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Dr.

Carlos Augusto Cruz de Araujo Pinto


CREMESP 54.779

Rua Visconde de Taunay, 910 - Santo Amaro – 04726-011 - SP - Capital


Tel : (011) 5642-1717 www.institutopaulista.com.br
Julho / 2011
Instituto Paulista

Índice
1. QUEM SOMOS

2. EREÇÃO
2.1. Sintomas da Disfunção Erétil (D.E)
2.2. Prevalência da Disfunção Erétil
2.3. Grau de Disfunção Erétil e Efeito Negativo da Disfunção Erétil
2.4. Disfunção Erétil e Fatores de Risco Cardiovasculares
2.5. Diabetes e Disfunção Erétil
2.6. Fisiologia da Ereção
2.7. Causas da D.E. e da Dificuldade em Atingir / Manter a Ereção
2.8. Como Contribuir para uma Vida Saudável
2.9. Métodos de Diagnóstico
2.10. Andropausa
2.11. Próstata
2.12. Prostatectomia e Impotência

3. DISTÚRBIOS DE EREÇÃO E DE EJACULAÇÃO


3.1. Perda da Ereção e Dificuldade para Iniciar a Ereção
3.2. Ejaculação Precoce
3.3. Ejaculação Retardada
3.4. Ejaculação Retrógrada
3.5. Ausência de Orgasmo - Anorgasmia
3.6. Ausência do Ejaculado
3.7. Hemospermia (Hematospermia)
3.8. Fuga Venosa
3.9. Falta de Desejo (Libido)

4. ALTERAÇÕES FÍSICAS DO PÊNIS


4.1. Tamanho do Pênis e Atrofia do Pênis (Tamanho e Diâmetro)
4.2. Risco dos Métodos para Aumento do Pênis
4.3. Doença de Peyronie
4.4. Pênis Torto Congênito
4.5. Criptorquidia
4.6. Fimose, Postectomia e Circuncisão
4.7. Glândulas de Tyson ou Glândulas Prepuciais

5. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS


5.1 Sífilis (Cancro Duro)
5.2 Gonorreia
5.3 HPV - Condiloma (Crista de Galo)
5.4 AIDS (SIDA)
5.5 Herpes Genital
5,6 Uretrite Chlamidiana
5,7 Candidíase peniana

6. ESTERILIDADE
6.1. Vasectomia e Reversão de Vasectomia
6.2. Varicocele
6.3. Azoospermia (Ausência de Esperma no Ejaculado)
6.4. Hidrocele

7. TRATAMENTOS CLÍNICOS E CIRÚRGICOS

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7.1. Tratamentos Clínicos


7.1.1. Medicamentos Via Oral
7.1.2. Medicamentos Injetáveis
7.1.3. Bomba de Vácuo
7.2. Tratamentos Cirúrgicos
7.2.1. Próteses Penianas ou Implantes Penianos
7.2.2. Prótese Testicular
7.2.3. Revascularização (Cirurgia Arterial)
7.2.4. Fuga Venosa

8. ASPECTOS PSICOLÓGICOS
8.1. Dificuldade em Aceitar a Disfunção Erétil
8.2. Papel da Companheira
8.3. Disfunção Erétil Psicogênica

9. CURRICULUM DO RESPONSÁVEL

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

11. QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ÍNDICE DE IMPOTÊNCIA (IIEF)

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1. QUEM SOMOS
O Instituto Paulista para Tratamento da Disfunção
Eretil Masculina foi criado em 1988 pelo Dr. Carlos
Augusto Cruz de Araujo Pinto, CREMESP 54779,
com a finalidade de tratar tanto as Disfunções
Eréteis (DE) como os outros Distúrbios
Ejaculatórios. Na área de Disfunção Erétil
(impotência sexual), que é definida como a
“incapacidade persistente para obter ou manter
uma ereção peniana suficiente para uma atividade
sexual”, serão tratados os problemas relacionados
com o fenômeno erétil propriamente dito e na parte
dos Distúrbios Ejaculatórios serão tratados
problemas como ejaculação precoce, ejaculação retardada, ausência de orgasmo etc. Ao
longo desses mais de 20 anos de experiência, Dr. Araujo pode verificar a grande evolução
que felizmente houve nessa área.

Até a década de 80, a maioria das disfunções era tida como de origem psicogênica. Com o
aparecimento de drogas intracavernosas vasoativas pode-se estudar melhor a fisiologia da
ereção, bem como tratar muitos homens com elas. Todo esse estudo gerou uma grande
evolução nos tratamentos com melhoria das drogas intracavernosas bem como dos
procedimentos cirúrgicos. Não podemos deixar também de levar em consideração a grande
importância do desenvolvimento de tratamentos via oral pelas indústrias farmacêuticas
desde então.

O objetivo do Instituto Paulista é tratar o paciente da forma mais completa possível, levando
em consideração tanto o problema físico como o lado psicológico, e para isso tem uma
equipe multidisciplinar, composta inclusive de Terapeutas Sexuais.

O local do Instituto Paulista é de fácil acesso, tanto para quem vem de carro como para
quem vem de ônibus e, além disso, é bastante discreto. Se houver necessidade de cirurgia,
a mesma poderá ser feita em finais de semana evitando-se assim que o paciente tenha que
faltar ao trabalho.

Para facilitar e agilizar o tratamento, procurou-se disponibilizar no próprio Instituto Paulista


alguns exames que possam ser necessários ao fechamento de um perfeito diagnóstico.

Os atendentes da Clínica possuem bastante conhecimento de hotéis próximos onde o


paciente de outras cidades poderá se hospedar durante o período de consulta e/ou
tratamento bem como indicar motoristas que possam auxiliá-lo durante a estadia em São
Paulo.

Instituto Paulista para Tratamento da Disfunção Erétil Masculina


Rua Visconde de Taunay, 910 – CEP 04726-011 – São Paulo – SP
Telefone (11) 5642-1717
e-mail – dr.araujo@institutopaulista.com.br
Site - www.institutopaulista.com.br

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2. EREÇÃO

Embora os problemas de ereção e/ou ejaculação sejam muito comuns, infelizmente grande
parte dos homens acaba por não se consultar e procurar um tratamento. Alguns dos motivos
são
 Vergonha de conversar com o médico a achar que o mesmo não irá compreendê-lo
ou dar valor ao seu problema
 Desconhecimento da função sexual e da existência de tratamentos
 Considerar como um problema apenas psicológico ou pensar que é natural com a
idade o homem ter que aceitar a diminuição da vida sexual
 Desinteresse sexual
 Ausência de uma companheira que o incentive a buscar um tratamento

2.1. SINTOMAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL

A disfunção erétil pode ter como alguns indicadores as ocorrências a seguir:

- Problemas para conseguir ou manter a ereção, ocorrendo pelo menos uma entre quatro
vezes em que se tenta manter relações sexuais.
- Ereções mais difíceis e menos freqüentes pelas manhãs.
- Persistência do problema por mais de 30 dias.
- Aumento do tempo normal para ter uma ereção.
- Perda de ereção em certas posições ou ao se colocar preservativo.
- Alcançar o orgasmo ou ejacular muito rapidamente.
- Alcançar o orgasmo ou ejacular com o pênis não totalmente ereto.

2.2. PREVALÊNCIA DA DISFUNÇÃO ERÉTIL

Dados de Feldman et al. – Estudo feito nos Estados Unidos – Massachusetts

2.3. GRAU DE DISFUNÇÃO ERÉTIL E EFEITO NEGATIVO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL


GRAU DE DISFUNÇÃO ERÉTIL

Dados de Feldman et. al. – Estudo feito nos Estados Unidos – Massachusetts

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EFEITO NEGATIVO DA DISFUNÇÃO ERÉTIL

Efeito Negativo da Disfunção Erétil


Atlas of Erectile Dysfunction - Roger S Kirby

Porcentagem de Homens

70%
60%
50%
40%
30% 65% 62% 56%
20% 46%
10% 24%
0%
Ansiedade Perda da Sentimentos Depressão Não se sente
auto negativo atraente
confiança

Dados de Feldman et. al. – Estudo feito nos Estados Unidos – Massachusetts

2.4. DISFUNÇÃO ERÉTIL E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES

Disfunção Erétil é bastante comum em homens que têm problemas coronarianos.


Cardiologistas precisam estar atentos dessa conexão e perguntar aos pacientes com
problemas coronarianos e fatores de risco para doenças arteriais da coronária sobre sua
saúde sexual. Identificar e tratar os riscos coronarianos nos pacientes que apresentam DE
não vai somente ajudar na parte sexual como pode também vir a salvar a vida do paciente.
(7- Erectile Dysfunction and Cardiovascular Risk Factors – Robert A Kloner, MD PhD)

Observou-se que, diversos homens que tiveram problemas cardiovasculares, ao serem


questionados a respeito da parte de ereção, informaram que realmente sentiram algum
tempo antes alteração na parte sexual. A parte sexual é bastante sensível e, em muitos
casos é afetada antes da parte cardíaca, ou seja, podemos e devemos observá-la como um
“aviso” de que algum outro problema, no caso o cardiológico pode estar ocorrendo.

2.5. DIABETES E A DISFUNÇÃO ERÉTIL

O Diabetes é uma das condições crônicas que mais freqüentemente causa a disfunção erétil
(Akerman et al 1993, Shiavi et al 1993, Close e Ryder 1995, Bancroft e Gutierrez 1996,
Dunsmuir e Holmes 1996, Hakim e Goldstein 1996, Klein et al 1996).. Estudos nos EUA
mostram que 30 milhões de homens podem ter algum tipo de problema de ereção. Quando
se estudam esses homens, observa-se que os mesmos podem ter também problemas
vasculares, diabetes ou depressão o que mostra um complicado interrelacionamento entre
estas patologias.

O diabetes é uma doença que provoca um processo


inflamatório nas artérias e arteríolas do corpo e que tem
que ser controlada pelo paciente. É freqüente termos
pacientes diabéticos com problemas de circulação, não
só no pênis como em outras artérias de maior porte de
membros inferiores, rins, etc. As artérias do pênis por
serem minúsculas, geralmente são as mais acometidas.

A etiologia da DE na população diabética é multifatorial


e acaba por envolver problemas endócrinos,
cardiovasculares, urológicos e até psiquiátricos.
Estima-se que 35 a 75 % dos homens com diabetes
possam ter disfunção se comparado com outros grupos

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de estudo. Homens com diabetes desenvolvem o problema de 5 a 10 anos antes. O


desenvolvimento desse problema com o passar dos anos no grupo de diabéticos também se
dá de forma mais progressiva. Estudiosos como Feldman et al avaliam que o risco da
disfunção erétil é de três vezes maior nos diabéticos que nos não diabéticos. O efeito
prejudicial do diabetes mellitus na função erétil é demonstrado por estudos de tumescência
peniana noturna anormal observada em diabéticos com função erétil normal (Nofringer et al
1992).

Medicamentos inibidores da PDE-5 são menos eficazes nos diabéticos do que em


populações de homens sem essa patologia. Pacientes diabéticos estão associados com um
acelerado nível de aterosclerose, problemas micro-vasculares, neuropatias, dislipidemia,
hipertensão e disfunção do endotélio.

Esses problemas acima relacionados contribuem muito para a DE e a sua combinação


potencializa os efeitos. Em resumo, a idade do paciente, o tempo de duração do diabetes, o
controle inadequado da glicemia bem como as complicações derivadas do diabetes
aumentam o risco de DE em pacientes diabéticos.

2.6. FISIOLOGIA DA EREÇÃO

Há três câmaras separadas no pênis normal:


duas câmaras eréteis interconectadas, chamadas
corpo cavernoso, que ocupam o volume do pênis,
e a uretra, um tubo que pode conduzir tanto a
urina como o sêmen. As câmaras eréteis ficam
anexadas ao osso púbico e se estendem da parte
abdominal para a porção visível do pênis. Essa
âncora ajuda a manter o pênis rígido quando as
câmaras ficam cheias de sangue. Cada câmara
erétil é formada por um tecido parecido com uma
esponja que se enche de sangue durante a fase
de excitamento. O sangue fica preso no pênis,
aumentando e endurecendo-o para a penetração.

A ereção pode se iniciar por:

Estímulo psicológico (imaginação de situação erótica)


Estímulo físico (toque da genitália masculina de maneira sensual)
O sistema nervoso atua no cérebro com pensamentos eróticos,
enquanto outro centro, na coluna vertebral reage ao toque. Ambos
atuam em conjunto para produzir a ereção como um auto reflexo
que é auxiliado pelo hormônio masculino, a testosterona.

Dessa pequena descrição da fisiologia da ereção, pode-se ver que qualquer problema que
afete o cérebro, a espinha, as terminações nervosas do pênis, as artérias penianas, os
corpos esponjosos, as veias do pênis ou a produção da testosterona podem atrapalhar uma
ereção normal.

2.7. CAUSAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL E DA DIFICULDADE EM ATINGIR / MANTER


A EREÇÃO

A Disfunção Erétil pode ter sua origem em causas psicológicas, físicas ou mistas.

Causas psicológicas:

• Ansiedade
• Depressão
• Fadiga

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• Culpa
• Stress
• Problemas maritais
• Problemas financeiros
• Ansiedade por desempenho
• Excessivo uso de álcool
• Conflitos de identidade sexual, preferência e orientação sexual.

Quando isso ocorre, muitas vezes, a simples solução do problema que está preocupando o
homem permite que o seu desempenho sexual volte a ser normal. Caso isto não ocorra,
pode ser necessário procurar ajuda junto a um psicólogo. Quando se trata de um problema
físico, entretanto, é necessário e indispensável o auxílio de um médico.

Causas físicas: Podem ser de origem arterial (diminuição do aporte sangüíneo aos corpos
cavernosos), neurogênicas (algum problema que afete a medula ou a inervação periférica do
pênis) ou mesmo efeito colateral de medicamentos que podem promover além de disfunções
eréteis, distúrbios da libido ou disfunções ejaculatórias como são apresentadas no item
Distúrbios da Ereção.

 Álcool - Em pequenas doses pode servir de estimulante do desejo sexual mas, em


alta quantidade começa a apresentar efeitos danosos à ereção pois os músculos entram em
processo interno de relaxamento.
 Fumo – O tabagismo é fator de risco para desenvolvimento de arteriosclerose nas
artérias pudentas e penianas comuns em pacientes jovens com DE (Rosen net al 1991) As
artérias (vasos) que irrigam o pênis são de seis a oito vezes mais finas que as artérias
coronárias, e, se o cigarro ou qualquer outro tipo de fumo "entope" as coronárias, o que dizer
de uma artéria de seis a oito vezes mais fina? O fumo acelera danos arteriais devido à
aceleração da arteriosclerose direta na íntima pela diminuição dos níveis do colesterol HDL
(Fried et al 1986), além de provocar uma vasconstrição sobre as artérias.
 Colesterol - O aumento de colesterol, decorrente de altas doses de gordura na
alimentação também causa a obstrução da circulação do pênis levando à impotência
 Efeito colateral de Cirurgias e Traumas - A cirurgia de próstata pode ter como
conseqüência o problema da Impotência Sexual. Não ocorre em todos os casos de cirurgia,
mas em grande parte deles. O que se faz é tratar do problema de Impotência usando um dos
inúmeros recursos hoje disponíveis, estando inclusive alguns apresentados neste site. Não
há, portanto o que se temer.
 Drogas - As drogas, tais como Maconha, Crack, Cocaína, etc., acarretam de forma
sensível a parte sexual do indivíduo. Há uma enorme redução da parte circulatória da região
peniana, levando o indivíduo a ter problemas sérios de ereção.
 Impotência como efeito colateral de medicamentos para Pressão, Depressão,
Diuréticos etc. - Grande parte dos medicamentos utilizados nestes tratamentos pode
acarretar problemas de ereção. Uma vez que os medicamentos não podem ser suspensos,
há necessidade de se tratar os efeitos colaterais dos mesmos. Isso felizmente é tranqüilo
devido à grande evolução dos tratamentos para Impotência. Também drogas para problemas
cardiovasculares, Parkinson, psicotrópicos, anfetaminas e alguns hormônios podem causar
esse efeito colateral
(*) Nunca mude sua medicação ou dosagem sem antes consultar seu médico.
 Efeito da idade – Estatisticamente, o número de homens que experimentam a
Disfunção Erétil aumenta de acordo com a idade. A idade em si não causa a disfunção, mas
é fato que, homens mais velhos têm mais probabilidade de ter doenças ou ter sofrido
tratamentos (ex: cirurgia de próstata) que podem causar a disfunção.
 Impotência Resultante de Traumas - Um trauma em qualquer porção da região
pélvica ou da coluna pode resultar em impotência, pois, no diafragma urogenital
encontramos diversos nervos frágeis e artérias que suprem o pênis.
Um trauma direto no pênis pode resultar em uma fratura ou ruptura dos compartimentos
eréteis. Com esse trauma, o paciente pode vir a sentir dor e inchaço no pênis, sendo às
vezes inviável a atividade sexual, tornando-se necessária uma correção cirúrgica.
Traumas na coluna também podem causar impotência, pois, caso haja ferimentos na medula
espinhal pode haver perda do centro nervoso que controla as ereções.Uma medula espinhal
danificada muda dramaticamente o tipo de vida do paciente.Ficar confinado a uma cadeira

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de rodas restringe o vigor da pessoa e de sua vida ativa. Se as relações sexuais puderem
continuar, o bem-estar emocional do paciente e de sua parceira pode ser mantido.
Se houver perda de habilidade em conseguir a ereção, pode-se utilizar pequenas doses de
remédios injetáveis no pênis, ou implante de prótese.
Hoje em dia é muito freqüente termos pacientes com queixa de trauma direto na coluna ou
mesmo ferimentos por projéteis de arma de fogo. O tratamento para esses pacientes
necessitará de exames específicos para estudarmos a circulação e a inervação do pênis,
bem como o grau de sensibilidade peniana.
Cirurgia e trauma no cérebro, medula espinhal e região pélvica, estão associados com o
aumento do risco de distúrbios de ereção.
Podemos citar
• Traumatismos crânio-encefálico
• Cirurgias no cérebro
• Laminectomia lombar
• Lesão medular
• Linfadenectomia retroperitoneal sem preservação de nervos
• Aneurismectomia da aorta abdominal
• Cirurgias radicais para câncer do intestino e geniturinárias
O índice de violência atual, com inúmero disparo de balas perdidas tem, sem dúvida alguma,
contribuído para o aumento do número de pacientes com algumas das lesões anteriormente
descritas.
 Problemas Hormonais – Algumas doenças, como problemas nos rins ou no fígado
podem causar uma alteração hormonal, o qual controla as ereções. Baixos índices de
testosterona também podem ser um fator agravante.
 Priapismo – Priapismo é uma ereção que dura mais tempo que o normal e é
causada por outras razões que não seja desejo sexual. Priapismo envolve o corpo cavernoso
e é resultado ou de uma entrada anormal de fluxo no pênis ou no caso mais comum
diminuição ou perda de saída desse fluxo. Se uma ereção dura mais que quatro horas, há o
risco de comprometimento do tecido, o que pode resultar em Disfunção Sexual. Tanto uso
inadequado de medicamentos (aplicações intracavernosas, anti-hipertensivos, drogas tipo
cocaína) como patologias que levam a alterações hematológicas como anemia falciforme ou
leucemia podem levar à ocorrência do Priapismo. HÁ A NECESSIDADE URGENTE DE SE
PROCURAR UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA PARA SEREM UTILIZADAS CONDUTAS A
FIM DE SE INTERROMPER A EREÇÃO.
 Problemas neurológicos – Lesões na coluna, defeitos congênitos tais como
medula espinal bífida, tumores ou aumento da pressão no crânio e doenças musculares tais
como esclerose múltipla podem levar à Disfunção Erétil.
 Obesidade - A obesidade pode ser um fator de risco de disfunção sexual em ambos
os sexos e existe forte associação entre obesidade e disfunção erétil e esse risco aumenta
conforme aumenta o IMC (índice de massa corpórea). A prevalência de obesidade ou
sobrepeso nas pessoas que procuram tratamento de DE pode chegar a 79%. Também
observa-se que de um modo geral a obesidade traz repercussões psicológicas de auto-
estima e depressão, que podem ser devido à avaliação global da auto-imagem e, mais
especificamente, dos genitais, como no caso do tamanho do pênis no chamado "pênis
oculto" ou "pênis embutido".

2.8. COMO CONTRIBUIR PARA UMA VIDA SAUDÁVEL

• Evitar o fumo e o excesso de álcool


• Controle alimentar, evitando gorduras e colesterol na dieta
• Exercício físico regular evitando-se o sedentarismo
• Combater a obesidade
• Controle rigoroso de diabetes
• Observar a possibilidade de a disfunção ser efeito colateral de algum medicamento que o
paciente tenha que tomar, e se for, verificar com seu médico se há a possibilidade de
substituir esse medicamento por outro sem tal efeito
• Combate à depressão

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2.9. MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO

Para um perfeito diagnóstico da causa do problema de impotência, temos os seguintes


exames à disposição. São exames muito simples, mas fundamentais para a avaliação do
caso. Após conversa detalhada com o paciente e uma boa anamnese, o médico deverá
proceder ao exame físico, e, havendo necessidade, utilizar-se dos exames laboratoriais onde
poderá avaliar diversos fatores tais como glicemia, taxas hormonais etc.
Após essa etapa poderá utilizar-se de diversos exames entre os quais citamos alguns
abaixo:
 Doppler e Color Doppler Peniano
Fornece informações sobre a hemodinâmica do pênis, após relaxamento da musculatura lisa
induzida com agente vasoativo. O objetivo é distinguir insuficiência arterial com outras
causas do distúrbio de ereção. A velocidade do sangue na artéria cavernosa pode ser
medida e aí se distingue a impotência física da psicogênica.

Acima imagem de color doppler de uma artéria peniana normal e abaixo um color Doppler de
uma artéria mostrando fluxo reduzido.

 Teste de Ereção Fármaco-Induzida (TEFI) Testes com Prostaglandina


Esse teste tem como objetivo a promoção da ereção através da injeção intracavernosa de
drogas vasoativas que promovam o relaxamento da musculatura lisa das artérias e dos
corpos cavernosos.
A sua realização é indicada em portadores de disfunção erétil (DE) com exceção dos
indivíduos nitidamente psicogênicos caracterizados por: seletividade de parceiras, ereções
normais em determinadas situações etc... Nesses casos o TEFI poderá ser realizado quando
houver necessidade de comprovação objetiva da capacidade erétil para o próprio paciente. O
TEFI também está indicado para a avaliação de curvaturas penianas.

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Um resultado positivo não afasta a possibilidade de haver algum problema de ordem


vascular e/ou cavernosa, mas mostra que quando estimulado consegue-se obter uma
ereção. Esse resultado pode abrir mais uma opção para tratamento que é a aplicação de
injeções intracavernosas
 Ultra-sonografia Peniana
É um exame totalmente não invasivo que permite verificar a morfologia do pênis e se o
paciente apresenta Peyronie, ou Placa de Peyronie.
 Teste de Tumescência Peniana Noturna (NPT)
A presença da ereção noturna, que é usada para diferenciar a impotência psicogênica da
orgânica, pode ser detectada usando dispositivos colocados ao redor do pênis, durante o
sono. O aparelho é projetado para gravar a ocorrência da ereção noturna. A determinação
dessa presença ou ausência de ereção pode ajudar na conduta de tratamento a ser utilizada.

2.10. ANDROPAUSA - (DISTURBIO ANDROGÊNICO DO ENVELHECIMENTO


MASCULINO)

A andropausa também é conhecida como menopausa masculina. Ocorre geralmente entre


as idades de 40 a 55 anos, quando os homens podem percebem sintomas semelhantes à
menopausa embora não apresentem um ponto tão característico como a interrupção da
menstruação para definir essa etapa. Ocorre nessa fase uma queda no nível da testosterona
(hormônio) e com isso as mudanças ocorrem muito gradualmente nos homens. O homem
experimenta um declínio gradual de suas funções gonadais, caracterizada pela diminuição
da taxa de testosterona e da produção de espermatozóides.

Possíveis sintomas:

 Diminuição da qualidade das ereções.


 Ejaculação precoce
 Perda de memória
 Nervosismo
 Insônia
 Queda da libido (apetite sexual)
 Perda de cabelo
 Diminuição da massa muscular
 Alterações no humor
 Doenças cardiovasculares
 Osteoporose
 Aumento da gordura abdominal

Não há maneira de prever quem vai ter sintomas de andropausa que tornem necessários
procurar ajuda médica, nem a idade exata em que os sintomas irão ocorrer. Alguns exames
auxiliam a verificação da andropausa tais como exame de sangue para verificar o índice de
testosterona, espermograma para verificar a produção dos espermatozóides, exame de
toque, densitometria óssea e ecografia da próstata e abdômen.

A reposição hormonal somente deve ser feita com um acompanhamento médico e pode ser
feita através de comprimidos via oral, adesivos para pele ou injeção intramuscular. Com isso
o homem terá um retardo na osteoporose, um melhor desempenho sexual, melhora dos
distúrbios neurológicos e conseqüentemente melhora na sua qualidade de vida como um
todo. A reposição é contra indicada para pacientes portadores ou com suspeita de carcinoma
na próstata, câncer de mama, hiperplasia benigna da próstata e problemas hepáticos.

Para ajudar, o homem deve principalmente nessa fase restringir na sua dieta o colesterol e o
açúcar e comer alimentos com maior teor de sais e vitaminas como legumes, verduras e
frutas.

Em fevereiro de 2006 a Sociedade Brasileira de Urologia publicou um consenso


estabelecendo parâmetros para o diagnóstico e tratamento da deficiência hormonal

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masculina, que foi denominada, então Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino


(DAEM). O texto do documento admite que a reposição hormonal masculina ainda está
sujeita a controvérsias. Questiona-se desde a real existência do problema até a necessidade
concreta da reposição hormonal.

2.11. PROSTATA

A próstata é um órgão interno presente somente nos homens e tem o tamanho aproximado
de uma ameixa Fica logo abaixo da bexiga, envolvendo a uretra, que é o canal por onde
passa a urina durante a micção. É uma glândula que faz parte do sistema reprodutor
masculino, produzindo um líquido que se junta à secreção da vesícula seminal para formar o
sêmen. Dentro da próstata ocorre a transformação do principal hormônio masculino -
testosterona - em diidrotestosterona que por sua vez é responsável pelo controle do
crescimento dessa glândula Já está provado que seu crescimento está relacionado com o
avanço da idade.
Quando a próstata aumenta muito de volume pode se transformar em uma verdadeira
ameaça para o bem-estar do homem, pois começa a comprimir a uretra e a dificultar a
passagem da urina. Os principais sintomas ocasionados pela obstrução urinária decorrente
do crescimento prostático são o jato urinário fraco e sem pressão e às vezes interrompido,
sensação de urgência em urinar e dificuldade ou demora em iniciar a micção, acordar
diversas vezes à noite para urinar e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Em
casos de obstrução mais grave há necessidade da colocação de uma sonda na bexiga para
permitir a drenagem da urina.
Existem 3 tipos de doenças que podem afetar a próstata: a Hiperplasia Prostática Benigna
(HPB ), a prostatite (inflamação ou infecção da glândula) e o câncer da próstata.
Alguns sintomas que podem indicar algum tipo de problema com a próstata
 Atraso para iniciar a micção e/ou esforço para finalizar a micção
 Prolongamento do tempo para micção
 Jato miccional entrecortado dividindo a micção em 2 ou mais tempos
 Dificuldade em urinar com a bexiga cheia
 Aumento do número de vezes que urina (Polaciúria)
 Urgência em urinar
 Sangue ou ardor ao urinar
 Aumento da freqüência com que vai ao banheiro à noite (Nictúria)
 Globo vesical palpável (devido à retenção da urina)
 Gotejamento ao final da micção

Embora HPB e Câncer de Próstata sejam diferentes, em alguns casos os sintomas podem
ser semelhantes. Para diagnosticar com certeza o tipo de problema que o paciente
apresenta, o médico precisa reunir informações sobre as queixas urinárias e realizar um
exame de toque retal, em que através do contato do seu dedo com a superfície da próstata
pode avaliar diversos aspectos da glândula. Outro exame importante para o médico é o PSA
(antígeno prostático específico), um exame de sangue que traz informações sobre a possível
malignidade da próstata. O ideal é sempre
fazer-se o exame de toque e o de PSA visando
atingir níveis mais confiáveis no diagnostico
dos casos de tumores malignos da próstata.
Tanto o toque como o PSA têm seu índice de
falha e por isso é importante fazer-se os dois
associados. Também podem ser utilizados
exames de ultra-sonografia de próstata,
endoscopia urinária e urodinâmica para
diagnóstico.
O câncer da próstata representa hoje grande
parcela no índice de câncer no homem e pode
permanecer confinado à glândula, mas
também pode se expandir, afetando as regiões
vizinhas, os gânglios e os ossos.
O tratamento do câncer da próstata é quase
sempre cirúrgico quando diagnosticado na

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fase inicial. Outros tratamentos são a radioterapia , a hormonioterapia e em alguns casos a


braquiterapia. porém a perspectiva de cura é muito maior quando o diagnóstico é feito no
início da doença.
Os homens devem iniciar os exames de rotina da próstata a partir dos 40 anos, evitando
desta forma as graves conseqüências desta doença. Homens com antecedentes familiares
de câncer da próstata têm maior chance de desenvolver a doença e por isso, nos casos de
histórico hereditário de câncer de próstata deve-se iniciar os exames a partir dos 35.

2.12. PROSTATECTOMIA E IMPOTÊNCIA

O câncer de próstata tem um grande


impacto na saúde do homem bem como
na sua qualidade de vida. Milhares de
casos são diagnosticados anualmente e
infelizmente muitos homens ainda
morrem devido a esse problema.
Diversos tratamentos são disponíveis
sendo geralmente a prostatectomia
radical o mais indicada para casos de
câncer localizado. Os pacientes que
serão submetidos à prostatectomia
radical devem sempre orientados quanto
aos riscos de disfunção erétil ou de
incontinência urinária.

A prostatectomia radical é um grande


fator de risco para a disfunção erétil,
problemas de ejaculação e alterações na
parte de orgasmo. Alguns fatores podem
interferir nesse ponto, tal como a idade do paciente, como estava a função erétil antes da
cirurgia, estagio de avanço do tumor e a técnica cirúrgica utilizada. A taxa de manutenção da
função erétil é maior em homens abaixo de 65 anos. Também fatores como diabetes,
hipertensão, arterosclerose, taxas altas de colesterol, fumo e problemas cardíacos acabam
interferindo na disfunção erétil pós cirúrgica. (*17) Pacientes que já tinham algum tipo de
disfunção erétil antes da cirurgia têm tendência a ter esse quadro agravado.

Estudos (*14) mostram que a incidência da disfunção erétil após a prostatectomia radical
pode chegar a 60% independente de o cirurgião considerar que a operação tenha ou não
conseguido preservar os feixes vasculares e nervosos. É importante frisar que a localização
exata desses feixes nervosos durante a cirurgia é em alguns casos bastante complexa e
difícil.

Também nos casos de tratamento cirúrgico da hiperplasia benigna da próstata (ressecção


transuretral ou transvesical) não se observou diferença nos resultados dependendo do tipo
de procedimento e que, quanto mais idoso o paciente, maior a chance de DE.(*15) O risco
de DE após ressecção transuretral de próstata é extremamente baixo em indivíduos
potentes, porém é alto naqueles que já apresentam alguma disfunção prévia.

O tempo para retorno das funções eréteis é bastante variável e normalmente o homem não
consegue o retorno da mesma tão rapidamente quanto consegue o retorno do controle da
micção. Alguns estudos mostram que o homem chega a levar 18 meses após a cirurgia para
voltar a ter suas funções eréteis. É observado que uma estimulação o mais rapidamente
possível da parte de ereção e de aumento do fluxo sanguíneo no pênis facilita o retorno da
ereção natural. Embora ainda não haja um protocolo definitivo de quando se deve começar
a estimular a ereção, há esse consenso de que não há necessidade de se esperar a ereção
natural.

O tratamento para DE após prostatectomia segue os mesmos princípios de disfunção erétil


por qualquer outra causa. A primeira opção de tratamento será com o tratamento clínico
com uso de medicamentos via oral se não houver nenhuma contra-indicação para uso dos

12
Instituto Paulista

mesmos. Caso não seja possível ou suficiente, deve-se optar pela segunda linha de
tratamentos que incluem as autoaplicações. Somente após essas tentativas e não se
obtendo os resultados esperados é que se deve optar pelo implante peniano. O que se
observa é que embora a incidência de disfunção erétil após prostatectomia, muitos homens
permanecem sem tratamento após esse procedimento.

A função erétil pode voltar lentamente em um período de 12 a 18 meses após a cirurgia.


Iniciar um tratamento o quanto antes ajudar e melhora as chances de recuperação da função
erétil.

Nos casos em que o paciente permanece com problemas de incontinência urinária e


disfunção erétil, existem tratamentos clínicos para os 2 problemas, e caso não se obtenha
sucesso também existe tratamento cirúrgico para a incontinência urinária.

O mais importante é tratar do câncer e preservar a vida da melhor forma possível e depois,
havendo alguma possível seqüela, tratar da mesma com tranqüilidade lembrando-se que a
medicina encontra-se muito avançada nessa área.

3. DISTÚRBIOS DE EREÇÃO E DE EJACULAÇÃO


3.1. PERDA DA EREÇÃO E
DIFICULDADE PARA INICIAR A
EREÇÃO

É muito freqüente termos pacientes que


ficam com uma ereção normal, mas que, na
hora da penetração ficam muito ansiosos e
acabam perdendo sua ereção. Muitos
pacientes não têm patologia nenhuma,
simplesmente acabam ficando nervosos e
liberando adrenalina e com isso perdem a
ereção.
Outros pacientes têm um distúrbio veno-
oclusivo (fuga-venosa) e acabam perdendo

13
Instituto Paulista

a ereção pelo escape de sangue do pênis.


Em todos os casos é necessária uma avaliação prévia para verificarmos se o caso é
psicológico e ou físico. Feito isso, aí sim se pode orientar um tratamento.

3.2. EJACULAÇÃO PRECOCE

A ejaculação precoce é um distúrbio de fundo psicológico muito freqüente nos homens e


provavelmente o distúrbio de fundo psicológico mais comum. A definição desse distúrbio feita
pela Organização Mundial de Saúde não quantifica o tempo como critério deixando o
conceito de “precoce” um tanto quanto subjetivo. A duração da fase de excitação leva em
consideração fatores como idade, freqüência da atividade sexual recente, ansiedade com
nova parceira ou situação sexual diferente do comum.
A ejaculação precoce ocorre de forma persistente com uma mínima estimulação sexual e
antes, durante ou logo após haver ocorrido a penetração. É comprovado que as mulheres
demoram um pouco mais a atingir o orgasmo e, se o homem chegar ao orgasmo muito antes
da parceira, naturalmente ele perderá a ereção e não conseguirá fazer a companheira
chegar ao clímax. A ocorrência da ejaculação precoce é mais comum na penetração vaginal
do que no sexo oral ou anal e raramente observada durante a masturbação.
Há vários tipos de medicamentos para o controle da hipersensibilidade peniana. Para isso é
necessário saber se a mesma é de origem primária (desde os primeiros relacionamentos
sexuais) ou secundária (iniciada após um bom período de atividade sexual) o que altera
completamente o tratamento.
O tratamento pode ser feito com terapêutica medicamentosa, drogas que auxiliem a ereção
(somente nos casos em que se associam distúrbios de ereção), terapia sexual ou terapia
psicológica.
Quando esse distúrbio ocorre desde os primeiros relacionamentos sexuais, chama-se de
causa primária, e, quando ocorre somente após algum tempo da vida sexual, secundária.
Os tratamentos cirúrgicos, como a neurotripsia, auto-aplicações com medicamentos para dar
ereção e o implante de próteses penianas são atualmente contra-indicados como
tratamentos de ejaculação precoce (I Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil, 1998).
O uso de medicamentos via oral para disfunção erétil ou drogas vasoativas intracavernosas
não é recomendado em pacientes com ejaculação precoce exclusiva. No nosso site
www.tudosobreejaculacaoprecoce.com.br esse tema é abordado mais amplamente.

3.3. EJACULAÇÃO RETARDADA

Ejaculação retardada é menos comum no homem que a Ejaculação Precoce. A prevalência


de se adquirir a ejaculação retardada em homens abaixo de 65 anos é de 3 a 4 %. A
ejaculação retardada pode ocorrer durante toda a vida do homem ou aparecer em
determinada época. Pode ocorrer durante todas relações sexuais com varias parceiras ou
pode ser intermitente em ocasiões especiais Boa parte dos homens com ejaculação
retardada (aprox. 75%) pode se masturbar para ter o orgasmo mas muitos não conseguem
orgasmo nem dessa forma. Como todos os casos de disfunção sexual, homens com
ejaculação retardada podem reportar altos níveis de stress pessoal, desinteresse sexual e
ansiedade na performance sexual. Muitos homens com ejaculação retardada entretanto, têm
a característica de não ter dificuldade em manter suas ereções normalmente porém mesmo
assim informam insatisfação com a vida sexual..

São conhecidas algumas causas que levam à ejaculação retardada


 Psicogênicas ou congênitas
 Causas anatômicas : ex: a capacidade de ejacular é muito diminuída em pacientes
com lesão raquimedular e depende do nível e grau da lesão.
 Causas neurogênicas
 Infecções
 Problemas endócrinos
 Efeitos colaterais de medicamentos
 Questões culturais e/ou religiosas

Para o tratamento, procura-se identificar causas biológicas para essa disfunção, como
medicamentos, diabete melito ou cirurgia pélvica recente e com isso otimizar o tratamento.

14
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Um indicador desse problema é o fato do homem não conseguir uma ejaculação após 20 ou
30 minutos de relação ou chega a parar por cansaço e irritação. Depois de estudadas todas
possíveis causas orgânicas, pode ser necessário um apoio de terapia sexual para solução do
problema.

3.4. EJACULAÇÃO RETRÓGRADA

A Ejaculação Retrógrada ocorre quando o homem atinge o orgasmo e ejacula para dentro da
bexiga como conseqüência da falha do colo vesical em fechar durante a ejaculação e pode
ter diversas origens:
 Causas Anatômicas – Fatores congênitos ou adquiridos ex: ressecção endoscópica
da próstata.
 Fatores Neurológicos – lesões de medula, esclerose múltipla, neuropatias
conseqüentes de diabetes etc.
 Causas Farmacológicas – Efeito colateral de alguns medicamentos

Esse tipo de distúrbio de ereção pode ser confirmado pelo histórico de algum procedimento
cirúrgico bem como por comprovação de esperma em simples exame de urina feito após a
ejaculação. Conforme a origem do problema pode ser indicado um tratamento
farmoterápico, ou cirúrgico. Ref: Standard Practice in Sexual Medicine – Hartmut Porst and
Jacques Buvat O tratamento medicamentoso visa a produzir contração do colo vesical
durante a ejaculação.

3.5. AUSÊNCIA DE ORGASMO – ANORGASMIA

A anorgasmia é relativamente rara. Caso seja primária, quase que certamente é psicogênica,
mas anorgasmia secundária pode ocorrer em pacientes com lesão da medula espinhal ou
outras doenças neurológicas.

3.6. AUSÊNCIA DO EJACULADO

Falta de ejaculação pode ocorrer devido a anormalidades na produção ou estocagem do


esperma, ou a condições que afetem o processo de expulsão. Causas psicológicas são
comuns, mas, se um homem nunca ejaculou, deve-se suspeitar de uma causa orgânica.
Anomalias congênitas como ausência de vesículas seminais ou glândula prostática, podem
ser responsáveis, apesar disto ser muito raro. Há casos em que essa ausência provém de
efeitos colaterais de cirurgias (tais como cirurgia para câncer) com dano ao tronco simpático.
Prostatectomia radical quase sempre resulta em perda da ejaculação, apesar das secreções
das glândulas para-uretrais poderem provocar pequenas emissões. As sensações
orgásmicas são normais, porém não há expulsão do sêmen. Pacientes com neuropatia
distais, especialmente diabéticos e portadores de outras doenças neuromusculares como
esclerose múltipla, podem apresentar aspermia por falta de contração de epidídimos,
deferentes, vesículas seminais e próstata. A ausência do ejaculado também pode ser devida
à não formação de material necessário para ejaculação. Nos casos de ausência de
ejaculado ou diminuição do mesmo deve-se avaliar a hipótese de ejaculação retrógrada.

15
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TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DE EJACULAÇÃO


Ejaculação Retardada – Ejaculação Retrógrada – Anorgasmia

FALHA NA EMISSÃO
- Causa neurogênica
- Problema metabólico
- Efeito colateral de
medicamentos

NUNCA

ORGASMO INIBIDO
- Terapia Sexual

TEM ORGASMO INIBIDO


ORGASMO? ÀS VEZES tem emissão noturna ou na
masturbação
Terapia Sexual
EFEITO RELACIONADO À
IDADE

SEMPRE TEM EJACULAÇÃO?

SIM NÃO

A URINA APÓS ORGASMO


TEM ESPERMAS?

NÃO SIM

ASPERMIA EJACULAÇÃO
- Obstrução RETRÓGRADA
dos dutos - Reeducação
ejaculatórios - Medicamentos
- Cirúrgico

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3.7. HEMOSPERMIA (HEMATOSPERMIA)

A presença de sangue no ejaculado costuma trazer muita preocupação ao paciente, porém


normalmente é de caráter benigno. Nos homens jovens, com menos de 40 anos, pode ser
devido a uma infecção do trato genital e aí deve ser tratada de acordo. Nos homens mais
idosos, pode estar associado a cistos, cálculos de vias seminais, pólipos de dutos
ejaculadores e vesículas seminais. Felizmente a incidência de adenorcarcinoma de próstata
detectada com hemospermia é de apenas 1 a 3%. (*) Disfunção Sexual - Diagnóstico e tratamento -
Prof. Dr. Miguel Srougi e Prof. Dr. Mario Paranhos.

3.8. FUGA VENOSA

É uma falha na retenção do sangue dentro dos corpos cavernosos. Quando o pênis enche, a
pressão dentro dele aumenta, e as vênulas se abrem, permitindo o escape do sangue. Isso é
chamado na medicina de incompetência venoclusiva dos corpos cavernosos, ou seja, fuga
venosa, levando a uma perda de tonicidade e impossibilidade do ato sexual.
A cirurgia para correção de fuga venosa foi muito adotada até algum tempo atrás. Hoje em
dia sabe-se que a cirurgia de fuga-venosa pode ter recidiva, portanto, com os modernos
medicamentos que dispomos a indicação e o tratamento cirúrgico para a fuga-venosa caiu
muito e acabou sendo abandonada no Brasil conforme I Consenso Brasileiro de Disfunção
Sexual – SBU 1998 .

3.9. FALTA DE DESEJO (LIBIDO)

A falta de libido é mais comum nas mulheres do que no homem porém ocorre com uma certa
frequencia também e é queixa comum tanto do próprio homem como da companheira que se
sente deixada de lado e não desejada Esse tipo de problema também é bem menos comum
que a disfunção erétil em si o que se pode observar como homens com o desejo normal mas
que não conseguem uma boa ereção.

Algumas causas fisicas podem ser citadas: alcoolismo, drogas, obesidade, hiperprolactina,
efeito colateral de medicamentos, baixo índice de testosterona e doenças como diabetes.

No lado psicológico podemos relatar casos associados a depressão, estress, traumas de


infância, homossexualidade latente mesmo problemas de relacionamento.

Não há até hoje um medicamento específico para melhora da libido a não ser quando há
queda comprovada da testosterona. É importante lembrar que medicações para Disfunção
Erétil não melhoram a lbidio, interferindo apenas na parte de ereção.
.
Na visão da Terapia Sexual, libido é uma energia provinda do instinto de vida, que promove
o interesse, a preservação, a condução para o desenvolvimento, ou seja, o que proporciona
a busca do prazer de realização da construção sadia e positiva para o desenvolvimento do
ser humano.
Libido é uma energia vital, presente no homem nas suas diferentes fases do
desenvolvimento. Na atualidade é a mola principal que desencadeia o interesse, o desejo, a
busca do prazer de preservação da espécie. Fatores orgânicos e medicamentos podem
afetar a libido.
A exemplo, as frustrações vividas pelas dificuldades na realização da vida sexual podem
desencadear uma baixa no desejo, agravando cada vez mais o quadro psicossexual do
indivíduo. Drogas, medicações específicas também afetam a libido, trazendo conseqüências
graves no desempenho sexual. Compete sempre a um especialista definir o motivo da causa
de perda de libido.

4. ALTERAÇÕES FÍSICAS DO PÊNIS


4.1. TAMANHO DO PÊNIS E ATROFIA DO PÊNIS (TAMANHO E DIÂMETRO)

17
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O que se observa na prática diária dos consultórios médicos é que a grande maioria dos
pacientes com queixas de pênis pequeno apresenta-se com o órgão dentro das medidas
tidas como normais para o homem adulto. É muito comum o homem desejar ter um pênis
ainda maior do que tem.

As médias registradas para o homem adulto são de 8,5 a 9,4 cm em flacidez e de 12,9 a
14,1 cm em ereção. As variações assinaladas decorrem das técnicas de medição utilizadas.
Da flacidez para a ereção, o pênis aumenta em média 4,5 cm em seu comprimento. (Da
Ross C. Teloken C et al Caucasian pênis: what is normal size? J Urol, 1994: 151 part
2:323A, abstract 381). Em alguns casos, a obesidade cobre parcialmente o pênis ou, em
pessoas altas, o pênis "parece" pequeno. O micro pênis adulto normalmente não atinge mais
de 4 cm em flacidez ou 7,5 cm em ereção. Aí sim poderia haver uma necessidade de
correção cirúrgica. A correção cirúrgica também pode ser indicada nos casos onde houver
grande encurtamento devido à Síndrome de Peyronie, amputação parcial, defeitos
traumáticos etc. (I Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil).

Alguns pacientes que se submeteram à postectomia, com retirada excessiva do prepúcio e


da pele peniana, também poder apresentar seu órgão genital com aspecto inadequado.
Cirurgias para o alongamento e engrossamento de pênis considerados dentro da
normalidade estão descartadas mundialmente até o momento. Somente poderão ser
indicadas cirurgias em situações extremamente especiais tais como casos comprovados de
micro pênis, retrações excessivas devido à doença de Peyronie, amputação parcial ou
retração peniana, em pacientes com lesão medular, com a finalidade de facilitar a
implantação de próteses e coletores urinários penianos (II Consenso Brasileiro de D.E).

4.2. RISCO DOS MÉTODOS PARA AUMENTO DO PÊNIS

A tentativa de aumento do pênis ou de engrossamento do pênis é uma área bastante


conturbada devido ao alto nível de complicações que os métodos apresentam.

Não há até o presente momento trabalhos que comprovem cientificamente o funcionamento


ou benefício obtido com uso dos aparelhos de tração. Também não foram devidamente
estudados se, o alongamento prometido ocorrerá ou se será comprometido por um
encurtamento cicatricial como conseqüência da tração sobre os corpos esponjosos
cavernosos. Há também o risco de uma deformação definitiva como Doença de Peyronie.

O pênis não é um membro de musculatura estriada, funcionando apenas de forma passiva


quando se enche de sangue por estímulo sexual, ou seja, não existem exercícios para
desenvolvimento da “musculatura peniana”. Quem participa da ereção é a musculatura
perineal (entre bolsa escrotal e ânus) bombeando sangue para os corpos cavernosos e
consequentemente enchendo a glande.

As cirurgias que muitas vezes são anunciadas para aumento peniano têm inúmeras e
freqüentes complicações, e alteram apenas a aparência, causando uma falsa impressão de
alongamento. Para isso são utilizados lipoaspiração púbica, secção do ligamento suspensor
do pênis ou retalho cutâneo V-Y. As técnicas para “engrossamento” são feitas geralmente
por lipoescultura que geralmente fracassam, pois o tecido gorduroso injetado é absorvido em
grande parte em um ano. Outra conseqüência desse tipo de procedimento é que pode
causar assimétrica, nódulos ou curvaturas causadas pela cirurgia. Em alguns casos pode-se
observar cicatrizes retraveis e deformidades do pênis, além da escrotalização do pênis,
alteração da angulação quando em ereção, surgimento de nódulos de gordura residuais
irregulares, bem como possível alteração da sensibilidade.

Somente em casos bastante específicos podemos dizer que há indicação da cirurgia para
aumento do pênis:
- Casos severos de epispádia e hipospadia
- Seqüelas de Peyronie
- Defeitos traumáticos
- Neoplasia de pênis: Casos em que foi feita uma retirada de uma parte do pênis ou seja,
amputação parcial do pênis

18
Instituto Paulista

- Retração peniana em pacientes lesados medulares


- Micropênis – Pênis menores que 7 cm em ereção que impossibilitam a relação sexual

As técnicas cirúrgicas para aumento do pênis ainda estão em desenvolvimento tendo até o
momento eficácia duvidosa, visto que o grau de satisfação com o resultado é mais subjetivo (
o paciente acha que aumentou) do que objetivo (resultado da medida do pênis). Os riscos
associados que são infecções, impotência, perda de sensibilidade, secção de nervos
penianos, encurtamento (quando há fibrose extensa) e perda de angulação, ainda não estão
bem esclarecidos e, portanto esses procedimentos não devem ser utilizados rotineiramente
conforme preconizado até o momento pela SBU – Sociedade Brasileira de Urologia. - (II
Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil – SBU)

Embora os métodos de alongamente e engrossamento sejam até agora muito sujeitos a


complicações, é sempre imporrtante lembrar que poder haver causas físicas que dificultem o
desenvolvimento do pênis e que alguns casos essas causas sim podem ser tratadadas
portanto sempre é recomendado passar por uma avaliação médica evitando deixar de tratar
algo que pode em alguns casos ter tratamento ou tentar por conta própria utilizar
medicamentos ou exercícios e aparelhos que podem vir a comprometer a saude do homem.

4.3. DOENÇA DE PEYRONIE

Doença de Peyronie (DP) é uma patologia comum entre os homens de 40 a 65 anos, e que
provoca uma tortuosidade no pênis, dificultando e às vezes até mesmo inviabilizando a
relação sexual. Embora a prevalência ser maior nos pacientes acima de 40 anos, cada vez
mais se realiza o diagnóstico em pacientes mais jovens. É verificado que a Doença de
Peyronie causa grande impacto na qualidade de vida, com grandes efeitos psicológicos. A
DP corresponde à presença de placas fibrosas na túnica albugínea dos corpos cavernosos.
Essas placas têm tamanhos e posicionamentos variados, desde mínimas e, portanto, de
difícil percepção, até grandes e múltiplas que comprometem quase toda túnica albugínea.
Em alguns casos, o início é agudo, com dor durante a ereção ou com a percepção de placas
palpáveis acompanhado de deformidade peniana. Para outros pacientes, o início é mais
lento e a deformidade vai se acentuando aos poucos, conforme a fibrose do corpo cavernoso
que pode evoluir para a calcificação. Há uma predominância da Doença de Peyronie em
pacientes diabéticos.
A origem dessa calcificação não é definida ao certo,
mas pode ser atribuída em parte a pequenos e repetidos
traumas ocorridos durante a relação sexual, micro
traumas durante as ereções noturnas ou trauma direto
em indivíduos que apresentem alguma pré-disposição.
Um sintoma comum é o aparecimento de um caroço que
pode ser sentido embaixo da pele do pênis causando
uma ereção bastante dolorosa e deixando às vezes a
cabeça do pênis frouxa. Como esta patologia é
progressiva, torna-se necessário efetuar-se um
tratamento o mais rapidamente possível. Na fase aguda,
caracteriza-se por dor, ereções dolorosas, curvatura
peniana durante a ereção e placa palpável durante o
exame físico.

François Gigot de la Peyronie

A Doença de Peyronie (DP) pode ser tratada em primeira opção com tratamentos clínicos.
Em certos casos pode ser necessário, indicar-se a cirurgia quando a DP leva a uma
curvatura do pênis que impede ou compromete a penetração vaginal e que a doença já
esteja estável há 6 – 12 meses.

Somente se pensará em cirurgia quando os tratamentos clínicos não tiverem sucesso e o


paciente continuar com dificuldade para ter relação e após haver estabilização da
deformidade do pênis (curvatura, constrição ou indentação e afinamento) e da(s) placa(s)

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Instituto Paulista

juntamente com o desaparecimento de dor quando o pênis fica ereto há pelo menos 6
meses.

A curvatura é sempre
relacionada com a diferença de
tamanho do pênis de um lado e
do outro. Para corrigir essa
diferença existem 2 alternativas :
ou encurtar o lado mais longo ou
alongar o lado mais curto o que
exige o uso de enxertos. A
técnica que encurta o lado mais
curto chama-se plicatura ou
procedimento do tipo Nesbit e
deve ser utilizada em pacientes
que tenham o pênis com
tamanho peniano adequado. A
diminuição do tamanho do pênis
esperada depende da direção do
grau de curvatura que o paciente
apresente. Após a cirurgia o paciente deverá retornar à atividade sexual segundo
orientações médicas de forma a não lesar novamente o pênis, ou seja, será uma volta
gradual. Esse tipo de cirurgia não costuma causar disfunção erétil por ser a menos invasiva
de todas.

A técnica para alongamento do lado curto deve ser utilizada em pacientes que têm
preocupação quanto ao tamanho do pênis ou que a curvatura seja excessivamente
acentuada. A parte onde foram feitas as incisões e removidas as placas têm que ser
cobertas com tecidos. Esse tipo de cirurgia é mais reservado a pacientes que tenham
grandes deformidades no pênis, porém que tenham boa qualidade de ereção apesar da
deformidade uma vez que apresenta maiores riscos causar disfunção erétil do que a técnica
da plicatura. Essa técnica de alongamento também resulta na abertura da túnica albugínea
que cobre os cilindros responsáveis pela ereção portanto é uma técnica que somente deve
ser feita por especialistas muito experientes.

O implante de prótese peniana em indivíduos com Disfunção Erétil completa e DP oferece


resultados cosméticos e funcionais semelhantes aos demais pacientes com disfunção erétil
em que requer implante de prótese.

Segundo o Consenso da SBU de 2005, a terapia com ondas de choque não é recomendada
pois “Como ainda não existem trabalhos demonstrando resultados positivos, a terapia de
ondas de choque não deve ser indicada ou utilizada, até que surjam evidências positivas em
relação ao seu resultado”.

Estudos mostram uma prevalência e significante associação entre a Disfunção Erétil e a


Doença de Peyronie. Alguns homens com Peyronie perdem a capacidade de manter o
sangue no pênis e com isso não conseguem uma boa ereção. O fato de o homem não ter
uma ereção suficientemente rígida permite infelizmente que o pênis se dobre durante o ato
sexual aumentando as chances de micro-traumas. Há sempre necessidade de se tratar
juntamente com o Peyronie o problema de DE se houver, evitando essas lesões.

4.4. PÊNIS TORTO CONGÊNITO

Normalmente o pênis torto congênito apresenta uma curvatura maior que 30 graus, para o
lado direito ou esquerdo e essa curvatura ocorre no meio do membro atrapalhando a relação
sexual. É um tipo de anomalia embora o homem já nasça com ela, passa a ser mais
observada quando se iniciam ereções encurvadas embora o paciente já tenha nascido com
essa anomalia. Recomendamos um exame físico para uma avaliação adequada.
Uma possível causa desse encurvamento peniano no jovem pode ser a assimetria dos
corpos cavernosos. Os corpos cavernosos deveriam ser iguais, porém em alguns casos um

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Instituto Paulista

deles é mais longo que o outro, encurvando o membro para o lado do corpo cavernoso mais
curto, não havendo um lado mais freqüente.
O tratamento pode ser cirúrgico nos encurvamentos acentuados que não permitam a
penetração para a prática sexual, bem como nos casos que se observe a existência de
fimose.

4.5. CRIPTORQUIDIA

Diz-se que existe Criptorquidia sempre que não é possível palpar um testículo na bolsa
escrotal. Quando não é possível encontrar um ou os dois testículos nas bolsas escrotais
deve-se estudar o motivo. Essa ausência pode-se originar de problemas congênitos ou
adquiridos.
 Testículos verdadeiramente não descidos;
 Testículos fora do local (ectópicos);
 Testículos retráteis ou em “ascensor”;
 Testículos ausentes.
Nos dois primeiros casos, o reposicionamento costuma exigir uma cirurgia. O tratamento de
um testículo não descido unilateral ou bilateral deve ser realizado no início do 2º ano de vida.
Há casos.em que o testículo aparece extremamente atrofiado sendo indicado sua remoção.
O melhor método para diagnosticar testículos não palpáveis é a Laparoscopia.
Normalmente a descida só se dá dentro do primeiro ano de vida.
Mesmo com a possibilidade de tratamento hormonal, há casos em que mesmo assim há
necessidade de tratamento cirúrgico da criptorquidia. No caso do tratamento cirúrgico
também pode ser corrigida uma hérnia inguinal em muitos dos casos. A importância de
identificar precocemente os casos de testículos não descidos deve-se ao fato de que podem
surgir complicações quando não são corrigidos no tempo devido, principalmente infertilidade
na idade adulta, desenvolvimento de tumor (muitas vezes maior), ocorrência de hérnia
associada ou torção do testículo não descido.
É ainda bastante considerável o efeito psicológico negativo provocado pela existência de um
saco escrotal vazio. O homem fica inibido e inseguro, assim como uma mulher que retira
sua mama.
A fim de se amenizar esse efeito psicológico, há casos em que há a possibilidade de
implante de uma prótese testicular que irá disfarçar com grande perfeição a ausência do
testículo dentro da bolsa escrotal. Essa prótese, embora não tenho função orgânica alguma,
melhora, e muito a autoconfiança do homem.

4.6. FIMOSE, POSTECTOMIA E CIRCUNCISÃO

É natural que haja uma pele na extremidade do pênis (glande) porém deve permitir que ao
ser puxada para trás permita a exposição da glande, facilitando a higiene. Fimose é a
ausência de exposição da glande pela tração da pele que cobre a própria glande. Crianças
recém-nascidas até próximo há 3 anos de idade normalmente não têm o prepucio retratil o
que geralmente ocorre após essa idade. Normalmente ocorre nas crianças entre 3 a 4 anos
de idade e normalmente se desfaz espontaneamente. O tratamento pode ser iniciado com
pomadas e na falta de resultado, com cirurgia.
A postectomia (cirurgia para correção da fimose) é indicada quando o prepúcio não
consegue se retrair para expor a glande, provocando dor quando o pênis está em ereção e
facilitando o acúmulo de secreções que podem levar ao surgimento de um processo
inflamatório da glande e prepúcio (balanopostites) ou mesmo infecções urinárias. Há
evidências que essa falta de higiene está associada ao surgimento de tumores penianos.
É uma cirurgia onde se faz a retirada da pele do prepúcio (dobra de pele) que encobre a
glande do pênis, normalmente sob anestesia local nos adultos e geral nas crianças. Embora
sejam dados pontos para fechamento da pele, geralmente a cirurgia não deixa cicatriz. Não
há diferença no resultado estético se a cirurgia é feita na infância ou na idade adulta. Deve-
se, sempre que possível, nas cirurgias sobre o prepúcio preservar a maior área possível para
proteger o máximo da glande.
Antigamente tinha indicação pela higiene e perdeu adeptos nos últimos anos, sendo
atualmente quase que exclusiva dos portadores de fimose
Casos específicos como infecções urinárias na infância, acúmulo de esmegma, infecções
locais repetidas, etc., devem ser avaliadas por um especialista.

21
Instituto Paulista

A fimose não é uma exclusividade apenas dos meninos. Não raro nos deparamos no
consultório com homens de idades variadas que apresentam tal alteração. Pode ser de
origem inflamatória, por trauma ou má higiene e ainda, congênito. Na maioria das vezes o
tratamento é cirúrgico. Podemos citar o Diabetes como uma causa muito comum de fimose
no adulto.
Não há correlação no adulto de alteração na ereção e nem na fertilidade com a fimose.
Muitos adultos confundem fimose com o freio do pênis curto que pode apresentar lesões
durante a ereção ou ato sexual. Neste caso, o tratamento é apenas a liberação do freio.

4.7. GLÂNDULAS DE TYSON OU GLÂNDULAS PREPUCIAIS

As Glândulas de Tyson são estruturas que secretam substâncias que protegem o pênis,
podendo facilitar a penetração e estão presentes em todos os homens. sendo responsáveis
pela produção do esmegma. O acúmulo excessivo do esmegma (secreção branca que fica
na glande) deve ser evitado com uma boa higiene visto que essa secreção pode prejudicar a
saúde do homem.

Essas glândulas possuem o aspecto de uma fileira de bolinhas brancas, ao redor da cabeça
do pênis semelhante a uma coroa. Em muitos homens são praticamente imperceptíveis
porém em outros podem estar mais evidentes,. A ocorrência das glândulas em maior
tamanho é completamente natural e não são prejudiciais para a saúde do homem nem se
caracteriza como doença sexualmente transmissível.

Alguns homens se sentem incomodados com essas glândulas que


ficam às vezes com aspecto semelhante a "espinhas" e solicitam a
retirada das mesmas, o que normalmente não é necessário nem
aconselhável. Também é importante lembrar que, aparecendo esse
tipo de formação não se deve nunca espremer Observando algum tipo
de alteração na glande é importante passar por uma avaliação médica
para ter certeza de que se trata de Glândulas de Tyson e não de
algum tipo de DST que pode causar lesões semelhantes às glândulas.

5. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

O aumento do número de casos de DST encontra-se ligado ao comportamento sexual.


Como fatores determinantes temos promiscuidade e certas práticas sexuais. Infelizmente a
grande maioria não tem vacinas para evitar.

5.1 Sífilis (Cancro Duro)


É um tipo de doença infecto-contagiosa ocasionada pelo
Treponema pallidum que pode atingir diversos órgãos (ex:
pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema
nervoso) Geralmente a manifestação inicial sempre se faz
no local da penetração da bactéria, ou seja, no genital,
representada por uma ferida de bordas endurecidas e sem
dor (por isso também chamada de “cancro duro”),
associada ao aumento de tamanho de gânglios na região
das virilhas. A transmissão ocorre através de sangue
contaminado ou relação sexual. O período de incubação
varia de 1 semana a 3 meses e necessita um tratamento
medicamentoso para sua cura. Os tratamentos costumam
dar alto índice de cura quando feitos de forma adequada.

22
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5.2 Gonorreia
É uma doença infecto-contagiosa causada por uma bacteria
conhecida como gonococo que causa muita secreção
purulenta na uretra do homem e na vagina e/ou uretra da
mulher. Normalmente no início percebe-se uma coceira na
região genital ou ardor ao urinar. É uma doença altamente
contagiosa e deve-se tomar muito cuidado pois na grande
maioria das mulheres contaminadas não chega a apresentar
sintomas. O perído de incubaçãoé de 2 a 10 dias e exige
antibioticoterapia para seu tratamento. Se não diagnosticada
e tratada adequadamente poderá evoluir para complicações
importantes, desde inflamações crônicas da próstata até
infertilidade.

5.3 HPV - Condiloma (Crista de Galo)


É um tipo de infecção causado por um grupo de vírus (HPV)
que causam lesões papilares dando um aspecto de couve-
flor e é a doença sexualmente transmissível com maior
incidência nos adultos com vida sexual ativa. Existem cerca de 40 milhoes de pessoas
infectadas pelo HPV, segundo estatísticas americans, ou seja,quase 1/5 da população
daquele país. Estima-se que no Brasil as estatísticas sejam semelhantes. Essa lesão pode
atingir diversos locais do genital masculino (glande, prepúcio e uretra) bem como no genital
feminino (vulva, períneo, vagina e colo do útero) e também no anus e no reto. Nem sempre
é visível a olho nu. O diagnóstico é baseado na história
clínica do paciente e de exame físico minucioso. Como
exame complementar pode-se utilizar a peniscopia e a
colposcopia com biópsias, citologia e exame de DNA. A
transmissão se dá através de contato sexual íntimo não
sendo necessária penetração para isso. O condiloma
pode ficar incubado por apenas algumas semanas ou
mesmo anos. O tratamento feito no local pode ser
cáustico, quimioterápico ou mesmo cauterização
dependendo do caso. Estimuladores de imunidade muitas
vezes são também utilizados. Infelizmente observa-se
grande índice de retorno do problema mesmo fazendo-se
um tratamento adequado. O preservativo é o único
dispositivo que pode gerar algum tipo de proteção, embora não seja 100 % seguro.
Certamente existe uma forte relação entre o contágio pelo HPV e o desenvolvimento de
neoplasias (câncer), principalmente do colo do útero.

5.1. 5.4 AIDS (SIDA)


É causado por um vírus que compromete a parte imunológica dos homens e mulheres
dificultando ou mesmo impedindo a proteção contra bactérias, vírus, parasitas e mesmo
células cancerígenas. AIDS, também conhecida como SIDA (Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida) é muito conhecida também por HIV positivo. O paciente portador de AIDS está
mais sujeito a pneumonias, tumores, linfomas, distúrbios neurológicos e Sarcoma de Kaposi.
A transmissão pode ocorrer por contato com sangue contaminado, sêmen, secreção vaginal
e até mesmo pelo leite materno. É uma síndrome que pode levar de 3 a 10 anos para
mostrar seus sintomas desde a contaminação. O tratamento, embora já tenha evoluído
bastante ainda não é capaz de curar a AIDS mas ajuda bastante a controlar as doenças
oportunistas que costuma ocorrer, prolongando as chances de vida do paciente bem como
melhorando sua qualidade de vida. Para prevenção recomenda-se todos os cuidados
durante a relação sexual bem como cuidados em transfusões de sangue, manipulação de
sangue e uso de seringas potencialmente contaminados.

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5.2. Herpes Genital


É um tipo de infecção causada por
um grupo de vírus que causa
infecções na região genital e que
apresentam um quadro típico: As
bolhas (bastante doloridas e
avermelhadas) duram de 4 a 5 dias,
formam uma ferida e acabam por
cicatrizar expontaneamente. Herpes
Genital é transmitido por relação
sexual e tem um período de
incubação indeterminado. O
tratamento existente até hoje não
oferece uma cura do problema porém
visa aumentar o intervalo entre as
crises e diminui os sintomas quando
ocorre.

5.3. Uretrite Chlamidiana


É uma infecção causada por uma
bactéria chamada Chlamydia
tracomatis. Apresenta uma secreção
esbranquiçada, inodora e um tanto
fluida, quase sempre sem sintomas
ou ardência.

5.4. Candidíase Peniana


Esse tipo de inflamação geralmente aparece na glande e na pele que a recobre como
pequenos pontos avermelhados que coçam bastante devido à presença de fungos, sendo o
mais comum o "candida albicans". É um tipo de problema bastante comum em diabéticos.
Embora esteja colocada como uma DST, a sua transmissão não ocorre somente por contato
sexual

6 ESTERILIDADE
5.5. VASECTOMIA E REVERSÃO DE VASECTOMIA

A Vasectomia é um método seguro e eficaz no processo de esterilização do homem que não


deseja mais ter filhos. Consiste em uma cirurgia tecnicamente simples e de rápida
recuperação desde que realizada por especialistas e em condições favoráveis. Os ductos
deferentes, que são pequenos canais que conduzem os espermatozóides ao sêmen, são
ligados; ou seja amarrados dentro da bolsa
escrotal. Cerca de 13% dos casais americanos
utilizam este método como forma contraceptiva
de gravidez.
A cirurgia somente é permitida em homens
com capacidade civil plena e maiores de 25
anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos
vivos, desde que observado o prazo de
sessenta dias entre a manifestação da vontade
e o ato cirúrgico.
Um dos primeiros relatos de reversão de
vasectomia ocorreu em 1915, e, de lá para cá
as técnicas cirúrgicas evoluíram muito. Em
torno de 2 a 6% dos pacientes acabam
optando pela sua reversão, principalmente com o grande número de casais que se
separaram e que pretendem constituir uma nova família fato bastante comum nos dias de
hoje. Apesar disso não se pode em hipótese alguma fazer a cirurgia como método
anticoncepcional temporário, ou seja temos que tratar a cirurgia como “definitiva” para evitar-
se frustrações posteriores.

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O tempo de Vasectomia é um fator crítico para os resultados, pois, quanto menor maior a
chance de sucesso. A idade da parceira e sua condição de fertilidade também são
essenciais. Nas reversões até três anos após a vasectomia a chance de se obter
espermatozóides no ejaculado é de 97%, e de gravidez 76%. Entre três e oito anos, as
chances de gravidez caem para 53% e entre nove e catorze anos é de 44%. Em
aproximadamente 70% das vasectomias com mais de quinze anos, a chance para gravidez é
de 31%.

5.6. VARICOCELE

Varicocele é presente em 15% da população masculina e em aproximadamente 40% dos


homens que apresentam problema de fertilidade, pois acaba afetando a parte de
espermatogênese. (CONSENSO AUA). Varicocele são veias que se dilatam em volta do
cordão espermático. Formam-se geralmente com o decorrer da idade e podem causar
esterilidade pois aumentam a temperatura da bolsa escrotal e diminuem a drenagem de
sangue da bolsa escrotal.

Varicocele é encontrada em 15% da população masculina em geral, 35% dos homens com
infertilidade primária e 80% dos homens com infertilidade secundária.
* Jarrow.JP : Effects of Varicocele on Male Fertility. Hum Reprod. Update 2001;7:59

A cirurgia é feita em hospital, com


uma pequena anestesia peridural ou
raqui e o paciente necessitará ficar
internado por 1 dia. Quanto mais
rápido o diagnóstico, melhor o
prognóstico. A cirurgia visa evitar o
refluxo de sangue para a bolsa
escrotal.

5.7. AZOOSPERMIA (AUSÊNCIA DE ESPERMA NO EJACULADO)

A azoospermia é definida como a ausência de esperma na ejaculação e é presente em


aproximadamente 15 % dos casais que não conseguem engravidar após 1 ano de relações
sem nenhum tipo de método anticoncepcional. (Consenso AUA). Azoospermia pode ter 3
causas principais : a) Estimulação hormonal inadequada dos testículos. b) Falha genética na
formação dos testículos. c) Obstrução ou anormalidades no ducto que leva o esperma para
uretra. Azoospermia é diferente de aspermia que é a ausência de qualquer líquido seminal
na ejaculação.

5.8. HIDROCELE

Hidrocele é a presença de líquido em quantidades anormais


dentro do escroto e envolvendo o testículo. Pode ser
unilateral ou bilateral. As hidroceles podem ser congênitas ou
adquiridas e causam um aumento nem sempre doloroso, mas
muitas vezes desconfortável do escroto.
No homem adulto, as hidroceles são produto do desequilíbrio
existente entre a formação e a absorção do líquido
naturalmente existente ao redor do testículo. Isso pode
ocorrer devido a processos inflamatórios (epididimite,
retráteis, tumores) ou traumatismos. Cerca de 5 a 10% dos
tumores de testículo apresentam-se acompanhados de
hidrocele.
Muitos casos regridem em crianças até os 12 primeiros
meses de vida, mas em casos onde não resolva nesse
período, ou se houver uma hérnia, há necessidade de
cirurgia.

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6. TRATAMENTOS CLÍNICOS E CIRÚRGICOS


6.1. TRATAMENTOS CLÍNICOS

6.1.1 MEDICAMENTOS VIA ORAL

 SILDENAFIL (Viagra ™)
Sildenafil é um remédio via oral, que foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Adminstration –
AUA) em 1998 e que foi um grande avanço no tratamento da Disfunção Erétil. É apresentado
em dosagens que variam de 25, 50 e 100 mg. Somente o médico saberá indicar qual a mais
adequada para cada caso.
Funcionará bem em pacientes jovens sem patologias graves, pois é um vasodilatador
seletivo das artérias dos corpos cavernosos, agindo como inibidor seletivo nas PDE5,
favorecendo assim, uma ereção dos corpos cavernosos. Em pacientes com patologias mais
graves ou mais idosos sua utilização não será tão indicada, pois o Alprostadil será mais
eficiente, ou mesmo o uso de próteses penianas infláveis ou maleáveis.
Para alguns pacientes a droga não oferece muitos efeitos colaterais, no entanto é contra-
indicado para pessoas com problemas cardíacos ou que fazem uso de nitrato.. Os efeitos
colaterais mais comuns são taquicardia, dor de cabeça, hipotensão, gastrite, diarréia,
distúrbios visuais, e em pacientes cardíacos ou hipertensos que nitratos, o risco de
problemas cardíacos é alto.
Toda pessoa que queira utilizar o Sildenafil deve procurar um especialista para uma análise
clínica antes. Esse medicamento é contra indicado em pacientes que façam uso
concomitante com nitratos e na rara doença visual retinite pigmentosa e só deve ser utilizado
com orientação e prescrição médica. Nunca se automedique.

 TALADAFIL (Cialis™)
O efeito desse medicamento é bastante prolongado, chegando a 48 horas. Também
apresenta alguns dos efeitos colaterais tais como dor de cabeça, rinite. Foi licenciado em
doses de 10 e 20 mg. O medicamento deve ser tomado algum tempo antes da hora prevista
para a atividade sexual.
Obs. Pacientes que usam nitrato não podem fazer seu uso e só deve ser utilizado com
orientação e prescrição médica. Nunca se automedique.

 CLORIDRATO DE VARDENAFIL (Levitra ™)


Esse medicamento é indicado para o tratamento da disfunção erétil, e a fim de que seja
eficaz, convém e é necessário um estimulo sexual (visual, táctil e/ou psicogênico). A sua
absorção é feita rapidamente, aproximadamente 15 minutos e continua agindo por pelo
menos quatro ou cinco horas. Com duas apresentações disponíveis (10 ou 20 mg), e
SEMPRE SOB ORIENTAÇÃO E PRESCRIÇÃO MÉDICA pode-se ajustar a dose para
atender às necessidades individuais de cada paciente. Normalmente age rapidamente, na
maioria dos pacientes, já na primeira dose, e apresenta eficácia mantida com o passar do
tempo.

Como esse medicamento tem propriedades vasodilatadoras discretas, resultando em


reduções leves e transitórias da pressão arterial, a administração concomitante de nitratos
com Levitra ™ é contra-indicada. O Cloridrato de Vardenafil não está aprovado para
indivíduos com menos de 18 anos. As reações adversas comuns (>1%<10%) incluem
dispepsia, náusea, vertigem e coriza..

 CARBONATO DE LODENAFILA (Helleva ™)


É um medicamento que inicia sua ação aproximadamente após uns 40 minutos e dura de 4 a
5 horas. Como boa parte dos medicamentos já apresentados também pode ter como efeito
colateral cefaléia, dispepsia, congestão nasal, rubor facial ou dor lombar. É contra indicado
para pacientes que façam uso de nitratos e portadores de retinite pigmentosa.

 IOIMBINA
A Ioimbina foi por mais de um século tida como elemento afrodisíaco. Em um estudo com
homens que apresentavam distúrbios de ereção de fundo psicogênico, a Ioimbina
apresentou resposta positiva de 31% dos pacientes, contra 5% do placebo. Entretanto, em

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pacientes com distúrbios de ereção de origem física, a Ioimbina não apresentou resultados
melhores que o placebo. O seu uso foi bastante reduzido após o aparecimento de drogas
orais mais efetivas.

 TRATAMENTOS HORMONAIS
Uma deficiência do hormônio sexual masculino, a testosterona, pode acarretar distúrbios de
ereção. Nessas situações, o tratamento de reposição hormonal apresenta bons resultados.
Apenas aproximadamente de 3 a 4% da população masculina apresenta esse tipo de
problema e pode se beneficiar com o tratamento. Efeitos colaterais de uma reposição
hormonal podem ser sérios em pacientes com história de problemas cardíacos, de rins,
fígado e, especialmente câncer de próstata. Sempre necessita avaliação e prescrição
médica.

6.1.2 MEDICAMENTOS INJETÁVEIS

 PROSTAGLANDINA E ALPROSTADIL
A terapia de injeção intracavernosa é o tratamento não cirúrgico mais eficaz para DE e
sugerido quando medicamentos via oral não são eficientes. O maior problema desse tipo de
tratamento é ser invasivo e tem potencial para causar priapismo (ereção excessivamente
prolongada). As injeções intracavernosas são indicadas em casos de alterações
arteriogênicas, neurogênicas, impotência psicogência refratária a outros tratamentos,
impotência provenientes de algumas drogas e impotência mista. Existe uma contra-
indicação do uso desse tipo de tratamento em casos de problemas de coagulação, distúrbios
psiquiátricos severos, priapismos de repetição e doenças cardiovasculares instáveis (*13)
As drogas mais utilizadas para uso intracavernoso são a prostaglandina, fentolamina e
papaverina utilizadas em diversas formualações e proporções.
A prostaglandina é uma substância existente no corpo
humano e que é metabolizada nos pulmões, fígado. Essa
substância permite a dilatação das artérias e
conseqüentemente o enchimento dos corpos cavernosos,
possibilitando o intumescimento do pênis.
A prostaglandina é antagonizada (ou seja, tem seu efeito
diminuído) por outras drogas como a adrenalina e a
noradrenalina. Esse é o motivo pelo qual o homem com stress
acentuado às vezes não consegue uma boa relação sexual,
simplesmente por ter uma liberação acentuada de adrenalina endógena e que limita a sua
ereção.
Uma técnica popular de tratamento envolve a injeção de uma pequena quantidade de
medicação diretamente dentro do tecido erétil do pênis. A ereção geralmente ocorre dentro
de 10 minutos e dura de 30 a 90 minutos. A utilização de um aplicador próprio torna este
processo fácil e indolor.

Preparação:
*Injetar o líquido diluente no vidro
*Diluir o pó homogeneamente
*Absorver o líquido de volta na seringa
Antes da aplicação:
*Eliminar as bolhas de ar: com a agulha apontada para cima bater na lateral para soltar as
bolhas e apertar até esguichar um pouco do líquido para fora
Aplicação:
*Limpar o local da injeção com álcool ou sabão
*Inserir a agulha na lateral do pênis e aplicar o líquido

A auto-aplicação de medicamentos (sempre após orientação médica), já é muito utilizada


nos EUA e no Brasil. O uso destes medicamentos é muito freqüente em pacientes com
indicação de prótese peniana ou com isquemia do pênis. Através destes medicamentos é
possível prolongar-se uma ereção naturalmente por até duas horas. Normalmente são
utilizados derivados da prostaglandina, geralmente o Alprostadil, em várias fórmulas
comerciais. Já existem em farmácias comuns algumas formulações de autoaplicações

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porém em casos específicos torna-se necessário adaptar a formulação ao paciente exigindo


a manipulação da mesma a fim de se obter o melhor resultado. É necessário sempre fazer
um teste de ereção para verificar para cada paciente qual seria a formulação mais adequada
bem como a dosagem a ser utilizada. Cada paciente reage de uma forma diferente ao
medicamento. É um tipo de tratamento muito eficaz e que exige sempre uma orientação e
acompanhamento médico.
O paciente em nosso Instituto terá sempre um acompanhamento médico, 24 horas por dia,
com telefone e BIP de emergência para o paciente fazer uso, se necessário for.

6.1.3 BOMBA DE VÁCUO

O tratamento utiliza uma bomba e um cilindro para criar vácuo ao redor do pênis para que
ele se intumesça, pois facilita que o sangue volte para o mesmo.
Quando o pênis atinge a ereção desejada é colocado um anel de
constrição para a manutenção do estado ereto. O cilindro deve ser
adaptado para fazer pressão apenas no corpo cavernoso e não na
uretra. A bomba a vácuo é muito utilizada em homens que tiveram
que remover a prótese peniana por algum motivo. Apesar de ser uma
técnica não invasiva e com baixa taxa de complicações, exige boa
destreza manual por parte do paciente para sua utilização, bem como
pode levar a contusões no pênis e interferir na ejaculação.
Algumas companheiras se queixam da ligeira queda de temperatura
do membro, da necessidade de se utilizar gel na relação e da perda
de espontaneidade com a utilização do dispositivo.

6.2. TRATAMENTOS CIRÚRGICOS

Logo que os tratamentos para disfunção erétil via oral começaram, houve uma grande
diminuição do número de implantes pois os pacientes desejavam tentar alguma outra
solução que parecia menos agressiva que os implantes penianos. Passada essa etapa
inicial, o número de implantes penianos voltou a crescer e superaram inclusive o número que
era praticado antes da introdução dos tratamentos via oral. Os tratamentos via oral
mostraram aos homens com disfunção erétil que esse problema era em boa parte dos casos
de origem física e que tinha tratamento. Estudos recentes revelam que entre 40 e 46% dos
brasileiros apresentam algum grau de disfunção erétil (*1,2) e que esse problema se torna
ainda maior em decorrência da idade (*3,4)

6.2.1 PRÓTESES PENIANAS OU IMPLANTES PENIANOS

Preferimos atualmente chamar as próteses penianas de implantes penianos pois, o termo


prótese seria a substituição de uma parte do corpo, e não é o que acontece com os
implantes que são colocados por dentro do pênis, ficando completamente internos e sendo
altamente estéticos. Os implantes são uma excelente opção de tratamento para pacientes
com disfunção erétil devido a causas orgânicas, e que não obtiveram sucesso com os
tratamentos clínicos (medicamentos tópicos via oral, bomba de vácuo e auto-aplicação). A
prótese devolve ao homem um “esqueleto” novo para o pênis, fazendo com que ele volte a
ter relações sexuais com ejaculação e orgasmos normais. A avaliação psicológica do
paciente deve ser cuidadosa, evitando-se criar falsas expectativas quanto ao resultado final.
Pacientes com alto nível de ansiedade, deprimidos ou com baixa auto estima podem não ter
o implante recomendado. O ideal é que a companheira participe e colabore com a cirurgia,
mas isso exige a anuência do próprio paciente.

O implante peniano implica na substituição do mecanismo de ereção natural do corpo por um


sistema de ereção artificial. Houve uma grande evolução nessa área nos últimos anos e hoje
há diversos tipos de próteses disponíveis no mercado. Há próteses que são formadas por
um tubo de silicone semiflexível e uma haste interna de platina ou prata e que mantém
determinada tensão no pênis, há implantes articuláveis e também implantes que são
formados por um sistema inflável em que o pênis fica ereto ou perde a ereção controlado por
um dispositivo hidráulico de transmissão de pressão.

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Estudos comparativos mostram que os implantes tem índices de satisfação acima dos outros
tratamentos (*)
 93 % dos pacientes com implantes estão moderada ou totalmente satisfeitos
 51 % dos pacientes que utilizam tratamentos via oral estão moderada ou totalmente
satisfeitos
 40 % dos pacientes com auto-aplicações estão moderada ou totalmente satisfeitos.
(*) A Rajpurkar, C Dhabuwala, Comparison of Satisfaction Rates and Erectile Function J.Urol 2003 July 170:
159-163

Benefícios do implante:
Permite o retorno a uma vida sexual;
Oferece uma solução a longo prazo;
Permite ter ereção e relação quando desejar;
Oferece uma ereção duradoura;
Elimina os gastos com medicamentos via oral ou injetáveis;
Não interfere na ejaculação ou no orgasmo.

Tipos de próteses

a) Maleável, tipo semi-rígido – Esse tipo de implante tem sido usado por médicos há mais
de vinte anos. Durante essas duas décadas, foram desenvolvidos muitos modelos
diferentes. Esse tipo de implante cria uma semi-ereção permanente e é tecnicamente fácil de
implantar, e menos dispendioso além de ter um índice de complicação muito baixo.
O uso não exige nenhuma habilidade especial por parte do paciente ou da companheira.

b) Articulável – Esse tipo de prótese é mais um tipo à disposição do


homem que busca uma solução para a disfunção erétil, mas deseja
um tipo de prótese mais simples que as infláveis. É bastante
indicada para homens que tenham alguma dificuldade em lidar com
as próteses infláveis, mas que ao mesmo tempo queiram uma boa
rigidez. O corpo segmentado permite colocar a prótese em qualquer
posição enquanto mantém uma ereção suficiente para a relação
sexual.

c) Inflável de dois volumes – Essa


prótese combina os cilindros padrão
da prótese de um volume com uma
minúscula bomba escrotal que torna
mais fácil inflar a prótese do que
bombear as pontas dos cilindros da
inflável de um volume. O
esvaziamento é conseguido
flexionado-se a prótese por 10 a 15
segundos. Apesar de exigir uma
certa habilidade por parte do homem para manuseá-la, é
bastante simples e, quando desinflada fica mais natural que a maleável.

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d) Inflável de três volumes – Este implante inflável de vários volumes consegue uma ótima
ereção: uma ereção verdadeiramente rígida, grossa e natural. É imperceptível aos olhos
quando mole, e geralmente não pode ser notada ao se tocar o pênis. Encontra-se também
disponível este mesmo implante só que com revestimento de antibiótico o que pode ser
bastante recomendado em alguns casos específicos, visando evitar-se infecções

O implante peniano é sempre feito em hospitais e é fundamental esclarecer antes ao


paciente todos os detalhes básicos do procedimento tais como a irreversibilidade da cirurgia
devido a destruição dos tecidos cavernosos, a disponibilidade dos diversos tipos de prótese
(vantagem e desvantagens de cada uma)
bem como todos os cuidados a serem
tomados antes e após o ato cirúrgico. O
paciente deve sempre assinar um termo de
Consentimento Informado antes do
procedimento, mostrando que tem total
conhecimento do tipo de cirurgia que irá
fazer bem como consciência de que há
riscos como qualquer outra cirurgia. Um
ponto que sempre tem que ser lembrado é
que a finalidade do implante é de dar rigidez
ao pênis e não de aumentar a dimensão do
pênis como algumas pessoas pensam.

Dentre as opções de implante também


surgiu um implante da empresa AMS
chamado LGX (Length Girth Xpansion) que
permite com uma expansão controlada
atingir um aumento do diâmetro e do comprimento do pênis e é o implante que oferece uma
ereção o mais próximo do fisiológico.

A escolha do tipo de prótese a ser utilizada depende das condições médicas do paciente,
condições financeiras, estilo de vida e preferência pessoal. Nem sempre o implante mais
caro será o melhor. Alguns pacientes, mesmo tendo condições, acabam por optar pela
maleável por ser mais fácil de manusear. Já outros realmente optam pelas infláveis apesar
do custo por serem mais discretas quando flácidas, oferecerem uma rigidez maior em casos
de problemas venoclusivos mais sérios no pênis, permitem um enchimento maior.

Em alguns casos o homem com o passar do tempo apresenta alguns problemas orgânicos e
com isso verifica uma diminuição no enchimento sanguíneo dos corpos cavernosos do pênis
causando uma diminuição no diâmetro do mesmo o que pode ser corrigido substituindo-se
esse implante maleável por um inflável que dá maior rigidez além de ajudar no diâmetro.

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6.2.2 PRÓTESE TESTICULAR

É implantada em pacientes que tiveram que retirar o


testículo devido a infecções (como conseqüência de
parotidite) ou traumas ou mesmo naqueles pacientes em
que os testículos não desceram para a bolsa escrotal
como deveria. Sua função é
meramente estética, mas sem
dúvida alguma é uma excelente
solução para substituir um ou
os dois testículos e devolver ao
homem uma segurança
importante para sua felicidade.

6.2.3 REVASCULARIZAÇÃO (Cirurgia Arterial)

Até 1990 foi utilizada, mas com relativamente poucos resultados satisfatórios. Está
atualmente sendo reavaliada com novas técnicas cirúrgicas principalmente, como foi
apresentado no Congresso da AUA - American Urological Association em Atlanta - USA
(2000) e do 9º Congresso da ISSIR (International Society for Impotence Research) na
Austrália.
Conforme apresentado também no II Consenso de Disfunção Erétil, devido à falta de
consistência dos resultados, a cirurgia arterial deve permanecer em nível investigacional,
sendo indicada principalmente em casos de doença aorto-ilíaca e obstrução segmentar da
artéria pudenda ou peniana pós-trauma.

No eixo aorto-ilíaco-pudendo, técnicas endovasculares poderão melhorar o fluxo sanguíneo


para as artérias cavernosas, surgindo como uma alternativa promissora a ser introduzida no
futuro.

6.2.4 FUGA VENOSA

É uma falha na retenção do sangue dentro dos corpos cavernosos. Quando o pênis enche, a
pressão dentro dele aumenta, e as vênulas se abrem, permitindo o escape do sangue. Isso é
chamado na medicina de incompetência venoclusiva dos corpos cavernosos, ou seja, fuga
venosa, levando a uma perda de tonicidade e impossibilidade do ato sexual.
A cirurgia para correção de fuga venosa foi muito adotada até algum tempo atrás. Hoje em
dia sabe-se que a cirurgia de fuga-venosa pode ter recidiva, portanto, com os modernos
medicamentos existentes, a indicação e o tratamento cirúrgico para a fuga-venosa caiu muito
e, somente em alguns casos específicos deverá ser adotado a nível investigacional conforme
I Consenso Brasileiro de Disfunção Sexual – SBU 1998 .
É aconselhável nesses casos procurar um especialista (Andrologista) para orientá-lo a
respeito.

7. ASPECTOS PSICOLÓGICOS
7.1. DIFICULDADE EM ACEITAR A DISFUNÇÃO ERÉTIL

A Disfunção Erétil (DE) pode gerar um profundo efeito na sua qualidade de vida. O Paciente
com DE perde a auto-estima e passa a lidar com diversos sentimentos negativos tais como
frustração, ansiedade, tristeza e nervosismo.
Todo esse problema acarreta grandes transtornos no relacionamento íntimo levando a brigas
e discussões, e em alguns casos no desespero o homem chega mesmo “tentar um outro
relacionamento” para ver se há alguma melhora o que leva em alguns casos à separação.

7.2. PAPEL DA COMPANHEIRA

A disfunção erétil é um assunto bastante difícil de lidar. A companheira deve tentar encorajar
o homem a procurar um tratamento. Algumas formas que facilitam a procura são:
• Conversar a respeito de como a DE afeta os dois, e não só o homem

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• Dar apoio enquanto ele procura resolver como se tratar e mostrar-lhe que isso é mais
comum do que se pensa e afeta milhares de homens.
• Mostrar que em grande parte dos casos há um problema físico e não somente psicológico.
• Lembrar que esse problema é tratável, encorajando-o a procurar um especialista,
mostrando-se disposta a acompanhá-lo e a ajudar a escolher o melhor tratamento. O
acompanhamento facilita o entendimento “técnico” e “psicológico” do que está acontecendo.
• Ajudar a mostrar ao homem que a Disfunção Erétil não é, de forma alguma incomum,
porém, embora afetando milhões de homens, muito poucos se abrem e discutem o assunto
francamente.
• Citar que a existência de tantos recursos disponíveis hoje em dia abre a esperança para um
sucesso no tratamento e com certeza encoraja o homem.

7.3. DISFUNÇÃO ERÉTIL PSICOGÊNICA

Quando não se identifica nenhum problema orgânico que possa ser a causa da Disfunção
Erétil (DE), classifica-se então como DE Psicogênica. Alguns fatores já foram apresentados
no item “Causas da Disfunção Erétil”
O médico avaliará entre outros pontos, a natureza, duração e qualidade da ereção tanto
atualmente como ao longo da vida, as circunstâncias em que o problema apareceu e se
manteve, relacionamento com a companheira e possíveis fatores de risco. Com base nessas
informações será possível verificar-se tanto em se a Disfunção é primária, ou secundária e
em que fase do ciclo da resposta sexual acontece (desejo, excitação, orgasmo ou
resolução).
De posse de todo o histórico do paciente, torna-se possível orientar o tratamento, utilizando-
se ou de medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos e neurolépticos) e/ou psicoterapia
focada na sexualidade ou terapia de casal. Na maior parte das vezes, torna-se necessário
tratar a DE psicogênica de forma multidisciplinar.

8. CURRICULUM DO RESPONSÁVEL
Dr. Carlos Augusto Cruz de Araujo Pinto - CRM 54.779 / SP

Cirurgião Geral e Vascular especializado na área de Andrologia


Diretor Presidente do Instituto Paulista para Tratamento da Disfunção
Erétil Masculina
 Formação
1980 - 1985 Curso de Medicina na Faculdade de Medicina da
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - UNESP -
Botucatu - SP
1987 - 1989 Curso de Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular
ministrado pelo Professor Dr. Mario Degni - SP
1987 - 1989 Curso de Especialista em Cirurgia Vascular Periférica -
Hospital São Camilo - SP
 Certificados recebidos
Certificate of Recognition in Impotence & Prosthetic Urology - Ministrado pelo Dr. Steven K
Wilson - Arkansas - USA - 1996
Certificate of Recognition in Impotence & Prosthetic Urology - Ministrado pelo Dr. Steven K
Wilson - Arkansas - USA - 1997
 Participação em Congressos Mundiais
III Congresso Brasileiro e III Congresso Latino Americano de Impotência Sexual promovido
pela Associação Brasileira para o Estudo da Impotência. - 18 e 19 de agosto de 1995
VII World Meeting on Impotence - ISSIR - Internacional Society for Impotence Research -
São Francisco - USA - 03 a 07/11/1996
93rd Annual Meeting - AUA - American Urological Association - San Diego - EUA
30/05 a 04/06/1998
8th World Meeting on Impotence Research e 11th Symposium on Corpus Cavernosum
Revascularization - ISIR - Amsterdam - Holanda - 24-28 de Agosto de 1998
95th Annual Meeting - AUA - American Urological Association - Atlanta - EUA
29/04 a 04/05/2000

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Instituto Paulista

9th World Meeting on Impotence Research e 12th Symposium on Corpus Cavernosum


Revascularization - ISIR - Perth - Australia -26 a 30 de Novembro de 2000
AUA Meeting - Anaheim - Estados Unidos - 2 a 7 de Junho de 2001
AUA Meeting - Orlando - Flórida - Estados Unidos - Centennial Celebration - 25-30 de Maio
de 2002
10th World Congress of the International Society for Sexual and Impotence Research - ISSIR
- Montreal - Canadá - 22 a 26 de Setembro de 2002
AUA Meeting - Chicago - IL - Estados Unidos - 26 de Abril a 1 de Maio de 2003
AUA Meeting - San Francisco - CA - Estados Unidos - 8 a 13 de Maio de 2004
11th World Congress of the International Society for Sexual and Impotence Research - ISSIR
- Buenos Aires - Argentina - 17 a 21 de Outubro de 2004
AUA Meeting - San Antonio - TX - Estados Unidos - 21 a 26 de Maio de 2005
AUA Meeting – Atlanta – GA – Estados Unidos – 20-25 de Maio de 2006
AUA Meeting – Anaheim – CA – Estados Unidos – 19-24 de Maio de 2007
AUA Meeting – Orlando – FL – Estados Unidos – 17-22 de Maio de 2008
AUA Meeting – Chicago – IL – Estados Unidos – 25-30 de Abril de 2009
Sexual Medicine Society of North America (SMSNA) - San Diego - CA - 20-22 de Novembro
de 2009
AUA Meeting – San Francisco – CA – Estados Unidos – 29 de maio a 03 de Junho de 2010
Sexual Medicine Society of North America (SMSNA) – Miami Beach - FL - 11-14 de
Novembro de 2010
AUA Meeting – Washington – DC – Estados Unidos – 14-19 de Maio de 2011

 Sociedades das quais participa


Membro da SLAI - Sociedade Latino Americana para o Estudo da Impotência -
Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
Membro da ISSIR - International Society of Importence Research que Atualmente é
Chamada de ISSM - International Society for Sexual Medicine
Membro da AUA - American Urological Association
Membro da Sexual Medicine Society of North América (SMSNA)
Membro da Society of Urologic Prostetic Surgeon

 Congressista
IV Encontro São Paulo de Cirurgia Vascular
24 e 25 de março de 2006
Fecomercio – São Paulo – SP

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1) I Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil - Sociedade Brasileira de Urologia, São Paulo:


Damião R, Glina S, Teloken C, EDS - BF Cultural, 1998.
2) Reunião de Diretrizes Básicas em Disfunção Erétil e Sexualidade da Sociedade
Brasileira de Urologia & II Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil
3) I Consenso Latino-americano de Disfunção Erétil - BG Cultural
4) Disfunção Sexual Masculina: Conceitos Básicos: diagnóstico e tratamento - Sidney
Glina, Pedro Puech-Leão
5) Erectile Dysfunction - Current Investigation and Management - Ian Eardley, Krishna
Sethia - Second Edition – Mosby, 2003
6) Male Erectile Dysfunction – Simon Holmes, Roger Kirby e Culley Carson
7) The Couple’s Disease – Lawrence S Hakim, MD – 2002
8) Erectile Dysfunction – Culley C Carson – vol 32 – number 4 – November 2005
9) Reuniões de Consensos e Diretrizes – 2005 – SBU
10) Scientific American Brasil – Ciência e Saúde – As Promessas da Reposição Hormonal
11) Instituto H Ellis – Disfunção Sexual Masculina
12) Standard Practice in Sexual Medicine – Porst, Buvat
13. Disfunção Sexual – Diagnóstico e Tratamento – Mario Paranhos, Miguel Srougi – 2007
14) Virag R, Bouilly P, Frydman D. Is impotence an arterial disorder? A study of arterial risk
factor in 400 impotent men. Lancet 1985:1:181-184

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Instituto Paulista

15) Lindner A, Colomb J, Korzcak D, Keller T, Siegel Y. Effects of prostatectomy on sexual


function. Urology 1991;38:26-8
16) T.Lue, F.Giuliano, S.Klhoury, R. Rosen - Clinical Manual of Sexual Medicine
17) John J. Mulcahy, MD, Phd – Male Sexual Function – 139-140
17) Miniatlas de Anatomia - SBU

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Instituto Paulista

10. QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ÍNDICE DE IMPOTÊNCIA (IIEF)

NOS ÚLTIMOS 6 MESES:

A) Como está sua segurança em Muito baixa (1) Baixa (2) Moderada (3) Alta (4) Muito alta (5)
atingir e conseguir uma ereção?
B) Quando tem uma ereção com Sem atividade Quase nunca ou Algumas vezes Algumas vezes A maioria das Quase sempre
estímulo sexual, quantas vezes a sexual (0) nunca (1) (menos da (3) vezes (mais da ou sempre (5)
ereção é firme o suficiente para a metade das metade das
penetração? vezes) (2) vezes) (4)
C) Durante a relação sexual com Não consegue Quase nunca ou Algumas vezes Algumas vezes A maioria das Quase sempre
que freqüência consegue manter a atividade sexual nunca (1) (menos da (3) vezes (mais da ou sempre (5)
ereção após penetrar a parceira? (0) metade das metade das
vezes) (2) vezes) (4)
D) Durante a relação sexual quanto Não consegue Extremamente Muito difícil (2) Difícil (3) Um pouco difícil Não foi difícil (5)
foi difícil manter a ereção para atividade sexual difícil (1) (4)
completar o ato sexual (0)
E) Quando tentou relação sexual, Sem atividade Quase nunca ou Algumas vezes Algumas vezes A maioria das Quase sempre
com que freqüência a mesma foi sexual (0) nunca (1) (menos da (3) vezes (mais da ou sempre (5)
satisfatória metade das metade das
vezes) (2) vezes) (4)

Some os pontos entre parênteses de suas respostas. Caso a sua pontuação seja 21 ou menos você mostra sinais de disfunção erétil e vale a pena
consultar um especialista a este respeito.

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