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Intervenções arquitetônicas em edifícios de valor histórico – Laura Penna

- O projeto arquitetonico é apenas uma parte do todo; é importante ter um bom


gerenciamento dos projetos para garantir melhor qualidade na entrega final;

- Integração com outros escritórios e equipes para projetos maiores; valorização da unidade,
sem se deixar levar pela industrialização (produção igual, em massa);

- É mais importante questionar “Onde intervir?” e “Como posso intervir?” do que


aimplesmente desistir dizendo que “não posso intervir, é tombado”;

- Evitar falsear a edificação: o novo edifício não copia o antigo, ele resignifica enquanto
respeita;

- O espaço público no bem estende para além do uso as possibilidades de ocupação do mesmo
pela população, resignificando sua importância na sociedade;

PROJETOS DO ESCRITÓRIO:

1. Parque Ecológico da Pampulha:

× Remodelação do terreno – era totalmente plano e foram criadas colinas;

× Apropriação pública no cotidiano e para festivais;

× Passagem em todos os órgãos de regularização urbana;


× Memorial Minas Japão – atualmente abandonado, porém com projetos de intervenção
propostas pela prefeitura;

2. Orla da Pampulha:

× Análise de visadas – pontos de inserção dos mirantes; escolhidos os pontos que não
atrapalhariam nas visões dos edifícios já existentes;

× Projeto que vinha pra somar com o valor histórico da Pampulha – sanitário, lanchonete e
locais de descanso cobertos;

3. Complexo Mineirão/Mineirinho:

× Projeto aprovado pela FIFA;

× Não realizado e modificado pelo outro escritório contratado;

× Previa área verde, fachada verde na Abraham Lima e Esplanada de conexão entre Mineirão e
Mineirinho;

4. Museu de Congonhas:
× Projeto de concurso ganho em 2015;

× Ainda está sendo construído; houve uma parte não construída por resistência da
arquidiocese;

× O museu previa uma esplanada de conexão entre o mesmo e a Basílica do Santuário do Bom
Jesus;

× Marca sua presença, mas remete às bases e características do antigo;

5. Museu de Sant’ana:
× Manteve-se o patrimônio e cria-se um anexo em um nível inferior, escondido por uma praça
que se estende em sua laje;

× Ruptura de uma passagem que ligasse o velho e o novo;

6. Centro de Araxá:
× Conexão da praça com o teatro semi enterrado, sem agredir o entorno que possui uma casa
histórica importante para a cidade;

7. Museu Regina Mundi:

× Museu localizaria-se na Serra da Piedade, no alto da montanha;

× A fim de não agredir a vista da paisagem, o conceito concretiza-se ao considerar o verde da


montranha como o manto de Maria e o sua auréola é o único monumento a ser visto de longe;

× O museu encontraria-se no “interior” da montanha, se enterrando e deixando o


protagonismo à auréola de aço iluminada;

8. Academia Mineira de Letras:

× O novo remete-se ao antigo, abrindo espaço para que o mesmo se mostre ao usuário;

× Há a releitura das características protagonistas do edifício antigo no novo, conectando o


velho com a contemporâneidade;

9. Praça Sete:

× Espaço público de uso contínuo da população;

× Importância do monumento central;

10. SESI Lab Brasilia – Edifício Turin:

× Projeto de Oscar Niemeyer;


× Resignificação e adaptação do novo uso do edifício;

× Criação de espaços públicos de convivência;

11. Memorial Brumadinho:

× Projeto vencedor de concurso;

× Parte edificada foi feita com concreto e rejeitos da própria barragem rompida;

× A imagem de tudo tingido, apenas com alguns frestes de luz e a fenda, representando a
ruptura da barragem, são as bases para o conceito do edifício;

× A escolha foi fazer o memorial o mais horizontal possível, a fim de manter a vista para a
barragem rompida, no mirante, como modo de relembrar o acontecido;

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