Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. RELATÓRIO
2. O NOSSO PARECER
1Nos itens 2.1 e 2.2, relativos às críticas à validade formal da emenda parlamentar, retomamos
alguns dos argumentos apresentados pelo Senador FERNANDO BEZERRA COELHO na reu-
nião da Comissão Mista de 09.05.2019, na qual o seu relatório foi aprovado.
2
CONSELHO FEDERAL DA OAB
COMISSÃO ESPECIAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Igor Mauler Santiago
Mas é claro que não se exige lei complementar para reiterar, com
caráter meramente interpretativo, dever de sigilo já imposto por outros diplomas
de superior ou igual hierarquia.
3
CONSELHO FEDERAL DA OAB
COMISSÃO ESPECIAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Igor Mauler Santiago
2 https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/02/nao-compete-a-receita-fazer-investigacao-
criminal-diz-cintra.shtml
3 Obtida em https://www.conjur.com.br/dl/nota-investigacao-secreta-receita.pdf
4
CONSELHO FEDERAL DA OAB
COMISSÃO ESPECIAL DE DIREITO TRIBUTÁRIO
Igor Mauler Santiago
“... a forma de apuração que aparentemente vem sendo feita pelas autori-
dades fiscais poderá trazer questionamentos sobre a legalidade das provas a
serem obtidas futuramente. A autoridade fiscal utiliza termos próprios de inves-
tigações criminais, que a princípio são incumbência exclusiva da polícia judiciá-
ria e do Ministério Público. O resumo já consiga que na representação ‘será de-
talhado um esquema fraudulento de lavagem de dinheiro envolvendo diversas
pessoas físicas e jurídicas’ e que o objeto da representação ‘é servir de subsí-
dios para contextualizar os questionamentos que deverão ser feitos para even-
tuais colaboradores’ (fls. 07).
(...)
A realização de ‘fiscalizações’ pela Receita Federal com foco essencial-
mente criminal pode eventualmente ser questionada nos Tribunais Superiores,
em função do risco de camuflarem transferência das funções típicas da polícia
judiciária da União à Receita para burlar a legislação que exige prévia auto-
rização judicial para obtenção de dados fiscais e bancários nas investiga-
ções criminais promovidas pela PF e MPF. (...)
A questão é nova e certamente será enfrentada pelo Supremo Tribunal
Federal, mas diante da plausibilidade de que venham a ser consideradas como
abusivas e ilegais apurações da Receita com viés criminal, não levarei em con-
sideração as informações que constam na representação fiscal que não sejam
essencialmente relacionadas a atividades fins da Receita de identificação de
fatos tributários.” (Processo nº 0002693-52.2019.403.6181)
(...)
16.1.2. avaliar a legalidade, a legitimidade e a eficiência da realização
desse tipo de atividade investigativa desatrelada do papel institucional da SRF;
o possível impacto financeiro do desvio da correspondente força de trabalho
nas atividades de arrecadação tributária; bem como a eficácia dos controles in-
ternos desenhados para prevenir esse tipo de desvio; (...)”
3. CONCLUSÃO
É o nosso parecer.