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DE ÉTICA MÉDICA
Vamos a elas:
O princípio XXVI não existe no Código atual e foi trazido como novidade no
código agora aprovado: “XXVI – A medicina será exercida com a utilização dos
meios técnicos e científicos disponíveis que visem aos melhores resultados.”
O inciso XI não existe no Código atual e foi inserido no novo para reforçar o
conceito já inserto no inciso I do direito do médico portador de deficiência não
ser discriminado: “XI – É direito do médico com deficiência ou com doença,
nos limites de suas capacidades e da segurança dos pacientes, exercer a
profissão sem ser discriminado. “
No Capítulo III, RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL, houve apenas duas
pequenas alterações:
No artigo 75, a expressão “seus retratos” foi substituída por “imagens que os
tornem reconhecíveis”:
O artigo 114, que previa “Art. 114. Consultar, diagnosticar ou prescrever por
qualquer meio de comunicação de massa“, foi integralmente suprimido.
O artigo 118, renumerado para 117, foi acrescido da expressão “com o estado
da Federação no qual foi inscrito e Registro de Qualificação de Especialidade
(RQE) quando anunciar especialidade:
Capítulo I Capítulo I
X - O trabalho do médico não pode ser X – O trabalho do médico não pode ser
explorado por terceiros com objetivos explorado por terceiros com objetivos
de lucro, finalidade política ou religiosa. de lucro, finalidade política ou religiosa.
XV - O médico será solidário com os mo- XV – O médico será solidário com os mo-
vimentos de defesa da dignidade pro- vimentos de defesa da dignidade pro-
fissional, seja por remuneração digna fissional, seja por remuneração digna
e justa, seja por condições de trabalho e justa, seja por condições de trabalho
compatíveis com o exercício ético-pro- compatíveis com o exercício ético-pro-
fissional da Medicina e seu aprimora- fissional da medicina e seu aprimora-
mento técnico-científico. mento técnico-científico.
XX – A natureza personalíssima da
XX - A natureza personalíssima da atuação profissional do médico não
atuação profissional do médico não caracteriza relação de consumo.
caracteriza relação de consumo.
XXII - Nas situações clínicas irrever- XXII – Nas situações clínicas irrever-
síveis e terminais, o médico evitará síveis e terminais, o médico evitará
a realização de procedimentos diag- a realização de procedimentos diag-
nósticos e terapêuticos desnecessá- nósticos e terapêuticos desnecessá-
rios e propiciará aos pacientes sob rios e propiciará aos pacientes sob
sua atenção todos os cuidados palia- sua atenção todos os cuidados palia-
tivos apropriados. tivos apropriados.
XXIV - Sempre que participar de pes- XXIV – Sempre que participar de pes-
quisas envolvendo seres humanos quisas envolvendo seres humanos
ou qualquer animal, o médico res- ou qualquer animal, o médico res-
peitará as normas éticas nacionais, peitará as normas éticas nacionais,
bem como protegerá a vulnerabili- bem como protegerá a vulnerabili-
dade dos sujeitos da pesquisa. dade dos sujeitos da pesquisa.
Capítulo II Capítulo II
É direito do médico:
É direito do médico:
I - Exercer a Medicina sem ser discri- I – Exercer a medicina sem ser dis-
minado por questões de religião, et- criminado por questões de religião,
nia, sexo, nacionalidade, cor, orien- etnia, cor, sexo, orientação sexual,
tação sexual, idade, condição social, nacionalidade, idade, condição so-
opinião política ou de qualquer ou- cial, opinião política, deficiência ou
tra natureza. de qualquer outra natureza.
III - Apontar falhas em normas, con- III – Apontar falhas em normas, con-
tratos e práticas internas das insti- tratos e práticas internas das insti-
tuições em que trabalhe quando as tuições em que trabalhe quando as
julgar indignas do exercício da pro- julgar indignas do exercício da pro-
fissão ou prejudiciais a si mesmo, fissão ou prejudiciais a si mesmo,
ao paciente ou a terceiros, devendo ao paciente ou a terceiros, devendo
dirigir-se, nesses casos, aos órgãos comunicá-las ao Conselho Regional
competentes e, obrigatoriamente, à de Medicina de sua jurisdição e à Co-
comissão de ética e ao Conselho Re- missão de Ética da instituição, quan-
gional de Medicina de sua jurisdição. do houver.
Capítulo IV Capítulo IV
Capítulo V Capítulo V
Art. 32. Deixar de usar todos os Art. 32 Deixar de usar todos os meios
meios disponíveis de diagnóstico e disponíveis de promoção de saúde e
tratamento, cientificamente reco- de prevenção, diagnóstico e trata-
nhecidos e a seu alcance, em favor mento de doenças, cientificamente
do paciente. reconhecidos e a seu alcance, em fa-
vor do paciente.
§ 2° Salvo por motivo justo, comunicado § 2° Salvo por motivo justo, comunicado
ao paciente ou aos seus familiares, o ao paciente ou à sua família, o médico
médico não abandonará o paciente por não o abandonará por este ter doença
ser este portador de moléstia crônica crônica ou incurável e continuará a as-
ou incurável e continuará a assisti-lo sisti-lo e a propiciar-lhe os cuidados ne-
ainda que para cuidados paliativos. cessários, inclusive os paliativos.
Capítulo VI Capítulo VI
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
Art. 47. Usar de sua posição hierárqui- Art. 47 Usar de sua posição hierárquica
ca para impedir, por motivo de crença para impedir, por motivo de crença re-
religiosa, convicção filosófica, política, ligiosa, convicção filosófica, política, in-
interesse econômico ou qualquer outro, teresse econômico ou qualquer outro
que não técnico-científico ou ético, que que não técnico-científico ou ético, que
as instalações e os demais recursos da as instalações e os demais recursos da
instituição sob sua direção, sejam utili- instituição sob sua direção sejam utiliza-
zados por outros médicos no exercício dos por outros médicos no exercício da
da profissão, particularmente se forem profissão, particularmente se forem os
os únicos existentes no local. únicos existentes no local.
Art. 48. Assumir emprego, cargo ou fun- Art. 48 Assumir emprego, cargo ou fun-
ção para suceder médico demitido ou ção para suceder médico demitido ou
afastado em represália à atitude de de- afastado em represália à atitude de de-
fesa de movimentos legítimos da cate- fesa de movimentos legítimos da catego-
goria ou da aplicação deste Código. ria ou da aplicação deste Código.
Art. 56. Utilizar-se de sua posição Art. 56 Utilizar-se de sua posição hie-
hierárquica para impedir que seus rárquica para impedir que seus su-
subordinados atuem dentro dos bordinados atuem dentro dos prin-
princípios éticos. cípios éticos.
Art. 57. Deixar de denunciar atos que Art. 57 Deixar de denunciar atos que
contrariem os postulados éticos à contrariem os postulados éticos à
comissão de ética da instituição em comissão de ética da instituição em
que exerce seu trabalho profissional que exerce seu trabalho profissional
e, se necessário, ao Conselho Regio- e, se necessário, ao Conselho Regio-
nal de Medicina. nal de Medicina.
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
Art. 63. Explorar o trabalho de outro Art. 63 Explorar o trabalho de outro mé-
médico, isoladamente ou em equipe, na dico, isoladamente ou em equipe, na
condição de proprietário, sócio, dirigen- condição de proprietário, sócio, dirigen-
te ou gestor de empresas ou institui- te ou gestor de empresas ou instituições
ções prestadoras de serviços médicos. prestadoras de serviços médicos.
Art. 64. Agenciar, aliciar ou desviar, por Art. 64 Agenciar, aliciar ou desviar, por
qualquer meio, para clínica particular qualquer meio, para clínica particular
ou instituições de qualquer natureza, ou instituições de qualquer natureza,
paciente atendido pelo sistema público paciente atendido pelo sistema público
de saúde ou dele utilizar-se para a exe- de saúde ou dele utilizar-se para a exe-
cução de procedimentos médicos em cução de procedimentos médicos em
sua clínica privada, como forma de ob- sua clínica privada como forma de obter
ter vantagens pessoais. vantagens pessoais.
Art. 68. Exercer a profissão com in- Art. 68 Exercer a profissão com in-
teração ou dependência de farmá- teração ou dependência de farmá-
cia, indústria farmacêutica, óptica cia, indústria farmacêutica, óptica
ou qualquer organização destinada ou qualquer organização destinada
à fabricação, manipulação, promo- à fabricação, manipulação, promo-
ção ou comercialização de produtos ção ou comercialização de produtos
de prescrição médica, qualquer que de prescrição médica, qualquer que
seja sua natureza. seja sua natureza.
Capítulo IX Capítulo IX
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
Capítulo X Capítulo X
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
Art. 88. Negar, ao paciente, acesso Art. 88 Negar ao paciente ou, na sua
a seu prontuário, deixar de lhe for- impossibilidade, a seu representan-
necer cópia quando solicitada, bem te legal, acesso a seu prontuário,
como deixar de lhe dar explicações deixar de lhe fornecer cópia quando
necessárias à sua compreensão, sal- solicitada, bem como deixar de lhe
vo quando ocasionarem riscos ao dar explicações necessárias à sua
próprio paciente ou a terceiros. compreensão, salvo quando ocasio-
narem riscos ao próprio paciente ou
a terceiros.
Art. 89. Liberar cópias do prontuário
sob sua guarda, salvo quando au-
torizado, por escrito, pelo paciente, Art. 89 Liberar cópias do prontuário
para atender ordem judicial ou para sob sua guarda exceto para atender
a sua própria defesa. a ordem judicial ou para sua própria
defesa, assim como quando autori-
zado por escrito pelo paciente.
Capítulo XI Capítulo XI
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
Art. 92. Assinar laudos periciais, au- Art. 92 Assinar laudos periciais, au-
ditoriais ou de verificação médico-le- ditoriais ou de verificação médico-
gal quando não tenha realizado pes- -legal caso não tenha realizado pes-
soalmente o exame. soalmente o exame.
Art. 93. Ser perito ou auditor do pró- Art. 93 Ser perito ou auditor do pró-
prio paciente, de pessoa de sua famí- prio paciente, de pessoa de sua famí-
lia ou de qualquer outra com a qual lia ou de qualquer outra com a qual
tenha relações capazes de influir em tenha relações capazes de influir em
seu trabalho ou de empresa em que seu trabalho ou de empresa em que
atue ou tenha atuado. atue ou tenha atuado.
Art. 95. Realizar exames médico-pe- Art. 95 Realizar exames médico-pe-
riciais de corpo de delito em seres riciais de corpo de delito em seres
humanos no interior de prédios ou humanos no interior de prédios ou
de dependências de delegacias de de dependências de delegacias de
polícia, unidades militares, casas de polícia, unidades militares, casas de
detenção e presídios. detenção e presídios.
Art. 97. Autorizar, vetar, bem como Art. 97 Autorizar, vetar, bem como
modificar, quando na função de au- modificar, quando na função de au-
ditor ou de perito, procedimentos ditor ou de perito, procedimentos
propedêuticos ou terapêuticos insti- propedêuticos ou terapêuticos insti-
tuídos, salvo, no último caso, em si- tuídos, salvo, no último caso, em si-
tuações de urgência, emergência ou tuações de urgência, emergência ou
iminente perigo de morte do pacien- iminente perigo de morte do pacien-
te, comunicando, por escrito, o fato te, comunicando, por escrito, o fato
ao médico assistente. ao médico assistente.
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
Art. 105. Realizar pesquisa médica Art. 104 Deixar de manter indepen-
em sujeitos que sejam direta ou indi- dência profissional e científica em
retamente dependentes ou subordi- relação a financiadores de pesquisa
nados ao pesquisador. médica, satisfazendo interesse co-
mercial ou obtendo vantagens pes-
soais.
Art. 106. Manter vínculo de qualquer Art. 105 Realizar pesquisa médica
natureza com pesquisas médicas, em sujeitos que sejam direta ou indi-
envolvendo seres humanos, que retamente dependentes ou subordi-
usem placebo em seus experimen- nados ao pesquisador.
tos, quando houver tratamento efi-
caz e efetivo para a doença pesqui-
sada. Art. 106 Manter vínculo de qualquer
natureza com pesquisas médicas em
seres humanos que usem placebo
Art. 107. Publicar em seu nome tra- de maneira isolada em experimen-
balho científico do qual não tenha tos, quando houver método profilá-
participado; atribuir-se autoria ex- tico ou terapêutico eficaz.
clusiva de trabalho realizado por
seus subordinados ou outros pro-
fissionais, mesmo quando executa- Art. 107 Publicar em seu nome tra-
dos sob sua orientação, bem como balho científico do qual não tenha
omitir do artigo científico o nome de participado; atribuir a si mesmo au-
quem dele tenha participado. toria exclusiva de trabalho realizado
por seus subordinados ou outros
profissionais, mesmo quando execu-
tados sob sua orientação, bem como
Art. 108. Utilizar dados, informações
omitir do artigo científico o nome de
ou opiniões ainda não publicados,
quem dele tenha participado.
sem referência ao seu autor ou sem
sua autorização por escrito.
Art. 108 Utilizar dados, informações
ou opiniões ainda não publicadas,
sem referência ao seu autor ou sem
sua autorização por escrito.
Art. 109. Deixar de zelar, quando Art. 109 Deixar de zelar, quando docen-
docente ou autor de publicações te ou autor de publicações científicas,
científicas, pela veracidade, clareza pela veracidade, clareza e imparcialida-
e imparcialidade das informações de das informações apresentadas, bem
apresentadas, bem como deixar de como deixar de declarar relações com
declarar relações com a indústria de a indústria de medicamentos, órteses,
medicamentos, órteses, próteses, próteses, equipamentos, implantes de
equipamentos, implantes de qual- qualquer natureza e outras que pos-
quer natureza e outras que possam sam configurar conflitos de interesse,
configurar conflitos de interesses, ainda que em potencial.
ainda que em potencial.
É vedado ao médico:
É vedado ao médico:
Art. 113. Divulgar, fora do meio científico, Art. 113 Divulgar, fora do meio científico,
processo de tratamento ou descoberta cujo processo de tratamento ou descoberta
valor ainda não esteja expressamente reco- cujo valor ainda não esteja expressa-
nhecido cientificamente por órgão compe- mente reconhecido cientificamente por
tente. órgão competente.
Art. 114. Consultar, diagnosticar ou pres- Art. 114 Anunciar títulos científicos que
crever por qualquer meio de comunica- não possa comprovar e especialidade
ção de massa. ou área de atuação para a qual não es-
teja qualificado e registrado no Conse-
lho Regional de Medicina.
Art. 116. Participar de anúncios de empresas Art. 116 Apresentar como originais
comerciais qualquer que seja sua natureza, quaisquer ideias, descobertas ou ilus-
valendo-se de sua profissão. trações que na realidade não o sejam.
Art. 117. Apresentar como originais quais- Art. 117 Deixar de incluir, em anúncios
quer idéias, descobertas ou ilustrações que profissionais de qualquer ordem, seu
na realidade não o sejam. nome, seu número no Conselho Regio-
nal de Medicina, com o estado da Fede-
ração no qual foi inscrito e Registro de
Qualificação de Especialista (RQE) quan-
Art. 118. Deixar de incluir, em anúncios pro-
do anunciar a especialidade.
fissionais de qualquer ordem, o seu número
de inscrição no Conselho Regional de Medi-
cina.
Parágrafo único. Nos anúncios de esta-
belecimentos de saúde, devem constar
o nome e o número de registro, no Con-
Parágrafo único. Nos anúncios de estabele- selho Regional de Medicina, do diretor
cimentos de saúde devem constar o nome e técnico.
o número de registro, no Conselho Regional
de Medicina, do diretor técnico.
2. Este novo Código vem reforçar e também acrescer princípios éticos basilares da
medicina, atualizando conceitos já existentes e criando outros que se tornaram
necessários após a edição do CEM/2009.
5. Dentro dos artigos que tratam dos direitos dos médicos, buscou-se garantir iso-
nomia de tratamento aos profissionais com deficiência.