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TERESINA
2022
AVANDRA ALVES DOS SANTOS LIMA
TERESINA
2022
RESUMO
1 INTRODUÇÃO 5
1.1 Objeto de estudo 6
1.2 Problema 6
1.3 Justificativa e Relevância 7
1.4 Hipótese 7
2 OBJETIVOS 8
2.1 Geral 8
2.2 Específicos 8
3 REFERENCIAL TEMÁTICO 9
4 MÉTODO 11
4.1 Tipo de estudo 11
4.2 Local do estudo 11
4.3 População e amostra 11
4.4 Critério de inclusão e exclusão 11
4.5 Operacionalização e Instrumentos de coleta de dados 11
4.6 Análise dos dados 12
4.7 Aspectos Éticos 12
5 CRONOGRAMA 14
6 ORÇAMENTO 15
REFERÊNCIAS 16
APÊNDICE A-Instrumento de coleta de dados: etapa 1. 18
Instrumento de avalição Quociente Sexual em sua versão feminina 20
(QS-F) (ANEXO – A) e Quociente Sexual – Versão Feminina (QS-F) 20
Quociente Sexual – Versão Masculina (QS-M) 22
Questionário de Qualidade de Vida para Estomizados (COH-QOL-OQ) 24
APÊNDICE C -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 27
APÊNDICE D - Termo de Compromisso dos Pesquisadores 30
5
1 INTRODUÇÃO
1.2 Problema
A sexualidade é um componente importante para determinar a qualidade de vida das
pessoas com estomias de eliminação e, apesar de ser um assunto amplamente discutido entre
os profissionais e no meio científico, ainda é um aspecto pouco explorado pelos profissionais
de saúde na prática assistencial, existindo muita dificuldade para a abordagem ou
questionamentos sobre esta dimensão da vida. Evidencia-se assim, a importância de abordar
tal assunto com o paciente na oportunidade de avaliações e consultas de enfermagem. Diante
7
disso pretende-se responder a seguinte questão de pesquisa: “Qual o impacto das estomias de
eliminação sobre a sexualidade e qualidade de vida? ”.
1.4 Hipótese
H1: Após a confecção de uma estomia de eliminação os pacientes apresentam disfunções
sexuais que afetam sua qualidade de vida.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Analisar o impacto das estomias de eliminação na sexualidade e qualidade de vida.
2.2 Específicos
Caracterizar as pessoas com estomias de eliminação quanto aos aspectos
sociodemográficos e clínicos.
Identificar o coeficiente sexualidade de homens e mulheres que possuem estomias de
eliminação.
Verificar a qualidade de vida as pessoas com estomias de eliminação.
Comparar os aspectos sociodemográficos e clínicos com o coeficiente de sexualidade
em pessoas com estomia de eliminação.
Comparar as características sociodemográficas, clínicas e a qualidade de vida de
pessoas com estomias de eliminação
Verificar a diferença do coeficiente de sexualidade entre homens e mulheres com
estomias de eliminação e a qualidade de vida.
9
3 REFERENCIAL TEMÁTICO
As estomias mais comuns são as de eliminação podendo ser de origem intestinal ou
urinárias, decorrentes de câncer, má formação congênita ou traumatismos; causando
sentimentos como medo e receios são habitualmente compartilhados pelas pessoas
estomizados, esses vão desde o desprezo da família e amigos, às dificuldades em lidar com a
estomia, tornando-se verdadeiras barreiras para reintegração social.
As situações de constrangimento provocam uma instabilidade emocional que
interferem na aceitação de sua nova realidade de vida. A autoimagem corporal alterada em
frente ao espelho causa rejeição da estomia, isolamento social, receio de fazer sexo,
sentimentos conflituosos e inquietação (CARDOSO, et al., 2015).
As diversas mudanças após a construção do estoma; como os hábitos alimentares
reajustados para aumentar a consistência das fezes, diminuir o seu volume, minimizando
também os odores das fezes e gases, implica na necessidade de conhecer o funcionamento do
próprio corpo; no que diz respeito a percepção da influência dos hábitos alimentares nas
características e regulação de suas eliminações intestinais (PAULA; MORAES, 2020).
As mudanças físicas que a presença do estoma provoca nos estomizados pode afetar a
percepção que eles têm de si, prejudicando sua própria identidade, a forma como se enxergam
podendo induzi-las ao isolamento social, além de repercutir de forma direta na sexualidade.
A presença da estomia afeta na sexualidade como um todo, inclusive no desempenho
sexual. A maioria dos pacientes colostomizadas apresenta algum tipo de dificuldade
relacionada a sexualidade, ou distúrbios fisiológicos resultantes dos procedimentos cirúrgicos;
como a redução ou perda da libido, dispareunia, ressecamento ou estenose vaginal. Estas
dificuldades estão atreladas ao fator psicológico abalado resultante da mudança da imagem
corporal, que ocasionam sentimento de insegurança e vergonha do próprio corpo (PAULA, et
al., 2014).
A função sexual é um elemento relevante na qualidade de vida, por ser ampla e por
ocupar lugar importante na vida da pessoa, em todas as etapas, seja elas de saúde ou
adoecimento; pois incide na transição entre as fases de excitação e relaxamento, com inclusão
do prazer e da satisfação. Por outro lado, a disfunção sexual é pertinente pela incapacidade na
participação do ato sexual com satisfação, desejo, excitação e orgasmo (DINIZ et al., 2021).
Para que haja a atividade psicogênica durante a ereção, as imagens sexuais, que podem
se originar em respostas a estímulos eróticos, visuais, auditivos ou a fantasias, devem
acontecer e serem impulsionados durante a vida cotidiana do homem e da mulher, no
estabelecimento das suas relações. Contudo, fatores psicológicos encontram-se diretamente
10
ligados aos casos de disfunção erétil em que a ansiedade de desempenho, caracterizada pelo
medo de falhar durante a relação, surge como agente causador oriundos de fatores cognitivos,
afetivos e interpessoais. Já que os estomizados apresentam alterações na imagem corporal,
expressadas por disforias, medo, angústia, alteração da autoestima (SILVA, et al., 2010).
Quanto à sexualidade, percebe-se que as mulheres demonstram insegurança e
vergonha por sua nova condição de saúde e medo da rejeição do parceiro, prejudicando o
retorno a atividade sexual de maneira prazerosa, sendo a estomia considerada um empecilho
na sexualidade. As mulheres precisam de um tempo para aceitar as alterações corporais
provocadas emocionalmente para assumir a vida sexual (CARDOSO, et al., 2015).
Nas consultas de enfermagem, a presença contínua das pessoas com estomia contribui
com a adaptação à vivência do estoma, ainda, verifica-se a compreensão das alterações
sofridas em suas vidas, ajuda no processo de reabilitação e inclusão sexual precisam de mais
informações em relação a sua sexualidade. A rotina de atendimento e o planejamento de
orientações auxiliam na melhora da qualidade de vida dessas pessoas (SANTOS;
CESARETTI, 2015).
Portanto mostra-se a importância do profissional enfermeiro estomaterapeuta no
acompanhamento do paciente estomizado, proporcionando uma educação em saúde ativa e
instruções indispensáveis quanto ao autocuidado, fortalecendo sua autonomia, fazendo com
que o indivíduo estomizado tenha cuidados necessários com a estomia e com a pele
periestomal, proporcionando a recuperação da autoestima e colaborando para a reabilitação
sexual (PAULA, 2014).
11
4 MÉTODO
A coleta de dados será realizada no período de abril a maio de 2023 e serão aplicados
três instrumentos de coleta de dados. O primeiro, elaborado pelos próprios pesquisadores,
abordará as características sociodemográficas (sexo, idade, data de nascimento, escolaridade,
endereço, telefone, situação conjugal, ocupação, renda, se recebe ajuda de programas sociais,)
e clínicas (se tem interesse na reconstrução intestinal, periodicidade de troca do equipamento
coletor, tipo de exteriorização da estomia, complicações da estomia) dos pacientes
(APÊNDICE – A). Após, será aplicado o instrumento de avalição Quociente Sexual em sua
versão feminina (QS-F) (ANEXO – A) e masculina (QF-M) (ANEXO – B), a depender o
sexo do participante. Estes instrumentos são de fácil manuseio e com linguagem acessível e
levam em conta os vários domínios da função sexual. Ambos os questionários são compostos
por dez questões que deve ser respondida numa escala que varia de 0 a 5; o escore obtido é
multiplicado por dois, resultando em valores que variam de entre 0 e 100, maiores pontuações
indicam melhor desempenho/satisfação sexual. Ressalta-se ainda que os instrumentos foram
elaborados e validados pela médica psiquiatra Carmita Helena Najjar Abdo em 2006 (ABDO,
2006). O terceiro será o instrumento de avaliação de qualidade de vida específico para pessoas
estomizados, City of Hope – Questionário de Qualidade de Vida para Estomizados (COH-
QOL-OQ) (ANEXO – C), em sua versão para português, adaptada e validada no Brasil por
Gomboski em 2010 (SANTOS et al., 2021). O COH-QOL-OQ é composto por 43 itens,
mesurando a qualidade de vida por meio de quatro domínios: bem-estar físico (1 a 11), bem-
estar psicológico (12 a 24), bem-estar social (25 a 36) e bem-estar espiritual (37 a 43). Os
escores de domínio variam de 0 a 10, e escores mais altos indicam melhor qualidade de vida.
As pessoas com estomias intestinais serão convidadas a participarem do estudo
quando forem receber os equipamentos coletores e adjuvantes. Os instrumentos serão
aplicados em local reservado, a fim de minimizar algum desconforto que possa surgir no
preenchimento dos questionários, por abordarem assuntos referentes à intimidade deste.
5 CRONOGRAMA
6 ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS
ABDO, C. Elaboração e validação do quociente sexual - versão masculina: uma escala para
avaliar a função sexual do homem. Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, v. 63 n.1-2, p.
42-46, 2006.
ABDO, C. Elaboração e validação do quociente sexual, versão feminina: uma escala para
avaliar a função sexual da mulher. Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, v. 63, n. 9, p.
477-482, 2006.
ALVES RCP, et al. A percepção do paciente portador de ostomia com relação a sua
sexualidade. Rev Interd. 2013.Disponível em:
https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/90. Acesso:
20 de mar. de 2022.
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Normas envolvendo pesquisas com seres humanos
– Resolução nº 466/2012 - CNS. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
CARDOSO DBR, et al. Sexualidade de pessoas com estomias intestinais. Rev Rene. 2015.
Disponível em: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/2750. Acesso em: 05, de mar. de
2022.
CARDOSO, D. B. R. et al. Sexualidade de pessoas com estomias intestinais. Revista da
Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 16, n. 4, p. 576, 4 ago. 2015.
CRUZ, NS; TAVEIRA, LM. Cotidiano de mulheres colostomizadas e o impacto na
sexualidade. Revista Pró-UniverSUS. v.11, n.2. p.121-128, 2020.
DINIZ, IV, et al. Factors associated to quality of life in people with intestinal stomas. Revista
da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v. 55, 2021. doi:
http://dx.doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2020-0377
BRASIL. Instituto Nacional do Câncer. Cuidados com a sua estomia intestinais urinárias:
orientações ao usuário. Brasília, DF. Instituto Nacional do Câncer, 2010. Disponível em:
http://www2.inca.gov.br/ wps/wcm/connect/cuidadoscomasuaestomia
/site/home/estomia/definicao. Acesso em: 04 de abr. de 2022.
PAULA, Maria Angela Boccara de Paula; PAULA, Pedro Roberto de; CESARETTI, Isabel
Umbelina Ribeiro. Estomaterapia em foco: E o cuidado Especializado. São Caetano do Sul,
SP: Yendis Editora; 2014.
PETERSÉN C; CARLSSON E. Life with a stoma-coping with daily life: Experiences from
focus group interviews. Journal of Clinical Nursing. v. 30, n.15-16, p.2309-2319, 2021.
Disponível em: https://doi.org/10.1111/jocn.15769. Acesso em: 20 de mar. de 2022
VERA et al. Sexualidade e qualidade de vida da pessoa estomizada: reflexões para o cuidado
de enfermagem. Revista Ciências e Saberes, v. 3, n.4, p. 788-793, 2017.
Dados Sociodemográfico
Sexo: ( ) M Idade:
Data de Nascimento:
( )F anos.
Endereço:
Bairro / Cidade: Telefone:
Escolaridade:
( ) Analfabeto
( ) Fundamental incompleto
Estado Civil/Situação Conjugal:
( ) Fundamental completo
( ) Solteiro ( ) Médio incompleto
( ) Médio completo
( ) Casado/Amasiado
( ) Superior incompleto
( ) Divorciado ( ) Superior completo
( ) Viúvo ( ) Especialização
( ) Mestrado
( ) Doutorado
Ocupação/Profissão:
Renda:
( ) Do lar
( ) Menos de 1 salário mínimo
( ) Desempregado
( ) 1 a 2 salários mínimos
( ) Estudante
( ) 3 a 5 salários mínimos
( ) Aposentado
( ) Acima de 5 salários mínimos
( ) Auxílio Doença
( ) Desconhece
( ) Autônomo
Recebe ajuda de
( ) Empregado. Em que? _____________________
programa social
( ) Outros. ________________________________
( ) Sim ( ) Não
Tipo de estomia:
( ) Colostomia ( ) Ileostomia
( ) Urostomia ( ) Outros, ___________________
19
Complicações da Estomia
( ) Abscessos ( ) Dermatite ( ) Estenose
( ) Herniação ( ) Fistula ( ) Infecção
( ) Retração ( ) Prolapso ( ) Deiscência de sutura
operatória
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
10. A satisfação que você consegue obter com a relação sexual lhe dá vontade de fazer
sexo outras vezes, em outros dias?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
Gabarito
1. Seu interesse por sexo é suficiente para você querer iniciar o ato sexual?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
2. Sua capacidade de sedução dá a você confiança de se lançar em atividade de
conquista sexual?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
3. As preliminares de seu ato sexual são agradáveis e satisfazem você e sua (seu)
parceira(o)?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
4. Seu desempenho sexual varia conforme sua (seu) parceira(o) seja ou não capaz de
se satisfazer durante o ato sexual com você?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
5. Você consegue manter o pênis ereto (duro) o tempo que precisa para completar a
atividade sexual com satisfação?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
6. Após o estímulo sexual, sua ereção é suficientemente rígida (dura) para garantir
uma relação sexual satisfatória?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
7. Você é capaz de obter e manter a mesma qualidade de ereção nas várias relações
sexuais que realiza em diferentes dias?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
8. Você consegue controlar a ejaculação para que seu ato sexual se prolongue o
quanto você desejar?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
9. Você consegue chegar ao orgasmo nas relações sexuais que realiza?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
10. Seu desempenho sexual o estimula a fazer sexo outras vezes, em outras
oportunidades?
[]0[]1[]2[]3[]4[]
Gabarito
( ) Raramente
( ) Nunca
10. DURMO MAL DURANTE A NOITE
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
11. PREOCUPA-ME QUE A BOLSA FAÇA BARULHO
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
12. ME SINTO ENVERGONHADO COM O MEU CORPO POR CAUSA DO MEU
ESTOMA
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
13. É DIFÍCIL PARA MIM PASSAR UMA NOITE FORA DE CASA
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
14. É DIFÍCIL ESCONDER O FATO QUE EU USO UMA BOLSA
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
15. PREOCUPA-ME QUE A MINHA CONDIÇÃO SEJA UM PROBLEMA PARA AS
PESSOAS QUE ME SÃO PRÓXIMAS
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
16. EU EVITO CONTATO FÍSICO MAIS PRÓXIMO COM OS MEUS AMIGOS
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
17. O ESTOMA TORNA DIFÍCIL PARA MIM ESTAR COM OUTRAS PESSOAS
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
26
____________________________ ____________________________
Sandra Marina Gonçalves Bezerra Avandra Alves dos Santos
Lima
CPF: 529.491.925-72 CPF: 504.604.043-34
Pesquisadora responsável Pesquisadora participante
O Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (CEP UESPI) tem por
finalidade identificar, definir, orientar e analisar as questões éticas implicadas nas pesquisas
científicas que envolvam seres humanos, individual e/ou coletivamente, direta ou
indiretamente, observando a defesa da integridade e dignidade dos participantes da pesquisa
no desenvolvimento dentro de padrões éticos. Se você tiver alguma consideração ou dúvida
sobre a ética desta pesquisa, entre em contato: Comitê de Ética em Pesquisa da UESPI na Rua
Olavo Bilac, 2335, Centro (CCSUESPI), Teresina-PI; Tel: (86) 3221-4749 ou
comitedeeticauespi@uespi.br
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Sandra Marina Gonçalves Bezerra
Pesquisadora Responsável
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Avandra Alves dos Santos Lima
Pesquisadora Auxiliar