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1.

Nome da intervenção/projeto urbano


Borneo-Sporenburg

2. Ano da intervenção
1999

3. Localização
Amsterdã, Holanda

4. Autores
Adriaan Geuze – West 8 Landscape Architects

5. Principais problemas/carências
 acessos da cidade, a gestão hídrica e a segurança
 Neste período as casas do centro da cidade eram altas e estreitas, os telhados inclinados eram
extremamente íngremes e, seguindo o mesmo desenho, havia uma empena triangular íngreme sobre
as janelas e portas da frente.
 O projeto desenvolvido em Amesterdão iniciou-se pela necessidade de reconversão de duas
penínsulas portuárias obsoletas, que nos anos sessenta sofreram com a relocalização de todas as
atividades portuárias para oeste da cidade, possibilitando o desenvolvimento do porto. Este facto
originou o abandono das antigas docas, ficando disponíveis para receber novas atividades
proporcionadas por intervenções de transformação e requalificação urbana.
 Alta densidade de habitações de baixa altura
 Em 1970, a área foi ocupada por nómadas, casas em barco e ocupantes forçosos. Milhares destes
criaram uma larga comunidade alternativa nas docas. A maioria dos nómadas partiu em 1980, quando o
re-desenvolvimento da área começou, mas muitos artistas e donos das casas-barco permaneceram.
Definitivamente influenciou a atmosfera presente nas Eastern Docklands

6. Diagnósticos
 o potencial da área portuária de grande escala deveria ser explorado para atividades relacionadas à
água, por outro lado, o edital previa 2.500 unidades habitacionais baixas, com uma densidade de 100
unidades por hectare.
 O programa buscou 2.500 residências baixas, visando 100 unidades por hectare. Sobre habitação de
alta densidade, a West 8 teve como exemplos a vizinha KNSM e as Ilhas Java.
 Com base no património arquitetónico holandês, o plano proposto pela West8 é inspirado em aldeias
no Golfo Zuiderzee, onde pequenas casas íntimas, descem em direção a água, bem como a relação
sublime entre espaço interior e exterior nas pinturas de Pieter de Hooch e Vermeer.
 A água em torno das docas serve como o espaço público dominante, aberto à cultura do
barco de Amsterdão.
 Estrutura morfológica do projeto e a relação com o sistema de espaços públicos e de
equipamentos comunitários: As edificações em fita configuram espaços públicos e
caminhos estreitos para encaminhar os pedestres e, próximo às edificações perimetrais,
tem-se espaços públicos maiores que abrigam a socialização das pessoas. A relação com os
equipamentos comunitários se dá pelos eixos principais do projeto. Nas proximidades
desenvolvem-se equipamentos de educação e cultura.
 Borneo and Sporenburg é o típico resultado de um planeamento contemporâneo
Holandês, sendo constituído por duas penínsulas na zona Este das docas de
Amsterdã.
 dimensão das ilhas de Borneo e Sporenburg tem cerca de 25 hectares na qual
foi proposto ao projectista interveniente um desenvolvimento de alta densidade (um
total de 2500 habitação).

7. Diretrizes e leitura do projeto


 Uma série de quartos foram criados com diferentes alturas e grau de privacidade. Cada um está
conectado com o exterior de maneira individual, desde uma varanda de dois andares de frente para a
água, até uma varanda com janelas francesas para a sala de estar, uma janela de sacada de vidro para
o quarto e um jardim na cobertura para o estúdio no 'sótão'.
 nova tipologia de casas de três pisos, com acesso ao solo, desviando-se do habitual casa geminada
por estarem fortemente orientadas para o espaço privado, neste caso incorporando pátios e jardins de
cobertura.
 rua animado com foco no terreno individual e proprietário.
  À escala da área como um todo, existe uma relação delicadamente equilibrada entre a repetição das
habitações individuais, a paisagem do telhado e a grande escala das docas.
  tipologia fixa de casas de três andares com acesso ao solo, dando ritmo de fachada pela variação de
blocos e espaços abertos
 Eles também trocaram as casas de canal holandesas comuns com terraços por uma configuração mais
privada com a criação de pátios e jardins no telhado.
 O projeto consistiu na transformação das duas plataformas paralelas, em zonas residências com 2500
unidades habitacionais. O programa exigiu casas suburbanas de baixo rendimento, para ser
introduzida em um ambiente urbano de alta densidade, o triplo da densidade de um típico
desenvolvimento suburbano. Os requisitos resultaram num desenho que apresenta uma interação
rítmica de formas construídas e não construídas.
 Estruturas baixas são organizadas em blocos com faixas estreitas e subdivididas em parcelas
individuais, cada uma contendo um vazio interior que compreende entre 30 a 50 por cento da parcela,
foram desenvolvidos novos protótipos habitacionais que incorporam estes vazios.
 Os projetos resultantes incluem pátios, jardins no telhado e vistas impressionantes da orla. O Projeto
Borneo Sporenburg divide a malha de prédios baixos em três zonas com edifícios residenciais de alto
padrão arquitetónico, ou “blocos escultóricos”, que criam marcos significativos dentro da paisagem
do porto.
 Cheios (tipologia e seus agrupamentos):Sequência de unidades de moradia em fita com
três pavimentos, com volumes repetitivos que se desenvolvem em lotes sem
afastamentos. No miolo de cada uma das quadras desenvolve-se um espaço vazio e por
meio da subtração de volumes geramse espacialidades diferenciadas (terraços e jardins
internos). Os conjuntos dispõem-se, continuamente no território, no alinhamento do
passeio, numa relação direta com a rua, como na Amsterdã histórica.O conjunto também
compreende três edifícios perimetrais com maior densidade e grão maior.

8. Atual situação da área de intervenção


 No caso de estudo em análise, é possível verificar a que a todas as decisões tomadas, demonstraram
grande preocupação em manter as características urbanas da cidade. A estratégia da reconversão
beneficiou das condições geográficas, e procurou a extensão do tecido urbano para antiga zona
portuária preservando assim a forte ligação entre cidade, água e tecido urbano. Ao contrário do
modelo americano, Bornéu e Sporenburg apostou no fomento do setor habitacional e identidade
local.
 Programa: Residencial nas edificações em fita e os edifícios perimetrais possuem programa
de residência multifamiliar, serviços e comércio.

9. Conclusão do grupo

Um masterplan com não apenas um forte respeito pela herança arquitetônica de Amsterdã, mas também
uma nova visão contemporânea; seguindo a cultura de igualdade, tolerância e aceitação da cidade,
desempenhando um papel enorme no equilíbrio das disparidades sociais que ocorrem com tanta
frequência neste tipo de novas áreas habitacionais de alta densidade sem identidade, nem um senso
sensível dos habitantes. Bornéu-Sporenburg: a Veneza de Amsterdã; as casas tocando a água, os reflexos
sobre os canais absorvidos pelo ambiente de vida, a escala íntima, mas ainda os grandes marcos
característicos que trazem diversidade e harmonia, tornando-se uma nova área dinâmica e interessante de
Amsterdã.

https://www.mvrdv.nl/projects/162/borneo-18
https://archello.com/project/borneo-sporenburg-amsterdam

https://www.johndesmond.com/blog/design/borneo-sporenburg-amsterdam-the-netherlands/

http://www.hu.usp.br/wp-content/uploads/sites/613/2019/10/REFER%C3%8ANCIAS-.-borneo-
sporenburg-e-tha-whale.pdf

https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/4462/3/EP16-PauloCesar-PT.pdf

https://upcommons.upc.edu/bitstream/handle/2117/101493/195CAM_SCHAFER_K.pdf?
sequence=1&isAllowed=y

https://docplayer.com.br/73226262-Castelo-joana-andreia-correia-edificios-narrow-caso-de-
borneo-sporenburg-keret-house-e-azuma-house.html

http://urbandesignstudio.net/assets/borneo-2.pdf - diagramas

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