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MINISTÉRIO CANAÃ DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

05 de janeiro de 2020

CULTO DE SANTA CEIA

Tema: Reposicione a Sua Fé.

Texto: João 11: 17 - 44.

INTRODUÇÃO:

Qual é o nosso bem maior? As respostas podem variar de acordo com as necessidades
de cada um. Penso que as respostas mais comuns seriam salvação, saúde, vida, família, entre
outras. Mas enfim, o que é que temos de mais valioso nesta vida?

O inimigo, quando ataca nossos bens, nossa casa, nossa família, nossa saúde não está
querendo apenas roubar isso de nós. Há algo mais profundo nesse ataque. Pense na vida de Jó.
Perceba que Satanás não queria atingir somente a sua casa, mas sobretudo a sua fé.

Ela é o alvo do inimigo. Muitos estão abalados na vida não por terem perdido a fé, mas
porque ela está no lugar errado. Sabemos que, segundo disse o autor aos Hebreus, que Cristo é
o Autor e consumador da nossa fé (Hb. 12: 2), e que ela é o meio pelo qual alcançamos a
salvação; e também que, por ela agradamos a Deus através da obediência. Por isso esse é o
ponto alto da vida cristã: reposicionar a nossa fé.

Somos atacados diariamente na nossa fé. O sistema do mundo governado pelo


espírito do anticristo atenta continuamente contra a fé dos eleitos para os tirar do propósito. E
assim fazendo, atingem não somente o indivíduo, mas também o coletivo. Pessoas que estão
animadas, queimando de amor por Jesus contagiam outras. Da mesma forma as que estão
desanimadas também. O cristão que não sabe usar a sua fé é um alvo fácil para o diabo, pois a
fé é o fundamento da relação Criador/criatura.

Esse episódio em Betânia serve para ilustrarmos essa verdade. Dentre as muitas lições
que podemos extrair dessa narrativa, iremos meditar em apenas três: 1) Jesus nos ama; 2) Ele é
glorificado nas nossas guerras, e 3) Ele usa as guerras para aperfeiçoar a nossa fé.

Dando continuidade ao que iniciamos no domingo passado, iremos ver como usar a fé
em temos difíceis e que resultado ela poderá produzir sendo usada da maneira correta. A
apropriação correta da fé além de agradar a Deus produz efeitos significativos na nossa vida
espiritual.
MINISTÉRIO CANAÃ DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL

LIÇÕES:

1- UMA FÉ FORA DO TEMPO:

Marta era uma mulher de fé. Disso ninguém duvida. Sua proximidade com o Senhor a
fez enviar o recado a fim de que Ele viesse para curá-lo. O problema foi que Jesus não veio na
hora que ela queria.

Há algo a ser pontuado aqui: nossa fé não garante que Ele vai fazer do jeito que
queremos. Esse é o maior problema dos evangélicos de hoje. Se Deus não fizer do jeito que eles
querem, muitos se frustram e se desviam. Lembre-se: “Jesus amava Marta e a irmã dela, e
também Lázaro” (v. 5), mas mesmo assim se demorou no lugar onde estava. Ele deixou Lázaro
morrer para demonstrar o Seu poder e também para fortalecer a fé dos discípulos.

Perceba a fala de Marta: “Se o Senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido.”
(v. 20). Ela põe a culpa em Jesus? Não! Ela põe a sua fé no passado. Ela tinha fé que, se Ele
estivesse ali na hora que ela achava certa, seu irmão ainda estaria vivo.

Assim somos muitos de nós. “Ah se eu fosse crente naquela época...”, ou então “Hoje
em dia os crentes não são mais como antigamente”. Isso é ter uma fé saudosista. Uma fé
circunscrita no passado. De certa forma, é uma limitação do poder de Deus para nós mesmos.

Jesus se pronuncia afirmando que Lázaro vai ressuscitar (v. 23). Afinal de contas Ele
veio. Sim ou não? Ele chegou. E Ele nunca se atrasa. Cristo não anda na medita de tempo dos
homens. Tudo que Ele faz está no tempo perfeito, oportuno chamado Kairóz. Marta, e todos
nós, andamos no Cronos, que é o tempo terreno. Jesus sempre chega na hora certa.

Observe que Marta vai de um extremo a outro quando declara: “Eu sei que ele há de
ressurgir na ressurreição, no último dia.” (v. 24). Ela tira a fé do passado e lança imediatamente
para o futuro, descrito pela expressão “NO ÚLTIMO DIA”. Ela tem uma fé extraordinária que
não serve para nada. Não serve para o momento. De que serve uma fé no passado? Com isso
não quero dizer que os feitos de Deus no passado não sirvam de testemunho. E que serve uma
fé futurista, que vive apenas focada na Promessa da Sua vinda. Isso também é muito importante
e está ligado diretamente com nossa esperança.
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O que Marta não entendeu, e isso também se aplica a nós, é que Cristo estava ali. Tudo
poderia mudar, e mudou! Assim como Cristo está aqui, e tudo pode mudar, AGORA! Como
deve ser a nossa fé então? Deve ser uma fé para receber, mesmo sem ver, mesmo sem ter. A fé
que temos agora é uma fé para suportar enquanto Ele não chega.

É importante notar a forma como Cristo se posiciona diante da falta de firmeza de


Marta. Disse Ele: “Eu Sou a ressurreição e a vida”. Ele não diz “Eu fui” (pois já havia
ressuscitado o filho da viúva de Naim). Ele não disse “Eu serei” apontando para o Dia final. Ele
disse "Eu Sou”. Ele é. Ele disse: “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida”. A fé que precisamos
desenvolver é a que nos socorra agora. Ele está disposto a nos socorrer agora.

2- UMA FÉ DIANTE DAS IMPOSSIBILIDADES:

Maria estava ali sentada. Ao ver Jesus corre e se prostra aos Seus pés. Típica atitude
de uma adoradora. Perceba que ela diz as mesmas palavras da irmã, mas Jesus não a repreende.
Jesus respeita nosso luto. Ele até chora pelos seus.

O seu irmão estava morto, mas Ele estava ali, e onde Jesus está tudo pode mudar. A
situação era de perda total. Já havia passado quatro dias. Havia se esgotado todas as esperanças,
mesmo as mais místicas (a alma ficava pairando ao redor do corpo por três dias).

Tudo era contrário. Mas Ele disse: “Tirem a pedra” (v. 39). Isso fala de uma ação
humana. Cristo poderia ter tirado a pedra, mas Ele mandou que as pessoas tirassem. Tem muita
coisa morta, putrefata em nossas vidas que Ele quer ressuscitar, mas nós precisamos expor para
Ele. Marta, com sua fé oscilante, disse: “Senhor, já cheira mal.” Ela continua com uma postura
de incredulidade.

Jesus irrompe dizendo: “Eu não disse a você que, SE CRESSE, veria a Glória de
Deus?” (v. 40). Esse é o nosso maior problema. Não temos fé para suportar as circunstâncias
adversas. Olhamos mais para o problema do que para o Poder de Deus. Estamos mais
envolvidos na guerra do que no Propósito. Por isso temos o mesmo comportamento de Marta,
que é duvidar.

CONCLUSÃO:

Precisamos nos reposicionar para desfrutar do que Deus está fazendo em nosso meio.

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