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A Formação Do Canone Do Novo Testamento PDF
A Formação Do Canone Do Novo Testamento PDF
A FORMAÇÃO
DO CÂNONE
DO NOVO
TESTAMENTO
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Eliezer Lucena
Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
Indice:
O destino de Marcião
Livro de Apocalipse foi escrito por volta de 95 a 96 DC durante a última metade do reino do
Imperador Domiciano
Os Cristãos Proto-Ortodoxos
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
Assim como outros Rabis de seu tempo, Jesus afirmava que Deus poderia
ser encontrado nos textos sagrados, especialmente na Lei de Moisés a Torah. Ele
Lia as escrituras, estudava-as, interpretava-as, era adepto delas e as ensinava.
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Seus seguidores eram desde o inicio, judeus que tinham os livros de sua
própria tradição em alta conta. Por isso, já desde os primeiros tempos do
cristianismo, os adeptos dessa nova religião, os seguidores de Jesus, eram em
tudo diferentes no Império Romano. Portanto já desde o seu inicio o cristianismo
foi uma religião do livro.
Este Deus havia se manifestado a Moisés no Monte Sinai e dado a ele uma
Lei, a Torah. Nesta lei estava a forma como este Deus exigia ser adorado,
venerado e seguido. Este mesmo Deus havia também dado ao seu povo nestas
Leis, a Torah, uma série de regras, códigos de ética e moral, formando assim um
código de conduta, de como o povo deveriam viver e tratar um ao outro, um
verdadeiro código civil.
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
Foi somente por ter reivindicado raízes nas antigas tradições judaicas que
herdaram, encontradas nas Escrituras judaicas, cujas partes mais antigas foram
produzidas muito tempo antes de Homero, e ainda mais de Platão, que os cristãos
puderam ser vistos como respeitavelmente antigos, em um mundo antigo que
supervalorizava muito a antiguidade. Entretanto, realmente seguir as leis do
Judaísmo e se tornar judeus, isso estava fora de cogitação.
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Quem era Marcião? Marcião era uma figura, sob muitos aspectos,
intrigante. Marcião nasceu por volta do ano 100 d.C., na cidade de Sinope, no
litoral sul do Mar Negro, região do Ponto. Diz-se que seu pai era o bispo da
Igreja da região, isto explica toda sua familiaridade com a Bíblia Hebraica e toda
tradição Cristã da época. Quando adulto, ele era evidentemente rico, tendo feito
fortuna, provavelmente, no ramo da construção naval, ou seja, ele era construtor
de barcos.
No ano de 139 d. C., Marcião viajou de sua nativa Ásia Menor para a
cidade de Roma. Depois de ter chegado a Roma, fez uma enorme doação de
dinheiro à Igreja romana, 200.000 sestércios para as missões eclesiásticas,
provavelmente, em parte, para obter ou comprar o seu favor. Durante cinco anos
permaneceu em Roma, empenhando muito de seu tempo na busca da
compreensão da fé cristã e desenvolvendo muito dos pormenores dela em seus
muitos escritos.
O que levou Marcião a esta proposta radical foi sua apaixonada concepção
do cristianismo como um Evangelho da bondade e da misericórdia puras de Deus
que ele interpretava, não só como libertação da Lei Mosaica, como fez o
Apóstolo Paulo, mas também como ódio pela criação, bem como cm relação ao
próprio Criador cruelmente justo deste mundo.
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Para Marcião, “este Deus deste mundo, é o Deus da antiga Aliança e das
Escrituras Judaicas. Com ele, o Pai de Jesus Cristo nada tem em comum nem
qualquer relação”. Marcião escreveu um livro chamado “Antíteses” onde
enumerou sistematicamente as contradições entre as Escrituras Hebraicas e os
ensinamentos cristãos, a fim de provar, que o Deu dos judeus, o criador deste
mundo de sofrimentos, muito diferia do Deus e Pai de Jesus, de cuja existência o
mundo nem sequer desconfiava até o ano décimo quinto do Reinado de Tibério
César, quando Jesus de súbito apareceu pregando o Evangelho.”
Foi com base em Paulo que Marcião e seus seguidores não só rejeitaram e
combateram todos os outros Apóstolos e toda tradição cristã, como também
elaboraram seu relato da vida e do ensinamento de Jesus no Evangelho solitário
que perpetraram como sendo o único verdadeiro.
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O evangelho marcionita já não existe, mas foi ao que parece uma versão
dogmaticamente revisada do Evangelho de Lucas de quem fora, extirpados
elementos ofensivos à teologia marcionita.
O destino de Marcião
Após Marcião finalizar suas obras literárias, ele empenhou-se para difundi-
las e tê-las aceitas pelo mundo cristão em geral. Devido este fator se deu sua
estratégica mudança da Ásia Menor para Roma, a capital do mundo na época.
Marcião convocou um concílio de líderes da Igreja para uma reunião a fim de
apresentar sua visão doutrinal, talvez este seja o primeiro Concílio da Igreja
romana que se tem noticia. Após ouvirem o que ele tinha a dizer, os líderes
romanos, resolveram excomungá-lo da comunidade, reembolsando sua grande e
generosa doação e mandando-o embora.
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Como a Igreja mais ampla iria enfrentar o desafio lançado por Marcião?
Para uma resposta, também nesse caso temos de nos apoiar primordialmente em
fontes extrabíblicas.
Pois foi Irineu que na época, elaborou “uma Bíblia e uma regra de fé cristãs
consideradas derivadas da escritura e proporcionando a chave adequada para o
sentido dela”.
aperfeiçoou a Lei. Enfim esses são alguns dos argumentos dos vários usados por
Irineu na sua Obra Contra as Heresias Livro IV.
“Abolido a Lei e os Profetas (as Escrituras Hebraicas), e todas as obras desse Deus
que fez o mundo, a quem ele chama de Regente do Mundo, como além disso, mutilou o
Evangelho Segundo Lucas, removendo tudo o que havia sobre o nascimento do Senhor, e
boa parte do ensinamento das palavras do Senhor, em que se registra o Senhor confessando
com nitidez que o criador deste universo é seu Pai.”
Alguns grupos que sustentavam que Jesus não era o Messias só aceitavam o
Evangelho de Marcos. Marcião e seus seguidores aceitavam apenas uma versão
de Lucas e um grupo de gnósticos chamados valentinianos só aceitava o
Evangelho de João.
“Não é possível que os Evangelhos possam ser mais ou menos em número do que são. Pois,
dado que há quatro regiões do mundo em que vivemos, quatro ventos principais, enquanto a
Igreja está dispersa pelo mundo e o fundamento e a base da Igreja é o Evangelho... é
adequado que ela deva ter quatro colunas.” Contra as Heresias. 3.11.17
O que se deveria fazer então com a outra proposta de Marcião, ou seja, sua
ardente paixão e adesão à teologia e as cartas de Paulo?
Com Irineu, a Igreja tinha todas as partes essenciais do que veio a ser o
Cânone do Novo Testamento.
Seria bom ressaltar que essa designação Novo Testamento ainda era
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desconhecida de Irineu. Ele não tinha um nome com que distinguir os livros do
Novo Testamento da Escritura antiga. Quando requer a ocasião, ele fala
simplismente do Evangelho Quádruplo, dos Atos dos Apóstolos ou das cartas dos
Apóstolos.
“Há quatro alianças, sob Adão, sob Noé, sob Moisés, e a quarta, “que renova o homem, e
resume em si todas as coisas por meio do Evangelho, erguendo o homem e sustentando-o
com suas asas até o Pai celestial”. (Contra as Herseias 3:11.8).
Talvez isso baste para dar uma ideia das perspectivas teológicas de Irineu.
Poderíamos resumir dizendo que ele julgava que as “Escrituras” recém-
ampliadas da Igreja transmitiam uma história contínua, orientada pela
Providencia Divina, uma história redentora que se desenrolava por estágios que
ia da criação a consumação da criação em Cristo.
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No ano 367 d.C., Atanásio escreveu sua carta pastoral anual às Igrejas
egípcias sob sua jurisdição. O propósito dessas cartas era marcar a data da
Páscoa, que não era fixada com antecedência como em nossos calendários
modernos, mas anunciada cada ano pelas autoridades da Igreja. Atanásio usava
estas cartas “festivas” anuais para dar conselhos pastorais e orientar suas Igrejas.
Em sua famosa carta de 367 d.C., ele indica, como parte de seu
aconselhamento, os livros que suas igrejas deveriam aceitar como Escritura
Canônica, ou seja, ele incluiu um conselho acerca de quais livros deveriam ser
lidos como escritura nas Igrejas. Ele primeiro lista os livros do Velho Testamento
e depois nomeia exatamente os 27 livros que hoje temos como Novo Testamento
com estas palavras: “Só nestes livros o ensinamento da beatitude é proclamado. Não
permitas que nada seja adicionado a estes; não permitas que nada seja retirado deles”.
Ele relaciona nossos vinte e sete livros, com exclusão de todos os demais.
Essa é a primeira instância que chegou ao nosso conhecimento de alguém
declarando que esse nosso conjunto de livros era o Novo Testamento.
Neste mesmo ano de 367 e provavelmente nesta mesma carta que Atanásio
enviou às suas Igrejas no Egito, ele expediu uma ordem para que fossem
destruídos todos os documentos com tendências heréticas, completando assim
um cerco que se fechava desde o século anterior, além de concretizar a decisão
tomada pelos bispos reunidos no Concilio de Nicéia em 325.
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Lucas compõe sua obra em duas partes 80/90 Evangelho de Lucas e Atos dos Apóstolos
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Como vimos anteriormente Jesus era judeu assim como seus primeiros
seguidores. Eles já tinham uma Escritura Sagrada a Torah, os Profetas e os
Escritos (Salmos e etc...).
Jesus pode ter estimulado essa compreensão pelo modo como parafraseava
alguns de seus ensinamentos.
“Ouvistes o que foi dito: ‘não cometereis homicídio’, eu, porém, vos digo: todo
aquele que se encolerizar contra o seu irmão ou irmã está sujeito a juízo”.
O que Jesus diz em sua interpretação da Torah, surge como tão autorizado
quanto à própria Torah. Ora, Jesus diz:
“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometereis adultério’. Mas eu vos digo: todo
aquele que olhar para uma mulher com pensamentos de luxúria em seu coração
já cometeu adultério com Ela”.
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considerado pelos especialistas como tendo sido escrito, em nome de Paulo, por
um seguidor tardio, o autor em 1Timoteo 5:18, exige de seus leitores a pagar
aqueles que servem de ministros no meio deles e fundamenta sua exortação
citando “as escrituras”.
O que se deve notar é que ele cita, então duas passagens, uma que se
encontra na Torah em Deuteronômio 25:4 “não amordaçaras o boi que
pisoteia”, e outra que se encontra nos lábios de Jesus Lucas 10:7 “ Um operário
é digno de seu salário”.
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Já vimos também que estes cristãos herdaram uma escritura ponta, a Bíblia
Hebraica o Antigo Testamento. O judaísmo e o cristianismo eram religiões que
giravam em torno dos livros. A esta altura, poderíamos fazer uma pergunta
extremamente relevante, para entender como era a situação da alfabetização na
antiguidade.
Porém, antes de fazer esta pergunta convém dar um panorama dos vários
estilos literários da antiguidade cristã. Muitos tipos de livros estavam sendo
escritos e lidos por Cristãos nos primeiros séculos, não apenas os livros acolhidos
dentro do Cânone do Novo Testamento.
Agora estamos preparados para a pergunta que não quer se calar: Quem
eram os leitores de toda essa literatura que estava sendo produzida desde a aurora
do cristianismo? E melhor ainda, os cristãos primitivos dos quatro primeiros
séculos eram alfabetizados?
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Devemos nos lembrar das palavras do Apóstolo Paulo em sua carta aos
1Tessalonicenses 5:27 “Peço com insistência, pela autoridade do Senhor, que
esta carta seja lida para todos os irmãos.” (NTLH). E essa leitura era feita em
voz alta, em comunidade. O mesmo ponto é enfatizado em outros escritos
cristãos dos primórdios, como por exemplo, no livro do Apocalipse nos é dito:
Apocalipse 2:29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 22:18 Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia
deste livro que se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas
que estão escritas neste livro;
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“Um Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, e dos mares... e num Jesus Cristo, filho de Deus,
que encarnou pela nossa salvação, e no Espírito Santo... e no nascimento de uma virgem, e no sofrimento e
na ressurreição dentre os mortos, e na ascensão ao céu, em corpo... de nosso amado Jesus Cristo.”
Por que, então, Irineu uniu e incluiu o Evangelho de João aos de Mateus,
Marcos e Lucas, que eram muito mais aceitos, e alegou que se tratava de um
elemento indispensável do “Evangelho Quadruplo”?
Mas Irineu declara que essa interpretação ignora o que vimos no capitulo 2
como a convicção central que João deseja transmitir: que Jesus encarna o verbo
divino que provem de Deus e portanto, na Terra, é “Senhor e Deus” para quem o
reconhece.
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“Um Deus e um Jesus Cristo, por intermédio de quem todas as coisas foram feitas. Diz ele: o mesmo Filho
De Deus, o mesmo Unigênito, o mesmo criador de todas as coisas, a mesma luz verdadeira que alumia a
todo homem, o mesmo criador de todas as coisas, o mesmo que veio para o que era seu, o mesmo que se fez
carne e habitou entre nós” Conforme prólogo do Evangelho de João.
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“Não há duvidas... de que o filho de Deus está presente em todo lugar nas escrituras; num momento falando
com Abraão; em outro, com Noé, dando-lhe as dimensões da arca... em outro momento, instrui Jacó sobre
sua viagem, e fala com Moisés da moita em chamas.”
Irineu sabia que essa alegação vai muito além de qualquer coisa encontrada
nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, cada um dos quais, observa ele,
retrata Jesus como um homem que recebeu especial poder divino na qualidade de
‘ungido’ de Deus. Cada um desses Evangelhos atribui a Jesus um papel humano
um tanto diferente.
Assim, diz Irineu, Mateus o mostra como rei ungido por Deus e faz sua
família remontar ao rei Davi; Lucas enfatiza seu papel de sacerdote e Marcos o
retrata essencialmente como profeta de Deus. Nenhum deles identifica Jesus com
Deus, muito menos como Deus.
Para Irineu, porém, o Evangelho de João faz precisamente isso; como disse
mais tarde o padre Orígenes, somente João fala da “divindade” de Jesus. Para
Irineu, assim como para Orígenes, isso significa que João não só é diferente,
como também é “mais elevado”, pois viu o que os demais não perceberam.
A partir desta convicção, Irineu parece ter concluído que só reunindo João
aos outros Evangelhos a Igreja poderia completar o “Evangelho Quádruplo”, que
ensina que Jesus é Deus encarnado. Levado pelo entusiasmo, Irineu se identifica
pessoalmente com o evangelista João e declara que “João, o discípulo do
Senhor”, escreveu esse evangelho com a mesmíssima finalidade com que ele
agora escrevia seu livro, isto é, expor “hereges”, derrotar quem difunde “a
falsamente chamada gnose” e, acima de tudo, “estabelecer na Igreja o Cânone da
Verdade”.
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Irineu declarou que apenas os quatro que ele defendia eram os quatro
"pilares da igreja": "Não é possível que não possa ser mais ou menos do que
quatro", afirmou, apresentando-se como lógica a analogia dos quatro cantos da
terra e dos quatro ventos (3,11.8).
Ainda em sua obra Adversus Haereses (3.11.7), ele reconhece que muitos
cristãos heterodoxos usam apenas um evangelho, enquanto (3.11.9) reconhece
que alguns usam mais de quatro.
Toda a espinha dorsal que serviu de base da ortodoxia estava montada com
Irineu de Lion. Irineu defendeu os Quatro Evangelhos que conhecemos hoje do
novo Testamento que vieram a entrar no Cânone, como os únicos. Irineu usou a
sucessão Apostólica para defender os ensinos verdadeiros, que deveriam ser
aqueles que remontavam aos Apóstolos.
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Esta harmonia dos 4 evangelhos foi criada por Taciano, aluno de Justino o
Martir na Siria. Ela foi chamada da Diatésseron, que significa “através dos
quatro”, pois ela foi feita combinando e entrelaçando os relatos dos quatro
Evangelhos em uma longa narrativa. O Diatesseron foi o Evangelho usado na
Síria durante vários séculos em vez de serem usados os Evangelhos separados de
Mateus, Marcos, Lucas e João.
Portanto vemos uma tradição já enraizada e nos Pais da Igreja do séulo II,
especialmente a partir da segunda metade do século II, numa sequência
cronológica que pelos registros podemos remontar a Justino o Martír, com “As
memórias dos Apóstolos”, fazendo referência aos Quatro Evangelhos, iisto por
volta do ano 150d.C., passando por Irineu trinta anos mais tarde e o seu
Evangelho Tetramorfo, ou seja, os Quatro Evangelhos, e finalmente chegamos no
Cânone Muratoriano no ano 200d. C., com uma relação dos livros Cânonicos,
incluindo os Quatro Evangelhos.
"Mateus, Marcos, Lucas, João, Revelação, 1 João, 1 Pedro, Pastor de Hermas, Sabedoria, Paulo
(mencionado, mas as epístolas não estão listadas)"
(capitulo 4, versículo 16) e talvez até 2 Pedro (capitulo 5,versículo 28), mas não
cita nem Filemom, nem 3 João e nem Judas.
Ele acha que a carta aos Romanos, conhecido agora como uma das cartas de
Clemente, foi de grande valia, mas não parece acreditar que Clemente de Roma
foi o autor (Livro 3, capítulo 3, versículo 3) e para ele, esta carta parece ter o
mesmo status inferior, como a Epístola de Policarpo (Livro 3, capítulo 3,
versículo 3).
Ele se refere a uma passagem do Pastor de Hermas como Escritura
(Mandato 1 ou Primeiro Mandamento), mas isso tem alguns problemas de
consistência da sua parte. Hermas acreditava que Jesus tornou-se o Filho de Deus
no Batismo (Parábola 5 de Pastor, capítulo 59, versículos 4-6), um conceito
chamado Adocionismo, mas todo o trabalho de Irineu, incluindo sua citação do
Evangelho de João (João 1:1), prova que ele acreditava que Jesus sempre foi
Deus.
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Aqui Tertuliano nos informa de dois fatos: primeiro, que João foi banido; e
segundo, que o lugar do seu exílio foi para uma ilha. Em outra passagem após
mencionar a perseguição por Nero, ele continua: “Domiciano também, o qual era
como um Nero em crueldade ensaiou as mesmas coisas; mas ele, como também
era um ser humano, prontamente cessou o seu empreendimento, e restaurou
aqueles que haviam sido banidos.”
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É tradiçãoi que, neste tempo, o apóstolo e evangelista João, que ainda vivia, foi condenado a
habitar a ilha de Patmos por ter dado testemunho do Verbo de Deus. Pelo menos Irineu, quando
escreve acerca do número do nome aplicado ao anticristo no chamado Apocalipse de Joãoii, diz no
livro V Contra as heresias, textualmente sobre João o que segue: Mas se fosse necessário
atualmente proclamar abertamente seu nomeiii, seria feito por meio daquele que também viu o
Apocalipse, já que não faz muito tempo que foi visto, mas quase em nossa geração, ao final do
império de Domiciano." Mas deve-se saber que de tal maneira brilhou por aqueles dias o ensinamento
de nossa fé, que até os escritores alheios a nossa doutrina não vacilaram em transmitir em suas
narrativas a perseguição e os martírios que então ocorreram. Indicaram inclusive com total
exatidão a data ao referir que no décimo quinto ano de Domiciano, Flávia Domitila, filha de uma
irmã de Flávio Clemente, um dos cônsules daquele ano em Roma, junto com muitos outros, foi
castigada com o desterro à ilha de Pontia, por causa de seu testemunho sobre Cristo.
História Eclesiastica Livro III Capitulo XVIII
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estas coisas de uma forma mais bem sonante: festas, sacrifícios e imolação de vítimas... Depois disto e
depois de examinar todo o livro do Apocalipse e demonstrar que é impossível entendê-lo segundo seu
sentido óbvio, continua dizendo:
"Depois de concluir toda sua - por assim dizer - profecia, o profeta declara bem-aventurados os que a
guardam e também, é verdade, a si mesmo: Bem-aventurado - diz, efetivamente - o que guarda as
palavras da profecia deste livro, e eu, João, que estou vendo e escutando estas coisas1. Portanto, não
contradirei que ele se chamava João e que este livro é de João. Porque inclusive estou de acordo de que é
obra de um homem santo e inspirado por Deus. Mas eu não poderia concordar facilmente em que este
fosse o apóstolo, o filho de Zebedeu e irmão de Tiago, de quem é o Evangelho intitulado de João e a Carta
católica. De fato, pelo caráter de um e de outro, pelo estilo e pela chamada disposição geral do livro,
conjeturo que não é o mesmo, já que o evangelista em nenhuma parte escreve seu nome nem prega a si
mesmo: nem no Evangelho nem na Carta."
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A decisão sobre quais livros deveriam fazer parte do Cânone não foi
tomada da noite para o dia. Até o fim do século IV, cerca de trezentos anos após
a maioria dos livros do Novo Testamento ter sido escrita, ninguém afirmou achar
que o Novo Testamento consistia dos 27 livros que temos hoje, e apenas desses
livros.
Ele diz ainda na lista que o Apocalipse conhecido como o Pastor de Hermas
é aceitável para leitura, mas não aceito como parte das Sagradas Escrituras.
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Tanto isto pode ser verdade, pelo fato de o autor anônimo da lista do
Cânone Muratório usar as palavras: “Lucas como o terceiro livro do
Evangelho”, ou seja, o autor usa o singular, para se referir aos Evangelhos de
Lucas e João, como se fossem uma só obra. Será que ao fazer isto o autor não
estava com o Evangelho Quádruplo de Irineu em mente?
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Por que então nós o chamamos de Mateus, Marcos, Lucas e João? Porque
em alguma época no século II, quando os cristãos proto-ortodoxos reconheceram
a necessidade de autoridades apostólicas, eles atribuíram esses livros aos
Apóstolos Mateus e João e a companheiros próximos aos Apóstolos Marcos
secretário de Pedro, e Lucas, companheiro de viagens de Paulo.
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Apocalipse 1: 1 Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus
servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu
anjo, notificou ao seu servo João, 2 o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de
Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu.
Porém o autor em nenhum lugar alega ser João, filho de Zebedeu, um dos
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Apóstolos de Jesus. Provavelmente, então, ele não era o Apóstolo. Dessa forma,
o livro é homônimo em relação a João e, posteriormente, foi aceito por cristãos
como Canônico porque eles acreditaram que o autor era, de fato, João o Apóstolo
terreno de Jesus.
Há ainda outros livros que são assinados por pseudônimos. Incluídas neste
grupo estão quase certamente 2Pedro, provavelmente 1Pedro, Judas e as
Epístolas Pastorais atribuídas a Paulo 1 e 2 Timóteo e Tito.
Algumas cartas são porém, “pseudônima”, ou seja, escrito sob nome falso,
como é caso das Epístolas Pastorais e etc...
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Foi então quando ele viu no céu um estandarte em forma de cruz, e acima
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dele, as palavras “Com este símbolo vencerás”. Sem entender o significado disso,
ele sonhou naquela noite que Cristo vinha a ele com o mesmo símbolo, dizendo-
lhe que o utilizasse como proteção contra os inimigos.
Foi então que sob esse símbolo que ele enfrentou Maxêncio em batalha e
obteve uma estrondosa vitoria e se impôs como imperador do Ocidente no ano
312 d.C. (Licínio era o imperador do Oriente).
Não terá sido por acaso também que, ele determinou que o Deus cristão fosse
cultuado no domingo no dia do sol e que o nascimento de Cristo passasse a ser
celebrado na época do solstício de inverno em 25 de dezembro.
Foi isto, e não o concilio de Niceia convocado doze anos depois, que pôs fim
aos conflitos contra os cristãos. Lembrando que nessa época os cristãos não
passavam de 5 a 8 %da população do império.
A Igreja foi coberta de benesses, tornado-se cada vez mais popular ser cristão
e com isso renunciar aos deuses pagãos. No final do século IV, os cristãos eram a
maioria na população do império.
Agora começa a grande confusão que uma grande parte de cristãos de teorias
conspiratórias fazem alegando que o concilio foi convocado para decidir se Jesus
era divino ou não.
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Felipenses 2: 5 Tende em vós este sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 o qual, subsistindo em
forma de Deus, não julgou que o ser igual a Deus fosse coisa de que não devesse abrir mão, 7 mas
esvaziou-se, tomando a forma de servo, feito semelhante aos homens;
Este não é o ponto de vista somente de Paulo e dos evangelhos canônicos, mas
também da grande maioria dos autores cristãos dos primeiros séculos. Inácio da
Antioquia morto no ano de 110 d.C. diz assim em estilo poético:
“Existe um médico, ao mesmo tempo carnal e espiritual, nascido e não nascido, Deus feito carne, vida
verdadeira na morte, de Maria e de Deus, primeiro submetido ao sofrimento e depois além do sofrimento,
Jesus Cristo nosso Senhor.” (Inácio Aos Efésios 7:2)
Desde o inicio, nos mais antigos textos cristãos de que dispomos, tornou-se
um lugar comum ter como certo que Jesus em determinado sentido era divino.
Mas havia sempre um obstáculo, pois a maioria dos cristãos também considerava
que Jesus era igualmente humano. Como poderia ser ele humano, se era divino?
É um problema com que se defrontaram os cristãos durante séculos, e em certo
sentido foi esta a questão que o Concilio de Nicéia foi chamado a resolver.
Este assunto deu muito trabalho aos cristãos, pois muitos reconheciam que a
humanidade e a divindade são duas coisas diferentes. Deus não poderia ser um
homem, exatamente como um homem não poderia ser uma rocha.
É certo que, para alguns Jesus era tão humano que não podia ser divino, ao
passo que outros argumentavam que era tão divino que não poderia ser humano.
No século II, Todavia, estes dois pontos de vistas antagônicos passaram a ser
considerados heréticos, ou seja, ensinamentos falsos.
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
De acordo com os cristãos adocionistas, Jesus, como ser humano adotado para
ser Filho de Deus, recebeu a missão divina de morrer em sacrifício pelos pecados
dos outros. Como recompensa por seu sacrifício e obediência até a morte, Deus o
retirou do convívio dos mortos e o elevou a seu lado direito, onde vive na Glória
e no poder, aguardando seu retorno à Terra no dia do Juízo Final.
Mas o motivo pelo qual não pareciam ter lido o Novo Testamento é simples:
O Novo Testamento ainda não existia. Na verdade, todos os livros do Novo
Testamento já estavam redigidos. Mas ainda não haviam sido reunidos num
cânone de escrituras nem eram conhecidos em seu conjunto como o Novo
Testamento.
A maioria dos cristãos rejeitava tanto a ótica dos adocionistas que insistiam
que Jesus era apenas humano quanto à dos docetistas que insistiam que ele era
apenas divino e firmavam que ele era humano e divino ao mesmo tempo. Mas
como poderia ser as duas coisas ao mesmo tempo? Neste ponto é que se
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Todo este debate levou ao Concílio de Nicéia duas propostas a dos bispos Ario
e Atanásio. Porém antes do Concilio de Nicéia, surgiram algumas curiosas
soluções para a questão de saber como Jesus podia ser ambas as coisas ao mesmo
tempo, assim como para problema correlato: como podia ser Deus, se Deus Pai é
Deus, não podendo haver dois deuses, mas apenas um? Como explicar isto?
Uma das primeiras soluções consistiu em dizer que Jesus era efetivamente
Deus Pai, que se tornou um ser humano. Dessa forma, Jesus era ao mesmo tempo
Deus e homem, pois realmente se tornou um ser humano, e continuava havendo
apenas um Deus, embora Jesus fosse Deus e Deus fosse Deus, pois eles são um
só e o mesmo.
Mas este ponto de vista acabou sendo considerado heresia, exatamente como
aconteceu com a perspectiva doa adocionistas e a dos docetistas. Foi considerado
heresia por vários motivos. Seus adversários alegavam que Deus Pai era superior
a todas as coisas, situando-se acima de limitações como a mortalidade, o
sofrimento e a morte.
Dizer que Jesus é Deus Pai seria o mesmo que dizer que Deus Pai sofreu. Os
adversários deste ponto de vista chamavam-no de Patripassionismo, ou seja, o
“Pai sofre”. Como poderia Deus sofrer ou morrer? E assim este ponto de vista foi
ridicularizado.
Mas a grande questão ainda não havia sido respondida e solucionada. Esta
questão era: Como poderia Jesus ser Deus e humano ao mesmo tempo? E como
podiam Jesus, Deus e o Espírito Santo serem Deus, se havia apenas um Deus?
Uma das soluções pare resolver este problema acabou levando ao Concílio de
Nicéia.
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
Os Cristãos Proto-Ortodoxos
Entre eles estão autores como Justino Mártir, Irineu, Tertuliano, Hipólito,
Clemente de Alexandria e Orígenes. Estes autores foram os verdadeiros
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
Ora, dizendo que Jesus era as duas coisas ao mesmo tempo, Deus e homem.
Essa se tornou a visão ortodoxa da igreja.
“Um Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, e dos mares... e num Jesus Cristo, filho de Deus,
que encarnou pela nossa salvação, e no Espírito Santo... e no nascimento de uma virgem, e no sofrimento e
na ressurreição dentre os mortos, e na ascensão ao céu, em corpo... de nosso amado Jesus Cristo.”
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Muitos cristãos hoje pensam que o Novo Testamento caiu do céu, ou foi um
processo simples como assar um bolo, coloca-se a massa no forno e sai o bolo
quentinho em minutos. Não, não foi assim.
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
No início dos anos 200 d.C., Orígenes pode ter estado usando os mesmos
vinte e sete livros como no Cânone católico do Novo Testamento, embora ainda
houvesse disputas sobre a canonicidade da Carta aos Hebreus, Tiago, II Pedro, II
e III João e Revelação (Apocalipse de João), Cânone este conhecido como o
Antilegomena.
Constantino nada teve a ver com o resultado final do Canone Cristão, nem
tampouco com a criação dos dogmas eclesiásticos que, surgiram como resultado
dos acalorados debates teológicos, travados ao longo dos primeiros IV séculos da
era cristã.
Vale lembrar que o cristianismo dos primeiros três séculos era altamente
diversificado, com várias vertentes, afirmando que eram os detentores da
verdade. Havia cristãos que afirmavam que Jesus havia sido adotado por Deus
por ocasião do seu batismo, e consequentemente só a partir dali ele se tornou o
filho de Deus, e não era divino, mas totalmente humano.
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
Havia outros cristãos que, defendiam que Jesus era humano e divino, ou
seja, ambas as coisas ao mesmo tempo, portanto ambas as coisas que os rivais
anteriores defendiam separadamente.
“Mateus 5: 21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de
juízo. 22 Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de
juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raça será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco
será réu do fogo do inferno.”
“Mateus 5:27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.28 Eu porém, vos digo
que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.”
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
“Mateus 5:33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus
juramentos ao Senhor. 34 Eu, porém, vos digo que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o
trono de Deus,”
“Mateus 5:38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. 39 Eu, porém, vos digo que
não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;”
“Mateus 5:43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. 44 Eu,
porém, vos digo: Amai a vossos inimigos,”
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Origens e desenvolvimento do Cânone Cristão
Bibliografia:
Critica Textual do Novo Testamento. Wilson Paroschi. Editora Vida Nova.
O que Jesus disse? O que Jesus não disse? Bart D. Ehrman. Editota Ediouro
Evangelhos Perdidos. Bart D. Erhman. Editora Record.
Os Evangelhos Perdidos. Darrell L. Bock. Thomas Nelson Brasil Editora.
Pedro , Paulo e Maria Madalena. Bart D. Erhman. Editora Record.
A verdade e a ficção em o Código da Vince. Bart D. Erhman. Editora Record.
O código da Vinci e cristianismo dos primeiros séculos. Pedro Lima Vasconcelo. Edições Paulinas.
Quebrando o código da Vince. Darrell L. Bock. Editora Novo Século.
Quem Jesus foi? Quem Jesus não foi? Bart D. Ehrmann. Editota Ediouro
Quem escreveu a Bíblia. Bart D. Ehrmann. Editora Ediouro.
História Eclesiástica. Eusébio de Cesáreia. Editora CPAD.
História Eclesiástica. Eusébio de Cesáreia.Editora Paulus.
Contra as Heresias. Irineu de Lion. Editora Paulus. Coleção Patrística.
Tertuliano. Pietro Podolak. Edições Loyola.
Heresia. O Jogo De Poder Das Seitas Cristãs Nos Primeiros Séculos Depois De Cristo. Joan O’grady.
A história das heresias. Roque Frangiotti. Editora Paulus.
A heresia da Ortodoxia. Michael J. Krueger. Edições Vida Nova.
História dos Dogmas tomo 1. O Deus da salvação séculos I ao VIII. Bernadr Sesboué , SJ. Edições Loyola.
Os Padres da Igreja. Séculos I ao IV. Jacques Liébaert. Edições Loyola.
O Nascimento dos Dogmas Cristãos. Bernard Meunier. Edições Loyola.
As Origens Do Cristianismo. Andrew Wellburn.
Tu és Pedro- A história dos primeiros 20 séculos da Igreja. Georges Suffert. Editora Objetiva.
O evangelho perdido de “Q” e as origens cristãs. Burton L. Mack. Editota Imago.
Ditos primitivos de Jesus. Uma introdução ao ‘proto-evangelho de ditos”Q”. Santiago Guijarro Oporto.
As origens da Bíblia- repensando a história canônica. John W. Miller. Edições Loyola.
A Bíblia como literatura. John B. Gabel and Charles B. Wheeler. Edições Loyola.
A Bíblia na Igreja. Joseph A. Fitzmeyer. Edições Loyola.
A Origem da Bíblia- um guia para os perplexos. Lee Martin MacDonald. Editora Paulus.
A Bíblia nas suas origens e hoje. Johan Konings. Editora Vozes.
Como a Bíblia tornou-se um livro. WilliamM. Schniedewind. Edições Loyola.
Septuaginta- Guia histórico e literário. Esequias Soares. Editora Hagnos.
A formação do Novo Testamento. Oscar Cullmann. Editora Sinodal.
A formação do Novo Testamento em suas três dimensões. Romano Penna. Edições Loyola.
O novo Testamento. Gerd Theissen. Editora Vozes.
Estudos Introdutórios nos Evangelhos Sinóticos. Osmundo Afonso Miranda. Casa Editora Presbiteriana.
Os Evangelhos Sinóticos. Benito Marconcini. Edições Paulinas
Evangelhos Gnósticos. Marcia Maia. Editora Mercuryo.
Evangelhos Gnósticos. Elaine Pagels.
Além de toda crença. Elaine Pagels. Editora Objetiva.
Nag Hammadi. O evangelho de Tomé. Jean Daniel Dubois / Raymond Kuntzmann. Editora Paulus.
O Evangelho de Judas. Bart. D. Ehrman. Editora Nationanal Geografic.
O Quinto evangelho- o evangelho de Tomé. Humberto Rohden. Editora Martin Claret.
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