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Curso de Engenharia Civil

ECV 151 – Sistema de Drenagem Urbana


Itens a serem verificados na hidráulica
para drenagem urbana

1. Capacidade de condução do conduto/ canal escolhido;

2. Velocidades de escoamento (mínima e máxima);

3. Em alguns casos (numero de froude, lamina critica,

energia critica).
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As equações de Manning e da Continuidade são
base para dimensionamento do sistema de
drenagem

Q=V×A

V = velocidade média de Q = vazão, em m³/s;


escoamento, em m/s; A = área da seção molhada, em m².

R = raio hidráulico da seção, em m;

I = declividade longitudinal, em m/m;

n = coeficiente de rugosidade de
Manning, adotado 0,018 para o
concreto.

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A rugosidade é representada pela forma e
tamanho das irregularidades do material que forma o
perímetro molhado.
Materiais finos provocam um efeito menor,
reduzindo o valor do coeficiente. Materiais grosseiros
aumentam arugosidade.

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EXEMPLODE APLICAÇÃO
Exemplo: canal trapezoidal de concreto com n=0,018,
S=0,0009m/m, base b=2,50m, talude m=2 (1V: 2H) e Q = 30m3/s.
Achar a profundidade normal y.
 Pré-dimensionamento

A = (b+my)y= (2,5+2.y)y
P= b+2.y(1+m2) 0,5
P= 2,5+2.y(1+m2) 0,5 =2,5+ 4,47y
Velocidade V≤ 4,00m/s para concreto
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Altura normal y
R =A/P
V = (1/n) x R (2/3)) x S(1/2)
Q =A. V

O cálculo é feito por tentativas até obtermos um valor de Q


calculado igual ao Q de projeto.

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 MÁXIMA: pretende limitar o efeito de abrasão às

superfícies;

 A velocidade máxima comumente utilizada por vários

autores é de 6,00 m/s;

 MÍNIMA: visa garantir a auto limpeza dos condutos;

 Adota-se a velocidade mínima entre 0,6 m/se 0,80 m/s.


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TUBOS

Fórmula de Manning considerando-se funcionamento a plena


seção:
3/8
(𝑄. 𝑛)
𝐷 = 1,55.
𝑖

D = Diâmetro [m];
Q = Vazão [m³/s];93
i = Declividade [m/m];
n = Coeficiente de Rugosidade de Manning

*Mínimo de 600 mm para áreas públicas.


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Velocidade mínima na tubulação calculada

0,397. 𝐷2/3 . 0,005


𝑉=
𝑛

D = Diâmetro [m];
i = Declividade [m/m] – declividade mínima de 0,005m/m;
n = Coeficiente de Rugosidade de Manning

*Algumas prefeituras pedem Vmin em função de 10% da vazão.


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Velocidade na tubulação calculada e de projeto

0,397. 𝐷2/3 . 𝑖
𝑉=
𝑛

D = Diâmetro [m];
i = Declividade [m/m];
n = Coeficiente de Rugosidade de Manning

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0,335. 𝐷8/3 . 𝑖
𝑄=
𝑛

D = Diâmetro [m];
i = Declividade [m/m];
n = Coeficiente de Rugosidade de Manning

* Leva em consideração a ocupação de 95% da área do tubo

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Para o dimensionamento das sarjetas, utilizamos as
seguintes equações:
Vazão na Sarjeta Área Molhada na Sarjeta

𝐴𝑚 . 𝑅ℎ 2/3 . 𝑖 𝑤 𝑦 ′
𝑄= 𝐴𝑚 = 𝑦1 + 𝑦 ′ + (𝑇1 − 𝑊)
𝑛 2 2

Perímetro Molhado na Sarjeta

2
𝑃𝑚 = 𝑦1 + 𝑦1 − 𝑦′ + 𝑤2 0,5
+ 𝑦′ 2
+ (𝑇1 − 𝑤)² 0,5

Raio Hidráulico

𝐴𝑚
𝑅ℎ =
𝑃𝑚
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 Velocidade mínima ≥ 0,75m/s, (0,90m/s y/D=1 FHWA);
Discussões sobre microdrenagem
 Velocidade máxima ≤ 5m/s. Nota: <7m/s em trecho muito curto;
 Diâmetro mínimo : 0,30m ou 0,40m ou 0,60m;
 Tubos a seção plena (PMSP, Porto Alegre, FHWA); 0,80/D (Plínio)
ou 2/3 D (instalações prediais pluviais);
 Não há normas da ABNT;
 Período de retorno: 10, 25 ou 50 anos;
 Adotar conforme o risco do local: hospital, edifícios públicos, etc.

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 Em rede de esgoto sanitário:
 𝜏 ≥ 1 Pa: rede de esgotos sanitários (ABNT);
 𝜏 ≥ 1,5 Pa: interceptores de esgotos sanitários (ABNT);
 𝝉 ≥ 2 Pa: rede de águas pluviais;

 Ou velocidade mínima V ≥ 0,75m/s;


 Materiais: 0,01mm a 12mm D50 =0,35mm;
 Resíduos sólidos de drenagem: 150 kg/ha x ano;
 72% materiais orgânicos e 28% materiais inorgânicos.
14% em volume de plásticos.

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Poços de visita, galerias, caixa de ligação,
boca de lobo

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SARJETA

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SARJETA PADRÃO PMSP

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SARJETÃO

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SARJETÃO

132

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Grade, Boca de leão, Boca de lobo, slotted

Boca de leão Boca combinada

Boca de lobo Slotted drain

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Observar oscestos

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Slotted drain inlet

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Instalada no rebaixo de entrada de veículos

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Até 60L/s: lançar na guia e sarjeta;
Se for maior deve-se interligar a um PV e lançar na galeria.

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 Altura da guia normalmente adotado = 0,15m;

 Altura da guia tipo Alphaville = 0,075m;

 Altura de água na boca de lobo normalmente adotada = 0,10m

a 0,12m;

 Declividade lateral Sx normalmente adotado: 2% ou 3%.

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 Largura = 0,90m

 Altura y =0,13m

Q = 1,60 . L. Y1,5

 Q = 1,60 x 0,90 x 0,13 1,5 = 0,067m3/s = 67 L/s

 Entupimento: fator 0,8

 Qf = 67 x 0,8 = 54L/s

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𝑸 = 𝟏, 𝟐𝟓 𝑳 + 𝟏, 𝟖𝟕𝒘 𝒚𝟏,𝟓

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• L = 0,90 m; W = 0,40 m (usual); Sx = 2%; Abertura normal: h =
0,10 m;
• Aplicando Q = 1,25 (L + 1,87 W) . Y 1,5;
• Y = T. Sx = 5,00 x 0,02 = 0,10 m;
• Rebaixo: a = 0,025 m (usual);
• Y≤ h+a = 0,10 m + 0,025 m = 0,125 m;
• Adotando y = 0,125 m
• Q = 1,25 (L + 1,87 W) . Y 1,5
• Q = 1,25 (0,9 + 1,87 x0,4) . 0,125 1,5 = 0,091m3/s = 91 L/s

• Qf = 91 x 0,8 = 73 L/s
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• Com depressão ou sem depressão:
• Exemplo:
• Supondo h = 0,10 m e quando yi ≥ 1,4 x 0,10 = 0,14 m;
Portanto: di = 0,14 m (ver desenho anterior);
Q = 0,67 x A [2g (yi – h/2)]0,5
• L = 0,90 m, h = 0,10 m, A = 0,90 x 0,10 = 0,09 m²;
• Q = 0,67 x 0,09 [2 x 9,81 x (0,14 – 0,10/2)]0,5;
• Q = 0,080 m³/s = 80 L/s;
• Entupimento: fator 0,8;
• Qf = 80 x 0,8 = 64 L/s
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Q = 1,66 . P x y .1,5
• P = soma de todos os lados da grelha (m);
• Y ≤ 0,12 m (FHWA), y = 0,12 m;
• Exemplo: Para uma grela de 90 x 40 cm:
• P = 2 (0,90 + 0,40) = 2,6 m;
• Q = 1,66 . P . y .1,5;
• Q = 1,66 x 2,6 x 0,12 x 1,5;
• Q = 0,136 m³/s = 179 L/s;
• Entupimento: fator 0,6;
• Qf = 179 x 0,6 = 107 L/s
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 Boca de lobo simples: 50 L/s;
 Boca de lobo dupla: 100 L/s;
 Boca de lobo tripla: 150 L/s;
 Grelha simples: 100 L/s;

 Grelha dupla: 200 L/s;


 Grelha tripla: 300 L/s;
 Boca de leão + grelha: 150L/s;
 Boca de leão dupla: 300 L/s;
 Sugestão: padronizar as bocas de lobo.
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Boca de lobo em Araraquara-SP
(problema de entupimento)

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1. Se ultrapassar a capacidade de condução do conjunto guia e sarjeta;
2. Velocidade de escoamento estiver abaixo do mínimo recomendado ou
acima da máxima;
3. Ultrapassar a lamina d’agua máxima
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no conjunto guia e sarjeta;
4. Nos pontos baixos da via (Recomendação de prefeituras);
5. Em esquinas ((Recomendação de prefeituras).
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• As bocas de lobo devem estar acopladas a Caixas
Coletoras confeccionadas em alvenaria, tijolo
maciço ou blocos de concreto, revestidas com
argamassa impermeabilizante tanto na face externa
como na interna;

• Dimensão mínima de 60 centímetros;


• Fundo preenchido com concreto magro com
declividade (3%) para o tubo coletor.
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• Não é Caixa de Retenção de objetos;

• Profundidade mínima deve ser de 1 metro;

• Bocas de lobo de guia, dotar com uma tampa de concreto

ou de aço;

• Nas bocas de lobo de sarjeta, a própria grelha poderá ser

a tampa para acesso à caixa coletora.

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• O diâmetro mínimo do tubo coletor deverá ser de 40
centímetros, mas deve ser dimensionado em função
da vazão de coleta;
• Uma caixa poderá receber a água de diversas bocas
de lobo;
• O Tubo Coletor deverá ser ligado a uma Galeria e a
declividade do fundo deverá ser de no mínimo 3%.

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 Cálculo como Bueiro (não se faz);
 Paulo Sampaio Wilken (PSW);
 Para declividades de 3%.

Diâmetro Q máximo (L/s)


0,40 m 100 L/s
0,50 m 200 L/s
0,60 m 300 L/s

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• Os poços-de-visita são dispositivos especiais que
têm a finalidade de permitir mudanças ou das
dimensões das galerias ou de sua declividade e
direção, interligação de ramais;
• São dispositivos também previstos quando, para um
mesmo local, concorrem mais de um coletor;
• Limpeza e manutenção.

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• Após o dimensionamento e localização das bocas-

de-lobo e sarjetas, devem ser posicionados os

poços de visita que atenderão às bocas-de-lobo

projetadas e demais casos particulares.

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 Conduto livre (Manning):
 Prática: a cada 30 a 40m;
 Mudança de direção ou de declividade;
 Conduto forçado:
 Lançamento em praias com variação da maré.
Fórmula de Hazen-Willians para conduto forçado. A
água não deve chegar a 0,30m da tampa do PV.

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Tubo Tigre ADS (novo)
100 mm a 1500 mm barras de 6
m PV com tubos de 600 mm
V ≥0,9m/s a V≤ 7m/s custa em geral 10%menos que o concreto

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• Não há normas da ABNT;

• Cada cidade define suas normas;

• Mortes: processo NÃO VAI para os engenheiros


responsáveis pela manutenção (boca de lobo,
inundação, sistema superficial);

• Processos na Comissão de Meio Ambiente do CREA: se abstem


( a não ser que tenha mídia...);

• Necessidade de projeto de norma de águas pluviais.

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