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A. R. L. S. ASHLAR N.

o 4400
Fundada em 03 de junho de 2015
Federada ao GOB e Jurisdicionada ao GOB-PR

HISTÓRIA DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL

A história da Maçonaria Brasileira é indissociável da história do Grande


Oriente do Brasil - GOB, a Maçonaria Brasileira teve início em 1797, na cidade de
Salvador, Estado da Bahia, com a Loja Cavaleiros da Luz e posteriormente, em
1800, a loja União, no Rio de Janeiro (CASTELLANI, 1994).
O Grande Oriente do Brasil, foi fundado em 17 de junho de 1822, sendo a
maior potência maçônica da América Latina, engendrada a partir do desdobramento
da Loja Maçônica Commercio e Artes Nº 001 com data de gênese 15 de novembro
de 1815, surgiram as Lojas: União e Tranquilidade Nº 002 e Esperança de Nitcheróy
Nº 003. Na ata de fundação aparece registrado para que fosse fundado o “Grande
Oriente Brasílico”, assim era seu título à época da fundação (CASTELLANI, 1994,
p.21).
O Grande Oriente do Brasil surgiu com intensidade na campanha pela
independência do Brasil, nas palavras de Castellani (1994, p.20), “Criado nas asas
dos ideais emancipadores e libertários” - sendo os primeiros mandatários José
Bonifácio de Andrada e Silva, Ministro do Reino e de Estrangeiros e Joaquim
Gonçalves Ledo, Primeiro Vigilante, e na data de 04 de outubro de 1822, após a
declaração de Independência, o príncipe regente Dom Pedro I, o qual tinha nome
maçônico: Guatimozin, sucedeu a José Bonifácio, como Grão-Mestre do GOB.
Dom Pedro I, devido à instabilidade dos primeiros dias de nação bem como a
rivalidade política entre os grupos de José Bonifácio e de Gonçalves Ledo,
suspendeu os trabalhos do Grande Oriente do Brasil, retornando somente em
novembro de 1831 - após abdicação de Dom Pedro I em 07 de abril de 1831 - sob o
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título de Grande Oriente do Brasil, que desde então, nunca mais suspendeu suas
atividades (GOB, 2022).
Instalado no Rio de Janeiro, no Palácio Maçônico do Lavradio, em 1842, e
com lojas em praticamente toda a região, o Grande Oriente do Brasil, tornou-se
participante ativo em todas as grandes conquistas políticas e sociais do povo
brasileiro, atualmente é sediado em Brasília - possui como lema Novae, sed
antiquae – Novo, porém antigo (PROBER, 1986).
O Grande Oriente do Brasil registrou seu nome na história do Brasil, por meio
de homens em posições importantes, em diversos segmentos, como: jornalistas,
oficiais das forças armadas, exército, políticos e outras classes liberais. O Grande
Oriente do Brasil teve diversas atuações cívicas marcantes - campanha para
abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, como a Lei Euzébio de Queiroz 1,
que extinguia o tráfico de escravos, em 1850, e a Lei Visconde do Rio Branco 2 em
1871, que declarava livre as crianças nascidas de escravas (ASLAN, 1973).
Atuou na 1º Grande Guerra (1914 – 1918), que apoiava a entrada do Brasil no
conflito, por meio do Grão-Mestre, Almirante Veríssimo José da Costa, ao lado das
nações amigas, enviando contribuições financeiras à Maçonaria Francesa, destinada
ao socorro das vítimas (ASLAN, 1973).
Marechal Deodoro da Fonseca, que viria a ser Grão-Mestre do GOB, foi
imperativo na liderança das tropas do exército, na gênese da república, o GOB foi
decisivo na campanha republicana, evitando que o Brasil ficasse na mesma situação
das demais nações centro e sul-americanas, devido ao intenso trabalho maçônico
de divulgações dos ideais da república, nas Lojas e nos Clubes Republicanos,
espalhados por todo o país (ASLAN, 1973).
O Site do GOB (2021), enfatiza a importância do Grande Oriente do Brasil na
história do Brasil com muitas conquistas sociais e evolução política nacional:

1
Maçom graduado e Membro do Supremo Conselho do Grau 33.
2
Foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil.
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[...]período denominado República Velha, foi notória a


participação do Grande Oriente do Brasil na melhoria da
política nacional, através de vários presidentes Maçons, além
do Deodoro: Marechal Floriano Peixoto Moraes, Manoel Ferraz
de Campos Salles, Hermes da Fonseca, Nilo Peçanha,
Wenceslau Brás e Washington Luís Pereira de Souza[...]

Consoante Castellani (1994), em 1927, houve uma cisão, que originou as


Grandes Lojas Estaduais brasileiras, enfraquecendo, no momento, o Grande Oriente
do Brasil, que seguiu resolvendo questões nacionais, como: anistia para presos
políticos durante períodos de exceção, como estado de sítio, em alguns governos da
República, a luta pela redemocratização do país, que fora submetido, desde 1937, a
uma ditadura, trabalhando pela volta das eleições diretas depois de um longo
período de ditaduras.
Em 1983, investiu na juventude, criando sua máxima obra social: a Ação
Paramaçônica Juvenil, de âmbito nacional, destinada aos aperfeiçoamentos dos
jovens.
O Grande Oriente do Brasil (GOB, 2021), já possuiu 36 Grão-Mestres
diferentes em sua história, em ordem cronológica:

1º José Bonifácio de Andrada e Silva* (1822-1822);


2º Dom Pedro I (1822-1822);
3º José Bonifácio de Andrada e Silva* (1831-1837);
4º Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque (1837-1850);
5º Miguel Calmon Du Pin e Almeida (1850-1863);
6º Luís Alves de Lima e Silva – honorário – (1850-1863);
7º Bento da Silva Lisboa (1863-1864);
8º Joaquim Marcelino de Brito (1864-1871);
9º José Maria da Silva Paranhos (1871-1880) – Visconde do Rio Branco;
10º Francisco José Cardoso Júnior (1880-1885);
11º Luís Antônio Vieira da Silva (1885-1889);
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12º João Batista Gonçalves Campos (1889-1890);


13º Manuel Deodoro da Fonseca (1890-1892);
14º Antônio Joaquim de Macedo Soares (1892-1901);
15º Quintino Antônio Ferreira de Souza Bocaiúva (1901-1904);
16º Lauro Nina Sodré e Silva (1904-1916);
17º Francisco Glicério de Cerqueira Leite – interino (1905-1905);
18º Nilo Procópio Peçanha (1917-1919);
19º Mario Marinho de Carvalho Behring (1922-1925);
20º Vicente Saraiva de Carvalho Neiva (1925-1926);
21º João Severiano da Fonseca Hermes (1926-1927);
22º Octávio Kelly (1927-1933);
23º José Maria Moreira Guimarães (1933-1940);
24º Joaquim Rodrigues Neves (1940-1952);
25º Benjamin de Almeida Sodré (1953-1954);
26º Cyro Werneck De Souza e Silva (1954-1963);
27º Álvaro Palmeira (1964-1968);
28º Moacyr Arbex Dinamarco (1968-1973);
29º Osmane Vieira de Resende (1973-1978);
30º Osires Teixeira (1978-1983);
31º Jair Assis Ribeiro* (1983-1987);
32º Enoc Almeida Vieira (1987-1988);
33º Jair Assis Ribeiro* (1988-1993)
34º Francisco Murilo Pinto (1993-2001);
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35º Laelson Rodrigues (2001-2008);


36º Marcos José da Silva (2008-2018);
37º Ricardo Maciel Monteiro de Carvalho – interino (2018-2019);
38º Múcio Bonifácio Guimarães (2019-atual).

José Bonifácio de Andrada e Silva e Jair Assis Ribeiro foram Grão-Mestres


em duas ocasiões.

REFERÊNCIAS

ASLAN, Nicola. Pequenas Biografias de Grandes Maçons Brasileiros. Rio de


Janeiro: Editora Maçônica, 1973.

CASTELLANI, José. História do Grande Oriente do Brasil. Brasília: Gráfica e


Editora do Grande Oriente do Brasil. 1994.

Grande Oriente do Brasil. Disponível em: <https://gob.org.br>. acesso em: 16 de fev


de 2022.

PROBER, Kurt. A Verdadeira História do Palácio Maçônico do Lavradio. Rio de


Janeiro, 1986.

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