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Saber que Deus é o chefe da

família
Libby Jones
Da edição de maio de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã
Publicado anteriormente como um original para a Internet em 12 de março de 2019.

Era uma vez uma velhinha,

Um sapato era sua casinha.

De seus filhos sabia bem cuidar.

Depois do banho lhes dava o jantar,

Beijava suas lindas cabecinhas,

Os ajudava todos a orar,

E eles iam direto para suas caminhas.

Lembro-me de ouvir essa história que minha mãe e minha avó contavam quando eu era

pequena. A versão da tradicional música infantil da Mamãe Ganso, modificada por minha avó e

minha mãe, falava de uma família onde havia muito amor e muitas bênçãos, em vez de parecer um

fardo pesado e uma luta. Eu gostava dessa versão porque me fazia sorrir, sabendo que o Amor

divino, Deus, era o chefe da família ― ou do sapato, por assim dizer!

Ao longo dos anos, quando me tornei mãe de sete filhos, que agora são jovens adultos, a simples

doçura desse poema infantil sempre me trazia uma mensagem reconfortante. Algo que faz lembrar

que os filhos de Deus (todos nós) são a expressão da Mente, do Princípio, do Espírito, da Vida, da

Verdade, da Alma e do Amor, ou seja, os sinônimos para Deus, como ensina a Ciência Cristã.

Recorrer vivamente a Deus em oração, com a expectativa de receber boas respostas, foi parte da

minha educação espiritual quando criança, mas precisei aprender a constantemente adotar essa

oração em minha vida, quando eu mesma me tornei mãe.

Tive muitas oportunidades de aprender novas maneiras de abrir meu pensamento à orientação de

Deus, de deixar de lado as expectativas limitadas e crescer em minha compreensão espiritual, à

medida que orava por um conhecimento mais profundo da relação do homem com Deus.
Quando nossos filhos eram pequenos, muita gente com frequência perguntava a mim e a meu

marido como era ter uma família grande. É compreensível que algumas pessoas começassem

imediatamente a pensar na logística de administrar uma casa para nove pessoas. Então diziam:

“Imagine, quanta roupa para lavar! Não posso nem sequer pensar nisso!” E eu respondia: “Não fique

sobrecarregada com o que acontece comigo”. Essa era uma piada divertida, mas tinha um

significado espiritual mais profundo. Significava que não precisavam presumir que eu levava um

fardo pesado e que minha vida era uma luta. Eu estava trabalhando com Deus ― ouvindo

atentamente o Amor divino e provando, passo a passo, que Deus é também meu Pai, e estava

cuidando de mim.

Quando as crianças eram pequenas, tínhamos uma agenda muito cheia, mas sempre declarávamos

que a atividade correta é governada por Deus, o bem. Tendo esse lema como nosso ponto de

partida, podíamos encarar o tema de lugar e tempo, oferta e procura, como oportunidades de ver o

bem revelado, e não como limitações. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary

Baker Eddy, o leitor encontra este trecho, como parte da definição espiritual da palavra dia:“Os

objetos do tempo e dos sentidos desaparecem na iluminação da compreensão espiritual, e a Mente

mede o tempo de acordo com o bem que se desdobra. Esse desdobramento é o dia de Deus, e ‘já

não haverá noite’ ” (p. 584).

Nosso objetivo a cada dia era fazer o bem ― ser obedientes ao que Deus estava nos pedindo para

fazer e, como resultado, abençoar e sermos abençoados. Então eu afirmava que o medo, a

carência, a frustração, a exaustão, as opiniões humanas conflitantes etc., não podiam nos fazer sair

da rocha da Verdade. Vivíamos cada dia no “dia de Deus” e não podíamos sofrer como resultado de

fazer o bem.

Sou muito grata pelo forte apoio metafísico que meu marido sempre deu à família e por

trabalharmos juntos como estudantes da Ciência Cristã. Mesmo assim, é importante mencionar que

cada pessoa, individualmente, demonstra sua própria relação com Deus, o Pai-Mãe. Isso significa

que posso ir imediatamente a Deus quando preciso de respostas. É uma amizade confiável, que

está sempre exatamente onde eu estou, dia e noite. Eu tenho de ouvir com humildade, tirar meu

senso de ego do caminho, ... e então ser obediente à orientação de Deus.


Recorrer a Deus como nosso Pai-Mãe Deus e amigo ― deixar o Amor nos guiar e sempre começar

com a expectativa de que temos tudo o que precisamos exatamente aqui e exatamente agora ― foi

a pedra fundamental para nossa família. Ciência e Saúdediz assim: “A metafísica explica que as

coisas são pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas ideias da Alma” (p. 269). Nossa

vida teve como base um fundamento espiritual que é amplo e profundo. Ao longo dos anos, tivemos

muitos desafios, mas, sabendo que o Amor divino estava no comando, vivenciamos muitas curas.

Um desses desafios foi durante um fim de semana em que viajamos todos de carro, a um local que

ficava umas cinco horas de distância da nossa cidade, para participar de uma grande reunião de

família. Um de nossos filhos pequeninos começou a se sentir mal no caminho e precisou de

cuidados constantes durante a viagem. Havíamos partido ao anoitecer e chegamos à casa de um

parente por volta da meia-noite. Depois que meu marido e eu pegamos as crianças e seus

pertences, descarregamos a bagagem e todos se acomodaram em suas camas, eu me aconcheguei

junto ao nosso pequenino. Ele dormiu pacificamente, acordando de vez em quando apenas por

alguns momentos e depois ficava quietinho e voltava a adormecer.

Fiquei acordada a maior parte da noite, cantando hinos do Hinário da Ciência Cristã e lendo a Lição

Bíblica semanal do Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Quando o menino acordou por volta das 7

da manhã, estava completamente livre de todos os sintomas que havia tido no carro durante a

viagem. Com um grande sorriso no rosto, ele pulou da cama e foi brincar.

Ao longo dos anos, aprendi a voltar-me a Deus com profunda


humildade.
Quando me levantei para me preparar para o dia, percebi que estava me sentindo completamente

dominada pelos mesmos sintomas que o garotinho havia sentido. Pensei: eu também?! Nossa

viagem tinha como objetivo uma agradável visita familiar, e simplesmente não havia espaço para

doença ou desarmonia. Esse era um fim de semana para expressar amor, alegria, harmonia e

gratidão. Então fiz uma pausa e pensei comigo mesma: O que você esteve fazendo a noite toda?

Você esteve ministrando conforto. Você esteve expressando amor e cuidando com alegria de seu

filho ― um filho de Deus. E de onde provém esse conforto? Provém do meu Pai-Mãe

Deus. Meu Genitor divino.


Como reflexo do Amor divino, eu expressara o consolo e o conforto que provêm da fonte divina e eu

não podia ser adversamente atingida, de nenhuma maneira. Mantive firme minha posição e

mentalmente plantei minha bandeira de liberdade. O que era verdadeiro para o meu filhinho também

era verdadeiro para mim! E logo em seguida todos os sintomas desapareceram. Eu estava livre ―

completamente livre. Aquele reconhecimento mental da minha liberdade inata como filha de Deus

levou apenas alguns momentos. Eu sabia que Deus cuida de todos os Seus filhos por igual, e

afirmei que a Verdade abrange a todos nós. Eu me senti muito bem durante todo o fim de semana, e

grata por essa cura instantânea.

Algo importante para meu marido e para mim era ensinar nossos filhos a conhecer que sua relação

com seu Pai-Mãe Deus era tangível e estava sempre disponível. O conforto deles estava em Deus,

e Deus estava o tempo todo exatamente onde eles estavam; eles foram fortalecidos por esse

conceito. As maneiras simples de ensinar isso vinham das Lições Bíblicas, dos periódicos da

Ciência Cristã e do Hinário da Ciência Cristã.

A Bíblia foi uma fonte de força. Em 2 Coríntios lemos: “...aquele que semeia pouco pouco também

ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo

tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com

alegria” (9:6, 7). Às vezes, eu precisava que algo me fizesse lembrar que o Amor estava guiando

nossos dias, e que as coisas que não tínhamos vontade de fazer eram em realidade expressões de

algo muito maior. Por exemplo, limpar os banheiros, arrumar as camas, pôr ordem nos dormitórios,

lavar a roupa e dar comida aos animais de estimação eram expressões de amor, consideração,

ordem, limpeza, como também de todos os sete sinônimos para Deus que mencionei anteriormente.

Ser obediente ao bem, Deus, nos coloca na direção certa para a tarefa seguinte no correr do dia,

portanto é importante escolher o bem.

Quando havia discussões, indelicadezas, má vontade ou ingratidão, nossa família se reunia para

conversar sobre como lidar com esses problemas. As crianças aprenderam que o autogoverno é o

governo dirigido por Deus; que era importante reconhecer que o apego ao ego, a obstinação, a

ingratidão e a desonestidade não estão incluídos na natureza espiritual de cada um como filho de

Deus; que há alegria em escolher o desprendimento do ego, a compaixão, a gratidão e a

honestidade; e que a liberdade vem do reconhecimento de que refletimos a Deus, o Espírito. Os


desafios que se apresentavam a meu marido e a mim, como pais de família, eram momentos que

nós utilizávamos para realinhar nosso pensamento à obediência de Cristo.

Eu amo esta citação da Bíblia: “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne.

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir

fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e

levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10:3–5).

Ao longo dos anos, aprendi a voltar-me a Deus com profunda humildade. Continuo a ser grata por

poder enfrentar desafios com compreensão espiritual e confiança no Pai-Mãe Deus. Ficar livre da

tentação de sentir-se assoberbado ― pelo que você exige de si mesmo, ou pelo que outros exigem

― vem com o conhecimento de que o Amor divino lidera o caminho. Convido todos a se inspirarem

na Oração do Senhor e no significado espiritual dessa oração, conforme consta nas páginas 16 e 17

de Ciência e Saúde. Conheça a Deus como o Pai divino, saiba que “o Amor se reflete em amor”, e

que você e sua família estão no reino dos céus, onde reina a harmonia.

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