o, que ser‡ atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
conter‡: (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
I - o nome da autoridade requisitante; (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016)
(Vig•ncia)
II - o nœmero do inquŽrito policial; e (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016)
(Vig•ncia)
III - a identifica•‹o da unidade de pol’cia judici‡ria respons‡vel pela investiga•‹o.
(Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)

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Art. 13-B. Se necess‡rio ˆ preven•‹o e ˆ repress‹o dos crimes relacionados ao tr‡fico
de pessoas, o membro do MinistŽrio Pœblico ou o delegado de pol’cia poder‹o
requisitar, mediante autoriza•‹o judicial, ˆs empresas prestadoras de servi•o de
telecomunica•›es e/ou telem‡tica que disponibilizem imediatamente os meios
tŽcnicos adequados Ð como sinais, informa•›es e outros Ð que permitam a localiza•‹o
da v’tima ou dos suspeitos do delito em curso. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344,
de 2016) (Vig•ncia)
¤ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da esta•‹o de
cobertura, setoriza•‹o e intensidade de radiofrequ•ncia. (Inclu’do pela Lei n¼
13.344, de 2016) (Vig•ncia)
¤ 2o Na hip—tese de que trata o caput, o sinal: (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344,
de 2016) (Vig•ncia)
I - n‹o permitir‡ acesso ao conteœdo da comunica•‹o de qualquer natureza, que
depender‡ de autoriza•‹o judicial, conforme disposto em lei; (Inclu’do pela
Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
II - dever‡ ser fornecido pela prestadora de telefonia m—vel celular por per’odo n‹o
superior a 30 (trinta) dias, renov‡vel por uma œnica vez, por igual per’odo;
(Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
III - para per’odos superiores ˆquele de que trata o inciso II, ser‡ necess‡ria a
apresenta•‹o de ordem judicial. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016)
(Vig•ncia)
¤ 3o Na hip—tese prevista neste artigo, o inquŽrito policial dever‡ ser instaurado no
prazo m‡ximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva
ocorr•ncia policial. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344, de 2016) (Vig•ncia)
¤ 4o N‹o havendo manifesta•‹o judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade
competente requisitar‡ ˆs empresas prestadoras de servi•o de telecomunica•›es e/ou
telem‡tica que disponibilizem imediatamente os meios tŽcnicos adequados Ð como
sinais, informa•›es e outros Ð que permitam a localiza•‹o da v’tima ou dos suspeitos
do delito em curso, com imediata comunica•‹o ao juiz. (Inclu’do pela Lei n¼
13.344, de 2016) (Vig•ncia)
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer
qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-‡ nomeado curador pela autoridade policial.
Art. 16. O MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ requerer a devolu•‹o do inquŽrito ˆ
autoridade policial, sen‹o para novas dilig•ncias, imprescind’veis ao oferecimento da
denœncia.
Art. 17. A autoridade policial n‹o poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.
Art. 19. Nos crimes em que n‹o couber a•‹o pœblica, os autos do inquŽrito ser‹o
remetidos ao ju’zo competente, onde aguardar‹o a iniciativa do ofendido ou de seu
representante legal, ou ser‹o entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
Art. 20. A autoridade assegurar‡ no inquŽrito o sigilo necess‡rio ˆ elucida•‹o do fato
ou exigido pelo interesse da sociedade.
Par‡grafo œnico. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a
autoridade policial n‹o poder‡ mencionar quaisquer anota•›es referentes a
instaura•‹o de inquŽrito contra os requerentes. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.681, de
2012)

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Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depender‡ sempre de despacho nos autos
e somente ser‡ permitida quando o interesse da sociedade ou a conveni•ncia da
investiga•‹o o exigir.
Par‡grafo œnico. A incomunicabilidade, que n‹o exceder‡ de tr•s dias, ser‡ decretada
por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do
—rg‹o do MinistŽrio Pœblico, respeitado, em qualquer hip—tese, o disposto no artigo
89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de
abril de 1963) (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 5.010, de 30.5.1966)
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscri•‹o
policial, a autoridade com exerc’cio em uma delas poder‡, nos inquŽritos a que esteja
procedendo, ordenar dilig•ncias em circunscri•‹o de outra, independentemente de
precat—rias ou requisi•›es, e bem assim providenciar‡, atŽ que compare•a a
autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presen•a, noutra
circunscri•‹o.
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquŽrito ao juiz competente, a autoridade
policial oficiar‡ ao Instituto de Identifica•‹o e Estat’stica, ou reparti•‹o cong•nere,
mencionando o ju’zo a que tiverem sido distribu’dos, e os dados relativos ˆ infra•‹o
penal e ˆ pessoa do indiciado.

LEI N¡ 12.037/09 Ð LEI DE IDENTIFICA‚ÌO CRIMINAL

Ä Art. 3¡ da Lei 12.037/09 - Regulamenta•‹o do art. 5¼, VIII da CRFB/88,


acerca das hip—teses de admissibilidade da identifica•‹o criminal:
Art. 3¼ Embora apresentado documento de identifica•‹o, poder‡ ocorrer identifica•‹o
criminal quando:
I Ð o documento apresentar rasura ou tiver ind’cio de falsifica•‹o;
II Ð o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III Ð o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informa•›es
conflitantes entre si;
IV Ð a identifica•‹o criminal for essencial ˆs investiga•›es policiais, segundo despacho
da autoridade judici‡ria competente, que decidir‡ de of’cio ou mediante representa•‹o
da autoridade policial, do MinistŽrio Pœblico ou da defesa;
V Ð constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualifica•›es;
VI Ð o estado de conserva•‹o ou a dist‰ncia temporal ou da localidade da expedi•‹o
do documento apresentado impossibilite a completa identifica•‹o dos caracteres
essenciais.
Par‡grafo œnico. As c—pias dos documentos apresentados dever‹o ser juntadas aos
autos do inquŽrito, ou outra forma de investiga•‹o, ainda que consideradas
insuficientes para identificar o indiciado.

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3! SòMULAS PERTINENTES
3.1! Sœmulas vinculantes
Ä Sœmula Vinculante 11: Restringe a utiliza•‹o de algemas a casos
excepcionais, notadamente quando risco de fugo ou perigo ˆ integridade f’sica do
preso ou de terceiros, devendo a utiliza•‹o se dar de maneira fundamentada:
Sœmula vinculante 11 - ÒS— Ž l’cito o uso de algemas em casos de resist•ncia e de
fundado receio de fuga ou de perigo ˆ integridade f’sica pr—pria ou alheia, por parte
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
pris‹o ou do ato processual a que se refere, sem preju’zo da responsabilidade civil do
Estado.Ó

Ä Sœmula Vinculante 14: Garante ao defensor do indiciado, na defesa dos


interesses deste, o acesso aos elementos de prova j‡ documentos nos autos do
IP, e que digam respeito ao direito de defesa:
Sœmula Vinculante 14 - Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento
investigat—rio realizado por —rg‹o com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam
respeito ao exerc’cio do direito de defesa.Ó

3.2! Sœmulas do STF


Ä Sœmula 524 do STF: Estabelece a impossibilidade de ajuizamento da a•‹o
penal quando houve arquivamento por falta de provas, salvo se surgirem novas
provas, em conson‰ncia com o art. 18 do CPP.
Sœmula 524 do STF - ÒArquivado o inquŽrito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do Promotor de Justi•a, n‹o pode a a•‹o penal ser iniciada, sem novas
provas.Ó

4! RESUMO

INQUƒRITO POLICIAL
Conceito - Conjunto de dilig•ncias realizadas pela Pol’cia Judici‡ria, cuja
finalidade Ž angariar elementos de prova (prova da materialidade e ind’cios de
autoria), para que o legitimado (ofendido ou MP) possa ajuizar a a•‹o penal.
Natureza Ð Procedimento administrativo prŽ-processual. NÌO Ž processo
judicial.
Caracter’sticas
¥ Administrativo - O InquŽrito Policial, por ser instaurado e conduzido
por uma autoridade policial, possui n’tido car‡ter administrativo.
¥ Inquisitivo (inquisitorialidade) - A inquisitorialidade do InquŽrito
decorre de sua natureza prŽ-processual. No Processo temos autor (MP ou

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v’tima), acusado e Juiz. No InquŽrito n‹o h‡ acusa•‹o, logo, n‹o h‡


nem autor, nem acusado. No InquŽrito Policial, por ser inquisitivo,
n‹o h‡ direito ao contradit—rio pleno nem ˆ ampla defesa.
¥ Oficioso (Oficiosidade) Ð Possibilidade (poder-dever) de
instaura•‹o de of’cio quando se tratar de crime de a•‹o penal pœblica
incondicionada.
¥ Escrito (formalidade) - Todos os atos produzidos no bojo do IP
dever‹o ser escritos, e reduzidos a termo aqueles que forem orais.
¥ Indisponibilidade Ð A autoridade policial n‹o pode dispor do IP, ou
seja, n‹o pode mandar arquiv‡-lo.
¥ Dispensabilidade Ð N‹o Ž indispens‡vel ˆ propositura da a•‹o
penal.
¥ Discricionariedade na condu•‹o - A autoridade policial pode
conduzir a investiga•‹o da maneira que entender mais frut’fera, sem
necessidade de seguir um padr‹o prŽ-estabelecido.

INSTAURA‚ÌO DO IP
FORMAS DE INSTAURA‚ÌO DO INQUƒRITO POLICIAL
FORMA CABIMENTO OBSERVA‚ÍES

DE OFêCIO ¥ A•‹o penal pœblica OBS.:


incondicionada Requisi•‹o do
¥ A•‹o penal pœblica MP ou do Juiz
condicionada (depende de deve ser
representa•‹o ou requisi•‹o do cumprida pela
MJ) autoridade
¥ A•‹o penal privada (depende policial.
de manifesta•‹o da v’tima) OBS.:
REQUISI‚ÌO DO ¥ A•‹o penal pœblica Requerimento
MP OU DO JUIZ incondicionada do ofendido n‹o
¥ A•‹o penal pœblica obriga a
condicionada (requisi•‹o autoridade
deve estar instru’da com a policial. Caso
representa•‹o ou requisi•‹o do seja
MJ) indeferimento o
¥ A•‹o penal privada (requisi•‹o requerimento,
deve estar instru’da com a cabe recurso
manifesta•‹o da v’tima nesse ao chefe de
sentido) pol’cia.

REQUERIMENTO ¥ A•‹o penal pœblica


DO OFENDIDO incondicionada
¥ A•‹o penal pœblica
condicionada

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¥ A•‹o penal privada


AUTO DE PRISÌO ¥ A•‹o penal pœblica
EM FLAGRANTE incondicionada
¥ A•‹o penal pœblica
condicionada (depende de
representa•‹o ou requisi•‹o do
MJ)
¥ A•‹o penal privada (depende
de manifesta•‹o da v’tima)
OBS.: Denœncia an™nima (delatio criminis inqualificada) - Delegado,
quando tomar ci•ncia de fato definido como crime, atravŽs de denœncia an™nima,
n‹o dever‡ instaurar o IP de imediato, mas determinar que seja verificada a
proced•ncia da denœncia e, caso realmente se tenha not’cia do crime, instaurar
o IP.

TRAMITA‚ÌO DO IP
Dilig•ncias
Logo ap—s tomar conhecimento da pr‡tica de infra•‹o penal, a autoridade deve:
§ Dirigir-se ao local, providenciando para que n‹o se alterem o estado e
conserva•‹o das coisas, atŽ a chegada dos peritos criminais.
§ Apreender os objetos que tiverem rela•‹o com o fato, ap—s liberados pelos
peritos criminais
§ Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunst‰ncias
§ Ouvir o ofendido
§ Ouvir o indiciado (interrogat—rio em sede policial)
§ Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acarea•›es
§ Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras per’cias Ð O exame de corpo de delito Ž indispens‡vel
nos crimes que deixam vest’gios.
§ Ordenar a identifica•‹o do indiciado pelo processo datilosc—pico, se
poss’vel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
§ Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,
familiar e social, sua condi•‹o econ™mica, sua atitude e estado de ‰nimo
antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que
contribu’rem para a aprecia•‹o do seu temperamento e car‡ter.
§ colher informa•›es sobre a exist•ncia de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma defici•ncia e o nome e o contato de eventual respons‡vel
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
§ Possibilidade de se proceder ˆ reprodu•‹o simulada dos fatos
(reconstitui•‹o) - Desde que esta n‹o contrarie a moralidade ou a
ordem pœblica.

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OBS.: O procedimento de identifica•‹o criminal s— Ž admitido para aquele que


n‹o for civilmente identificado. Exce•‹o: mesmo o civilmente identificado
poder‡ ser submetido ˆ identifica•‹o criminal, nos seguintes casos:
¥ Se o documento apresentado contiver rasuras ou ind’cios de
falsifica•‹o.
¥ O documento n‹o puder comprovar cabalmente a identidade da
pessoa.
¥ A pessoa portar documentos de identidade distintos, com informa•›es
conflitantes;
¥ A identifica•‹o criminal for indispens‡vel ˆs investiga•›es policiais
(Necess‡rio despacho do Juiz determinando isso).
¥ Constar nos registros policiais que a pessoa j‡ se apresentou com
outros nomes.
¥ O estado de conserva•‹o, a data de expedi•‹o do documento ou o local
de sua expedi•‹o impossibilitem a perfeita identifica•‹o da pessoa.

OBS.: ƒ permitida a colheita de material biol—gico para determina•‹o do perfil


genŽtico, exclusivamente quando isso for indispens‡vel ˆs investiga•›es Ð
depende de autoriza•‹o judicial. Deve ser armazenado em bando de dados
sigiloso.

Requerimento de dilig•ncias pelo ofendido e pelo indiciado Ð Ambos


podem requerer a realiza•‹o de dilig•ncias, mas ficar‡ a critŽrio da Autoridade
Policial deferi-las ou n‹o.

FORMA DE TRAMITA‚ÌO DO IP
Sigiloso Ð A autoridade policial deve assegurar o sigilo necess‡rio ˆ elucida•‹o
do fato ou o exigido pelo interesse da sociedade. Prevalece o entendimento de
que o IP Ž sempre sigiloso em rela•‹o ˆs pessoas do povo em geral, por se tratar
de mero procedimento investigat—rio.

Acesso do advogado aos autos do IP


O advogado do indiciado deve ter franqueado o acesso amplo aos elementos de
prova j‡ documentados nos autos do IP, e que digam respeito ao exerc’cio do
direito de defesa. N‹o se aplica ˆs dilig•ncias em curso (Ex.: intercepta•‹o
telef™nica ainda em curso) Ð SòMULA VINCULANTE n¼ 14.
OBS.: A Lei 13.24/16 alterou o Estatuto da OAB para estender tal previs‹o a
qualquer procedimento investigat—rio criminal (inclusive aqueles instaurados
internamente no ‰mbito do MP).

Interrogat—rio em sede policial

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Necessidade de presen•a do advogado? Posi•‹o cl‡ssica da Doutrina e da


Jurisprud•ncia: NÌO.
Altera•‹o legislativa (Lei 13.245/16) Ð passou-se a exigir a presen•a do
advogado no interrogat—rio policial? Ainda n‹o h‡ posi•‹o do STF ou STJ.
Duas correntes:
§ Alguns v‹o entender que o advogado, agora, Ž indispens‡vel durante o
IP.
§ Outros v‹o entender que a Lei n‹o criou essa obrigatoriedade. O que a
Lei criou foi, na verdade, um DEVER para o advogado que tenha sido
devidamente constitu’do pelo indiciado (dever de assisti-lo, sob
pena de nulidade). Caso o indiciado deseje n‹o constituir advogado, n‹o
haveria obrigatoriedade.

CONCLUSÌO DO IP
Prazo
PRAZO PARA A CONCLUSÌO DO IP
NATUREZA PRAZO OBSERVA‚ÍES
DA
INFRA‚ÌO
REGRA ¥ Indiciado preso: 10 dias OBS.: Em se tratando de
GERAL ¥ Indiciado solto: 30 dias indiciado solto, o prazo Ž
processual. Em se tratando de
CRIMES ¥ Indiciado preso: 15 dias indiciado preso o prazo Ž
FEDERAIS (prorrog‡vel por mais material (conta-se o dia do
15 dias) come•o).
¥ Indiciado solto: 30 dias
OBS.: No caso de indiciado
LEI DE ¥ Indiciado preso: 30 dias preso, o prazo se inicia da data
DROGAS ¥ Indiciado solto: 90 dias da pris‹o. Em se tratando de
OBS.: Ambos podem ser indiciado solto, o prazo se inicia
duplicados. com a Portaria de instaura•‹o.

CRIMES ¥ Indiciado preso ou solto:


CONTRA A 10 dias
ECONOMIA
POPULAR
OBS.: Em caso de indiciado solto o STJ entende tratar-se de prazo impr—prio
(descumprimento do prazo n‹o gera repercuss‹o pr‡tica).

Indiciamento Ð Ato fundamentado por meio do qual a autoridade policial


ÒdirecionaÓ a investiga•‹o, ou seja, a autoridade policial centraliza as
investiga•›es em apenas um ou alguns dos suspeitos. Ato privativo da autoridade
policial, mas depende de autoriza•‹o do Tribunal se o indiciado for pessoa

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detentora de foro por prerrogativa de fun•‹o (STF Ð Inq. 2.411). STJ vem
decidindo em sentido contr‡rio (desnecessidade de autoriza•‹o).

Destinat‡rio do IP Ð Prevalece que:


§ Destinat‡rio imediato Ð titular da a•‹o penal
§ Destinat‡rio mediato Ð Juiz

ARQUIVAMENTO DO IP
Regra Ð MP requer o arquivamento, mas quem determina Ž o Juiz. Se o Juiz
discordar, remete ao Chefe do MP (em regra, o PGJ). O Chefe do MP decide se
concorda com o membro do MP ou com o Juiz. Se concordar com o membro do
MP, o Juiz deve arquivar. Se concordar com o Juiz, ele pr—prio aju’za a a•‹o penal
ou designa outro membro para ajuizar.
A•‹o penal privada Ð Os autos do IP ser‹o remetidos ao Ju’zo competente,
onde aguardar‹o a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal (ou ser‹o
entregues ao requerente, caso assim requeira, mediante traslado).
Arquivamento impl’cito Ð Cria•‹o doutrin‡ria. Duas hip—teses:
§ Quando o membro do MP deixar requerer o arquivamento em rela•‹o a
alguns fatos investigados, silenciando quanto a outros.
§ Requerer o arquivamento em rela•‹o a alguns investigados, silenciando
quanto a outros.
STF e STJ n‹o aceitam a tese de arquivamento impl’cito.

Arquivamento indireto Ð Quando o membro do MP deixa de oferecer a denœncia


por entender que o Ju’zo (que est‡ atuando durante a fase investigat—ria) Ž
incompetente para processar e julgar a a•‹o penal. N‹o Ž un‰nime.
Trancamento do IP - Consiste na cessa•‹o da atividade investigat—ria por
decis‹o judicial quando h‡ ABUSO na instaura•‹o do IP ou na condu•‹o das
investiga•›es, geralmente quando n‹o hŽ elementos m’nimos de prova.

Decis‹o de arquivamento de IP faz coisa julgada? Em regra, n‹o, podendo


ser reaberta a investiga•‹o se de outras provas (provas novas) a autoridade
policial tiver not’cia. Exce•›es:
§ Arquivamento por atipicidade do fato
§ Arquivamento em raz‹o do reconhecimento de manifesta causa de
exclus‹o da ilicitude ou da culpabilidade Ð Aceito pela Doutrina e
jurisprud•ncia MAJORITçRIAS. STF n‹o vem admitindo a coisa julgada
neste caso.
§ Arquivamento por extin•‹o da punibilidade
OBS.: Se o reconhecimento da extin•‹o da punibilidade se deu pela morte
do agente, mediante apresenta•‹o de certid‹o de —bito falsa (o agente n‹o
estava morto) Ž poss’vel reabrir as investiga•›es.

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ATEN‚ÌO! A autoridade policial NÌO PODE mandar arquivar autos de inquŽrito


policial.

PODER DE INVESTIGA‚ÌO DO MP
Entendimento pac’fico no sentido de que o MP pode investigar, mediante
procedimentos pr—prios, mas n‹o pode presidir nem instaurar inquŽrito policial.
___________
Bons estudos!
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5! EXERCêCIOS PARA PARATICAR

01.! (VUNESP Ð 2017 Ð CåMARA DE COTIA-SP Ð PROCURADOR)


A respeito do InquŽrito Policial, assinale a alternativa correta.
a) Nas a•›es penais pœblicas, condicionadas ˆ representa•‹o, os inquŽritos
policiais podem ser iniciados por provoca•‹o das v’timas ou, de of’cio, pela
Autoridade Policial.
b) O Delegado, encerrada as investiga•›es, convencido da inexist•ncia de crime,
poder‡ determinar o arquivamento do inquŽrito policial.
c) Nos inquŽritos policiais que apuram crime de tr‡fico de pessoas, a Autoridade
Policial poder‡ requisitar diretamente ˆs empresas prestadoras de servi•o de
telecomunica•›es, informa•›es sobre posicionamento de esta•›es de cobertura,
a fim de permitir a localiza•‹o da v’tima ou do suspeito do delito em curso.
d) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscri•‹o policial, dilig•ncias
em circunscri•‹o diversa da que tramita o inquŽrito policial depender‡ de
expedi•‹o de carta precat—ria.
e) As dilig•ncias requeridas pelo ofendido, no curso do inquŽrito policial, ser‹o
ou n‹o realizadas a ju’zo da Autoridade Policial.

02.! (VUNESP Ð 2015 Ð CRO-SP Ð ADVOGADO)


A autoridade policial pode determinar o arquivamento de autos de inquŽrito
policial?
a) N‹o, por expressa disposi•‹o legal.
b) Sim, desde que constate que a punibilidade est‡ extinta.
c) Sim, desde que constate que os fatos foram praticados sob alguma causa
excludente de ilicitude.
d) Sim, desde que constate que os fatos foram praticados em leg’tima defesa ou
estado de necessidade.

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e) Sim, desde que exaustivas dilig•ncias comprovem a impossibilidade de


elucidar a autoria criminosa.

03.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA)


Prescreve o art. 6o , VIII do CPP: logo que tiver conhecimento da pr‡tica da
infra•‹o penal, a autoridade policial dever‡ ordenar a identifica•‹o do indiciado
pelo processo datilosc—pico, se poss’vel.
Acerca do tema, a Constitui•‹o da Repœblica de 1988
a) recepcionou integralmente o CPP
b) ampliou as hip—teses de identifica•‹o criminal, admitindo-a tambŽm para
testemunhas e declarantes.
c) ampliou os mŽtodos de identifica•‹o criminal, admitindo expressamente outros
que decorram do progresso cient’fico, tais como os exames de DNA.
d) revogou totalmente o dispositivo do CPP, n‹o admitindo mais a identifica•‹o
criminal.
e) determina, com exce•›es previstas em lei, que o civilmente identificado n‹o
ser‡ submetido ˆ identifica•‹o criminal.

04.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-PA Ð JUIZ)


Salvo exce•›es expressamente previstas em leis especiais, o prazo para a
conclus‹o do inquŽrito policial cujo indiciado estiver preso, que tramita junto ˆ
Pol’cia Civil (Estadual) e ˆ Pol’cia Federal Ž, respectivamente, de
a) 10 dias; 10 dias.
b) 10 dias, prorrog‡veis por mais 10 dias; 15 dias.
c) 10 dias; 15 dias prorrog‡veis por mais 15 dias.
d) 5 dias, prorrog‡veis por mais 5 dias; 10 dias.
e) 5 dias; 10 dias.

05.! (VUNESP Ð 2016 Ð IPSMI Ð PROCURADOR)


Uma vez relatado o inquŽrito policial,
a) o delegado pode determinar o arquivamento dos autos.
b) o Promotor de Justi•a pode denunciar ou arquivar o feito.
c) o Promotor de Justi•a pode denunciar, requerer o arquivamento ou requisitar
novas dilig•ncias.
d) o Juiz pode, diante do pedido de arquivamento, indicar outro promotor para
oferecer denœncia.
e) a v’tima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar a•‹o penal
substitutiva da pœblica.

06.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA)

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O inquŽrito policial, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de


representa•‹o,__________ ; nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial
somente poder‡ proceder a inquŽrito___________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas.
a) depende de queixa crime para sua instaura•‹o É ap—s colher o consentimento
da v’tima ou de terceiro patrimonialmente interessado na investiga•‹o do fato
b) pode ser instaurado independentemente dela, mas s— pode embasar a•‹o
penal ap—s manifesta•‹o positiva da v’tima É ap—s oferecimento de queixa crime
c) s— pode ser iniciado se n‹o houver transcorrido o prazo decadencial de seis
meses É quando acompanharem a representa•‹o do ofendido o nome e
qualifica•‹o de ao menos tr•s testemunhas
d) n‹o poder‡ sem ela ser iniciado É a requerimento de quem tenha qualidade
para intent‡-la
e) depende de queixa crime para sua instaura•‹o É ap—s oferecimento de queixa
crime

07.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð INSPETOR DE POLêCIA)


A respeito do inquŽrito policial, procedimento disciplinado pelo C—digo de
Processo Penal, Ž correto afirmar que
a) os instrumentos do crime n‹o acompanhar‹o os autos do inquŽrito.
b) o inquŽrito n‹o acompanhar‡ a denœncia ou queixa, ainda que sirva de base a
uma ou outra.
c) ao tŽrmino do inquŽrito, a autoridade policial far‡ minucioso relat—rio do que
tiver sido apurado e enviar‡ os autos ao membro do ministŽrio pœblico, nos
termos do ¤ 1o do artigo 10.
d) nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial poder‡ proceder a inquŽrito,
independentemente de requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la
e) o inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o, n‹o
poder‡ sem ela ser iniciado.

08.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð INSPETOR DE POLêCIA)


Sobre os prazos para a conclus‹o do inquŽrito policial, Ž correto afirmar que
a) se for decretada pris‹o tempor‡ria em crime hediondo, o indiciado pode
permanecer preso por atŽ noventa dias, sem que seja necess‡ria a conclus‹o do
inquŽrito.
b) nos crimes de compet•ncia da Justi•a Federal, o prazo Ž de quinze dias,
prorrog‡veis por mais quinze, em regra.
c) para os crimes de tr‡fico de drogas o prazo Ž de dez dias improrrog‡veis.
d) se o indiciado estava solto ao ser decretada sua pris‹o preventiva, o prazo de
dez dias conta-se da data da decreta•‹o da pris‹o.

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e) a autoridade policial possui o prazo de trinta dias improrrog‡veis para todos


os casos previstos na legisla•‹o processual penal.

09.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA)


Com rela•‹o ˆs previs›es relativas ao InquŽrito Policial no C—digo de Processo
Penal, Ž correto afirmar que
a) o inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o,
poder‡, sem ela, ser iniciado, mas seu encerramento depender‡ da juntada
desta.
b) durante a instru•‹o do InquŽrito Policial, s‹o vedados os requerimentos de
dilig•ncias pelo ofendido, ou seu representante legal; e pelo indiciado, em virtude
da sua natureza inquisitorial.
c) nos crimes em que n‹o couber a•‹o pœblica, os autos do inquŽrito
permanecer‹o em poder da autoridade policial atŽ a formaliza•‹o da iniciativa do
ofendido ou de seu representante legal, condi•‹o esta obrigat—ria para a remessa
dos autos ao ju’zo competente.
d) todas as pe•as do inquŽrito policial ser‹o, num s— processado, reduzidas a
escrito ou datilografadas e, nesse caso, rubricadas pela autoridade.
e) qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da exist•ncia de infra•‹o
penal em que caiba a•‹o pœblica poder‡, por escrito, comunic‡-la ˆ autoridade
policial, sendo vedada a comunica•‹o verbal.

10.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA)


Assinale a alternativa correta no que tange ao arquivamento do InquŽrito Policial,
segundo o disposto no C—digo de Processo Penal.
a) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial somente poder‡ proceder
a novas pesquisas com autoriza•‹o da autoridade judici‡ria que determinou o
arquivamento.
b) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
c) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial n‹o poder‡ proceder a
novas pesquisas se de outras provas tiver not’cia.
d) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas se de outras provas tiver not’cia.
e) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito somente nos
casos em que for constatada atipicidade da conduta.

11.! (VUNESP Ð 2014 Ð PREFEITURA DE SÌO JOSƒ DO RIO PRETO Ð


PROCURADOR MUNICIPAL)

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Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de


inquŽrito____________; o inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender
de representa•‹o, ____________.Ó
Preenchem as lacunas, completa, correta e respectivamente, as seguintes
express›es:
a) caber‡ recurso para o Juiz Corregedor É n‹o poder‡ sem ela ser iniciado
b) caber‡ recurso para o Juiz Corregedor É s— pode ser instaurado mediante
requisi•‹o ministerial
c) caber‡ recurso para o chefe de Pol’cia É n‹o poder‡ sem ela ser iniciado
d) caber‡ recurso para o chefe de Pol’cia É s— poder‡ ser instaurado mediante
apresenta•‹o de prova do fato
e) n‹o caber‡ recurso É s— poder‡ ser instaurado mediante apresenta•‹o de
prova do fato

12.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-PA Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Nos termos do quanto determina o ¤ 4 do art. 5.¼ do CPP, o inquŽrito que apura
crime de a•‹o pœblica condicionada
a) depende, para instaura•‹o, da respectiva representa•‹o.
b) deve ser instaurado de of’cio pela autoridade policial.
c) deve ser instaurado ap—s minucioso relat—rio da auto- ridade.
d) depende, para instaura•‹o, da indica•‹o de testemunhas id™neas do fato a ser
apurado.
e) deve ser instaurado no prazo de 6 (seis) meses contados da data do fato.

13.! (VUNESP Ð 2014 Ð PC-SP Ð DELEGADO DE POLêCIA)


Nos termos do par‡grafo terceiro do art. 5.¼ do CPP: ÒQualquer pessoa do povo
que tiver conhecimento da exist•ncia de infra•‹o penal em que caiba a•‹o pœblica
poder‡, verbalmente ou por escrito, comunic‡-la ˆ autoridade policial, e esta,
verificada a proced•ncia das informa•›es, mandar‡ instaurar inquŽrito policialÓ.
Assim, Ž correto afirmar que
a) sempre que tomar conhecimento da ocorr•ncia de um crime, a autoridade
policial dever‡, por portaria, instaurar inquŽrito policial.
b) por delatio criminis entende-se a autoriza•‹o formal da v’tima para que seja
instaurado inquŽrito policial.
c) o inquŽrito policial ser‡ instaurado pela autoridade policial apenas nas
hip—teses de a•‹o penal pœblica.
d) a not’cia de um crime, ainda que an™nima, pode, por si s—, suscitar a
instaura•‹o de inquŽrito policial.
e) Ž inadmiss’vel o anonimato como causa suficiente para a instaura•‹o de
inquŽrito policial na modalidade da delatio criminis, entretanto, a autoridade
policial poder‡ investigar os fatos de of’cio.

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14.! (VUNESP Ð 2014 Ð PC-SP Ð INVESTIGADOR DE POLêCIA)


O inquŽrito policial
a) somente ser‡ instaurado por determina•‹o do juiz competente.
b) pode ser arquivado por determina•‹o da Autoridade Policial.
c) estando o indiciado solto, dever‡ ser conclu’do no m‡ximo em 10 dias.
d) nos crimes de a•‹o pœblica poder‡ ser iniciado de of’cio.
e) n‹o poder‡ ser iniciado por requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico.

15.! (VUNESP Ð 2014 Ð SAAE-SP ÐPROCURADOR JURêDICO)


A autoridade policial ______________mandar arquivar autos de inquŽrito.
Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria, por
falta de base para a denœncia, a autoridade policial __________ proceder a novas
pesquisas, _________de outras provas tiver not’cia.
Completam, adequada e respectivamente, as lacunas as express›es:
a) poder‡ É poder‡ É se
b) n‹o poder‡ É poder‡ É se
c) n‹o poder‡ É n‹o poder‡ É a menos que
d) excepcionalmente poder‡ É poder‡ É desde que
e) deve, quando n‹o constatar crime, É n‹o poder‡ É a menos que

16.! (VUNESP Ð 2013 Ð TJ-SP Ð JUIZ)


Da decis‹o judicial que determina o arquivamento de autos de inquŽrito policial,
a pedido do MinistŽrio Pœblico,
a) cabe carta testemunh‡vel.
b) cabe recurso de apela•‹o.
c) cabe recurso em sentido estrito.
d) n‹o cabe recurso.

17.! (VUNESP Ð 2013 Ð MPE-ES Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A)


Considerando o teor da Sœmula vinculante n.¼ 14 do Supremo Tribunal Federal,
no que diz respeito ao sigilo do inquŽrito policial, Ž correto afirmar que a
autoridade policial.
a) n‹o poder‡, em hip—tese alguma, negar vista ao advogado, com procura•‹o
com poderes espec’ficos, dos dados probat—rios formalmente anexados nos
autos.
b) n‹o poder‡ negar vista dos autos de inquŽrito policial ao advogado, entretanto
a extra•‹o de c—pias reprogr‡ficas fica vedada.
c) poder‡ negar vista dos autos ao advogado caso os ele- mentos de prova do
procedimento investigat—rio sejam sigilosos para a defesa

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d) poder‡ negar vista dos autos ao advogado caso haja no procedimento


investigat—rio quebra de sigilo banc‡rio ou degrava•‹o de conversas decorrentes
de intercepta•‹o telef™nica
e) poder‡ negar vista dos autos ao advogado sempre que entender pertinente
para o bom andamento das investiga•›es.

18.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ/MT Ð JUIZ)


Considerando-se o art. 28 do C—digo de Processo Penal, se o —rg‹o do MinistŽrio
Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia, requerer o arquivamento do inquŽrito
policial ou de quaisquer pe•as de informa•‹o, o juiz, no caso de considerar
improcedentes as raz›es invocadas, far‡ remessa do inquŽrito ou das pe•as de
informa•‹o ao procurador-geral, e este
a) oferecer‡ a requisi•‹o para o oferecimento da denœncia, designando outro
—rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-la, ou insistir‡ no pedido de
arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz obrigado a atender.
b) determinar‡ ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico o oferecimento da denœncia e, se
este se recusar, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para declar‡-la, ou
insistir‡ no pedido de desist•ncia, ao qual s— ent‹o estar‡ o MinistŽrio Pœblico
obrigado a atender.
c) solicitar‡ revis‹o da posi•‹o ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico e, se este se
recusar, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para declar‡-la, podendo
este insistir no pedido de arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz obrigado
a atender.
d) determinar‡ ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico a revis‹o da denœncia e, se este se
recusar, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para declar‡-la, ou insistir‡
no pedido de desist•ncia, ao qual s— ent‹o estar‡ o MinistŽrio Pœblico obrigado a
atender.
e) oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-
la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz obrigado
a atender.

19.! (VUNESP Ð 2013 Ð PC-SP Ð INVESTIGADOR)


Assinale a alternativa correta no que diz respeito ˆs disposi•›es relativas ao
InquŽrito Policial previstas no C—digo de Processo Penal.
a) Incumbir‡ ˆ autoridade policial no curso do InquŽrito Policial representar
acerca da pris‹o preventiva.
b) Caso vislumbre not—ria atipicidade da conduta investigada, a autoridade
policial poder‡ determinar o arquivamento dos autos do InquŽrito Policial.
c) Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem ˆ prova,
permanecer‹o com a autoridade policial ap—s o encaminhamento dos autos do
inquŽrito policial para an‡lise do MinistŽrio Pœblico e Poder Judici‡rio, e ser‹o
encaminhados, posteriormente, se o Juiz ou membro do MinistŽrio Pœblico assim
requisitarem.

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d) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado n‹o poder‹o requerer


qualquer dilig•ncia durante o curso do InquŽrito Policial em virtude da natureza
inquisit—ria deste procedimento.
e) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscri•‹o policial, a autoridade
com exerc’cio em uma delas n‹o poder‡, nos inquŽritos a que esteja procedendo,
ordenar dilig•ncias em circunscri•‹o de outra, sendo obrigat—ria, para tanto, a
exist•ncia de precat—rias ou requisi•›es ˆ autoridade competente daquela
circunscri•‹o.

20.! (VUNESP Ð 2012 Ð TJ-RJ Ð JUIZ)


Assinale a alternativa correta no que concerne ao regramento que o CPP d‡ ao
inquŽrito policial.
a) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial n‹o poder‡ proceder a
novas pesquisas, ainda que tenha not’cia de outras provas.
b) Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡ proceder a
inquŽrito a requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.
c) Em qualquer crime de a•‹o pœblica n‹o Ž necess‡ria a representa•‹o da v’tima
para que o inquŽrito seja iniciado.
d) ƒ irrecorr’vel o despacho da autoridade policial que indefere o requerimento
de abertura de inquŽrito.

21.! (VUNESP Ð 2014 Ð DESENVOLVESP Ð ADVOGADO)


De acordo com a regra do art. 10 do CPP, Òo inquŽrito dever‡ terminar no prazo
de _____ dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hip—tese, a partir do dia em que se
executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de______ dias, quando estiver solto,
mediante fian•a ou sem ela.Ó
Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectiva- mente, as lacunas
do texto.
a) 5 É 15
b) 5 É 30
c) 10 É 30
d) 10 É 90
e) 30 É 90

22.! (FGV Ð 2018 Ð TJ-AL Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Enquanto organizava procedimentos que se encontravam no cart—rio de
determinada Vara Criminal do Tribunal de Justi•a de Alagoas, o servidor identifica
que h‡ um inquŽrito em que foram realizadas diversas dilig•ncias para apurar
crime de a•‹o penal pœblica, mas n‹o foi obtida justa causa para o oferecimento
de denœncia, raz‹o pela qual o Delegado de Pol’cia elaborou relat—rio final

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opinando pelo arquivamento. Verificada tal situa•‹o e com base nas previs›es do
C—digo de Processo Penal, caber‡ ao:
(A) juiz realizar diretamente o arquivamento, tendo em vista que j‡ houve
representa•‹o nesse sentido por parte da autoridade policial, cabendo contra a
decis‹o recurso em sentido estrito;
(B) MinistŽrio Pœblico realizar diretamente o arquivamento, caso concorde com
a conclus‹o do relat—rio da autoridade policial, independentemente de controle
judicial;
(C) delegado de pol’cia, em caso de concord‰ncia do juiz, realizar diretamente o
arquivamento ap—s retorno do inquŽrito policial para delegacia;
(D) MinistŽrio Pœblico promover pelo arquivamento, cabendo ao juiz analisar a
homologa•‹o em respeito ao princ’pio da obrigatoriedade;
(E) juiz promover pelo arquivamento, podendo o promotor de justi•a requerer o
encaminhamento dos autos ao Procurador-Geral de Justi•a em caso de
discord‰ncia, em controle ao princ’pio da obrigatoriedade.

23.! (FGV Ð 2016 Ð MPE-RJ Ð ANALISTA PROCESSUAL)


Foi instaurado inquŽrito policial, no Rio de Janeiro, para apurar as condi•›es da
morte de Maria, que foi encontrada j‡ falecida em seu apartamento, onde residia
sozinha, v’tima de morte violenta. As investiga•›es se estenderam por cerca de
tr•s anos, sem que fosse identificada a autoria delitiva, apesar de ouvidos os
familiares, o namorado e os vizinhos da v’tima. Em raz‹o disso, o inquŽrito policial
foi arquivado, nos termos da lei, por aus•ncia de justa causa. Seis meses ap—s o
arquivamento, superando a dor da perda da filha, a m‹e de Maria resolve
comparecer ao seu apartamento para pegar as roupas da v’tima para doa•‹o.
Encontra, ent‹o, escondida no arm‡rio uma c‰mera de filmagem e verifica que
havia sido gravada uma briga entre a filha e um amigo do seu namorado dois
dias antes do crime, ocasi‹o em que este afirmou que sempre a amou e que se
Maria n‹o terminasse o namoro Òsofreria as consequ•nciasÓ. Considerando a
situa•‹o narrada, Ž correto afirmar que a filmagem:
a) Ž considerada prova nova ou not’cia de prova nova, mas n‹o poder‡ haver
desarquivamento, j‡ que a decis‹o de arquivamento fez coisa julgada;
b) n‹o Ž considerada prova nova ou not’cia de prova nova, tendo em vista que
j‡ existia antes do arquivamento, de modo que n‹o cabe desarquivamento com
esse fundamento;
c) Ž considerada prova nova ou not’cia de prova nova, podendo haver
desarquivamento do inquŽrito pela autoridade competente;
d) considerada ou n‹o prova nova ou not’cia de prova nova, poder‡ gerar o
desarquivamento direto pela autoridade policial para prosseguimento das
investiga•›es;
e) n‹o Ž considerada prova nova, logo impede o desarquivamento, mas n‹o Ž
—bice ao oferecimento direto de denœncia.

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24.! (FGV Ð 2016 Ð MPE-RJ Ð TƒCNICO: NOTIFICA‚ÌO E ATOS


INTIMATîRIOS)
Maria, 30 anos, foi v’tima da pr‡tica de um crime de estupro, crime este de a•‹o
penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o. Apesar de n‹o querer falar sobre os
fatos ou contribuir para eventuais investiga•›es, a m‹e de Maria comparece ˆ
Delegacia e narra os fatos. Diante da situa•‹o apresentada e sobre o tema
inquŽrito policial, Ž correto afirmar que:
a) apesar de o oferecimento de denœncia depender de representa•‹o, a
instaura•‹o do inquŽrito policial independe da mesma;
b) ainda que conclua pela atipicidade dos fatos, uma vez instaurado formalmente
o inquŽrito policial, n‹o poder‡ a autoridade policial mandar arquivar os autos;
c) o inquŽrito policial tem como uma de suas caracter’sticas a indispensabilidade;
d) o C—digo de Processo Penal pro’be a reprodu•‹o simulada dos fatos antes do
oferecimento da denœncia, ainda que com a concord‰ncia do indiciado;
e) o inquŽrito policial tem como caracter’sticas a oralidade, a informalidade e o
sigilo.

25.! (FGV Ð 2015 Ð DPE-RO Ð TƒCNICO: OFICIAL DE DILIGæNCIA)


Jorge praticou crime de estupro em face de Jœlia, jovem de 24 anos e herdeira
do propriet‡rio de um grande estabelecimento comercial localizado em S‹o Paulo.
O crime, de acordo com o C—digo Penal e com as suas circunst‰ncias, Ž de a•‹o
penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o. N‹o houve pris‹o em flagrante,
sendo os fatos descobertos por outras pessoas diferentes da v’tima apenas uma
semana ap—s a ocorr•ncia. AtŽ o momento, n‹o foi decretada a pris‹o preventiva
de Jorge. Diante dessa situa•‹o, sobre o inquŽrito policial, Ž correto afirmar que:
a) a representa•‹o Ž indispens‡vel para a propositura da a•‹o penal
condicionada, mas a instaura•‹o do inquŽrito policial dela independe;
b) a aus•ncia de contradit—rio no inquŽrito impede que o advogado do agente
tenha acesso a qualquer elemento informativo produzido, ainda que j‡
documentado;
c) caso seja instaurado inquŽrito, concluindo pela aus•ncia de justa causa, poder‡
a autoridade policial determinar o arquivamento do procedimento diretamente;
d) estando o indiciado solto, o inquŽrito policial dever‡ ser conclu’do
impreterivelmente no prazo de 15 dias, prorrog‡veis apenas uma vez por igual
per’odo;
e) o arquivamento do inquŽrito por aus•ncia de justa causa permite um posterior
desarquivamento pela autoridade competente, caso surjam novas provas.

26.! (FGV Ð 2015 Ð OAB - XVII EXAME DA OAB)


No dia 01/04/2014, Nat‡lia recebeu cinco facadas em seu abd™men, golpes estes
que foram a causa eficiente de sua morte. Para investigar a autoria do delito, foi
instaurado inquŽrito policial e foram realizadas diversas dilig•ncias, dentre as
quais se destacam a oitiva dos familiares e amigos da v’tima e exame pericial no

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local. Mesmo ap—s todas essas medidas, n‹o foi poss’vel obter ind’cios suficientes
de autoria, raz‹o pela qual o inquŽrito policial foi arquivado pela autoridade
judici‡ria por falta de justa causa, em 06/10/2014, ap—s manifesta•‹o nesse
sentido da autoridade policial e do MinistŽrio Pœblico. Ocorre que, em
05/01/2015, a m‹e de Nat‡lia encontrou, entre os bens da filha que ainda
guardava, uma carta escrita por Bruno, ex namorado de Nat‡lia, em 30/03/2014,
em que ele afirmava que ela teria 24 horas para retomar o relacionamento
amoroso ou deveria arcar com as consequ•ncias. A referida carta foi
encaminhada para a autoridade policial.
Nesse caso,
A) nada poder‡ ser feito, pois o arquivamento do inquŽrito policial fez coisa
julgada material.
B) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar o
desarquivamento do inquŽrito pela autoridade competente.
==0==

C) nada poder‡ ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento n‹o pode
ser considerada prova nova.
D) pela falta de justa causa, o arquivamento poderia ter sido determinado
diretamente pela autoridade policial, independentemente de manifesta•‹o do
MinistŽrio Pœblico ou do juiz.

27.! (FGV Ð 2015 Ð OAB - XVI EXAME DA OAB)


O inquŽrito policial pode ser definido como um procedimento investigat—rio
prŽvio, cuja principal finalidade Ž a obten•‹o de ind’cios para que o titular da
a•‹o penal possa prop™-la contra o suposto autor da infra•‹o penal.
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
A) A exig•ncia de ind’cios de autoria e materialidade para oferecimento de
denœncia torna o inquŽrito policial um procedimento indispens‡vel.
B) O despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito policial Ž
irrecorr’vel.
C) O inquŽrito policial Ž inquisitivo, logo o defensor n‹o poder‡ ter acesso aos
elementos informativos que nele constem, ainda que j‡ documentados.
D) A autoridade policial, ainda que convencida da inexist•ncia do crime, n‹o
poder‡ mandar arquivar os autos do inquŽrito j‡ instaurado.

28.! (FGV Ð 2015 Ð PGE-RO Ð TƒCNICO)


Foi instaurado inquŽrito policial para apurar a conduta de Ronaldo, indiciado como
autor do crime de homic’dio praticado em face de Jorge. Ao longo das
investiga•›es, a autoridade policial ouviu diversas testemunhas, juntando os
termos de oitiva nos autos do procedimento. Conclu’das as investiga•›es, os
autos foram encaminhados para a autoridade policial. Sobre o inquŽrito policial,
Ž correto afirmar que:

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a) n‹o Ž permitido ˆ autoridade policial, em regra, solicitar a realiza•‹o de


per’cias e exame de corpo de delito, dependendo para tanto de autoriza•‹o da
autoridade judicial;
b) como instrumento de obten•‹o de justa causa, Ž absolutamente indispens‡vel
ˆ propositura da a•‹o penal;
c) Ž direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos elementos
de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio, digam respeito
ao exerc’cio do direito de defesa;
d) constatado, ap—s a instaura•‹o do inquŽrito e conclus‹o das investiga•›es,
que a conduta do indiciado foi amparada pela leg’tima defesa, poder‡ a
autoridade policial determinar diretamente o arquivamento do procedimento;
e) uma vez determinado seu arquivamento pela autoridade competente,
independente do fundamento, n‹o poder‡ ser desarquivado, ainda que surjam
novas provas.

29.! (FGV Ð 2015 Ð TJ-RO Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Gl—ria foi v’tima de um crime de estupro praticado no interior de sua resid•ncia.
Sendo a natureza da a•‹o pœblica condicionada ˆ representa•‹o, compareceu,
ent‹o, ˆ Delegacia, narrou o ocorrido e manifestou o interesse na apura•‹o do
fato, raz‹o pela qual foi instaurado inquŽrito. Considerando a hip—tese narrada e
as caracter’sticas do inquŽrito policial, Ž correto afirmar que:
a) caso houvesse ind’cios da autoria e prova da materialidade delitiva, a
instaura•‹o de inquŽrito policial seria prescind’vel para propositura da a•‹o
penal;
b) o inquŽrito policial tem como algumas de suas principais caracter’sticas a
oralidade, a oficialidade e oficiosidade;
c) uma das caracter’sticas do inquŽrito policial Ž o sigilo, raz‹o pela qual n‹o
poder‡ o defensor do indiciado ter acesso aos autos, ainda que em rela•‹o ˆquilo
j‡ documentado;
d) o inquŽrito policial Ž dispon’vel, de modo que a autoridade policial poder‡
determinar seu arquivamento diretamente;
e) a natureza de a•‹o pœblica condicionada ˆ representa•‹o do crime de estupro
exige que a representa•‹o seja ofertada para fins de propositura da a•‹o penal,
mas n‹o para instaura•‹o de inquŽrito.

30.! (FGV Ð 2015 Ð TJ-RO Ð OFICIAL DE JUSTI‚A)


No dia 30 de mar•o de 2014, Marta foi v’tima de um crime de homic’dio, raz‹o
pela qual foi instaurado inquŽrito policial para identifica•‹o do autor do delito.
Ap—s diversas dilig•ncias, n‹o foi poss’vel identificar a autoria, raz‹o pela qual foi
realizado o arquivamento do procedimento, pela falta de justa causa, de acordo
com as exig•ncias legais. Ocorre que, em abril de 2015, a filha de Marta localizou
o aparelho celular de Marta e descobriu que seu irm‹o, Lœcio, havia enviado uma
mensagem de texto para sua m‹e, no dia 29 de mar•o de 2014, afirmando para

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a v’tima Òse voc• n‹o me emprestar dinheiro novamente, arcar‡ com as


consequ•nciasÓ. Diante disso, a filha de Marta apresentou o celular de sua m‹e
para a autoridade policial.
Considerando a situa•‹o narrada, Ž correto afirmar que o arquivamento do
inquŽrito policial:
a) fez coisa julgada material, de modo que n‹o mais Ž poss’vel seu
desarquivamento;
b) n‹o fez coisa julgada, mas n‹o Ž poss’vel o desarquivamento porque a
mensagem de texto n‹o pode ser considerada prova nova, j‡ que existia antes
mesmo da instaura•‹o do inquŽrito policial;
c) foi realizado diretamente pela autoridade policial, de modo que n‹o faz coisa
julgada material;
d) n‹o fez coisa julgada material, podendo o inquŽrito ser desarquivado, tendo
em vista que a mensagem de texto pode ser considerada prova nova;
e) n‹o fez coisa julgada material, mas n‹o mais caber‡ desarquivamento, pois
passados mais de 06 meses desde a decis‹o.

31.! (FGV - 2012 - OAB - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO)


Um Delegado de Pol’cia determina a instaura•‹o de inquŽrito policial para apurar
a pr‡tica do crime de recepta•‹o, supostamente praticado por JosŽ. Com rela•‹o
ao InquŽrito Policial, assinale a afirmativa que n‹o constitui sua caracter’stica.
A) Escrito.
B) Inquisit—rio.
C) Indispens‡vel.
D) Formal.

32.! (FGV Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Tradicionalmente, o inquŽrito policial Ž conceituado como um procedimento
investigat—rio, cuja principal finalidade Ž a obten•‹o de justa causa para a
propositura da a•‹o penal. Sobre o inquŽrito policial Ž correto afirmar que:
(A) Ž procedimento prŽvio imprescind’vel;
(B) poder‡ ser arquivado diretamente pela autoridade policial;
(C) Ž sigiloso, raz‹o pela qual o defensor do indiciado n‹o poder‡ ter acesso a
elemento de prova algum, ainda que documentado no procedimento
investigat—rio;
(D) depender‡ de representa•‹o, caso a investiga•‹o trate de crime em que a
a•‹o penal seja pœblica condicionada;
(E) Ž prescind’vel, logo Ž uma faculdade da autoridade policial instaur‡-lo ou
n‹o, ainda que haja requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico.

33.! (FGV Ð 2015 Ð DPE-RO Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)

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O inquŽrito policial Ž tradicionalmente conceituado como procedimento


administrativo prŽvio que visa ˆ apura•‹o de uma infra•‹o penal e sua autoria, a
fim de que o titular da a•‹o penal possa ingressar em ju’zo. Sobre suas principais
caracter’sticas, Ž correto afirmar que:
a) a prova da materialidade e ind’cios de autoria s‹o necess‡rios para propositura
de a•‹o penal, logo uma das caracter’sticas do inquŽrito Ž sua indispensabilidade;
b) o inquŽrito policial Ž instrumento sigiloso, logo n‹o poder‡ ser acessado em
momento algum pelo advogado do indiciado;
c) o contradit—rio pleno e a ampla defesa s‹o indispens‡veis no inquŽrito policial;
d) o inquŽrito policial Ž um procedimento significativamente marcado pela
oralidade;
e) o inquŽrito pode ser considerado indispon’vel para a autoridade policial, j‡ que,
uma vez instaurado, n‹o poder‡ ser por ela diretamente arquivado.

34.! (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII -


PRIMEIRA FASE)
Quanto ao inquŽrito policial, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O inquŽrito policial poder‡ ser instaurado de of’cio pela Autoridade Policial nos
crimes persequ’veis por a•‹o penal pœblica incondicionada.
b) O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o,
n‹o poder‡ ser iniciado sem ela.
c) Nos crimes de a•‹o penal privada, n‹o caber‡ instaura•‹o de inquŽrito policial,
mas sim a lavratura de termo circunstanciado.
d) O inquŽrito policial, mesmo nos crimes hediondos, poder‡ ser dispens‡vel para
o oferecimento de denœncia.

35.! (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - IV - PRIMEIRA


FASE)
Acerca das disposi•›es contidas na Lei Processual sobre o InquŽrito Policial,
assinale a alternativa correta.
a) Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial poder‡ proceder a inquŽrito
a requerimento de qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da exist•ncia
de infra•‹o penal.
b) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito caber‡
recurso para o tribunal competente.
c) Para verificar a possibilidade de haver a infra•‹o sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poder‡ proceder ˆ reprodu•‹o simulada dos fatos,
desde que esta n‹o contrarie a moralidade ou a ordem pœblica.
d) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.

36.! (FGV - 2008 - PC-RJ - OFICIAL DE CARTîRIO)

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A respeito do inquŽrito policial, analise as afirmativas a seguir:


I. Nos crimes de a•‹o pœblica, o inquŽrito policial ser‡ iniciado de of’cio ou
mediante requisi•‹o da autoridade judici‡ria ou do MinistŽrio Pœblico, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent‡-lo.
II. Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡ proceder a
inquŽrito de of’cio ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade
para represent‡-lo.
III. O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o,
n‹o poder‡ sem ela ser iniciado.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

37.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


As formas de instaura•‹o do inquŽrito policial variam de acordo com a natureza
do delito. Nos casos de a•‹o penal pœblica incondicionada, a instaura•‹o do
inquŽrito policial pode se dar:
(A) de of’cio pela autoridade policial; mediante requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico;
mediante requerimento do ofendido; e por auto de pris‹o em flagrante;
(B) de of’cio pelo MinistŽrio Pœblico; mediante requisi•‹o da autoridade policial;
mediante requerimento do ofendido; e por auto de pris‹o em flagrante;
(C) de of’cio pela autoridade policial; mediante requerimento do MinistŽrio
Pœblico; mediante requisi•‹o do ofendido; e por auto de resist•ncia;
(D) de of’cio pelo MinistŽrio Pœblico; mediante requisi•‹o da autoridade policial;
mediante requerimento do ofendido; e por auto de resist•ncia;
(E) de of’cio pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministro da
Justi•a; mediante requisi•‹o do ofendido; e por auto de resist•ncia.

38.! (FGV - 2015 - OAB - XVIII EXAME DE ORDEM)


No dia 10 de maio de 2015, Maria, 25 anos, foi v’tima de um crime de estupro
simples, mas, traumatizada, n‹o mostrou interesse em dar in’cio a qualquer
investigaç‹o penal ou aç‹o penal em relaç‹o aos fatos. Os pais de Maria, porŽm,
requerem a instauraç‹o de inquŽrito policial para apurar autoria, entendendo
que, ap—s identificar o agente, Maria poder‡ decidir melhor sobre o interesse na
persecuç‹o penal. Foi proferido despacho indeferindo o requerimento de abertura
de inquŽrito.
Considerando a situaç‹o narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Do despacho que indefere o requerimento de abertura de inquŽrito policial n‹o
cabe qualquer recurso, administrativo ou judicial.

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B) Em que pese o interesse de Maria ser relevante para o in’cio da aç‹o penal, a
instauraç‹o de inquŽrito policial independe de sua representaç‹o.
C) Caso Maria manifeste interesse na instauraç‹o de inquŽrito policial ap—s o
indeferimento, ainda dentro do prazo decadencial, o procedimento poder‡ ter
in’cio, independentemente do surgimento de novas provas.
D) Apesar de os pais de Maria n‹o poderem requerer a instauraç‹o de inquŽrito
policial, o MinistŽrio Pœblico pode requisitar o in’cio do procedimento na hip—tese,
tendo em vista a natureza pœblica da aç‹o.

39.! (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLêCIA)


Aury Lopes Jœnior leciona que Ò o inquŽrito Ž o ato ou efeito de inquirir, isto Ž,
procurar informa•›es sobre algo, colher informa•›es acerca de um fato,
perquirirÓ. J‡ o Art. 4¼, do CPP destaca que ser‡ realizado pela Pol’cia Judici‡ria
e ter‡ por fim a apura•‹o das infra•›es penais e sua autoria.
A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta.
a) Entendendo a autoridade policial que o fato apurado n‹o configura crime,
dever‡ realizar o arquivamento do inquŽrito, evitando o prosseguimento de um
constrangimento ilegal sobre o indiciado.
b) O rŽu n‹o Ž obrigado a participar da reconstitui•‹o do crime, pois ninguŽm Ž
obrigado a produzir prova contra si.
c) O sigilo e a dispensabilidade s‹o algumas das caracter’sticas do inquŽrito
policial, repetidamente citadas pela doutrina brasileira.
d) N‹o deve a autoridade policial proibir o acesso do defensor do indiciado aos
elementos de prova j‡ documentados no ‰mbito do procedimento investigat—rio
e que digam respeito ao exerc’cio do direito de defesa.
e) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito caber‡
recurso para o chefe de Pol’cia.

40.! (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - V - PRIMEIRA


FASE)
Tendo em vista o enunciado da sœmula vinculante n. 14 do Supremo Tribunal
Federal, quanto ao sigilo do inquŽrito policial, Ž correto afirmar que a autoridade
policial poder‡ negar ao advogado
a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente.
b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente.
c) do indiciado que esteja atuando com procura•‹o o acesso aos depoimentos
prestados pelas v’timas, se entender pertinente.
d) o acesso aos elementos de prova que ainda n‹o tenham sido documentados
no procedimento investigat—rio.

41.! (FGV - 2008 - TJ-MS Ð JUIZ)

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Teoria e quest›es
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Relativamente ao inquŽrito policial, Ž correto afirmar que:


a) a autoridade assegurar‡ no inquŽrito o sigilo necess‡rio ˆ elucida•‹o do fato,
aplicando, porŽm, em todas as suas manifesta•›es, os princ’pios do contradit—rio
e da ampla defesa.
b) a autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito por falta de
base para a denœncia.
c) o inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso,
ou no prazo de 60 dias, quando estiver solto.
d) o inquŽrito policial n‹o acompanhar‡ a denœncia ou queixa quando servir de
base a uma ou outra.
e) o indiciado poder‡ requerer ˆ autoridade policial a realiza•‹o de qualquer
dilig•ncia.

42.! (FGV Ð 2013 - X EXAME UNIFICADO DA OAB)


Na cidade ÒAÓ, o Delegado de Pol’cia instaurou inquŽrito policial para averiguar a
poss’vel ocorr•ncia do delito de estelionato praticado por M‡rcio, tudo conforme
minuciosamente narrado na requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico Estadual. Ao final da
apura•‹o, o Delegado de Pol’cia enviou o inquŽrito devidamente relatado ao
Promotor de Justi•a. No entendimento do parquet, a conduta praticada por
M‡rcio, embora t’pica, estaria prescrita. Nessa situa•‹o, o Promotor dever‡
A) arquivar os autos.
B) oferecer denœncia.
C) determinar a baixa dos autos.
D) requerer o arquivamento.

43.! (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLêCIA)


Com rela•‹o ao prazo para a conclus‹o do inquŽrito policial instaurado para
apurar a pr‡tica do crime de tr‡fico de entorpecentes, de acordo com a Lei n.
11.343, de 23 de agosto de 2006, assinale a afirmativa correta.
a) Ser‡ de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 30, na hip—tese de o
indiciado estar solto.
b) N‹o poder‡ ultrapassar 30 dias, se o indiciado estiver preso.
c) Ser‡ de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver
solto, podendo o juiz, ouvido o MinistŽrio Pœblico, mediante pedido justificado da
autoridade de pol’cia judici‡ria, triplicar tal prazo.
d) Excepcionalmente, quando requerido de forma fundamentada pela autoridade
de pol’cia judici‡ria, ouvido o MinistŽrio Pœblico, poder‡ ser de 180 dias, se o
indiciado estiver solto.
e) Ser‡ de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 dias, quando estiver
solto, podendo o juiz, ouvido o MinistŽrio Pœblico, mediante pedido justificado da
autoridade de pol’cia judici‡ria, duplicar tal prazo.

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44.! (FGV - 2010 - PC-AP - DELEGADO DE POLêCIA)


Maria tem seu ve’culo furtado e comparece ˆ Delegacia de Pol’cia mais pr—xima
para registrar a ocorr•ncia. O Delegado de Pol’cia instaura inquŽrito policial para
apura•‹o do fato. Esgotadas todas as dilig•ncias que estavam a seu alcance, a
Autoridade Policial n‹o consegue identificar o autor do fato ou recuperar a res
furtiva.
Assinale a alternativa que indique a provid•ncia que o Delegado dever‡ tomar.
a) Relatar o inquŽrito policial e encaminhar os autos ao MinistŽrio Pœblico para
que este promova o arquivamento.
b) Promover o arquivamento do inquŽrito policial, podendo a v’tima recorrer ao
Secret‡rio de Seguran•a Pœblica.
c) Relatar o inquŽrito policial e encaminhar os autos ao Secret‡rio de Seguran•a
Pœblica para que este promova o arquivamento.
d) Manter os autos do inquŽrito policial com a rotina suspenso, atŽ que surja uma
nova prova.
e) Prosseguir na investiga•‹o, pois o arquivamento s— Ž poss’vel quando
transcorrer o prazo prescricional.

45.! (FGV Ð 2014 Ð TJ/RJ Ð ANALISTA Ð EXECU‚ÌO DE MANDADOS)


Brenda, empregada domŽstica, foi presa em flagrante pela pr‡tica de um crime
de furto qualificado contra Joana, sua empregadora. O magistrado, ap—s
requerimento do MinistŽrio Pœblico, converteu a pris‹o em flagrante em
preventiva. Nessa hip—tese, de acordo com o C—digo de Processo Penal, o prazo
para conclus‹o do inquŽrito policial ser‡ de:
(A) 05 (cinco) dias;
(B) 10 (dez) dias;
(C) 15 (quinze) dias, improrrog‡veis;
(D) 15 (quinze) dias, prorrog‡veis por decis‹o judicial;
(E) 30 (trinta) dias.

46.! (FGV Ð 2014 Ð TJ/RJ Ð ANALISTA Ð EXECU‚ÌO DE MANDADOS)


Foi instaurado inquŽrito policial para investigar a pr‡tica de um crime de
homic’dio que teve como v’tima Ana. Apesar de Wagner, seu marido, ter sido
indiciado, n‹o foi reunida justa causa suficiente para oferecimento da denœncia,
raz‹o pela qual foi o procedimento arquivado na forma prevista em lei. Tr•s
meses ap—s o arquivamento, a m‹e de Ana descobriu que a filha havia lhe deixado
uma mensagem de voz no celular uma hora antes do crime, afirmando que temia
por sua integridade f’sica, pois estava sozinha com seu marido em casa e prestes
a contar que teria uma rela•‹o extraconjugal. Diante desses fatos, de acordo com
a jurisprud•ncia majorit‡ria dos Tribunais Superiores, Ž correto afirmar que:
(A) nada poder‡ ser feito, tendo em vista que o arquivamento do inquŽrito
policial fez coisa julgada material;

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(B) poder‡ ser oferecida denœncia, apesar de o inquŽrito n‹o poder ser
desarquivado em virtude da coisa julgada material que fez seu arquivamento;
(C) caber‡ desarquivamento do inquŽrito policial pela autoridade competente
diante do surgimento de provas novas;
(D) nada poder‡ ser feito, pois a grava•‹o de voz existia antes do arquivamento
do inquŽrito, logo n‹o pode ser inclu’da no conceito de prova nova;
(E) poder‡ a autoridade policial realizar o desarquivamento a qualquer momento,
assim como pode por ato pr—prio determinar o arquivamento do inquŽrito.

47.! (FCC Ð 2017 Ð DPE-RS Ð ANALISTA PROCESSUAL)


No tocante ao inquŽrito policial relativo ˆ apura•‹o de crime a que se procede
mediante a•‹o penal pœblica incondicionada, Ž correto afirmar:
a) ƒ vedada a instaura•‹o de inquŽrito policial de of’cio.
b) O ofendido n‹o pode requerer dilig•ncia no curso de inquŽrito policial.
c) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
d) A autoridade policial poder‡ mandar instaurar inquŽrito a partir de
comunica•‹o de fato feita por qualquer pessoa, mas deve aguardar a iniciativa
do ofendido ou seu representante legal para que seja instaurado.
e) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.

48.! (FCC Ð 2017 Ð POLITEC-AP Ð PERITO MƒDICO LEGISTA)


Praticado o crime na via pœblica, o delegado de pol’cia dever‡, dentre outras
provid•ncias,
a) dirigir-se ao local, providenciando para que n‹o se alterem o estado e
conserva•‹o das coisas, atŽ a chegada dos peritos criminais.
b) apreender os objetos que tiverem rela•‹o com o fato, independentemente da
libera•‹o pelos peritos criminais.
c) colher, ap—s a realiza•‹o da per’cia do local, todas as provas que servirem para
o esclarecimento do fato e suas circunst‰ncias.
d) determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a
quaisquer outras per’cias, desde que haja expresso consentimento da v’tima ou
quem a represente.
e) proceder ˆ reprodu•‹o simulada dos fatos, desde que esta n‹o contrarie a
moralidade ou a ordem pœblica e haja peritos oficiais para a realiza•‹o do laudo
pericial.

49.! (FCC Ð 2017 Ð PC-AP Ð OFICIAL DA POLêCIA CIVIL)


No ‰mbito do inquŽrito policial, incumbe ˆ autoridade policial
a) arquivar o inquŽrito policial.

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b) assegurar o sigilo necess‡rio ˆ elucida•‹o do fato.


c) decretar a pris‹o preventiva.
d) presidir a audi•ncia de cust—dia.
e) oferecer a denœncia.

50.! (FCC Ð 2017 Ð TRE-PR Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
Acerca do inquŽrito policial, Ž correto afirmar:
a) Nos crimes de a•‹o penal pœblica, sempre ser‡ necess‡ria a autoriza•‹o da
v’tima para a abertura de inquŽrito.
b) Tendo em vista a preserva•‹o da incolumidade pœblica, a instaura•‹o de
inquŽrito policial para a apura•‹o de crime de al•ada privada poder‡ ser
requisitado pela autoridade judici‡ria.
c) A instaura•‹o de inquŽrito policial interrompe o prazo da prescri•‹o.
d) Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pelo juiz, em raz‹o
de falta de elementos para a denœncia, a autoridade policial poder‡ reativar as
investiga•›es se tiver conhecimento de novas provas.
e) A autoridade policial garantir‡, durante o inquŽrito, o sigilo necess‡rio ao
esclarecimento dos fatos investigados, observando, porŽm, em todas as suas
manifesta•›es, o princ’pio do contradit—rio.

51.! (FCC Ð 2017 Ð TJ-SC Ð JUIZ)


Conclu’do o InquŽrito Policial pela pol’cia judici‡ria, o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico
requer o arquivamento do processado. O Juiz, por entender que o MinistŽrio
Pœblico do Estado de Santa Catarina n‹o fundamentou a manifesta•‹o de
arquivamento, com base no C—digo de Processo Penal, dever‡
a) encaminhar o InquŽrito Policial ˆ Corregedoria-Geral do MinistŽrio Pœblico.
b) indeferir o arquivamento do InquŽrito Policial.
c) remeter o InquŽrito Policial ao Procurador-Geral de Justi•a.
d) indeferir o pedido de arquivamento e remeter c—pias ao Procurador-Geral de
Justi•a e ao Corregedor-Geral do MinistŽrio Pœblico.
e) remeter o InquŽrito Policial ˆ pol’cia judici‡ria para prosseguir na investiga•‹o.

52.! (FCC Ð 2016 Ð AL-MS Ð AGENTE DE POLêCIA LEGISLATIVO)


A autoridade policial de uma determinada cidade do Estado de Mato Grosso do
Sul instaura inquŽrito policial para apurar um crime de aborto cometido pelo
mŽdico X. No curso das investiga•›es, a pris‹o preventiva do mŽdico Ž decretada
pela Justi•a e o mandado de pris‹o Ž cumprido. Neste caso, segundo estabelece
o C—digo de Processo Penal, o inquŽrito policial dever‡ ser conclu’do, a partir da
data em que foi executada a pris‹o cautelar, no prazo de
a) cinco dias.

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b) dez dias.
c) trinta dias.
d) quinze dias.
e) sessenta dias.

53.! (FCC Ð 2016 Ð DPE-BA Ð DEFENSOR PòBLICO - ADAPTADA)


Tendo em vista o car‡ter administrativo do inquŽrito policial, o indiciado n‹o
poder‡ requerer per’cias complexas durante a tramita•‹o do expediente
investigat—rio.

54.! (FCC Ð 2015 Ð MPE-PB Ð TƒCNICO)


O Delegado de Pol’cia de um determinado Distrito da cidade de Campina Grande,
ap—s receber a not’cia de um crime de roubo cometido na cidade, no qual a v’tima
Silvio teve o carro subtra’do por um meliante no centro da cidade no dia 1o de
maio de 2015, determina a instaura•‹o de InquŽrito Policial. No curso das
investiga•›es, especificamente no dia 4 de maio de 2015, o ve’culo roubado Ž
recuperado em poder de Manoel, o qual Ž conduzido ao Distrito Policial. A v’tima
Ž chamada e reconhece Manoel como sendo o autor do crime de roubo. A
autoridade policial representa, ent‹o, ao juiz competente o qual, ap—s
manifesta•‹o do MinistŽrio Pœblico, decreta a pris‹o preventiva de Manoel, que Ž
efetivada no mesmo dia 4 de maio. Neste caso, o InquŽrito Policial deveria estar
encerrado e relatado pelo Delegado de Pol’cia no prazo de
a) 15 dias ap—s iniciado o InquŽrito Policial.
b) 10 dias ap—s iniciado o InquŽrito Policial.
c) 5 dias ap—s iniciado o InquŽrito Policial.
d) 15 dias, contado o prazo a partir da efetiva•‹o da pris‹o de Manoel.
e) 10 dias, contado o prazo a partir da efetiva•‹o da pris‹o de Manoel

55.! (FCC Ð 2015 Ð MPE-PB Ð TƒCNICO)


O Delegado de Pol’cia de um determinado Distrito Policial da cidade de Jo‹o
Pessoa instaura um InquŽrito Policial para apura•‹o de crime de estelionato
ocorrido no final do ano de 2014. Encerrada as investiga•›es Rodolfo Ž indiciado
pelo referido crime. O inquŽrito Ž relatado e remetido ao F—rum local. O
representante do MinistŽrio Pœblico, ap—s receber os autos, requereu o
arquivamento do InquŽrito Policial entendendo que n‹o haveria provas para
instaura•‹o de a•‹o penal contra Rodolfo. O Magistrado competente, ao receber
os autos, discordando do parecer do MinistŽrio Pœblico, determina a remessa dos
autos ao Procurador-Geral de Justi•a do Estado da Para’ba, requerendo a
designa•‹o de outro Promotor para oferecimento da denœncia. O Procurador-
Geral de Justi•a, ap—s analisar o caso, insiste no pedido de arquivamento e
determina a devolu•‹o dos autos ao ju’zo de origem. Neste caso, o Magistrado
a) discordando da decis‹o do Procurador-Geral de Justi•a determinar‡ a
instaura•‹o da a•‹o penal com base no Relat—rio da Autoridade Policial.

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b) encaminhar‡ os autos ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico, em Bras’lia,


para que um Promotor de Justi•a seja designado para atuar no feito e oferecer
denœncia.
c) ser‡ obrigado a atender o pedido de arquivamento veiculado pelo MinistŽrio
Pœblico.
d) encaminhar‡ os autos ao Presidente do Tribunal de Justi•a da Para’ba para
que este determine a instaura- •‹o da a•‹o penal, intimando-se o Procurador-
Geral de Justi•a para oferecimento imediato da denœncia.
e) determinar‡ a intima•‹o da v’tima para, querendo, oferecer a•‹o penal
subsidi‡ria da pœblica.

56.! (FCC Ð 2015 Ð MPE-PB Ð TƒCNICO)


Considere as seguintes situa•›es hipotŽticas:
I. A Promotora de Justi•a de uma comarca do Estado da Para’ba requereu ˆ
autoridade policial a instaura•‹o de InquŽrito Policial para apura•‹o de crime de
injœria, de a•‹o penal privada, figurando como v’tima Luis e como autor do crime
Edson. A autoridade policial atende ao pedido veiculado e instaura o InquŽrito
Policial.
II. Durante o tr‰mite de um InquŽrito Policial instaurado para apura•‹o de crime
de homic’dio tentado a v’tima apresenta requerimento ao Delegado de Pol’cia
para realiza•‹o de uma dilig•ncia que entende ser œtil para apura•‹o da verdade
real. O Delegado de Pol’cia, entendendo ser impertinente o requerimento e a
dilig•ncia solicitada, deixa de realizar a dilig•ncia.
III. O Delegado de Pol’cia de uma determinada cidade no Estado da Para’ba, ap—s
instaurar um InquŽrito Policial para apura•‹o de crime de furto que teria sido
cometido por Theo, n‹o conseguindo apurar provas da autoria delitiva determina
o imediato arquivamento dos autos.
IV. Encerrado InquŽrito Policial para apura•‹o de crime de a•‹o penal privada a
autoridade policial, ap—s pedido do requerente, entrega os autos de inquŽrito ao
requerente, mediante traslado.
O Delegado de Pol’cia agiu dentro da legalidade APENAS nas situa•›es indicadas
em
a) I, II e IV.
b) II e IV.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
e) I e III.

57.! (FCC Ð 2015 Ð TJ-AL Ð JUIZ)


A investiga•‹o de uma infra•‹o penal
a) poder‡ ser conduzida pelo MinistŽrio Pœblico, conforme recente decis‹o do STF,
mas apenas nos casos relacionados ao foro por prerrogativa de fun•‹o.

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b) poder‡ ser realizada por meio de inquŽrito policial, presidido por delegado de
pol’cia de carreira ou promotor de justi•a, conforme recente decis‹o do STF.
c) poder‡ ser realizada por meio de inquŽrito policial que ser‡ presidido por
delegado de pol’cia de carreira, sob o comando e a fiscaliza•‹o direta e imediata
do promotor de justi•a, conforme recente decis‹o do STJ.
d) poder‡ ser conduzida pelo MinistŽrio Publico, conforme recente decis‹o do STF.
e) dever‡ ser sempre promovida em autos de inquŽrito policial, presidido por um
delegado de pol’cia de carreira, salvo em casos de infra•‹o cometida por
vereadores, cuja investiga•‹o ser‡ presidida pelo Presidente da C‰mara
Municipal.

58.! (FCC Ð 2014 Ð TJ-AP Ð JUIZ)


Em rela•‹o ao exerc’cio do direito de defesa no inquŽrito policial, a autoridade
policial poder‡ negar ao defensor, no interesse do representado, ter acesso aos
a) elementos de prova cobertos pelo sigilo.
b) termos de depoimentos prestados pela v’timas, se entender pertinente.
c) elementos de prova que entender impertinentes.
d) elementos de prova, caso o investigado j‡ tenha sido formalmente indiciado.
e) elementos de provas ainda n‹o documentados em procedimento
investigat—rio.

59.! (FCC Ð 2014 Ð TRF4 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


JosŽ foi indiciado em inquŽrito policial que apura a pr‡tica do delito de estelionato
contra seu ex-empregador. Diante disso,
a) ante a constata•‹o de que se trata, em verdade, de il’cito civil, a autoridade
policial poder‡ mandar arquivar os autos de inquŽrito.
b) sem inquŽrito policial, n‹o poder‡, posteriormente, haver propositura de a•‹o
penal.
c) a v’tima poder‡ requerer qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a
ju’zo da autoridade.
d) este inquŽrito somente pode ser instaurado porque houve representa•‹o da
v’tima.
e) JosŽ n‹o poder‡ requerer dilig•ncia ˆ autoridade policial.

60.! (FCC Ð 2014 Ð TRF3 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Considere persecu•‹o penal baseada na pris‹o em flagrante dos acusados em
situa•‹o de participa•‹o em narcotrafic‰ncia transnacional, obstada pela Pol’cia
Federal, que os encontrou tendo em dep—sito 46.700 gramas de coca’na gra•as
ˆ informa•‹o oriunda de not’cia an™nima. Neste caso, segundo entendimento
jurisprudencial consolidado,
a) Ž nulo o processo ab initio, ante a veda•‹o constitucional do anonimato.

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b) a not’cia an™nima sobre eventual pr‡tica criminosa Ž, por si, id™nea para
instaura•‹o de inquŽrito policial.
c) a not’cia an™nima sobre eventual pr‡tica criminosa presta-se a embasar
procedimentos investigat—rios preliminares que corroborem as informa•›es da
fonte an™nima, os quais tornam leg’tima a persecu•‹o criminal.
d) a autoridade policial n‹o pode tomar qualquer provid•ncia investigat—ria a
partir da not’cia an™nima.
e) a persecu•‹o criminal s— poderia ser iniciada se a denœncia an™nima estivesse
corroborada por intercepta•‹o telef™nica autorizada judicialmente.

61.! (FCC Ð 2014 Ð DPE-RS Ð DEFENSOR PòBLICO)


Jeremias foi preso em flagrante delito pelo cometimento do fato previsto no art.
157, ¤ 2¼ , I e II, do C—digo Penal, e no mesmo dia decretada a pris‹o preventiva
com a leg’tima finalidade de garantir a ordem pœblica. Com base nestes dados,
sob pena de caracterizado o constrangimento ilegal (CPP, art. 648, II), imp›e-se
que o inquŽrito policial esteja conclu’do no prazo m‡ximo de
a) 60 dias.
b) 10 dias.
c) 05 dias.
d) 15 dias.
e) 30 dias.

62.! (FCC Ð 2014 Ð METRï-SP Ð ADVOGADO)


A respeito do inquŽrito policial, considere:
I. O requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para represent‡-lo
s— ser‡ apto para a instaura•‹o de inquŽrito policial se dele constar a
individualiza•‹o do autor da infra•‹o.
II. A requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico torna obrigat—ria a instaura•‹o do inquŽrito
pela autoridade policial.
III. Se o Delegado de Pol’cia verificar, no curso das investiga•›es, que o indiciado
Ž inocente, dever‡ determinar o arquivamento do inquŽrito.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.

63.! (FCC -2011 Ð TRE/AP Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)

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No que concerne ao InquŽrito Policial, de acordo com o C—digo de Processo Penal,


Ž correto afirmar que:
A) Do despacho que indeferir o requerimento do ofendido de abertura de inquŽrito
caber‡ recurso administrativo ao Juiz Corregedor da Comarca.
B) Para verificar a possibilidade de haver a infra•‹o sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poder‡ proceder ˆ reprodu•‹o simulada dos fatos,
ainda que esta contrarie a moralidade ou a ordem pœblica.
C) O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o,
n‹o poder‡ sem ela ser iniciado.
D) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito em situa•›es
excepcionais previstas em lei.
E) A incomunicabilidade do indiciado depender‡ sempre de despacho nos autos e
somente ser‡ permitida quando o interesse da sociedade ou a conveni•ncia da
investiga•‹o o exigir.

64.! (FCC Ð 2011 Ð TRT 1 RG Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð SEGURAN‚A)


A notitia criminis:
A) Ž a divulga•‹o pela imprensa da ocorr•ncia de um fato criminoso.
B) pode chegar ao conhecimento da autoridade policial atravŽs da pris‹o em
flagrante.
C) torna obrigat—ria a instaura•‹o de inquŽrito policial para apura•‹o do fato
delituoso.
D) implica sempre no indiciamento de quem foi indicado como prov‡vel autor da
infra•‹o penal.
E) Ž a comunica•‹o formal ou an™nima da pr‡tica de um crime levada ˆ imprensa
falada, televisada ou escrita.

65.! (FCC Ð 2011 Ð TRT 1 RG Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð SEGURAN‚A)


A respeito do inquŽrito policial, considere:
I. N‹o Ž processo, mas procedimento informativo destinado a reunir os elementos
necess‡rios ˆ apura•‹o da pr‡tica de uma infra•‹o penal e da respectiva autoria.
II. A autoridade policial n‹o tem atribui•›es discricion‡rias, dependendo a
execu•‹o de cada ato de prŽvia autoriza•‹o do Poder Judici‡rio.
III. Em decorr•ncia do princ’pio da transpar•ncia dos atos administrativos, a
autoridade policial n‹o poder‡ determinar que tramite em sigilo, ainda que
necess‡rio ˆ elucida•‹o do fato.
IV. A autoridade policial n‹o tem atribui•›es discricion‡rias, dependendo a
execu•‹o de cada ato de prŽvia autoriza•‹o do MinistŽrio Pœblico.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em:
A) I.
B) I, II e III.

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C) III e IV.
D) I e II.
E) IV.

66.! (FCC Ð 2011 Ð TER/RN Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
O inquŽrito policial
A) n‹o pode correr em sigilo, devendo ser submetido ˆ publicidade que rege o
processo penal.
B) n‹o pode ser instaurado por requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico.
C) n‹o pode ser arquivado pela autoridade policial, mesmo se forem insuficientes
as provas da autoria do delito.
D) Ž um procedimento que, pela sua natureza, n‹o permite ao indiciado requerer
qualquer dilig•ncia.
E) ser‡ encaminhado ao ju’zo competente desacompanhado dos instrumentos do
crime, que ser‹o destru’dos na delegacia de origem.

67.! (FCC Ð 2010 Ð METRï/SP Ð ADVOGADO)


O inquŽrito policial:
A) nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o, poder‡ ser sem
ela ser instaurado, pois o ofendido poder‡ oferec•-la em ju’zo.
B) poder‡ ser arquivado pela autoridade policial, quando, no curso das
investiga•›es, ficar demonstrada a inexist•ncia de crime.
C) somente poder‡ ser instaurado, nos crimes de a•‹o penal privada, a
requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.
D) poder‡ ser instaurado, nos crimes de a•‹o pœblica, somente mediante
requerimento escrito do ofendido ou de quem tenha qualidade para represent‡-
lo.
E) Ž indispens‡vel para a instaura•‹o da a•‹o penal pœblica pelo MinistŽrio
Pœblico.

68.! (FCC Ð 2013 Ð MPE-SE Ð ANALISTA-DIREITO)


Em rela•‹o ao inquŽrito policial,
a) o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer
qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.
b) nos crimes de a•‹o penal de iniciativa pœblica, somente pode ser iniciado de
of’cio.
c) a autoridade policial poder‡ mandar arquivar os autos de inquŽrito policial em
caso de evidente atipicidade da conduta investigada.
d) se o indiciado estiver preso em flagrante, o inquŽrito policial dever‡ terminar
no prazo m‡ximo de cinco dias, salvo disposi•‹o em contr‡rio.

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e) Ž indispens‡vel ˆ propositura da a•‹o penal de iniciativa pœblica.

69.! (FCC Ð 2008 Ð PGM-SP Ð PROCURADOR)


O inquŽrito policial
a) tem rito pr—prio.
b) interrompe o prazo para o oferecimento da queixa nos crimes de a•‹o privada.
c) Ž pass’vel de trancamento por meio de habeas corpus quando o fato
investigado for at’pico.
d) obedece ao contradit—rio.
e) Ž indispens‡vel para a propositura da a•‹o penal

70.! (FCC Ð 2011 Ð TRF 1 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Arquivado o inquŽrito policial por despacho do juiz, a requerimento do MinistŽrio
Pœblico, a a•‹o penal
a) s— poder‡ ser instaurada com base em novas provas.
b) s— poder‡ ser instaurada se o pedido de arquivamento do MinistŽrio Pœblico
tiver se baseado em prova falsa.
c) n‹o poder‡ mais ser instaurada por ter se exaurido a atividade de acusa•‹o.
d) n‹o poder‡ mais ser instaurada, pois implicaria revis‹o prejudicial ao acusado.
e) s— poder‡ ser instaurada se houver requisi•‹o do Procurador-Geral de Justi•a.

71.! (FCC Ð 2011 Ð TRF 1 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


O inquŽrito policial
a) poder‡ ser arquivado por determina•‹o da autoridade policial, desde que
atravŽs de despacho fundamentado.
b) pode ser presidido pelo escriv‹o de pol’cia, desde que as dilig•ncias realizadas
sejam acompanhadas pelo MinistŽrio Pœblico.
c) n‹o exige forma especial, Ž inquisitivo e pode n‹o ser escrito, em decorr•ncia
do princ’pio da oralidade.
d) ser‡ remetido a ju’zo sem os instrumentos do crime, os quais ser‹o devolvidos
ao indiciado.
e) n‹o Ž obrigat—rio para instruir a a•‹o penal pœblica que poder‡ ser instaurada
com base em pe•as de informa•‹o.

72.! (FCC Ð 2010 Ð TJ-PI Ð ASSESSOR JURêDICO)


Segundo o estabelecido no C—digo de Processo Penal, no curso do inquŽrito
policial,
a) por se tratar de pe•a informativa, n‹o Ž permitido ao indiciado requerer
dilig•ncia.

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b) o ofendido n‹o poder‡ requerer dilig•ncia, muito embora possa solicitar a


instaura•‹o de inquŽrito policial.
c) o ofendido e o indiciado poder‹o requerer dilig•ncia.
d) o indiciado n‹o poder‡ requerer dilig•ncia, medida reservada apenas para o
ofendido.
e) somente o ofendido habilitado como assistente do MinistŽrio Pœblico poder‡
requerer dilig•ncia.

73.! (FCC Ð 2010 Ð TRF 4 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Se o acusado estiver preso preventivamente o inquŽrito policial dever‡ terminar
dentro do prazo de
a) 30 dias, contado o prazo a partir da data da instaura•‹o do inquŽrito pela
Autoridade Policial.
b) 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o.
c) 10 dias, contado o prazo a partir da data da instaura•‹o do inquŽrito policial
pela Autoridade Policial.
d) 30 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o.
e) 15 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o.

74.! (FCC Ð 2011 Ð TRF 1 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Arquivado o inquŽrito policial por despacho do juiz, a requerimento do MinistŽrio
Pœblico, a a•‹o penal
a) s— poder‡ ser instaurada com base em novas provas.
b) s— poder‡ ser instaurada se o pedido de arquivamento do MinistŽrio Pœblico
tiver se baseado em prova falsa.
c) n‹o poder‡ mais ser instaurada por ter se exaurido a atividade de acusa•‹o.
d) n‹o poder‡ mais ser instaurada, pois implicaria revis‹o prejudicial ao acusado.
e) s— poder‡ ser instaurada se houver requisi•‹o do Procurador-Geral de Justi•a.

75.! (FCC Ð 2011 Ð TJ-AP Ð TITULAR NOTARIAL)


Nos crimes de a•‹o exclusivamente privada, o inquŽrito policial dever‡ ser
instaurado
a) a requerimento escrito de qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato.
b) pela autoridade policial, de of’cio.
c) a requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.
d) atravŽs de requisi•‹o do Ministro da Justi•a.
e) a requerimento verbal de qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato.

76.! (FCC Ð 2012 Ð MPE-PE Ð ANALISTA)

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Instaurado o inquŽrito policial por crime de a•‹o penal pœblica, a autoridade


policial formulou pedido de prazo para a sua conclus‹o. O juiz, no entanto,
entendendo que n‹o h‡ prova suficiente da autoria, a requerimento do indiciado,
determinou o arquivamento dos autos. Nesse caso, o juiz
a) s— poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do MinistŽrio
Pœblico nesse sentido.
b) s— poderia ordenar o arquivamento antes do encerramento do inquŽrito se
houvesse representa•‹o da autoridade policial nesse sentido.
c) poderia mandar arquivar o inquŽrito independentemente do assentimento do
MinistŽrio Pœblico e da autoridade policial.
d) s— poderia ordenar o arquivamento se o crime fosse de a•‹o penal privada.
e) s— poderia ordenar o arquivamento se o crime fosse de a•‹o penal pœblica
condicionada ˆ representa•‹o do ofendido.

77.! (FCC Ð 2012 Ð TRF2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Na din‰mica do inquŽrito policial NÌO se inclui
a) o reconhecimento de pessoas e coisas.
b) as acarea•›es.
c) o pedido de pris‹o tempor‡ria.
d) a apreens‹o dos objetos que tiverem rela•‹o com o fato, ap—s liberados pelos
peritos criminais.
e) a apresenta•‹o, atravŽs de advogado, de defesa preliminar por parte do
indiciado.

78.! (FCC Ð 2012 Ð TRF2 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


O inquŽrito policial
a) ser‡ presidido pelo escriv‹o, sob a orienta•‹o do Delegado de Pol’cia.
b) s— poder‡ ser iniciado atravŽs de requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico ou do juiz.
c) ser‡ acompanhado, quando conclu’do e remetido ao f—rum, dos instrumentos
do crime, bem como dos objetos que interessarem ˆ prova.
d) poder‡ ser arquivado pela autoridade policial ou pelo MinistŽrio Pœblico quando
o fato n‹o constituir crime.
e) Ž indispens‡vel para o oferecimento da denœncia, n‹o podendo o MinistŽrio
Pœblico dispens‡-lo.

79.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-RJ Ð COMISSçRIO DA INFåNCIA E JUVENTUDE)


Em rela•‹o ao inquŽrito policial, Ž correto afirmar que
a) a autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
b) o ofendido poder‡ requerer qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a
ju’zo da autoridade.

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c) poder‡ ser iniciado, por requerimento do MinistŽrio Pœblico, nos crimes de a•‹o
penal privada.
d) dever‡ ser encerrado em cinco dias, estando o indiciado preso.
e) n‹o pode ser iniciado de of’cio, mesmo nos crimes de a•‹o penal pœblica
incondicionada.

80.! (FCC Ð 2012 Ð TRE-PR Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


O inquŽrito policial
a) poder‡ ser instaurado mesmo se n‹o houver nenhuma suspeita quanto ˆ
autoria do delito.
b) n‹o poder‡ ser instaurado por requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico.
c) s— poder‡ ser instaurado para apurar crimes de a•‹o pœblica.
d) pode ser arquivado pelo Delegado Geral de Pol’cia.
e) poder‡ ser iniciado nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada sem a
representa•‹o do ofendido.

81.! (FCC Ð 2012 Ð TRE-PR Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


O inquŽrito policial, em regra, dever‡ terminar no prazo
a) estabelecido pela autoridade policial, tendo em vista a complexidade das
investiga•›es.
b) de 10 dias, se o indiciado estiver preso preventivamente ou em flagrante.
c) de 20 dias, se o indiciado estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
d) de 30 dias, se o indiciado estiver preso preventivamente ou em flagrante.
e) de 60 dias, se o indiciado estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.

6! EXERCêCIOS COMENTADOS

01.! (VUNESP Ð 2017 Ð CåMARA DE COTIA-SP Ð PROCURADOR)


A respeito do InquŽrito Policial, assinale a alternativa correta.
a) Nas a•›es penais pœblicas, condicionadas ˆ representa•‹o, os
inquŽritos policiais podem ser iniciados por provoca•‹o das v’timas ou,
de of’cio, pela Autoridade Policial.
b) O Delegado, encerrada as investiga•›es, convencido da inexist•ncia
de crime, poder‡ determinar o arquivamento do inquŽrito policial.
c) Nos inquŽritos policiais que apuram crime de tr‡fico de pessoas, a
Autoridade Policial poder‡ requisitar diretamente ˆs empresas
prestadoras de servi•o de telecomunica•›es, informa•›es sobre
posicionamento de esta•›es de cobertura, a fim de permitir a localiza•‹o
da v’tima ou do suspeito do delito em curso.

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d) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscri•‹o policial,


dilig•ncias em circunscri•‹o diversa da que tramita o inquŽrito policial
depender‡ de expedi•‹o de carta precat—ria.
e) As dilig•ncias requeridas pelo ofendido, no curso do inquŽrito policial,
ser‹o ou n‹o realizadas a ju’zo da Autoridade Policial.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois nestes casos ser‡ sempre indispens‡vel que haja
representa•‹o da v’tima, na forma do art. 5¼, ¤4¼ do CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois o delegado nunca poder‡ mandar arquivar os autos
do inquŽrito policial, na forma do art. 17 do CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois neste caso Ž necess‡rio que haja autoriza•‹o
judicial, conforme art. 13-B do CPP:
Art. 13-B. Se necess‡rio ˆ preven•‹o e ˆ repress‹o dos crimes relacionados ao tr‡fico
de pessoas, o membro do MinistŽrio Pœblico ou o delegado de pol’cia poder‹o
requisitar, mediante autoriza•‹o judicial, ˆs empresas prestadoras de servi•o de
telecomunica•›es e/ou telem‡tica que disponibilizem imediatamente os meios
tŽcnicos adequados Ð como sinais, informa•›es e outros Ð que permitam a localiza•‹o
da v’tima ou dos suspeitos do delito em curso. (Inclu’do pela Lei n¼ 13.344,
de 2016) (Vig•ncia)

d) ERRADA: Item errado, pois o art. 22 prev• exatamente o contr‡rio, ou seja, a


DISPENSA de precat—rias e requisi•›es:
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscri•‹o
policial, a autoridade com exerc’cio em uma delas poder‡, nos inquŽritos a que esteja
procedendo, ordenar dilig•ncias em circunscri•‹o de outra, independentemente de
precat—rias ou requisi•›es, e bem assim providenciar‡, atŽ que compare•a a
autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presen•a, noutra
circunscri•‹o.

e) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 14 do CPP:


Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer
qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

02.! (VUNESP Ð 2015 Ð CRO-SP Ð ADVOGADO)


A autoridade policial pode determinar o arquivamento de autos de
inquŽrito policial?
a) N‹o, por expressa disposi•‹o legal.
b) Sim, desde que constate que a punibilidade est‡ extinta.
c) Sim, desde que constate que os fatos foram praticados sob alguma
causa excludente de ilicitude.
d) Sim, desde que constate que os fatos foram praticados em leg’tima
defesa ou estado de necessidade.
e) Sim, desde que exaustivas dilig•ncias comprovem a impossibilidade
de elucidar a autoria criminosa.

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COMENTçRIOS: A autoridade policial n‹o pode mandar arquivar os autos do


inquŽrito policial, em nenhuma hip—tese, na forma do art. 17 do CPP. Vejamos:
Art. 17. A autoridade policial n‹o poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

03.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA)


Prescreve o art. 6o , VIII do CPP: logo que tiver conhecimento da pr‡tica
da infra•‹o penal, a autoridade policial dever‡ ordenar a identifica•‹o do
indiciado pelo processo datilosc—pico, se poss’vel.
Acerca do tema, a Constitui•‹o da Repœblica de 1988
a) recepcionou integralmente o CPP
b) ampliou as hip—teses de identifica•‹o criminal, admitindo-a tambŽm
para testemunhas e declarantes.
c) ampliou os mŽtodos de identifica•‹o criminal, admitindo
expressamente outros que decorram do progresso cient’fico, tais como
os exames de DNA.
d) revogou totalmente o dispositivo do CPP, n‹o admitindo mais a
identifica•‹o criminal.
e) determina, com exce•›es previstas em lei, que o civilmente
identificado n‹o ser‡ submetido ˆ identifica•‹o criminal.
COMENTçRIOS: A despeito de tal previs‹o no CPP, a CF/88 determina que,
como regra, o civilmente identificado n‹o ser‡ submetido ˆ identifica•‹o criminal,
embora a lei possa estabelecer exce•›es. Vejamos o art. 5¼, VIII da CF/88:
Art. 5¼ (...)
VIII - o civilmente identificado n‹o ser‡ submetido a identifica•‹o criminal, salvo nas
hip—teses previstas em lei;

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

04.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-PA Ð JUIZ)


Salvo exce•›es expressamente previstas em leis especiais, o prazo para
a conclus‹o do inquŽrito policial cujo indiciado estiver preso, que tramita
junto ˆ Pol’cia Civil (Estadual) e ˆ Pol’cia Federal Ž, respectivamente, de
a) 10 dias; 10 dias.
b) 10 dias, prorrog‡veis por mais 10 dias; 15 dias.
c) 10 dias; 15 dias prorrog‡veis por mais 15 dias.
d) 5 dias, prorrog‡veis por mais 5 dias; 10 dias.
e) 5 dias; 10 dias.
COMENTçRIOS: Em se tratando de indiciado preso, o prazo para a conclus‹o do
IP ser‡ de 10 dias (improrrog‡veis), na forma do art. 10 do CPP. Em se tratando
de inquŽritos relativos a crimes de compet•ncia da Justi•a Federal, este prazo

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ser‡ de 15 dias (prorrog‡veis por mais 15 dias), na forma do art. 66 da Lei


5.010/66.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

05.! (VUNESP Ð 2016 Ð IPSMI Ð PROCURADOR)


Uma vez relatado o inquŽrito policial,
a) o delegado pode determinar o arquivamento dos autos.
b) o Promotor de Justi•a pode denunciar ou arquivar o feito.
c) o Promotor de Justi•a pode denunciar, requerer o arquivamento ou
requisitar novas dilig•ncias.
d) o Juiz pode, diante do pedido de arquivamento, indicar outro promotor
para oferecer denœncia.
e) a v’tima pode, uma vez determinado o arquivamento, iniciar a•‹o
penal substitutiva da pœblica.
COMENTçRIOS: Uma vez relatado e conclu’do o IP, em se tratando de crime de
a•‹o penal pœblica, o membro do MP pode oferecer denœncia, requerer o
arquivamento do IP ou requisitar a realiza•‹o de novas dilig•ncias, na forma do
art. 28 c/c art. 16 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

06.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA)


O inquŽrito policial, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de
representa•‹o,__________ ; nos crimes de a•‹o privada, a autoridade
policial somente poder‡ proceder a inquŽrito___________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as
lacunas.
a) depende de queixa crime para sua instaura•‹o É ap—s colher o
consentimento da v’tima ou de terceiro patrimonialmente interessado na
investiga•‹o do fato
b) pode ser instaurado independentemente dela, mas s— pode embasar
a•‹o penal ap—s manifesta•‹o positiva da v’tima É ap—s oferecimento de
queixa crime
c) s— pode ser iniciado se n‹o houver transcorrido o prazo decadencial
de seis meses É quando acompanharem a representa•‹o do ofendido o
nome e qualifica•‹o de ao menos tr•s testemunhas
d) n‹o poder‡ sem ela ser iniciado É a requerimento de quem tenha
qualidade para intent‡-la
e) depende de queixa crime para sua instaura•‹o É ap—s oferecimento
de queixa crime
COMENTçRIOS: Nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ
representa•‹o, o IP n‹o poder‡ sem ela ser iniciado. J‡ nos crimes de a•‹o penal
privada a autoridade s— poder‡ instaurar o IP a requerimento de quem tenha

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qualidade para ajuizar a a•‹o penal. Isso Ž que disp›em os ¤¤ 4¼ e 5¼ do art. 5¼


do CPP:
Art. 5¼ (...)
¤ 4o O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o, n‹o
poder‡ sem ela ser iniciado.
¤ 5o Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡ proceder a
inquŽrito a requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

07.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð INSPETOR DE POLêCIA)


A respeito do inquŽrito policial, procedimento disciplinado pelo C—digo
de Processo Penal, Ž correto afirmar que
a) os instrumentos do crime n‹o acompanhar‹o os autos do inquŽrito.
b) o inquŽrito n‹o acompanhar‡ a denœncia ou queixa, ainda que sirva
de base a uma ou outra.
c) ao tŽrmino do inquŽrito, a autoridade policial far‡ minucioso relat—rio
do que tiver sido apurado e enviar‡ os autos ao membro do ministŽrio
pœblico, nos termos do ¤ 1o do artigo 10.
d) nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial poder‡ proceder a
inquŽrito, independentemente de requerimento de quem tenha
qualidade para intent‡-la
e) o inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de
representa•‹o, n‹o poder‡ sem ela ser iniciado.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Os instrumentos do delito, bem como os objetos que interessarem
para fins de prova, acompanhar‹o os autos do inquŽrito, nos termos do art. 11
do CPP.
B) ERRADA: O IP acompanhar‡ a denœncia ou queixa, sempre que servir de base
para a inicial acusat—ria (denœncia ou queixa), nos termos do art. 12 do CPP.
C) ERRADA: A autoridade policial, nos estritos termos do que disp›e o CPP, ap—s
o relat—rio, remeter‡ os autos do IP ao Juiz.
D) ERRADA: Nos crimes de a•‹o penal privada a autoridade s— poder‡ instaurar
o IP a requerimento de quem tenha qualidade para ajuizar a a•‹o penal. Isso Ž
que prev• o ¤ 5¼ do art. 5¼ do CPP.
E) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do ¤4¼ do art. 5¼ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

08.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð INSPETOR DE POLêCIA)


Sobre os prazos para a conclus‹o do inquŽrito policial, Ž correto afirmar
que

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a) se for decretada pris‹o tempor‡ria em crime hediondo, o indiciado


pode permanecer preso por atŽ noventa dias, sem que seja necess‡ria a
conclus‹o do inquŽrito.
b) nos crimes de compet•ncia da Justi•a Federal, o prazo Ž de quinze
dias, prorrog‡veis por mais quinze, em regra.
c) para os crimes de tr‡fico de drogas o prazo Ž de dez dias
improrrog‡veis.
d) se o indiciado estava solto ao ser decretada sua pris‹o preventiva, o
prazo de dez dias conta-se da data da decreta•‹o da pris‹o.
e) a autoridade policial possui o prazo de trinta dias improrrog‡veis para
todos os casos previstos na legisla•‹o processual penal.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: No caso de crimes hediondos, caso tenha sido decretada a pris‹o
tempor‡ria, o prazo para a conclus‹o do IP passa a ser de 60 dias. Isso porque
a pris‹o tempor‡ria em caso de crime hediondo tem o prazo de 30 dias,
prorrog‡veis por mais 30 dias. Como a pris‹o tempor‡ria s— tem cabimento
durante a fase de investiga•‹o, isso faz com que o prazo para a conclus‹o do IP
acompanhe o prazo da pris‹o tempor‡ria.
b) CORRETA: Item correto, pois em se tratando de crimes da compet•ncia da
Justi•a Federal, o prazo para conclus‹o do IP Ž de 15 dias, prorrog‡veis por mais
15 dias (em regra).
c) ERRADA: Item errado. Em se tratando de crimes da Lei de Drogas, o prazo
para a conclus‹o do IP Ž de 30 dias para indiciado preso e 90 dias para indiciado
solto, ambos prorrog‡veis por igual per’odo.
d) ERRADA: O prazo para a conclus‹o do IP, no caso de indiciado preso, Ž contado
da data da EFETIVA‚ÌO da pris‹o, n‹o da decreta•‹o.
e) ERRADA: Item errado, pois como vimos, h‡ diversos prazos diferentes, a
depender de cada caso.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

09.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA)


Com rela•‹o ˆs previs›es relativas ao InquŽrito Policial no C—digo de
Processo Penal, Ž correto afirmar que
a) o inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de
representa•‹o, poder‡, sem ela, ser iniciado, mas seu encerramento
depender‡ da juntada desta.
b) durante a instru•‹o do InquŽrito Policial, s‹o vedados os
requerimentos de dilig•ncias pelo ofendido, ou seu representante legal;
e pelo indiciado, em virtude da sua natureza inquisitorial.
c) nos crimes em que n‹o couber a•‹o pœblica, os autos do inquŽrito
permanecer‹o em poder da autoridade policial atŽ a formaliza•‹o da
iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, condi•‹o esta
obrigat—ria para a remessa dos autos ao ju’zo competente.

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d) todas as pe•as do inquŽrito policial ser‹o, num s— processado,


reduzidas a escrito ou datilografadas e, nesse caso, rubricadas pela
autoridade.
e) qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da exist•ncia de
infra•‹o penal em que caiba a•‹o pœblica poder‡, por escrito, comunic‡-
la ˆ autoridade policial, sendo vedada a comunica•‹o verbal.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o, o
IP n‹o poder‡ sem ela ser iniciado. Isso Ž que prev• o ¤ 4¼ do art. 5¼ do CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois o ofendido (e seu representante legal) e o indiciado
podem requerer ˆ autoridade policial a realiza•‹o de dilig•ncias, nos termos do
art. 14 do CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois nos crimes de a•‹o penal privada Òos autos do
inquŽrito ser‹o remetidos ao ju’zo competente, onde aguardar‹o a iniciativa do
ofendido ou de seu representante legal, ou ser‹o entregues ao requerente, se o
pedir, mediante trasladoÓ, conforme estabelece o art. 19 do CPP.
d) CORRETA: Trata-se da exata previs‹o contida no art. 9¼ do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois a comunica•‹o da ocorr•ncia de crime (delatio
criminis) pode ser por escrito ou verbal, nos termos do art. 5¼, ¤3¼ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

10.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA)


Assinale a alternativa correta no que tange ao arquivamento do
InquŽrito Policial, segundo o disposto no C—digo de Processo Penal.
a) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade
judici‡ria, por falta de base para a denœncia, a autoridade policial
somente poder‡ proceder a novas pesquisas com autoriza•‹o da
autoridade judici‡ria que determinou o arquivamento.
b) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
c) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade
judici‡ria, por falta de base para a denœncia, a autoridade policial n‹o
poder‡ proceder a novas pesquisas se de outras provas tiver not’cia.
d) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade
judici‡ria, por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡
proceder a novas pesquisas se de outras provas tiver not’cia.
e) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito
somente nos casos em que for constatada atipicidade da conduta.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Neste caso, a autoridade policial n‹o depende de autoriza•‹o da
autoridade Judici‡ria, podendo retomar as investiga•›es, DESDE QUE tenha
not’cia do surgimento de prova NOVA, nos termos do art. 18 do CPP.

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b) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos de IP,


nos termos do art. 17 do CPP.
c) ERRADA: item errado, pois, neste caso, a autoridade policial poder‡ retomar
as investiga•›es, DESDE QUE tenha not’cia do surgimento de prova NOVA, nos
termos do art. 18 do CPP.
d) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 18 do
CPP.
e) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos de IP,
nos termos do art. 17 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

11.! (VUNESP Ð 2014 Ð PREFEITURA DE SÌO JOSƒ DO RIO PRETO Ð


PROCURADOR MUNICIPAL)
Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de
inquŽrito____________; o inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica
depender de representa•‹o, ____________.Ó
Preenchem as lacunas, completa, correta e respectivamente, as
seguintes express›es:
a) caber‡ recurso para o Juiz Corregedor É n‹o poder‡ sem ela ser
iniciado
b) caber‡ recurso para o Juiz Corregedor É s— pode ser instaurado
mediante requisi•‹o ministerial
c) caber‡ recurso para o chefe de Pol’cia É n‹o poder‡ sem ela ser
iniciado
d) caber‡ recurso para o chefe de Pol’cia É s— poder‡ ser instaurado
mediante apresenta•‹o de prova do fato
e) n‹o caber‡ recurso É s— poder‡ ser instaurado mediante
apresenta•‹o de prova do fato
COMENTçRIOS: As lacunas s‹o preenchidas facilmente com a an‡lise dos ¤¤ 2¼
e 4¼ do art. 5¼ do CPP:
Art. 5¼ (...) ¤ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito
caber‡ recurso para o chefe de Pol’cia.
¤ 4o O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o, n‹o
poder‡ sem ela ser iniciado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

12.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-PA Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Nos termos do quanto determina o ¤ 4 do art. 5.¼ do CPP, o inquŽrito que
apura crime de a•‹o pœblica condicionada
a) depende, para instaura•‹o, da respectiva representa•‹o.
b) deve ser instaurado de of’cio pela autoridade policial.
c) deve ser instaurado ap—s minucioso relat—rio da autoridade.

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d) depende, para instaura•‹o, da indica•‹o de testemunhas id™neas do


fato a ser apurado.
e) deve ser instaurado no prazo de 6 (seis) meses contados da data do
fato.
COMENTçRIOS: Nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ
representa•‹o, o IP n‹o poder‡ sem ela ser iniciado. Isso Ž que prev• o ¤ 4¼ do
art. 5¼ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

13.! (VUNESP Ð 2014 Ð PC-SP Ð DELEGADO DE POLêCIA)


Nos termos do par‡grafo terceiro do art. 5.¼ do CPP: ÒQualquer pessoa
do povo que tiver conhecimento da exist•ncia de infra•‹o penal em que
caiba a•‹o pœblica poder‡, verbalmente ou por escrito, comunic‡-la ˆ
autoridade policial, e esta, verificada a proced•ncia das informa•›es,
mandar‡ instaurar inquŽrito policialÓ. Assim, Ž correto afirmar que
a) sempre que tomar conhecimento da ocorr•ncia de um crime, a
autoridade policial dever‡, por portaria, instaurar inquŽrito policial.
b) por delatio criminis entende-se a autoriza•‹o formal da v’tima para
que seja instaurado inquŽrito policial.
c) o inquŽrito policial ser‡ instaurado pela autoridade policial apenas nas
hip—teses de a•‹o penal pœblica.
d) a not’cia de um crime, ainda que an™nima, pode, por si s—, suscitar a
instaura•‹o de inquŽrito policial.
e) Ž inadmiss’vel o anonimato como causa suficiente para a instaura•‹o
de inquŽrito policial na modalidade da delatio criminis, entretanto, a
autoridade policial poder‡ investigar os fatos de of’cio.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois a autoridade dever‡ analisar se existem os
elementos m’nimos de convic•‹o para a instaura•‹o do IP. AlŽm disso, em se
tratando de crimes de a•‹o penal privada ou pœblica condicionada, a autoridade
somente poder‡ instaurar o IP se houver requerimento (da v’tima ou de quem
tenha qualidade para ajuizar a a•‹o penal) ou representa•‹o do ofendido.
b) ERRADA: Item errado, pois a delatio criminis Ž a not’cia de crime levada por
qualquer pessoa ˆ autoridade policial. Pode ser simples, quando se limita ˆ
comunica•‹o do fato delituoso, e pode ser POSTULATîRIA, quando Ž realizada
pela v’tima (ou quem tenha qualidade para ajuizar queixa-crime ou oferecer
representa•‹o), requerendo ˆ autoridade a ado•‹o de provid•ncias (instaura•‹o
de IP), servindo como representa•‹o. Assim, apenas a delatio criminis
postulat—ria se enquadra no conceito dado pelo enunciado.
c) ERRADA: A autoridade policial pode instaurar IP em rela•‹o a crimes de a•‹o
penal pœblica ou privada, variando apenas os requisitos.
d) ERRADA: A denœncia an™nima (delatio criminis inqualificada) n‹o pode servir,
por si s—, para a instaura•‹o do IP. Segundo entendimento do STF, nestes casos,

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a autoridade policial deve proceder a uma Òaverigua•‹o prŽviaÓ da proced•ncia


das informa•›es (dilig•ncias preliminares) e, se for o caso, a’ sim instaurar o IP,
de of’cio.
e) CORRETA: Item correto, pois este Ž o exato entendimento do STF sobre o
tema.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

14.! (VUNESP Ð 2014 Ð PC-SP Ð INVESTIGADOR DE POLêCIA)


O inquŽrito policial
a) somente ser‡ instaurado por determina•‹o do juiz competente.
b) pode ser arquivado por determina•‹o da Autoridade Policial.
c) estando o indiciado solto, dever‡ ser conclu’do no m‡ximo em 10 dias.
d) nos crimes de a•‹o pœblica poder‡ ser iniciado de of’cio.
e) n‹o poder‡ ser iniciado por requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: O IP pode ser instaurado por diversas formas (de of’cio, por
requisi•‹o do MP, etc.).
b) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos de IP,
nos termos do art. 17 do CPP.
c) ERRADA: Estando o indiciado solto o prazo para a conclus‹o do IP Ž de 30 dias,
prorrog‡veis.
d) CORRETA: Item correto, pois nos crimes de a•‹o penal pœblica o IP pode ser
instaurado de of’cio, ainda que seja necess‡rio, no caso de crime de a•‹o penal
pœblica condicionada ˆ representa•‹o, que a autoridade j‡ disponha de
manifesta•‹o inequ’voca da v’tima (representa•‹o) no sentido de que deseja a
persecu•‹o penal.
e) ERRADA: Item errado, pois o IP pode ser instaurado por requisi•‹o do MP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

15.! (VUNESP Ð 2014 Ð SAAE-SP ÐPROCURADOR JURêDICO)


A autoridade policial ______________mandar arquivar autos de
inquŽrito. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela
autoridade judici‡ria, por falta de base para a denœncia, a autoridade
policial __________ proceder a novas pesquisas, _________de outras
provas tiver not’cia.
Completam, adequada e respectivamente, as lacunas as express›es:
a) poder‡ É poder‡ É se
b) n‹o poder‡ É poder‡ É se
c) n‹o poder‡ É n‹o poder‡ É a menos que
d) excepcionalmente poder‡ É poder‡ É desde que

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e) deve, quando n‹o constatar crime, É n‹o poder‡ É a menos que


COMENTçRIOS: O item correto Ž a letra B, pois representa fielmente o que
consta nos arts. 17 e 18 do CP:
Art. 17. A autoridade policial n‹o poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade
judici‡ria, por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a
novas pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.
Tais dispositivos vedam o arquivamento por parte da autoridade policial e, em
caso de arquivamento (pelo Juiz, sempre), a autoridade policial somente poder‡
proceder a novas dilig•ncias investigat—rias se de OUTRAS provas tiver not’cia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

16.! (VUNESP Ð 2013 Ð TJ-SP Ð JUIZ)


Da decis‹o judicial que determina o arquivamento de autos de inquŽrito
policial, a pedido do MinistŽrio Pœblico,
a) cabe carta testemunh‡vel.
b) cabe recurso de apela•‹o.
c) cabe recurso em sentido estrito.
d) n‹o cabe recurso.
COMENTçRIOS: Desta decis‹o n‹o cabe qualquer recurso, conforme
entendimento dos Tribunais Superiores:
HABEAS CORPUS. APROPRIA‚ÌO INDƒBITA QUALIFICADA. AUTOS DO INQUƒRITO
POLICIAL ARQUIVADO, POR DECISÌO DO JUIZ, A REQUERIMENTO DO PROMOTOR DE
JUSTI‚A, COM BASE NA POSSêVEL OCORRæNCIA DA PRESCRI‚ÌO VIRTUAL. OFENSA
AO PRINCêPIO DA LEGALIDADE. MANDADO DE SEGURAN‚A MANEJADO PELA VêTIMA.
TERCEIRO INTERESSADO. POSSIBILIDADE. SòMULA 524/STF. NÌO INCIDæNCIA.
(...)
3. De outra parte, tambŽm n‹o se desconhece a jurisprud•ncia pac’fica desta
Corte e do Supremo Tribunal Federal no sentido de que n‹o cabe recurso da
decis‹o judicial que, acolhendo manifesta•‹o do MinistŽrio Pœblico, ordena o
arquivamento de inquŽrito policial por aus•ncia de justa causa.
(...)
8. Habeas corpus denegado. HC n¼ 66.171/SP julgado prejudicado, por possuir
id•ntico pedido.
(HC 123.365/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em
22/06/2010, DJe 23/08/2010)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

17.! (VUNESP Ð 2013 Ð MPE-ES Ð PROMOTOR DE JUSTI‚A)


Considerando o teor da Sœmula vinculante n.¼ 14 do Supremo Tribunal
Federal, no que diz respeito ao sigilo do inquŽrito policial, Ž correto
afirmar que a autoridade policial.

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a) n‹o poder‡, em hip—tese alguma, negar vista ao advogado, com


procura•‹o com poderes espec’ficos, dos dados probat—rios formalmente
anexados nos autos.
b) n‹o poder‡ negar vista dos autos de inquŽrito policial ao advogado,
entretanto a extra•‹o de c—pias reprogr‡ficas fica vedada.
c) poder‡ negar vista dos autos ao advogado caso os ele- mentos de
prova do procedimento investigat—rio sejam sigilosos para a defesa
d) poder‡ negar vista dos autos ao advogado caso haja no procedimento
investigat—rio quebra de sigilo banc‡rio ou degrava•‹o de conversas
decorrentes de intercepta•‹o telef™nica
e) poder‡ negar vista dos autos ao advogado sempre que entender
pertinente para o bom andamento das investiga•›es.
COMENTçRIOS: O advogado do indiciado, nos termos da sœmula vinculante n¼
14 do STF, deve ter acesso irrestrito aos elementos de prova Jç DOCUMENTADOS
nos autos do IP. Vejamos:
Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio
realizado por —rg‹o com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao
exerc’cio do direito de defesaÓ.
Ora, se h‡ alguma dilig•ncia a ser realizada e que n‹o possa chegar ao
conhecimento da defesa, sob pena de ser frustrada, somente deve ser juntada
aos autos ap—s sua realiza•‹o;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

18.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ/MT Ð JUIZ)


Considerando-se o art. 28 do C—digo de Processo Penal, se o —rg‹o do
MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia, requerer o
arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de informa•‹o,
o juiz, no caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas, far‡
remessa do inquŽrito ou das pe•as de informa•‹o ao procurador-geral, e
este
a) oferecer‡ a requisi•‹o para o oferecimento da denœncia, designando
outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-la, ou insistir‡ no pedido
de arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz obrigado a atender.
b) determinar‡ ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico o oferecimento da
denœncia e, se este se recusar, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio
Pœblico para declar‡-la, ou insistir‡ no pedido de desist•ncia, ao qual s—
ent‹o estar‡ o MinistŽrio Pœblico obrigado a atender.
c) solicitar‡ revis‹o da posi•‹o ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico e, se este
se recusar, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para declar‡-la,
podendo este insistir no pedido de arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡
o juiz obrigado a atender.
d) determinar‡ ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico a revis‹o da denœncia e,
se este se recusar, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para

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declar‡-la, ou insistir‡ no pedido de desist•ncia, ao qual s— ent‹o estar‡


o MinistŽrio Pœblico obrigado a atender.
e) oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico
para oferec•-la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento, ao qual s— ent‹o
estar‡ o juiz obrigado a atender.
COMENTçRIOS: Vejamos a reda•‹o do art. 28 do CPP:
Art. 28. Se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia,
requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de informa•‹o, o
juiz, no caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas, far‡ remessa do
inquŽrito ou pe•as de informa•‹o ao procurador-geral, e este oferecer‡ a denœncia,
designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-la, ou insistir‡ no pedido de
arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz obrigado a atender.
Vemos, assim, que o chefe do MP poder‡ concordar ou discordar do membro do
MP. Se concordar, insistir‡ no pedido de arquivamento e o Juiz dever‡ acatar. Se
discordar, dever‡ ele pr—prio oferecer a denœncia ou designar outro membro do
MP para que o fa•a.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

19.! (VUNESP Ð 2013 Ð PC-SP Ð INVESTIGADOR)


Assinale a alternativa correta no que diz respeito ˆs disposi•›es relativas
ao InquŽrito Policial previstas no C—digo de Processo Penal.
a) Incumbir‡ ˆ autoridade policial no curso do InquŽrito Policial
representar acerca da pris‹o preventiva.
b) Caso vislumbre not—ria atipicidade da conduta investigada, a
autoridade policial poder‡ determinar o arquivamento dos autos do
InquŽrito Policial.
c) Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem ˆ
prova, permanecer‹o com a autoridade policial ap—s o encaminhamento
dos autos do inquŽrito policial para an‡lise do MinistŽrio Pœblico e Poder
Judici‡rio, e ser‹o encaminhados, posteriormente, se o Juiz ou membro
do MinistŽrio Pœblico assim requisitarem.
d) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado n‹o poder‹o
requerer qualquer dilig•ncia durante o curso do InquŽrito Policial em
virtude da natureza inquisit—ria deste procedimento.
e) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscri•‹o policial, a
autoridade com exerc’cio em uma delas n‹o poder‡, nos inquŽritos a que
esteja procedendo, ordenar dilig•ncias em circunscri•‹o de outra, sendo
obrigat—ria, para tanto, a exist•ncia de precat—rias ou requisi•›es ˆ
autoridade competente daquela circunscri•‹o.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA: Uma das incumb•ncias da autoridade policial, durante o IP, Ž
representar ao Juiz pela decreta•‹o da preventiva, caso seja necess‡rio, nos
termos do art. 13, IV do CPP.

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B) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos de IP,


nos termos do art. 17 do CPP.
C) ERRADA: Tais objetos ser‹o encaminhados ao Juiz juntamente com o IP,
quando de sua conclus‹o. Vejamos:
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos
do inquérito.
D) ERRADA: Tanto o ofendido quanto o indiciado poder‹o requerer dilig•ncias,
cabendo ˆ autoridade policial decidir pela sua realiza•‹o, ou n‹o, nos termos do
art. 14 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois o art. 22 do CPP disp›e em sentido exatamente
oposto:
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscri•‹o
policial, a autoridade com exerc’cio em uma delas poder‡, nos inquŽritos a que esteja
procedendo, ordenar dilig•ncias em circunscri•‹o de outra, independentemente de
precat—rias ou requisi•›es, e bem assim providenciar‡, atŽ que compare•a a
autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presen•a, noutra
circunscri•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

20.! (VUNESP Ð 2012 Ð TJ-RJ Ð JUIZ)


Assinale a alternativa correta no que concerne ao regramento que o CPP
d‡ ao inquŽrito policial.
a) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade
judici‡ria, por falta de base para a denœncia, a autoridade policial n‹o
poder‡ proceder a novas pesquisas, ainda que tenha not’cia de outras
provas.
b) Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡
proceder a inquŽrito a requerimento de quem tenha qualidade para
intent‡-la.
c) Em qualquer crime de a•‹o pœblica n‹o Ž necess‡ria a representa•‹o
da v’tima para que o inquŽrito seja iniciado.
d) ƒ irrecorr’vel o despacho da autoridade policial que indefere o
requerimento de abertura de inquŽrito.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Neste caso, a autoridade policial somente poder‡ proceder a novas
dilig•ncias se de outras provas tiver not’cia, ou seja, item errado, nos termos do
art. 18 do CPP:
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.
B) CORRETA: Essa Ž a exata exig•ncia do art. 5¼, ¤5¼ do CPP:
Art. 5o Nos crimes de a•‹o pœblica o inquŽrito policial ser‡ iniciado:
(...)
¤ 5o Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡ proceder a
inquŽrito a requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.

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C) ERRADA: A representa•‹o somente n‹o Ž exigida nos crimes de a•‹o penal


pœblica INCONDICIONADA. Nos crimes de a•‹o penal pœblica CONDICIONADA Ë
REPRESENTA‚ÌO, esta Ž indispens‡vel para a instaura•‹o do IP, nos termos do
art. 5¼, ¤4¼ do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois cabe recurso ao chefe de pol’cia:
Art. 5o Nos crimes de a•‹o pœblica o inquŽrito policial ser‡ iniciado:
(...)
¤ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito caber‡
recurso para o chefe de Pol’cia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

21.! (VUNESP Ð 2014 Ð DESENVOLVESP Ð ADVOGADO)


De acordo com a regra do art. 10 do CPP, Òo inquŽrito dever‡ terminar
no prazo de _____ dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hip—tese, a partir
do dia em que se executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de______ dias,
quando estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.Ó
Assinale a alternativa que preenche, adequada e respectiva- mente, as
lacunas do texto.
a) 5 É 15
b) 5 É 30
c) 10 É 30
d) 10 É 90
e) 30 É 90
COMENTçRIOS: O item que responde corretamente a quest‹o Ž a letra C, pois
o IP deve ser conclu’do em 30 dias, no caso de rŽu solto, ou 10 dias, no caso de
rŽu preso. Vejamos:
Art. 10. O inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido
preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hip—tese, a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de 30
dias, quando estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

22.! (FGV Ð 2018 Ð TJ-AL Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Enquanto organizava procedimentos que se encontravam no cart—rio de
determinada Vara Criminal do Tribunal de Justi•a de Alagoas, o servidor
identifica que h‡ um inquŽrito em que foram realizadas diversas
dilig•ncias para apurar crime de a•‹o penal pœblica, mas n‹o foi obtida
justa causa para o oferecimento de denœncia, raz‹o pela qual o Delegado
de Pol’cia elaborou relat—rio final opinando pelo arquivamento.
Verificada tal situa•‹o e com base nas previs›es do C—digo de Processo
Penal, caber‡ ao:

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(A) juiz realizar diretamente o arquivamento, tendo em vista que j‡


houve representa•‹o nesse sentido por parte da autoridade policial,
cabendo contra a decis‹o recurso em sentido estrito;
(B) MinistŽrio Pœblico realizar diretamente o arquivamento, caso
concorde com a conclus‹o do relat—rio da autoridade policial,
independentemente de controle judicial;
(C) delegado de pol’cia, em caso de concord‰ncia do juiz, realizar
diretamente o arquivamento ap—s retorno do inquŽrito policial para
delegacia;
(D) MinistŽrio Pœblico promover pelo arquivamento, cabendo ao juiz
analisar a homologa•‹o em respeito ao princ’pio da obrigatoriedade;
(E) juiz promover pelo arquivamento, podendo o promotor de justi•a
requerer o encaminhamento dos autos ao Procurador- Geral de Justi•a
em caso de discord‰ncia, em controle ao princ’pio da obrigatoriedade.
COMENTçRIOS: Neste caso, cabe ao MinistŽrio Pœblico promover pelo
arquivamento, cabendo ao juiz analisar o pedido de decidir pelo arquivamento,
na forma do art. 28 do CPP. Caso o Juiz discorde da promo•‹o de arquivamento,
dever‡ remeter os autos ao chefe do MP, que decidir‡ se mantŽm a posi•‹o pelo
arquivamento ou se decide pelo ajuizamento da a•‹o penal. N‹o cabe ao
delegado de pol’cia proceder ao arquivamento (art. 17 do CPP), nem mesmo ao
Juiz, eis que o titular da a•‹o penal Ž o MP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

23.! (FGV Ð 2016 Ð MPE-RJ Ð ANALISTA PROCESSUAL)


Foi instaurado inquŽrito policial, no Rio de Janeiro, para apurar as
condi•›es da morte de Maria, que foi encontrada j‡ falecida em seu
apartamento, onde residia sozinha, v’tima de morte violenta. As
investiga•›es se estenderam por cerca de tr•s anos, sem que fosse
identificada a autoria delitiva, apesar de ouvidos os familiares, o
namorado e os vizinhos da v’tima. Em raz‹o disso, o inquŽrito policial foi
arquivado, nos termos da lei, por aus•ncia de justa causa. Seis meses
ap—s o arquivamento, superando a dor da perda da filha, a m‹e de Maria
resolve comparecer ao seu apartamento para pegar as roupas da v’tima
para doa•‹o. Encontra, ent‹o, escondida no arm‡rio uma c‰mera de
filmagem e verifica que havia sido gravada uma briga entre a filha e um
amigo do seu namorado dois dias antes do crime, ocasi‹o em que este
afirmou que sempre a amou e que se Maria n‹o terminasse o namoro
Òsofreria as consequ•nciasÓ. Considerando a situa•‹o narrada, Ž correto
afirmar que a filmagem:
a) Ž considerada prova nova ou not’cia de prova nova, mas n‹o poder‡
haver desarquivamento, j‡ que a decis‹o de arquivamento fez coisa
julgada;

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b) n‹o Ž considerada prova nova ou not’cia de prova nova, tendo em vista


que j‡ existia antes do arquivamento, de modo que n‹o cabe
desarquivamento com esse fundamento;
c) Ž considerada prova nova ou not’cia de prova nova, podendo haver
desarquivamento do inquŽrito pela autoridade competente;
d) considerada ou n‹o prova nova ou not’cia de prova nova, poder‡ gerar
o desarquivamento direto pela autoridade policial para prosseguimento
das investiga•›es;
e) n‹o Ž considerada prova nova, logo impede o desarquivamento, mas
n‹o Ž —bice ao oferecimento direto de denœncia.
COMENTçRIOS: Neste caso, a filmagem Ž considerada prova nova, pois n‹o
constava no IP quando do arquivamento, ou seja, n‹o foi apreciada quando do
arquivamento do IP, motivo pelo qual ser‡ poss’vel o desarquivamento do IP pela
autoridade policial, na forma do art. 18 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

24.! (FGV Ð 2016 Ð MPE-RJ Ð TƒCNICO: NOTIFICA‚ÌO E ATOS


INTIMATîRIOS)
Maria, 30 anos, foi v’tima da pr‡tica de um crime de estupro, crime este
de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o. Apesar de n‹o
querer falar sobre os fatos ou contribuir para eventuais investiga•›es, a
m‹e de Maria comparece ˆ Delegacia e narra os fatos. Diante da situa•‹o
apresentada e sobre o tema inquŽrito policial, Ž correto afirmar que:
a) apesar de o oferecimento de denœncia depender de representa•‹o, a
instaura•‹o do inquŽrito policial independe da mesma;
b) ainda que conclua pela atipicidade dos fatos, uma vez instaurado
formalmente o inquŽrito policial, n‹o poder‡ a autoridade policial
mandar arquivar os autos;
c) o inquŽrito policial tem como uma de suas caracter’sticas a
indispensabilidade;
d) o C—digo de Processo Penal pro’be a reprodu•‹o simulada dos fatos
antes do oferecimento da denœncia, ainda que com a concord‰ncia do
indiciado;
e) o inquŽrito policial tem como caracter’sticas a oralidade, a
informalidade e o sigilo.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ
representa•‹o o IP n‹o poder‡ ser instaurado sem ela, nos termos do art. 5¼,
¤4¼ do CPP.
b) CORRETA: Item correto, pois a autoridade policial n‹o pode mandar arquivar
os autos do IP, na forma do art. 17 do CP.

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c) ERRADA: Item errado, pois uma das caracter’sticas do IP Ž sua


DISPENSABILIDADE, j‡ que a a•‹o penal pode ser ajuizada mesmo que n‹o tenha
havido um IP previamente.
d) ERRADA: Item errado, pois a reprodu•‹o simulada dos fatos Ž perfeitamente
admitida pelo CPP, que determina em seu art. 7¼ que a autoridade policial poder‡
realizar a reprodu•‹o simulada dos fatos, desde que isto n‹o contrarie a
moralidade ou a ordem pœblica.
e) ERRADA: Item errado, pois o IP Ž formal (n‹o informal) e escrito (n‹o oral).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

25.! (FGV Ð 2015 Ð DPE-RO Ð TƒCNICO: OFICIAL DE DILIGæNCIA)


Jorge praticou crime de estupro em face de Jœlia, jovem de 24 anos e
herdeira do propriet‡rio de um grande estabelecimento comercial
localizado em S‹o Paulo. O crime, de acordo com o C—digo Penal e com
as suas circunst‰ncias, Ž de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ
representa•‹o. N‹o houve pris‹o em flagrante, sendo os fatos
descobertos por outras pessoas diferentes da v’tima apenas uma semana
ap—s a ocorr•ncia. AtŽ o momento, n‹o foi decretada a pris‹o preventiva
de Jorge. Diante dessa situa•‹o, sobre o inquŽrito policial, Ž correto
afirmar que:
a) a representa•‹o Ž indispens‡vel para a propositura da a•‹o penal
condicionada, mas a instaura•‹o do inquŽrito policial dela independe;
b) a aus•ncia de contradit—rio no inquŽrito impede que o advogado do
agente tenha acesso a qualquer elemento informativo produzido, ainda
que j‡ documentado;
c) caso seja instaurado inquŽrito, concluindo pela aus•ncia de justa
causa, poder‡ a autoridade policial determinar o arquivamento do
procedimento diretamente;
d) estando o indiciado solto, o inquŽrito policial dever‡ ser conclu’do
impreterivelmente no prazo de 15 dias, prorrog‡veis apenas uma vez por
igual per’odo;
e) o arquivamento do inquŽrito por aus•ncia de justa causa permite um
posterior desarquivamento pela autoridade competente, caso surjam
novas provas.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Em se tratando de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o,
e em n‹o tendo havido a pris‹o em flagrante do infrator, a instaura•‹o do IP
depender‡, necessariamente, de representa•‹o da v’tima ou de seu
representante legal, nos termos do art. 5¼, ¤4¼ do CPP.
B) ERRADA: O advogado deve ter GARANTIDO o acesso aos elementos de prova
j‡ documentados nos autos, nos termos da Sœmula Vinculante n¼ 14 do STF:
Sœmula Vinculante n¼ 14

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ƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o
com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao exerc’cio do direito de defesa.
C) ERRADA: A autoridade policial nunca poder‡ mandar arquivar auto de inquŽrito
policial, nos termos do art. 17 do CPP.
D) ERRADA: Estando o indiciado solto, o IP dever‡ terminar em 30 dias, nos
termos do art. 10 do CPP.
E) CORRETA: O arquivamento por justa causa (aus•ncia de elementos de prova
para o ajuizamento da a•‹o penal) n‹o impede o desarquivamento caso surjam
NOVAS provas, nos termos do art. 18 do CPP. Diz-se, assim, que este tipo de
arquivamento n‹o faz Òcoisa julgada materialÓ, pois permite a reabertura do caso
na hip—tese do aparecimento de provas novas.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

26.! (FGV Ð 2015 Ð OAB - XVII EXAME DA OAB)


No dia 01/04/2014, Nat‡lia recebeu cinco facadas em seu abd™men,
golpes estes que foram a causa eficiente de sua morte. Para investigar a
autoria do delito, foi instaurado inquŽrito policial e foram realizadas
diversas dilig•ncias, dentre as quais se destacam a oitiva dos familiares
e amigos da v’tima e exame pericial no local. Mesmo ap—s todas essas
medidas, n‹o foi poss’vel obter ind’cios suficientes de autoria, raz‹o pela
qual o inquŽrito policial foi arquivado pela autoridade judici‡ria por falta
de justa causa, em 06/10/2014, ap—s manifesta•‹o nesse sentido da
autoridade policial e do MinistŽrio Pœblico. Ocorre que, em 05/01/2015,
a m‹e de Nat‡lia encontrou, entre os bens da filha que ainda guardava,
uma carta escrita por Bruno, ex namorado de Nat‡lia, em 30/03/2014,
em que ele afirmava que ela teria 24 horas para retomar o
relacionamento amoroso ou deveria arcar com as consequ•ncias. A
referida carta foi encaminhada para a autoridade policial.
Nesse caso,
A) nada poder‡ ser feito, pois o arquivamento do inquŽrito policial fez
coisa julgada material.
B) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar
o desarquivamento do inquŽrito pela autoridade competente.
C) nada poder‡ ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento n‹o
pode ser considerada prova nova.
D) pela falta de justa causa, o arquivamento poderia ter sido
determinado diretamente pela autoridade policial, independentemente
de manifesta•‹o do MinistŽrio Pœblico ou do juiz.
COMENTçRIOS: Como o arquivamento se deu apenas em raz‹o da aus•ncia de
justa causa para o oferecimento da a•‹o penal (aus•ncia de elementos de prova
suficientes), o IP pode ser reaberto, pois surgiu prova NOVA, nos termos do
entendimento doutrin‡rio e jurisprudencial, bem como do que disp›e o art. 18 do
CPP:

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Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

27.! (FGV Ð 2015 Ð OAB - XVI EXAME DA OAB)


O inquŽrito policial pode ser definido como um procedimento
investigat—rio prŽvio, cuja principal finalidade Ž a obten•‹o de ind’cios
para que o titular da a•‹o penal possa prop™-la contra o suposto autor
da infra•‹o penal.
Sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
A) A exig•ncia de ind’cios de autoria e materialidade para oferecimento
de denœncia torna o inquŽrito policial um procedimento indispens‡vel.
B) O despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito
policial Ž irrecorr’vel.
C) O inquŽrito policial Ž inquisitivo, logo o defensor n‹o poder‡ ter
acesso aos elementos informativos que nele constem, ainda que j‡
documentados.
D) A autoridade policial, ainda que convencida da inexist•ncia do crime,
n‹o poder‡ mandar arquivar os autos do inquŽrito j‡ instaurado.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Item errado, pois o titular da a•‹o penal pode j‡ dispor dos
elementos necess‡rios para o ajuizamento da a•‹o penal. O IP Ž, portanto, um
procedimento dispens‡vel.
B) ERRADA: Item errado, pois tal despacho Ž recorr’vel, cabendo recurso ao
Chefe de Pol’cia, nos termos do art. 5¼, ¤2¼ do CPP.
C) ERRADA: Item errado, pois a despeito do car‡ter sigiloso do IP, Ž direito do
defensor, no interesse do representado, ter amplo acesso aos elementos de prova
que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o com
compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao exerc’cio do direito de defesa,
nos termos do que disp›e a sœmula vinculante n¼ 14 do STF.
D) CORRETA: De fato, a autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos
de IP, nos termos do art. 17 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

28.! (FGV Ð 2015 Ð PGE-RO Ð TƒCNICO)


Foi instaurado inquŽrito policial para apurar a conduta de Ronaldo,
indiciado como autor do crime de homic’dio praticado em face de Jorge.
Ao longo das investiga•›es, a autoridade policial ouviu diversas
testemunhas, juntando os termos de oitiva nos autos do procedimento.
Conclu’das as investiga•›es, os autos foram encaminhados para a
autoridade policial. Sobre o inquŽrito policial, Ž correto afirmar que:

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a) n‹o Ž permitido ˆ autoridade policial, em regra, solicitar a realiza•‹o


de per’cias e exame de corpo de delito, dependendo para tanto de
autoriza•‹o da autoridade judicial;
b) como instrumento de obten•‹o de justa causa, Ž absolutamente
indispens‡vel ˆ propositura da a•‹o penal;
c) Ž direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso aos
elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento
investigat—rio, digam respeito ao exerc’cio do direito de defesa;
d) constatado, ap—s a instaura•‹o do inquŽrito e conclus‹o das
investiga•›es, que a conduta do indiciado foi amparada pela leg’tima
defesa, poder‡ a autoridade policial determinar diretamente o
arquivamento do procedimento;
e) uma vez determinado seu arquivamento pela autoridade competente,
independente do fundamento, n‹o poder‡ ser desarquivado, ainda que
surjam novas provas.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A autoridade policial pode determinar a realiza•‹o de per’cias e
exame de corpo de delito. Nos crimes que deixam vest’gios, inclusive, a
autoridade policial dever‡ determinar a realiza•‹o de exame de corpo de delito e
eventuais outras per’cias, nos termos do art. 6¼, VII do CPP, n‹o sendo
necess‡rio, em qualquer dos casos, autoriza•‹o judicial.
B) ERRADA: O IP Ž um procedimento DISPENSçVEL, motivo pelo qual Ž poss’vel
sua dispensa caso o titular da a•‹o penal j‡ disponha dos elementos de prova
necess‡rios.
C) CORRETA: Esta Ž a exata previs‹o da sœmula vinculante n¼ 14 do STF:
Sœmula vinculante n¼ 14
Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o
com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao exerc’cio do direito de
defesaÓ.
D) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos de
inquŽrito policial, nos termos do art. 17 do CPP.
E) ERRADA: Em tendo sido arquivado o IP por falta de provas (falta de base para
a denœncia), Ž poss’vel seu desarquivamento, caso haja not’cia do surgimento de
prova NOVA, nos termos do art. 18 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

29.! (FGV Ð 2015 Ð TJ-RO Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Gl—ria foi v’tima de um crime de estupro praticado no interior de sua
resid•ncia. Sendo a natureza da a•‹o pœblica condicionada ˆ
representa•‹o, compareceu, ent‹o, ˆ Delegacia, narrou o ocorrido e
manifestou o interesse na apura•‹o do fato, raz‹o pela qual foi
instaurado inquŽrito. Considerando a hip—tese narrada e as
caracter’sticas do inquŽrito policial, Ž correto afirmar que:

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a) caso houvesse ind’cios da autoria e prova da materialidade delitiva, a


instaura•‹o de inquŽrito policial seria prescind’vel para propositura da
a•‹o penal;
b) o inquŽrito policial tem como algumas de suas principais
caracter’sticas a oralidade, a oficialidade e oficiosidade;
c) uma das caracter’sticas do inquŽrito policial Ž o sigilo, raz‹o pela qual
n‹o poder‡ o defensor do indiciado ter acesso aos autos, ainda que em
rela•‹o ˆquilo j‡ documentado;
d) o inquŽrito policial Ž dispon’vel, de modo que a autoridade policial
poder‡ determinar seu arquivamento diretamente;
e) a natureza de a•‹o pœblica condicionada ˆ representa•‹o do crime de
estupro exige que a representa•‹o seja ofertada para fins de propositura
da a•‹o penal, mas n‹o para instaura•‹o de inquŽrito.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA: O IP Ž um procedimento DISPENSçVEL, motivo pelo qual Ž poss’vel
sua dispensa caso o titular da a•‹o penal j‡ disponha dos elementos de prova
necess‡rios (prova da materialidade e ind’cios de autoria).
B) ERRADA: A oralidade n‹o Ž uma das caracter’sticas do IP, que Ž um
procedimento ESCRITO.
C) ERRADA: Item errado, pois Ž direito do defensor do indiciado ter acesso aos
autos, em rela•‹o ˆquilo que j‡ est‡ documentado (n‹o em rela•‹o a dilig•ncias
em curso, cuja publicidade possa frustrar sua efetividade). Sœmula vinculante n¼
14 do STF:
Sœmula vinculante n¼ 14
Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o
com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao exerc’cio do direito de
defesaÓ.
D) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos de
inquŽrito policial, nos termos do art. 17 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ
representa•‹o esta Ž indispens‡vel tambŽm para a instaura•‹o do IP, nos termos
do art. 5¼, ¤4¼ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

30.! (FGV Ð 2015 Ð TJ-RO Ð OFICIAL DE JUSTI‚A)


No dia 30 de mar•o de 2014, Marta foi v’tima de um crime de homic’dio,
raz‹o pela qual foi instaurado inquŽrito policial para identifica•‹o do
autor do delito. Ap—s diversas dilig•ncias, n‹o foi poss’vel identificar a
autoria, raz‹o pela qual foi realizado o arquivamento do procedimento,
pela falta de justa causa, de acordo com as exig•ncias legais. Ocorre que,
em abril de 2015, a filha de Marta localizou o aparelho celular de Marta
e descobriu que seu irm‹o, Lœcio, havia enviado uma mensagem de texto
para sua m‹e, no dia 29 de mar•o de 2014, afirmando para a v’tima Òse

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voc• n‹o me emprestar dinheiro novamente, arcar‡ com as


consequ•nciasÓ. Diante disso, a filha de Marta apresentou o celular de
sua m‹e para a autoridade policial.
Considerando a situa•‹o narrada, Ž correto afirmar que o arquivamento
do inquŽrito policial:
a) fez coisa julgada material, de modo que n‹o mais Ž poss’vel seu
desarquivamento;
b) n‹o fez coisa julgada, mas n‹o Ž poss’vel o desarquivamento porque
a mensagem de texto n‹o pode ser considerada prova nova, j‡ que
existia antes mesmo da instaura•‹o do inquŽrito policial;
c) foi realizado diretamente pela autoridade policial, de modo que n‹o
faz coisa julgada material;
d) n‹o fez coisa julgada material, podendo o inquŽrito ser desarquivado,
tendo em vista que a mensagem de texto pode ser considerada prova
nova;
e) n‹o fez coisa julgada material, mas n‹o mais caber‡ desarquivamento,
pois passados mais de 06 meses desde a decis‹o.
COMENTçRIOS: Em tendo sido arquivado o IP por falta de provas (falta de base
para a denœncia), Ž poss’vel seu desarquivamento, caso haja not’cia do
surgimento de prova NOVA, nos termos do art. 18 do CPP. Assim, no presente
caso, a decis‹o de arquivamento NÌO fez coisa julgada material, pois Ž poss’vel
o desarquivamento dos autos do IP, a fim de que sejam retomadas as
investiga•›es, j‡ que h‡ not’cia de prova NOVA.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

31.! (FGV - 2012 - OAB - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO)


Um Delegado de Pol’cia determina a instaura•‹o de inquŽrito policial
para apurar a pr‡tica do crime de recepta•‹o, supostamente praticado
por JosŽ. Com rela•‹o ao InquŽrito Policial, assinale a afirmativa que n‹o
constitui sua caracter’stica.
A) Escrito.
B) Inquisit—rio.
C) Indispens‡vel.
D) Formal.
COMENTçRIOS: O inquŽrito policial possui algumas caracter’sticas, dentre
elas a caracter’stica da DISPENSABILIDADE. O IP Ž dispens‡vel, ou seja, n‹o
Ž obrigat—rio para o oferecimento da a•‹o penal. Dado seu car‡ter
informativo (busca reunir informa•›es), caso o titular da a•‹o penal j‡ possua
todos os elementos necess‡rios ao oferecimento da a•‹o penal, o InquŽrito ser‡
dispens‡vel. Um dos artigos que fundamenta isto Ž o art. 39, ¤ 5¡ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

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32.! (FGV Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Tradicionalmente, o inquŽrito policial Ž conceituado como um
procedimento investigat—rio, cuja principal finalidade Ž a obten•‹o de
justa causa para a propositura da a•‹o penal. Sobre o inquŽrito policial
Ž correto afirmar que:
(A) Ž procedimento prŽvio imprescind’vel;
(B) poder‡ ser arquivado diretamente pela autoridade policial;
(C) Ž sigiloso, raz‹o pela qual o defensor do indiciado n‹o poder‡ ter
acesso a elemento de prova algum, ainda que documentado no
procedimento investigat—rio;
(D) depender‡ de representa•‹o, caso a investiga•‹o trate de crime em
que a a•‹o penal seja pœblica condicionada;
(E) Ž prescind’vel, logo Ž uma faculdade da autoridade policial instaur‡-
lo ou n‹o, ainda que haja requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O IP Ž um procedimento dispens‡vel, pois se o titular da a•‹o penal
j‡ disp›e dos elementos necess‡rios, sua instaura•‹o Ž desnecess‡ria.
B) ERRADA: Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial NUNCA poder‡
mandar arquivar autos de IP.
C) ERRADA: Embora sigiloso, o STF j‡ pacificou entendimento (por meio da
Sœmula Vinculante n¼ 14) no sentido de que o advogado do indiciado deve poder
ter acesso aos elementos de prova j‡ documentados nos autos do IP.
D) CORRETA: A instaura•‹o do IP, aqui, depender‡ de representa•‹o para ser
instaurado, nos termos do art. 5¼, ¤4¼ do CPP.
E) ERRADA: Embora seja prescind’vel, em havendo requisi•‹o do MP, a
autoridade policial DEVERç instaurar o IP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

33.! (FGV Ð 2015 Ð DPE-RO Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


O inquŽrito policial Ž tradicionalmente conceituado como procedimento
administrativo prŽvio que visa ˆ apura•‹o de uma infra•‹o penal e sua
autoria, a fim de que o titular da a•‹o penal possa ingressar em ju’zo.
Sobre suas principais caracter’sticas, Ž correto afirmar que:
a) a prova da materialidade e ind’cios de autoria s‹o necess‡rios para
propositura de a•‹o penal, logo uma das caracter’sticas do inquŽrito Ž
sua indispensabilidade;
b) o inquŽrito policial Ž instrumento sigiloso, logo n‹o poder‡ ser
acessado em momento algum pelo advogado do indiciado;
c) o contradit—rio pleno e a ampla defesa s‹o indispens‡veis no inquŽrito
policial;
d) o inquŽrito policial Ž um procedimento significativamente marcado
pela oralidade;

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e) o inquŽrito pode ser considerado indispon’vel para a autoridade


policial, j‡ que, uma vez instaurado, n‹o poder‡ ser por ela diretamente
arquivado.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O IP Ž dispens‡vel, pois o titular da a•‹o penal pode j‡ dispor dos
elementos necess‡rios para o ajuizamento da a•‹o penal (provas da
materialidade e ind’cios de autoria).
B) ERRADA: O advogado deve ter GARANTIDO o acesso aos elementos de prova
j‡ documentados nos autos, nos termos da Sœmula Vinculante n¼ 14 do STF:
Sœmula Vinculante n¼ 14
ƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o
com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao exerc’cio do direito de defesa.
C) ERRADA: No IP, por se tratar de procedimento meramente investigat—rio, n‹o
h‡ acusado, de forma que n‹o h‡ contradit—rio e ampla defesa em suas formas
plenas, ainda que se reconhe•a a exist•ncia de elementos que denotem o respeito
ˆs garantias constitucionais dos indiciados.
D) ERRADA: O IP Ž um procedimento ESCRITO, e os atos n‹o escritos dever‹o
ser reduzidos a termo, nos termos do art. 9¼ do CPP.
E) CORRETA: Item correto, pois a autoridade policial NÌO pode arquivar os autos
do inquŽrito, nos termos do art. 17 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

34.! (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII -


PRIMEIRA FASE)
Quanto ao inquŽrito policial, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O inquŽrito policial poder‡ ser instaurado de of’cio pela Autoridade
Policial nos crimes persequ’veis por a•‹o penal pœblica incondicionada.
b) O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de
representa•‹o, n‹o poder‡ ser iniciado sem ela.
c) Nos crimes de a•‹o penal privada, n‹o caber‡ instaura•‹o de inquŽrito
policial, mas sim a lavratura de termo circunstanciado.
d) O inquŽrito policial, mesmo nos crimes hediondos, poder‡ ser
dispens‡vel para o oferecimento de denœncia.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA: Esta Ž a previs‹o contida no art. 5¼, I do CPP.
B) CORRETA: Esta Ž uma exig•ncia que est‡ prevista no art. 5¼, ¤4¼ do CPP.
C) ERRADA: O IP pode ser instaurado em tais crimes, mas depender‡ de
requerimento da v’tima ou de quem tenha qualidade para representa-la, nos
termos do art. 5¼, ¤5¼ do CPP. O Termo circunstanciado somente Ž cab’vel nas
infra•›es penais de menor potencial ofensivo (da compet•ncia dos Juizados
Especiais Criminais).

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D) CORRETA: Item correto, pois uma das caracter’sticas do IP Ž a sua


DISPENSABILIDADE, pois Ž mera pe•a que visa ˆ colheita de informa•›es. Se as
informa•›es j‡ existem, o IP pode ser dispensado.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA ƒ A LETRA C.

35.! (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - IV - PRIMEIRA


FASE)
Acerca das disposi•›es contidas na Lei Processual sobre o InquŽrito
Policial, assinale a alternativa correta.
a) Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial poder‡ proceder a
inquŽrito a requerimento de qualquer pessoa do povo que tiver
conhecimento da exist•ncia de infra•‹o penal.
b) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito
caber‡ recurso para o tribunal competente.
c) Para verificar a possibilidade de haver a infra•‹o sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poder‡ proceder ˆ reprodu•‹o
simulada dos fatos, desde que esta n‹o contrarie a moralidade ou a
ordem pœblica.
d) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Nestes crimes, a instaura•‹o do IP depende de requerimento da
v’tima ou de quem tenha qualidade para representa-la, nos termos do art. 5¼,
¤5¼ do CPP.
B) ERRADA: Caber‡ recurso para o chefe de pol’cia, nos termos do art. 5¼, ¤2¼
do CPP.
C) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 7¼ do CPP:
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infra•‹o sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poder‡ proceder ˆ reprodu•‹o simulada dos
fatos, desde que esta n‹o contrarie a moralidade ou a ordem pœblica.
D) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos de IP,
nos termos do art. 17 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

36.! (FGV - 2008 - PC-RJ - OFICIAL DE CARTîRIO)


A respeito do inquŽrito policial, analise as afirmativas a seguir:
I. Nos crimes de a•‹o pœblica, o inquŽrito policial ser‡ iniciado de of’cio
ou mediante requisi•‹o da autoridade judici‡ria ou do MinistŽrio Pœblico,
ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para
represent‡-lo.
II. Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡
proceder a inquŽrito de of’cio ou a requerimento do ofendido ou de quem
tiver qualidade para represent‡-lo.

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III. O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de


representa•‹o, n‹o poder‡ sem ela ser iniciado.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTçRIOS:
I Ð CORRETA: Isto Ž o que consta no art. 5¼, I e II do CPP.
II Ð ERRADA: A autoridade policial, neste caso, n‹o pode instaurar o IP de of’cio,
depender‡ do requerimento da v’tima ou de quem tenha qualidade para
representa-la, nos termos do art. 5¼, ¤5¼ do CPP.
III Ð CORRETA: Item correto, nos termos do art. 5¼, ¤4¼ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

37.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


As formas de instaura•‹o do inquŽrito policial variam de acordo com a
natureza do delito. Nos casos de a•‹o penal pœblica incondicionada, a
instaura•‹o do inquŽrito policial pode se dar:
(A) de of’cio pela autoridade policial; mediante requisi•‹o do MinistŽrio
Pœblico; mediante requerimento do ofendido; e por auto de pris‹o em
flagrante;
(B) de of’cio pelo MinistŽrio Pœblico; mediante requisi•‹o da autoridade
policial; mediante requerimento do ofendido; e por auto de pris‹o em
flagrante;
(C) de of’cio pela autoridade policial; mediante requerimento do
MinistŽrio Pœblico; mediante requisi•‹o do ofendido; e por auto de
resist•ncia;
(D) de of’cio pelo MinistŽrio Pœblico; mediante requisi•‹o da autoridade
policial; mediante requerimento do ofendido; e por auto de resist•ncia;
(E) de of’cio pela autoridade policial; mediante requerimento do Ministro
da Justi•a; mediante requisi•‹o do ofendido; e por auto de resist•ncia.
COMENTçRIOS: O IP, nos crimes de a•‹o penal pœblica incondicionada, poder‡
ser instaurado de of’cio, pela autoridade POLICIAL, por requisi•‹o do MP ou do
Juiz, por requerimento do ofendido ou pela lavratura do auto de pris‹o em
flagrante (embora esta œltima seja uma modalidade de instaura•‹o ex officio).
Vejamos:
Art. 5o Nos crimes de a•‹o pœblica o inquŽrito policial ser‡ iniciado:
I - de of’cio;
II - mediante requisi•‹o da autoridade judici‡ria ou do MinistŽrio Pœblico, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent‡-lo.

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A alternativa A Ž a correta, embora n‹o cite a possibilidade de instaura•‹o por


requisi•‹o do Juiz.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

38.! (FGV - 2015 - OAB - XVIII EXAME DE ORDEM)


No dia 10 de maio de 2015, Maria, 25 anos, foi v’tima de um crime de
estupro simples, mas, traumatizada, n‹o mostrou interesse em dar in’cio
a qualquer investigaç‹o penal ou aç‹o penal em relaç‹o aos fatos. Os
pais de Maria, porŽm, requerem a instauraç‹o de inquŽrito policial para
apurar autoria, entendendo que, ap—s identificar o agente, Maria poder‡
decidir melhor sobre o interesse na persecuç‹o penal. Foi proferido
despacho indeferindo o requerimento de abertura de inquŽrito.
Considerando a situaç‹o narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Do despacho que indefere o requerimento de abertura de inquŽrito
policial n‹o cabe qualquer recurso, administrativo ou judicial.
B) Em que pese o interesse de Maria ser relevante para o in’cio da aç‹o
penal, a instauraç‹o de inquŽrito policial independe de sua
representaç‹o.
C) Caso Maria manifeste interesse na instauraç‹o de inquŽrito policial
ap—s o indeferimento, ainda dentro do prazo decadencial, o
procedimento poder‡ ter in’cio, independentemente do surgimento de
novas provas.
D) Apesar de os pais de Maria n‹o poderem requerer a instauraç‹o de
inquŽrito policial, o MinistŽrio Pœblico pode requisitar o in’cio do
procedimento na hip—tese, tendo em vista a natureza pœblica da aç‹o.
COMENTçRIOS: Neste caso temos um crime de a•‹o penal pœblica condicionada
ˆ representa•‹o, nos termos do art. 225 do CP, j‡ que Maria n‹o Ž menor de 18
anos nem pessoa vulner‡vel.
Assim, a instaura•‹o do IP depende de manifesta•‹o de Maria neste sentido (art.
5¼, ¤4¼ do CPP), n‹o sendo poss’vel a instaura•‹o em raz‹o de mero
requerimento formulado por seus pais (eis que n‹o s‹o seus representantes
legais). Est‡ errada, portanto, a alternativa B.
A alternativa A est‡ errada, pois em face de tal decis‹o caber‡ recurso ao Chefe
de Pol’cia, nos termos do art. 5¼, ¤2¼ do CPP.
A Alternativa C est‡ correta, pois Maria poder‡ requerer a instaura•‹o do IP a
qualquer tempo, desde que dentro do prazo decadencial de seis meses, que se
inicia quando Maria toma conhecimento de quem Ž o infrator.
A alternativa D, por sua vez, est‡ incorreta, pois o MP n‹o poder‡ requisitar a
instaura•‹o do IP sem que haja representa•‹o da ofendida, j‡ que se trata de
crime de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

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39.! (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLêCIA)


Aury Lopes Jœnior leciona que Ò o inquŽrito Ž o ato ou efeito de inquirir,
isto Ž, procurar informa•›es sobre algo, colher informa•›es acerca de
um fato, perquirirÓ. J‡ o Art. 4¼, do CPP destaca que ser‡ realizado pela
Pol’cia Judici‡ria e ter‡ por fim a apura•‹o das infra•›es penais e sua
autoria.
A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta.
a) Entendendo a autoridade policial que o fato apurado n‹o configura
crime, dever‡ realizar o arquivamento do inquŽrito, evitando o
prosseguimento de um constrangimento ilegal sobre o indiciado.
b) O rŽu n‹o Ž obrigado a participar da reconstitui•‹o do crime, pois
ninguŽm Ž obrigado a produzir prova contra si.
c) O sigilo e a dispensabilidade s‹o algumas das caracter’sticas do
inquŽrito policial, repetidamente citadas pela doutrina brasileira.
d) N‹o deve a autoridade policial proibir o acesso do defensor do
indiciado aos elementos de prova j‡ documentados no ‰mbito do
procedimento investigat—rio e que digam respeito ao exerc’cio do direito
de defesa.
e) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquŽrito
caber‡ recurso para o chefe de Pol’cia.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A autoridade policial JAMAIS poder‡ mandar arquivar autos de IP,
nos termos do art. 17 do CPP.
B) CORRETA: O item est‡ correto, pois se trata do princ’pio do nemo tenetur se
detegere, ou seja, ninguŽm Ž obrigado a produzir prova contra si.
C) CORRETA: Item correto, pois estas s‹o, de fato, duas das caracter’sticas do
IP.
D) CORRETA: Item correto, pois isto Ž o que consta na Sœmula Vinculante n¼ 14
do STF.
E) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 5¼, ¤2¼ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA ƒ A LETRA A.

40.! (FGV - 2011 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - V - PRIMEIRA


FASE)
Tendo em vista o enunciado da sœmula vinculante n. 14 do Supremo
Tribunal Federal, quanto ao sigilo do inquŽrito policial, Ž correto afirmar
que a autoridade policial poder‡ negar ao advogado
a) a vista dos autos, sempre que entender pertinente.
b) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado
formalmente.
c) do indiciado que esteja atuando com procura•‹o o acesso aos
depoimentos prestados pelas v’timas, se entender pertinente.

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d) o acesso aos elementos de prova que ainda n‹o tenham sido


documentados no procedimento investigat—rio.
COMENTçRIOS: O advogado do indiciado, conforme a sœmula vinculante n¼ 14
do STF, deve ter acesso irrestrito aos elementos de prova Jç DOCUMENTADOS
nos autos do IP. Vejamos:
Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio
realizado por —rg‹o com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao
exerc’cio do direito de defesaÓ.
Ora, assim podemos entender que a autoridade policial poder‡ negar acesso, ao
advogado do indiciado, aos elementos de prova que ainda NÌO tenham sido
documentados no procedimento investigat—rio.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

41.! (FGV - 2008 - TJ-MS Ð JUIZ)


Relativamente ao inquŽrito policial, Ž correto afirmar que:
a) a autoridade assegurar‡ no inquŽrito o sigilo necess‡rio ˆ elucida•‹o
do fato, aplicando, porŽm, em todas as suas manifesta•›es, os princ’pios
do contradit—rio e da ampla defesa.
b) a autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito por
falta de base para a denœncia.
c) o inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver
preso, ou no prazo de 60 dias, quando estiver solto.
d) o inquŽrito policial n‹o acompanhar‡ a denœncia ou queixa quando
servir de base a uma ou outra.
e) o indiciado poder‡ requerer ˆ autoridade policial a realiza•‹o de
qualquer dilig•ncia.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: N‹o h‡ contradit—rio e ampla defesa no IP, embora a lei assegure
alguns direitos ao indiciado, como requerer dilig•ncias, etc.
B) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar os autos do IP,
nos termos do art. 17 do CPP.
C) ERRADA: O IP deve se encerrar em 10 dias se o rŽu estiver preso e 30 dias se
estiver solto, conforme prev• o art. 10 do CPP.
D) ERRADA: O art. 12 do CPP prev• que o IP dever‡ acompanhar a denœncia ou
a queixa, sempre que servir de fundamento para estas.
E) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a previs‹o do art. 14 do CPP:
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer
qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

42.! (FGV Ð 2013 - X EXAME UNIFICADO DA OAB)

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Na cidade ÒAÓ, o Delegado de Pol’cia instaurou inquŽrito policial para


averiguar a poss’vel ocorr•ncia do delito de estelionato praticado por
M‡rcio, tudo conforme minuciosamente narrado na requisi•‹o do
MinistŽrio Pœblico Estadual. Ao final da apura•‹o, o Delegado de Pol’cia
enviou o inquŽrito devidamente relatado ao Promotor de Justi•a. No
entendimento do parquet, a conduta praticada por M‡rcio, embora t’pica,
estaria prescrita. Nessa situa•‹o, o Promotor dever‡
A) arquivar os autos.
B) oferecer denœncia.
C) determinar a baixa dos autos.
D) requerer o arquivamento.
COMENTçRIOS: Considerando o membro do MP que o crime j‡ prescreveu, ou
seja, est‡ extinta a punibilidade, dever‡ requerer o arquivamento do InquŽrito
Policial, nos termos do art. 28 do CPP, devendo o Juiz decidir sobre o
arquivamento. Caso o Juiz discorde, dever‡ remeter os autos ao PGJ, que decidir‡
a quest‹o. Vejamos:
Art. 28. Se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia, requerer
o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de informa•‹o, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas, far‡ remessa do inquŽrito ou
pe•as de informa•‹o ao procurador-geral, e este oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro
—rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento,
ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz obrigado a atender.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

43.! (FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLêCIA)


Com rela•‹o ao prazo para a conclus‹o do inquŽrito policial instaurado
para apurar a pr‡tica do crime de tr‡fico de entorpecentes, de acordo
com a Lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006, assinale a afirmativa
correta.
a) Ser‡ de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 30, na hip—tese
de o indiciado estar solto.
b) N‹o poder‡ ultrapassar 30 dias, se o indiciado estiver preso.
c) Ser‡ de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando
estiver solto, podendo o juiz, ouvido o MinistŽrio Pœblico, mediante
pedido justificado da autoridade de pol’cia judici‡ria, triplicar tal prazo.
d) Excepcionalmente, quando requerido de forma fundamentada pela
autoridade de pol’cia judici‡ria, ouvido o MinistŽrio Pœblico, poder‡ ser
de 180 dias, se o indiciado estiver solto.
e) Ser‡ de 30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 60 dias, quando
estiver solto, podendo o juiz, ouvido o MinistŽrio Pœblico, mediante
pedido justificado da autoridade de pol’cia judici‡ria, duplicar tal prazo.
COMENTçRIOS: O prazo para o encerramento do IP, neste caso, ser‡ de 30
dias, no caso de rŽu preso, e de 90 dias no caso de rŽu solto, nos termos do art.
51 da Lei de Drogas:

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Art. 51. O inquŽrito policial ser‡ conclu’do no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado
estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto.
O Juiz poder‡, excepcionalmente, duplicar tais prazos, mediante pedido
justificado da autoridade policial, ouvido sempre o MP:
Art. 51 (...)
Par‡grafo œnico. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz,
ouvido o MinistŽrio Pœblico, mediante pedido justificado da autoridade de pol’cia
judici‡ria.
Vemos, assim, que no caso de rŽu solto, o prazo m‡ximo (j‡ com a duplica•‹o)
Ž de 180 dias.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

44.! (FGV - 2010 - PC-AP - DELEGADO DE POLêCIA)


Maria tem seu ve’culo furtado e comparece ˆ Delegacia de Pol’cia mais
pr—xima para registrar a ocorr•ncia. O Delegado de Pol’cia instaura
inquŽrito policial para apura•‹o do fato. Esgotadas todas as dilig•ncias
que estavam a seu alcance, a Autoridade Policial n‹o consegue
identificar o autor do fato ou recuperar a res furtiva.
Assinale a alternativa que indique a provid•ncia que o Delegado dever‡
tomar.
a) Relatar o inquŽrito policial e encaminhar os autos ao MinistŽrio
Pœblico para que este promova o arquivamento.
b) Promover o arquivamento do inquŽrito policial, podendo a v’tima
recorrer ao Secret‡rio de Seguran•a Pœblica.
c) Relatar o inquŽrito policial e encaminhar os autos ao Secret‡rio de
Seguran•a Pœblica para que este promova o arquivamento.
d) Manter os autos do inquŽrito policial com a rotina suspenso, atŽ que
surja uma nova prova.
e) Prosseguir na investiga•‹o, pois o arquivamento s— Ž poss’vel quando
transcorrer o prazo prescricional.
COMENTçRIOS: Considerando tratar-se de crime de a•‹o pœblica, dever‡ a
autoridade policial RELATAR o IP e encaminh‡-lo ao MP, para que este, caso
deseje, promova o arquivamento do IP. A autoridade policial nunca poder‡
mandar arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

45.! (FGV Ð 2014 Ð TJ/RJ Ð ANALISTA Ð EXECU‚ÌO DE MANDADOS)


Brenda, empregada domŽstica, foi presa em flagrante pela pr‡tica de um
crime de furto qualificado contra Joana, sua empregadora. O magistrado,
ap—s requerimento do MinistŽrio Pœblico, converteu a pris‹o em
flagrante em preventiva. Nessa hip—tese, de acordo com o C—digo de
Processo Penal, o prazo para conclus‹o do inquŽrito policial ser‡ de:
(A) 05 (cinco) dias;

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(B) 10 (dez) dias;


(C) 15 (quinze) dias, improrrog‡veis;
(D) 15 (quinze) dias, prorrog‡veis por decis‹o judicial;
(E) 30 (trinta) dias.
COMENTçRIOS: Estando preso o indiciado o prazo para conclus‹o do IP ser‡ de
10 dias, nos termos do art. 10 do CPP, n‹o sendo admitida prorroga•‹o:
Art. 10. O inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hip—tese, a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de 30
dias, quando estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

46.! (FGV Ð 2014 Ð TJ/RJ Ð ANALISTA Ð EXECU‚ÌO DE MANDADOS)


Foi instaurado inquŽrito policial para investigar a pr‡tica de um crime de
homic’dio que teve como v’tima Ana. Apesar de Wagner, seu marido, ter
sido indiciado, n‹o foi reunida justa causa suficiente para oferecimento
da denœncia, raz‹o pela qual foi o procedimento arquivado na forma
prevista em lei. Tr•s meses ap—s o arquivamento, a m‹e de Ana
descobriu que a filha havia lhe deixado uma mensagem de voz no celular
uma hora antes do crime, afirmando que temia por sua integridade f’sica,
pois estava sozinha com seu marido em casa e prestes a contar que teria
uma rela•‹o extraconjugal. Diante desses fatos, de acordo com a
jurisprud•ncia majorit‡ria dos Tribunais Superiores, Ž correto afirmar
que:
(A) nada poder‡ ser feito, tendo em vista que o arquivamento do
inquŽrito policial fez coisa julgada material;
(B) poder‡ ser oferecida denœncia, apesar de o inquŽrito n‹o poder ser
desarquivado em virtude da coisa julgada material que fez seu
arquivamento;
(C) caber‡ desarquivamento do inquŽrito policial pela autoridade
competente diante do surgimento de provas novas;
(D) nada poder‡ ser feito, pois a grava•‹o de voz existia antes do
arquivamento do inquŽrito, logo n‹o pode ser inclu’da no conceito de
prova nova;
(E) poder‡ a autoridade policial realizar o desarquivamento a qualquer
momento, assim como pode por ato pr—prio determinar o arquivamento
do inquŽrito.
COMENTçRIOS: Inicialmente, deve-se deixar claro que a autoridade policial n‹o
pode arquivar autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP.
Nesse caso espec’fico, o arquivamento n‹o faz Òcoisa julgada materialÓ, pois se
refere apenas ˆ aus•ncia de provas, de forma que poder‡ ser reaberto o IP se
surgirem novas provas, como Ž o caso. Vejamos o art. 18 do CPP.

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Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

47.! (FCC Ð 2017 Ð DPE-RS Ð ANALISTA PROCESSUAL)


No tocante ao inquŽrito policial relativo ˆ apura•‹o de crime a que se
procede mediante a•‹o penal pœblica incondicionada, Ž correto afirmar:
a) ƒ vedada a instaura•‹o de inquŽrito policial de of’cio.
b) O ofendido n‹o pode requerer dilig•ncia no curso de inquŽrito policial.
c) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
d) A autoridade policial poder‡ mandar instaurar inquŽrito a partir de
comunica•‹o de fato feita por qualquer pessoa, mas deve aguardar a
iniciativa do ofendido ou seu representante legal para que seja
instaurado.
e) Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade
judici‡ria, por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡
proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois em se tratando de crime de a•‹o penal pœblica
incondicionada o IP pode ser instaurado de of’cio, nos termos do art. 5¼, I do
CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois o ofendido poder‡ requerer a realiza•‹o de
qualquer dilig•ncia, mas a sua realiza•‹o ficar‡ a critŽrio da autoridade policial,
na forma do art. 14 do CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial NUNCA poder‡ mandar
arquivar os autos do IP, na forma do art. 17 do CPP.
d) ERRADA: Item errado, pois nos crimes de a•‹o penal pœblica incondicionada a
autoridade policial pode mandar instaurar o IP sem que haja necessidade de
iniciativa do ofendido ou seu representante legal, conforme art. 5¼, ¤3¼ do CPP.
e) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 18 do
CPP:
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

48.! (FCC Ð 2017 Ð POLITEC-AP Ð PERITO MƒDICO LEGISTA)


Praticado o crime na via pœblica, o delegado de pol’cia dever‡, dentre
outras provid•ncias,
a) dirigir-se ao local, providenciando para que n‹o se alterem o estado e
conserva•‹o das coisas, atŽ a chegada dos peritos criminais.

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b) apreender os objetos que tiverem rela•‹o com o fato,


independentemente da libera•‹o pelos peritos criminais.
c) colher, ap—s a realiza•‹o da per’cia do local, todas as provas que
servirem para o esclarecimento do fato e suas circunst‰ncias.
d) determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e
a quaisquer outras per’cias, desde que haja expresso consentimento da
v’tima ou quem a represente.
e) proceder ˆ reprodu•‹o simulada dos fatos, desde que esta n‹o
contrarie a moralidade ou a ordem pœblica e haja peritos oficiais para a
realiza•‹o do laudo pericial.
COMENTçRIOS:
a) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 6¼, I do
CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois a apreens‹o dos objetos s— se dar‡ ap—s a
libera•‹o pelos peritos, na forma do art. 6¼, II do CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois a colheita de todas as provas que servirem para o
esclarecimento do fato e suas circunst‰ncias n‹o se dar‡, necessariamente, ap—s
a realiza•‹o da per’cia, na forma do art. 6¼, III do CPP.
d) ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial deve determinar, se for caso,
que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras per’cias, n‹o
sendo necess‡rio, para tanto, que haja expresso consentimento da v’tima ou
quem a represente, nos termos do art. 6¼, VII do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois para a reprodu•‹o simulada dos fatos n‹o Ž
necess‡rio que haja peritos oficiais, nos termos do art. 7¼ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

49.! (FCC Ð 2017 Ð PC-AP Ð OFICIAL DA POLêCIA CIVIL)


No ‰mbito do inquŽrito policial, incumbe ˆ autoridade policial
a) arquivar o inquŽrito policial.
b) assegurar o sigilo necess‡rio ˆ elucida•‹o do fato.
c) decretar a pris‹o preventiva.
d) presidir a audi•ncia de cust—dia.
e) oferecer a denœncia.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial NUNCA poder‡ mandar
arquivar os autos do IP, na forma do art. 17 do CPP.
b) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 20 do
CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois a pris‹o preventiva, que Ž espŽcie de pris‹o
cautelar, s— pode ser decretada pelo Poder Judici‡rio.

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d) ERRADA: Item errado, pois a audi•ncia de cust—dia nada mais Ž que a


audi•ncia para apresenta•‹o do preso ao Juiz, em regra realizada em atŽ 24h
ap—s a realiza•‹o da pris‹o. Tal audi•ncia, naturalmente, Ž presidida pelo pr—prio
Juiz.
e) ERRADA: Item errado, pois cabe ao MP oferecer denœncia, e n‹o ˆ autoridade
policial.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

50.! (FCC Ð 2017 Ð TRE-PR Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
Acerca do inquŽrito policial, Ž correto afirmar:
a) Nos crimes de a•‹o penal pœblica, sempre ser‡ necess‡ria a
autoriza•‹o da v’tima para a abertura de inquŽrito.
b) Tendo em vista a preserva•‹o da incolumidade pœblica, a instaura•‹o
de inquŽrito policial para a apura•‹o de crime de al•ada privada poder‡
ser requisitado pela autoridade judici‡ria.
c) A instaura•‹o de inquŽrito policial interrompe o prazo da prescri•‹o.
d) Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pelo juiz, em
raz‹o de falta de elementos para a denœncia, a autoridade policial poder‡
reativar as investiga•›es se tiver conhecimento de novas provas.
e) A autoridade policial garantir‡, durante o inquŽrito, o sigilo necess‡rio
ao esclarecimento dos fatos investigados, observando, porŽm, em todas
as suas manifesta•›es, o princ’pio do contradit—rio.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois em se tratando de crime de a•‹o penal pœblica
incondicionada o IP pode ser instaurado de of’cio, nos termos do art. 5¼, I do
CPP, n‹o sendo necess‡rio que haja autoriza•‹o da v’tima para tanto.
b) ERRADA: Item errado, pois em se tratando de crime de a•‹o privada n‹o se
admite a instaura•‹o do IP sem que tenha havido manifesta•‹o da v’tima nesse
sentido, na forma do art. 5¼, ¤5¼ do CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois a instaura•‹o do IP n‹o Ž causa de interrup•‹o da
prescri•‹o.
d) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 18 do
CPP:
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.

e) ERRADA: Item errado, pois n‹o h‡, no inquŽrito policial, a observ‰ncia do


contradit—rio pleno, como h‡ no processo penal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

51.! (FCC Ð 2017 Ð TJ-SC Ð JUIZ)

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Conclu’do o InquŽrito Policial pela pol’cia judici‡ria, o —rg‹o do


MinistŽrio Pœblico requer o arquivamento do processado. O Juiz, por
entender que o MinistŽrio Pœblico do Estado de Santa Catarina n‹o
fundamentou a manifesta•‹o de arquivamento, com base no C—digo de
Processo Penal, dever‡
a) encaminhar o InquŽrito Policial ˆ Corregedoria-Geral do MinistŽrio
Pœblico.
b) indeferir o arquivamento do InquŽrito Policial.
c) remeter o InquŽrito Policial ao Procurador-Geral de Justi•a.
d) indeferir o pedido de arquivamento e remeter c—pias ao Procurador-
Geral de Justi•a e ao Corregedor-Geral do MinistŽrio Pœblico.
e) remeter o InquŽrito Policial ˆ pol’cia judici‡ria para prosseguir na
investiga•‹o.
COMENTçRIOS: Neste caso, o Juiz dever‡ remeter os autos do IP ao Chefe do
MP, no caso, o PGJ, conforme preconiza o art. 28 do CPP:
Art. 28. Se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia, requerer
o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de informa•‹o, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas, far‡ remessa do inquŽrito ou
pe•as de informa•‹o ao procurador-geral, e este oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro
—rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento,
ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz obrigado a atender.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

52.! (FCC Ð 2016 Ð AL-MS Ð AGENTE DE POLêCIA LEGISLATIVO)


A autoridade policial de uma determinada cidade do Estado de Mato
Grosso do Sul instaura inquŽrito policial para apurar um crime de aborto
cometido pelo mŽdico X. No curso das investiga•›es, a pris‹o preventiva
do mŽdico Ž decretada pela Justi•a e o mandado de pris‹o Ž cumprido.
Neste caso, segundo estabelece o C—digo de Processo Penal, o inquŽrito
policial dever‡ ser conclu’do, a partir da data em que foi executada a
pris‹o cautelar, no prazo de
a) cinco dias.
b) dez dias.
c) trinta dias.
d) quinze dias.
e) sessenta dias.
COMENTçRIOS: Neste caso temos um inquŽrito policial em que o indiciado se
encontra preso. Assim, o prazo para a conclus‹o do IP ser‡ de 10 dias, a contar
da data da efetiva•‹o da pris‹o, nos termos do art. 10 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

53.! (FCC Ð 2016 Ð DPE-BA Ð DEFENSOR PòBLICO - ADAPTADA)

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Tendo em vista o car‡ter administrativo do inquŽrito policial, o indiciado


n‹o poder‡ requerer per’cias complexas durante a tramita•‹o do
expediente investigat—rio.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o indiciado pode requerer ˆ autoridade
policial a realiza•‹o de quaisquer dilig•ncias, cabendo ˆ autoridade deferi-las ou
n‹o, nos termos do art. 14 do CPP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

54.! (FCC Ð 2015 Ð MPE-PB Ð TƒCNICO)


O Delegado de Pol’cia de um determinado Distrito da cidade de Campina
Grande, ap—s receber a not’cia de um crime de roubo cometido na cidade,
no qual a v’tima Silvio teve o carro subtra’do por um meliante no centro
da cidade no dia 1o de maio de 2015, determina a instaura•‹o de
InquŽrito Policial. No curso das investiga•›es, especificamente no dia 4
de maio de 2015, o ve’culo roubado Ž recuperado em poder de Manoel, o
qual Ž conduzido ao Distrito Policial. A v’tima Ž chamada e reconhece
Manoel como sendo o autor do crime de roubo. A autoridade policial
representa, ent‹o, ao juiz competente o qual, ap—s manifesta•‹o do
MinistŽrio Pœblico, decreta a pris‹o preventiva de Manoel, que Ž
efetivada no mesmo dia 4 de maio. Neste caso, o InquŽrito Policial
deveria estar encerrado e relatado pelo Delegado de Pol’cia no prazo de
a) 15 dias ap—s iniciado o InquŽrito Policial.
b) 10 dias ap—s iniciado o InquŽrito Policial.
c) 5 dias ap—s iniciado o InquŽrito Policial.
d) 15 dias, contado o prazo a partir da efetiva•‹o da pris‹o de Manoel.
e) 10 dias, contado o prazo a partir da efetiva•‹o da pris‹o de Manoel
COMENTçRIOS: Nesse caso, ou seja, em se tratando de indiciado PRESO, o IP
dever‡ ser conclu’do em 10 dias, contados da efetiva•‹o da pris‹o, nos termos
do art. 10 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

55.! (FCC Ð 2015 Ð MPE-PB Ð TƒCNICO)


O Delegado de Pol’cia de um determinado Distrito Policial da cidade de
Jo‹o Pessoa instaura um InquŽrito Policial para apura•‹o de crime de
estelionato ocorrido no final do ano de 2014. Encerrada as investiga•›es
Rodolfo Ž indiciado pelo referido crime. O inquŽrito Ž relatado e remetido
ao F—rum local. O representante do MinistŽrio Pœblico, ap—s receber os
autos, requereu o arquivamento do InquŽrito Policial entendendo que
n‹o haveria provas para instaura•‹o de a•‹o penal contra Rodolfo. O
Magistrado competente, ao receber os autos, discordando do parecer do
MinistŽrio Pœblico, determina a remessa dos autos ao Procurador-Geral
de Justi•a do Estado da Para’ba, requerendo a designa•‹o de outro
Promotor para oferecimento da denœncia. O Procurador-Geral de Justi•a,

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ap—s analisar o caso, insiste no pedido de arquivamento e determina a


devolu•‹o dos autos ao ju’zo de origem. Neste caso, o Magistrado
a) discordando da decis‹o do Procurador-Geral de Justi•a determinar‡ a
instaura•‹o da a•‹o penal com base no Relat—rio da Autoridade Policial.
b) encaminhar‡ os autos ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico, em
Bras’lia, para que um Promotor de Justi•a seja designado para atuar no
feito e oferecer denœncia.
c) ser‡ obrigado a atender o pedido de arquivamento veiculado pelo
MinistŽrio Pœblico.
d) encaminhar‡ os autos ao Presidente do Tribunal de Justi•a da Para’ba
para que este determine a instaura- •‹o da a•‹o penal, intimando-se o
Procurador-Geral de Justi•a para oferecimento imediato da denœncia.
e) determinar‡ a intima•‹o da v’tima para, querendo, oferecer a•‹o
penal subsidi‡ria da pœblica.
COMENTçRIOS: Caso o Juiz discorde da decis‹o tomada pelo Chefe do MP, nada
mais poder‡ fazer, pois o MP Ž o titular da a•‹o penal, cabendo a esta Institui•‹o
a œltima palavra quanto ao arquivamento do IP. O Juiz, portanto, neste caso,
dever‡ arquivar o IP, nos termos do art. 28 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

56.! (FCC Ð 2015 Ð MPE-PB Ð TƒCNICO)


Considere as seguintes situa•›es hipotŽticas:
I. A Promotora de Justi•a de uma comarca do Estado da Para’ba requereu
ˆ autoridade policial a instaura•‹o de InquŽrito Policial para apura•‹o
de crime de injœria, de a•‹o penal privada, figurando como v’tima Luis e
como autor do crime Edson. A autoridade policial atende ao pedido
veiculado e instaura o InquŽrito Policial.
II. Durante o tr‰mite de um InquŽrito Policial instaurado para apura•‹o
de crime de homic’dio tentado a v’tima apresenta requerimento ao
Delegado de Pol’cia para realiza•‹o de uma dilig•ncia que entende ser
œtil para apura•‹o da verdade real. O Delegado de Pol’cia, entendendo
ser impertinente o requerimento e a dilig•ncia solicitada, deixa de
realizar a dilig•ncia.
III. O Delegado de Pol’cia de uma determinada cidade no Estado da
Para’ba, ap—s instaurar um InquŽrito Policial para apura•‹o de crime de
furto que teria sido cometido por Theo, n‹o conseguindo apurar provas
da autoria delitiva determina o imediato arquivamento dos autos.
IV. Encerrado InquŽrito Policial para apura•‹o de crime de a•‹o penal
privada a autoridade policial, ap—s pedido do requerente, entrega os
autos de inquŽrito ao requerente, mediante traslado.
O Delegado de Pol’cia agiu dentro da legalidade APENAS nas situa•›es
indicadas em
a) I, II e IV.

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b) II e IV.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
e) I e III.
COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: Em se tratando de crime de a•‹o privada, n‹o cabe ao MP, sem que
haja manifesta•‹o da v’tima, requisitar a instaura•‹o do IP, de forma que o
delegado n‹o deveria ter instaurado o IP, nos termos do art. 5¼, ¤5¼ do CPP.
II Ð CORRETA: Item correto, pois o ofendido, ou seu representante legal, poder‡
requerer qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade,
nos termos do art. 14 do CPP.
III Ð ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial NÌO PODE mandar arquivar
autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP.
IV Ð CORRETA: Item correto, pois a autoridade policial, neste caso (crime de a•‹o
privada), poder‡ entregar os autos ao ofendido, mediante traslado, nos termos
do art. 19 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

57.! (FCC Ð 2015 Ð TJ-AL Ð JUIZ)


A investiga•‹o de uma infra•‹o penal
a) poder‡ ser conduzida pelo MinistŽrio Pœblico, conforme recente
decis‹o do STF, mas apenas nos casos relacionados ao foro por
prerrogativa de fun•‹o.
b) poder‡ ser realizada por meio de inquŽrito policial, presidido por
delegado de pol’cia de carreira ou promotor de justi•a, conforme recente
decis‹o do STF.
c) poder‡ ser realizada por meio de inquŽrito policial que ser‡ presidido
por delegado de pol’cia de carreira, sob o comando e a fiscaliza•‹o direta
e imediata do promotor de justi•a, conforme recente decis‹o do STJ.
d) poder‡ ser conduzida pelo MinistŽrio Publico, conforme recente
decis‹o do STF.
e) dever‡ ser sempre promovida em autos de inquŽrito policial, presidido
por um delegado de pol’cia de carreira, salvo em casos de infra•‹o
cometida por vereadores, cuja investiga•‹o ser‡ presidida pelo
Presidente da C‰mara Municipal.
COMENTçRIOS: A investiga•‹o de uma infra•‹o penal poder‡ ser realizada por
meio de inquŽrito policial que ser‡ presidido EXCLUSIVAMENTE por delegado de
pol’cia de carreira. O MP pode investigar, ou seja, pode conduzir investiga•‹o
pr—pria, mas n‹o pode conduzir o IP (entendimento do STF). Para que investigue
diretamente os fatos o MP dever‡ instaurar procedimento pr—prio de investiga•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

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58.! (FCC Ð 2014 Ð TJ-AP Ð JUIZ)


Em rela•‹o ao exerc’cio do direito de defesa no inquŽrito policial, a
autoridade policial poder‡ negar ao defensor, no interesse do
representado, ter acesso aos
a) elementos de prova cobertos pelo sigilo.
b) termos de depoimentos prestados pela v’timas, se entender
pertinente.
c) elementos de prova que entender impertinentes.
d) elementos de prova, caso o investigado j‡ tenha sido formalmente
indiciado.
e) elementos de provas ainda n‹o documentados em procedimento
investigat—rio.
COMENTçRIOS: A quest‹o Ž respondida facilmente pela an‡lise da Sœmula
Vinculante n¼ 24 do STF:
Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio
realizado por —rg‹o com compet•ncia de pol’cia judici‡ria, digam respeito ao
exerc’cio do direito de defesaÓ.
Assim, vemos que a autoridade policial poder‡ negar ao defensor o acesso aos
elementos de prova AINDA NÌO DOCUMENTADOS nos autos do IP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

59.! (FCC Ð 2014 Ð TRF4 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


JosŽ foi indiciado em inquŽrito policial que apura a pr‡tica do delito de
estelionato contra seu ex-empregador. Diante disso,
a) ante a constata•‹o de que se trata, em verdade, de il’cito civil, a
autoridade policial poder‡ mandar arquivar os autos de inquŽrito.
b) sem inquŽrito policial, n‹o poder‡, posteriormente, haver propositura
de a•‹o penal.
c) a v’tima poder‡ requerer qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou
n‹o, a ju’zo da autoridade.
d) este inquŽrito somente pode ser instaurado porque houve
representa•‹o da v’tima.
e) JosŽ n‹o poder‡ requerer dilig•ncia ˆ autoridade policial.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Item ERRADO, pois a autoridade policial NUNCA poder‡ mandar
arquivar autos de inquŽrito policial, nos termos do art. 17 do CPP.
B) ERRADA: Item errado, pois o IP Ž pe•a DISPENSçVEL.
C) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 14 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois n‹o se trata de crime de a•‹o penal pœblica
condicionada ˆ representa•‹o.

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E) ERRADA: JosŽ, na qualidade de indiciado, poder‡ requerer a realiza•‹o de


dilig•ncias, nos termos do art. 14 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

60.! (FCC Ð 2014 Ð TRF3 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Considere persecu•‹o penal baseada na pris‹o em flagrante dos
acusados em situa•‹o de participa•‹o em narcotrafic‰ncia transnacional,
obstada pela Pol’cia Federal, que os encontrou tendo em dep—sito 46.700
gramas de coca’na gra•as ˆ informa•‹o oriunda de not’cia an™nima.
Neste caso, segundo entendimento jurisprudencial consolidado,
a) Ž nulo o processo ab initio, ante a veda•‹o constitucional do
anonimato.
b) a not’cia an™nima sobre eventual pr‡tica criminosa Ž, por si, id™nea
para instaura•‹o de inquŽrito policial.
c) a not’cia an™nima sobre eventual pr‡tica criminosa presta-se a
embasar procedimentos investigat—rios preliminares que corroborem as
informa•›es da fonte an™nima, os quais tornam leg’tima a persecu•‹o
criminal.
d) a autoridade policial n‹o pode tomar qualquer provid•ncia
investigat—ria a partir da not’cia an™nima.
e) a persecu•‹o criminal s— poderia ser iniciada se a denœncia an™nima
estivesse corroborada por intercepta•‹o telef™nica autorizada
judicialmente.
COMENTçRIOS: O STJ e o STF entendem que a denœncia an™nima pode servir
de fundamento para que sejam realizadas INVESTIGA‚ÍES PRELIMINARES, de
forma a confirmar a veracidade das informa•›es, o que legitimaria posterior
instaura•‹o de IP. Vejamos o entendimento do STF:
(...) Segundo precedentes do Supremo Tribunal Federal, nada impede a
deflagra•‹o da persecu•‹o penal pela chamada Ôdenœncia an™nimaÕ, desde
que esta seja seguida de dilig•ncias realizadas para averiguar os fatos nela
noticiados (86.082, rel. min. Ellen Gracie, DJe de 22.08.2008; 90.178, rel. min.
Cezar Peluso, DJe de 26.03.2010; e HC 95.244, rel. min. Dias Toffoli, DJe de
30.04.2010 Ð Informativo 755 do STF).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

61.! (FCC Ð 2014 Ð DPE-RS Ð DEFENSOR PòBLICO)


Jeremias foi preso em flagrante delito pelo cometimento do fato previsto
no art. 157, ¤ 2¼ , I e II, do C—digo Penal, e no mesmo dia decretada a
pris‹o preventiva com a leg’tima finalidade de garantir a ordem pœblica.
Com base nestes dados, sob pena de caracterizado o constrangimento
ilegal (CPP, art. 648, II), imp›e-se que o inquŽrito policial esteja
conclu’do no prazo m‡ximo de
a) 60 dias.
b) 10 dias.

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c) 05 dias.
d) 15 dias.
e) 30 dias.
COMENTçRIOS: Tendo o agente sido preso preventivamente, o prazo para a
conclus‹o do IP ser‡ de 10 dias, nos termos do art. 10 do CPP:
Art. 10. O inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido
preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hip—tese, a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de 30
dias, quando estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

62.! (FCC Ð 2014 Ð METRï-SP Ð ADVOGADO)


A respeito do inquŽrito policial, considere:
I. O requerimento do ofendido ou de quem tenha qualidade para
represent‡-lo s— ser‡ apto para a instaura•‹o de inquŽrito policial se dele
constar a individualiza•‹o do autor da infra•‹o.
II. A requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico torna obrigat—ria a instaura•‹o do
inquŽrito pela autoridade policial.
III. Se o Delegado de Pol’cia verificar, no curso das investiga•›es, que o
indiciado Ž inocente, dever‡ determinar o arquivamento do inquŽrito.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.
COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: A v’tima n‹o necessita individualizar o autor da infra•‹o penal,
bastando que narre o fato de forma que este (o fato) possa ser minimamente
individualizado e possa ser iniciada a persecu•‹o penal.
II Ð CORRETA: De fato, a Doutrina entende que a utiliza•‹o do termo Òrequisi•‹oÓ
pelo CPP indica a OBRIGATORIEDADE de a autoridade policial instaurar o IP
nestes casos.
III Ð ERRADA: Em hip—tese alguma a autoridade policial poder‡ mandar arquivar
autos de IP, nos termos do art. 17 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

63.! (FCC -2011 Ð TRE/AP Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
No que concerne ao InquŽrito Policial, de acordo com o C—digo de
Processo Penal, Ž correto afirmar que:

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A) Do despacho que indeferir o requerimento do ofendido de abertura de


inquŽrito caber‡ recurso administrativo ao Juiz Corregedor da Comarca.
ERRADA: Nos termos do art. 5, ¤ 2¡ do CPP, caber‡ recurso para o chefe de
Pol’cia, n‹o para o Juiz-Corregedor.
B) Para verificar a possibilidade de haver a infra•‹o sido praticada de
determinado modo, a autoridade policial poder‡ proceder ˆ reprodu•‹o
simulada dos fatos, ainda que esta contrarie a moralidade ou a ordem
pœblica.
ERRADA: A reprodu•‹o simulada (reconstitui•‹o dos fatos) s— pode ser realizada
caso n‹o contraria a moralidade e a ordem pœblica, nos termos do art. 7¡ do CPP.
C) O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de
representa•‹o, n‹o poder‡ sem ela ser iniciado.
CORRETA: A representa•‹o Ž condi•‹o de procedibilidade para a instaura•‹o do
InquŽrito Policial, que n‹o pode ser instaurado sem sua exist•ncia quando se
tratar de crime de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o, nos termos
do art. 5¡, ¤ 4¡ do CPP: ¤ 4o O inquŽrito, nos crimes em que a a•‹o pœblica
depender de representa•‹o, n‹o poder‡ sem ela ser iniciado.
D) A autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito em
situa•›es excepcionais previstas em lei.
ERRADA: A autoridade policial nunca poder‡ mandar arquivar autos de IP, pois
o titular da a•‹o penal Ž, em regra o MP, cabendo a ele requerer o arquivamento
ao Juiz.
E) A incomunicabilidade do indiciado depender‡ sempre de despacho nos
autos e somente ser‡ permitida quando o interesse da sociedade ou a
conveni•ncia da investiga•‹o o exigir.
ERRADA: Esta Ž a reda•‹o literal do art. 21 do CPP. Desta forma, esta alternativa
tambŽm estaria correta. No entanto, o instituto da incomunicabilidade Ž bastante
criticado, principalmente ap—s o advento da Constitui•‹o de 1988. Isso porque a
Constitui•‹o pro’be a incomunicabilidade atŽ mesmo no estado de defesa, de
forma que a Doutrina entende que, se nessa Žpoca de exce•‹o que Ž o estado de
defesa n‹o se admite a incomunicabilidade, com muito mais raz‹o n‹o se deve
admitir esse resqu’cio da ditadura em tempos ordin‡rios. Vejamos o art. 136,
¤3¼, IV da CRFB/ 88:
Art. 136. O Presidente da Repœblica pode, ouvidos o Conselho da Repœblica e o
Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou
prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pœblica ou a
paz social amea•adas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por
calamidades de grandes propor•›es na natureza.
(...)
¤ 3¼ - Na vig•ncia do estado de defesa:
(...)
IV - Ž vedada a incomunicabilidade do preso.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

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64.! (FCC Ð 2011 Ð TRT 1 RG Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð SEGURAN‚A)


A notitia criminis:
A) Ž a divulga•‹o pela imprensa da ocorr•ncia de um fato criminoso.
ERRADA: ƒ o conhecimento da ocorr•ncia de um fato criminoso pela autoridade
policial, por qualquer meio, n‹o necessariamente pela imprensa.
B) pode chegar ao conhecimento da autoridade policial atravŽs da pris‹o
em flagrante.
CORRETA: A pris‹o em flagrante do autor do delito Ž uma das formas pela qual
a autoridade policial toma conhecimento da pr‡tica de uma infra•‹o penal. Assim,
a alternativa est‡ correta.
C) torna obrigat—ria a instaura•‹o de inquŽrito policial para apura•‹o do
fato delituoso.
ERRADA: Quando surge a notitia criminis a autoridade policial, em se tratando
de crime de a•‹o penal pœblica incondicionada, poder‡ instaurar o IP, desde que
verifique que existem ind’cios m’nimos da materialidade do delito. Contudo, n‹o
h‡ obrigatoriedade de instaura•‹o, pois Ž poss’vel que n‹o haja qualquer ind’cio
da ocorr•ncia do delito.
D) implica sempre no indiciamento de quem foi indicado como prov‡vel
autor da infra•‹o penal.
ERRADA: O indiciamento Ž o ato mediante o qual a autoridade policial
individualiza o processo investigat—rio, delimitando quem efetivamente Ž
considerado como suspeito de ter praticado o crime. ƒ o direcionamento da
investiga•‹o, e n‹o necessariamente tem de ocorrer sobre a pessoa
supostamente autora do delito quando da instaura•‹o do IP, pois no curso das
investiga•›es pode-se ter conhecimento de que outra pessoa Ž que Ž a prov‡vel
autora do delito.
E) Ž a comunica•‹o formal ou an™nima da pr‡tica de um crime levada ˆ
imprensa falada, televisada ou escrita.
ERRADA: Como vimos, a notitia criminis Ž o fen™meno pelo qual a autoridade
policial toma conhecimento da poss’vel pr‡tica de fato criminoso, e pode se dar
por qualquer meio, n‹o necessariamente pela imprensa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

65.! (FCC Ð 2011 Ð TRT 1 RG Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð SEGURAN‚A)


A respeito do inquŽrito policial, considere:
I. N‹o Ž processo, mas procedimento informativo destinado a reunir os
elementos necess‡rios ˆ apura•‹o da pr‡tica de uma infra•‹o penal e da
respectiva autoria.
CORRETA: Como vimos, o IP Ž procedimento informativo, ou seja, n‹o tem
natureza processual, tampouco acusat—ria, pois Ž destinado unicamente a reunir
elementos que permitam ao titular da a•‹o penal ajuiz‡-la (oferecer denœncia ou
queixa);

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II. A autoridade policial n‹o tem atribui•›es discricion‡rias, dependendo


a execu•‹o de cada ato de prŽvia autoriza•‹o do Poder Judici‡rio.
ERRADA: A autoridade policial atua de maneira discricion‡ria, ou seja, pode
determinar a realiza•‹o das dilig•ncias que entender sejam mais adequadas a
cada tipo de investiga•‹o, sem que haja necessidade de autoriza•‹o do Poder
Judici‡rio.
III. Em decorr•ncia do princ’pio da transpar•ncia dos atos
administrativos, a autoridade policial n‹o poder‡ determinar que tramite
em sigilo, ainda que necess‡rio ˆ elucida•‹o do fato.
ERRADA: Por for•a do art. 20 do CPP, o sigilo Ž inerente ao IP. Entretanto, com
rela•‹o aos envolvidos (investigado, v’tima, etc.), esse sigilo Ž mitigado, devendo
estar presente somente naqueles casos em que seja imprescind’vel ao sucesso
da investiga•‹o.
IV. A autoridade policial n‹o tem atribui•›es discricion‡rias, dependendo
a execu•‹o de cada ato de prŽvia autoriza•‹o do MinistŽrio Pœblico.
ERRADA: A autoridade policial atua de maneira discricion‡ria, ou seja, pode
determinar a realiza•‹o das dilig•ncias que entender sejam mais adequadas a
cada tipo de investiga•‹o, sem que haja necessidade de autoriza•‹o do MinistŽrio
Pœblico.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em:
A) I.
B) I, II e III.
C) III e IV.
D) I e II.
E) IV.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

66.! (FCC Ð 2011 Ð TER/RN Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
O inquŽrito policial
A) n‹o pode correr em sigilo, devendo ser submetido ˆ publicidade que
rege o processo penal.
ERRADA: O sigilo Ž inerente ˆ natureza do IP, e deve ser preservado, nos limites
legais, de forma a n‹o ser imposto sem ressalvas aos interessados no IP, nos
termos do art. 20 do IP.
B) n‹o pode ser instaurado por requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico.
ERRADA: Uma das hip—teses de instaura•‹o do IP Ž a requisi•‹o formulada pelo
MP, nos termos do art. 5¡, II do CPP;
C) n‹o pode ser arquivado pela autoridade policial, mesmo se forem
insuficientes as provas da autoria do delito.
CORRETA: Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial nunca poder‡
mandar arquivar os autos do IP, posto que o titular da a•‹o penal Ž, em regra, o

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MP (pode ser o ofendido tambŽm). Quem determina o arquivamento do IP Ž o


Juiz, mas o requerimento deve ser feito pelo MP (quando este for o titular da
A•‹o Penal);
D) Ž um procedimento que, pela sua natureza, n‹o permite ao indiciado
requerer qualquer dilig•ncia.
ERRADA: Mesmo n‹o se adotando no bojo do IP a garantia do contradit—rio e da
ampla defesa, dada sua natureza prŽ-processual e meramente informativa (n‹o
pode gerar puni•‹o ao investigado), o investigado ou indiciado poder‡ requerer
a realiza•‹o de dilig•ncias, que ser‹o deferidas ou n‹o pela autoridade policial,
nos termos do art. 14 do CPP.
E) ser‡ encaminhado ao ju’zo competente desacompanhado dos
instrumentos do crime, que ser‹o destru’dos na delegacia de origem.
ERRADA: Os instrumentos do crime ser‹o encaminhados ao Juiz juntamente com
os autos do IP, nos termos do art. 11 do CPP: Art. 11. Os instrumentos do crime,
bem como os objetos que interessarem ˆ prova, acompanhar‹o os autos do
inquŽrito.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

67.! (FCC Ð 2010 Ð METRï/SP Ð ADVOGADO)


O inquŽrito policial:
A) nos crimes em que a a•‹o pœblica depender de representa•‹o, poder‡
ser sem ela ser instaurado, pois o ofendido poder‡ oferec•-la em ju’zo.
ERRADA: Pois a representa•‹o Ž condi•‹o de procedibilidade n‹o s— para o
oferecimento da denœncia, mas tambŽm para a instaura•‹o do IP nos crimes de
a•‹o penal pœblica condicionada, nos termos do art. 5¡, ¤ 4¡ do CPP;
B) poder‡ ser arquivado pela autoridade policial, quando, no curso das
investiga•›es, ficar demonstrada a inexist•ncia de crime.
ERRADA: Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial nunca poder‡
mandar arquivar os autos do IP, posto que o titular da a•‹o penal Ž, em regra, o
MP (pode ser o ofendido tambŽm). Quem determina o arquivamento do IP Ž o
Juiz, mas o requerimento deve ser feito pelo MP (quando este for o titular da
A•‹o Penal);
C) somente poder‡ ser instaurado, nos crimes de a•‹o penal privada, a
requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.
CORRETA: Esta Ž a reda•‹o do art. 5¡, ¤ 5¡ do CPP;
D) poder‡ ser instaurado, nos crimes de a•‹o pœblica, somente mediante
requerimento escrito do ofendido ou de quem tenha qualidade para
represent‡-lo.
ERRADA: Embora esta seja uma das hip—teses, n‹o Ž a œnica, pois o IP tambŽm
poder‡, nestes casos, ser instaurado de of’cio, por requisi•‹o do MP ou do Juiz,
ou, ainda, em virtude de pris‹o em flagrante, nos termos do art. 5¡, I e II do
CPP;

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E) Ž indispens‡vel para a instaura•‹o da a•‹o penal pœblica pelo


MinistŽrio Pœblico.
ERRADA: Como vimos, o IP tem natureza informativa, e uma de suas
caracter’sticas Ž a dispensabilidade. Assim, caso o MP j‡ possua os elementos de
convic•‹o necess‡rios ao oferecimento da denœncia, poder‡ dispensar o IP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

68.! (FCC Ð 2013 Ð MPE-SE Ð ANALISTA-DIREITO)


Em rela•‹o ao inquŽrito policial,
a) o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer
qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.
b) nos crimes de a•‹o penal de iniciativa pœblica, somente pode ser
iniciado de of’cio.
c) a autoridade policial poder‡ mandar arquivar os autos de inquŽrito
policial em caso de evidente atipicidade da conduta investigada.
d) se o indiciado estiver preso em flagrante, o inquŽrito policial dever‡
terminar no prazo m‡ximo de cinco dias, salvo disposi•‹o em contr‡rio.
e) Ž indispens‡vel ˆ propositura da a•‹o penal de iniciativa pœblica.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA: O item est‡ correto, eis que representa o que disp›e o art. 14 do
CPP:
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer
qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.
Lembrando que o exame de corpo de delito n‹o pode ser negado.
B) ERRADA: O item est‡ errado. Nestes crimes o IP pode ser iniciado de of’cio,
por requerimento da v’tima ou por requisi•‹o do Juiz ou do MP, conforme art. 5¼,
I e II do CPP;
C) ERRADA: A autoridade policial NUNCA poder‡ mandar arquivar autos de IP,
conforme prev• o art. 17 do CPP;
D) ERRADA: Se o indiciado estiver preso o IP deve terminar em 10 dias,
improrrog‡veis, conforme prev• o art. 10 do CPP;
E) ERRADA: O item est‡ errado, eis que IP Ž DISPENSçVEL, pois sua finalidade Ž
angariar prova da materialidade e ind’cios da autoria do delito. Se o titular da
a•‹o penal j‡ disp›e destes elementos, o IP n‹o precisa ser instaurado.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETTRA A.

69.! (FCC Ð 2008 Ð PGM-SP Ð PROCURADOR)


O inquŽrito policial
a) tem rito pr—prio.
b) interrompe o prazo para o oferecimento da queixa nos crimes de a•‹o
privada.

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c) Ž pass’vel de trancamento por meio de habeas corpus quando o fato


investigado for at’pico.
d) obedece ao contradit—rio.
e) Ž indispens‡vel para a propositura da a•‹o penal
COMENTçRIOS: O inquŽrito policial n‹o possui um rito pr—prio, devendo ser
conduzido pela Autoridade Policial da forma que entender mais produtiva para o
esclarecimento dos fatos.
Por ser DISPENSçVEL ˆ propositura da a•‹o penal, a instaura•‹o do IP n‹o
interrompe o prazo decadencial para oferecimento da queixa, nos crimes de a•‹o
privada.
O IP, por ser um procedimento investigat—rio, de car‡ter administrativo, n‹o
obedece ao contradit—rio, atŽ porque n‹o h‡ acusa•‹o, mas apenas investiga•‹o.
Contudo, o STF e o STJ admitem a utiliza•‹o do HC para trancar o andamento do
IP quando o fato for at’pico (e tambŽm em alguns outros casos). Vejamos:
HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. ALEGADA FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A
INSTAURA‚ÌO DE INQUƒRITO POLICIAL. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO E
VALORA‚ÌO DE PROVAS. INVIABILIDADE DE ANçLISE DA TESE NA VIA ELEITA.
1. O trancamento de inquŽrito policial ou de a•‹o penal em sede de habeas corpus Ž
medida excepcional, s— admitida quando restar provada, inequivocamente, sem a
necessidade de exame valorativo do conjunto f‡tico ou probat—rio, a atipicidade da
conduta, a ocorr•ncia de causa extintiva da punibilidade, ou, ainda, a aus•ncia de
ind’cios de autoria ou de prova da materialidade do delito.
(...)
(RHC 30.872/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em
26/06/2012, DJe 01/08/2012)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

70.! (FCC Ð 2011 Ð TRF 1 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Arquivado o inquŽrito policial por despacho do juiz, a requerimento do
MinistŽrio Pœblico, a a•‹o penal
a) s— poder‡ ser instaurada com base em novas provas.
b) s— poder‡ ser instaurada se o pedido de arquivamento do MinistŽrio
Pœblico tiver se baseado em prova falsa.
c) n‹o poder‡ mais ser instaurada por ter se exaurido a atividade de
acusa•‹o.
d) n‹o poder‡ mais ser instaurada, pois implicaria revis‹o prejudicial ao
acusado.
e) s— poder‡ ser instaurada se houver requisi•‹o do Procurador-Geral de
Justi•a.
COMENTçRIOS: Nos termos do art.18 do CPP, arquivado o IP por falta de base
para a denœncia, a autoridade policial somente poder‡ proceder a novas
pesquisas se tiver not’cia de PROVAS NOVAS. Sendo esta a condi•‹o para a
reabertura do IP, quando j‡ arquivado pelo Juiz, da mesma forma s— se admitir‡
a propositura da a•‹o penal nestas condi•›es. Vejamos:

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Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade judici‡ria,
por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a novas
pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

71.! (FCC Ð 2011 Ð TRF 1 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


O inquŽrito policial
a) poder‡ ser arquivado por determina•‹o da autoridade policial, desde
que atravŽs de despacho fundamentado.
b) pode ser presidido pelo escriv‹o de pol’cia, desde que as dilig•ncias
realizadas sejam acompanhadas pelo MinistŽrio Pœblico.
c) n‹o exige forma especial, Ž inquisitivo e pode n‹o ser escrito, em
decorr•ncia do princ’pio da oralidade.
d) ser‡ remetido a ju’zo sem os instrumentos do crime, os quais ser‹o
devolvidos ao indiciado.
e) n‹o Ž obrigat—rio para instruir a a•‹o penal pœblica que poder‡ ser
instaurada com base em pe•as de informa•‹o.
COMENTçRIOS: O IP Ž um procedimento de natureza administrativa, de forma
necessariamente ESCRITA (art. 9¼ do CPP), presidido pela autoridade policial,
que n‹o poder‡ arquiv‡-lo (art. 17 do CPP).
Ao final do IP, seus autos ser‹o remetidos ao Juiz com os instrumentos do crime,
nos termos do art. 11 do CPP.
Embora seja de grande import‰ncia na maioria das vezes, o IP Ž um procedimento
DISPENSçVEL, ou seja, a a•‹o penal pode ser ajuizada com base em outros
elementos de convic•‹o, como as pe•as de informa•‹o.
Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

72.! (FCC Ð 2010 Ð TJ-PI Ð ASSESSOR JURêDICO)


Segundo o estabelecido no C—digo de Processo Penal, no curso do
inquŽrito policial,
a) por se tratar de pe•a informativa, n‹o Ž permitido ao indiciado
requerer dilig•ncia.
b) o ofendido n‹o poder‡ requerer dilig•ncia, muito embora possa
solicitar a instaura•‹o de inquŽrito policial.
c) o ofendido e o indiciado poder‹o requerer dilig•ncia.
d) o indiciado n‹o poder‡ requerer dilig•ncia, medida reservada apenas
para o ofendido.
e) somente o ofendido habilitado como assistente do MinistŽrio Pœblico
poder‡ requerer dilig•ncia.
COMENTçRIOS: Tanto o ofendido quanto o indiciado poder‹o requerer
dilig•ncias, que ser‹o deferidas ou n‹o pela autoridade policial, nos termos do
art. 14 do CPP:

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Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer
qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

73.! (FCC Ð 2010 Ð TRF 4 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Se o acusado estiver preso preventivamente o inquŽrito policial dever‡
terminar dentro do prazo de
a) 30 dias, contado o prazo a partir da data da instaura•‹o do inquŽrito
pela Autoridade Policial.
b) 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem
de pris‹o.
c) 10 dias, contado o prazo a partir da data da instaura•‹o do inquŽrito
policial pela Autoridade Policial.
d) 30 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem
de pris‹o.
e) 15 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar a ordem
de pris‹o.
COMENTçRIOS: O prazo para a conclus‹o do IP, no caso de estar o indiciado
preso preventivamente, Ž de 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se
executar a ordem de pris‹o. Vejamos:
Art. 10. O inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hip—tese, a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de 30
dias, quando estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

74.! (FCC Ð 2011 Ð TRF 1 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Arquivado o inquŽrito policial por despacho do juiz, a requerimento do
MinistŽrio Pœblico, a a•‹o penal
a) s— poder‡ ser instaurada com base em novas provas.
b) s— poder‡ ser instaurada se o pedido de arquivamento do MinistŽrio
Pœblico tiver se baseado em prova falsa.
c) n‹o poder‡ mais ser instaurada por ter se exaurido a atividade de
acusa•‹o.
d) n‹o poder‡ mais ser instaurada, pois implicaria revis‹o prejudicial ao
acusado.
e) s— poder‡ ser instaurada se houver requisi•‹o do Procurador-Geral de
Justi•a.
COMENTçRIOS: O CPP estabelece que, neste caso, o IP somente poder‡ ser
retomado se houver not’cia de prova nova. Vejamos:
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquŽrito pela autoridade
judici‡ria, por falta de base para a denœncia, a autoridade policial poder‡ proceder a
novas pesquisas, se de outras provas tiver not’cia.

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Contudo, a sœmula 524 do STF Ž mais espec’fica, direcionando-se ao pr—prio


ajuizamento da a•‹o penal:
Sœmula 524 do STF: "arquivado o IP por despacho do Juiz, a requerimento do
promotor de justi•a, n‹o pode a a•‹o penal ser iniciada sem novas provas".
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

75.! (FCC Ð 2011 Ð TJ-AP Ð TITULAR NOTARIAL)


Nos crimes de a•‹o exclusivamente privada, o inquŽrito policial dever‡
ser instaurado
a) a requerimento escrito de qualquer pessoa que tiver conhecimento do
fato.
b) pela autoridade policial, de of’cio.
c) a requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.
d) atravŽs de requisi•‹o do Ministro da Justi•a.
e) a requerimento verbal de qualquer pessoa que tiver conhecimento do
fato.
COMENTçRIOS: O inquŽrito policial, neste caso, somente poder‡ ser instaurado
a requerimento de quem tenha qualidade para ajuizar a a•‹o penal privada.
Vejamos:
Art. 5¼ (...)
¤ 5o Nos crimes de a•‹o privada, a autoridade policial somente poder‡ proceder a
inquŽrito a requerimento de quem tenha qualidade para intent‡-la.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

76.! (FCC Ð 2012 Ð MPE-PE Ð ANALISTA)


Instaurado o inquŽrito policial por crime de a•‹o penal pœblica, a
autoridade policial formulou pedido de prazo para a sua conclus‹o. O
juiz, no entanto, entendendo que n‹o h‡ prova suficiente da autoria, a
requerimento do indiciado, determinou o arquivamento dos autos. Nesse
caso, o juiz
a) s— poderia ordenar o arquivamento se houvesse requerimento do
MinistŽrio Pœblico nesse sentido.
b) s— poderia ordenar o arquivamento antes do encerramento do
inquŽrito se houvesse representa•‹o da autoridade policial nesse
sentido.
c) poderia mandar arquivar o inquŽrito independentemente do
assentimento do MinistŽrio Pœblico e da autoridade policial.
d) s— poderia ordenar o arquivamento se o crime fosse de a•‹o penal
privada.
e) s— poderia ordenar o arquivamento se o crime fosse de a•‹o penal
pœblica condicionada ˆ representa•‹o do ofendido.

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COMENTçRIOS: Neste caso, o magistrado s— poderia ordenar o arquivamento


se houvesse requerimento do MinistŽrio Pœblico nesse sentido, pois o MP Ž o
titular da a•‹o penal pœblica. Vejamos o art. 28 do CPP:
Art. 28. Se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia, requerer
o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de informa•‹o, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas, far‡ remessa do inquŽrito ou
pe•as de informa•‹o ao procurador-geral, e este oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro
—rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento,
ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz obrigado a atender.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

77.! (FCC Ð 2012 Ð TRF2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Na din‰mica do inquŽrito policial NÌO se inclui
a) o reconhecimento de pessoas e coisas.
b) as acarea•›es.
c) o pedido de pris‹o tempor‡ria.
d) a apreens‹o dos objetos que tiverem rela•‹o com o fato, ap—s
liberados pelos peritos criminais.
e) a apresenta•‹o, atravŽs de advogado, de defesa preliminar por parte
do indiciado.
COMENTçRIOS: N‹o h‡ que se falar, no bojo do inquŽrito policial, de defesa
preliminar, por aus•ncia de previs‹o legal, por uma raz‹o simples: No inquŽrito
n‹o h‡ acusa•‹o, logo, n‹o h‡ do que se defender.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

78.! (FCC Ð 2012 Ð TRF2 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


O inquŽrito policial
a) ser‡ presidido pelo escriv‹o, sob a orienta•‹o do Delegado de Pol’cia.
b) s— poder‡ ser iniciado atravŽs de requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico ou
do juiz.
c) ser‡ acompanhado, quando conclu’do e remetido ao f—rum, dos
instrumentos do crime, bem como dos objetos que interessarem ˆ prova.
d) poder‡ ser arquivado pela autoridade policial ou pelo MinistŽrio
Pœblico quando o fato n‹o constituir crime.
e) Ž indispens‡vel para o oferecimento da denœncia, n‹o podendo o
MinistŽrio Pœblico dispens‡-lo.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O IP Ž presidido pela autoridade policial, que Ž o Delegado de Pol’cia,
e n‹o o escriv‹o.
B) ERRADO: O IP pode ser iniciado, ainda, de of’cio, a requerimento da v’tima
(ou seus sucessores) ou por requisi•‹o do Ministro da Justi•a, cada uma das
formas em casos espec’ficos.

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C) CORRETA: Trata-se da previs‹o contida no art. 11 do CPP:


Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem ˆ
prova, acompanhar‹o os autos do inquŽrito.
D) ERRADA: O item est‡ errado, pois a autoridade policial NUNCA poder‡ mandar
arquivar autos do IP. Vejamos:
Art. 17. A autoridade policial n‹o poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
E) ERRADA: O item est‡ errado, pois uma das caracter’sticas do IP Ž a
dispensabilidade, ou seja, o titular da a•‹o penal poder‡ ajuiz‡-la
independentemente do IP, que tem a œnica finalidade de angariar elementos de
prova. Se estes j‡ existirem, nada impede que o titular dispense o IP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

79.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-RJ Ð COMISSçRIO DA INFåNCIA E JUVENTUDE)


Em rela•‹o ao inquŽrito policial, Ž correto afirmar que
a) a autoridade policial poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
b) o ofendido poder‡ requerer qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou
n‹o, a ju’zo da autoridade.
c) poder‡ ser iniciado, por requerimento do MinistŽrio Pœblico, nos
crimes de a•‹o penal privada.
d) dever‡ ser encerrado em cinco dias, estando o indiciado preso.
e) n‹o pode ser iniciado de of’cio, mesmo nos crimes de a•‹o penal
pœblica incondicionada.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O item est‡ errado, pois a autoridade policial NUNCA poder‡ mandar
arquivar autos do IP. Vejamos:
Art. 17. A autoridade policial n‹o poder‡ mandar arquivar autos de inquŽrito.
B) CORRETA: Tanto o ofendido quanto o indiciado poder‹o requerer dilig•ncias,
que ser‹o realizadas ou n‹o a critŽrio da autoridade policial:
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poder‹o requerer
qualquer dilig•ncia, que ser‡ realizada, ou n‹o, a ju’zo da autoridade.
C) ERRADA: Item errado, pois, neste caso, depende de requerimento de quem
tenha qualidade para ajuizar a a•‹o penal, nos termos do art. 5¼, ¤5¼ do CPP.
D) ERRADA: No caso de indiciado preso o IP dever‡ ser encerrado em 10 dias,
por for•a do art. 10 do CPP.
E) ERRADA: Nestes crimes o IP pode ser iniciado de of’cio, nos termos do art. 5¼,
I do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

80.! (FCC Ð 2012 Ð TRE-PR Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


O inquŽrito policial

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D. PROCESSUAL PENAL PARA PC-SP 2018 (PîS-EDITAL) Ð INVESTIGADOR
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a) poder‡ ser instaurado mesmo se n‹o houver nenhuma suspeita


quanto ˆ autoria do delito.
b) n‹o poder‡ ser instaurado por requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico.
c) s— poder‡ ser instaurado para apurar crimes de a•‹o pœblica.
d) pode ser arquivado pelo Delegado Geral de Pol’cia.
e) poder‡ ser iniciado nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada sem
a representa•‹o do ofendido.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA: N‹o Ž necess‡rio qualquer ind’cio de autoria para que o IP seja
instaurado, bastando que haja ind’cios da materialidade (exist•ncia) do delito.
B) ERRADA: Item errado, pois o IP pode ser instaurado por requisi•‹o do MP, nos
termos do art. 5¼, II do CPP.
C) ERRADA: Item errado, pois o IP pode ser instaurado para apurar quaisquer
crimes, seja de a•‹o penal pœblica ou privada.
D) ERRADA: Item errado, pois a autoridade policial nunca poder‡ mandar
arquivar autos de IP, por for•a do art. 17 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois nestes crimes a representa•‹o da v’tima Ž condi•‹o
para a instaura•‹o do IP, nos termos do art. 5¼, ¤4¼ do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

81.! (FCC Ð 2012 Ð TRE-PR Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


O inquŽrito policial, em regra, dever‡ terminar no prazo
a) estabelecido pela autoridade policial, tendo em vista a complexidade
das investiga•›es.
b) de 10 dias, se o indiciado estiver preso preventivamente ou em
flagrante.
c) de 20 dias, se o indiciado estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
d) de 30 dias, se o indiciado estiver preso preventivamente ou em
flagrante.
e) de 60 dias, se o indiciado estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
COMENTçRIOS: O IP dever‡ ser encerrado em 30 dias, no caso de indiciado
solto, ou em 10 dias, caso o indiciado esteja preso. Vejamos:
Art. 10. O inquŽrito dever‡ terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido
preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hip—tese, a partir do dia em que se executar a ordem de pris‹o, ou no prazo de 30
dias, quando estiver solto, mediante fian•a ou sem ela.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

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7! GABARITO

1.! ALTERNATIVA E
2.! ALTERNATIVA A
3.! ALTERNATIVA E
4.! ALTERNATIVA C
5.! ALTERNATIVA C
6.! ALTERNATIVA D
7.! ALTERNATIVA E
8.! ALTERNATIVA B
9.! ALTERNATIVA D
10.! ALTERNATIVA D
11.! ALTERNATIVA C
12.! ALTERNATIVA A
13.! ALTERNATIVA E
14.! ALTERNATIVA D
15.! ALTERNATIVA B
16.! ALTERNATIVA D
17.! ALTERNATIVA A
18.! ALTERNATIVA E
19.! ALTERNATIVA A
20.! ALTERNATIVA B
21.! ALTERNATIVA C
22.! ALTERNATIVA D
23.! ALTERNATIVA C
24.! ALTERNATIVA B
25.! ALTERNATIVA E
26.! ALTERNATIVA B
27.! ALTERNATIVA D
28.! ALTERNATIVA C
29.! ALTERNATIVA A
30.! ALTERNATIVA D
31.! ALTERNATIVA C
32.! ALTERNATIVA D
33.! ALTERNATIVA E
34.! ALTERNATIVA C

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35.! ALTERNATIVA C
36.! ALTERNATIVA C
37.! ALTERNATIVA A
38.! ALTERNATIVA C
39.! ALTERNATIVA A
40.! ALTERNATIVA D
41.! ALTERNATIVA E
42.! ALTERNATIVA D
43.! ALTERNATIVA D
44.! ALTERNATIVA A
45.! ALTERNATIVA B
46.! ALTERNATIVA C
47.! ALTERNATIVA E
48.! ALTERNATIVA A
49.! ALTERNATIVA B
50.! ALTERNATIVA D
51.! ALTERNATIVA C
52.! ALTERNATIVA B
53.! ERRADA
54.! ALTERNATIVA E
55.! ALTERNATIVA C
56.! ALTERNATIVA B
57.! ALTERNATIVA D
58.! ALTERNATIVA E
59.! ALTERNATIVA C
60.! ALTERNATIVA C
61.! ALTERNATIVA B
62.! ALTERNATIVA D
63.! ALTERNATIVA C
64.! ALTERNATIVA B
65.! ALTERNATIVA A
66.! ALTERNATIVA C
67.! ALTERNATIVA C
68.! ALTERNATIVA A
69.! ALTERNATIVA C
70.! ALTERNATIVA A
71.! ALTERNATIVA E

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72.! ALTERNATIVA C
73.! ALTERNATIVA B
74.! ALTERNATIVA A
75.! ALTERNATIVA C
76.! ALTERNATIVA A
77.! ALTERNATIVA E
78.! ALTERNATIVA C
79.! ALTERNATIVA B
80.! ALTERNATIVA A
81.! ALTERNATIVA B

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