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1. Ficha Técnica 1.2. Localização

Localizado na cidade de Munique (Alemanha), o edifício está


Projeto WERK12
implantado próximo ao centro da cidade, no distrito de Werksviertel-Mitte.
Arquitetos MVRDV
Ano 2019 Ele é rodeado por comércios, e segue o gabarito dadão do edifício
Área Total 7700 m² vizinho que já estava ali na sua execução. O projeto foi mplantado em uma
Orçamento 16 milhões de Euros área de origem industrial, surgindo como um plano de regeneração urbana,
Cliente OTEC GmbH & Co. favorecendo o bem-estar da região. Segundo o sócio jundador Jacob van
Tipologia Mulifuncional Rijis, a área do ‘’distrito de Werksviertel-Mitte’’ tranformou-se de uma
Responsável acob van Rijs fábrica de batatas para um centro de entretenimento, e os autores buscaram
Colaboradores N-V-O Architekten ao máximo respeitar seu contexto histórico por meio do design do edifício.
Status Construído

1.1. O MVRDV

Mapa 01: WERK12 e arredores / Fonte: Google Earth.


O MVRDV foi fundado em 1993, com sua sede em
Roterdam na Holanda, a sigla significa junção dos sobrenomes

Autor: Modificado pelos alunos.


dos fundadores Winy Maas, Jacob van Rijs e Nathalie de Vries.
O escritório possui um portfólio bem amplo, com obras em
diversos lugares do mundo como China, Estados Unidos,
França, Índia, Coréia e principalmente Holanda. Seus projetos
vão de pequenas a grandes escalas, edifícios de todos os tipos:
de intervenções urbanas a objetos de design, instalações e
ições, principalmente voltadas a sustentabilidade, e até com
recuperação de áreas degradadas. O MVRDV leva em
consideração não só na estética, como também as questões
sociais, econômicas e naturais que influenciam as construções. 3
2. Análise Projetual
O MVRDV entende que as necessidades funcionais
Um dos maiores destaques da edificação, é sua fachada variam conforme o tempo passa. Neste sentido, um dos
artística, ousada e expressiva. Foram utilizadas expressões verbais dos pavimentos da academia pode ser convertido em
quadrinhos alemães, desenvolvidas em conjunto com os artistas locais apartamentos sem muitos transtornos.
Christian Engelmann e Beate Engl. Além de possuírem cinco metros de
altura e geometrias simples, receberam estratégias de iluminação que 2.2. Características
durante a noite se transformam em um show de luzes vibrante.
Fachada: A fachada apresenta um fechamento
envidraçado do chão ao teto, permitindo assim,
A flexibilidade da edificação também se destaca, visto que com a
permeabilidade visual tanto exterior como interior, podendo
utilização de pé-direitos de 5,5 metros entre cada pavimento, é possível
alcançar uma maior ligação com o seu entorno imediato.
criar mezaninos ou outras alterações de nível por futuros usuários, bem
como a reconfiguração dos espaços internos. Ventilação cruzada e Iluminação natural: A
distribuição das aberturas se dá por meio de janelas altas ao
2.1. Programa redor de todo o edifício. E a grande quantidade de luz natural
recebida, é controlada através da circulação e do terraço.
O programa é composto por duas utilizações principais,
Estrutura: O edifício faz o uso de uma estrutura mista.
comércios e escritórios, que implantam uma variedade de sub-usos que
Concreto para a estrutura principal e metálica para a estrutura
complementam as utilizações específicas de cada pavimento.
dos mezaninos. Há pontos que se repetem em todos os
pavimentos, e a circulação vertical que se encontra no
No térreo se encontram bares e restaurantes, divididos em dois exterior, também exerce a função como contrapeso onde há
níveis, adaptados com o uso de mezaninos, no segundo nível uma maior separação das colunas.
encontra-se principalmente a área de refeiçãoe também há um grande
espaço livre de contemplação da vista.
Estrutura de concreto

O 1º, 2º e 3º pavimentos, dão espaços para um ginásio de Estrutura de metálica


academia, sendo que no 3º pavimento, encontra-se uma piscina com
dimensão olímpica e seguindo a mesma lógica de flexibilidade de
espaços, fazendo o uso de mezaninos. E seu acesso se dá por meio da
escadaria externa e pelas torres de circulação vertical. No 4º e último
pavimento, encontra-se o escritório da Audi Business Innovation.
Apesar de terem sido pensados desta forma, os pavimentos foram
projetados para mudar de uso conforme a necessidade do momento.

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3. Funcional

Partindo para a análise funcional do edifício, podemos


destacar a circulação pensada pelos arquitetos. Fugindo um pouco
da circulação tradicional interna, foi pensada uma circulação
externa, feita por uma escada na diagonal, que dá acesso a cada
terraço, no nível 00 de cada pavimento, e liga o terraço ao interior
do edifício. Também foi criada uma caixa de escada de incêndio e
elevadores, também do lado externo do projeto. Além da função
original das circulações, elas ainda proporcionam uma estabilidade
estrutural para o edifício, através do seu uso na diagonal. As
escadas em “cascata” também formam uma proteção solar a cada
andar. A colocação da circulação na parte externa do edifício
significa que os interiores podem ser facilmente reconfigurados.

Existe também a circulação entre os níveis +00 e +01 de


cada pavimento (mezanino) que é feita, em todos os pavimentos
Figura 01: Corte Esquemático do edifício.
superiores, apenas por escadas. Esse é um ponto a se observar
Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/929049/werk12-mvrdv
no projeto, já que a acessibilidade é essencial.

No corte acima, podemos ver a distribuição dos espaços,


A circulação do edifício é surpreendente, desde a escolha
o uso dos mezaninos aproveitando esse pé direito mais alto de
por uma circulação externa, o piso dos terraços remetendo ao
5,5m em todos os pavimentos, proporcionando a versatilidade
passeio público, justamente para lembrar que o espaço também
funcional do edifício. Podemos notar também, uma parte do
tem esse uso, até a organização interna dos pavimentos, que
segundo pavimento, tem um pé direito um pouco mais baixo,
permite uma circulação mais livre dos usuários.
para comportar o rebaixo da piscina no 3 pavimento.

A organização espacial do prédio, se divide em duas


principais partes: a de serviços e os espaços de servidores. O
espaço destinado aos serviços que o prédio oferece, está
setorizado na parte central dos pavimentos, enquanto que os
servidores,que são as circulações verticais internas e externas, se
encontram nas extremidades desses pavimentos.

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4. Análise Urbana

Munique, assim como outras cidades europeias, empreendeu O projeto propôs a criação de diverso empreendimentos
nas últimas duas décadas diversos projetos de reurbanização, seja residenciais, corporativos e multifuncionais. A circulação entre os
nas áreas centrais da cidade ou em regiões industriais edifícios se dá através de ruas fechadas voltadas para os pedestres.
abandonadas, como no caso do Werksviertel-Mitte. Este conceito foi utilizado pelo MVRDV no projeto do WERK12, que
entrega ao usuário terraços com o mesmo tipo de piso utilizado nas
ruas, propondo uma continuidade com o espaço público.
Werksviertel-Mitte era uma antiga área industrial na região
central de Munique, próximo à Estação do Leste. Sua decadência
coincide com o fenômeno da desconcentração industrial, típico da Os antigos grafites dos tempos de abandono do distrito são
globalização. Em 1999 surgem os primeiros planos que visavam homenageados através dos letreiros alocados nos terraços. As
recuperar a área degradada, contudo, eles só se concretizaram em expressões encontradas nestes letreiros evocam os primeiros
2012. quadrinhos do Pato Donald, lançados na Alemanha em 1951.
Ademais, esta solução estética compõe a paisagem urbana do
distrito, marcada por propagandas e letreiros de neon.

5. Análise do grupo

Qualidades Problemas
Versatilidade no programa e nas A versatilidade pode acarretar
relações espaciais; a descaracterização do
projeto;
Circulações alocadas e utilizadas Há somente uma escada de
de forma inteligente; incêndio na edificação;
Mezaninos criam espaços Falta soluções de
intermediários dentro dos acessibilidade em alguns
programas; ambientes.
O pé direito duplo cria ambientes
amplos;
Figura 02: Projeto de reurbanização de Werksviertel-Mitte
A relação com o tecido urbano foi
elaborada de forma interessante.
Disponível em: https://werksviertel-mitte.de

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Sumário

1. Ficha técnica...........................................................................3
1.1. O MVRDV......................................................................3
1.2. Localização....................................................................3
2. Análise projetual.....................................................................4
2.1. O programa....................................................................4
2.2. Características...............................................................4
2.3. Planta esquemática dos pavimentos.............................5
3. Análise funcional...................................................................10
3.1. Diagramas de circulação..............................................11
3.2. Diagramas de corte e mezaninos.................................12
4. Análise urbana.......................................................................14
5. Qualidades e Problemas.......................................................14
6. Referências Bibliográficas....................................................15
6. Referências Bibliográficas

MVRDV (Países Baixos). WERK12. 2019. Elaborado por MVRDV. Disponível em:
https://www.mvrdv.nl/projects/298/werk12. Acesso em: 16 ago. 2022.

MUNICH CITY HALL. . City of Munich Data. 2022. Elaborado por Portal München Betriebs
GmbH & Co. KG. Disponível em: https://stadt.muenchen.de/en.html. Acesso em: 20 ago. 2022.

PINTOS, Paula (ed.). WERK12. 2019. Disponível em:


https://www.archdaily.com.br/br/929049/werk12-mvrdv. Acesso em: 16 ago. 2022.

WERKSVIERTEL-MITTE (ed.). Werksviertel-Mitte Urban Planning. 2014. Elaborado por OTEC


GmbH & Co. Disponível em: https://werksviertel-mitte.de. Acesso em: 19 ago. 2022.

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