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ARQUITETURA E URBANISMO

Atividades Práticas Supervisionadas

Nome: VICTÓRIA C. S. CÂMARA


R.A: D909029 TURMA: AU8P44

JUNDIAÍ
2023
1. Estudo de caso: Museu da Língua Portuguesa

Figura 1: Localização do museu

Fonte: google maps

Arquitetura: Pedro Mendes da Rocha e Paulo Mendes da Rocha


Localização: Estação da Luz - São Paulo, Brasil
Ano: 2000
Conclusão da Obra: 2006
Área construída: 7.240m²
Tempo de restauração após incêndio: 6 anos
Reabertura: 2020

HÍSTÓRICO

Figura 2 - Museu da Língua Portuguesa


Fonte https://www.cultura.sp.gov.br/governo-de-sp-apresenta-museu-
da-lingua-portuguesa-reconstruido-2/

A estação da luz foi inaugurada em 1901, foi construída nos moldes da construção inglesa, se
tornando o principal hub de transporte de São Paulo. Seu tombamento é dado nas esferas
federal (Iphan), estadual (Condephaat) e municipal (Conpresp).

Figura 3 - Museu da Língua Portuguesa

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/incendio-atinge-museu-da-lingua-portuguesa-no-centro-
de-saopaulo-6ry7nyfgffrua0ntnkrddlit1/

Em 1946 ocorreu o primeiro incêndio, destruindo a maior parte do prédio, passando por
um processo de reconstrução, e intervenção, alterando algumas características da sua
construção original onde foi feito o acréscimo de um andar em concreto armado que alterou a
volumetria e o sistema construtivo original de alvenaria portante. Sua reforma durou entre 1947
a 1951. Em 2001, o processo de alteração de uso do edifício foi iniciado, onde nos 3 andares
que anteriormente eram utilizados como escritórios administrativos, passa a ser preparado para
abrigar o Museu da língua Portuguesa, que foi inaugurado em 2006.
Em 2015 um segundo incêndio ocorreu, devido a um curto circuito como informado
pelas autoridades responsáveis. Em menos de 48 horas, após as chamas serem controladas, foi
realizado ações emergenciais com o objetivo de garantir segurança e preparar o conjunto para
os trabalhos de restauração e recuperação.
Figura 4 - Corte longitudinal

Fonte: Google imagens, adaptado pela autora – 2023


Como mostra a 4, a parte mais afetada pelo incêndio foi a ala leste, já na ala oeste
destacada em verde, o conjunto expositivo não foi atingida pelo incêndio e preserva quase na
íntegra os elementos originais da construção.

PARTIDO

O projeto original de Paulo Mendes da Rocha e Pedro Mendes da Rocha prevaleceu


como partido da reforma, assim como o próprio conceito, que foi mantido.
A intervenção realizada manteve uma reflexão para necessidade de aumentar a
integração do edifício com a estação, mantendo sua identidade e aspectos característicos de
época. preservando seu valor e sua identidade.
Seguindo nesse pensamento o Museu abre à estação para reforçar a comunicação com a
cidade, com a ativação dos saguões da ala leste e oeste, localizados nas extremidades do edifício
onde existiam pátios de carga, sobre os pátios foi implantada uma cobertura de metal e vidro
que não tocam no prédio histórico. Um dos grandes desafios como uma das propostas mais
criativas da museologia contemporânea é preservação do acervo vivo, que procurou dialogar
com o ambiente.
Uma das premissas para todas as etapas do projeto é a sustentabilidade, como a
reutilização dos materiais reciclados do incêndio. toda a reconstrução do Museu segue as
diretrizes de sustentabilidade necessárias, entre as ações, estão a redução do consumo de
energia; coleta de água de chuva para irrigação, gestão de resíduos durante a obra e o uso de
madeira certificada.
Na intenção de salvaguardar o monumento arquitetônico, foi realizado estudos e análises
específicos conforme as diretrizes do projeto de restauro e programa de necessidade proposto,
até encontrar as ações necessárias para manter o objeto e finalidade do museu.

INTERVEÇÃO

O edifício localizado na Praça da Luz, tem como responsáveis pelo projeto de


arquitetura da reconstrução o arquiteto Pedro Mendes da Rocha, que desenvolveu o projeto
original do Museu, junto com Paulo Mendes da Rocha.
A pós a aprovação do projeto de restauro nos órgãos de patrimônio – IPHAN,
CONDEPHAAT e CONPRESP e no Ministério da Cultura para captação de recursos pela Lei
Federal de Incentivo à Cultura em novembro de 2016. Deu-se início a reconstrução, que foi
dividida em três etapas: A restauração das fachadas e esquadrias, a reconstrução da cobertura
destruída no incêndio e recuperação dos espaços internos.
Em dezembro de 2016 deu-se início a restauração das fachadas e esquadrias, onde foi
contratada uma equipe de restauradores, auxiliar de restauro e mestre de carpintaria para resgate
das formas originar de mais de 300 esquadrias que foram restauradas ou refeitas; cerca de 85%
da madeira necessária para a recuperação das esquadrias foi reutilizada do material já existente
no edifício, como peroba do campo rosa e amarela reaproveitadas da sustentação da cobertura
do prédio.
Figura 5 - Restauração esquadrias

Fonte: youtube.com, Museu da Língua Portuguesa

Figura 6 - Restauração fachada

Fonte: https://revistaoe.com.br/museu-lingua-portuguesa/

Em setembro de 2017 as obras avançam para uma nova etapa: a reconstrução da cobertura do
Museu e a restauração dos pátios e seus torreões. Conforme recomendações dos bombeiros em
acordo com os órgãos de patrimônio, para a nova cobertura, optou-se por uma estrutura mista de
madeira, combinadas a cabos de aço, e telhas em zinco, conforme configuração original do
prédio.
Figura 7 - Nova cobertura

Fonte: archdaily.com.br
A madeira foi escolhida por ser um elemento seguro em caso de incêndios. Por queimar de fora
para dentro, cria uma camada isolante que retarda o colapso do elemento; diferente de estruturas
metálicas que derretem ao atingir determinadas temperaturas. Para isso, a seção estrutural foi
calculada considerando uma camada de 5 cm em todo o perímetro das peças, obtendo-se, assim,
a dimensão final das tesouras de madeira. Para a obra foram utilizados cerca de 67 m3, o que
correspondente a 89.150kg, de madeira certificada proveniente da Amazônia, do tipo cumaru.

Pavimento Térreo
No pavimento térreo é possível ver um dos primeiros ganhos do novo museu, a ativação
dos saguões da ala leste e oeste, localizados nas extremidades do edifício onde existiam pátios
de carga, sobre os pátios foi implantada uma cobertura de metal e vidro que não tocam no prédio
histórico, e de forma leve resolvem o abrigo dos visitantes antes de adentrar ao museu. Outra
grande intervenção realizada pelos arquitetos no projeto original foi o nivelamento do acesso
aos elevadores, procedimento possível, a partir do alojamento do poço de molas dos elevadores
no espaço dos arcos do nível subsolo, nos três saguões serão dotados de rampas paralelas à
fachada principal o quê, além garantir a acessibilidade universal para todos os visitantes, de
maneira democrática, aproxima o acesso ao museu do nível das calçadas.

Figura 8 - Pavimento térreo

Fonte: Google imagens, adaptado pela autora – 2023

Ainda no térreo na ala leste fica a entrada do público espontâneo e abrigará um café, na
ala oeste, entrada para o público agendado e grupos, contendo a livraria e loja; estes serviços
foram pensados para atender à cidade e ao museu de forma simultânea. decorativos da fachada,
uma solução engenhosa que preserva o patrimônio e resolve de maneira equilibrada a inserção
dos novos equipamentos.
Primeiro Pavimento
Na ala leste deste pavimento localiza-se a sala de exposições temporárias. Este espaço
foi configurado com a retirada de alvenarias não portante e divisórias, deixando visível a
estrutura de pilares e vigas de concreto. as de segurança para o desenvolvimento das exposições
temporárias. O local foi equipado com sistema de detecção de fumaça e rede de sprinklers,
extintores e hidrantes.
Na ala oeste, além das funções administrativas, o projeto também privilegia o uso e o
acesso público a estes espaços. Para atender uma premissa do LEED, todos os postos de trabalho
devem possuir luminária de mesa, como especificadas no projeto de luminotécnica e deverão
ser adquiridas, assim como todos os equipamentos e mobiliários administrativos, pela OS.

Figura 9 - Primeiro pavimento

Fonte: Google imagens, adaptado pela autora – 2023

Figura 10 - Salas administrativas

Fonte: https://www.youtube.com/@MuseudaLinguaPortuguesa
Segundo Pavimento
Este pavimento integra as duas alas do prédio, separadas pelo saguão central e seu
mezanino, com um salão linear de exposições, na face da fachada fundos, com 120 metros de
extensão e um pé direito baixo, de 2,67m sob as vigas da ala central e, portanto, possui um nível
a mais que a ala oeste. Em função das diferenças de nível de piso deste pavimento e das
diferentes necessidades de acústica, existem diferentes soluções de forro neste andar.

Figura 11 - Grande galeria

https://www.museudalinguaportuguesa.org.br

Na metade da grande galeria o visitante é surpreendido por uma pequena praça, chamada
galeria das influências, que se abre dando um respiro ao percurso. Neste Ambiente fica o único
acervo físico do museu.

Figura 12 - Segundo pavimento

Fonte: Google imagens, adaptado pela autora – 2023


Terceiro Pavimento
Os espaços emblemáticos do programa do museu: Grande Galeria, Auditório e a Praçada
Língua, foram reconstituídos, mantendo os elementos icônicos da intervenção. No aiditório
temos a entrada em um piso elevado cerca de 1,10m ao existente, o nível original é devolvido
no espaço seguinte que é a praça da língua porem com uma estrutura mais contemporânea
devido a estrutura da cobertura.
Um novo elevador e escada de emergência, pedida pelo Corpo de Bombeiros, foram
instalados na Torre do Relógio de modo a garantir o melhor fluxo e segurança dos visitantes. O
acesso ao terraço será uma grande novidade, implantado na versão anterior do projeto, porém
nunca utilizado, foi intalado um café que poderá ser utlizado tanto para uso dos visitantes do
museu, quanto para geração de receitas a partir de locação do espaço.

Figura 13 - Terceiro pavimento

Fonte: Google imagens, adaptado pela autora – 2023


2. Estudo de caso: Museu Paulista

Figura 14: Localização do museu

Fonte: google maps

Arquitetura: Pedro Mendes da Rocha e Paulo Mendes da Rocha


Localização: Estação da Luz - São Paulo, Brasil
Ano: 2000
Conclusão da Obra: 2006
Área construída: 7.240m²
Tempo de restauração após incêndio: 6 anos
Reabertura: 2020

Historia
A unificação do Museu do Ipiranga, Monumento à Independência e a Casa do Grito durante o
processo de tombamento iniciado em 1969 é que deu origem à criação da nomenclatu ra Parque da
Independência. Um dos objetivos do tombamento era, além de preservar a área,restaurar o local para as
comemorações do Sesquicentenário da Independência, em 1972.
O processo, no entanto, foi longo, com idas e vindas em várias repartições do poder público e, após muita
burocracia, enfim o Parque da Independência foi tombado somente em 3 de abrilde 1975 pelo Condephaat
(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico). Mesmo assim, o Parque conviveu com
o abandono por muitos anos. Em 1987, por exemplo, as arquibancadas que foram construídas em 1972 para
as comemorações do Sesquicentenárioda Independência tiveram de ser implodidas por falta de manutenção.
Em 1991, foi a vez de o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico,
Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) tombar o Parque da Independência. Assim, mais um
órgão garantia a preservação paisagística e urbanística do espaço, além dos bens arquitetônicos,
valorizando o Ipiranga.
Depois, em 1995, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) também abriu o
processo para tombar o Parque da Independência. A decisão veio dois anos depois, e inclu iu o chamado
“conjunto do Ipiranga” composto pelo prédio onde funciona o Museu Paulista daUniversidade de São
Paulo (USP), inclusive seus jardins fronteiros e os bosques que o circun dam, pelo Monumento à
Independência, pela Casa do Grito e estende- se a todo o Parque da Independência.
Figura 15 - Monumento à Independência

Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Monumento_%C3%A0_Independ
%C3%AAncia_do_Brasil

Antes liderado por coleções zoológicas e botânicas, o Museu passou a ser um acervo de História focado
nas tradições paulistas e nacionais sob a liderança do novo diretor, Affonso d'Escragnolle Taunay, na
década de 1920. Em 1950, o governo estadual decidiu criar um piso no subsolo, o que exigiu a remoção
de arcos para ventilação cruzada. Em 1969, o Museu foi integrado ao Monumento à Independência e a
Casa do Grito, formando o Parque da Independência, e foi oficialmente tombado pelo CONDEPHAAT
em 1975. Na década de 1990, uma segunda intervenção no subsolo piorou o bloqueio de áreas criadas
para permanecerem abertas, o que prejudicou a preservação das estruturas. Em 1991, o Conpresp tombou
o Museu, e em 1998, o Iphan tombou o Parque da Independência, garantindo o patrimônio cultural
tombado nas três esferas públicas. Ao longo dos anos, o edifício-monumento enfrentou problemas
estruturais, como infiltrações de água das chuvas e deterioração das paredes. Em 2013, o Museu foi
fechado ao público. Em 2016, um concurso nacional foi lançado para selecionar a melhor proposta de
restauro, ampliação e modernização do edifício, com o apoio de várias instituições e seguindo um
programa de necessidades elaborado pelas equipes do Museu Paulista.

PARTIDO

O novo Museu do Ipiranga terá o velho rosto de sempre, mas oferecerá uma experiência
mais inclusiva e segura. Os princípios gerais que configuraram a proposta, é o silêncio e a
discrição, pois a estratégia não é a de marcar a renovação estampando a face do novo, mas a de
experimentar de uma maneira nova o que já está lá, por meio de ressignificações, conexões e
percursos que os novos elementos propiciam.
As intervenções propostas avaliaram aspectos como racionalidade, funcionalidade e
viabilidade técnica; com respeito ao caráter material, estrutural, compositivo e documental do
edifício; trazendo inovações no projeto, com soluções estéticas e criativas; atendendo às
especificidades do uso e das soluções de circulação e acessibilidade; e adotando soluções de
projeto para a sustentabilidade ambiental.
Dois princípios fundamentais foram propostos: menos invasão da integridade física e
visual do edifício e a possibilidade de reverter a adição proposta. Desta forma, o open space no
topo da torre central foi reconfigurado para criar uma cobertura de vidro para a claraboia e inserir
um espaço para acomodar as novas salas de exposição e criar uma cobertura de pavilhão ao ar
livre sobre ela. Ao sul de seu corpo central serão preservados e restaurados todos os elementos
estruturais inseridos na torre de infraestrutura (escadas protegidas, elevadores, sanitários, poços
de instalação e áreas técnicas), bem como a cobertura original.
INTERVENÇÃO

O Museu do Ipiranga é um exemplar único do ecletismo realizado no estilo neoclássico


associando tecnologia inédita para a cidade no final do século XIX. O edifício esteve fechado
por nove anos para que fosse viabilizada e concebida uma das maiores obras de restauro
realizadas no país, a revitalização e ampliação de um dos patrimônios tombados (nas três esferas
governamentais) mais importantes do Brasil. O projeto teve como objetivo a restauração e
modernização completa, e a reabertura foi em 07 de setembro de 2022 para as comemorações
do Bicentenário da Independência do Brasil.
O projeto de revitalização esteve a cargo do escritório H+F Arquitetos, liderado pelos
arquitetos Eduardo Ferroni e Pablo Hereñú. O trabalho deles foi o vencedor do Concurso
Nacional de Arquitetura para o Restauro e Modernização do Edifício-Monumento do Museu do
Ipiranga promovido pela Universidade de São Paulo em 2017.
A restauração permitiu o tratamento das patologias, a segurança contra incêndio, o aumento da
capacidade de carga de suas salas, conforto ambiental, maior proteção aos acervos em exposição
e a recuperação da ornamentação, estruturas e das matérias-primas originais. O projeto propôs a
criação de área nova para acolhimento do público em suas dependências, com bilheterias, áreas
de descanso e organização da visita, cafeteria, auditório, salas para o serviço educativo e 1000
m2 para exposições temporárias. As intervenções propostas procuram interferir o mínimo
possível na volumetria do histórico edifício.

Figura 16 - propostas de intervenção

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/

As principais ações destinadas à modernização e adequação funcional do edifício foram


agrupadas em uma única intervenção: a inserção de uma torre infra estrutural (escada protegida,
elevadores, conjuntos de sanitários, shafts de instalações e áreas técnicas) no interior da porção
sul de seu corpo central, área já bastante descaracterizada e ocupada por funções de natureza
similar.
O novo núcleo de infraestrutura está localizado na seção sul do corpo central do edifício
do monumento e serve como a espinha dorsal do sistema de infra estrutural. Além de shafts
verticais que percorrem todos os níveis, esse núcleo dispõe de diversos espaços para
equipamentos e áreas técnicas.

Figura 17 - Circulação vertical

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/

O projeto complementar de engenharia foi iniciado pelo subsolo, que foi parcialmente
demolido para criar uma nova fundação. Uma vez apoiado o piso superior foi possível
prosseguir com os cortes para instalação da estrutura, organizada de modo independente das
estruturas do edifício monumento. Foi realizado eventuais reforços nas alvenarias, pisos e forros
a serem mantidos além da proteção de esquadrias, pisos, forros e demais elementos decorativos
a serem preservados.
Para atender às solicitações do concurso em relação a climatização, foi previsto um
sistema de água gelada para as áreas críticas (controle de temperatura e umidade) e instalação
de ar condicionado para as demais áreas de conforto. Para a instalação dos equipamentos que
compõem esses sistemas foram previstas áreas técnicas descobertas na cobertura do novo
núcleo infraestrutural, áreas no porão do Edifício-Monumento (sem interferência na ventilação
natural) e três espaços no interior da ampliação sob a esplanada.
Pavimento A – Subsolo
A construção do subsolo foi a mudança mais importante na construção do projeto, o
novo setor de recepção localizado na extensão sob a Esplanada foi projetado para melhorar a
interação das funções públicas previstas no programa. O edifício terá amplas janelas
envidraçadas que permitem a visualização do chafariz e do ambiente exterior, à volta do grande
hall central, áreas de atendimento ao público, bilheteiras, salas educativas e universais, acesso
a exposições e um auditório com capacidade para 200 lugares, área de descanso, loja, café e a
boca do túnel que realiza a conexão com o Edifício-Monumento.

Figura 18 - Pavimento subsolo

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/ - Adaptado pelo

Figura 19 - Saguão central

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/
Pavimento D e E – Torres
Para viabilizar a articulação em nível dos espaços existentes nas torres Leste, Central e
Oeste, foram adotadas duas soluções distintas. A reforma do perfil das coberturas instaladas nas
alas laterais possibilitou a colocação de discretos corredores cobertos que também conectam as
salas e também são galerias de exposições.

Figura 20 – Pavimento D

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/

Na lateral sul, uma superfície inclinada permite a disposição de suportes expositivos


variados e a instalação de bancos para o descanso. Na lateral norte, uma janela contínua se
debruça sobre o eixo monumental do Parque e permite a visualização de detalhes da
ornamentação original do edifício.

Figura 21 - Conexão entre alas

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/
O atravessamento da torre central se realiza através do recinto existente sobre a
circulação do primeiro pavimento posicionado entre o forro do Salão Nobre e as claraboias da
escada monumental. Substituindo os travamentos em “X” existentes por quadros metálicas, é
possível uma passagem longitudinal, fazendo uma ligação ponta a ponta.

Figura 22 - Pavimento E

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/

Figura 23 - Coroamento Torre Central

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/

Instalado no último andar do Museu do Ipiranga, o terraço-mirante é uma das novidades


da reabertura, permite uma visão 360º da capital paulista. De lá, é possível observar o parque
da Independência, o bairro do Ipiranga e a serra da Cantareira.
Figura 24 - Corte longitudinal

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/

Pavimento F – Cobertura
Todas as coberturas do edifício-monumento foram redimensionadas e adaptadas a novas
funções, mas continuaram a preservar a mesma linguagem e materialidade existentes, já
consagradas na identidade do edifício, dadas as suas características históricas e estilísticas. As
novas coberturas serão estruturadas por elementos metálicos apoiados nas alvenarias existentes,
aproveitando-se o mesmo leito de apoio anteriormente utilizado. As novas coberturas são
construídas com elementos metálicos apoiados na alvenaria existente, utilizando a mesma base
de apoio que era utilizada anteriormente. As novas calhas são colocadas ao longo das superfícies
internas das arestas existentes e são redimensionadas de acordo com as necessidades atuais de
captação de água pluviais do conjunto de telhados.

Figura 25 - Seção Típica - Conexão entre as torres

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/
Saídas de emergência e segurança contra incêndio
Nesta configuração, o edifício passa a contar com cinco unidades de passagem
protegidas que podem receber até 1.500 visitantes ao mesmo tempo (excluindo o anexo sob a
Esplanada). A solução foi adicionar apenas uma nova escada protegida ao pórtico central do
edifício, e adaptar as escadas caracol existentes às torres leste e oeste, e nas escadas existentes,
instalar portas corta-fogo. na nova escada central, será utilizado um sistema de caixilhos corta-
fogo que proporciona luz natural no seu interior e a transparência em todo o percurso, criando
um intenso diálogo visual com os elementos existentes. Todos os ambientes deverão possuir
sistema de detecção e alarme de incêndio.

Figura 26 - Saídas de emergência

Fonte: https://www.hf.arq.br/projeto/museu-paulista/

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