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ANÁLISE DA TENSÃO CISALHANTE EM UNIÕES REBITADAS

Anderson Cavalheiro Antonietti, 139956@upf.br


Diego Vitali, 125477@upf.br
Jean Carlos da Silva, 135135@upf.br
Matheus Antunes Matana, 142741@upf.br

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO BR285, São José | Passo Fundo/RS | CEP: 99052-900

Resumo: Por meio deste trabalho, apresenta-se o material em rebite feito de alumínio. Sabendo que, praticamente
todo material possui certa resistência ao cisalhamento, o propósito deste trabalho é verificar até onde vai à resistência
deste material, ao cisalhamento, aplicando uma tensão de tração. Os ensaios destrutivos de tração, proporcionam
uma maneira rápida e eficiente de verificar propriedades importantes dos materiais. Estes materiais nos ensaios de
tração, são submetidos cada um,ao esforço necessário até o seu rompimento. Para a análise em rebites, será feito uma
comparação com dois fornecedores diferentes, assim obtendo os resultados por meio de gráficos e resultados
quantitativos.

Palavras-chave: rebite; cisalhamento; tração; fixação; alongamento

1 INTRODUÇÃO

Elementos de fixação são submetidos a esforços cisalhantes, devido a ação de uma força cortante, sendo esta uma
carga tangencial que age sobre a área da seção transversal da peça. É imprescindível que o engenheiro conheça e saiba
avaliar suas características e comportamentos, evitando assim uma eventual falha de projeto ou um acidente envolvendo
riscos a vida.
Estabelecer os limites de resistência do material a ser utilizado é o principal objetivo deste estudo e de grande
relevância pois destas dependem a aplicação em uniões de chapas rebitadas ou parafusadas, sendo a tensão cisalhante
um dos principais esforços que as juntas devem resistir.

1.1 Objetivos gerais

O objetivo principal deste estudo é estudar o comportamento de elementos de fixação dispostos de maneiras
diferentes na ligação, sob efeito de forças cisalhantes.

1.2 Objetivos específicos

O objetivo específico deste trabalho é verificar a resistência ao cisalhamento de rebites de dois tipos de fabricante
diferentes. A variável de saída a ser analisada será a resistência ao cisalhamento dos rebites, a fim verificar se existe
uma discrepância entre as marcas. Para tanto o estudo deverá prosseguir desta maneira:

 Elaborar um corpo-de-prova para o ensaio com diferentes junções rebitadas com o mesmo diâmetro do
elemento de fixação, variando os fabricantes e alternando a disposição de montagem dos elementos na
junta;

 Fixação do corpo de prova na máquina universal para realização dos ensaios de tração. Alongar o conjunto
até atingir sua máxima resistência, a fim de se obter dados através do gráfico (tensão vs. deslocamento)
para análise de resistência dos elementos, quando estes forem solicitados e enfrentarem esforços ao
cisalhamento. Commented [EAL2]: Não entendi...

 Analisar os resultados obtidos pelo gráfico através do ensaio, aplicando modelos estatísticos para >>> COMENTÁRIO (ANDERSON): ajustei o texto,
verificação de alguma ocorrência diferença e significativa na resistência ao cisalhamento, quando variar os verifiquem e se for preciso acrescentem/ modifiquem
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dois tipos de fabricantes e também a questão quando, estes estiverem dispostos de maneira alternada na
junta, ou seja, quando os rebites estiverem fixados em série ou em forma de quadrado. Commented [EAL3]: Não ficou claro, talvez tentar
reformular um pouco o texto.

>>> COMENTÁRIO (ANDERSON): ajustei o texto,


verifiquem e se for preciso acrescentem/ modifiquem

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Evitar título sem texto. Esta seção apresenta ....

2.1 Formas de cisalhamento

São conhecidas duas formas de cisalhamento: cisalhamento simples e cisalhamento duplo. Tem-se cisalhamento
simples quando o material sofre o efeito de forças cortantes e apresenta apenas uma região afetada pelas mesmas.
Ocorre normalmente em uniões simples de duas chapas fixadas com parafuso ou rebite, conforme ilustra a
Figura 1. O cisalhamento duplo acontece quando o material submetido às forças cortantes apresenta duas Commented [EAL4]: Exemplo em figura???
regiões afetadas pela carga atuante, conforme indicado na Figura 2
Figura 1 – Exemplo de ensaio de cisalhamento simples
Fonte: Adaptado de Ebah .

Figura . >>> COLOCAR CITAÇÃO <<< Commented [EAL5]: Fonte? De onde saiu essa
Para a realização dos ensaios de tração e de compressão, a velocidade de aplicação da carga deve ser lenta, para não informação?
afetar os resultados do ensaio (ANESTE).

Figura 1 – Exemplo de ensaio de cisalhamento simples


Fonte: Adaptado de Ebah (2013).
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Figura 2 – Exemplo de ensaio de cisalhamento duplo


Fonte: Adaptado de Aneste (2017).

A realização de sucessivos ensaios mostra que existe uma relação constante entre a tensão de cisalhamento e a
tensão de tração, conforme indicado na Figura . É por isso que, em muitos casos, em vez de realizar o ensaio de
cisalhamento, utilizam-se os dados do ensaio de tração, pois estão mais facilmente disponíveis para análise (ESSEL,
2016).

Figura 3 – Exemplo de rebite em aplicação


Fonte: Adaptado de Essel (2016).

2.2 Seções críticas a ser avaliadas

Segundo Tunily (2015), na análise de uniões e conexões rebitadas, é normalmente suposto que a flexão e a tração
nos rebites possa ser desprezada, que a fricção entre as peças não contribua para a transferência de força através da
união, e que as tensões residuais possam ser desprezadas. É considerado que o cisalhamento nos rebites seja uniforme e
igualmente dividido entre os rebites. Sendo assim os pontos críticos podem ser identificados como:
 Falha em tração na seção transversal entre os rebites;
 Cisalhamento na seção transversal do rebite;
 Falha de apoio compressivo entre o rebite e a chapa;
 Cisalhamento da borda no furo do rebite;
 Rasgamento da borda no furo do rebite (UNIVASF).

Segundo Tunily (2015), para a análise elementar de uniões rebitadas, as tensões associadas com cada seção crítica
podem ser estimadas como a seguir:
Para falha por tração da chapa entre rebites, a tensão trativa na chapa, σt é demonstrada pela Equação 1.
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Fs
𝜏= (𝑏−𝑁𝓇𝐷𝒽)𝑡
(1)

Onde:
𝑏 = Largura da chapa (mm)
𝐷ℎ = Diâmetro do furo (mm)
𝐹𝑠 = Carga total cisalhante (N)
𝑁𝑟 = Número de rebites suportando a carga
𝑡 = Espessura da chapa (mm)
𝜎𝑡 = Tensão trativa (N/mm2 )

2.3 Tensão de cisalhamento

A ação de uma força atuando sobre a área da seção transversal de uma peça qualquer acaba proporcionando a esta,
uma tensão com tendência a cortar a peça. Esta tensão é denominada tensão de cisalhamento e é definida pela relação
entre a intensidade da carga (Q) que está sendo aplicada sobre a área da secção transversal (Acis) da peça em que está
sujeita a carga conforme expressa pela Equação 2 (ESSEL, 2016).

𝒬
𝜏 = 𝐴𝑐𝑖𝑠 (2) Commented [EAL6]: Utilizar o editor de equações do
word. Equações devem ser numeradas e indicadas no texto.

No caso de vários elementos estarem submetidos a carga cisalhante, o dimensionamento deve ser envolvendo o
somatório das áreas das secções transversais. Elementos com a mesma área de secção transversal, deve-se multiplicar a
área de seção transversal pelo número de elementos (n) conforme demonstrada pela Equação 3 (ESSEL, 2016)

𝒬
𝜏= (3)
𝑛∗𝐴𝑐𝑖𝑠

Onde:
τ =Tensão;
Q =Força cortante;
Acis= Área da secção transversal;
n = número de elementos submetidos ao cisalhamento.

2.4 Estudo de ligações submetidas a cisalhamento Commented [EAL7]: Não necessariamente é necessário
fazer uma seção para cada artigo. Sugiro que façam uma
seção de artigos relacionados e então descrevam todos os
Este artigo baseia-se num experimento realizado por M. D’Aniello et al. (2011) para o comportamento de ligações artigos.
em aço-carbono à tração com rebites em cisalhamento no qual demonstra uma resistência maior quando o rebite é
fixado a quente. A variação dessa força de fixação promove diferentes tipos de rupturas e grandes diferenças na
distribuição de solicitações. Também cita que o aumento no número de rebites na ligação diminui o efeito do momento
fletor. O estudo faz uma menção para uma comparação dos parâmetros a se utilizar em ligações parafusadas e rebitadas
sendo melhor qualificada quando utilizado rebites (SANTOS, 2015).
Esta seção do artigo de SANTOS baseia-se estudo de Primož Može e Darko Beg (2011) para ligações com
parafusos e cisalhamento duplo sendo as ligações com aço de alta resistência. Neste, avaliou-se o processo de
fabricação dos experimentos tinha interferência nos mecanismos de ruptura, sendo que apenas o atrito teve influência.
Também ficou comprovado por métodos matemáticos o aumento da força no parafuso provoca alongamento
significativo.

2.5 Ligações em estruturas metálicas

Define-se ligação metálica pela união entre duas ou mais peça. Normalmente o tipo de ligação a ser usado é
elaborado levando em conta o tipo de montagem que será realizado, pois a dificuldade de ajuste “in loco” pode gerar
atrasos e provocar acidentes durante o processo de ligação das partes.
Existem duas maneiras principais de se tornar as ligações seguras, o uso de solda e o de parafusos, ou até mesmo as
duas em conjunto (ALMEIDA, 2014).
Commented [EAL1]: Os objetivos específicos são
aprofundamentos do objetivo geral, deve ser descritos em
3 METODOLOGIA
forma crescente de complexidade. Revejam o primeiro
parágrafo.
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O estudo foi dividido em 3 segmentos, sendo no primeiro nível buscou-se a elaboraçãode uma revisão bibliográfica
baseada em artigos já publicados, bibliografia especializada e em experimentos que se assemelhem ao que está sendo
proposto, buscando compreender o método de análise utilizado,as características principais do processo e os resultados
e conclusões obtidos nos mesmos.
Num segundo nível tem-se como base elaborar um método de ensaio aleatorizado com o intuito de minimizar ou
distribuir possíveis erros associados ao experimento onde ideia principal do experimento tem como variável de resposta
a resistência ao cisalhamento de ligações com rebites de repuxo. Para tanto foi definido que o experimento terá dois
fatores (Fabricante e Disposição dos rebites) e dois níveis.O experimento prosseguirá em máquina de ensaios de tração,
alternando o sentido de montagem dos rebites e o fabricante dos mesmos. As amostras dos corpos de prova deverão ter
os fixadores dispostos alinhado em fileiras e colunas, em sentidos diferentes em relação ao outro.Todos os
procedimentos estarão sujeitos a cisalhamentos simples.
Numa terceira etapa os dados obtidos no ensaio deverão ser submetidos a modelos estatísticos. Nesta etapa deve-se
verificar se: existem correlações entre as duas marcas de fabricantes de rebites que somando a variação no sentido de
montagem, terão influência sobre a resistência ao cisalhamento.

3.1 MATERIAIS E MÉTODOS Commented [EAL8]: Esperava mais dessa parte. Mais
explicação, mais detalhes das escolhas e do porque estão
Segundo Marcus (2014), para a compreensão do comportamento das juntas rebitadas, uma variável muito fazendo. Justificar melhor. Qual é a variável de resposta?
importante a ser considerada é o processo de rebitagem. O aperto do rebite envolve um fluxo plástico neste que, Qual será o método de análise?
enquanto é comprimido, gera uma expansão radial na haste em direção as paredes do furo. Commented [EAL9]: Aqui eu esperava que vocês
A Figura 4 mostra esquematicamente quatro estágios que podem ser distinguidos durante a instalação do rebite. explicassem melhor o experimento. Descrever melhor quais
são os materiais, na forma de texto, justificar o porque de
cada escolha.

Figura 4 - Estágios do processo de rebitagem


Fonte: Adaptado de Marcus (2014).

1° estágio: O diâmetro do furo é feito inicialmente com uma folga em relação ao diâmetro nominal do rebite. Assim
que a força de aperto é aplicada, a compressão axial do rebite resulta em uma expansão radial de sua haste. O diâmetro
da haste do rebite aumenta com o crescimento da magnitude da força de aperto, até tocar a face do furo (CIOATO).
2° Estágio: O segundo estágio é marcado pelo aumento da tensão no material da chapa devido à expansão radial da
haste do rebite em contato com a face do furo. O aumento da deformação plástica do rebite irá também aumentar a
pressão radial, gerando uma concentração de tensões nas paredes do furo (CIOATO).
3° estágio: Com a formação da contra-cabeça, parte da força de aperto passa a ser transferida pela superfície de
contato das chapas (CIOATO).
4° estágio: O quarto estágio é a remoção da força de aperto. Durante esse estágio, os materiais do rebite e da chapa
retornam elasticamente e a fixação é finalizada (CIOATO).

Para a definição do ensaio e escolha do material a ser utilizado, levamos em consideração que a variável de resposta
a ser traçada seria à resistência ao cisalhamento >>>TERMINAR A ELABORAÇÃO E CITAR IMAGEM ABAIXO
(FIGURA 5) E CITAR OS 2 FABRICANTES <<<
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Figura 5 - Dimensões de Rebite


Fonte: Adaptado de Belenus (2018)

Material mandril de aço, corpo de alumínio.

Dimensões:

 d1: 3,2 mm
 d2: 6,5 mm
 d3: 1,8 mm
 L: 16 mm (Belenus) – 15 mm (Mister)
 L3: 26 mm

O experimento terá dois fatores (A: Fabricante – B: Disposição dos rebites), e dois níveis.

B M

Figura 6 - Fabricante B e Fabricante M


Fonte: Adaptado de Catálogos de Fabricantes (2018)
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Figura 7 - Disposição dos rebites B1: uma linha de quatro rebites na horizontal. (1X4)
Fonte: Autores (UPF)

Figura 8 - Disposição dos rebites B2: duas linhas de rebites na horizontal e duas na vertical. (2X2)
Fonte: Autores (UPF)

O experimento terá então quatro combinações, com três réplicas de cada combinação. Formará um total de 12
amostras. A ordem de execução deve seguir o quadro a seguir:

Quadro 1 - Ordem de execução dos ensaios


Amostra Fabricante Disposição Ordem Aleatório
2 B 1X4 Execução
1 133
4 B 2X2 2 187
9 M 1X4 3 421
8 M 1X4 4 470
6 B 2X2 5 478
7 M 1X4 6 553
3 B 1X4 7 641
11 M 2X2 8 652
5 B 2X2 9 663
1 B 1X4 10 841
10 M 2X2 11 880
12 M 2X2 12 904
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3.2 Ferramentas

Para o ensaio, deverá ser utilizado:

 Máquina universal de ensaios Schenk.


 Paquímetro Mitutoyo Resolução 1/50.
 Computador monitor de dados coletados pela máquina EMI.
 Alicate rebitador.

4 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, P. H. V. D., 2014. ESTUDO E VERIFICAÇÃO DE LIGAÇÕES METÁLICAS PARAFUSADAS E
SOLDADAS. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado como um dos requisitos para a conclusão do curso
de Engenharia Civil do UniCEUB - Centro Universitário de Brasília., 26 Novembro, p. 16.
ANESTE, M. M., 2017. Aneste. [Online]
Disponível em: http://aneste.org/materiais-metlicos-v2.html?page=3
[Acesso em 28 Setembro 2018].
Disponível em: http://docplayer.com.br/69718223-Influencia-dos-parametros-da-operacao-no-processo-de-usinagem-
por-eletroerosao.html
ESSEL, E. M., 2016. Essel. [Online]
Disponível em: http://essel.com.br/cursos/material/01/EnsaioMateriais/ensa07.pdf
[Acesso em 28 Setembro 2018].
SANTOS, J. D. J. D., 2015. ESTUDO EXPERIMENTAL DE LIGAÇÕES APARAFUSADAS DE AÇO
INOXIDÁVEL SUBMETIDAS À TRAÇÃO. Maxwell, 24 Junho, pp. CAPÍTULO 1-7.
UNIVASF, E. 1., 2017. Univasf. [Online]
Disponível em: http://www.univasf.edu.br/~alan.dantas/disciplinas/Elementos1/Aula14.pdf

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