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11ª edição
2ª edição digital
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS
11ª Edição
2ª Edição Digital/2018
ORGANIZADORA
Arquiteta e urbanista Gislaine Saibro
DESIGN DIGITAL
Laís Jéssica Lerner
Inclui bibliografia
Formato: PDF
ISBN 978-85-68658-05-5
CDU 72-051
PRESIDÊNCIA
Arq. e urb. Flávia Bastiani
VICE PRESIDÊNCIA
Arq. e urb. Gislaine Saibro
DIRETORIA DE RELACIONAMENTO
Arq. e urb. Ana Paula Bardini
DIRETORIA DE EVENTOS
Arq. e urb. Cármen Lila Gonçalves Saibro
DIRETORIA DE PLANEJAMENTO
Arq. e urb. Gislaine Saibro
DIRETORIA FINANCEIRA/TESOURARIA
Arq. e urb. Silvia Monteiro Barakat
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS...................................................................................................... 4
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 8
AAI BRASIL/RS............................................................................................................. 9
PREFÁCIO.................................................................................................................. 10
5 CONCEITUAÇÕES.................................................................................................... 53
5.1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 53
5.2 GLOSSÁRIO DE ATIVIDADES E ATRIBUIÇÕES.......................................................... 54
6 ÁREAS DE ATUAÇÃO PRIVATIVAS DE ARQUITETOS E URBANISTAS............................ 62
6.1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 62
6.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO PRIVATIVAS DA ARQUITETURA DE INTERIORES...................... 63
6.3 GLOSSÁRIO DA RESOLUÇÃO Nº 51....................................................................... 63
8 RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS....................................................................... 73
10 HONORÁRIOS PROFISSIONAIS................................................................................ 80
10.1 CONDICIONANTES PARA O CÁLCULO DE HONORÁRIOS PROFISSIONAIS DE
ARQUITETURA DE INTERIORES.................................................................................... 80
10.2 MODALIDADES DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS PROFISSIONAIS......................... 83
10.3 TABELA DE HONORÁRIOS................................................................................... 85
11. MÉTODO DE GESTÃO DO ESCRITÓRIO PELO VALOR HORA PRODUTIVA - VHP ....... 90
11.1 CÁLCULO DO HP - HORAS PRODUTIVAS.............................................................. 90
11.2 CÁLCULO DO VHP - VALOR HORA PRODUTIVA ................................................... 91
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 157
APRESENTAÇÃO
A Associação de Arquitetos de Interiores Brasil – Seccional Rio Grande do Sul, AAI Brasil/
RS, foi fundada em 1987 por um grupo de 17 arquitetos gaúchos, que se reuniam para
discutir problemas comuns, relativos à prática profissional da arquitetura e urbanismo na
atividade de interiores.
A então AAI-RS foi a primeira entidade de arquitetos e urbanistas do Brasil a ser fundada
com a missão de trabalhar exclusivamente no segmento da Arquitetura de Interiores,
lutando sempre pela defesa do exercício da profissão. Desde 2009, quando se tornou AAI
Brasil e AAI Brasil/RS, mantém o desafio de ampliar as qualidades do trabalho desenvolvido
para todo o país.
A Entidade, desde a sua fundação, desenvolve ações relativas ao aprimoramento técnico
e profissional, oferecendo aos arquitetos e urbanistas instrumentos que possam auxiliá-
los, tanto na gestão do escritório e na relação de trabalho com o cliente e fornecedores,
quanto no desenvolvimento dos seus projetos, à medida que busca sempre colocá-los
em contato com as atualidades do setor. A divulgação da produção arquitetônica dos
associados, em especial, é um objetivo que resulta no sistemático esclarecimento ao
mercado sobre as especificidades da atividade da Arquitetura de Interiores.
A AAI Brasil/RS surgiu com empenho, e, em virtude do trabalho desenvolvido ao longo
de mais de 30 anos, por todas as suas Diretorias, conta com grande reconhecimento e
atuação marcante no sul do país.
Nestes mais de 30 anos de atividades, cabe o registro dos nomes dos seus ex-presidentes:
Joyce Chwartzman, Gilberto Sibemberg, Arlene Lubianca, Clarice Mancuso, Lúcio Cabral
Albuquerque, Denise Carazza, Gislaine Saibro, Cristina Azevedo, Cristina Langer, Silvia
Monteiro Barakat e Cármen Lila Gonçalves; e dos arquitetos e urbanistas que assinaram
a Ata de Fundação oficial em 1989: Ana Luiza Cuervo Lo Pumo, Anelise Canceli, Anne
Báril, Arlene Lubianca, Dulce Flores, Gilberto Sibemberg, Isac Hochberg, Marta Hochberg,
Jayme Leventon, Joyce Chwartzmann, Maria Cristina de Azevedo Moura, Moacir Kruchin,
Raul Pêgas, Roberto Bordasch, Salus Finkelstein, Sidnei Birmann e Sonia Tarasconi Pinheiro
Machado (in memoriam).
PREFÁCIO
1.1 GERAIS
1.1.4 Lei nº 8.666, de 21/06/1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
federal e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública;
1.1.7 Lei nº 13.425, de 30/03/2017, que estabelece diretrizes gerais sobre medidas de
prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas
de reunião de público;
1.2 ESPECÍFICAS
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
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I - supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica;
II - coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação;
III - estudo de viabilidade técnica e ambiental;
IV - assistência técnica, assessoria e consultoria;
V - direção de obras e de serviço técnico;
VI - vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e
arbitragem;
VII - desempenho de cargo e função técnica;
VIII - treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária;
IX - desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e
controle de qualidade;
X - elaboração de orçamento;
XI - produção e divulgação técnica especializada; e
XII - execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico.
Parágrafo único. As atividades de que trata este artigo aplicam-se aos seguintes campos
de atuação no setor:
I - da Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos;
II - da Arquitetura de Interiores, concepção e execução de projetos de ambientes;
III - da Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos,
livres e abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente
ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial;
IV - do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico, arquitetônico, urbanístico, paisagístico,
monumentos, restauro, práticas de projeto e soluções tecnológicas para reutilização,
reabilitação, reconstrução,
preservação, conservação, restauro e valorização de edificações, conjuntos e cidades;
V - do Planejamento Urbano e Regional, planejamento físico-territorial, planos de intervenção
no espaço urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura,
saneamento básico e ambiental, sistema viário, sinalização, tráfego e trânsito urbano e
rural, acessibilidade, gestão territorial e ambiental, parcelamento do solo, loteamento,
desmembramento, remembramento, arruamento, planejamento urbano, plano diretor,
traçado de cidades, desenho urbano, sistema viário, tráfego e trânsito urbano e rural,
inventário urbano e regional, assentamentos humanos e requalificação em áreas urbanas
e rurais;
VI - da topografia, elaboração e interpretação de levantamentos topográficos cadastrais para
a realização de projetos de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo, foto-interpretação,
leitura, interpretação e análise de dados e informações topográficas e sensoriamento
remoto;
VII - da tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção,
patologias e recuperações;
VIII - dos sistemas construtivos e estruturais, estruturas, desenvolvimento de estruturas e
aplicação tecnológica de estruturas;
IX - de instalações e equipamentos referentes à arquitetura e urbanismo;
X - do Conforto Ambiental, técnicas referentes ao estabelecimento de condições climáticas,
acústicas, lumínicas e ergonômicas, para a concepção, organização e construção dos
espaços;
XI - do Meio Ambiente, Estudo e Avaliação dos Impactos Ambientais, Licenciamento
Ambiental, Utilização Racional dos Recursos Disponíveis e Desenvolvimento Sustentável.
Art. 3º Os campos da atuação profissional para o exercício da arquitetura e urbanismo
são definidos a partir das diretrizes curriculares nacionais que dispõem sobre a formação do
profissional arquiteto e urbanista nas quais os núcleos de conhecimentos de fundamentação
e de conhecimentos profissionais caracterizam a unidade de atuação profissional.
§ 1º O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR especificará, atentando
para o disposto no caput, as áreas de atuação privativas dos arquitetos e urbanistas e as
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áreas de atuação compartilhadas com outras profissões regulamentadas.
§ 2º Serão consideradas privativas de profissional especializado as áreas de atuação nas
quais a ausência de formação superior exponha o usuário do serviço a qualquer risco ou
danos materiais à segurança, à saúde ou ao meio ambiente.
§ 3º No exercício de atividades em áreas de atuação compartilhadas com outras áreas
profissionais, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU do Estado ou do Distrito
federal fiscalizará o exercício profissional da Arquitetura e Urbanismo.
§ 4º Na hipótese de as normas do CAU/BR sobre o campo de atuação de arquitetos
e urbanistas contradizerem normas de outro Conselho profissional, a controvérsia será
resolvida por meio de resolução conjunta de ambos os conselhos.
§ 5º Enquanto não editada a resolução conjunta de que trata o § 4º ou, em caso de
impasse, até que seja resolvida a controvérsia, por arbitragem ou judicialmente, será
aplicada a norma do Conselho que garanta ao profissional a maior margem de atuação.
Art. 4º O CAU/BR organizará e manterá atualizado cadastro nacional das escolas e
faculdades de arquitetura e urbanismo, incluindo o currículo de todos os cursos oferecidos
e os projetos pedagógicos.
Registro do arquiteto e urbanista no Conselho.
Art. 5º Para uso do título de arquiteto e urbanista e para o exercício das atividades
profissionais privativas correspondentes, é obrigatório o registro do profissional no CAU
do Estado ou do Distrito federal.
Parágrafo único. O registro habilita o profissional a atuar em todo o território nacional.
Art. 6º São requisitos para o registro:
I - capacidade civil; e
II - diploma de graduação em arquitetura e urbanismo, obtido em instituição de ensino
superior oficialmente reconhecida pelo poder público.
§ 1º Poderão obter registro no CAU dos Estados e do Distrito federal os portadores
de diploma de graduação em Arquitetura e Urbanismo ou de diploma de arquiteto ou
arquiteto e urbanista, obtido em instituição estrangeira de ensino superior reconhecida no
respectivo país e devidamente revalidado por instituição nacional credenciada.
§ 2º Cumpridos os requisitos previstos nos incisos I e II do caput, poderão obter registro
no CAU dos Estados ou
do Distrito federal, em caráter excepcional e por tempo determinado, profissionais
estrangeiros sem domicílio no País.
§ 3º A concessão do registro de que trata o § 2o é condicionada à efetiva participação
de arquiteto e urbanista ou sociedade de arquitetos, com registro no CAU Estadual ou
no Distrito federal e com domicílio no País, no acompanhamento em todas as fases das
atividades a serem desenvolvidas pelos profissionais estrangeiros.
Art. 7º Exerce ilegalmente a profissão de arquiteto e urbanista a pessoa física ou jurídica
que realizar atos ou prestar serviços, públicos ou privados, privativos dos profissionais
de que trata esta Lei ou, ainda, que, mesmo não realizando atos privativos, se apresenta
como arquiteto e urbanista ou como pessoa jurídica que atue na área de arquitetura e
urbanismo sem registro no CAU.
Art. 8º A carteira profissional de arquiteto e urbanista possui fé pública e constitui prova
de identidade civil para todos os fins legais.
Da Interrupção e do Cancelamento do registro profissional.
Art. 9º É facultada ao profissional e à pessoa jurídica, que não estiver no exercício de suas
atividades, a interrupção de seu registro profissional no CAU por tempo indeterminado,
desde que atenda as condições regulamentadas pelo CAU/BR.
Sociedade de arquitetos e urbanistas
Art. 10. Os arquitetos e urbanistas, juntamente com outros profissionais, poder-se-ão
reunir em sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo, nos termos das
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normas de direito privado, desta Lei e do Regimento Geral do CAU/BR.
Parágrafo único. Sem prejuízo do registro e aprovação pelo órgão competente, a
sociedade que preste serviços de arquitetura e urbanismo dever-se-á cadastrar no CAU da
sua sede, o qual enviará as informações ao CAU/BR para fins de composição de cadastro
unificado nacionalmente.
Art. 11. É vedado o uso das expressões “arquitetura” ou “urbanismo” ou designação
similar na razão social ou no nome fantasia de sociedade que não possuir arquiteto e
urbanista entre os sócios com poder de gestão ou entre os empregados permanentes.
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§ 4º Na hipótese de a alteração não ter sido concebida pelo autor do projeto original,
o resultado final terá como coautores o arquiteto e urbanista autor do projeto original e
o autor do projeto de alteração, salvo decisão expressa em contrário do primeiro, caso
em que a autoria da obra passa a ser apenas do profissional que houver efetuado as
alterações.
Ética
Art. 17. No exercício da profissão, o arquiteto e urbanista deve pautar sua conduta
pelos parâmetros a serem definidos no Código de Ética e Disciplina do CAU/BR.
Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina deverá regular também os deveres do
arquiteto e urbanista para com a comunidade, a sua relação com os demais profissionais, o
dever geral de urbanidade e, ainda, os respectivos procedimentos disciplinares, observado
o disposto nesta Lei.
Art. 18. Constituem infrações disciplinares, além de outras definidas pelo Código de
Ética e Disciplina:
I - registrar projeto ou trabalho técnico ou de criação no CAU, para fins de comprovação de
direitos autorais e formação de acervo técnico, que não haja sido efetivamente concebido,
desenvolvido ou elaborado por quem requerer o registro;
II - reproduzir projeto ou trabalho técnico ou de criação, de autoria de terceiros, sem a
devida autorização do detentor dos direitos autorais;
III - fazer falsa prova de quaisquer documentos exigidos para o registro no CAU;
IV - delegar a quem não seja arquiteto e urbanista a execução de atividade privativa de
arquiteto e urbanista;
V - integrar sociedade de prestação de serviços de arquitetura e urbanismo sem nela atuar,
efetivamente, com objetivo de viabilizar o registro da empresa no CAU, de utilizar o nome
“arquitetura” ou “urbanismo” na razão jurídica ou nome fantasia ou ainda de simular para
os usuários dos serviços de arquitetura e urbanismo a existência de profissional do ramo
atuando;
VI - locupletar-se ilicitamente, por qualquer meio, às custas de cliente, diretamente ou por
intermédio de terceiros;
VII - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas a cliente de quantias que houver
recebido dele, diretamente ou por intermédio de terceiros;
VIII - deixar de informar, em documento ou peça de comunicação dirigida a cliente, ao
público em geral, ao CAU/ BR ou aos CAUs, os dados exigidos nos termos desta Lei;
IX- deixar de observar as normas legais e técnicas pertinentes na execução de atividades
de arquitetura e urbanismo; x - ser desidioso na execução do trabalho contratado;
XI - deixar de pagar a anuidade, taxas, preços de serviços e multas devidos ao CAU/BR ou
aos CAUs, quando devidamente notificado; XII - não efetuar Registro de Responsabilidade
técnica quando for obrigatório.
Art. 19. São sanções disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão entre 30 (trinta) dias e 1 (um) ano do exercício da atividade de arquitetura
e urbanismo em todo o território nacional;
III - cancelamento do registro; e
IV- multa no valor entre 1 (uma) a 10 (dez) anuidades.
§ 1º As sanções deste artigo são aplicáveis à pessoa natural dos arquitetos e urbanistas.
§ 2º As sanções poderão ser aplicadas às sociedades de prestação de serviços com
atuação nos campos da arquitetura e do urbanismo, sem prejuízo da responsabilização da
pessoa natural do arquiteto e urbanista.
§ 3º No caso em que o profissional ou sociedade de arquitetos e urbanistas deixar de
pagar a anuidade, taxas, preços de serviços e multas devidos ao CAU/BR ou aos CAUs,
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quando devidamente notificado, será aplicada suspensão até a regularização da dívida.
§ 4º A sanção prevista no inciso IV pode incidir cumulativamente com as demais.
§ 5º Caso constatado que a infração disciplinar teve participação de profissional vinculado
ao conselho de outra profissão, será comunicado o conselho responsável.
Art. 20. Os processos disciplinares do CAU/BR e dos CAUs seguirão as regras constantes
da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, desta Lei e, de forma complementar, das
resoluções do CAU/BR.
Art. 21. O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação de
qualquer autoridade ou pessoa interessada.
§ 1º A pedido do acusado ou do acusador, o processo disciplinar poderá tramitar em
sigilo, só tendo acesso às informações e documentos nele contidos o acusado, o eventual
acusador e os respectivos procuradores constituídos.
§ 2º Após a decisão final, o processo tornar-se-á público.
Art. 22. Caberá recurso ao CAU/BR de todas as decisões definitivas proferidas pelos
CAUs, que decidirá em última instância administrativa.
Parágrafo único. Além do acusado e do acusador, o Presidente e os Conselheiros do
CAU são legitimados para interpor o recurso previsto neste artigo.
Art. 23. Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão de punição das sanções disciplinares,
a contar da data do fato.
Parágrafo único. A prescrição interrompe-se pela intimação do acusado para apresentar
defesa.
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às possibilidades efetivas de seu custeio com os recursos próprios do Conselho federal de
Arquitetura e Urbanismo, considerados ainda seus efeitos nos exercícios subsequentes.
Art. 28. Compete ao CAU/BR:
I - zelar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da arquitetura e do
urbanismo;
II - editar, alterar o Regimento Geral, o Código de Ética, as Normas Eleitorais e os provimentos
que julgar necessários;
III - adotar medidas para assegurar o funcionamento regular dos CAUs;
IV - intervir nos CAUs quando constatada violação desta Lei ou do Regimento Geral;
V - homologar os regimentos internos e as prestações de contas dos CAUs;
VI - firmar convênios com entidades públicas e privadas, observada a legislação aplicável;
VII - autorizar a oneração ou a alienação de bens imóveis de sua propriedade;
VIII - julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos CAUs; IX - inscrever empresas
ou profissionais estrangeiros de arquitetura e urbanismo sem domicílio no País; X - criar
órgãos colegiados com finalidades e funções específicas;
XI - deliberar sobre assuntos administrativos e financeiros, elaborando programas de
trabalho e orçamento; XII - manter relatórios públicos de suas atividades;
XIII - representar os arquitetos e urbanistas em colegiados de órgãos públicos federais
que tratem de questões de exercício profissional referentes à arquitetura e ao urbanismo;
XIV - aprovar e divulgar tabelas indicativas de honorários dos arquitetos e urbanistas; XV
- contratar empresa de auditoria para auditar o CAU/BR e os CAUs, conforme dispuser o
Regimento Geral.
§ 1º O quorum necessário para a deliberação e aprovação das diferentes matérias será
definido no Regimento.
§ 2º O exercício das competências enumeradas nos incisos V, VI, VII, X, XI e XV do
caput terá como limite para seu efetivo custeio os recursos próprios do Conselho federal
de Arquitetura e Urbanismo, considerados os seus efeitos nos exercícios subsequentes,
observadas as normas de ordem pública quanto à alienação de bens patrimoniais e à
contratação de serviços.
Art. 29. Compete ao Presidente do CAU/BR, entre outras questões que lhe forem
atribuídas pelo Regimento Geral do CAU/BR:
I - representar judicialmente e extrajudicialmente o CAU/BR;
II - presidir as reuniões do Conselho do CAU/BR, podendo exercer o voto de desempate;
III - cuidar das questões administrativas do CAU/BR, ouvindo previamente o Conselho
quando exigido pelo Regimento Geral.
Art. 30. Constituem recursos do Conselho federal de Arquitetura e Urbanismo - CAU/BR:
I - 20% (vinte por cento) da arrecadação prevista no inciso I do art. 37;
II - doações, legados, juros e receitas patrimoniais;
III - subvenções;
IV - resultados de convênios;
V - outros rendimentos eventuais.
Parágrafo único. A alienação de bens e a destinação de recursos provenientes de receitas
patrimoniais serão aprovadas previamente pelo Plenário do Conselho federal de Arquitetura
e Urbanismo - CAU/BR.
Art. 31. Será constituído um CAU em cada Estado da federação e no Distrito federal.
§ 1º A existência de CAU compartilhado por mais de um Estado da federação somente
será admitida na hipótese em que o número limitado de inscritos inviabilize a instalação
de CAU próprio para o Estado.
§ 2º A existência de CAU compartilhado depende de autorização do CAU/BR em decisão
que será reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) anos.
Art. 32. O Plenário do CAU de cada Estado da federação e do Distrito federal é constituído
de 1 (um) presidente e de conselheiros.
§ 1º Os conselheiros, e respectivos suplentes, serão eleitos na seguinte proporção:
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I - até 499 (quatrocentos e noventa e nove) profissionais inscritos: 5 (cinco) conselheiros;
II - de 500 (quinhentos) a 1.000 (mil) profissionais inscritos: 7 (sete) conselheiros;
III - de 1.001 (mil e um) a 3.000 (três mil) profissionais inscritos: 9 (nove) conselheiros;
IV - acima de 3.000 (três mil) profissionais inscritos: 9 (nove) conselheiros mais 1 (um)
para cada 1.000 (mil) inscritos ou fração, descontados os 3.000 (três mil) iniciais.
§ 2º O Presidente será eleito entre seus pares em Plenário pelo voto direto por maioria
de votos dos conselheiros e terá direito apenas a voto de qualidade nas deliberações dos
CAUs.
§ 3º Na hipótese de compartilhamento de CAU, nos termos do § 2º do art. 31:
I - as eleições serão realizadas em âmbito estadual;
II - o número de membros do conselho será definido na forma do § 1º; e
III - a divisão das vagas por Estado do Conselho compartilhado será feita segundo o número
de profissionais inscritos no Estado, garantido o número mínimo de 1 (um) conselheiro
por Estado.
Art. 33. Os CAUs terão sua estrutura e funcionamento definidos pelos respectivos
Regimentos Internos, aprovados pela maioria absoluta dos conselheiros.
Art. 34. Compete aos CAUs:
I - elaborar e alterar os respectivos Regimentos Internos e demais atos administrativos;
II - cumprir e fazer cumprir o disposto nesta Lei, no Regimento Geral do CAU/BR, nos
demais atos normativos do CAU/BR e nos próprios atos, no âmbito de sua competência;
III - criar representações e escritórios descentralizados no território de sua jurisdição, na
forma do Regimento Geral do CAU/BR;
IV - criar colegiados com finalidades e funções específicas;
V - realizar as inscrições e expedir as carteiras de identificação de profissionais e pessoas
jurídicas habilitadas, na forma desta Lei, para exercerem atividades de arquitetura e
urbanismo, mantendo o cadastro atualizado;
VI - cobrar as anuidades, as multas e os Registros de Responsabilidade técnica;
VII - fazer e manter atualizados os registros de direitos autorais, de responsabilidade e os
acervos técnicos;
VIII - fiscalizar o exercício das atividades profissionais de arquitetura e urbanismo;
IX - julgar em primeira instância os processos disciplinares, na forma que determinar o
Regimento Geral do CAU/BR;
X - deliberar sobre assuntos administrativos e financeiros, elaborando programas de
trabalho e orçamento;
XI - sugerir ao CAU/BR medidas destinadas a aperfeiçoar a aplicação desta Lei e a promover
o cumprimento de suas finalidades e a observância aos princípios estabelecidos;
XII - representar os arquitetos e urbanistas em colegiados de órgãos públicos estaduais e
municipais que tratem de questões de exercício profissional referentes à arquitetura e ao
urbanismo, assim como em órgãos não governamentais da área de sua competência;
XIII - manter relatórios públicos de suas atividades; e
XIV - firmar convênios com entidades públicas e privadas.
§ 1º O exercício das competências enumeradas nos incisos III, IV, x e xIV do caput terá
como limite para seu efetivo custeio os recursos próprios do respectivo Conselho Regional
de Arquitetura e Urbanismo, considerados os seus efeitos nos exercícios subsequentes,
observadas as normas de ordem pública relativas à contratação de serviços e à celebração
de convênios.
§ 2º Excepcionalmente, serão considerados recursos próprios os repasses recebidos
do Conselho federal de Arquitetura e Urbanismo pelo Conselho Regional de Arquitetura e
Urbanismo, a conta do fundo especial a que se refere o art. 60.
Art. 35. Compete ao presidente do CAU, entre outras questões que lhe forem atribuídas
pelo Regimento Geral do CAU/BR e pelo Regimento Interno do CAU respectivo:
I - representar judicialmente e extrajudicialmente o CAU;
II - presidir as reuniões do Conselho do CAU, podendo exercer o voto de desempate;
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III - cuidar das questões administrativas do CAU, ouvindo previamente o Conselho quando
exigido pelo Regimento Geral do CAU/BR ou pelo Regimento Interno do CAU respectivo.
Art. 36. É de 3 (três) anos o mandato dos conselheiros do CAU/BR e dos CAUs sendo
permitida apenas uma recondução.
§ 1º O mandato do presidente será coincidente com o mandato do conselheiro.
§ 2º Perderá o mandato o conselheiro que:
I - sofrer sanção disciplinar;
II - for condenado em decisão transitada em julgado por crime relacionado com o exercício
do mandato ou da profissão; ou
III - ausentar-se, sem justificativa, a 3 (três) reuniões do Conselho, no período de 1 (um)
ano.
§ 3º O presidente do CAU/BR e os presidentes dos CAUs serão destituídos pela perda
do mandato como conselheiro, nos termos do § 2º ou pelo voto de 3/5 (três quintos) dos
conselheiros.
Art. 37. Constituem recursos dos Conselhos Regionais de Arquitetura e Urbanismo -
CAUs:
I - receitas com anuidades, contribuições, multas, taxas e tarifas de serviços;
II - doações, legados, juros e rendimentos patrimoniais;
III - subvenções;
IV - resultados de convênios;
V - outros rendimentos eventuais.
Art. 38. Os presidentes do CAU/BR e dos CAUs prestarão, anualmente, suas contas ao
tribunal de Contas da União.
§ 1º Após aprovação pelo respectivo Plenário, as contas dos CAUs serão submetidas ao
CAU/BR
para homologação.
§ 2º As contas do CAU/BR, devidamente homologadas, e as dos CAUs serão submetidas
à apreciação do tribunal de Contas da União.
§ 3º Cabe aos presidentes do CAU/BR e de cada CAU a responsabilidade pela prestação
de contas.
Art. 39. Cabe ao CAU/BR dirimir as questões divergentes entre os CAUs baixando normas
complementares que unifiquem os procedimentos.
Art. 40. O exercício das funções de presidente e de conselheiro do CAU/BR e dos CAUs
não será remunerado.
Art. 41. Os empregados do CAU/BR e dos demais CAUs Estaduais e do Distrito federal
serão contratados mediante aprovação em concurso público, sob o regime da Consolidação
das Leis do trabalho.
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pagamento de nenhum valor além da anuidade, proporcionalmente ao número de meses
restantes no ano.
Art. 44. O não pagamento de anuidade no prazo, sem prejuízo da responsabilização
pessoal pela violação ética, sujeita o infrator ao pagamento de multa de 20% (vinte por cento)
sobre o valor devido e à incidência de correção com base na variação da taxa Referencial
do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC até o efetivo pagamento.
Art. 51. A declaração do CAU de não pagamento de multas por violação da ética ou pela
não realização de RRT, após o regular processo administrativo, constitui título executivo
extrajudicial.
Parágrafo único. Na hipótese do caput, os valores serão executados na forma da Lei no
5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
Art. 52. O atraso no pagamento de anuidade sujeita o responsável à suspensão do
exercício profissional ou, no caso de pessoa jurídica, à proibição de prestar trabalhos na
área da arquitetura e do urbanismo, mas não haverá cobrança judicial dos valores em
atraso, protesto de dívida ou comunicação aos órgãos de proteção ao crédito.
Art. 53. A existência de dívidas pendentes não obsta o desligamento do CAU.
Art. 54. Os valores devidos aos CAUs referentes a multa por violação da ética, multa
pela não realização de RRT ou anuidades em atraso, prescrevem no prazo de 5 (cinco)
anos.
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Instalação do CAU/BR e dos CAUsArt.
Art. 55. Os profissionais com título de arquitetos e urbanistas, arquitetos e engenheiro
arquiteto, com registro nos atuais Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CREAs terão, automaticamente, registro nos CAUs com o título único de
arquiteto e urbanista.
Parágrafo único. Os CREAs enviarão aos CAUs a relação dos arquitetos e urbanistas,
arquitetos e engenheiro arquiteto inscritos, no prazo de 30 (trinta) dias da instalação do
CAU, bem como os prontuários, dados profissionais, registros e acervo de todas as ARts
emitidas pelos profissionais e todos os processos em tramitação.
Art. 56. As Coordenadorias das Câmaras de Arquitetura dos atuais CREAs e a
Coordenadoria Nacional das Câmaras de Arquitetura do atual CONFEA gerenciarão o
processo de transição e organizarão o primeiro processo eleitoral para o CAU/BR e para
os CAUs dos Estados e do Distrito federal.
§ 1º Na primeira eleição para o CAU/BR o representante das instituições de ensino será
estabelecido pela Coordenadoria Nacional das Câmaras de Arquitetura.
§ 2º A eleição para os conselheiros do CAU/BR e dos CAUs dar-se-á entre 3 (três) meses
e 1 (um) ano da publicação desta Lei.
§ 3º Realizada a eleição e instalado o CAU/BR, caberá a ele decidir os CAUs que serão
instalados no próprio Estado e os Estados que compartilharão CAU por insuficiência de
inscritos.
§ 4º As entidades nacionais dos arquitetos e urbanistas participarão do processo de
transição e organização do primeiro processo eleitoral.
Art. 57. Os atuais Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia a contar
da publicação desta Lei, passarão a depositar mensalmente em conta específica, 90%
(noventa por cento) do valor das anuidades, das anotações de responsabilidade técnicas e
de multas recebidas das pessoas físicas e jurídicas de arquitetos e urbanistas, arquitetos
e engenheiros arquitetos até que ocorra a instalação do CAU/BR.
Parágrafo único. A quantia a que se refere o caput deverá ser usada no custeio do
processo eleitoral de que trata o art. 56, sendo repassado o restante para o CAU/BR
utilizar no custeio da sua instalação e da instalação dos CAUs. Art. 58. (VETADO)
Art. 59. O CAU/BR e os CAUs poderão manter convênio com o CONfEA e com os CREAs,
para compartilhamento de imóveis, de infraestrutura administrativa e de pessoal, inclusive
da estrutura de fiscalização profissional.
Art. 60. O CAU/BR instituirá fundo especial destinado a equilibrar as receitas e despesas
dos CAUs, exclusivamente daqueles que não conseguirem arrecadação suficiente para a
manutenção de suas estruturas administrativas, sendo obrigatória a publicação dos dados
de balanço e do planejamento de cada CAU para fins de acompanhamento e controle dos
profissionais.
Parágrafo único. Resolução do CAU/BR, elaborada com a participação de todos os
presidentes dos CAUs, regulamentará este artigo.
Art. 61. Em cumprimento ao disposto no inciso x do art. 28 e no inciso IV do art. 34,
o CAU/BR instituirá colegiado permanente com participação das entidades nacionais dos
arquitetos e urbanistas, para tratar das questões do ensino e do exercício profissional.
§ 1º No âmbito das unidades da federação os CAUs instituirão colegiados similares com
participação das entidades regionais dos arquitetos e urbanistas.
§ 2º fica instituída a Comissão Permanente de Ensino e formação, no âmbito dos CAUs
em todas as Unidades da federação que se articulará com o CAU/BR por intermédio do
conselheiro federal representante das instituições de ensino superior.
Art. 62. O CAU/BR e os CAUs serão fiscalizados pelo tribunal de Contas da União e
auditados, anualmente, por auditoria independente e os resultados divulgados para
conhecimento público.
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Mútuas de assistência dos profissionais vinculados aos CAUs.
Art. 63. Os arquitetos e urbanistas que por ocasião da publicação desta Lei se encontravam
vinculados à Mútua de que trata a Lei no 6.496, de 7 de dezembro de 1977, poder-se-ão
se manter associados. Adaptação do CONFEA e dos CREAs.
Art. 64. O Conselho federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA passa a
se denominar Conselho federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA.
Art. 65. Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREAs passam
a se denominar Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia - CREAs.
Vigência.
1.2.2 Lei nº 6.766, de 19/12/1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano;
1.2.6 Lei nº 9.610, de 19/02/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre
Direitos Autorais e dá outras providências;
1.2.7 Lei nº 9.605, de 12/02/1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente;
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1.2.8 Lei nº 10.098, de 19/12/2000, Acessibilidade - que estabelece normas gerais e
critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência
ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências;
1.2.9 Lei nº 10.527, de 10/07/2001, Estatuto das Cidades – que regulamenta os arts.
182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana;
1.2.10 Lei nº 10.987, de 11/08/1997, que estabelece normas sobre sistemas de prevenção
e proteção contra incêndios, dispõe sobre a destinação da taxa de serviços especiais não
emergenciais do Corpo de Bombeiros e dá outras providências;
Resolução nº 28, de 06/07/2012, que dispõe sobre o registro e sobre a alteração e a baixa
de registro de pessoa jurídica de Arquitetura e Urbanismo nos Conselhos de Arquitetura e
Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências;
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Resolução nº 51, de 12/07/2013, que dispõe sobre as áreas de atuação privativas dos
arquitetos e urbanistas e as áreas de atuação compartilhadas com outras profissões
regulamentadas, e dá outras providências;
Resolução nº 61, de 07/11/2013, que dispõe sobre a cobrança dos valores de anuidades
devidas aos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal (CAU/
UF) e dá outras providências;
Resolução nº 76, de 10/04/2014, que aprova os Módulos II e III das Tabelas de Honorários
de Serviços de Arquitetura e Urbanismo do Brasil;
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NBR 6.492/1994 – Representação de projetos de Arquitetura
Esta norma também trata de projeto arquitetônico, mas se concentra sobre os elementos
gráficos do trabalho. O tipo e o formato do papel, as escalas do desenho arquitetônico,
os tipos das letras e dos números, os tipos de linhas, as formas de indicação de fachadas
e elevações estão entre os parâmetros técnicos definidos pela norma. Tanto a NBR 6.492
quanto a NBR 13.532 estão em processo de revisão técnica pelos comitês da ABNT.
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NBR 16.280/2015 – Reforma em edificações — Sistema de gestão de reformas —
Requisitos
A “norma das reformas”, original de 2014 e atualizada em 2015, é uma das mais recentes
do grupo e trata dos requisitos para a elaboração de plano de reforma, considerando
alterações em áreas privativas das edificações. Essa norma ganhou visibilidade nos
últimos aos devido aos episódios recentes de desabamentos, muitas vezes provocados
por intervenções desastradas que levaram à colapsos nas estruturas das edificações. A
norma exige que intervenções como troca de piso, revestimentos, troca de esquadrias
ou fachada-cortina, instalações elétricas, de gás ou de ar-condicionado, e que alterem o
projeto original da estrutura, tenham o aval de um arquiteto ou engenheiro.
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NR-33 - Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados
NR-35 - Trabalho em altura
NR-36 - Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes
e derivados
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NORMA DE REFORMAS EM EDIFICAÇÕES
2 NORMA DE REFORMAS EM EDIFICAÇÕES – NBR 16.280
Tomar as ações necessárias, sob qualquer condição de risco iminente para a edificação,
seu entorno ou seus usuários.
a) receber o termo de encerramento das obras conforme plano aprovado elaborado pelo
executante e seu profissional habilitado, e o manual atualizado, nos termos da ABNT NBR
14.037;
b) encerrada a obra […], cancelar as autorizações para entrada e circulação de insumos
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ou prestadores de serviço da obra;
c) arquivar toda a documentação oriunda da reforma, incluindo o termo de encerramento
das obras emitido pelo executante […].
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Veja o fluxograma do processo:
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2.2 ORIGINAL DE 2014, A NBR 16.280 TEVE EMENDA EM 2015
A NBR 16.280 foi originalmente publicada em 2014, pouco mais de dois anos após o
desabamento do Edifício Liberdade, de 20 andares, e de mais dois prédios, no centro do Rio
de Janeiro, em 25 de janeiro de 2012. O acidente foi provocado por reformas irregulares
no Liberdade e provocou a morte de 17 pessoas, além de mais cinco desaparecidos até
hoje.
Em 2015, após consulta pública, foi atualizada. Uma das principais mudanças foi a
atribuição de responsabilidade ao arquiteto e urbanista e/ou engenheiro responsável
técnico pelo projeto e pela obra – que anteriormente estava vinculada à aprovação
do síndico/administrador ou responsável legal da edificação. A NBR prevê meios para
prevenção de perda de desempenho e inclui métodos para: planejamento, projetos e
análises técnicas e implicações de reformas nas edificações; alteração das características
originais da edificação ou de suas funções; descrição das características da execução das
obras de reforma; segurança da edificação do entorno e dos usuários; Registro documental
da situação da edificação, antes da reforma, dos procedimentos utilizados e do pós-obra
de reforma e supervisão técnica dos processos e das obras.
Com a nova alteração da NBR (em 2015), é responsabilidade do condômino ou responsável
legal pela unidade o conteúdo da documentação fornecida ao síndico e a execução da obra
realizada dentro da unidade - e não mais do síndico, por cumprir o PLANO DE REFORMA,
e todas as regras internas que possam impactar no bem-estar e segurança das pessoas,
sistemas e da edificação como um todo.
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Como realizar uma reforma de acordo com as regras
Caso o proprietário queira incluir algo diferente do projeto original do imóvel, será
necessário a vistoria de um profissional qualificado para a autorização da obra. Incluir
novos pontos de tomada ou novos pontos de gás, por exemplo, exige a Responsabilidade
Técnica assinada por arquiteto e urbanista ou engenheiro. Mas se for apenas a instalação
de um chuveiro ou o conserto de uma tomada quebrada, não é preciso providenciar o
documento.
2. Instalação de equipamentos
A instalação de ar condicionado, aquecedor de ambiente, aparelho de ventilação e
equipamentos de automação, pode comprometer a estrutura do local, sendo necessária a
apresentação da Responsabilidade Técnica. As situações nas quais o documento não cabe
são os casos de manutenção e limpeza dos aparelhos.
3. Revestimentos
Se for uma simples troca de revestimento, sem o uso de martelo e ferramentas pesadas
para retirar o piso anterior, por exemplo, não há necessidade de contratar um responsável
técnico.
4. Reformas Hidráulicas
Para a alteração de local de algum equipamento como vaso sanitário, banheira e pia
será necessário a responsabilização de um profissional qualificado, ou seja, o proprietário
precisa providenciar o documento de Responsabilidade Técnica.
5. Estrutura
Qualquer mudança que seja necessária uma intervenção na estrutura do imóvel, como
quebra de parede, é obrigatória a emissão da Responsabilidade Técnica. A exigência se dá
pelo fato de que um erro de cálculo pode comprometer a estrutura de um edifício. Esse é
o tipo de reforma que requer mais atenção.
6. Pintura
Se a única mudança a ser feita no imóvel for a pintura, o proprietário não precisa se
preocupar em procurar profissionais que emitam um plano de execução. Independente
da cor e da textura que será usada nas paredes, o morador pode pintar o apartamento
quantas vezes desejar sem precisar de autorização.
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NORMA DE EDIFICAÇÕES
HABITACIONAIS - DESEMPENHO
3 NORMA DE EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS – DESEMPENHO – NBR
15.575
Conteúdo extraído de curso ministrado pela engenheira civil Maria Angélica Covelo
Silva, Mestre em Engenharia pela UFRGS e Doutora em Engenharia pela EPUSP, diretora do
NGI - Núcleo de Gestão e Inovação.
3.1 INTRODUÇÃO
3.2 CONCEITOS
Manutenabilidade
Grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente em ser mantido ou
recolocado no estado no qual pode executar suas funções requeridas, sobre condições
de uso especificadas, quando a manutenção é executada sob condições determinadas,
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procedimentos e meios prescritos.
Norma prescritiva
Conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para um produto ou um procedimento
específico com base na consagração do uso ao longo do tempo.
Prazo de garantia
Período de tempo em que é elevada a probabilidade de que eventuais vícios ou defeitos
em um sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de anomalias
que repercutam em desempenho inferior àquele previsto.
Requisitos de desempenho
Condições que expressam qualitativamente os atributos que o edifício habitacional e
seus sistemas devem possuir, a fim de que possam satisfazer as exigências do usuário.
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Parte 6 - Requisitos para sistemas hidrossanitários.
3.4 METODOLOGIA
Descrição:
-produto cerâmico do tipo porcelanato;
-índice de absorção d’água de 0 a 0,5%;
-resistência à abrasão PEI > ou igual a 4;
-resistência ao deslizamento em classe II (coeficiente de atrito entre 0,40 e 0,74);
-máxima resistência a manchas (classe 5 de resistência a manchas);
-classe A (máxima) de resistência ao ataque químico;
-resistência à gretagem e ao impacto assegurados por garantia do fabricante.
Observação:
Os rejuntes devem ser impermeáveis, laváveis e com aditivos antifungos.
Fornecedores de referência:
AA, BB e CC.
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A Norma de Desempenho de Edificações é dividida em seis partes: uma de requisitos
gerais da obra e outras cinco referentes aos sistemas que compõem o edifício (estrutural,
de pisos, de cobertura, de vedação e sistemas hidrossanitários). Para cada um deles a
Norma estabelece critérios objetivos de qualidade e os procedimentos para medir se os
sistemas atendem aos requisitos. Por exemplo, a estrutura de uma parede deve aguentar,
sem apresentar falhas ou rachaduras para impactos de uma determinada força medida
em joules. Sistemas de coberturas têm que apresentar resistência ao fogo durante um
determinado período de tempo. tubulações hidrossanitárias que não estiverem escondidas
devem suportar até cinco vezes seu próprio peso, para que não se rompam com facilidade
gerando grandes transtornos. Vedações de paredes têm que garantir uma redução específica
da temperatura verificada no lado exterior do edifício. também têm que oferecer proteção
acústica, ou seja, deve abafar sons externos dentro de uma medida predeterminada.
A norma prevê uma série de situações de risco para o imóvel e fornece não só a medida,
como também instruções de como medir se os sistemas são seguros. trata-se de um
documento de alto nível técnico, que vai orientar fabricantes de materiais, projetistas e
construtores. Conheça mais pelo Guia Orientativo da Norma nº 15.575, em https://www.
dropbox.com/sh/5cywedgntf6clth/U4YDEs0iN6
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CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
4 CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
4.1 INTRODUÇÃO
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o Código de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo
do Brasil (CAU/BR), na forma do Anexo à presente Resolução.
Art. 2º Os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito federal
(CAU/Uf), após a publicação desta Resolução, deverão organizar, desenvolver, promover
e manter a divulgação do Código de Ética e Disciplina aos profissionais, às entidades de
classe, às instituições de ensino superior, às sociedades civis e organizadas, ao poder
público e ao público em geral.
Art. 3º O CAU/BR promoverá estudos em âmbito nacional, visando ao aperfeiçoamento
sistemático do Código de Ética e Disciplina aprovado por esta Resolução.
Art. 4º Os estudos, levantamentos e proposições realizados pelo CAU/BR para o
aperfeiçoamento do Código de Ética e Disciplina aprovado por esta Resolução serão
publicados pelos meios telemáticos disponíveis.
Art. 5º O Código de Ética e Disciplina deverá ser revisado, podendo sofrer alterações,
após 6 (seis) anos contados da data de sua publicação, e as revisões subsequentes deverão
ocorrer a cada 3 (três) anos, a partir da data de aprovação da primeira revisão.
Art. 6º Por iniciativa da maioria absoluta dos conselheiros do CAU/BR, o Código de Ética
e Disciplina poderá receber emendas aditivas a qualquer tempo.
Art. 7º A aplicação das sanções correspondentes às infrações das normas prescritas
no Código de Ética e Disciplina deverá ser estabelecida conforme metodologia prevista
em resolução específica, a qual deverá ser editada pelo CAU/BR em até 60 (sessenta) dias
após aprovação desta Resolução.
Art. 8º O Código de Ética e Disciplina do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, aprovado
por esta Resolução, entrará em vigor a partir da data da sua publicação.
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aperfeiçoamento.
O art. 28, inciso I, estatui que compete ao CAU/BR zelar pela dignidade, independência,
prerrogativas e valorização da Arquitetura e Urbanismo.
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 (Regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública federal); Resolução do CAU/BR nº 34, de 6 de setembro de 2012;
e Resoluções do CAU em geral; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o
Código Civil; Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que Dispõe sobre a proteção do
consumidor e dá outras providências; Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940,
que aprova o Código Penal; Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que Altera, atualiza
e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências; e, outras leis.
PREÂMBULO
Funções Deontológicas do Código
Estrutura do Código
1. OBRIGAÇÕES GERAIS
2. OBRIGAÇÕES PARA COM O INTERESSE PÚBLICO
3. OBRIGAÇÕES PARA COM O CONTRATANTE
4. OBRIGAÇÕES PARA COM A PROFISSÃO
5. OBRIGAÇÕES PARA COM OS COLEGAS
6. OBRIGAÇÕES PARA COM O CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO (CAU)
PREÂMBULO
O Código de Ética e Disciplina define os parâmetros deontológicos que devem orientar
a conduta dos profissionais registrados nos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo.
As normas reunidas no Código de Ética e Disciplina impõem elevadas exigências éticas
aos arquitetos e urbanistas, as quais se traduzem em obrigações para com a sociedade
e para com a comunidade profissional, além de alçarem o dever geral de urbanidade.
O conjunto normativo deste Código também expressa e reafirma o compromisso dos
arquitetos e urbanistas em assumir as responsabilidades a eles delegadas pela Nação e pelo
Estado brasileiro de autogestão e controle do exercício profissional – responsabilidades
estas reivindicadas há décadas e consubstanciadas no processo de aprovação da Lei nº
12.378, em 31 de dezembro de 2010.
A Lei, em seus artigos 17 a 23, materializa a finalidade precípua do Código de Ética e
Disciplina, orientando o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil a instaurar, defender
e manter as normas de conduta dos profissionais. Essa conduta foi historicamente delineada
a partir de um propósito humanista e preservacionista do patrimônio socioambiental e
cultural, e encontra-se intrinsecamente relacionada com o direito à cidadania e com o
aperfeiçoamento institucional dos campos de atuação da Arquitetura e Urbanismo.
No que concerne aos aspectos legais coercitivos, este Código estabelece bases suficientes
para proporcionar clareza na identificação circunstanciada dos fatos, na avaliação das
infrações cometidas e na aplicação das respectivas sanções disciplinares.
A aplicação harmônica das determinações deontológicas do Código de Ética e Disciplina
será realizada pelos CAU/BR e CAU/Uf, conforme o disposto nas Resoluções que especificam
os procedimentos processuais respectivos às etapas de instauração, instrução, defesa,
relatório, pedido de reconsideração, recurso à instrução, decisão final, aplicação das
eventuais penalidades disciplinares e a verificação do seu cumprimento.
A processualística presumida nessas Resoluções seguirá, além do que estabelece a Lei
nº 12.378, de 2010, as regras procedimentais constantes nas demais leis do País, uma
vez que os arquitetos e urbanistas, essenciais a qualquer sociedade democrática, sempre
estarão sujeitos à Constituição, às leis e aos preceitos éticos e morais que delas emanam.
Doravante, os profissionais, assim como as sociedades de prestação de serviços com
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atuação no campo da Arquitetura e Urbanismo, devem orientar sua conduta no exercício
da profissão pelas normas definidas neste Código de Ética e Disciplina.
Estrutura do Código
As normas prescritas neste Código de Ética e Disciplina, embora devam ser consideradas
como um todo coordenado e harmônico, estão estruturadas em uma hierarquia de
subordinação relativa, em 3 (três) classes respectivamente distintas: princípios, regras e
recomendações.
Os princípios são as normas de maior abrangência, cujo caráter teórico abstrato referência
agrupamentos de normas subordinadas.
As regras, que são derivadas dos princípios, devem ser seguidas de forma específica e
restrita às circunstâncias objetivas e concretas. A transgressão às regras será considerada
infração ético disciplinar imputável.
As recomendações, quando descumpridas, não pressupõem cominação de sanção,
todavia, sua observância ou inobservância poderão fundamentar argumento atenuante ou
agravante para a aplicação das sanções disciplinares.
1. OBRIGAÇÕES GERAIS
1.1. Princípios:
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conforme expressos na Constituição brasileira e em acordos internacionais.
1.2. Regras:
1.3. Recomendações:
1.3.1. O arquiteto e urbanista deve aprimorar seus conhecimentos nas áreas relevantes
para a prática profissional, por meio de capacitação continuada, visando à elevação dos
padrões de excelência da profissão.
1.3.2. O arquiteto e urbanista deve contribuir para o aperfeiçoamento e desenvolvimento
das tecnologias referentes à concepção e execução das atividades apropriadas às etapas
do ciclo de existência das construções.
1.3.3. O arquiteto e urbanista deve colaborar para que seus auxiliares ou empregados
envolvidos em atividades de sua responsabilidade profissional adquiram conhecimento e
aperfeiçoem capacidades e habilidades necessárias ao desempenho de suas funções.
1.3.4. O arquiteto e urbanista deve defender o direito de crítica intelectual fundamentada
sobre as artes, as ciências e as técnicas da Arquitetura e Urbanismo, colaborando para o
seu aperfeiçoamento e desenvolvimento.
1.3.5. O arquiteto e urbanista deve respeitar os códigos de ética e disciplina da profissão
vigentes nos países e jurisdições estrangeiras nos quais prestar seus serviços profissionais.
2.1. Princípios:
2.1.1. O arquiteto e urbanista deve defender o interesse público e respeitar o teor das leis
que regem o exercício profissional, considerando as consequências de suas atividades
segundo os princípios de sustentabilidade socioambiental e contribuindo para a boa
qualidade das cidades, das edificações e sua inserção harmoniosa na circunvizinhança, e
do ordenamento territorial, em respeito às paisagens naturais, rurais e urbanas.
2.1.2. O arquiteto e urbanista deve defender o direito à Arquitetura e Urbanismo, às
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políticas urbanas e ao desenvolvimento urbano, à promoção da justiça e inclusão social
nas cidades, à solução de conflitos fundiários, à moradia, à mobilidade, à paisagem, ao
ambiente sadio, à memória arquitetônica e urbanística e à identidade cultural.
2.2. Regras:
2.3. Recomendações:
2.3.1. O arquiteto e urbanista deve ter consciência do caráter essencial de sua atividade
como intérprete e servidor da cultura e da sociedade da qual faz parte.
2.3.2. O arquiteto e urbanista deve considerar e interpretar as necessidades das pessoas,
da coletividade e dos grupos sociais, relativas ao ordenamento do espaço, à concepção
e execução das construções, à preservação e valorização do patrimônio arquitetônico,
urbanístico, paisagístico e natural.
2.3.3. O arquiteto e urbanista deve envidar esforços para assegurar o atendimento das
necessidades humanas referentes à funcionalidade, à economicidade, à durabilidade, ao
conforto, à higiene e à acessibilidade dos ambientes construídos.
2.3.4. O arquiteto e urbanista deve subordinar suas decisões técnicas e opções estéticas
aos valores éticos inerentes à profissão.
2.3.5. O arquiteto e urbanista deve promover e divulgar a Arquitetura e Urbanismo
colaborando para o desenvolvimento cultural e para a formação da consciência pública
sobre os valores éticos, técnicos e estéticos da atividade profissional.
2.3.6. O arquiteto e urbanista deve respeitar a legislação urbanística e ambiental e colaborar
para o seu aperfeiçoamento.
3.1. Princípios:
3.1.1. O arquiteto e urbanista, nas relações com seus contratantes, deve exercer suas
atividades profissionais de maneira consciente, competente, imparcial e sem preconceitos,
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com habilidade, atenção e diligência, respeitando as leis, os contratos e as normas técnicas
reconhecidas.
3.1.2. O arquiteto e urbanista deve orientar sua conduta profissional e prestar serviços
profissionais a seus contratantes em conformidade com os princípios éticos e morais do
decoro, da honestidade, da imparcialidade, da lealdade, da prudência, do respeito e da
tolerância, assim como os demais princípios discriminados neste Código.
3.2. Regras:
3.2.1. O arquiteto e urbanista deve assumir serviços profissionais somente quando estiver
de posse das habilidades e dos conhecimentos artísticos, técnicos e científicos necessários
à satisfação dos compromissos específicos a firmar com o contratante.
3.2.2. O arquiteto e urbanista deve oferecer propostas para a prestação de serviços somente
após obter informações necessárias e suficientes sobre a natureza e extensão dos serviços
profissionais solicitados por seu contratante.
3.2.3. O arquiteto e urbanista deve orientar seus contratantes quanto a valorizações
enganosas referentes aos meios ou recursos humanos, materiais e financeiros destinados
à concepção e execução de serviços profissionais.
3.2.4. O arquiteto e urbanista deve discriminar, nas propostas para contratação de seus
serviços profissionais, as informações e especificações necessárias sobre sua natureza e
extensão, de maneira a informar corretamente os contratantes sobre o objeto do serviço,
resguardando-os contra estimativas de honorários inadequadas.
3.2.5. O arquiteto e urbanista deve assumir serviços profissionais somente quando
considerar que os recursos materiais e financeiros necessários estão adequadamente
definidos e disponíveis para o cumprimento dos compromissos a firmar com o contratante.
3.2.6. O arquiteto e urbanista deve prestar seus serviços profissionais considerando os
prazos julgados razoáveis e proporcionais à extensão e à complexidade do objeto ou
escopo da atividade.
3.2.7. O arquiteto e urbanista deve prestar seus serviços profissionais levando em
consideração sua capacidade de atendimento em função da complexidade dos serviços.
3.2.8. O arquiteto e urbanista deve, ao comunicar, publicar, divulgar ou promover seu
trabalho, considerar a veracidade das informações e o respeito à reputação da Arquitetura
e Urbanismo.
3.2.9. O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de assumir a autoria de trabalho
que não tenha realizado, bem como de representar ou ser representado por outrem de
modo falso ou enganoso.
3.2.10. O arquiteto e urbanista deve assumir serviços profissionais somente quando
aqueles que lhe prestarem consultorias estiverem qualificados pela formação, treinamento
ou experiência nas áreas técnicas específicas envolvidas e de sua responsabilidade.
3.2.11. O arquiteto e urbanista deve manter seus contratantes informados sobre o progresso
da prestação dos serviços profissionais executados em seu benefício, periodicamente ou
quando solicitado.
3.2.12. O arquiteto e urbanista deve manter seus contratantes informados sobre quaisquer
questões ou decisões que possam afetar a qualidade, os prazos e custos de seus serviços
profissionais.
3.2.13. O arquiteto e urbanista deve manter seus contratantes informados sobre quaisquer
fatos ou conflitos de interesses que possam alterar, perturbar ou impedir a prestação de
seus serviços profissionais.
3.2.14. O arquiteto e urbanista deve assumir a responsabilidade pela orientação transmitida
a seus contratantes.
3.2.15. O arquiteto e urbanista deve manter sigilo sobre os negócios confidenciais de seus
contratantes, relativos à prestação de serviços profissionais contratados, a menos que
tenha consentimento prévio formal do contratante ou mandado de autoridade judicial.
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3.2.16. O arquiteto e urbanista deve recusar-se a receber, sob qualquer pretexto, qualquer
honorário, provento, remuneração, comissão, gratificação, vantagem, retribuição ou
presente de qualquer natureza – seja na forma de consultoria, produto, mercadoria ou
mão de obra – oferecidos pelos fornecedores de insumos de seus contratantes, conforme
o que determina o inciso VI do art. 18 da Lei nº 12.378, de 2010.
3.2.17. O arquiteto e urbanista proprietário ou representante de qualquer marca ou
empresa de material de construção, componente, equipamento ou patente que venha a ter
aplicação em determinada obra, não poderá prestar, em virtude desta qualidade, serviços
de Arquitetura e Urbanismo a título gratuito ou manifestamente sub-remunerados.
3.2.18. O arquiteto e urbanista deve recusar-se a receber honorários, pagamentos, ou
vantagens de duas partes de um mesmo contrato vigente.
3.3. Recomendação:
3.3.1. O arquiteto e urbanista deve exigir dos contratantes ou empregadores uma conduta
recíproca conforme a que lhe é imposta por este Código.
4.1. Princípios:
4.1.1. O arquiteto e urbanista deve considerar a profissão como uma contribuição para o
desenvolvimento da sociedade.
4.1.2. O respeito e defesa da profissão devem ser compreendidos como relevante promoção
da justiça social e importante contribuição para a cultura da humanidade.
4.2. Regras:
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4.2.9. O arquiteto e urbanista, em qualquer situação em que deva emitir parecer técnico,
nomeadamente no caso de litígio entre projetista, dono de obra, construtor ou entidade
pública, deve agir sempre com imparcialidade, interpretando com rigor técnico estrito e
inteira justiça as condições dos contratos, os fatos técnicos pertinentes e os documentos
normativos existentes.
4.2.10. O arquiteto e urbanista deve condicionar todo compromisso profissional à
formulação e apresentação de proposta técnica que inclua com detalhe os produtos
técnicos a serem produzidos, sua natureza e âmbito, as etapas e prazos, a remuneração
proposta e sua forma de pagamento. A proposta deve ser objeto de contrato escrito entre
o profissional e o seu contratante, o qual deve ter também em conta as demais disposições
deste Código.
4.3. Recomendações:
5.1. Princípios:
5.1.1. O arquiteto e urbanista deve considerar os colegas como seus pares, detentores
dos mesmos direitos e dignidade profissionais e, portanto, deve tratá-los com respeito,
enquanto pessoas e enquanto produtores de relevante atividade profissional.
5.1.2. O arquiteto e urbanista deve construir sua reputação tão somente com base na
qualidade dos serviços profissionais que prestar.
5.2. Regras:
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contratantes.
5.2.3. O arquiteto e urbanista deve estipular os honorários ou quaisquer remunerações
apenas quando solicitado a oferecer serviços profissionais.
5.2.4. O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de propor honorários ou quaisquer
remunerações por serviços profissionais visando obter vantagem sobre propostas
conhecidas, já apresentadas por colegas concorrentes para os mesmos objetivos.
5.2.5. O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de realizar trabalhos de avaliação
crítica, perícia, análise, julgamento, mediação ou aprovação de projetos ou trabalhos do
qual seja autor ou de cuja equipe realizadora faça parte.
5.2.6. O arquiteto e urbanista deve abster-se de emitir referências depreciativas, maliciosas,
desrespeitosas, ou de tentar subtrair o crédito do serviço profissional de colegas.
5.2.7. O arquiteto e urbanista, ao tomar conhecimento da existência de colegas que tenham
sido convidados pelo contratante para apresentar proposta técnica e financeira referente
ao mesmo serviço profissional, deve informá-los imediatamente sobre o fato.
5.2.8. O arquiteto e urbanista, quando convidado a emitir parecer ou reformular os serviços
profissionais de colegas, deve informá-los previamente sobre o fato.
5.2.9. O arquiteto e urbanista empregador deve cumprir o disposto na Lei nº 4.950-A, de
22 de abril de 1966, conferindo a remuneração mínima prevista nessa Lei aos arquitetos
e urbanistas empregados por ele.
5.2.10. O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de associar seu nome a pessoas,
firmas, organizações ou empresas executoras de serviços profissionais sem a sua real
participação nos serviços por elas prestados.
5.2.11. O arquiteto e urbanista deve declarar-se impedido de exercer a atividade de crítica
da Arquitetura e Urbanismo a fim de obter vantagens concorrenciais sobre os colegas.
5.2.12. O arquiteto e urbanista deve reconhecer e registrar, em cada projeto, obra ou
serviço de que seja o autor, as situações de coautoria e outras participações, relativamente
ao conjunto ou à parte do trabalho em realização ou realizado.
5.2.13. O arquiteto e urbanista que desempenhar atividades nos órgãos técnicos dos
poderes públicos deve restringir suas decisões e pareceres ao cumprimento das leis e
regulamentos em vigor, com isenção e em tempo útil, não podendo, nos processos em
que atue como agente público, ser parte em qualquer um deles, nem exercer sua influência
para favorecer ou indicar terceiros a fim de dirimir eventuais impasses nos respectivos
processos, tampouco prestar a colegas informações privilegiadas, que detém em razão de
seu cargo.
5.2.14. O arquiteto e urbanista encarregado da direção, fiscalização ou assistência técnica
à execução de obra projetada por outro colega deve declarar-se impedido de fazer e
de permitir que se façam modificações nas dimensões, configurações e especificações e
outras características, sem a prévia concordância do autor.
5.2.15. O arquiteto e urbanista deve rejeitar qualquer serviço associado à prática de
reprodução ou cópia de projetos de Arquitetura e Urbanismo de outrem, devendo contribuir
para evitar práticas ofensivas aos direitos dos autores e das obras intelectuais.
5.2.16. O arquiteto e urbanista, enquanto membro de equipe ou de quadro técnico de
empresa ou de órgão público, deve colaborar para o legítimo acesso de seus colegas e
colaboradores às devidas promoções e ao desenvolvimento profissional, evitando o uso
de artifícios ou expedientes enganosos que possam prejudicá-los.
5.3. Recomendações:
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associados ou empregados, e contribuir para o aperfeiçoamento profissional destes.
6.1. Princípio:
6.2. Regras:
6.2.1. O arquiteto e urbanista deve colaborar com o CAU em suas atividades de orientação,
disciplina e fiscalização do exercício profissional.
6.2.2. O arquiteto e urbanista deve colaborar com o CAU para o aperfeiçoamento da prática
regular da profissão.
6.2.3. O arquiteto e urbanista que se comprometer a assumir cargo de conselheiro do CAU
deve conhecer as suas responsabilidades legais e morais.
6.3. Recomendações:
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CONCEITUAÇÕES
5 CONCEITUAÇÕES
5.1 INTRODUÇÃO
As atribuições de que trata o art. 2º da Lei nº 12.378 aplicam-se aos seguintes campos
de atuação, conforme seu parágrafo único:
I - de Arquitetura e Urbanismo, concepção e execução de projetos;
II - de Arquitetura de Interiores, concepção e execução de projetos;
III - de Arquitetura Paisagística, concepção e execução de projetos para espaços externos,
livres e abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente
ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial;
IV - do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico, arquitetônico, urbanístico, paisagístico,
monumentos, restauro, práticas de projeto e soluções tecnológicas para reutilização,
reabilitação, reconstrução, preservação, conservação, restauro e valorização de edificações,
conjuntos e cidades;
V - do Planejamento Urbano e Regional, planejamento físico-territorial, planos de intervenção
no espaço urbano, metropolitano e regional fundamentados nos sistemas de infraestrutura,
saneamento básico e ambiental, sistema viário, sinalização, tráfego e trânsito urbano e
rural, acessibilidade, gestão territorial e ambiental, parcelamento do solo, loteamento,
desmembramento, remembramento, arruamento, planejamento urbano, plano diretor,
traçado de cidades, desenho urbano, inventário urbano e regional, assentamentos humanos
e requalificação em áreas urbanas e rurais;
VI - de topografia, elaboração e interpretação de levantamentos topográficos cadastrais para
a realização de projetos de arquitetura, de urbanismo e de paisagismo, foto-interpretação,
leitura, interpretação e análise de dados e informações topográficas e sensoriamento
remoto;
VII - da tecnologia e resistência dos materiais, dos elementos e produtos de construção,
patologias e recuperações;
VIII - dos sistemas construtivos e estruturais, estruturas, desenvolvimento de estruturas e
aplicação tecnológica de estruturas;
IX - de instalações e equipamentos referentes à Arquitetura e Urbanismo;
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X - do Conforto Ambiental, técnicas referentes ao estabelecimento de condições climáticas,
acústicas, lumínicas e ergonômicas, para a concepção, organização e construção dos
espaços;
XI - do Meio Ambiente, estudo e avaliação dos impactos ambientais, licenciamento
ambiental, utilização racional dos recursos disponíveis e desenvolvimento sustentável.
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monetário de um imóvel;
Cadastro técnico multifinalitário – registro de dados que servem de base para toda a
infraestrutura de dados geoespaciais referentes a parcelas territoriais de um país;
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trabalho;
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vida da população residente na área e suas proximidades;
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Manutenção – atividade que consiste em conservar espaços edificados e urbanos,
estruturas, instalações e equipamentos em bom estado de conservação e operação;
Perícia – atividade que consiste na apuração das causas de determinado evento, na qual
o profissional, por conta própria ou a serviço de terceiros, efetua trabalho técnico visando
a emissão de conclusão fundamentada;
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Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) – instrumento
técnico para desenvolvimento da atividade turística, orientando investimentos, estratégias
e ações, com vistas à melhoria da capacidade de gestão dos polos turísticos;
Plano de manejo – documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos
gerais de uma área sujeita a regime especial de proteção,se estabelece o seu zoneamento
e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive
a implantação das estruturas físicas necessárias à sua gestão;
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edifício foi concebido;
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ÁREAS DE ATUAÇÃO PRIVATIVAS
DE ARQUITETOS E URBANISTAS
6 ÁREAS DE ATUAÇÃO PRIVATIVAS DE ARQUITETOS E URBANISTAS
6.1 INTRODUÇÃO
Com a Resolução nº 51, o CAU/BR atende à responsabilidade que lhe foi atribuída pela Lei
nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010, de especificar as atividades, atribuições e campos
de atuação privativos dos arquitetos e urbanistas e os que são compartilhados entre estes
e os profissionais legalmente habilitados em outras profissões regulamentas. Cumpre
referir que este normativo se reveste de importância capital tanto para a Arquitetura e
Urbanismo como para seus profissionais, os quais há décadas vêm assistindo várias das
atividades técnicas que historicamente foram reconhecidas como de sua alçada – projeto
arquitetônico, urbanístico e paisagístico, e aquelas do âmbito do patrimônio histórico –
sendo indevidamente exercidas por outros profissionais que não têm a necessária formação
acadêmica que os credencie para tal.
Essa situação – que atenta contra a segurança das pessoas e do meio ambiente e inviabiliza
o adequado atendimento das necessidades sociais, além de ser prejudicial à profissão e
aos profissionais – se instalou no país juntamente com a instituição do primeiro marco
regulatório das profissões tecnológicas, representado pelo Decreto federal nº 23.569, de
11 de dezembro de 1933. No âmbito desta regulamentação, as atividades, atribuições
e campos de atuação dos então chamados arquitetos estiveram marcados por várias e
amplas áreas de “sombreamento” com os de outros profissionais, tais como engenheiros
civis e agrimensores, também estes regulamentados pelo citado decreto e fiscalizados
pelo Sistema Confea/Crea.
A situação de “sombreamento” acima referida não foi alterada de forma significativa
quando da publicação da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que, além de incluir a
Agronomia no rol de profissões inseridas neste marco regulatório, tratou de forma genérica
as atividades, atribuições e campos de atuação de cada uma delas. Regulamentando
apenas parcialmente o exercício das referidas profissões, esta lei remeteu às resoluções
do Confea a competência de especificar o que seria próprio de cada uma delas, permitindo
que permanecessem grandes áreas de “sombreamento” entre os campos de atuação da
Arquitetura e Urbanismo e os das outras profissões do sistema, sobretudo da Engenharia
Civil e da Agronomia.
Foi somente com o advento da Lei nº 12.378, de 2010, que se apresentaram em
plenitude as condições para a efetiva individualização da Arquitetura e Urbanismo e para
sua diferenciação em relação às demais profissões regulamentadas. Esta lei estabelece, em
seu art. 2º, quais as atividades e atribuições dos arquitetos e urbanistas e, no parágrafo
único deste artigo, quais os campos de atuação a que estas se aplicam. já em seu art. 3º
a lei determina que o CAU/BR especificará as áreas de atuação privativas dos arquitetos e
urbanistas e as áreas de atuação compartilhadas com outras profissões regulamentadas,
destacando no parágrafo 2º do mesmo artigo que serão consideradas privativas de
profissional especializado as áreas de atuação nas quais a ausência ou insuficiência de
formação profissional venha a expor o usuário do serviço prestado a qualquer tipo de
dano ou de risco à sua segurança ou saúde ou ao meio ambiente.
Na Resolução ora apresentada, as atividades, atribuições e campos de atuação
privativos dos arquitetos e urbanistas e aqueles compartilhados com outras profissões
regulamentadas foram especificados em estrita observância ao que determina a Lei nº
12.378, de 2010, confirmando o caráter uniprofissional da Arquitetura e Urbanismo e
tomando como referência as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação
desta profissão vis-à-vis as correspondentes diretrizes dos cursos referentes às demais
profissões técnicas regulamentadas. Cuidou-se, ao mesmo tempo, de verificar e respeitar
o que se encontra estabelecido nos dispositivos legais e nas resoluções que especificam
as atividades, atribuições e campos de atuação referentes às demais profissões técnicas
referidas, de modo a assegurar aos profissionais nelas legalmente habilitados seus
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legítimos direitos, evitando-se que, ao se garantir os direitos dos arquitetos e urbanistas,
se prejudiquem os efetivos e legítimos direitos de outras categorias profissionais.
Arbitragem – atividade técnica que consiste na solução de conflito com base em decisão
proferida por árbitro que, dentre profissionais versados na matéria objeto da controvérsia,
seja escolhido pelas partes nela envolvidas;
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que envolve atividades técnicas relacionadas à concepção e execução de projetos
para espaços externos, livres e abertos, privados ou públicos, como parques e praças,
considerados isoladamente ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial;
Cadastro como construído (as built) – atividade técnica que, durante e após a conclusão
de obra ou serviço técnico, consiste na revisão dos elementos do projeto em conformidade
com o que foi executado, objetivando tanto sua regularidade junto aos órgãos públicos
como sua atualização e manutenção;
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Desempenho de cargo ou função técnica – atividade técnica exercida de forma
continuada e em decorrência de ato de nomeação, designação ou contrato de trabalho,
cujo objeto se insere no âmbito das atividades, atribuições e campos de atuação de
determinada profissão;
Laudo – peça na qual, com fundamentação técnica, o profissional habilitado como perito
relata o que observou e apresenta suas conclusões;
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pelo valor artístico, pelo porte, pelo significado histórico-cultural ou pela antiguidade;
Perícia – atividade técnica que consiste na apuração das causas de determinado evento,
na qual o profissional legalmente habilitado, por conta própria ou a serviço de terceiros,
efetua trabalho técnico visando à emissão de conclusão fundamentada;
Plano – documento que se constitui nas diretrizes gerais formuladas para a implantação
de um conjunto de medidas de ordem técnica, econômica, social ou política, que visam
a determinado objetivo, do qual derivam as ações a serem empreendidas e os projetos
técnicos que conduzirão à execução das obras ou serviços técnicos dele advindos;
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Plano diretor – instrumento técnico que constitui a base para a política de desenvolvimento
e de ordenamento do uso do solo e ocupação urbana, dos normativos urbanísticos e
edilícios, da mobilidade e transporte ou da drenagem pluvial, em áreas de município ou
em regiões metropolitanas, nos termos da legislação vigente;
Projeto arquitetônico – atividade técnica de criação, pela qual é concebida uma obra
de arquitetura;
Projeto urbanístico – atividade técnica de criação, pela qual é concebida uma intervenção
no espaço urbano, podendo aplicar-se tanto ao todo como a parte do território – projeto de
loteamento, projeto de regularização fundiária, projeto de sistema viário e de acessibilidade
urbana;
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suas características essenciais para garantir funções apropriadas ao espaço objeto de
restauração, conservação ou preservação;
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DIRETRIZES PARA A FISCALIZAÇÃO
DA ARQUITETURA DE INTERIORES
7 DIRETRIZES PARA A FISCALIZAÇÃO DA ARQUITETURA DE INTERIORES
7.1 COMPETÊNCIA
Entretanto, conforme dispõe o art. 34, inciso VIII, da referida Lei, compete aos CAU/UF
fiscalizar o exercício das atividades profissionais de Arquitetura e Urbanismo no território
de suas jurisdições. Com vistas ao cumprimento deste dispositivo por parte destes
conselhos, o CAU/BR, ao elaborar um Manual, oferece as condições para a uniformização
dos princípios e dos procedimentos da ação fiscalizatória para todo o país, respeitadas as
peculiaridades regionais.
a. Circunscrição:
Conjunto de elementos que disciplinam a relação de cheios e vazios em ambientes
internos das edificações, sejam as vedações, as aberturas, os volumes, os tratamentos
de superfícies, os pisos e revestimentos, os forros e o mobiliário fixo ou a repetição de
mobiliário padrão, além das instalações prediais (elétrica, hidráulica, lógica e telefonia).
Edificações residenciais, comerciais, de serviços ou institucionais, em geral; Espaços de
Mostras de Arquitetura e Decoração, de feiras e Exposições e de Lançamentos Imobiliários.
b. Fiscalização:
Verificar a existência de responsável técnico pela autoria e/ou execução por meio do(s)
RRT pertinente(s). Observar o disposto no § 4º do art. 16 da Lei nº 12.378, de 2010 para
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alterações que interferiram na concepção arquitetônica original.
c. Procedimentos administrativos:
Após elaboração do Relatório Digital de fiscalização, caso constatada situação de
irregularidade, lavrar Notificação por:
1) ausência de RRT, concedendo prazo de 10 (dez) dias ao arquiteto e urbanista para o
efetivo registro do RRT ou abertura de processo de RRT Extemporâneo, conforme o caso;
ou
2) exercício ilegal da profissão, concedendo prazo de 10 (dez) dias ao proprietário
ou responsável para, quando for o caso, regularização dos serviços por meio de RRT de
profissional legalmente habilitado.
Nas edificações e instalações de caráter efêmero, verificar a existência de RRT pela
autoria e execução do layout e das instalações prediais próprias ao funcionamento da
mostra, exposição ou feira.
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RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS
8 RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS
Com a expansão das redes sociais e, aos diferentes recursos tecnológicos disponíveis os
profissionais da engenharia e arquitetura submetem seus projetos de forma mais rápida e
eficaz aos seus clientes, sem muitas vezes questionar suas responsabilidades e o reflexo
que esta agilidade causa. Como todo mercado competitivo, os profissionais em questão
empenham-se em trazer um diferencial de forma ágil aos seus projetos. Com tais avanços
fez-se necessário uma ampla normatização de processos e de um maior regramento legal
para a proteção do próprio profissional e da sociedade, tendo em vista que a prática da
arquitetura afeta, além do cliente, construtores, fabricantes, fornecedores, que, por tanto,
devem, também, ser considerados pelo profissional. Apesar de com eles não haver uma
infinidade de envolvimentos técnicos e legais
RESPONSABILIDADE ÉTICO-PROFISSIONAL
A responsabilidade ético-profissional rege o exercício da profissão e, deriva de imperativos
morais, de preceitos que o respeito mútuo entre os profissionais em suas relações com
seus clientes e a sociedade, baseados nas normas a serem observadas. É importante
salientar, ainda, que se incluem, entre as responsabilidades ético profissionais aquelas
que se referem à defesa e à preservação do meio ambiente, em conexão direta com o
exercício profissional.
RESPONSABILIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA
A responsabilidade técnico-administrativa formaliza-se na relação entre o profissional,
o cliente e, o Conselho, através do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT). O RTT
basicamente obriga aos profissionais, como exercentes que são de atividades regulamentadas
e fiscalizadas, tanto pelo Ente Público, tanto pelos Conselhos Profissionais, ao cumprimento
das normas, dos encargos e das exigências de natureza técnico administrativas.
RESPONSABILIDADE CIVIL
As normas brasileiras, como o Código de Defesa do Consumidor e o Código Cível impõem
que aquele que causar um dano a outrem tem a obrigação de repará-lo, abrangendo não
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 73
apenas aquilo que a pessoa lesada perdeu, como também o que ela deixou de ganhar.
Podemos exemplificar nesta modalidade as responsabilidades pelo projeto, pela execução
da obra contratada, pela sua solidez e segurança, quanto à escolha e utilização de materiais,
por eventuais danos causados aos vizinhos ou a terceiros. Ou seja, a responsabilidade
do profissional recai sobre a integridade física, a honra ou aos bens do cliente e aos
correlacionados.
RESPONSABILIDADE CRIMINAL
A responsabilidade penal é o dever jurídico de responder pela conduta dolosa ou culposa
que recais sob o profissional responsável. No caso dos profissionais da engenharia,
arquitetura ou agronomia de acordo com a gravidade do fato, as infrações penais serão
dolosas quando há a intenção ou quando o profissional assume o risco de praticá-la, mesmo
não desejando cometê-la. Exemplificando: Ao perceber uma falha no projeto, o mestre
de obra intencionalmente executa a obra conforme o desenho na planta. Já a conduta
culposa, conforme art. 18 do Código Penal, surge quando a infração é consequência de uma
imprudência, imperícia ou negligência, ou seja, quando o profissional não tiver a intenção
de cometer o delito. A imprudência consiste na conduta involuntária de observância de
medidas de precaução e normas de segurança, de consequências previsíveis. A imperícia
é a falta de habilidade, conhecimento ou experiência do profissional, no exercício de
determinada atividade. Por fim, a negligência é a omissão voluntária ou a falta do cuidado
que o bom senso aconselha, em circunstância de consequências previsíveis.
RESPONSABILIDADE TRABALHISTA
A responsabilidade trabalhista advém das relações contratuais assumidas com os
empregados e trabalhadores, obra ou serviço, como por exemplo, os operários, mestres
de obra, técnicos e outros profissionais. Essas obrigações estão diretamente vinculadas
com assinatura da CTPS, Férias, Décimo Terceiro, FGTS, Seguro Salubridade, Acidentes de
Trabalho e demais conquistas sociais de acordo com a categoria.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 74
DIREITO AUTORAL
9 DIREITO AUTORAL NA ARQUITETURA
O Direito Autoral trata da proteção dos direitos que todo o criador tem sobre sua
obra intelectual, sendo esta entendida como a criação resultante do esforço intelectual
humano. O Direito Autoral está disposto em diversos tratados e convenções internacionais,
especialmente a Convenção de Berna que, no Brasil, foi recepcionada pela Constituição
Federal de 1988.
Atualmente, o Direito Autoral está regulamentado em nosso ordenamento jurídico
pela Lei Lei nº 9.610/98, de 19/02/1998 - LDA. A LDA, em seu art. 7º trata das obras
intelectuais protegidas pelo Direito Autoral, prevendo, ali, entre outras, a proteção dos
projetos arquitetônicos:
(...)
Sendo assim, o arquiteto e urbanista possui Direito Autoral sobre suas obras, os quais
dividem-se, de acordo com a LDA, em Direitos Morais e Direitos Patrimoniais.
É através do Direito Patrimonial que o autor poderá auferir remuneração pelo uso de
suas obras, pois estes direitos, ao contrário dos direitos morais, podem ser transmitidos
a terceiros.
No caso do arquiteto e urbanista, é o que acontece quando este profissional é contratado
para elaborar um projeto: aquele que contratar o arquiteto e pagar pelo projeto de uma
casa, por exemplo, estará autorizado a utilizar esse projeto, no caso, construir a casa tal
qual foi projetada. No entanto, a autoria sempre será do arquiteto e urbanista e seu nome
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 76
sempre deverá ser citado, pois este é seu direito moral e, como tal, é intransferível.
Alinhada com as disposições da Lei de Direitos Autorais, é que foi publicada a Lei nº
12.378/2010 que regulamenta a profissão de arquiteto e urbanista e criou o Conselho
de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR. A referida Lei prevê, de forma clara, que
alterações de projetos arquitetônicos somente poderão ser feitas pelo próprio autor do
projeto ou mediante autorização, em respeito, portanto, ao direito moral do autor de
preservar a integridade da sua obra.
As questões envolvendo alterações e obras resultantes de projetos arquitetônicos é das
que mais suscitam dúvidas e questionamentos quando se estabelece um debate sobre o
tema Direito Autoral na Arquitetura e Urbanismo.
A respeito das alterações, podem ocorrer conflito de interesses entre o arquiteto e o
consumidor (aquele que contratou o projeto – o dono da obra), entre o arquiteto autor do
projeto e o arquiteto contratado para elaborar as alterações e entre o arquiteto autor do
projeto e o ente público, quando estivermos diante de projetos/obras contratadas para
atender interesse público.
Todos esses conflitos se estabelecem entre direitos de mesma natureza, visto que o
Direito Autoral, o Direito do Consumidor e a preservação do interesse público são tutelados
pela Constituição Federal, como direitos fundamentais, não havendo prevalência, em tese,
de um direito sobre o outro. No caso de qualquer um desses conflitos a solução deverá ser
pontual e de acordo com as circunstâncias particulares de cada caso.
No caso envolvendo consumidor, contratante de um projeto que se destina a interesse
particular, pode-se admitir pequenas alterações não substanciais, ou seja, que não tenham
o condão de descaracterizar o projeto original, sem que haja violação de Direito Autoral.
Quando houver alteração em obra de interesse privado, por arquiteto não autorizado a
realizá-la, estará estabelecido o conflito de interesses entre profissionais. Se por um lado
o profissional contratado está atendendo às expectativas do seu cliente em realizar as
alterações contratadas, por outro deixou de observar, não só os Direitos Autorais de um
colega, mas infringiu o próprio código de ética profissional. A menos que haja justificativa
plausível, sempre que um profissional for trabalhar em alterações de projetos já existentes,
será necessária autorização expressa para tanto.
Por fim, quanto ao ente público, de regra, devem ser observados os Direitos Autorais,
dando preferência ao autor do projeto em realizar as alterações necessárias, sendo possível
haver dispensa de licitação, quando for o caso. No entanto, no caso concreto, especialmente
quando o assunto envolver custos para o erário e o atendimento de necessidades da
população, o interesse público poderá prevalecer.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 77
data da criação da obra e a presunção de autoria.
Importante referir, visto que ocorre com muita frequência, que os projetos arquitetônicos
podem ser realizados por mais de um autor, estabelecendo-se uma relação de coautoria.
Neste caso, para qualquer tipo de uso da obra, sobretudo a realização de alterações por
terceiros, depende da concordância de todos os coautores.
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HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
10 HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
3ª fase: utilização/ocupação.
10.1.3 Escopo
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 80
Considera-se como serviço de Arquitetura de Interiores àquele que contempla o Escopo
de trabalho técnico, e administrativo, para o processo de projeto (projeto e execução) do
escritório (pessoa física), como relacionado abaixo:
2ª etapa - anteprojeto:
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 81
complementares, se for o caso;
- Coordenação e compatibilização de projetos complementares*, se necessário;
- Contratação de projeto de PPCI*, se necessário;
- Contratação de Laudo de Inspeção Predial*, se necessário;
- Elaboração do projeto executivo (para execução): plantas, cortes e vistas;
- Especificação de materiais e detalhamento de acabamentos;
- Especificação de acabamentos acústicos específicos, quando necessário;
- Detalhamento de mobiliário sob medida;
- Especificação e/ou assessoria para aquisição de mobiliário pronto;
- Especificação e/ou assessoria para aquisição de elementos decorativos*;
- Elaboração de imagens perspectivas;
- Elaboração de maquete eletrônica*, se necessário;
- Utilização de tecnologias para apresentação 3D*, se necessário;
- Elaboração de documentação - projeto legal* - para aprovação junto aos órgãos
públicos, se necessário (exemplo: Vigilância Sanitária);
- Entrega, aprovação do projeto e apresentação de Termo de Recebimento de projeto
de Arquitetura de Interiores;
- Elaboração e entrega de Manual de Orientação do Usuário – MOU (Memorial Descritivo
de Projeto de Arquitetura de Interiores);
- Levantamento posterior de obra, conforme construída, e registro “as built” *, se
contratado;
- Registro de RRT – CAU de projeto executivo de Arquitetura de Interiores.
3ª fase: utilização/ocupação:
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- Entrevista(s) e reuniões com o(s) cliente(s)*;
- Aplicação de Pesquisa de pós-ocupação e de satisfação do cliente*;
- Elaboração de relatório e entrega;
- Registro de RRT – CAU de Avaliação Pós-ocupação.
*Estes itens são considerados Serviços Agregados pela AAI Brasil/RS: são aqueles que não
fazem parte do Escopo básico de serviços necessários para a elaboração de projeto e/ou
imprescindíveis para a sua execução. Devem ser, entretanto, e se for o caso, considerados
também no cálculo de honorários profissionais, de acordo com a sua representatividade
no conjunto do processo de projeto (projeto e execução).
10.1.4 Tempo:
A Tabela deve ser utilizada apenas como uma referência geral. A prática da gestão do
escritório é fundamental para a justa cobrança de honorários profissionais.
10.2.1 Percentual sobre o valor real gasto pela entidade, ou estimativo – para
execução de projeto
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 83
de projetos de Arquitetura de Interiores, consiste em aplicar um percentual sobre o valor
real gasto na execução do projeto ou sobre o valor apurado em um orçamento estimativo,
conforme o Grupo em que se insere, calculado conforme as indicações abaixo:
TEMPO DE ATUAÇÃO DO PERCENTUAL DO VALOR REAL GASTO OU DE
GRUPO
PROFISSIONAL NO MERCADO ORÇAMENTO ESTIMADO
A 0 - 10 anos de 10 a 15%
B mais de 10 anos acima de 15%
Esta modalidade é recomendada para o cálculo de honorários profissionais para
execução de projetos de Arquitetura de Interiores, em especial em ambientes comerciais
de lojas de shopping centers. Neste caso, os profissionais são em geral contratados para
projeto e execução, além da coordenação de projetos complementares - atividade que
pode ter valor apresentado em separado, como Serviço Agregado, podendo ser aplicados
os percentuais sobre o valor real gasto ou sobre o valor total de um orçamento estimativo
para a execução do projeto, apresentado e aprovado pelo cliente.
O valor da prestação destes serviços ou atividades pode ser calculado de acordo com o
Grupo em que se insere, considerando o tempo de atuação do profissional no mercado,
como segue:
GRUPO TEMPO DE ATUAÇÃO NO MERCADO PERCENTUAL DO CUB*
A 0 - 5 anos 15%
B 6 - 14 anos 20%
C acima de 15 anos 25%
*O valor do CUB - Custo Unitário Básico da Construção, utilizado como referência neste Guia, é o CUB
publicado pelo Sinduscon/RS, que tem como base de metodologia de cálculo a NBR 12.721/2006.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 84
Os profissionais que trabalham como empregados, fazendo parte do grupo de
colaboradores de empresas (pessoas jurídicas) de Arquitetura e Urbanismo, devem ser
remunerados por meio de salário.
Para o estabelecimento dos valores de salário de arquitetos e urbanistas, deve ser
considerada a legislação trabalhista do Salário Mínimo Profissional (SMP), em vigor, e
também resoluções do CAU/BR para fracionamentos do valor do SMP, conforme o tempo
acordado para o trabalho, compatível com o serviço prestado.
Observação: no caso em que o profissional busque uma empresa com um produto pronto
para ser colocado em produção, este poderá ser remunerado na forma de royalties, sob
o valor de faturamento do produto ou, ainda, o profissional poderá previamente estipular
um valor fixo pelo qual a empresa pagará para ter todos os direitos sobre o produto.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 85
calculAAI (2018).
O GOP 2018 mantém a publicação da Tabela, em especial por considerar que os novos
profissionais que entram no mercado ainda não têm parâmetros de gestão (tempo, escopo,
domínio das despesas de seus escritórios) suficientes para estabelecer valores para a
cobrança de honorários apenas com base nos métodos de gestão. Sabemos, também,
que a Tabela de Honorários da AAI Brasil/RS é utilizada como referência em questões do
judiciário que envolvem discussão de valores de remuneração, desde que referenciada em
contrato.
Assim, a recomendação da AAI Brasil/RS é para que arquitetos e urbanistas que atuam
em atividades de projeto e execução de Arquitetura de Interiores, utilizem métodos de
gestão para o cálculo de Honorários Profissionais. E, caso utilizem a Tabela de Honorários
para obter orientação com base em CUB/m², devem sempre confrontar o resultado com
valores apurados com instrumentos de gestão de seus escritórios.
Para utilizar a Tabela de Honorários é necessário ter claro o Escopo do trabalho, com todos
os serviços a serem prestados para Projeto e/ou Execução de Arquitetura de Interiores,
buscando inseri-los, da forma mais aproximada, em uma das colunas da PLANILHA DE
SERVIÇOS – GRUPOS DE ESCOPOS.
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PLANILHA DE SERVIÇOS - GRUPOS DE ESCOPOS
GRUPO I GRUPO II GRUPO III
OBRA CIVIL E AMBIENTAÇÃO OBRA CIVIL AMBIENTAÇÃO
Distribuição dos espaços com Distribuição dos
Distribuição dos espaços
alterações estruturais espaços
Distribuição de
Distribuição de mobiliário Distribuição de mobiliário
mobiliário
Distribuição e localização
Distribuição e localização
de pontos para projetos
de pontos para projetos
complementares, conforme
complementares, conforme
Escopo: de elétrico, de
Escopo: de elétrico, de telefonia,
telefonia, de automação, de
de automação, de lógica, de
lógica, de gás, de calefação,
gás, de calefação, de aspiração,
de aspiração, de áudio e vídeo,
de áudio e vídeo, de pontos
de pontos hidrossanitários
hidrossanitários e de drenagem, e
e de drenagem, e de
de condicionamento térmico
condicionamento térmico
Detalhamento das áreas Detalhamento das áreas
molhadas, impermeabilizações molhadas, impermeabilizações e
e exaustões exaustões
Detalhamento de acabamentos Detalhamento de acabamentos de
de forros e pisos forros e pisos
Detalhamentos de Detalhamentos de acabamentos
acabamentos de esquadrias, de esquadrias, rodapés, marcos e
rodapés, marcos e guarnições guarnições
Detalhamento de
Detalhamento de mobiliário
mobiliário sob
sob medida
medida
Especificação de mobiliário Especificação de
pronto mobiliário pronto
Detalhamento de sistemas de Detalhamento de sistemas de
iluminação com especificação iluminação com especificação
Especificação
de luminárias funcionais e de luminárias funcionais e
de luminárias
decorativas e de acabamentos decorativas e de acabamentos
decorativas
elétricos e detalhamento de elétricos e detalhamento de
sistemas de automação sistemas de automação
Especificação de louças
e metais sanitários; Especificação de louças e metais Especificação de
especificação de acessórios sanitários acessórios sanitários
sanitários
Detalhamento de tratamento Detalhamento de tratamento Especificação de
de superfícies; Especificação de superfícies; Especificação de cores (pinturas e
de cores (pinturas e outros) cores (pinturas e outros) papeis de parede)
Detalhamento de sistemas de Detalhamento de sistemas de
vedação e proteção solar vedação e proteção solar
Especificação
de elementos
Especificação de elementos Detalhamento de elementos
decorativos:
decorativos: cortinas, toldos, decorativos: cortinas, toldos,
cortinas, toldos,
brises e persianas brises, e persianas
brises e
persianas
Detalhamento de esperas para
Detalhamento de esperas para
equipamentos eletro-
equipamentos eletro-eletrônicos
eletrônicos e de outros
e de outros equipamentos para
equipamentos para cozinha e
cozinha e serviços
serviços
Especificação
Especificação de elementos de elementos
Detalhamento de elementos
decorativos: tecidos, tapetes, decorativos: tecidos,
decorativos: tecidos, tapetes,
estofaria, objetos e obras de tapetes, estofaria,
estofaria, objetos e obras de arte
arte objetos e obras de
arte
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 87
Detalhamento de esperas para
Detalhamento de esperas para
vegetação e drenagem para Especificação de
vegetação e drenagem para
paisagismo; especificação de vegetação
paisagismo
vegetação
Após estabelecer a relação dos serviços de Escopo a ser contratados com os Grupos
na PLANILHA DE SERVIÇOS – GRUPOS DE ESCOPOS: Obra Civil e Ambientação, Obra Civil,
Ambientação, é definido o Grupo de Escopo que melhor representa (por aproximação) o
serviço a ser prestado, seja Grupo I, II ou III.
P = Projeto (60%)
E = Execução (40%)
P+E = Projeto mais Execução
*O valor do CUB - Custo Unitário Básico da Construção, utilizado como referência neste Guia, é o CUB
publicado pelo Sinduscon/RS, que tem como base de metodologia de cálculo a NBR 12.721 – 2006.
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MÉTODO DE GESTÃO
DO ESCRITÓRIO - VHP
11. MÉTODO DE GESTÃO DO ESCRITÓRIO PELO VALOR HORA
PRODUTIVA - VHP
Em 2018, o método de gestão proposto pela AAI Brasil/RS evoluiu para VALOR HORA
PRODUTIVA (VHP), que deve ser calculado de acordo com as seguintes variáveis:
A. Despesas correntes (mês);
B. Horas Produtivas (mês) = HP.
A. Despesas correntes
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 90
conjunto de Despesas correntes do escritório.
B. Horas Produtivas
Horas Produtivas (HP) é a soma das horas produtivas de todos os membros do escritório:
arquiteto e urbanista, colaboradores (arquitetos e urbanistas), estagiários e empregados.
O tempo de produção do escritório é determinado pela capacidade de trabalho produtivo
do mesmo em um mês.
Observações: em média, pelo horário comercial, uma pessoa trabalha 21 dias úteis/mês
com 8 horas/dia = 168 horas/mês; um estagiário trabalha no máximo 21 dias úteis/mês
com até 6 horas/dia = 126 horas/mês. Nem todas estas horas podem ser consideradas
horas produtivas, motivo pelo qual deve-se calcular o tempo produtivo, de fato, de cada
membro do escritório em um mês.
VHP (Valor Hora Produtiva): o cálculo não contempla lucro, ou risco, apenas paga as
Despesas correntes de produção do escritório, motivo pelo qual é tratado como valor
reembolsável pelo contratante.
Despesas correntes
VHP (Valor Hora Produtiva) = ------------------------------------------------
HP (Horas Produtivas)
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PLANILHA DE DESPESAS CORRENTES DO ESCRITÓRIO
Gestão pelo VALOR HORA PRODUTIVA - VHP
propaganda e publicidade
brindes
domínio de homepage
hospedagem de homepage
impulsionamentos em redes sociais
Blog profissional
outras
Despesas com equipe
1. estagiário(s)
convênio
remuneração
seguro
férias
transporte
2. empregado (s)
salários
INSS
FGTS
13º salário
férias
transporte
outras
Despesas com pró-labore
arquiteto
colaborador(es) arquiteto(s)
INSS
outras
Despesas com terceiros
contador
advogado
assessoria para informática
assessoria de imprensa
segurança
fotógrafo
limpeza
motoboy
outras
Despesas gerais
material de escritório
manutenção e reparos do escritório
material de informática
softwares
material de consumo
material de limpeza
seguro patrimonial
manutenção e reparos do veículo
seguro do veículo
combustível
tarifas bancárias
depreciação e amortização de patrimônio
assinatura de publicações
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PLANILHA DE DESPESAS CORRENTES DO ESCRITÓRIO
Gestão pelo VALOR HORA PRODUTIVA - VHP
participação em feiras e eventos
anuidade do CAU
contribuições sindicais
associações de classe
seguro profissional
outras
Despesas tributárias (PF)
IPTU
IPVA
IR
ISSQN
outras
Despesas financeiras
conta bancária
cartão de crédito
juros
outras
TOTAL DE DESPESAS CORRENTES: R$ ...........
DESPESAS CORRENTES HP
VALOR HORA PRODUTIVA (VHP)
R$ HORAS
VHP = DESPESAS CORRENTES/HP: R$ ..............
Com base no método de gestão pelo VALOR HORA PRODUTIVA (VHP), é necessário
considerar, para cada atividade desenvolvida, as variáveis:
- Escopo, considerando os Serviços Agregados, se contratados;
- Tempo, para desenvolver cada atividade (projeto e execução);
- Risco;
- Lucro.
ESCOPO
A prestação de serviço de Arquitetura de Interiores, para projeto e execução de projeto,
consiste nas seguintes fases e etapas:
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e/ou tombadas como de interesse do patrimônio pelos poderes públicos municipal, estadual
e/ou nacional*; Elaboração de relatório de Vistoria inicial para projeto*, se necessário;
Elaboração de Laudo de Vistoria*, com RRT específico, se necessário; Levantamento do
espaço físico; Levantamento de mobiliários e/ou equipamentos existentes; Levantamento
de elementos decorativos de interesse, existentes e/ou necessários*; Levantamento
fotográfico; Elaboração de programa de necessidades; Definição da concepção de
projeto; Elaboração do estudo preliminar: plantas, cortes e vistas; Elaboração de imagens
perspectivas; Apresentação ao(s) cliente(s), aprovação e elaboração de ajustes necessários;
Registro de RRT - CAU de estudo preliminar de Arquitetura de Interiores, se necessário.
2ª etapa - anteprojeto:
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 94
contratos específicos, se for o caso; Execução de obras com visitas periódicas, conforme
contrato de execução de projeto; Utilização de Registro Diário de Obra*, conforme prevê
a Lei nº 8.666/93, se for o caso; Definição e aquisição de elementos decorativos, e sua
instalação*; Levantamento fotográfico para registro da execução e/ou para publicação*;
Orientação aos clientes e autorização para os pagamentos de terceiros; Prestações de contas
periódicas com documentação fiscal correspondente*;Elaboração de cronograma físico–
financeiro*; Tomar ciência da entrega de manuais de materiais, instalações, equipamentos
e componentes que acompanham os produtos empregados e com os termos de Garantia
dos fornecedores ao(s) cliente(s); Elaboração e entrega de Manual de Orientação do Usuário
– MOU (Memorial Descritivo Como Construído); Elaboração e apresentação de Termo de
Vistoria, para recebimento dos serviços de execução prestados; Registro de RRT – CAU de
execução de projeto de Arquitetura de Interiores.
3ª fase: utilização/ocupação:
*Estes itens são considerados Serviços Agregados pela AAI Brasil/RS: são aqueles que não
fazem parte do Escopo básico de serviços necessários para a elaboração de projeto e/ou
imprescindíveis para a sua execução. Devem ser, entretanto, e se for o caso, considerados
também no cálculo de honorários profissionais, de acordo com a sua representatividade
no conjunto do processo de projeto (projeto e execução).
TEMPO (H)
Conforme o Escopo e contrato firmados, é necessário estimar o Tempo (em horas) para
desenvolver cada atividade prevista, técnica e administrativa.
RISCO
Para cada contrato devem ser previstas as diferentes atividades técnicas e administrativas
necessárias à prestação do serviço. Para o cálculo de honorários é fundamental considerar
um percentual de RISCO, que pode ser aplicado conforme sugerido abaixo:
- Projeto: aplicar 15% sobre o valor total apurado;
- Execução: aplicar 25% sobre o valor total apurado.
LUCRO
Esta variável não costuma ser considerada nas propostas de honorários e deve ser
prevista como uma reserva para investimento e crescimento do escritório ou negócio,
além de pró-labore.
Para definir o valor desta variável, é necessário considerar: o tempo de prática e formação
profissional do arquiteto e urbanista, o investimento em capacitação e aprimoramento
profissional da equipe, a marca reconhecida no mercado, a qualificação da equipe de
trabalho do escritório, a especialidade de atuação em que se insere o escritório, os trabalhos
publicados, e outros itens que agreguem valor ao serviço prestado pelo profissional e
escritório.
Para efeito de cálculo de Honorários profissionais, a AAI Brasil/RS sugere, como referência,
o percentual de 15% sobre o valor total apurado, adicionado o Risco.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 95
PLANILHA DE ATIVIDADES, ESCOPO E HORAS
Honorários profissionais
TEMPO (H)
(por cada atividade, técnica e administrativa, conforme Escopo)
RISCO (%)
(15% para Projeto e 25% para Execução de projeto – sobre total)
A metodologia de gestão e cálculo de honorários pelo VHP adotada pela AAI Brasil/RS
considera os novos arranjos de prestação de serviços pelos arquitetos e urbanistas nos
escritórios (pessoa física), com equipes e no formato de trabalho colaborativo.
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PLANILHA DE ATIVIDADES, ESCOPO E HORAS
Honorários profissionais
Estabelecer o programa de necessidades
Definir o ESCOPO de trabalho, os itens a serem entregues
Discutir a necessidade de assessorias complementares
Verificar normas técnicas e a necessidade de legislação específica de aprovação
Verificar a viabilidade para alterações em edificações listadas e/ou tombadas
Identificar o autor do projeto original
Definir o cronograma para entrega de etapas
Fazer o levantamento do TEMPO, em Horas (H), a serem utilizadas para o
desenvolvimento do projeto
Prever os RISCOS
Organizar portfólio
Formalizar a proposta
3. REUNIÃO ESCRITÓRIO - Segundo encontro com o cliente, apresentar a PROPOSTA
Entregar a PROPOSTA de trabalho e honorários profissionais
Entregar portfólio
Explicar a PROPOSTA, os termos do futuro contrato e a forma de pagamento de
honorários profissionais
Assinar a PROPOSTA para a etapa: estudo preliminar, anteprojeto ou projeto
Definir as assessorias complementares para projeto e a coordenação/
compatibilização dos mesmos
Combinar o gerenciamento das alterações
Apresentar imagens e fotos de trabalhos anteriores
4. ESCRITÓRIO - Elaborar CONTRATO de trabalho e honorários profissionais
Formalizar a proposta em termos de CONTRATO de trabalho e honorários
profissionais
Elaborar o RRT CAU para a etapa: estudo preliminar, anteprojeto ou projeto
5. REUNIÃO CLIENTE - Terceiro encontro com o cliente, apresentar o CONTRATO
Apresentar o CONTRATO
Assinar o CONTRATO
Assinar o RRT CAU para a etapa: estudo preliminar, anteprojeto ou projeto
Receber parcela de honorários profissionais
Estabelecer a contratação de assessorias complementares e a coordenação/
compatibilização
Definir relação com autor do projeto original
Definir e aprovar o programa de necessidades
Combinar as formas e os horários para comunicação
Explicar o gerenciamento das aquisições para execução, se for o caso
Solicitar as plantas dos projetos, caso seja edificação nova ou em construção
6. OBRA - Levantamento do espaço físico
Medir o espaço
Fotografar o espaço
Medir mobiliários e equipamentos, na obra ou em outros locais
Efetuar Vistoria inicial ao local e entorno
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PLANILHA DE ATIVIDADES, ESCOPO E HORAS
Honorários profissionais
7. ESCRITÓRIO - Pesquisar e elaborar a CONCEPÇÃO para PROJETO
Pesquisar tendências
Pesquisar materiais
Pesquisar sobre o estilo de vida ou negócio do cliente
Pesquisar sobre alternativas para projeto
Pesquisar normas técnicas e a necessidade de legislação específica de aprovação
Efetuar Termo de Vistoria inicial
Informar ao autor do projeto original da contratação para a intervenção no espaço
8. ESCRITÓRIO - Elaborar o ESTUDO PRELIMINAR e/ou o ANTEPROJETO
Elaborar plantas do levantamento
Estabelecer o cumprimento às normas técnicas e legislações para aprovação
Elaborar o programa de necessidades
Desenvolver o ESTUDO PRELIMINAR e/ou o ANTEPROJETO
Desenvolver cortes, vistas e perspectivas
Estabelecer a utilização de mobiliário e elementos decorativos (existentes ou
novos)
9. LOJAS E ESCRITÓRIO - Escolher MATERIAIS e TECNOLOGIAS
Visitar lojas e fornecedores para especificações
Adequar a escolha dos materiais e tecnologias ao projeto
10. ESCRITÓRIO - Elaborar ORÇAMENTO ESTIMATIVO ou DEFINITIVO
Pesquisar valores de todos os itens do ESCOPO previsto
Elaborar planilha de ORÇAMENTO ESTIMATIVO ou DEFINITIVO, de acordo com o
ESCOPO
Definir honorários profissionais para assessorias complementares
11. ESCRITÓRIO - Elaborar apresentação do ESTUDO PRELIMINAR e/ou ANTEPROJETO
Finalizar a elaboração das plantas, cortes, vistas e perspectivas
Imprimir e/ou plotar as plantas
Elaborar maquete eletrônica
Imprimir a planilha de ORÇAMENTO ESTIMATIVO ou DEFINITIVO
12. REUNIÃO ESCRITÓRIO - Quarto encontro com o cliente – Apresentar ESTUDO
PRELIMINAR e/ou ANTEPROJETO
Apresentar e aprovar o estudo preliminar e/ou anteprojeto
Apresentar amostras de materiais
Apresentar e aprovar ORÇAMENTO ESTIMATIVO ou DEFINITIVO
Estabelecer a contratação de assessorias complementares
13. ESCRITÓRIO - Desenvolver o projeto EXECUTIVO - detalhamentos
Elaborar projeto para a execução dos serviços
Fornecer projeto de pontos para instalações às assessorias complementares
contratadas
Elaborar alvenarias, demolições e construções
Elaborar distribuição e especificação de pontos elétricos
Elaborar distribuição e especificação de pontos hidráulicos
Elaborar distribuição de pontos de telefonia e lógica
Elaborar definição e especificação de sistema de condicionamento térmico
Elaborar forros e luminotécnica
Elaborar detalhamentos de revestimentos e especificar materiais
Elaborar detalhamento de mobiliário sob medida
Elaborar especificação e listagem de mobiliários prontos e equipamentos
Programar a compatibilização dos projetos complementares contratados
Revisar a planilha do orçamento estimativo, conforme escopo aprovado pelo cliente
Desenvolver maquete eletrônica
Elaborar PROJETO LEGAL para aprovação junto aos órgãos públicos
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PLANILHA DE ATIVIDADES, ESCOPO E HORAS
Honorários profissionais
Elaborar PROJETO EXECUTIVO - detalhamentos para apresentação ao cliente
Elaborar apresentação de conjunto de projetos complementares contratados
Elaborar e apresentar Termo de Recebimento de projetos
14. ESCRITÓRIO - Elaborar Memorial Descritivo de projeto -
Manual de Orientação do Usuário - MOU
Elaborar Memorial Descritivo de projeto e Termo de Recebimento
15. REUNIÕES - Encontros com o cliente, apresentar PROJETO EXECUTIVO
Apresentar PROJETO EXECUTIVO e aprovar os detalhamentos
Entregar o Memorial Descritivo
Apresentar e aprovar a revisão da planilha de orçamento estimativo ou definitivo
Assinar Termo de Recebimento para projetos e Memorial Descritivo
Obs:
Serviços Agregados (atividades): são aqueles que não fazem parte do Escopo básico
de serviços necessários para a elaboração de projeto e/ou imprescindíveis para a sua
execução, que podem ser prestados pelo próprio profissional, caso incluídos no contrato.
Serviços de Terceiros (profissionais): são aqueles contratados de outros profissionais,
caso incluídos no contrato.
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PLANILHA DE ATIVIDADES, ESCOPO E HORAS
Honorários profissionais
Explicar a PROPOSTA, os termos do futuro contrato e a forma de pagamento
para execução
Explicar o ESCOPO previsto e assinar a PROPOSTA
Combinar o gerenciamento das alterações de projeto e de obra
3. ESCRITÓRIO - Elaborar CONTRATO de trabalho e Honorários Profissionais para EXECUÇÃO
Formalizar a proposta em termos de CONTRATO de trabalho e Honorários
Profissionais
Elaborar a RRT CAU para execução
4. REUNIÃO CLIENTE - Segundo encontro com o cliente, apresentar o CONTRATO
Entregar e apresentar o CONTRATO
Assinar o CONTRATO
Assinar o RRT CAU para execução
Receber parcela de honorários profissionais
Combinar as formas e os horários para comunicação
Determinar o gerenciamento das aquisições e pagamentos para execução
5. OBRA - VISTORIA INICIAL à obra
Efetuar a Vistoria Inicial ao local e entorno da obra
Elaborar Termo de Vistoria
6. ESCRITÓRIO e OBRA - Rever o ORÇAMENTO ESTIMATIVO ou elaborar os ORÇAMENTOS
DEFINITIVOS
Visitar a obra c/fornecedores de OBRAS CIVIS - demolições, elét., hid., cond.
térmico, revest., forros e pinturas
Visitar a obra c/fornecedores de ACABAMENTOS - pedras, vidros e espelhos e
equipamentos
Orçar mobiliário sob medida
Orçar equipamentos p/AMBIENTAÇÃO - mobiliário pronto, tapetes, luminárias,
adornos, elementos decorativos e cortinas
Orçar instalações de equipamentos - eletros, telefonia, lógica, automação, som
e imagem
Elaborar planilha de ORÇAMENTOS, com alternativas, conforme o
escopo aprovado
Organizar as contratações de serviços complementares
7. ESCRITÓRIO - Elaborar CRONOGRAMA para execução
Elaborar o CRONOGRAMA para execução dos serviços
8. REUNIÃO CLIENTE - Terceiro encontro com o cliente, apresentar ORÇAMENTOS
DEFINITIVOS e CRONOGRAMA
Apresentar e aprovar os ORÇAMENTOS
Apresentar e aprovar o CRONOGRAMA
Estabelecer data para início e fim dos trabalhos
Definir o gerenciamento das aquisições e pagamentos para execução
Providenciar documentos para liberação de obras e placa
9. OBRA e ESCRITÓRIO - Rotina para execução de OBRAS CIVIS
Marcação e medição das alvenarias, demolições e construções
Marcação e medição para distribuição de pontos elétricos, de telefonia, lógica,
automação, som e imagem
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PLANILHA DE ATIVIDADES, ESCOPO E HORAS
Honorários profissionais
Marcação e medição para distribuição de pontos hidráulicos
Marcação e medição de aparelhos e instalações para condicionamento térmico
Marcação e medição de forros e pontos para luminárias
Marcação e medição de revestimentos e materiais de acabamentos - pedras,
vidraçaria, esquadrias, rodapés, papéis de parede
Elaborar CONTRATOS de prestação de serviços e/ou de fornecimento de
materiais para assinatura do cliente
Solicitar RRT (ou ART) dos prestadores de serviços técnicos profissionais
complementares
Programar com os fornecedores a compatibilização das instalações
Adquirir materiais e programar fretes e entregas
Contratar os fornecedores de mão-de-obra para OBRAS CIVIS
Elaborar planilha para aquisições e controle de materiais e serviços para
OBRAS CIVIS
Elaborar CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO para OBRAS CIVIS
Elaborar relatórios de OBRAS CIVIS para controle do cliente
Manter o DIÁRIO DE OBRAS, caso necessário
Elaborar levantamento fotográfico
ROTINA DIÁRIA de execução para OBRAS CIVIS (visitas)
Verificar condições de segurança
Prevenir RISCOS
Providenciar limpeza de obra
Providenciar correto descarte de materiais
10. OBRA e ESCRITÓRIO - Rotina para execução de AMBIENTAÇÃO
Marcação e medição de mobiliário sob medida - marcenaria
Marcação e medição de revestimentos e acessórios
Medição para mobiliários prontos e equipamentos - conforme o especificado
Adquirir luminárias e acabamentos elétricos
Adquirir materiais de revestimentos
Definir e medir estofarias e cortinas
Adquirir materiais e programar fretes e entregas (tecidos, tapetes, quadros,
objetos, elementos decorativos)
Contratar os prestadores de serviços para AMBIENTAÇÃO
Elaborar planilha para aquisições e controle de materiais e serviços para
AMBIENTAÇÃO
Elaborar CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO para AMBIENTAÇÃO
Elaborar relatórios de obras de AMBIENTAÇÃO para controle do cliente
Manter o DIÁRIO DE OBRAS, se contratado
Elaborar levantamento fotográfico para apresentação ao cliente - Memorial
Descritivo Como Construído (parte do MOU - Memorial de Orientação do Usuário)
ROTINA DIÁRIA de execução para AMBIENTAÇÃO
Verificar condições de segurança
Prevenir RISCOS
Limpeza final e entrega de serviço de execução
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PLANILHA DE ATIVIDADES, ESCOPO E HORAS
Honorários profissionais
11. ESCRITÓRIO - Elaborar documentos para entrega dos serviços de EXECUÇÃO
- Memorial Descritivo Como Construído (parte do MOU - Memorial de Orientação do Usuário)
Elaborar o Memorial Descritivo Como Construído, com revisões e alterações de
projeto
Entregar “as built”, se contratado
Tomar ciência da entrega de manuais de materiais, instalações, equipamentos e
componentes - de materiais e prestadores de serviços e termos de garantias
Elaborar o Termo de Vistoria de execução para recebimento dos serviços
12. OBRA: Quarto, quinto, sexto e sétimo encontros com o cliente - entrega de documentos e
VISTORIA FINAL
Entregar o Manual de Orientação do Usuário - MOU
Vistoriar a obra com o cliente para entrega final
Assinar o Termo de Recebimento do Memorial Descritivo Como Construído (parte
do MOU) e de Vistoria da entrega dos serviços
Obs:
Serviços Agregados (atividades): são aqueles que não fazem parte do Escopo básico
de serviços necessários para a elaboração de projeto e/ou imprescindíveis para a sua
execução, que podem ser prestados pelo próprio profissional, caso incluídos no contrato.
Serviços de Terceiros (profissionais): são aqueles contratados de outros profissionais,
caso incluídos no contrato.
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GESTÃO DO ESCRITÓRIO
12 GESTÃO DO ESCRITÓRIO
INTRODUÇÃO
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Serviços de terceiros
contratados para o projeto
Material empregado no
projeto taxas - RRT
Deslocamentos para o projeto
Tributos diretos 11%
Outros custos diretos do
projeto
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS
LUCRO BRUTO P/PROJETO
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Despesas gerais
Despesas tributárias
Despesas financeiras
TOTAL DAS DESPESAS CORRENTES DO
0,00%
ESCRITÓRIO
RESULTADO DO ESCRITÓRIO 0,00%
Com todas essas informações apuradas, é possível dizer que construímos uma
ferramenta de gestão. Mesmo que incipiente, já é possível analisar as receitas e os custos
que elas geram para conhecer o LUCRO BRUTO. Analisando o LUCRO BRUTO do escritório
(somatório do lucro bruto de cada projeto desenvolvido no período) é possível perceber
que ele precisa ser suficiente para bancar as despesas correntes do escritório e gerar
resultado positivo (lucro) ou não (prejuízo) no período em análise.
Cabe destacar que o pró-labore do profissional deve ser considerado como despesa
corrente de operação do escritório. Assim sendo, o resultado positivo atingido (lucro) será
utilizado para novos investimentos sejam eles profissionais e ou pessoais.
Por fim, com este conjunto de informações, o profissional terá condições de conhecer,
controlar, analisar e tomar as decisões necessárias para o sucesso profissional, inclusive,
qualificando a determinação e fixação de seus honorários profissionais.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 106
CONTRATOS DE PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS
13 CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS
13.3.1 MODELO I
Pelo presente instrumento particular, de um lado ________, CPF (ou CNPJ) nº ______-__,
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 108
domiciliado à _______, nº__ - ___, doravante denominado simplesmente CONTRATANTE, e,
de outro, o arquiteto e urbanista ______, registrado no CAU/___ sob o nº _______, CPF nº
______-__, com escritório profissional situado na _______, nº__ - ___, doravante denominado
simplesmente CONTRATADO, têm, entre si, como justo e acertado o que segue.
CLÁUSULA 1ª - DO OBJETO
Para este contrato, o PROJETO de Arquitetura de Interiores toma como base o Escopo de
trabalho do Guia de Orientação Profissional AAI Brasil/RS – GOP, como relacionado abaixo:
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- Definição da concepção de projeto;
- Elaboração do estudo preliminar: plantas, cortes e vistas;
- Elaboração de imagens perspectivas;
- Apresentação ao(s) cliente(s), aprovação e elaboração de ajustes necessários;
- Registro de RRT - CAU de estudo preliminar de Arquitetura de Interiores, se necessário.
2ª etapa - anteprojeto:
Observação: os itens* são considerados Serviços Agregados pela AAI Brasil/RS - são
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aqueles que não fazem parte do Escopo básico de serviços necessários para a elaboração
de projeto e/ou imprescindíveis para a sua execução. A forma de cobrança de Honorários
poderá ser feita em HT (Horas Técnicas).
II. Para executar os Serviços agregados* será devida pelo CONTRATANTE a importância
de R$______,___ (_____reais) para cada atividade (listar atividades), conforme o cálculo
estimado de ____ Horas Técnicas (HT) necessárias para a elaboração dos serviços, a um
valor de R$ _____,___ por Hora Técnica (HT).
Alternativamente,
Ou:
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a) R$ ______,___ (_____reais) na assinatura do contrato;
b) R$ ______,___ (_____reais) em 30 dias após a assinatura;
c) R$ ______,___ (_____reais) em 60 dias após a assinatura e saldo em 90 dias após
assinatura do contrato.
CLÁUSULA 6ª - DO REAJUSTE
Caso os pagamentos não sejam efetuados nos prazos, lugares e modos estipulados
neste Contrato, sobre as parcelas em mora incidirão multa de 2% (dois por cento), mais
juros de 1% ao mês. O CONTRATADO não ficará obrigado a dar continuidade ao serviço
enquanto durar o atraso nos pagamentos, ficando-lhe de todo assegurado o exercício da
faculdade prevista no Código Civil.
1ª etapa - estudos preliminares: __ dias a partir da assinatura deste (ou ____ dias da data
do levantamento);
2ª etapa - anteprojeto: __ dias após a entrega dos estudos preliminares;
3ª etapa - projeto executivo: __ dias após a entrega do anteprojeto.
I. SERVIÇOS AGREGADOS: são aqueles que não fazem parte do Escopo de trabalho mínimo,
necessários para a elaboração de Projeto, e/ou imprescindíveis para a sua execução.
Poderão ter honorários profissionais estabelecidos à parte.
II. DOCUMENTOS: serão fornecidos pelo CONTRATANTE todos os elementos necessários
ao eficiente desempenho profissional do CONTRATADO.
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IV. DENÚNCIA: o presente instrumento poderá ser denunciado, unilateralmente, por
ambas as partes, mediante comunicação por escrito, com antecedência mínima de ___
dias, caso em que deverão ser pagas pelo CONTRATANTE todas as despesas, até então
autorizadas, quando este der causa ao desfazimento da relação, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos.
VII. DESPESAS: esta proposta não inclui o pagamento de despesas de quaisquer espécies
(como, por exemplo, cópias, taxas como RRT – Registro de Responsabilidade Técnica do
CAU, plotagens e serviços assemelhados, etc.). Quando ocorrerem estas, o CONTRATANTE
as reembolsará, sendo tais pagamentos independentes dos previstos e poderão ser
faturados diretamente para o CONTRATANTE. O CONTRATANTE reembolsará as despesas
de deslocamento (transporte, alimentação e hospedagem) para serviços prestados fora do
perímetro de atuação do escritório.
XII. RESPEITO AO DIREITO AUTORAL 2: De acordo com a Lei de Direito Autoral (Lei nº
9.610/98), a interrupção dos trabalhos na 1ª ou 2ª etapa não confere ao CONTRATANTE
o direito de executar o projeto sem a prévia autorização, preferencialmente por escrito,
por parte do autor do projeto. No entanto, se o projeto for concluído nas suas três etapas,
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 113
o CONTRATANTE adquire automaticamente o direito de executá-lo com o profissional ou
empresa de sua escolha e preferência. Caso o projeto não seja executado pelo seu autor,
isto não confere ao CONTRATANTE e/ou executante o direito de alterá-lo ou modificá-lo,
sem a prévia autorização do profissional autor do projeto.
___________________ ______________________
CONTRATANTE CONTRATADO
NOME/CPF OU CNPJ Nº NOME/CPF Nº
___________________ ______________________
TESTEMUNHA TESTEMUNHA
CPF Nº CPF Nº
13.3.2 MODELO II
Pelo presente instrumento particular, de um lado ________, CPF (ou CNPJ) nº ______-__,
domiciliado à _______, nº__ - ___, doravante denominado simplesmente CONTRATANTE, e,
de outro, o arquiteto e urbanista ______, registrado no CAU/___ sob o nº _______, CPF nº
______-__, com escritório profissional situado na _______, nº__ - ___, doravante denominado
simplesmente CONTRATADO, têm, entre si, como justo e acertado o que segue.
CLÁUSULA 1ª - DO OBJETO
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 114
Observação: caso seja contratada a execução de projetos técnicos complementares,
estes farão parte deste instrumento, com seus respectivos RRT, ou ART.
Execução de obra, serviço ou instalação – atividade em que o profissional, por conta própria
ou a serviço de terceiros, realiza trabalho técnico ou científico visando à materialização do
que é previsto nos projetos de uma obra, serviço ou instalação, segundo a resolução n° 21
do CAU/BR.
A Arquitetura de Interiores, segundo a Resolução nº 51 do CAU/BR é o campo de atuação
profissional da Arquitetura e Urbanismo que consiste na intervenção em ambientes internos
ou externos de edificação, definindo a forma de uso do espaço em função de acabamentos,
mobiliário e equipamentos, além das interfaces com o espaço construído – mantendo ou não
a concepção arquitetônica original –, para adequação às novas necessidades de utilização.
Esta intervenção se dá no âmbito espacial; estrutural; das instalações; do condicionamento
térmico, acústico e lumínico; da comunicação visual; dos materiais, texturas e cores; e do
mobiliário.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 115
- Registro de RRT – CAU de execução de projeto de Arquitetura de Interiores.
Observação: os itens* são considerados Serviços Agregados pela AAI Brasil/RS - são
aqueles que não fazem parte do Escopo básico de serviços necessários para a elaboração
de projeto e/ou imprescindíveis para a sua execução. A forma de cobrança de Honorários
poderá ser feita em HT (Horas Técnicas).
II. O CONTRATADO poderá manter um Diário de Obra (Anexo), onde serão registradas
todas as considerações relevantes, por parte do CONTRATADO, do CONTRATANTE ou seu
representante, e dos fornecedores em geral.
Ou:
Ou:
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 116
II. Para executar os Serviços agregados* será devida pelo CONTRATANTE a importância
de R$______,___ (_____reais) para cada atividade (listar atividades), conforme o cálculo
estimado de ____ Horas Técnicas (HT) necessárias para a elaboração dos serviços, a um
valor de R$ _____,___ por Hora Técnica (HT).
Parágrafo único: Os serviços propostos serão prestados em horário comercial. Caso seja
estabelecida uma rotina de trabalho fora de horário comercial, o CONTRATADO poderá
acertar outra forma de remuneração. (exemplo: Hora Técnica)
Ou:
CLÁUSULA 8ª - DO REAJUSTE
No caso de ser efetuada qualquer interrupção ou atraso nos serviços contratados, em
decorrência de motivos alheios à vontade do CONTRATADO, fica acordado que, quando do
reinício destes, o valor de honorários estabelecido supra, deverá ser reajustado conforme
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 117
o índice financeiro (determinar índice), de modo a manter-se o equilíbrio econômico-
financeiro da relação, respeitando-se o valor do contrato expresso acima.
Caso os pagamentos de honorários não sejam efetuados nos prazos, lugares e modos
estipulados neste Contrato, sobre as parcelas em mora incidirão multa de 2% (dois por
cento), mais juros de 1% (um por cento) ao mês. O CONTRATADO não ficará obrigado a
dar continuidade ao serviço enquanto durar o atraso nos pagamentos, ficando-lhe de todo
assegurado o exercício da faculdade prevista no Código Civil.
Os prazos para a obra serão estabelecidos de acordo com os prazos de contratação dos
próprios fornecedores e de acordo com cronograma elaborado em conformidade com os
mesmos e previsto para o andamento da obra. A obra será realizada dentro dos prazos
previstos no cronograma, salvo a ocorrência de caso fortuito, força maior ou qualquer
outro evento que impeça o CONTRATADO, mediante o emprego das próprias forças, de
atender ao prazo referido.
Este contrato não inclui despesas de deslocamento para serviços prestados fora do
perímetro de atuação do contratado. (Por exemplo, na região metropolitana)
E/ou:
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 118
despendidas para atender essas exigências.
I. SERVIÇOS AGREGADOS: são aqueles que não fazem parte do Escopo de trabalho mínimo,
necessários para a elaboração de Projeto, e/ou imprescindíveis para a sua execução.
Poderão ter honorários profissionais estabelecidos à parte.
VII. DESPESAS: esta proposta não inclui o pagamento de despesas de qualquer espécies
(como, por exemplo, cópias, taxas como RRT - Registro de Responsabilidade Técnica do
CAU, plotagens e serviços assemelhados, etc.). Quando ocorrerem estas, o CONTRATANTE
as reembolsará, sendo tais pagamentos independentes dos previstos. Despesas com cópias,
plotagens, taxas, ou outros poderão ser faturados diretamente para o CONTRATANTE.
O CONTRATANTE reembolsará as despesas de deslocamento (transporte, alimentação e
hospedagem) para serviços prestados fora do perímetro de atuação do escritório.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 119
parte.
XII. ESTREGAS de materiais fora do horário de trabalho acordado entre as partes, deverão
ter o seu recebimento por parte do CONTRATANTE.
___________________ ______________________
CONTRATANTE CONTRATADO
NOME/CPF OU CNPJ Nº NOME/CPF Nº
___________________ ______________________
TESTEMUNHA TESTEMUNHA
Pelo presente instrumento particular, de um lado ________, CPF (ou CNPJ) nº ______-__,
domiciliado à _______, nº__ - ___, doravante denominado simplesmente CONTRATANTE, e,
de outro, o arquiteto e urbanista ______, registrado no CAU/___ sob o nº _______, CPF nº
______-__, com escritório profissional situado na _______, nº__ - ___, doravante denominado
simplesmente CONTRATADO, têm, entre si, como justo e acertado o que segue.
CLÁUSULA 1ª - DO OBJETO
O CONTRATANTE ajusta com o CONTRATADO o ACOMPANHAMENTO da execução
de projeto de Arquitetura de Interiores, de própria autoria, conforme RRT - Registro de
Responsabilidade Técnica do CAU nº______, em imóvel de ______m², situado na ______,
nº__, Município de ______ - ____.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 120
CLÁUSULA 2ª - DA ESPECIFICAÇÃO DO SERVIÇO
Ou:
Ou:
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independentemente
dos prazos de entrega dos serviços. Por exemplo:
a) R$ ______,___ (_____reais) na assinatura do contrato;
b) R$ ______,___ (_____reais) em 30 dias após a assinatura;
c) R$ ______,___ (_____reais) em 60 dias após a assinatura e saldo em 90 dias após
assinatura
do contrato.
Ou:
Caso os pagamentos de honorários não sejam efetuados nos prazos, lugares e modos
estipulados neste contrato, sobre as parcelas em mora incidirão multa de 2% (dois por
cento), mais juros de 1% (um por cento) ao mês. O CONTRATADO não ficará obrigado a
dar continuidade ao serviço enquanto durar o atraso nos pagamentos, ficando-lhe de todo
assegurado o exercício da faculdade prevista no Código Civil.
O Acompanhamento das obras será realizado dentro dos prazos previstos no cronograma
físico de execução da mesma, salvo a ocorrência de caso fortuito, força maior ou qualquer
outro evento que impeça o CONTRATADO, mediante o emprego das próprias forças, de
atender ao prazo referido.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 122
III. DESPESAS: esta proposta não inclui o pagamento de despesas de quaisquer espécies
(como, por exemplo, cópias, taxas como RRT – Registro de Responsabilidade Técnica do
CAU, plotagens e serviços assemelhados, etc.). Quando ocorrerem estas, o CONTRATANTE
as reembolsará, sendo tais pagamentos independentes dos previstos. Despesas poderão ser
faturados diretamente para o CONTRATANTE. O CONTRATANTE reembolsará as despesas
de deslocamento (transporte, alimentação e hospedagem) para serviços prestados fora do
perímetro de atuação do escritório.
CLÁUSULA 9ª - DO FORO
___________________ ______________________
CONTRATANTE CONTRATADO
NOME/CPF OU CNPJ Nº NOME/CPF Nº
___________________ ______________________
TESTEMUNHA TESTEMUNHA
CPF Nº CPF Nº
13.3.4 MODELO IV
CLÁUSULA 1ª - DO OBJETO
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 123
bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.
E/ou:
I - O prazo para execução do ora contratado será de _____ dias (ou meses, etc), iniciando-
se na data de __/__/__ e com termo final em __/__/__, impreterivelmente.
II - O pagamento dos materiais e/ou de mão de obra de serviços contratados será
efetuado nos moldes do orçamento em anexo, ou seja: (repetir os termos do orçamento).
A não execução do objeto deste instrumento nos prazos previstos supra, implicará:
(especificar a forma da multa).
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de autoridades competentes, sobretudo no que diz respeito ao trabalho e à segurança de
seu pessoal e equipamentos.
VIII - O CONTRATADO será o único responsável pela guarda e conservação dos materiais
e documentos que lhe forem entregues, respondendo por eventuais danos ou furtos.
CLÁUSULA 6ª - DA RESCISÃO
CLÁUSULA 7ª - DO FORO
___________________ ______________________
CONTRATANTE CONTRATADO
NOME/CPF OU CNPJ Nº NOME/CNPJ Nº
___________________ ______________________
TESTEMUNHA TESTEMUNHA
CPF Nº CPF Nº
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 125
Observação: os textos em itálico são observações e/ou alternativas.
DIÁRIO DE OBRAS
DADOS INFORMAÇÕES DATA
Endereço:
Contratante:
Dados da obra Contratado (CAU e RRT):
Atividade contratada: Execução, Acompanhamento, etc.
Piso:
Forro:
Elétrica:
Hidrossanitário:
Atividades executadas Iluminação:
Pedras:
Pinturas:
Marcenaria:
Outros:
Acidentes:
Paralizações e imprevistos Adiamentos de prazos:
Falta de recursos:
Arquitetônico:
Estrutural:
Alterações de projetos Elétrico:
Ar Condicionado:
Impermeabilização:
Comentários do
CONTRATANTE
Comentários do
CONTRATADO
Assinatura do responsável
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DOCUMENTOS PARA A
ENTREGA DOS SERVIÇOS
14 DOCUMENTOS PARA ENTREGA DOS SERVIÇOS
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14.2 ETAPAS DO PROCESSO DE PROJETO
3ª fase: utilização/ocupação.
Ao término de cada uma das fases acima descritas, o arquiteto e urbanista responsável
deverá elaborar a sua documentação para entrega dos serviços, de acordo com os que
foram contratados e devidamente prestados.
Ao entregar ao cliente e/ou usuário a 1ª fase, de concepção/projeto de Arquitetura de
Interiores, deverá ser entregue o Memorial Descritivo de projeto de Arquitetura de Interiores,
com as especificações técnicas de materiais, componentes, instalações e tecnologias com
as indicações das informações técnicas necessárias ao desenvolvimento das atividades
de operação, uso e manutenção dos mesmos, bem como, das informações com relação
ao conjunto de prazos de garantias. Estas indicações dizem respeito especificamente ao
material dos próprios fornecedores, tais como catálogos, manuais ou sites.
Para a 2ª fase, de execução do projeto de Arquitetura de Interiores, o arquiteto e urbanista
responsável fornecerá o Memorial Descritivo Como Construído, atualizando o que foi
especificado em projeto, de acordo com o que foi efetivamente realizado/executado. Este
documento contém as indicações para o conhecimento dos procedimentos adequados ao
desenvolvimento das atividades de operação, uso e manutenção dos materiais, tecnologias,
instalações e componentes empregados, bem como, dos prazos e condições de garantias,
assegurando a redução de custos de manutenção e preservação e a vida útil dos mesmos.
De posse destes documentos, o cliente e/ou usuário tem os elementos necessários
como forma de prevenir a devida satisfação com os serviços prestados, ao iniciar a 3ª
fase, de utilização/ocupação. O emprego adequado das indicações para operação, uso
e manutenção é de responsabilidade exclusiva do usuário, estabelecendo o limite da
responsabilidade técnica do profissional.
Técnicas de Avaliação Pós-ocupação (APO), 3ª fase, de utilização/ocupação, têm sido
utilizadas para retornar às etapas de projeto e execução com as informações sobre as
condições reais de apropriação pelos usuários do espaço construído, identificadas a partir
de observações das etapas de operação, uso e manutenção. A qualificação da documentação
técnica produzida ao longo das etapas de projeto e execução e seu direcionamento, no
sentido de esclarecer dúvidas relativas aos procedimentos de operação, uso e manutenção,
e sistematizada na forma de manuais das edificações, tem sido um instrumento válido
para melhorar a comunicação em todo o processo, objeto de atenção deste Guia.
As diferentes conceituações para as atividades e campos de atuação da arquitetura
e urbanismo são encontradas nas Resoluções nº 21 e nº 51 do CAU/BR, além da Lei nº
12.378/2010.
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14.3 COMUNICAÇÃO = QUALIDADE
A comunicação com o cliente e/ou usuário é fator primordial para os prestadores de
serviço que buscam na qualidade um diferencial. A necessidade de prestar as informações
necessárias quanto ao “produto” - neste caso específico, o resultado (edificação) do
processo de trabalho de materialização da intervenção de arquitetura de interiores,
define as responsabilidades de cada uma das partes envolvidas no processo de trabalho e
minimiza os custos de conservação e manutenção.
Nesse contexto, as metas do controle de qualidade a serem atingidas em cada fase do
processo de trabalho de materialização da intervenção de arquitetura de interiores são:
Documentos - MOU:
- Termo de Vistoria inicial para o projeto de Arquitetura de Interiores (se
necessário);
1ª fase: concepção/
- Projeto de Arquitetura de Interiores;
projeto de Arquitetura de
- Projetos complementares (se houver);
Interiores
- Memorial Descritivo de projeto de Arquitetura de Interiores, com
as especificações técnicas de materiais, componentes, instalações
e tecnologias e indicações das informações técnicas necessárias ao
desenvolvimento das atividades de operação, uso e manutenção dos
produtos especificados;
- Termo de Recebimento de projeto(s) e do Memorial Descritivo.
Qualidade: documentar as alterações do projeto ocorridas na fase de
execução dos serviços e prestar as informações necessárias à adequada
utilização do produto.
Documentos - MOU:
-Termo de Vistoria inicial para execução de projeto de Arquitetura de
Interiores (se necessário);
2ª fase: execução do -Memorial Descritivo Como Construído de Arquitetura de Interiores,
projeto de Arquitetura de com as especificações técnicas atualizadas de materiais, componentes,
Interiores instalações e tecnologias e indicações das informações técnicas necessárias
ao desenvolvimento das atividades de operação, uso e manutenção dos
produtos especificados atualizados conforme o construído;
-Conjunto dos manuais de materiais, instalações, equipamentos e
componentes que acompanham os produtos empregados e os termos de
Garantia dos fornecedores;
- Termo de recebimento do Memorial Descritivo Como Construído;
- Termo de Vistoria de execução para recebimento dos serviços prestados.
FASES DO PROCESSO
QUALIDADE /DOCUMENTOS - MOU
DE TRABALHO-ESCOPO
qualidade: empregar adequadamente as indicações para operação, uso
e manutenção; efetuar as vistorias técnicas conforme exigidas pelos
termos de garantias dos fornecedores, respeitando os procedimentos
recomendáveis e a frequência necessária para a manutenção de
componentes, instalações e equipamentos; observar a importância da
3ª fase: utilização/ qualificação técnica do responsável pela atividade de vistoria ou inspeção,
ocupação sendo muitas vezes exigido pelos fornecedores pessoal autorizado próprio.
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14.4 VÍCIOS E GARANTIAS DA CONSTRUÇÃO
SEÇÃO III
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos
produtos e serviços não o exime de responsabilidade.
SEÇÃO IV
Da Decadência e da Prescrição
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto
ou do término da execução dos serviços.
§ 2º Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de
forma inequívoca;
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar
evidenciado o defeito.
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato
do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do
prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
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CAPÍTULO V
SEÇÃO II
Da Oferta
SEÇÃO IV
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
(Redação dada pela Lei nº 8.884/1994, que dispõe sobre a prevenção e a repressão às
infrações contra a ordem econômica).
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do
consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com
as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não
existirem, pela Associação Brasileira de Normas técnicas ou outra entidade credenciada
pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(Conmetro);
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação
de seu termo inicial a seu exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008/1995, que altera
os artigos 4º, 39, 82, 91 e 98 da Lei nº 8.078/1990, do Código de Defesa do Consumidor)
CAPÍTULO VI
Da Proteção Contratual
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14.5 MANUAL DE ORIENTAÇÃO DO USUÁRIO – MOU
14.5.1 APRESENTAÇÃO
Exemplo:
Prezado Cliente...
Atenciosamente,
_____________________________
Arquiteto e urbanista
CAU nº _______
14.5.2 CONCEITUAÇÕES
Alguns cuidados são necessários para a manutenção das garantias dos produtos e
serviços dos fornecedores, com relação à operação, uso e manutenção dos mesmos.
O cliente e/ou usuário deverá respeitar a indicação das Vistorias técnicas, conforme
exigidas pelos termos de garantias dos próprios fornecedores, respeitando os procedimentos
recomendáveis e a frequência necessária para a manutenção de componentes, instalações
e equipamentos. Observe-se que a importância da qualificação técnica do responsável pela
atividade de vistoria ou inspeção, é muitas vezes exigida pelos fornecedores que exigem
pessoal próprio.
Importante se faz destacar os itens relacionados à segurança e salubridade, ou aos
pontos considerados críticos ao seu funcionamento, como eventuais condições especiais
de acesso necessárias aos componentes, instalações e equipamentos, que demandem, por
exemplo, a necessidade de escadas, andaimes, equipamentos especiais de iluminação e
ventilação.
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Endereço:
Fone: e-mail:
14.6 ÍNDICE
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ANEXO II (modelo): MEMORIAL DESCRITIVO DE PROJETO DE ARQUITETURA DE INTERIORES
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ANEXO V (modelo): MEMORIAL DESCRITIVO COMO CONSTRUÍDO
3ª fase: utilização/ocupação
Avaliação de pós-ocupação: APO
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14.7 DEMAIS ANEXOS - MOU
Exemplo:
Cliente e/ou usuário:
CPF/CNPJ:
Endereço:
Endereço do serviço:
Fone: e-mail:
Arquiteto e urbanista:
Projeto de Arquitetura de Interiores
RRT nº: CAU nº:
Endereço:
Fone: e-mail:
Testes
Dorm1 Dorm2 Sanitário Circulação Estar Jantar Cozinha Varanda
Efetuados
Exemplos:
madeira
Piso
arranhada
manchada
Pintura
Rodapés
descascada
Alvenaria
Paredes com
fissuras
Rachaduras Fissuras
Vazamentos
Teto
e mofos
Alumínio
com
Esquadrias
problemas
de vedação
Vidros
Vedações
quebrados
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Cortinas
Inst. Elétr.
Inst. Hidr.
Acessórios
Objetos
Ferragens
Tampos
__________________________________________
Cliente e/ou usuário:
__________________________________________
Arquiteto e urbanista responsável:
Data:
Exemplo:
Cliente e/ou usuário:
CPF/CNPJ:
Endereço:
Endereço do serviço:
Fone: e-mail:
Eu, (cliente e/ou usuário) __________________________, declaro, para todos os fins e efeitos
de direito, que recebi nesta data, com a presença do(s) Responsável(is) Técnico(s) - os
projetos relativos aos serviços contratados para o endereço supracitado, bem como o
respectivo Memorial Descritivo de projeto de Arquitetura de Interiores (documentos do
Manual de Orientação do Usuário – MOU), conforme os itens abaixo:
__________________________________________
Cliente e/ou usuário:
__________________________________________
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 138
Arquiteto e urbanista responsável:
Data:
14.7.3 ANEXO IV - Termo de Vistoria inicial para execução de projeto de Arquitetura
de Interiores
Exemplo:
Cliente e/ou usuário:
CPF/CNPJ:
Endereço:
Endereço do serviço:
Fone: e-mail:
Arquiteto e urbanista:
Projeto de Arquitetura de Interiores
Nome:
RRT nº: CAU nº:
Endereço:
Fone: e-mail:
Testes
Dorm1 Dorm2 Sanitário Circulação Estar Jantar Cozinha Varanda
Efetuados
Exemplos:
madeira
Piso
arranhada
manchada
Pintura
Rodapés
descascada
Alvenaria
Paredes com
fissuras
Rachaduras Fissuras
Vazamentos
Teto
e mofos
Alumínio
com
Esquadrias
problemas
de vedação
Vidros
Vedações
quebrados
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 139
Cortinas
Inst. Elétr.
Inst. Hidr.
Acessórios
Objetos
Ferragens
Tampos
__________________________________________
Cliente e/ou usuário:
__________________________________________
Arquiteto e urbanista responsável:
Data:
Exemplo:
Cliente e/ou usuário:
CPF/CNPJ:
Endereço:
Endereço do serviço:
Fone: e-mail:
Eu, (cliente e/ou usuário), ___________________, declaro, para todos os fins e efeitos
de direito, que recebi nesta data, com a presença do(s) Responsável(is) Técnico(s), os
documentos relativos aos serviços contratados de execução para o endereço supracitado,
bem como o respectivo Memorial Descritivo Como Construído (documentos do Manual de
Orientação do Usuário – MOU), e reconheço que tomei ciência de manuais de materiais,
instalações, equipamentos e componentes que acompanham os produtos empregados e
com os termos de Garantia dos fornecedores, conforme os itens abaixo:
Considerações gerais:
O cliente e/ou usuário se obriga a zelar, conservar e manter:
- o resultado do trabalho de materialização da intervenção de Arquitetura de Interiores
executada, promovendo o que se fizer necessário para este fim, e respondendo pelas
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omissões, excessos ou pelos danos que causar;
- todos os equipamentos e acessórios, promovendo o seu uso adequado e fazendo os
necessários reparos através de assistência técnica direta dos fabricantes. Os serviços para
consertos de defeitos deverão ser feitos pela assistência do fabricante, ou por pessoa
autorizada pela mesma, constituindo o descumprimento pelos adquirentes às regras
estipuladas, a perda do direito de reclamação.
Independente dos termos do Manual de Orientação do Usuário - MOU, o cliente e/ou
usuário se obriga ao cumprimento das referidas regras, sob pena de responder pela sua
omissão.
__________________________________________
Cliente e/ou usuário:
__________________________________________
Arquiteto e urbanista responsável:
Data:
14.7.5 ANEXO VII - Termo de Vistoria para recebimento dos serviços prestados
Exemplo:
Cliente e/ou usuário:
CPF/CNPJ:
Endereço:
Endereço do serviço:
Fone: e-mail:
Arquiteto e urbanista:
RRT nº: CAU nº:
Endereço:
Fone: e-mail:
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 141
ANEXO VII (exemplo planilha)
VISTORIA PARA RECEBIMENTO DOS SERVIÇOS PELO CLIENTE E/OU USUÁRIO
Testes
Dorm1 Dorm2 Sanitário Circulação Estar Jantar Cozinha Varanda
Efetuados
Exemplos:
Piso Perfeitas
Condições
Perfeitas
Rodapés
Condições
Perfeitas
Paredes
Condições
Teto
Perfeitas
Esquadrias
Condições
Perfeitas
Vedações
Condições
Cortinas
Inst. Elétr.
Inst. Hidr.
Acessórios
Objetos
Ferragens
Tampos
Considerações gerais:
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do próprio processo construtivo, que é artesanal, não repetitivo, não industrializável, com
emprego de mão de obra não homogênea;
- deformações e fissuras em função dos esforços solicitantes a que é submetido o
imóvel a casa (cargas, ação do vento, variação térmica, etc);
- diferenças de cor, tonalidade ou textura em elementos de origem mineral ou vegetal,
ou materiais que procurem imitá-los;
- deformações próprias de peças em madeira, que não prejudiquem o seu uso, ou não
ocasionem prejuízo estético excessivo;
- outras variações intrínsecas e próprias do processo construtivo ou dos materiais
aplicados.
__________________________________________
Cliente e/ou usuário:
__________________________________________
Arquiteto e urbanista responsável:
Data:
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METODOLOGIAS E FERRAMENTAS
PARA COLETA DE DADOS PARA
AVALIAÇÃO - PESQUISAS
15 METODOLOGIAS E FERRAMENTAS PARA COLETA DE DADOS PARA
AVALIAÇÃO - PESQUISAS
INTRODUÇÃO
GENERALIDADES
• o espaço construído:
projeto, construção e uso e operação;
• as condições de conforto:
calor, frio, ventilação e iluminação;
• o tipo de negócio:
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 145
produto, preço e promoções;
• as relações pessoais:
atendimento, imagem, cor, tipo de luz e ambiente.
O espaço projetado de uma loja de um shopping center pode ser classificado como um
ambiente “semiprivado”. Uma área comum de um shopping center é chamada de espaço
“semipúblico”, uma vez que, embora pertencente a um grupo privado empreendedor, é
usada para funções públicas, recebendo uma população usuária que dela se utiliza de
modo semelhante àquele que ocorre nos logradouros públicos. No caso das lojas, aqui
classificadas como “ambientes semiprivados”, a corresponsabilidade pelas intervenções
espaciais pode ser atribuída a um universo de pessoas limitado e facilmente identificável.
Neste caso, pode-se quantificar e estratificar qualitativamente e comportalmente.
Pode-se considerar, ainda, que o espaço projetado é parte da definição do cenário de
vendas, além de apresentar a necessidade de atender ao desempenho esperado a um
local de trabalho. Para avaliar o desempenho do espaço como cenário de vendas, o estudo
deve envolver fortemente os aspectos comportamentais, enquanto que, como local de
trabalho, pode-se sugerir que os aspectos funcionais são avaliados juntamente com os
comportamentais.
No caso das pessoas, Sheila Ornstein questiona a forma de verificar o padrão de
satisfação do usuário do ambiente semiprivado. É possível associar ao ambiente construído
um determinado padrão de comportamento do usuário? De acordo com a autora, dentre
outros fatores que afetam o comportamento, podem-se listar fatores como:
• faixa etária;
• preferências e percepção das mercadorias;
• vontade de explorar o ambiente e processar informações, quase que numa forma de
resposta afetiva ao ambiente e de domínio do território.
Segundo Paco Underhill (A magia dos shoppings, 2004), cada vez menos os produtos
distinguem uma loja da outra. De acordo com o autor, quando se entra numa loja pela
primeira vez, os sentidos são aguçados, os olhos varrem o lugar, o cheiro do ar e os
ouvidos procuram sinais que digam exatamente onde o consumidor está. É o ambiente
que favorece uma permanência maior no interior da loja. Entretanto, em alguns casos, as
pessoas demoram no interior de uma loja porque estão se divertindo ali, ou porque têm um
objetivo preciso, e isto é bom. Em outros casos, elas demoram porque a loja é mal concebida
e mal abastecida, e é preciso uma eternidade para se encontrar os produtos desejados, e
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 146
isto é ruim. A Arquitetura de interiores pode interferir nos espaços construídos, de forma
a favorecer (ou não) a permanência do consumidor no interior da loja. Entretanto, é difícil
relacionar um projeto de interiores de uma loja com o comportamento do consumidor em
relação ao ingresso ou não na loja.
MÉTODO DE PESQUISA
1 Etapas da pesquisa
Etapa 1:
revisão bibliográfica; discussão das ferramentas de coletas de dados; reunião com grupo
de arquitetos especialistas.
Etapa 2:
walkthrough (observação 1); reconhecimento de campo;
identificação de aspectos, tais como aceitação da pesquisa por parte dos gerentes das
lojas; coleta inicial de dados: número de gerentes e número de funcionários; pesquisa
piloto.
Etapa 3:
entrevistas com gerentes das lojas da amostra; entrega dos questionários aos
funcionários; observação 2.
Etapa 4:
recolhimento dos questionários; observação 3.
Etapa 5:
Tabulação.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 147
Etapa 6:
discussão e análise preliminar.
Etapa 7:
vistorias/observação técnica 4.
2 Características da amostra
A metragem quadrada das lojas é variável. Desta forma, definiu-se a seguinte classificação
em função da área: lojas pequenas – menos de 50 metros quadrados de área; lojas médias
– entre 50 e 100 metros quadrados de área; lojas grandes – mais de 100 metros quadrados
de área. Assim, a amostra de lojas apresenta as características conforme o gráfico.
Pequena -
menos de 60 m2
66%
Média - entre
60 e 100 m2
24%
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 148
O questionário foi subdividido em quatro partes:
Generalidades:
identificação da loja; conhecimento do responsável pelo projeto de interiores.
Parte A
Perfil do pesquisado.
Parte B
Percepção (questões abertas.)
Parte C
Avaliação da satisfação em relação aos seguintes aspectos:
• letreiro/luminoso externo;
• vitrine externa;
• acesso principal da loja;
• cores da loja;
• espelhos;
• piso interno;
• forro;
• iluminação interna;
• mobiliário;
• exposição interna do produto;
• provadores;
• caixa/pacote;
• sinalização interna;
• espaços para os estoques;
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 149
ANEXO - FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS - PESQUISA
NOME DA LOJA
PARTE A – PERFIL DO PESQUISADO
Função Caixa Pacote
Sexo Masculino
Entre
Menos Entre
13 e
Tempo na função atual de 6 6 e 12 Mais de 24 meses
24
meses meses
meses
Entre
Menos Entre
13 e
Tempo da função na loja de 6 6 e 12 Mais de 24 meses
24
meses meses
meses
Turno Variável
PARTE B – PERCEPÇÃO
Quais os aspectos positivos (qualidades) que percebe na loja?
Quais os aspectos negativos (defeitos) que percebe na loja?
Quais as principais qualidades apontadas pelos clientes consumidores em relação à loja?
Quais os principais defeitos apontados pelos clientes consumidores em relação à loja?
PARTE C – AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO
Considerar I – Insatisfeito; N – Nem insatisfeito, nem satisfeito; S – Satisfeito; NP – Não percebido
Em relação aos itens de projeto abaixo
Justificativa/observações
relacionados, assinale a resposta mais I N S NP
(caso considere necessário)
adequada e justifique
Acessibilidade
Facilidade de acesso a pessoas em
cadeira de rodas
Facilidade de deslocamento, no interior
da loja, de pessoas em cadeira de rodas
Sinalização para acesso de pessoas com
deficiência visual
PARTE C – AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO
Considerar I – Insatisfeito; N – Nem insatisfeito, nem satisfeito; S – Satisfeito; NP – Não percebido
Em relação aos itens de projeto abaixo
Justificativa/observações
relacionados, assinale a resposta mais I N S NP
(caso considere necessário)
adequada e justifique
Acessibilidade
Sinalização para orientação, no interior
da loja, de pessoas com deficiência
visual
Letreiro/luminoso externo
Design
Localização
Sistema de iluminação
Vitrine externa
Espaço destinado à exposição
Sistema de iluminação
Acesso principal da loja
Localização
Tamanho
Cores da loja
Uso de cor nos espaços internos
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Espelhos
Quantidade de espelhos
Localização dos espelhos
Sistema de iluminação nos espelhos
PARTE C – AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO
Considerar I – Insatisfeito; N – Nem insatisfeito, nem satisfeito; S – Satisfeito; NP – Não percebido
Em relação aos itens de projeto abaixo
Justificativa/observações
relacionados, assinale a resposta mais I N S NP
(caso considere necessário)
adequada e justifique
Forro
Tipo de forro
Estética do forro
Iluminação interna
Quantidade de pontos de iluminação
Facilidade de manutenção
Localização dos pontos
Mobiliário
Adequação e conforto dos móveis
Quantidade de móveis
Localização dos móveis
Exposição interna do produto
Forma de exposição
Local destinado à exposição
Tamanho dos espaços destinados à
exposição
Local destinado à exposição
Provadores
Número de provadores
PARTE C – AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO
Considerar I – Insatisfeito; N – Nem insatisfeito, nem satisfeito; S – Satisfeito; NP – Não percebido
Em relação aos itens de projeto abaixo
Justificativa/observações
relacionados, assinale a resposta mais I N S NP
(caso considere necessário)
adequada e justifique
Provadores
Localização e disposição
tamanho dos provadores
Qualidade dos espelhos
Quantidade de espelhos
Localização dos espelhos
Sistema de iluminação
Privacidade
Acessórios e mobiliário
Piso dos provadores
Caixa/pacote
Localização do caixa
Espaço destinado ao caixa
Mobiliário no caixa
Localização do espaço para
empacotamento
Espaço destinado ao empacotamento
Mobiliário no espaço para
empacotamento
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 151
Sinalização interna
Localização do sistema de sinalização
interna
PARTE C – AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO
Considerar I – Insatisfeito; N – Nem insatisfeito, nem satisfeito; S – Satisfeito; NP – Não percebido
Em relação aos itens de projeto abaixo
Justificativa/observações
relacionados, assinale a resposta mais I N S NP
(caso considere necessário)
adequada e justifique
Sinalização Interna
Clareza do sistema de sinalização
interna
Espaços para os estoques
Localização dos espaços
Tamanho dos espaços
Funcionalidade dos espaços
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, a satisfação tem sido definida segundo duas categorias principais.
A primeira caracteriza a satisfação como sendo o resultado da experiência de consumo
(ou de uso) e a segunda integra na definição um caráter comparativo. Entre a maioria das
definições, entretanto, incluem-se três elementos característicos do conceito de satisfação:
é um estado psicológico, tratando-se, portanto, de uma resposta emocional ou avaliação
de uma emoção; posterior ao uso e com caráter relativo, ou seja, é o resultado do processo
comparativo entre a experiência subjetiva vivida pelo cliente e uma base de referência
inicial anterior.
Vários autores têm definido a satisfação de diferentes formas, particularizando-a dentro
de suas atividades, mas não se afastando do conceito geral. Satisfazer significa identificar
ou conhecer as necessidades e desejos dos clientes, atendendo às suas expectativas, ou
excedendo-as.
Este relatório apresenta uma proposta de ferramenta, os resultados e a análise da
pesquisa de avaliação da satisfação dos clientes em relação ao processo de projeto na
Arquitetura de Interiores. O estudo contou com a colaboração de um grupo de arquitetos
e urbanistas do Estado do Rio Grande do Sul.
GENERALIDADES
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 152
contratar o profissional?
• como o cliente identifica o arquiteto de interiores (onde procura o profissional e por
que escolhe determinado profissional)?
• o que o cliente espera do resultado do serviço (projeto e/ou execução) de Arquitetura
de Interiores?
• suas necessidades e expectativas (explícitas e implícitas) são atendidas?
• como é avaliado o processo do projeto?
O método de pesquisa adotado está descrito a seguir.
MÉTODO DE PESQUISA
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 153
• na sua opinião, as necessidades e expectativas dos clientes são atendidas (nunca,
raramente, frequentemente, sempre).
Na segunda parte do questionário, são abordados aspectos relativos à utilização do Guia
de Orientação Profissional AAI Brasil/RS, material fornecido pela AAI Brasil/RS. Nesta parte
do questionário, as questões são fechadas, com as seguintes opções de respostas (escala
de 4 níveis – nunca utiliza, utiliza raramente, utiliza frequentemente, sempre utiliza). As
questões são as seguintes:
• contrato de trabalho cliente/arquiteto: projeto
• contrato de trabalho cliente/arquiteto: execução
• contrato de trabalho cliente/arquiteto: fiscalização
• contratos de trabalho, intermediados pelo arquiteto: cliente/fornecedor
• protocolo de entrega de obra
• manual descritivo
• manual de utilização do proprietário
• diário de obra
• APO – lojas
O método de pesquisa utilizado nesta etapa são as entrevistas, realizadas por telefone
junto a uma amostra de clientes indicados por arquitetos e urbanistas que executam
projetos de Arquitetura de Interiores no Rio Grande do Sul.
Parte A - Comportamento
As questões relativas à análise do comportamento dos clientes são abertas. Neste caso, é
preciso anotar ou gravar a entrevista. Entretanto, se o questionário for enviado ao cliente,
nada impede que ele responda a estas questões sem a orientação do pesquisador.
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 154
fortemente satisfeito).
Parte C – Avaliação geral
A parte C consta de uma avaliação geral, em que o resultado final é analisado pelo cliente.
Inicialmente, sugere-se que o pesquisado atribua uma nota ao interior do imóvel projetado
pelo arquiteto e urbanista. Esta nota pode variar de 1 a 5, considerando-se que a nota 1
corresponde à pior situação, ou seja, o cliente se sente fortemente insatisfeito, e a nota 5
deve ser atribuída ao imóvel quando o cliente se sente fortemente satisfeito.
Questionário n.º
Dados gerais
1. tipo de unidade: [ ] Comercial [ ] Residencial [ ] Corporativo [ ] Outros
2. tipo de projeto: [ ] Completo [ ] Por ambientes
3. Execução: [ ] Equipe do próprio arquiteto [ ] Equipe indicada pelo cliente [ ] Ambos
Parte A – Comportamento
4. Quais as razões (motivos) que o (a) levaram a contratar um arquiteto para o trabalho de interiores?
5. Como você escolheu (onde buscou) o arquiteto que elaborou o projeto de interiores?
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 155
6. Quais as características do arquiteto escolhido que mais influenciaram na decisão de contratar este
profissional?
7. Quais eram suas expectativas em relação ao projeto de interiores?
8. Suas necessidades e expectativas foram atendidas?
9. Observações:
SATISFAÇÃO DO CLIENTE
Avalie os itens a seguir, considerando uma nota de um (1) a cinco (5), sendo:
Um – muito insatisfeito e Cinco – muito satisfeito
PARTE B - ATENDIMENTO PRESTADO PELO ARQUITETO DE INTERIORES
Como você classifica o atendimento prestado pelo arquiteto para o trabalho de Interiores, Nota
em obras concluídas, em relação aos seguintes aspectos:
10. Facilidade de contatar o arquiteto para solicitação do serviço (inicial)
11. Facilidade de contatar o arquiteto durante a execução do projeto
12. Facilidade de contatar o arquiteto após a conclusão do serviço
13. Cortesia do arquiteto (amabilidade no tratamento aos clientes)
14. Rapidez do atendimento
15. Comunicação (explicações em linguagem clara e objetiva)
16. Empenho na identificação e atendimento das exigências específicas
17. Cumprimento de prazos do arquiteto
18. Cumprimento de prazos do(s) fornecedor(es)
19. Conteúdo e abrangência do contrato
20. Detalhamento do orçamento
21. Adequação do projeto às condições financeiras e de interesse do cliente
22. Acompanhamento durante a execução do projeto, por parte do arquiteto
23. Entrega formal da obra, por parte do arquiteto
24. Assistência técnica fornecida pelo arquiteto após a entrega da obra
25. Recebeu um memorial descritivo (fornecedores e materiais) da obra?
Sim [ ] Não [ ]
26. Se recebeu, qual a nota atribuída ao conteúdo e aplicabilidade do Memorial?
27. Se recebeu, qual a nota atribuída à clareza, facilidade de consulta e compreensão do
Memorial?
28. Recebeu um manual de utilização (informações sobre manutenção), quando da
entrega da obra?
29. Se recebeu, qual a nota atribuída ao conteúdo e aplicabilidade do Manual?
30. Se recebeu, qual a nota atribuída à clareza, facilidade de consulta e compreensão do
Manual?
PARTE C - AVALIAÇÃO GERAL
31. Como você se sente em relação ao interior do seu imóvel, projetado pelo arquiteto que atua em
Interiores: Nota de um (1) a cinco (5):
PARTE C - AVALIAÇÃO GERAL
32. Na sua opinião, os espaços projetados por um arquiteto que atua em Interiores são, comparando
com espaços não projetados:
Muito piores [ ] Piores [ ] Nem piores nem melhores [ ] Melhores [ ] Muito melhores [ ]
33. Na sua opinião, a qualidade do projeto é compatível com o valor pago?
Sim [ ] Não [ ] Não sei [ ]
34. Você recomendaria o arquiteto que atua em Interiores que projetou os espaços internos do seu
imóvel a seus parentes e amigos?
Sim [ ] Não [ ] Não sei [ ]
35. Observações complementares:
GUIA DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AAI BRASIL/RS | 11ª EDIÇÃO | 2ª EDIÇÃO DIGITAL | 2018 156
REFERÊNCIAS
ASSED, José Alexandre. Construção civil: viabilidade, planejamento, controle. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1986.
FIKER, José. Manual de avaliações e perícias em imóveis urbanos. São Paulo: Pini, 2001.
KÖNIGSBERGER, Jorge. O Arquiteto e as Leis: manual jurídico para arquitetos. São Paulo:
Pini, 2003.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito de construir. 6. ed. São Paulo: Malheiros, 1994.
SCHMITT, Carin Maria. Orçamentos para a construção civil. Porto Alegre: Departamento
de Engenharia Civil da UFRGS, 1991.
SANTOS, Hugo et al. Roteiro para finalização e entrega de obra. Salvador: Departamento
de Construções da UFBA, 2003.
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