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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR.

JUIZ DE DIREITO
DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAHIA

Joselino Lndeza, Brasileiro, Solteiro, Estudante, inscrito no CPF


nº 00122555688, RG nº 12356 SSP/RO, endereço eletrônico
josélindão@gmail.com, residente e domiciliado à Rua Viçosa,
nº 3456, Bairro Social, Porto Velho, Cep, 7654854 por
intermédio de seu advogado subscrito, com endereço
profissional à rua Raimundo Cantuária, E-mail
dr.souza@gmail.com, vem a presença de Vossa Excelência, com
fulcro no artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil –
Lei 13.105/2015, ajuizar a presente

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO c/c DANOS MORAIS

em face de Bloco beijo, Brasileiro, inscrito no CNPJ sob


nº145224/0001 endereço eletrônico
blocobeijagratis@hotmail.com, com sede à Rua Travessa,
12356, Bairro Cristal, Cidade Bahia, pelos fatos e fundamentos
a seguir delineados.

III. DOS FATOS


O autor é Joselito Lindeza e objetiva
Ação de Restituição e Danos morais.

Em 19/04/2019 o Autor, após assistir


propaganda do intitulado “Bloco Beijo” na qual convidara
clientes para o carnaval da Bahia e mostrara em sua publicação
casais formando relacionamentos e amizades, felizes e com
belas mulheres, além disso incentivando os clientes através das
imagens a comprarem os abadás, ADQUIRIU o produto ora
exposto em propaganda ( contrato e comprovante de quitação,
anexo 01)

Entretanto, ao chegar no local do


evento, induzido pela propaganda ( propaganda, anexo 02)
procurou conhecer tais mulheres informadas na publicidade,
todavia não as encontrou, nem mesmo possibilidade de se
integrar socialmente à festa, uma vez que as informações era que
haveria reciprocidade no trato com os demais foliões, além
disso, passou a ser seguidamente humilhado durante todo o
percurso do bloco.

Traumatizado e humilhado procurou


o Sr. Davi de Souza, diretor do bloco beijo, para solicitar o
ressarcimento do valor pago, quando em frente a todos os
foliões presentes, foi insultado pelo referido diretor com
palavras de baixo calão, a saber: “Sai daqui filho do capeta”,
“Feio do Caralho”, “ Até satanás não te quer”, fazendo assim
alusão ao seu perfil estético.

Concomitante a isso, fora agredido


pelos seguranças, que rasgaram seu abadá e o colocaram para
fora do evento( Vídeo do ocorrido, Anexo 03) todo episódio
filmado e de forma instantânea, circulou nas redes sociais,
perfazendo até a presente data , um total de 39 milhões de
visualizações, sendo quem por este fato, ficou conhecido como o
“satanás da Bahia” causando danos psicológicos irreparáveis (
laudo, anexo 04) em Joselito.

IV. DO DIREITO
O direito do autor vem
primordialmente amparado na Lei nº 8078/90, em especial em
seu ART 37 paragrafo 1º que dispões: “É enganosa qualquer
modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou
parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de
induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade,
quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre
produtos e serviços.”

Lei nº 8078/90, em especial em seu


ART 35 , III que dispões: “Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar
cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá,
alternativamente e à sua livre escolha: III- rescindir o contrato, com direito à
restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e
a perdas e danos.
Artigo 5º, inc.V, da Constituição Federal.

“é assegurado o direito de resposta, proporcional ao


agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”

V. DO PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE


URGÊNCIA
Demonstrados, portanto, o periculum
in mora e a prova inequívoca, mister se faz a tutela antecipada
de urgência com fulcro nos arts. 294 e seguintes e 300do Código
de Processo Civil.
Em razão do receio de difícil
reparação, requer a autora digne-se Vossa Excelência o bloqueio
de todos os vídeos em circulação em sites nacionais e
aplicativos.

VI. DOS PEDIDOS


Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) a designação de audiência prévia de


conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015;
c) a citação do requerido por meio
postal, nos termos do art. 246, inciso I, do CPC/2015;
d) liminarmente, a concessão do
pedido de tutela provisória de urgência, com o fim de
determinar o bloqueio do vídeo em redes nacionais de internet

e) ao final, seja dado provimento a


presente ação, no intuito de condenar o réu a restituição do valor
pago em contrato com a s devidas correções, bem como
pagamento dos danos morais sofridos pelo autor no valor de 5
milhoes de reais ;

f) seja o réu condenado ao pagamento


de custas processuais e honorários advocatícios;

Pretende-se provar o alegado por


todos os meios de prova admitidos, em especial, pelos
documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem
arroladas em momento oportuno e novos documentos que se
mostrarem necessários.

Dá-se a causa o valor de R$


5.000.000, 00 (cinco milhões de reais ).

Termos em que,

Pede deferimento.

Porto Velho, 19 de abril de 2019.


ICARO MIRANDA

OAB/ nº54565

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