Você está na página 1de 30

FÓRUM TEMÁTICO

ANÁLISE CRÍTICA ENTRE OS PERÍODOS


MODERNISTA E CONTEMPORÂNEO
TEORIA E CRITICA DA ARQUITETURA
PROFESSORA: GISELLE LEAL
ALUNA: JADE BRAGA
MODERNISTA
Villa Savoye

Arquiteto: Le Corbusier
Ano de Construção: 1928-1931
Localização: Poissy, París, França
Uso: Residencial
• Partido arquitetônico adotado
A casa fica localizada em meio à
grama como um ''objeto'', sem
interferir no entorno natural,
formado por um campo cercado de
árvores. A ideia era viver no
campo, mas com a vantagem de
estar á apenas 30km de Paris. Os
pilotis foram estrategicamente
projetados para que os automóveis
pudessem contornar os serviços
comuns, parar no meio, na porta
do vestíbulo, entrar na garagem ou
seguir seu caminho de saída.
Organização espacial

A organização espacial da casa desenvolve-se A casa devide-se em 3 pavimentos:


a partir da rampa, responsável pela circulação O pavimento térreo abriga a maior parte do setor de serviço.
principal e por distribuir a dinâmica espacial O primeiro pavimento abriga o mais importante espaço social e
entre os pisos. todo o setor íntimo.
Outro aspecto é o conceito de planta livre, o O segundo pavimento consiste em um solarium.
que proporciona maior diversidade para os
espaços internos e também maior o setor social é amplo e integrado com o exterior, o setor intimo é mais
flexibilidade para sua articulação. reservado.
Cada pavimento possui uma forma
volumétrica diferenciada. A ideia da

FORMA casa ser sobre pilotis é considerada a


proposta do programa, justificando a
''soltura'' do volume principal sobre o
terreno e a liberação do mesmo para a
circulação.
O volume térreo, que possui forma
curva, articula as entradas e pode ser
definido como um espaço de transição
sobre o interior e exterior, um local que
é ao mesmo tempo aberto e coberto,
iuminado e sombreado.
O volume do primeiro pavimento é
definido por uma caixa retangular, sua
massa branca gera unidade para a
forma. Essa característica, juntamente
com os pilotis, assegura uniformidade
entre as fachadas.
No solarium, busca-se o uso de
analogias naútias para a composição
das suas formas curvilíneas.
CIRCULAÇÃO

A circulação e os acessos foram pensados com base no conceito de passeio arquitetural. Esse conceito está presente desde a chegada, onde a
entrada principal é oposta ao acesso principal da casa. O recuo do volume que fica sob o bloco principal, define uma transição interior X
exterior, criando um caminho coberto para que o automóvel chegue a garagem, desembarcando os passageiros na entrada principal. A
circulação vertical é feita através de uma escada em espiral que está em direção oposta a rampa que se situa no eixo central da casa, sendo
esta a coluna vertebral do conceito projetual de passeio arquitetural. No primeiro pavimento os espaço são distribuídos em volta da rampa,
que está adjacente a um terraço jardim, chegando até a cobertura, onde o passeio é finalizado com a presença do solarium.
Funcionalidade- térreo
O OBJETIVO FUNDAMENTAL É OBTER UMA
CONSTRUÇÃO BEM CONDICIONADA PARA HABITAR,
ADAPTANDO A ESTRUTURA À ESCALA DAS PESSOAS
PARA PROPORCIONAR MAIOR CONFORTO.
OS PILARES ELEVAM A CASA, DE TAL MANEIRA QUE
SE PRODUZ UMA DIAFANEIDADE MUITO
INTERESSANTE, PODENDO SER UTILIZADA PARA
OUTRAS FUNÇÕES DIVERSAS E INDETERMINADAS.
TRATA-SE DE APROVEITAR O ESPAÇO AO MÁXIMO.
NA PARTE INFERIOR LOCALIZA-SE UMA ÁREA
PRIVADA COM JANELAS DE VIDRO ARREDONDADAS
QUE ATUAM DE FORMA A DINAMIZAR A ESTRUTURA
FRENTE AO QUADRADO SUPERIOR DA RESIDÊNCIA.
EXISTE CONEXÃO DIRETA POR ESCADAS E A
POSSIBILIDADE DE ESTACIONAR CARROS.
Funcionalidade- primeiro pavimento
NOTA-SE UM PISO DIÁFANO, ONDE AS PAREDES
DIVISÓRIAS SÃO LIVRES E ALGUNS CÔMODOS SÃO
COMPLEMENTADOS COM OUTROS PARA, ASSIM,
MANTER UM EQUILÍBRIO.
A JANELA É UMA CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL:
CONFIGURA-SE COMO UM CONCEITO AMPLO, DE
FORMATO LONGO E ARREDONDADO, PARA QUE O
INTERIOR SEJA BEM ILUMINADO, COM LUZ NATURAL
SUFICIENTE DURANTE O DIA E UMA CONEXÃO
DIRETA COM O EXTERIOR. É UMA AUTÊNTICA
REVOLUÇÃO ARQUITETÔNICA.
TODOS OS CÔMODOS APRESENTAM CERTA
CONEXÃO. PORTANTO, TRATA-SE DE APROVEITAR
AO MÁXIMO O ANDAR E NÃO DEIXAR ESPAÇOS
VAZIOS, OU PERDER UM QUARTO DEVIDO À MÁ
DISTRIBUIÇÃO. NESTE CASO, A FUNCIONALIDADE
PREDOMINA E A ORGANIZAÇÃO DOMÉSTICA É A
INTENÇÃO PRINCIPAL.
Funcionalidade- segundo pavimento
O ACESSO AO TERRAÇO TEM UM ESTUDO PRÉVIO
MUITO SOFISTICADO, TENTANDO CONDUZIR O
MORADOR DE FORMA SUTIL ATRAVÉS DE UM
PEQUENO CAMINHO. ASSIM, FAZ-SE USO DE UMA
RAMPA CONECTADA DIRETAMENTE À PARTE
SUPERIOR.
MISTURA TANTO O AMBIENTE INTERIOR COMO O
EXTERIOR, OU SEJA, HÁ ÁREAS PARA DESFRUTAR AO
AR LIVRE E DA NATUREZA, POIS HÁ CANTEIROS
PREPARADOS PARA COLOCAR PLANTAS E DAR UM
ASPECTO NATURAL AO TERRAÇO.
AS JANELAS AMPLAS SÃO BEM CARACTERÍSTICAS DA
VILLA SAVOYE. COMO RESULTADO, ROMPEM POR
COMPLETO O CONCEITO DE HERMETISMO COM O
INTUITO DE ALCANÇAR UM DIÁLOGO COM A
NATUREZA. ALÉM DISSO, NA PARTE MAIS ALTA
ENCONTRA-SE UM SOLARIUM BRANCO.
Sistema construtivo
A estrutura da casa é feita de
concreto armado, tecnologia
de ponta para época. E as
paredes foram construídas
com alvenaria convencional.
Já as janelas foram feitas de
vidro e ferro.
ILUMINAÇÃO Os grandes painéis de vidro nas
E paredes externas do primeiro
VENTILAÇÃO pavimento e as clarabóias na
cobertura, permitem a passagem
de iluminação e calor. Além disso o
solarium tem a finalidade de
aproveitar o sol e a lareira que
aquece a principal sala da casa.
Essas soluçoes buscam adequar a casa ao clima
frio, amenizando a temperatura dos ambientes
em algumas épocas do ano.
Os pátios favorecem a circulação de ar e luz
solar em mais superfícies da casa, funcionando
também como um elemento de adequação
climática.
Ornamentação
ESTES SÃO OS 5 PONTOS DA ARQUITETURA
MODERNA DE LE CORBUSIER
1. FACHADA LIVRE
2. JANELAS EM FITA
3. PILOTIS
4. TERRAÇO JARDIM
5. PLANTA LIVRE
Localizada
RENTALa INCOME
30 km de Paris, a casa se encontra no meio de um Relação
grande bosque. Há um diálogo entre ela e a paisagem que
assume, a primeira vista, o papel de plano de fundo da edificação. com o
entorno
ESCALA HUMANA

A principal intenção de Le Corbusier é adaptar–se corretamente às


proporções da escala humana, isto é, uma casa que seja perfeita para morar
e que esteja disponível da melhor maneira possível para os seus inquilinos.
CONTEMPORÂNEO Museu de Arte Contemporânea
de Niterói

Arquiteto: Oscar Niemeyer


Ano: 1996
Localização: Niterói, Brasil
Estrutura: Concreto
• Partido arquitetônico adotado
Edifício de 3 pavimentos e 1
semienterrado com áreas de
exposição e acervo, salas de
trabalho, restaurante e auditório
para 70 pessoas.
O prédio foi projetado para
abrigar a segunda maior coleção
particular de arte contemporânea
do país, do empresário João
Sattamini, que a cedeu para o
Museu em regime de comodato.
Organização espacial

Térreo 1° pavimento 2° pavimento 3° pavimento


Organização espacial
FORMA A forma circular do museu, com 16
metros de altura, juntamente com
grandes vãos, resultou em uma solução
estrutural essencialmente radial,
dividida em seis setores. A grande
rampa de concreto exterior leva os
visitantes, através de 98 metros de
espaço livre, até as entradas aos
andares superiores.
A estrutura principal foi projetada para
suportar um peso equivalente a 400
kg/m e ventos com velocidades de até
200 km/h.Os vidros foram fabricados
exclusivamente para o projeto. Os
quadros são de perfis de aço e estão
inclinados a 40 graus em relação ao
plano horizontal.
Organização espacial

Térreo 1° pavimento
Organização espacial

2° pavimento 3° pavimento
CIRCULAÇÃO

A famosa rampa é um convite para entrar no Museu, ela é feita de concreto vermelho e é a principal entrada do mesmo. A rampa externa leva
os visitantes através dos 98 metros livre no espaço, serve como uma ligação para os dois primeiros andares do museu, conectando o espaço
público com o núcleo central que contém a sala de exposição permanente. Dentro do museu, existem escadas que ligam os andares, e as
exposiçoes são vistas ''circulando'' o prédio ao lado da enorme fachada de vidro.
Funcionalidade
COM AS MUDANÇAS CULTURAIS E ECÔNOMICAS
DAS ÚLTIMAS DÉCADAS, AS VELHAS CURVAS DA
ARQUITETURA DE NIEMEYER ADEQUARAM-SE
PERFEITAMENTE ÁS ''NOVAS FUNÇOES'' PROPOSTAS
PARA OS MUSEUS CONTEMPORÂNEOS. HOJE O
SUCESSO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE
NITERÓI EM ATRAIR INVESTIMENTOS E QUALIFICAR A
PAISAGEM POR MEIO DE SEU IMPACTO FORMAL É
MAIS RELEVANTE DO QUE O FATO DE SUA
ARQUITETURA RELEGAR A SEGUNDO PLANO A ''VELHA
FUNÇÃO'' DE EXPOR OBRAS DE ARTES.
O PRÉDIO FOI PROJETADO PARA ABRIGAR A
SEGUNDA MAIOR COLEÇÃO PARTICULAR DE ARTE
CONTEMPORÂNEA DO PAÍS, DO EMPRESÁRIO JOÃO
SATTAMINI, QUE A CEDEU PARA O MUSEU EM REGIME
DE COMODATO
Sistema construtivo
Toda em concreto, a estrutura do MAC de Niterói tem
como apoio central um cilindro de 9 metros de diâmetro,
construído a partir de uma única sapata de 2 metros de
altura, com fundações diretas que atingem 5,7 metros.
Do topo do cilindro, abre-se um volume em forma de
concha, dividido em seis porções equivalentes por vigas
altas em balanço, ligadas ao eixo central. Acima dessa
concha, por trás da faixa envidraçada, seis colunas
apoiam-se nas vigas altas e sustentam o mezanino e a
cobertura. As seis colunas localizam-se na extremidade
das paredes que envolvem o salão de exposições. A
cobertura, uma laje impermeabilizada de concreto
protendido em forma de cúpula bem baixa, com 50
metros de diâmetro, arremata o cálice
Os grandes painéis de vidro nas
paredes externas, permitem a
passagem de iluminação e calor,
ILUMINAÇÃO
porém, por ter essa inclinação, a
E luz solar não se torna tão eficiente
VENTILAÇÃO em todos os horários do dia,
fazendo com que a principal fonte
de luz seja artificial.
Por ser um local fechado com vidros fixos, a
ventilação se torna precária. A parte mais
ventilada do museu é a rampa de entrada, que
fica localizada na parte externa da edificação.
Ornamentação
“O TERRENO ERA ESTREITO, CERCADO PELO MAR E A SOLUÇÃO
ACONTECEU NATURALMENTE, TENDO COMO PONTO DE PARTIDA
O INEVITÁVEL APOIO CENTRAL. DELE, A ARQUITETURA OCORREU
ESPONTÂNEA COMO UMA FLOR. A VISTA PARA O MAR ERA
BONITA E TINHA QUE APROVEITÁ-LA. SUSPENDI O EDIFÍCIO E
DEBAIXO A PAISAGEM SE ESTENDEU AINDA MAIS BONITO.
ENTÃO DEFINI O PERFIL DO MUSEU. UMA LINHA QUE VEM DA
TERRA E SEM INTERRUPÇÃO CRESCE E SE DESDOBRA, SENSUAL,
ATÉ A COBERTURA. A FORMA DO EDIFÍCIO, QUE EU SEMPRE
IMAGINEI CIRCULAR , SE FIXOU E EM SEU INTERIOR EU PAREI E
FIQUEI APAIXONADO. AO REDOR DO MUSEU CRIEI UMA GALERIA
ABERTA PARA O MAR, REPETINDO-SE NO SEGUNDO ANDAR,
COMO UM MEZANINO INCLINADO SOBRE O GRANDE SALÃO DE
EXPOSIÇÕES. ”

-O S C A R N I E M E Y ER

CONCEBIDO A PARTIR DE UMA FIGURA REVOLUCIONÁRIA DE DUPLA CURVATURA, O MUSEU SE DESTACA NO PENHASCO COMO UM FAROL
SIMBÓLICO EM FRENTE A BAÍA. A COMBINAÇÃO DOS ELEMENTOS QUE CERCAM, UM ESPAÇO ABERTO DE 2500 MIL METROS QUADRADOS,
UM ESPELHO DE ÁGUA EM SUA BASE COM 817 METROS QUADRADOS DE SUPERFÍCIE E 60 CENTÍMETROS DE PROFUNDIDADE DÃO A
ESTRUTURA UMA APARÊNCIA DE GRANDE LEVEZA. A ESTRUTURA MODERNISTA DE LINHAS CIRCULARES E EM FORMA DE PIRES, EM ALGUMAS
VEZES FOI COMPARADA A UM OVNI. A ESTRUTURA BASEIA-SE EM UMA FONTE DE ÁGUA A PARTIR DO QUAL SURGEM O DISCO VOADOR
BRANCO, SIMULANDO ESTAR NO AR.
RENTAL
Um INCOME
único cilindro surge numa ponta da Baía da Guanabara. Dele Relação
desabrocha em flor o edifício branco, circular, embelezando a natureza
verde. Um espelho d’água dá continuidade visual ao mar. E o museu que
de longe parecia brotar da terra, surge em verdade do mar.
com o
Com o espaço circundante da sala de exposição hexagonal disponível
como varanda, se trabalhou a ação da paisagem, buscando a invasão da entorno
baía ao interior, numa tentativa de museificação da natureza
ESCALA HUMANA

A fachada contemporânea possui um anel de vidro que divide ao meio o gigantesco disco e oferece uma das
mais belas vistas panorâmicas para a orla marítima. A paisagem da Baía da Guanabara forma imagens
nestas janelas, similares a setenta fotogramas, que circundam a varanda, dando a impressão de um
movimento cinematográfico. O edifício do MAC Niterói ergue-se como uma escultura de 16 metros de altura
em uma praça aberta, aparentemente apoiado em pilar único. São 50 metros de diâmetro com tratamento
térmico e impermeabilizante. Apesar do grande tamanho do museu, o interno não fica desproporcional a
escala humana, trazendo sensação de conforto.
CONCLUSÃO
A arquitetura moderna privilegia a simplicidade, mas ao mesmo tempo não é
simplória, com formas geométricas e simples, sem muita ornamentação.
A arquitetura contemporânea não apresenta uma estética ou proposta única, pois
mistura tendências, esse gênero combina elementos de diferentes estilos, o que
confirma o seu caráter não óbvio e plural.
Particularmente, a arquitetura contemporânea me atrai mais. Esse período
arquitetónico permite elevar a criatividade para a criação de projetos incomuns e
únicos, e também valoriza a sustentabilidade.
Referencias
HTTPS://VITRUVIUS.COM.BR/REVISTAS/READ/ARQUITEXTOS/02.024/785

HTTP://WWW.LPPM.COM.BR/SITES/DEFAULT/FILES/QUADROS_DE_ANALISE_RL/VSAVOYE_QD.

HTTPS://WWW.DOCSITY.COM/PT/VILLA-SAVOYE-ANALISE/4176676

HTTPS://DECORTIPS.COM/PT/CASAS/COMO-E-O-INTERIOR-DA-VILLA-SAVOYE-DE-LE-
CORBUSIER/

HTTPS://WWW.VIVADECORA.COM.BR/PRO/ARQUITETURA/CINCO-PONTOS-DA-ARQUITETURA-
MODERNA//

HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM.BR/BR/01-81036/CLASSICOS-DA-ARQUITETURA-MUSEU-DE-
ARTE-CONTEMPORANEA-DE-NITEROI-OSCAR-NIEMEYER

HTTP://NIEMEYER.ORG.BR/OBRA/PRO193

HTTPS://PT.WIKIARQUITECTURA.COM/CONSTRU%C3%A7%C3%A3O/MUSEU-DE-ARTE-
CONTEMPORANEO-DE-NITERO

HTTPS://WWW.VIVADECORA.COM.BR/PRO/MUSEU-DE-ARTE-CONTEMPORANEA-DE-NITEROI/

HTTPS://PT.WIKIARQUITECTURA.COM/CONSTRU%C3%A7%C3%A3O/MUSEU-DE-ARTE-
CONTEMPORANEO-DE-NITEROI/

HTTPS://LAART.ART.BR/BLOG/ARQUITETURA-CONTEMPORANEA/

/HTTPS://WWW.ANUALDESIGN.COM.BR/SAOPAULO/PROJETOS/1211/MAC-NITEROI/

Você também pode gostar