Você está na página 1de 8

Sumário

1. Arquitetura na era da Globalização...........................................................................................2


1.1. Topografia.................................................................................................................................2
1.2. Sustentabilidade......................................................................................................................3
1.3. Materialidade............................................................................................................................6
1.4. Habitat.......................................................................................................................................7
1.5. Forma Cívica............................................................................................................................8
1. Arquitetura na era da Globalização

Hoje a prática da arquitetura é tão global quanto local, como nos leva a crer o status
de celebridades internacionais de muitos arquitetos, cada vez mais ativos em todas
as partes do mundo, em resposta direta ao fluxo de investimentos de capital. A atual
susceptibilidade ao imaginário espetacular é tão grande que, hoje, a reputação,
mundial de um arquiteto se deve tanto a seu tino iconográfico quanto a sua
capacidade organizacional e técnica.

1.1. Topografia

A Topografia surgiu em meados da década de 1960 e primórdios da de 1970


prenunciam o surgimento da topografia e da sustentabilidade como os dois
metadiscursos ambientais de nosso tempo; Juntas, elas exercem uma influência
enorme não apenas sobre o projeto urbano e o paisagístico, mais também sobre o
campo de arquitetura geral.

Graças ao Aprimoramento tecnológico da topografia, nos últimos anos,


testemunhamos uma mudança importante: Todo local começo a ser visto como uma
paisagem, tanto natural como artificial, e deixou de ser um pano de fundo neutro,
mais ou menos escultural por definição, para os objetos arquitetônicos. Com essa
mudança de ponto de vista, a paisagem se converte no tema de possíveis
transformações; não mais inerte, pode ser projetada, tornada artificial. A paisagem
tornou-se o interesse fundamental, o ponto de convergência dos arquitetos.

Obras Gigantescas, como o Campus de IBM, Viaduto Biaschina, Parque alpino de


sognefhellet, Praça Robson, Estádio San Nicola, entre outras, não teriam ficado tão
maravilhosas e tão precisas se não fosse o uso da Topografia. Com certeza foi um
instrumento que contribui muito para que arquitetura na era da globalização fosse
mais bela.
1.2. Sustentabilidade

Em seu estudo, Peter Buchanan complementa sua análise descritiva de dez edifícios
“verdes” exemplares, que levam em consideração desde a otimização da sombra, da
luz e da ventilação naturais até o uso de fontes renováveis de energia natural.

O material de construção que menos incorpora energia é a madeira, com cerca de


640 kW/h por tonelada. Ou seja, o material de construção mais “verde” que existe é
a madeira. Depois dela é o tijolo, cuja quantidade de energia incorporada é 4X a da
madeira; depois o concreto (5X), o plástico (6X), o vidro (14X), o aço (24X), o
alumínio (126X).

É preciso saber que o ambiente construído responde por cerca de 40 por cento do
consumo total de energia no mundo desenvolvido.

Dez “Shades of Green”: Arquitetura do


mundo natural por Peter Buchanan, 2005.

Buchanan tem um caráter muito cultural: ele defende que os edifícios sejam feitos
segundo o princípio antiergonômico da “vida longa/possibilidade de adaptação”
(edifícios de alvenaria estrutural do passado). Ele estimula os arquitetos a prestar
atenção em fatores como o microclima, a topografia e a vegetação. Outro preceito
de Peter é o papel fundamental do transporte público para sustentar o equilíbrio
ecológico de qualquer padrão de fixação humana na terra.

John e Patrícia Patkau, arquitetos de Vancouver, projetaram, dentre outras obras, a


Escola de Seabird Island com telhado em madeira laminada e o Centro Comunitário
Gleneagles, que depende da interação de muitos elementos construtivos, como seu
sistema estrutural de lajes de concreto moldadas in loco para o piso, paredes duplas
de concreto nas extremidades, com isolamento interno, e um pesado telhado de
madeira. Essa estrutura é importante no controle do clima interno do edifício, pois
atua como uma gigantesca bomba de calor estática que absorve, guarda e libera
energia a fim de criar um clima extremamente estável dentro do edifício e
independente do ambiente externo. A energia térmica do sistema é produzida por
bombas que transmitem calor de uma tubulação de água para outra, a partir de um
conversor de calor subterrâneo localizado embaixo da área de estacionamento
adjacente.

Nenhum arquiteto moderno fez tão monumental uso da madeira quanto Renzo Piano
no Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou, em Nouméa, Nova Caledônia, em 1998. Sua
principal característica são os chamados “invólucros” que atingem de 20 a 30m de
altura.

A Alemanha tem-se caracterizado pela busca da sustentabilidade sob um viés


tecnológico. E nesse aspecto há dois edifícios que merecem destaque: a sede de
Götz, construída em Würzburg em 1995 por Webler e Geissler, e o Commerzbank
de 45 andares, realizado pelo escritório Foster Associates em Frankfurt em 1997. O
primeiro é um edifício neomiesiano de dois andares, o outro é um arranha-céu de
escritórios com planta em forma de triângulo equilátero e estruturado em torno de
um átrio interno que sobe até o topo do edifício. “Jardins Celestes” de quatro
andares de altura alternam-se entre um e outro lado do átrio a fim de deixar entrar o
ar e a luz do espaço aberto central. O edifício Götz, uma “máquina verde”
sofisticadíssima, possui uma dupla membrana externa, cuja cavidade central,
equipada com ventilação e persianas móveis, pode assumir várias configurações.
No verão, o telhado de vidro do átrio pode ser aberto para o lado. A temperatura
interna pode ser diminuída ainda mais por meio dos painéis de teto dos escritórios,
resfriados a água. O jardim de inverno ajuda a esfriar o edifício e tornar mais úmida
a atmosfera interna do prédio.
Sede de Götz, 

Ano de construção: 1995 


GFA: 3.000 m² 
Cliente: Götz GmbH, Würzburg 
Arquiteto: Webler e Geissler, Stuttgart

Commerzbank Zentrale - 1997 - Frankfurt

No inverno, quando o telhado é fechado, o espaço interno é aquecido por calor


radiante. O Commerzbank também é revestido por duas membranas de vidro. A
membrana externa protege o Edifício do vento e do clima, de tal modo que as saídas
de ar da membrana interna possam ser abertas ou fechadas à vontade. O edifício só
é automaticamente vedado e o ar-condicionado só funciona em extremos de calor
ou frio.

O ponto máximo alcançado pela Foster é a torre de escritórios da Swiss Re, no


centro de Londres. Possui planta radial sem pilares, módulo central de elevadores e
serviços e estrutura circular de duas grelhas no perímetro, este edifício circular vai
ficando mais largo à medida que sobe e, no fim, inclina-se abruptamente em direção
ao ápice.

Outra grande obra da arquitetura sustentável foi do arquiteto Thomas Herzog. Ele
projetou o Halle 26, que foi construído para a Feira de Hanôver de 1996. A cobertura
do edifício, suspensa de grandes catenárias, foi mais determinada pela necessidade
de construção rápida que pelos atributos ambientais.

1.3. Materialidade

Quando todos os edifícios eram construídos em concreto sobre uma estrutura de


vigas e pilares, o mestre Sueco Sigurd Lewerentz, em meados das décadas de 1950
e 1960, dedicou-se nos seus últimos 20 anos de vida à materialidade dos materiais,
projetando igrejas de alvenaria estrutural de tijolos. Nesta mesma época o
engenheiro Uruguaio Eladio Dieste, usava a alvenaria de tijolo apenas como
revestimento/vedação.

De qualquer forma, materiais tradicionais como o tijolo, a pedra e a madeira são


construtos culturais com caráter nacional ou valor ético, e são apreciados pelas
qualidades que representam.

A casa de férias os minimalistas suíço-alemães Jacques Herzog e Pierre de Meuron,


em Tavole, Itália (1988), foi construída com pedras do próprio terreno inseridas de
modo aparente numa delicada estrutura de concreto armado.

O arquiteto holandês Wiel Arets projetou a Academia de Artes Maastricht. A


configuração do edifício consiste numa estrutura de quatro pavimentos com lajes de
concreto armado, preenchida com blocos de vidro.
Arquitectura Moderna em Maastricht (Academia
das Artes e Arquitectura de Wiel Arets)

Outro fator que transformou completamente o âmbito atual dos materiais é a


facilidade com que eles podem ser transportados de um ponto a outro do globo.
Como por exemplo, o pavilhão de exposições totalmente envidraçado do Museu de
Arte de Toledo, Ohio, em 2006. O mesmo foi construído com chapas de vidro da
altura de um andar, sem ferro, que foram fundidas na Alemanha, enviadas à China
(onde foram laminadas, temperadas, cortadas e dobradas) e, por fim, transportadas
aos EUA.

1.4. Habitat

Qualquer que seja a classe social da pessoa, o desafio que os arquitetos enfrentam
é o de criar uma sensação de lar.

Um dos exemplos de conjunto residencial projetado pelo catalão Josep Lluiz


Matheo, com 3 andares e abriga 26 unidades residenciais, com acabamentos
simpáticos usados no exterior, fachadas revestidas de cedro, edifícios acabados em
tijolos vermelhos. Na Suíça, o método de concreto perfurado, que facilita a absorção
da água da chuva e o crescimento de relva nas áreas de estacionamento, sendo um
pouco mais cara, mas capaz de abrandar o efeito ilha der calor.

O esquema habitacional são tentativas de reintegrar a residência em conjuntos


coletivos.
1.5. Forma Cívica

O espaço de aparência pública é um ideal tanto para os arquitetos quanto para a


sociedade.

Nas obras de Henri Ciriani, ele deu ênfase não só aos museus como um microsmo,
pois os museus substituíam edifícios religiosos que uniam a comunidade.

Ciriani projetou no fim de sua carreira dois museus: O museu de Arqueológico de


Arles na França, este de difícil acesso, longe do centro urbano, tendo acesso por um
anel viário, com colunas cilíndricas nas paredes, coisa que não existe em seu outro
museu, o Perone, próximo a cidade, com parques nas imediações e próximo a um
rio, com concreto elevado permitindo ao visitante fazer um passeio entre as relíquias
da guerra de 1914 a 1918.

Para que os museus retenham seu sentido cívico, seu tamanho final deve ser
limitado. O potencial sociocultural da forma cívica é inseparável da escala tectônica
do seu desenvolvimento programático.

Museu arqueológico de Arles

Você também pode gostar