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A ÁGUIA BICÉFALA E OS SEUS SIGNIFICADOS

A águia de duas cabeças (águia bicéfala) é um importante símbolo dos


Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito. A sua figura faz parte dos
brasões do Grau 30 (Cavaleiro Kadosch), Grau 32 (Sublime Príncipe do
Real Segredo) e Grau 33 (Inspetor Geral do Rito).

Além de estar presente nos brasões desses importantes graus, a águia


bicéfala é a peça central do estandarte do Rito Escocês Antigo e Aceito.

A primeira referência histórica sobre a águia de duas cabeças é a do


pássaro encontrado num antigo brasão da cidade de Lagash, na região da
Suméria, atual Iraque, que existiu, possivelmente, há mais de quatro mil
anos.

Posteriormente, encontramos a águia de duas cabeças como símbolo em


estandartes, brasões ou bandeiras: no Império Bizantino, no Sacro
Império Romano Germânico, no Império Russo (a partir do século XV) e
nos emblemas da Sérvia, Montenegro e Toledo, entre outros povos.
De acordo com o livro História do Supremo Conselho do Grau 33 do
Brasil, do escritor e pesquisador Maçom KURT PROEBER: “a origem da
Águia Bicéfala como emblema dos Supremos Conselhos, surgiu pela
primeira vez em França em 1759 e foi usada pelo Conselho dos
Imperadores do Oriente e do Ocidente“.

O simbolismo da águia bicéfala é variado; contudo, a sua apresentação


descrita no Apêndice da Grande Constituição Escocesa de 1786, permite-
nos interpretar o seu significado. O Artigo I dessa Grande Constituição
estabelece que no centro do estandarte do Supremo Conselho haverá uma
águia com duas cabeças, com asas abertas pretas, bicos e pés de ouro,
segurando nas garras uma espada antiga, feita de ouro, da qual está
pendente uma fita com as palavras DEUS MEUMQUE JUS (Deus e o meu
direito), escritas em dourado. A águia deve ter acima das suas duas
cabeças, uma coroa de ouro.

A águia tem o significado histórico ligado ao poder imperial. Os exemplos


mais evidentes são: a águia adoptada como emblema pelo imperador
Carlos Magno, na Idade Média, e a águia adoptada como símbolo dos
exércitos do antigo Império Romano (L’Aquila Romana). Os exércitos
romanos desfilavam nas cidades conquistadas transportando à frente a
águia, como símbolo das suas legiões.
As duas cabeças, olhando simultaneamente para o lado direito e para o
lado esquerdo, têm como significado o alcance do poder imperial, que se
estende do Oriente ao Ocidente.

A coroa dourada é uma referência a Frederico II, rei da Prússia, monarca


europeu, considerado por alguns estudiosos como o primeiro Soberano
Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito.

A espada é um reconhecido símbolo da força de governar, ou seja, da


força consolidada pelo poder da espada (poder militar).

As asas abertas simbolizam, entre outros aspectos, o antigo papel da


águia como dominadora das alturas e de mitológica mensageira dos
deuses.
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(Fonte: Freemason)

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