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Transição para o quadro de pessoal da DGERT Quadro do pessoal dirigente a que se refere o n.o 1 do artigo 12.o
1 — Exceptua-se do disposto na alínea a) do n.o 1 1 — Cada uma das entidades consultadas emite o seu
do artigo anterior o licenciamento das instalações de parecer no prazo máximo de 30 dias, não prorrogável,
armazenamento de combustíveis identificadas no anexo I salvo o disposto no número seguinte.
e no anexo II a este diploma, do qual fazem parte 2 — As entidades consultadas dispõem de 15 dias,
integrante. após a recepção do pedido de parecer, para pedir escla-
2 — São competentes para efeitos de licenciamento recimentos ou informações complementares, fundamen-
das instalações de armazenamento referidas no número tadamente, à entidade licenciadora.
anterior: 3 — A entidade licenciadora responde ao pedido, soli-
a) A Direcção-Geral da Energia (DGE), para as citando ao promotor, caso considere necessário, a junção
instalações referidas no anexo I; dos esclarecimentos e as informações pretendidas, con-
b) As direcções regionais do Ministério da Eco- siderando-se suspenso o prazo de apreciação do projecto
nomia (DRE), para as instalações identificadas até que os elementos solicitados sejam fornecidos à enti-
no anexo II. dade consultada.
4 — A falta de emissão de parecer dentro do prazo
3 — É da competência das DRE o licenciamento de referido no n.o 1 é considerada como parecer favorável.
postos de abastecimento de combustíveis localizados nas
redes viárias regional e nacional. Artigo 11.o
Pareceres condicionantes
Artigo 7.o
Processo de licenciamento
1 — O licenciamento de instalações sujeitas a ava-
liação de impacte ambiental, nos termos do Decreto-Lei
1 — A entidade promotora apresenta o pedido de n.o 69/2000, de 3 de Maio, só pode ter seguimento após
licenciamento à entidade competente, a quem incumbe conclusão do procedimento previsto nesse diploma.
a instrução do respectivo processo. 2 — Nas instalações de armazenamento abrangidas
2 — A instrução do processo de licenciamento poderá pela legislação sobre o controlo dos perigos associados
incluir a consulta a outras entidades nos termos do a acidentes industriais graves que envolvam substâncias
artigo 9.o, bem como a realização de vistorias. perigosas, o requerente deve apresentar, juntamente
N.o 273 — 26 de Novembro de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 7403
com o pedido de licenciamento, prova do cumprimento de seguro de responsabilidade civil que cubra os riscos
das disposições previstas no Decreto-Lei n.o 164/2001, da respectiva actividade, em montante a definir pela
de 23 de Maio. entidade licenciadora.
Artigo 12.o
Artigo 14.o
Vistorias
Licença de exploração
1 — As vistorias tem em vista o cumprimento dos
regulamentos aplicáveis e, em geral, a garantia da segu- 1 — A licença de exploração é concedida após veri-
rança de pessoas e bens e são efectuadas pela entidade ficação da concordância da instalação com o projecto
licenciadora ou por uma comissão por ela constituída aprovado e do cumprimento das condições que tiverem
para o efeito, nos termos estabelecidos na portaria a sido fixadas.
que se refere o artigo 4.o, sendo lavrado auto das res- 2 — Em casos justificados, pode ser concedido um
pectivas conclusões. prazo para a exploração a título provisório.
2 — A comissão de vistorias é convocada, pela enti- 3 — O titular da licença de exploração deve compro-
dade licenciadora, com a antecedência mínima de 10 dias var, previamente à emissão da licença, mesmo no caso
sobre a data da realização da vistoria. referido no número anterior, que dispõe de seguro de
3 — A vistoria inicial destina-se a avaliar o local, responsabilidade civil destinado a cobrir os riscos asso-
podendo ser impostas condições e prazos julgados con- ciados à respectiva actividade, em montante a definir
venientes para a construção e exploração das instalações. pela entidade licenciadora.
4 — A convocatória para a vistoria inicial deve ser
emitida até 10 dias após a recepção dos pareceres das Artigo 15.o
entidades consultadas.
5 — A vistoria final destina-se a averiguar se a ins- Validade das licenças de exploração
talação reúne condições para a concessão da licença
de exploração, para o que deve ser verificada a con- 1 — As licenças de exploração das instalações a que
cordância com o projecto e o cumprimento das con- este diploma respeita terão a duração de 20 anos, salvo
dições e das prescrições legalmente exigidas. o disposto no número seguinte.
6 — A vistoria final deve ser requerida pelo promotor, 2 — A fixação da validade da licença em prazo infe-
após execução da instalação e dentro do prazo que lhe rior a 20 anos deverá ser fundamentada e comunicada
tenha sido fixado para a respectiva conclusão. ao promotor juntamente com a decisão prevista no
7 — Caso se verifiquem deficiências na instalação, artigo 13.o
será concedido prazo para a respectiva correcção, e mar- 3 — No caso de licenciamento de alterações de ins-
cada, se necessário, nova vistoria. talações detentoras de alvará concedido nos termos do
8 — A falta de comparência do representante de enti- Decreto n.o 29 034, de 1 de Outubro de 1938, aquele
dades regularmente convocadas não impede a realização será substituído por licença nos termos deste diploma,
da vistoria. com duração não inferior à do prazo não decorrido desse
9 — Pode ser efectuada vistoria, mesmo quando não alvará.
exigida pela portaria prevista no artigo 4.o, caso a enti- Artigo 16.o
dade licenciadora a considere necessária, tendo em aten-
ção o local, a natureza e a dimensão da instalação. Alteração e cessação da exploração
tecimento referidos no artigo 1.o obedecem à regula- 2 — A cessação das medidas cautelares previstas no
mentação e legislação específicas aplicáveis. número anterior será determinada, a requerimento do
interessado, após vistoria à instalação da qual se
demonstre terem cessado as circunstâncias que lhe
Artigo 18.o deram causa, sem prejuízo, em caso de contra-orde-
Técnicos responsáveis nação, do prosseguimento do respectivo processo.
1 — A assinatura dos projectos apresentados a licen-
ciamento, bem como a exploração das instalações, é Artigo 21.o
da responsabilidade de técnicos inscritos na DGE. Medidas em caso de cessação de actividade
2 — O estatuto dos técnicos mencionados no número
anterior é definido em portaria do Ministro da Eco- 1 — Em caso de cessação da actividade, os locais
nomia. serão repostos em condições que garantam a segurança
3 — Enquanto não for publicada a portaria prevista das pessoas e do ambiente, podendo ser determinada
no número anterior, mantém-se válida a inscrição de a retirada dos equipamentos.
técnicos efectuada ao abrigo do § 3.o do artigo 56.o 2 — As operações correspondentes são a expensas do
do Decreto n.o 29 034, de 1 de Outubro de 1938. titular da licença.
CAPÍTULO IV
Artigo 19.o
Inspecções periódicas
Taxas
local a indicar pela entidade licenciadora, mediante 2 — No caso das coimas aplicadas pelo director-geral
guias a emitir por esta, devendo ser-lhe devolvido um da Energia ou pelos directores regionais do Ministério
dos exemplares com a prova de o pagamento ter sido da Economia, o produto das coimas constitui receita:
efectuado.
a) Em 60 % do Estado;
Artigo 24.o b) Em 30 % da entidade licenciadora;
Cobrança coerciva das taxas c) Em 10 % da DGE.
A cobrança coerciva das dívidas provenientes da falta
de pagamento das taxas far-se-á pelo processo de exe- Artigo 29.o
cução fiscal, servindo de título executivo a certidão pas- Regime sancionatório no âmbito da regulamentação técnica
sada pela entidade que prestar os serviços.
1 — A instrução de processos de contra-ordenação
e a distribuição do produto das coimas respeitantes à
CAPÍTULO V fiscalização dos normativos técnicos aplicáveis à cons-
trução e exploração das instalações mencionadas no
Fiscalização e contra-ordenações artigo 1.o subordinam-se às disposições dos artigos 27.o
e 28.o
Artigo 25.o 2 — A tipificação das contra-ordenações e o montante
Fiscalização das coimas referidas no número anterior são estabe-
lecidos na legislação específica aplicável.
1 — As instalações abrangidas pelo presente diploma
são sujeitas a fiscalização pelas câmaras municipais, ou
pela DGE e DRE, segundo, respectivamente, as com- CAPÍTULO VI
petências previstas no artigo 5.o e no artigo 6.o
2 — A fiscalização prevista no número anterior exer- Matérias sujeitas a informação
ce-se no âmbito do licenciamento e no âmbito da regu-
lamentação técnica das instalações e não prejudica as Artigo 30.o
competências atribuídas por lei a outras entidades. Registo de acidentes
relativa à laboração de qualquer instalação de arma- Figueiredo Lopes — Carlos Manuel Tavares da Silva —
zenamento ou posto de abastecimento, junto da enti- Isaltino Afonso de Morais.
dade licenciadora, ou da entidade a quem caiba a sal-
vaguarda dos direitos ou interesses em causa, que a Promulgado em 13 de Novembro de 2002.
transmitirá à entidade licenciadora, no prazo de 10 dias,
Publique-se.
acompanhada de parecer.
2 — No caso de a reclamação ser dirigida à entidade O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
licenciadora, esta poderá consultar as entidades a quem
cabe a salvaguarda dos direitos ou interesses em causa, Referendado em 14 de Novembro de 2002.
devendo estas comunicar o seu parecer no prazo máximo
O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.
de 30 dias.
3 — A decisão será proferida pela entidade licencia-
dora no prazo máximo de 30 dias após a recepção desses ANEXO I
pareceres, dela devendo ser dado conhecimento ao titu- Instalações de armazenamento de produtos derivados do petró-
lar da licença, ao reclamante e às entidades consultadas. leo cujo licenciamento é competência da DGE — alínea a)
4 — O cumprimento das condições que sejam impos- do n.o 2 do artigo 6.o
tas nessa decisão será verificado mediante vistoria.
Instalações de armazenamento de derivados de petró-
leo localizadas ou ligadas a terminais portuários, ou que
CAPÍTULO VIII sejam definidas de interesse estratégico para o regular
abastecimento do País por despacho fundamentado do
Disposições transitórias, revogatórias e finais Ministro da Economia.
Artigo 34.o ANEXO II
Regime transitório Instalações de armazenamento de produtos derivados do petró-
leo cujo licenciamento é competência das DRE — alínea b)
1 — Ao licenciamento das instalações de armazena- do n.o 2 do artigo 6.o
mento e postos de abastecimento cujos processos
tenham sido iniciados anteriormente à data da entrada 1 — Instalações de armazenamento de gases de petró-
em vigor do presente diploma aplica-se o regime em leo liquefeitos com capacidade superior a 50 m3, com
vigor à data da entrada do pedido de licenciamento. exclusão dos parques de armazenamento de garrafas
2 — À renovação das autorizações de exploração das de GPL.
instalações existentes e das referidas no número anterior 2 — Instalações de armazenamento de combustíveis
aplicam-se as disposições do presente diploma. líquidos com capacidade superior a 200 m3.
3 — Instalação de armazenamento de outros produ-
tos derivados do petróleo com capacidade superior
Artigo 35.o
a 500 m3.
Aplicação às Regiões Autónomas 4 — Instalações de armazenamento de combustíveis
líquidos, gasosos e outros derivados do petróleo, onde
A aplicação do presente diploma às Regiões Autó-
se efectuam manipulações ou enchimentos de taras e
nomas dos Açores e da Madeira faz-se sem prejuízo
de veículos-cisterna.
das competências cometidas aos respectivos órgãos de
governo próprio e das adaptações que lhe venham a
ser introduzidas por diploma regional das respectivas
assembleias legislativas regionais.
SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
o
Artigo 36.
Norma revogatória Acórdão n.o 2/2002 — Processo n.o 2869/2000
Sem prejuízo do disposto no n.o 3 do artigo 18.o, Acordam na Secção Social do Supremo Tribunal de
são revogadas, com a entrada em vigor da portaria pre- Justiça:
vista no artigo 4.o, as disposições relativas ao licencia- 1 — Relatório. — Júlio de Jesus Romão requereu, em
mento das instalações abrangidas por este diploma, 19 de Julho de 1999, no Tribunal do Trabalho da
nomeadamente: Figueira da Foz, contra LACTOGAL — Produtos Ali-
a) A base VIII da Lei n.o 1947, de 12 de Fevereiro mentares, S. A., providência cautelar de suspensão de
de 1937; despedimento como preliminar da respectiva acção de
b) Os artigos 15.o, 56.o a 62.o e 64.o a 68.o do impugnação, providência que foi indeferida por decisão
Decreto n.o 29 034, de 1 de Outubro de 1938. de 18 de Agosto de 1999 daquele Tribunal (fls. 35 e 36).
Desta decisão agravou o requerente para o Tribunal
da Relação de Coimbra (fls. 39 a 43).
Artigo 37.o
Nas suas contra-alegações (fls. 50 a 55), suscitou a
Entrada em vigor requerida questão prévia da inutilidade superveniente
da lide já que, tendo a decisão de despedimento sido
O presente diploma entra em vigor a 10 de Janeiro
comunicada ao requerente em 9 de Julho de 1999, este,
de 2003.
nos 30 dias posteriores, não propusera a correspondente
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 acção de impugnação, o que, nos termos do artigo 45.o,
de Setembro de 2002. — José Manuel Durão Barroso — n.o 1, do Código de Processo do Trabalho, implicou
Maria Manuela Dias Ferreira Leite — António Jorge de ter ficado sem efeito o pedido de suspensão.