O documento discute a arquitetura residencial na cidade de Havana Velha, Cuba. Ele descreve a evolução histórica dos estilos arquitetônicos residenciais desde o período colonial até os dias atuais, incluindo problemas atuais como superlotação e deterioração. O texto também menciona programas em curso para restaurar as construções históricas e melhorar as condições de habitação.
O documento discute a arquitetura residencial na cidade de Havana Velha, Cuba. Ele descreve a evolução histórica dos estilos arquitetônicos residenciais desde o período colonial até os dias atuais, incluindo problemas atuais como superlotação e deterioração. O texto também menciona programas em curso para restaurar as construções históricas e melhorar as condições de habitação.
O documento discute a arquitetura residencial na cidade de Havana Velha, Cuba. Ele descreve a evolução histórica dos estilos arquitetônicos residenciais desde o período colonial até os dias atuais, incluindo problemas atuais como superlotação e deterioração. O texto também menciona programas em curso para restaurar as construções históricas e melhorar as condições de habitação.
MENÉNDEZ, M. La vivienda en La Habana Vieja. Desarrollo histórico, problemática actual
y programas en curso. Revista Planificación Física-Cuba, v. 7, n. 3, 2004.
La vivienda em La Habana Vieja. Desarrollo histórico, problemática actual y
programas en curso – Madeline Menédez García
O texto diz respeito a arquitetura domestica em Habana velha, que é a protagonista
da sua imagem enquanto malha urbana, de modo, que reúne características tipológicas casa- pátio tradicional, nos quatro séculos de história dessa cidade. De maneira, que contem problemas habitacionais ligados a superlotação e a deterioração, entretanto, seu valor arquitetônico é reconhecido pela forma como a arquitetura se desenvolveu no pais, suas cidades e vitalidade. O centro histórico de Habana Velha, tem uma área de 2,14km², ocupando assim quase 50% do território que compõe o município de Habana como um todo. O centro histórico carrega 5 séculos de história que se exprimem e se refletem em mais ou menos 3.400 edifícios. Entretanto, mesmo com a forte presença arquitetura civil-publica, é precisamente a arquitetura domestica que possui um peso dominante, correspondendo a 81,5% dos edifícios. Edificações religiosas e restos de estruturas de fortificação de períodos passados também se fazem presentes em menor escala. Seu elevado valor patrimonial se evidencia pela conservação de 88% das edificações classificadas entre os graus 1 e 3 de proteção. De modo, que 56,4% dessas edificações correspondem a primeira metade do século XX, época que coincide com o nascimento e desenvolvimento da república Cubana. Nos seus limites do centro histórico há mais ou menos, 66.742 habitantes, distribuídos em 22.623 domicílios, de modo, que 10.251 não reúnem condições adequadas para habitação, ou seja, 45,3 %, integrando uma parte dos imóveis que se transforam em cidadelas, ou surgiram como bairros, que abrigam 41,5% da população. São mais precisamente estas edificações citadas que possuem piores estados de conservação devido a este uso, onde as casas apresentam alto grau de deterioração associadas a falhas estruturais nos telhados e vazamentos, em 47% uma deterioração media, com pequenas rachaduras na paredes e problemas sanitários. 39% são classificadas com condições aceitáveis para moradia A fase colonial se caracteriza pela utilização de materiais de materiais de maior solidez, as casas passam a incorporam os pátios, como uma solução ecológica, abrigando assim diversas funções domesticas. Dessa maneira, começasse a definir padrões de organização que vão estabelecer a estrutura tipológica da arquitetura doméstica. Até o final do século XVII houve uma predominância de edificações baixas, com telhados inclinados e de expressões simples de influência hispano-mudéjar. A casa possui um único cômodo ocupando o primeiro vão, a sala, além de proporções alongadas que inclui o pátio lateral. (Esse tipo se espalharia com pequenas diferenças até as primeiras décadas do século XX.) um pouco mais tarde o hall foi incorporado a casa (XVII), uma solução derivada e estabelecida devido aos primeiros modos de transporte, que exigiam a ocupação de um lote mais amplo que permitiria o aparecimento de ‘galerias perimetrais’ para o pátio, e por vezes, consegue um caráter central em relação as demais áreas da casa. Esse novo tipo doméstico, vinculado aos grupos sociais economicamente mais bem resolvidos, evoluem mais tarde nas chamadas “Casas altas” dividas em dois níveis. O boom da produção açucareira favoreceu o enriquecimento de muitas famílias Havaianas, e isso é expresso nas grandes mansões e palácios que ocuparam os locais mais privilegiados do complexo urbano. De maneira, que a solução para as “sobrelojas” (é sobre laje o correto???) é incorporada e com ela se aperfeiçoa uma clara e precisa divisão de espaço e funções em um mesmo edifício. O térreo é destinado para abrigar as atividades relacionadas a vida urbana, como estacionamento, armazenagem, estábulos e etc., a sobre laje para os ‘servos’ e escritórios, e o andar de cima é onde se desenrola a vida familiar da família abastada, lugar privilegiado em questões de vista climáticas e em condições de privacidade. Essas soluções domesticas serem posteriormente alargadas e sofrem poucas alterações até o século XIX. As alterações nesse padrão se limitaram aos matérias e técnicas construtivas, bem como a passagem de coberturas inclinadas para telhados planos. Em meados do século XIX, com a transferência para outras áreas urbanas da cidade, dessas famílias economicamente mais favorecidas, uma mudança notável começa a ocorrer em termos de comportamento da estrutura da área habitacional, o mesmo se traduz, no aumento das substituições de edifícios, e nas adaptações ao novo regime de arrendamento de grande parte dos casarões, que foram vendidos pelos proprietários. A casa opulenta são transformadas em habitações modestas de várias famílias de baixa renda, chamadas então de “cidadelas” (vilas também poderia ser classificadas assim?) entre as transformações, notasse que no fundo das edificações notasse-se a criação de áreas ligadas a serviços de saúde, geralmente nas galerias dos fundos ou dentro de uma das salas mais recuadas para a parte traseira do edifício. Outro local alternativo é o próprio pátio, junto a parede mediana (?), adaptando um quarto a cozinha, isso incluiria o fogão a carvão, seu exaustor e a chaminé, bem como alguns planaltos localizados na última baia da casa; divisões de instalações para desenvolvimento de cômodos menores; independência, especialmente em casas que ocupam lotes de esquinas, de instalações nos pisos térreos que assimilam funções comerciais e alteram as expressões das faixadas; a independência de um andar térreo inteiro, que seria adaptado para uso comercial ou produtivo, para isso consistiu uma incorporação necessária de uma estrutura colunar arquitravada que se assemelharia a cargas de parede dos pisos superiores, modificando assim, o acesso, a vedação dos pátios e sua ampliação das aberturas das fachadas. Outra alternativa seria a incorporação de uma solução chamada de “cuartería”, que se caracteriza pelo desenvolvimento de uma série de salas alinhadas junto ao pátio, geralmente estreito e alongado. Lavanderia, banheiro e cozinha são espaços de uso coletivo. O período republicano iniciou-se no início do século XX, e com o fim das guerras de independência, percebesse um notável aumento das atividades construtivas concentradas na cidade de Havana, reforçando assim sua expansão. Esta expansão é acompanhada por um processo de construção de substituição, derivado do reconhecimento das importância da manutenção dos valores patrimoniais que compõe seu complexo histórico. Nas primeiras décadas do século XX, as soluções habitacionais da época, do tipo ‘sala e salão” agora desenvolvida em altura, passa a ser mais difundidas. Onde adquirem um certo peso, devido as funções comerciais e produtivas que também aumentaram nessa época, aquelas propriedades que mesclaram as atividades comerciais e habitacionais são chamados então de edifícios mistos. Estes que nasceram na segunda metade do século XIX por meio das transformações rés-do-chão domésticos, nasceram mais tarde no XX com essa caráter. Por volta de 1930 os chamados edifícios apartamentados, que em geral representava um ruptura com o contexto urbano. Nesta fase do período republicano foram estabelecidas as bases de uma conscientização para a defesa patrimonial da cultura nacional, com isso o reconhecimento da importância do patrimônio para a construção da nação. Com isso, temos uma luta sistemática de um grupo de intelectuais e a criação do escritório do historiado em 1938. De modo, que abriram caminho para implantação da arquitetura republicana como dominante, isso graças as portarias de construção de 1861, quanto aos requisitos ornamentativos e estruturais como prumos, alinhamento, paredes de partido, sacada e saliência de cornijas, e outros aspectos que privilegiaram que os edifícios ainda mantenham um diálogo harmonioso e coerente a malha urbana. Apesar disso a manobra política entendeu como excessos, concessões para execução de obras de forte volumetria que transgredia o que estava no regulamento em relação a altura permitida, mas sua relação com contexto foi menos antagônica devido a adoção generalizada dos códigos do ecletismo e ao seu faturamento (???) Após a década de 1940, e principalmente nos anos 50 as expressões arquitetônicas associadas ao movimento moderno começou a se manifestar com mais liberdade, assim as edificações com pobreza menos evidente serão incorporadas, e as vezes com uma menor volumetria contrastante. Do ponto de vista construtivo e em paralelo com esse processo de substituição predial, no fundo residencial iniciou-se uma fase de deterioração acelerada, devido a intensidade do seu uso que afetou a grande maioria das construções do período colonial. A capital no período republicano recebeu inúmeras famílias que buscavam melhores condições de vida e saúde. As mudanças políticas que ocorreram no final da década de 50 paralisou no tempo o processo de substituição das edificações, com os quais é possível preservar a alta coerência e riqueza que caracterizam a malha urbana da cidade de Habana, tornando-se um patrimônio de elemento chave dentro da política cultural estabelecida para a nação desde o início do período revolucionário. Por meio das bases legais de patrimônio estabelecidas em 1977 e 78, o estado Cubano decide enfrentar o processo de restauração do centro histórico, desafio que nasce condicionado pelas limitações econômicas impostas pelos embargos econômicos feitos pelos estadunidenses e pelas situações das construções e em 1982 pela elevação das edificações enquanto patrimônio cultural da humanidade. Os primeiros planos de intervenção são feitos em locais como a Plaza de armas, local da fundação da cidade. Com isso o longo processo de restauração se iniciou e com o passar do tempo o pessimismo enquanto a restauração deu lugar a admiração e espanto com os resultados obtidos. As áreas recuperadas começaram a atrair interesses turísticos, o que possibilitou a percepção das vantagens desse processo. Em relação à habitação e dentro do interesse do resgate patrimonial, a experiência fundamental é transportada por toda plaza vieja, sobre este velho e valioso conjunto de edifícios, onde se iniciou um projeto urbanístico arquitetônico, que tinha como objetivo central a conservação do caráter residencial que historicamente marcou a praça. Devido as limitações econômicas impostas pelos embargos o processo de restauração foi lento e durante a década de 80 essa e outras obras são afetadas pelas crises e pela queda do regime socialista. Para não paralisar este processo de recuperação é tomada a decisão em 1993 de aprovar o decreto de lei 143, que dá o respaldo legal com o qual p escritório do historiador assumiria as continuidades do restauro sob um regime de autofinanciamento, já que antes os custo vinha do governo diretamente. Com isso começasse a se organizar uma estrutura de investidores que se voltaria para possibilitar uma nova dinâmica que apoiasse na conveniente exploração do patrimônio, seja capaz de gerar recursos para a continuidade do processo de restauro. Essas novas condições permitiram um fortalecimento do projeto e uma ampliação do programa com forte enfoque social, como os programas voltados para saúde, consultórios, clinicas da criança, lar maternidade, biblioteca pública e etc. desta maneira, o patrimônio recuperado começa não apenas garantir a continuidade do processo, mas também pode financiar, a reabilitação socioeconômica que dará a esperada integridade ao projeto do centro histórico A ação destinada a transformar o panorama negativo do fundo residencial iniciada em 1994, teve duas direções. Uma delas seria a criação de novos fundos em áreas urbanas externas, o que facilitou a rapidez do processo graças as tecnologias consideradas, ao mesmo tempo que evitou os riscos derivados da inserção contemporânea. No conjunto histórico, as obras de restauração e reabilitação de edifícios existente, de modo que as principais áreas de ação nesse sentido as principais obras seriam por um lado inovador do plano integral de reabilitação do bairro San Isidro, e por outro, a continuidade e aceleração da recuperação do valioso conjunto da praça velha. O aumento do ritmo construtivo e de restauro propiciado pelo novo modelo de gestão, permitiu então, a incorporação de programas voltados para habitação. A criação de novos fundos residenciais passaram então a ser orientados, em paralelo, para os espaços disponíveis no tecido histórico assumindo agora o desafio representado pela inserção contemporânea Dentre os principais programas desenvolvidos atualmente, visando a solução gradativa do problema habitacional é importante destacar: o Plano integral de reabilitação do Bairro San Isidro; a criação de novos fundos habitacionais; a criação de casas de transito; intervenções de reparação e reabilitação de habitações que compõe as áreas prioritárias do centro histórico; recuperação das casas no bloco 148; programas de emergência de deslizamento de terra; ressuscitação de conjuntos habitacionais devido a trabalhos induzidos; obras ligadas a recuperação comercial na rua do bispo.