MINISTÉRIO CANAÃ DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

CONGREGAÇÃO TIANGUÁ

11 de março de 2018
CULTO DE ADORAÇÃO
Tema: A Aparência do Reino
Texto: Lucas 17: 20 - 25
INTRODUÇÃO:
Dentro do seu entendimento, o que é Reino de Deus? Você já fez essa pergunta a si
mesmo? Qual a definição clara que temos sobre este ambiente? É de suma importância para
nossa maturidade espiritual sabermos qual a natureza dele e como devemos nos comportar nele.

Muito da bagunça que vemos no meio evangélico hoje é fruto da ausência de

entendimento sobre o que é Reino de Deus. A falta de reverência, a falta de compromisso, a
falta de unção, a falta de poder, a falta de amor, todas estas deficiências são sintomas de quem
está “na igreja”, mas não no Reino. Leia-se igreja aqui entre aspas por causa também da má
interpretação do que seja igreja.

O que precisamos urgentemente compreender é que este Reino está estabelecido e que
Seu Rei está voltando. A noção de que Jesus vai voltar deveria gerar em todos os cristãos o
desejo de ser achados em Seu Reino. Você pode até dizer que vive na igreja, vem todos os dias
para igreja, participa de tudo que a igreja oferece e mesmo assim não ser um cidadão do Reino.
Você corre um grande risco de estar se enganando. Isso é sério! Estamos falando de vida eterna.
É nosso destino eterno que está sendo posto em pauta agora. Não há nada mais importante para
o cristão do que isso. Cristo disse em Mateus 16: 26 “Que aproveita o homem ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma? É disso que estamos falando!

As mensagens que ouvimos por aí se resumem apenas em ganhar e ganhar cada vez
mais nesta terra. E o porvir? Qual tipo de produção eterna temos feito? O que nos identifica
com o Céu? Para nos situarmos mais neste contexto, é preciso que entendamos três níveis
básicos: Sacerdócio, Igreja e Reino. Um está diretamente ligado ao outro.

Sacerdócio fala de vocação: É o meu ofício no mundo espiritual. Igreja fala de

comunhão: É a união de todos os salvos. É a representação de Cristo na terra. Reino fala de
proclamação: É a pregação da Igreja aos perdidos. Lembra da pregação de João Batista e a de
Jesus? “Arrependei-vos por que é chegado o Reino dos Céus.”. Outra observação importante é
que Sacerdócio fala de identidade; Igreja fala de conduta e Reino fala de caráter. Essas
definições, quando não são bem assimiladas pela cristandade, gera ajuntamento, não corpo.
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CONGREGAÇÃO TIANGUÁ

LIÇÕES:

1- A RELIGIÃO NÃO CONSEGUE DISCERNIR O REINO: v. 20

Os fariseus, grupo religioso da época, fez um questionamento ao Senhor de quando
viria o Reino de Deus tão pregado e tão esperado por eles. O problema deles, e de muito de nós
hoje em dia, é que somos dependentes de “sinais”, de formas humanas e palpáveis para acreditar
e apoiar a nossa fé.
Os Judeus principalmente, que tinham uma ideia temporal e terrena bem definida deste
Reino. Nas suas mentes seria um tempo semelhante ao reinado de Davi, onde o Messias iria
libertar todos os judeus do julgo romano e dos pesados tributos. Para a cristandade pós-
moderna, este Reino é fundamentado na libertação da miséria, da pobreza, das contas, tentando
coloca-lo num patamar puramente financeiro.
A grande verdade que não foi entendida nem pelos fariseus nem pela maioria dos
cristãos de hoje é que este Reino “não vem com visível aparência”. Muitos abandonaram a
Cristo e outros não deram crédito a Sua mensagem por que Ele era o carpinteiro, filho do Zé e
da Maria. Os judeus esperavam um reinado pomposo como o de Davi e seu filho Salomão. Hoje
os crentes esperam a mudança de vida financeira como um marco da chegada do Reino em suas
vidas. Os dois estão totalmente equivocados.
O Reino de Deus é espiritual e sua área de atuação é o interior do homem. Está
totalmente desligado do tempo e do espaço. Ele pode vir para uns e outros nem dão conta. Ele
vem silenciosamente, sensivelmente. Só os que estão em Cristo o podem sentir e vivenciá-lo.

2- A RELIGIÃO NÃO CONSEGUE MONOPOLIZAR O REINO: v. 21

Outro erro grosseiro que os judeus cometeram e os religiosos de hoje também cometem
é querer monopolizar ou pontuar o Reino a uma determinada nação (Israel) ou a um
determinado local (igreja). Isso é fruto da falta de entendimento da natureza espiritual e interior
do Reino. Tanto judeus como crentes pós-modernos querem fixar o Reino num determinado
local geográfico ou numa marca humana.

As formas de engano são as vezes descaradas. “A benção está aqui” ou “Jesus está
aqui” ou ainda “o avivamento está conosco”. Tudo isso parte de um sendo de exclusividade e
falto de entendimento. Ele disse “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali
estarei”. O avivamento genuíno parte do coração de cada um. “Porque o Reino de Deus está
dentro de vós”. Deus não fechou acordo de exclusividade com nenhuma igreja em especial. Ao
povo que resolver obedecê-Lo e andar nos Seus caminhos, a este é manifesto o Reino. E quem
assim procede revela que já o Reino chegou em seu coração.
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3- A RELIGIÃO NÃO PERCEBE OS MOMENTOS DO REINO: vv. 22, 23

Viver no Reino não implica necessariamente vida boa diariamente não. A frustração
dos judeus parece ter efeito também nos dias de hoje. A bonança que eles e muitos de nós
esperam encontram barreira nos dias ruins. “Como pode estar estabelecido o Reino se ainda
existe exploração romana? Como pode estar o Reino entre nós se ainda sou pobre, doente, e
não recebi minha benção?” Perguntas como estas revelam o cumprimento do que nos fala o v.
22 “Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis”. Neste
Reino, que está em vigor e que Seu Rei está no trono, haverão dias maus, dias em que
desejaremos que Ele se manifeste novamente. A igreja primitiva nos deixou um grande legado
de como vencer estes dias. Muitos foram perseguidos, presos, torturados e mortos, mas não
negaram a sua fé. Pelo contrário, contemplavam Cristo os recebendo nos Céus.

Muitos aproveitarão desta “ausência” física para tentar enganar o povo. Perceba que
no v. 23 o Senhor nos adverte a não dar crédito aos falsos cristos que se levantarão neste ínterim.
O tempo que estamos a vivenciar é uma prova nossa para com Ele e uma oportunidade para
outros ainda ouvirem deste Reino Eterno. Precisamos entrar nesta dimensão espiritual e batalhar
pelas almas que estão perdidas.

4- A RELIGIÃO DESPREZA O SOFRIMENTO QUE ANTECEDE A GLÓRIA: v. 25

O que não está claro aos religiosos, tanto os contemporâneos de Cristo como os de
hoje é que pra ver o Seu Reino ser estabelecido, Cristo teve que padecer. “Mas importa que
PRIMEIRO ELE PADEÇA MUITAS COISAS e seja rejeitado por esta geração.” Hoje as
pessoas não querem mais ser rejeitadas. Não suportam mais afronta por causa do Reino e logo
se escandalizam, se desviam. Imagina se Cristo tivesse desistido na primeira decepção, quando
começou a pregar na Sua cidade?
Muitos só querem os benefícios do Reino, mas esquecem de que ele é uma oposição
direta ao sistema dos homens. Estar no Reino é estar contra tudo que está estabelecido pelos
homens. O Reino tira o homem do centro e coloca Cristo. Isso causa sofrimento e muitos não
tem estrutura espiritual para tanto, por não entenderem que a vida piedosa é composta de
sofrimento sim, mas depois da Cruz teve um Trono pra Jesus. Depois desta vida teremos um
lugar com Ele no Seu Reino Milenar.

CONCLUSÃO:

Que possamos nos envolver mais no Reino e aprender a desfrutar de todos os momentos.
Que Deus nos abençoe!