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Alberto Goldenberg
Editor da seção
Caso clínico lesão, assim como sua biópsia. Da mesma forma, deve
ser realizada colonoscopia para investigação do res-
Sarhan Sydney Saad* tante do intestino grosso para a detecção de tumores
* Professor adjunto do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, sincrônicos ou mesmo outras lesões, como pólipos, o
São Paulo (SP), Brasil.
que pode modificar a conduta. Neste caso a colonos-
copia mostrou, a cerca de 1 cm da borda anal, lesão
vegetante com úlcera central de 4 cm de diâmetro. O
Caso clínico restante do colo estava normal. A biópsia relevou tra-
Paciente de 55 anos do sexo masculino, aposentado, na- tar-se de neoplasia fusocelular com imunoistoquímica
tural e procedente de São Paulo. positiva para c-Kit, o que permitiu o diagnóstico de
— Queixa e duração: sangramento retal há oito meses. tumor estromal gastrintestinal (GIST), como pode ser
— História pregressa da moléstia atual: há oito meses visto na Figura 1.
refere episódio de enterorragia, de moderada quan-
tidade, sem repercussão hemodinâmica, que melho-
rou espontaneamente em cinco dias.
— Nega outras queixas ou perda de peso.
— Procurou um proctologista que evidenciou lesão na
parede do reto.
— Antecedentes: sem outras afecções, sem história fa-
miliar de neoplasia e sem comorbidades.
— Exame físico sem alterações significativas.
— Exame proctológico mostrava ao toque retal, esfínc-
ter normotônico, mucosa lisa deslizante e tumora-
ção na parede ântero-lateral direita do reto baixo
de 4 cm de diâmetro. Consistência fibroelástica sem
evidência de invasão da próstata. Móvel com a pa-
rede de reto, com ulceração de mucosa. A lesão se
estende até o limite superior do canal anal.
Figura 1. Aspecto da neoplasia na colonoscopia