Você está na página 1de 30

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUI - UESPI

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS – FACIME


CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ESTOMATERAPIA

AVANDRA ALVES DOS SANTOS LIMA

IMPACTO DAS ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO SOBRE A SEXUALIDADE E


QUALIDADE DE VIDA

TERESINA

2022
AVANDRA ALVES DOS SANTOS LIMA

IMPACTO DAS ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO SOBRE A SEXUALIDADE E


QUALIDADE DE VIDA

Projeto de pesquisa submetido a Fundação


Municipal de Saúde de Teresina para
apreciação.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Sandra Marina
Gonçalves Bezerra

TERESINA

2022
RESUMO

INTRODUÇÃO: A sexualidade é um componente importante na vida das pessoas, no que se


refere a qualidade de vida das pessoas com estomias intestinas, portanto, torna-se
imprescídivel identificar as disfunções sexuais que possam existir nos pacientes com
estomias, torna-se relevante propiciar um espaço aberto de discussão entre pacientes/equipe
de saúde, em que se possam expor dificuldades e expetativas frente à condição de saúde.
OBJETIVO: Analisar o impacto das estomias de eliminação na sexualidade e qualidade de
vida. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal analítico, este estudo caracterizado pela
observação direta de uma quantidade planejada de indivíduos em prazo determinado. Será
realizado no setor de atendimento a pessoas com estomias, de um centro integrado de saúde
de Teresina-PI. A população desse estudo será composta por pessoas com estomias intestinais
cadastradas no programa de distribuição de equipamentos coletores. RESULTADOS
ESPERADOS: Espera-se que ao aplicar o instrumento de coleta de dados seja possível
analisar o impacto das estomias de eliminação na sexualidade e qualidade de vida. Como
contribuição a pesquisa, almeja subsidiar políticas públicas, proporcionando a recuperação da
autoestima, e colaborando para reabilitação sexual.

Descritores: Sexualidade. Estomias. Qualidade.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 5
1.1 Objeto de estudo 6
1.2 Problema 6
1.3 Justificativa e Relevância 7
1.4 Hipótese 7
2 OBJETIVOS 8
2.1 Geral 8
2.2 Específicos 8
3 REFERENCIAL TEMÁTICO 9
4 MÉTODO 11
4.1 Tipo de estudo 11
4.2 Local do estudo 11
4.3 População e amostra 11
4.4 Critério de inclusão e exclusão 11
4.5 Operacionalização e Instrumentos de coleta de dados 11
4.6 Análise dos dados 12
4.7 Aspectos Éticos 12
5 CRONOGRAMA 14
6 ORÇAMENTO 15
REFERÊNCIAS 16
APÊNDICE A-Instrumento de coleta de dados: etapa 1. 18
Instrumento de avalição Quociente Sexual em sua versão feminina 20
(QS-F) (ANEXO – A) e Quociente Sexual – Versão Feminina (QS-F) 20
Quociente Sexual – Versão Masculina (QS-M) 22
Questionário de Qualidade de Vida para Estomizados (COH-QOL-OQ) 24
APÊNDICE C -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 27
APÊNDICE D - Termo de Compromisso dos Pesquisadores 30
5

1 INTRODUÇÃO

As estomias consistem em aberturas artificiais que exteriorizam, cirurgicamente, parte


de alguma víscera oca ao meio externo, cujo local dependerá da afecção do indivíduo, com
finalidade de ser o canal de eliminação do conteúdo ileal ou colônico para o meio externo ao
organismo. Sendo assim, são classificadas especificamente, como estomias de eliminação
podendo ser temporárias ou definitivas (PAULA; MORAES, 2020).
A construção de uma estomia deve levar em consideração, além da esfera clínica, os
aspectos físicos, biopsicossociais, de autocuidado e aceitação da imagem corporal, uma vez
que, as pessoas com estomias, especialmente aquelas que não desenvolveram mecanismos
adaptativos, convivem com dificuldades ocasionadas pela presença do estoma, o que pode
interferir no enfrentamento da doença de base, nos relacionamentos interpessoais e em sua
qualidade de vida (DINIZ et al., 2021).
A confecção de uma estomia pode interferir agressivamente e provocar alterações,
muitas vezes definitivas, no estilo de vida de homens e mulheres, principalmente no tocante à
sua sexualidade. Estas podem causar insegurança e vergonha, medo da rejeição do parceiro,
disfunção erétil e distúrbios ejaculatórios nos homens, alterações no impulso sexual e
excitação, diminuição da libido. Tais fatores dificultam a retomada das atividades sexuais de
modo prazeroso, e coloca a estomia como barreira na expressão da sexualidade (MEIRA et
al., 2020; CRUZ; TAVEIRA, 2020).
As modificações corporais fazem com que o corpo do indivíduo com estomia desvie-
se dos padrões sociais, induzem a alterar os sentidos conferidos ao seu corpo, uma vez que
tanto a estomia quanto o equipamento coletor provocam mudanças que requerem aceitação e
autocuidado, necessitando mudanças em que coisas anteriormente importantes têm que ser
abolidas, substituídas ou reduzidas (ALBINO; FERNANDES; PERFOLL, 2018; VERA et al.,
2017).
A despeito disso, acrescenta-se o fato de que muitos pacientes com estomias estão
inseguros e não confiam se o seu corpo reagirá como antes da confecção estomia. Outrossim,
comumente, pacientes com estomias temporárias colocam a vida em espera, na expectativa da
cirurgia de reconstrução de trânsito intestinal. Estes devem esforçar-se para recuperar a
autonomia de suas vidas, em consonância com seus recursos, condições e apoio dos
profissionais de saúde. Ademais, interagir e trocar experiências com outras pessoas em
6

situações semelhantes, acerca de assuntos como a imagem corporal, sexualidade e atividades


sociais, ajuda no enfrentamento de sua nova condição (PETERSÉN; CARLSSON, 2021).
A sexualidade é um componente importante de para determinar a qualidade de vida
das pessoas com estomias intestinas e, apesar de ser um assunto amplamente discutido entre
os profissionais e no meio científico, ainda é um aspecto pouco explorado pelos profissionais
de saúde na prática assistencial, existindo muita dificuldade para a abordagem ou
questionamentos sobre esta dimensão da vida. Evidencia-se assim, a importância de abordar
tal assunto com o paciente na oportunidade de avaliações e consultas de enfermagem (VERA
et al., 2017).
A sexualidade transcorre a necessidade fisiológica e tem relação direta com a
simbolização do desejo. Diz respeito à dimensão íntima e relacional que compõe a
subjetividade das pessoas e suas relações com seus parceiros e com o mundo, além de
exprimir emoção transcendendo definições físicas. Possui significados complexos, que
agrupam grande carga de subjetividade. Mas também envolve questões físicas como a perda
da libido, disfunção erétil, dor, entre outras, tornando a sexualidade e o ato sexual secundários
em sua vida (CARDOSO et al., 2015).
Mediante ao supracitado, identificar as disfunções sexuais que possam existir nos
pacientes com estomias torna-se relevante por propiciar um espaço aberto de discussão entre
pacientes/equipe de saúde, em que se possam expor dificuldades e expetativas frente à
condição de saúde. Além disso, fomenta uma avaliação mais completa, holística e
individualizada por parte da equipe de enfermagem, que pode intervir de modo efetivo nas
disfunções apresentadas, usando de estratégias educativas, grupos de apoio e orientações para
o autocuidado, auxiliando no processo de adaptação e proporcionando melhor qualidade de
vida a esta população.

1.1 Objeto de estudo


Sexualidade e qualidade de vida de pessoas com estomia de eliminação.

1.2 Problema
A sexualidade é um componente importante para determinar a qualidade de vida das
pessoas com estomias de eliminação e, apesar de ser um assunto amplamente discutido entre
os profissionais e no meio científico, ainda é um aspecto pouco explorado pelos profissionais
de saúde na prática assistencial, existindo muita dificuldade para a abordagem ou
questionamentos sobre esta dimensão da vida. Evidencia-se assim, a importância de abordar
tal assunto com o paciente na oportunidade de avaliações e consultas de enfermagem. Diante
7

disso pretende-se responder a seguinte questão de pesquisa: “Qual o impacto das estomias de
eliminação sobre a sexualidade e qualidade de vida? ”.

1.3 Justificativa e Relevância


O interesse pela temática surgiu a partir do acompanhamento voluntário de pessoas
com estomias de eliminação em um Centro de Referência em Teresina-PI, onde se observou
que muitos não compareciam para recebimento do equipamento coletor, enviando terceiros,
muitas vezes por receio de aparecerem em público. Verifica-se a importância destes às
consultas de enfermagem a fim de conhecer suas vivências enquanto pessoas com estomias e
fornecer melhores orientações sobre sexualidade e qualidade de vida para adaptação a
situação vivenciada.
O estudo torna-se relevante por identificar as possíveis disfunções sexuais e sua
influência na qualidade de vida das pessoas com estomias, além de propor discussão entre
pacientes/equipe de saúde, em que se possam expor dificuldades e expetativas frente à
condição de saúde. Ademais, fomenta uma avaliação mais completa, holística e
individualizada por parte da equipe de enfermagem, que pode intervir e apoiar de modo
efetivo nas disfunções apresentadas, usando de estratégias educativas, grupos de apoio e
orientações para o autocuidado e sexualidade, auxiliando no processo de adaptação e
integração com a equipe multiprofissional, proporcionando melhor qualidade de vida a esta
população.

1.4 Hipótese
H1: Após a confecção de uma estomia de eliminação os pacientes apresentam disfunções
sexuais que afetam sua qualidade de vida.

H2: As características sociodemográficas e clínicas das pessoas com estomias influenciam em


sua sexualidade e qualidade de vida
8

2 OBJETIVOS
2.1 Geral
 Analisar o impacto das estomias de eliminação na sexualidade e qualidade de vida.

2.2 Específicos
 Caracterizar as pessoas com estomias de eliminação quanto aos aspectos
sociodemográficos e clínicos.
 Identificar o coeficiente sexualidade de homens e mulheres que possuem estomias de
eliminação.
 Verificar a qualidade de vida as pessoas com estomias de eliminação.
 Comparar os aspectos sociodemográficos e clínicos com o coeficiente de sexualidade
em pessoas com estomia de eliminação.
 Comparar as características sociodemográficas, clínicas e a qualidade de vida de
pessoas com estomias de eliminação
 Verificar a diferença do coeficiente de sexualidade entre homens e mulheres com
estomias de eliminação e a qualidade de vida.


9

3 REFERENCIAL TEMÁTICO
As estomias mais comuns são as de eliminação podendo ser de origem intestinal ou
urinárias, decorrentes de câncer, má formação congênita ou traumatismos; causando
sentimentos como medo e receios são habitualmente compartilhados pelas pessoas
estomizados, esses vão desde o desprezo da família e amigos, às dificuldades em lidar com a
estomia, tornando-se verdadeiras barreiras para reintegração social.
As situações de constrangimento provocam uma instabilidade emocional que
interferem na aceitação de sua nova realidade de vida. A autoimagem corporal alterada em
frente ao espelho causa rejeição da estomia, isolamento social, receio de fazer sexo,
sentimentos conflituosos e inquietação (CARDOSO, et al., 2015).
As diversas mudanças após a construção do estoma; como os hábitos alimentares
reajustados para aumentar a consistência das fezes, diminuir o seu volume, minimizando
também os odores das fezes e gases, implica na necessidade de conhecer o funcionamento do
próprio corpo; no que diz respeito a percepção da influência dos hábitos alimentares nas
características e regulação de suas eliminações intestinais (PAULA; MORAES, 2020).
As mudanças físicas que a presença do estoma provoca nos estomizados pode afetar a
percepção que eles têm de si, prejudicando sua própria identidade, a forma como se enxergam
podendo induzi-las ao isolamento social, além de repercutir de forma direta na sexualidade.
A presença da estomia afeta na sexualidade como um todo, inclusive no desempenho
sexual. A maioria dos pacientes colostomizadas apresenta algum tipo de dificuldade
relacionada a sexualidade, ou distúrbios fisiológicos resultantes dos procedimentos cirúrgicos;
como a redução ou perda da libido, dispareunia, ressecamento ou estenose vaginal. Estas
dificuldades estão atreladas ao fator psicológico abalado resultante da mudança da imagem
corporal, que ocasionam sentimento de insegurança e vergonha do próprio corpo (PAULA, et
al., 2014).
A função sexual é um elemento relevante na qualidade de vida, por ser ampla e por
ocupar lugar importante na vida da pessoa, em todas as etapas, seja elas de saúde ou
adoecimento; pois incide na transição entre as fases de excitação e relaxamento, com inclusão
do prazer e da satisfação. Por outro lado, a disfunção sexual é pertinente pela incapacidade na
participação do ato sexual com satisfação, desejo, excitação e orgasmo (DINIZ et al., 2021).
Para que haja a atividade psicogênica durante a ereção, as imagens sexuais, que podem
se originar em respostas a estímulos eróticos, visuais, auditivos ou a fantasias, devem
acontecer e serem impulsionados durante a vida cotidiana do homem e da mulher, no
estabelecimento das suas relações. Contudo, fatores psicológicos encontram-se diretamente
10

ligados aos casos de disfunção erétil em que a ansiedade de desempenho, caracterizada pelo
medo de falhar durante a relação, surge como agente causador oriundos de fatores cognitivos,
afetivos e interpessoais. Já que os estomizados apresentam alterações na imagem corporal,
expressadas por disforias, medo, angústia, alteração da autoestima (SILVA, et al., 2010).
Quanto à sexualidade, percebe-se que as mulheres demonstram insegurança e
vergonha por sua nova condição de saúde e medo da rejeição do parceiro, prejudicando o
retorno a atividade sexual de maneira prazerosa, sendo a estomia considerada um empecilho
na sexualidade. As mulheres precisam de um tempo para aceitar as alterações corporais
provocadas emocionalmente para assumir a vida sexual (CARDOSO, et al., 2015).
Nas consultas de enfermagem, a presença contínua das pessoas com estomia contribui
com a adaptação à vivência do estoma, ainda, verifica-se a compreensão das alterações
sofridas em suas vidas, ajuda no processo de reabilitação e inclusão sexual precisam de mais
informações em relação a sua sexualidade. A rotina de atendimento e o planejamento de
orientações auxiliam na melhora da qualidade de vida dessas pessoas (SANTOS;
CESARETTI, 2015).
Portanto mostra-se a importância do profissional enfermeiro estomaterapeuta no
acompanhamento do paciente estomizado, proporcionando uma educação em saúde ativa e
instruções indispensáveis quanto ao autocuidado, fortalecendo sua autonomia, fazendo com
que o indivíduo estomizado tenha cuidados necessários com a estomia e com a pele
periestomal, proporcionando a recuperação da autoestima e colaborando para a reabilitação
sexual (PAULA, 2014).
11

4 MÉTODO

4.1 Tipo de estudo


Estudo do tipo transversal analítico. Os estudos transversais são caracterizados pela
observação direta de uma quantidade planejada de indivíduos em uma única oportunidade, em
um prazo determinado de tempo (MEDRONIO, 2008).
Os estudos analíticos utilizam como estratégia a identificação de relações entre
variáveis, de modo a esclarecer as influências exercidas de um agravo a um determinado fator
de exposição, portanto associações causais. Essas pesquisas são também designadas como
observacionais, uma vez que o pesquisador não intervém, mas apenas analisa, com
fundamento no método epidemiológico, um fenômeno natural (MEDRONIO, 2008).

4.2 Local do estudo


O estudo será desenvolvido em um Centro Integrado de Saúde localizado em Teresina,
capital do Piauí, que possui programa de distribuição de equipamentos coletores para pessoas
com estomias e é referência em todo o estado.

4.3 População e amostra


A população do estudo será composta pelas pessoas com estomias intestinais que estão
cadastradas no programa de distribuição de equipamentos coletores, maiores de 18 anos
totalizados 800 pacientes. A amostra será do tipo probabilística, aleatória simples, com nível
de confiança de 95%, calculada por meio da fórmula de amostragem para populações finitas:
2
N . p . q . Z α/ 2
n= , totalizando por 260 participantes.
( N −1 ) . E2 + p . q . Z 2α /2

4.4 Critério de inclusão e exclusão


Serão incluídos nesse estudo as pessoas com estomias intestinais, que esteja
devidamente cadastrados no programa de distribuição de equipamentos coletores, com idade a
partir de 18 anos e que relatem possuir vida sexual ativa antes a confecção da estomia.
Serão excluídos os participantes que afirmarem nunca terem tido relação sexual, bem
como aqueles que apresentam doenças mentais que os incapacitem de responder aos
questionários.

4.5 Operacionalização e Instrumentos de coleta de dados


12

A coleta de dados será realizada no período de abril a maio de 2023 e serão aplicados
três instrumentos de coleta de dados. O primeiro, elaborado pelos próprios pesquisadores,
abordará as características sociodemográficas (sexo, idade, data de nascimento, escolaridade,
endereço, telefone, situação conjugal, ocupação, renda, se recebe ajuda de programas sociais,)
e clínicas (se tem interesse na reconstrução intestinal, periodicidade de troca do equipamento
coletor, tipo de exteriorização da estomia, complicações da estomia) dos pacientes
(APÊNDICE – A). Após, será aplicado o instrumento de avalição Quociente Sexual em sua
versão feminina (QS-F) (ANEXO – A) e masculina (QF-M) (ANEXO – B), a depender o
sexo do participante. Estes instrumentos são de fácil manuseio e com linguagem acessível e
levam em conta os vários domínios da função sexual. Ambos os questionários são compostos
por dez questões que deve ser respondida numa escala que varia de 0 a 5; o escore obtido é
multiplicado por dois, resultando em valores que variam de entre 0 e 100, maiores pontuações
indicam melhor desempenho/satisfação sexual. Ressalta-se ainda que os instrumentos foram
elaborados e validados pela médica psiquiatra Carmita Helena Najjar Abdo em 2006 (ABDO,
2006). O terceiro será o instrumento de avaliação de qualidade de vida específico para pessoas
estomizados, City of Hope – Questionário de Qualidade de Vida para Estomizados (COH-
QOL-OQ) (ANEXO – C), em sua versão para português, adaptada e validada no Brasil por
Gomboski em 2010 (SANTOS et al., 2021). O COH-QOL-OQ é composto por 43 itens,
mesurando a qualidade de vida por meio de quatro domínios: bem-estar físico (1 a 11), bem-
estar psicológico (12 a 24), bem-estar social (25 a 36) e bem-estar espiritual (37 a 43). Os
escores de domínio variam de 0 a 10, e escores mais altos indicam melhor qualidade de vida.
As pessoas com estomias intestinais serão convidadas a participarem do estudo
quando forem receber os equipamentos coletores e adjuvantes. Os instrumentos serão
aplicados em local reservado, a fim de minimizar algum desconforto que possa surgir no
preenchimento dos questionários, por abordarem assuntos referentes à intimidade deste.

4.6 Análise dos dados


Os dados serão inseridos em um banco de dados, com dupla entrada em planilha do
Microsoft Excel, a fim de validá-lo para identificação de possíveis erros de digitação. Análise
estatística será realizada utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Science
(SPSS), versão 21.0. As variáveis quantitativas serão apresentadas sob a forma de média,
desvio-padrão, e frequência absoluta e relativa. Será utilizado teste de Kolmogorov-Smirnov
para verificar a normalidade da distribuição das variáveis quantitativas. As variáveis
qualitativas serão analisadas por meio de associações utilizando o teste de Qui-quadrado (ϰ²).
13

Para as comparações entre varáveis quantitativas e qualitativas será utilizado o Teste T


Student para amostras independentes. Nas correlações entre variáveis quantitativas será
utilizado o coeficiente de correlações de Pearson. Será adotado nível de significância em p <
0,05.

4.7 Aspectos Éticos


O projeto de pesquisa será encaminhado a Fundação Municipal de saúde de Teresina a
fim de obter autorização para sua realização mediante a assinatura do Termo de
Consentimento da Instituição (APÊNDICE B). Em seguida, o projeto será submetido ao o
Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) para aprovação e
posterior realização do estudo.
Aos participantes será apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) (APÊNDICE C) de modo a garantir o anonimato e a confidencialidade de
informações pessoais, a privacidade, a proteção da imagem e a não utilização de informações
que possam conferir prejuízos às pessoas envolvidas.
A pesquisa não trará riscos físicos aos seus participantes, entretanto alguns
questionamentos podem causar constrangimento por expor aspectos da sexualidade dos
participantes, entretanto, ressalta-se que as pesquisadoras estarão à disposição para sanar
qualquer dúvida em relação ao estudo, podendo o participante retirar-se da pesquisa a
qualquer momento.
Os benefícios desta pesquisa serão indiretos, uma vez que trarão maior conhecimento
sobre o tema abordado, podendo proporcionar melhorias para a assistência às pessoas com
estomias.
Serão respeitados os preceitos éticos determinados pela Resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde que trata de pesquisa com seres humanos, assegurando que
nenhum sujeito será submetido à pesquisa sem ter garantia de privacidade e ter protegida sua
integridade física e moral, mesmo quando os resultados desta pesquisa forem divulgados sob
qualquer forma (BRASIL, 2012).
14

5 CRONOGRAMA

PERÍODO 2022 2023 2024


MESES M JU SE NO MA M JU SE NO Ma M AG NO
AI L T V R AI L T V r ai O V
ATIVIDA
DES JU AG OU DE AB JU AG OU DE AB JU OU DE
N O T Z R N O T Z R L T Z
Revisão
da X X X X X X X X X X X X X
Literatura
Elaboraçã
o do X
Projeto
Apresenta
ção do X
Projeto
Envio Para
o CEP da
X
Instituição
e UESPI
Coleta de
X X
Dados
Levantame
nto e
X X X X X X X
Análise
dos Dados
Apresenta
ção e
X X X
publicação
dos dados
Submissão
de artigo X X X
científico
15

6 ORÇAMENTO

Materiais Unidade Quant. Valor unitário (R$) Valor Total (R$)


Papel A4 Resma 10 22,50 22,00
Xérox Folha 1000 0,10 10,00
Impressão Folha 300 1,00 300,00
Encadernação Simples Unidade 10 7,00 70,00
Encadernação capa
Capa 03 50,00 150,00
dura
Pen drive Unidade 01 50,00 50,00
Caneta Unidade 30 1,50 45,00
Passagens Unidade 250 4,00 1.000
Tradução
-- 03 400 1200,00
Inglês\Espanhol
Correção Ortográfica -- 03 200,00 600,00
Publicação -- 03 700,00 2100,00
TOTAL 1613 400 7.947,00
Obs.: Todas as despesas serão custeadas pelos pesquisadores.
16

REFERÊNCIAS

ABDO, C. Elaboração e validação do quociente sexual - versão masculina: uma escala para
avaliar a função sexual do homem. Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, v. 63 n.1-2, p.
42-46, 2006.

ABDO, C. Elaboração e validação do quociente sexual, versão feminina: uma escala para
avaliar a função sexual da mulher. Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, v. 63, n. 9, p.
477-482, 2006.

ALBINO, M. P.; FERNANDES, F. DE S.; PERFOLL, R. Sexualidade de mulheres


ostomizadas sob o olhar da Psicologia Corporal. Psicologia Corporal, v. 19, p. 1–14, 2018.

ALVES RCP, et al. A percepção do paciente portador de ostomia com relação a sua
sexualidade. Rev Interd. 2013.Disponível em:
https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/90. Acesso:
20 de mar. de 2022.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Normas envolvendo pesquisas com seres humanos
– Resolução nº 466/2012 - CNS. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

CARDOSO DBR, et al. Sexualidade de pessoas com estomias intestinais. Rev Rene. 2015.
Disponível em: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/2750. Acesso em: 05, de mar. de
2022.
CARDOSO, D. B. R. et al. Sexualidade de pessoas com estomias intestinais. Revista da
Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 16, n. 4, p. 576, 4 ago. 2015.
CRUZ, NS; TAVEIRA, LM. Cotidiano de mulheres colostomizadas e o impacto na
sexualidade. Revista Pró-UniverSUS. v.11, n.2. p.121-128, 2020.

DINIZ, IV, et al. Factors associated to quality of life in people with intestinal stomas. Revista
da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v. 55, 2021. doi:
http://dx.doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2020-0377

BRASIL. Instituto Nacional do Câncer. Cuidados com a sua estomia intestinais urinárias:
orientações ao usuário. Brasília, DF. Instituto Nacional do Câncer, 2010. Disponível em:
http://www2.inca.gov.br/ wps/wcm/connect/cuidadoscomasuaestomia
/site/home/estomia/definicao. Acesso em: 04 de abr. de 2022.

PAULA, Maria Angela Boccara de Paula; PAULA, Pedro Roberto de; CESARETTI, Isabel
Umbelina Ribeiro. Estomaterapia em foco: E o cuidado Especializado. São Caetano do Sul,
SP: Yendis Editora; 2014.

MEDRONHO et al. Epidemiologia. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2008.

MEIRA et al. Repercussões da estomia intestinal na sexualidade de homens: revisão


integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP. v. 73 n. 6, 2020. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0245. Acesso em:20 de mar. de 2022
17

PAULA, MAB; MORAES, JT (org.). Consenso Brasileiro de Cuidados as Pessoas Adultas


com Estomias de Eliminação 2020. São Paulo: Segmento Farma Editores, 2021. 51 p.
Revisão técnica: Vera Lúcia Conceição de Gouveia Santos.

PAULA, MAB; PAULA, PR; CESARETTI, IUR. Estomaterapia em foco e o cuidado


especializado. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora; 2014.

PETERSÉN C; CARLSSON E. Life with a stoma-coping with daily life: Experiences from
focus group interviews. Journal of Clinical Nursing. v. 30, n.15-16, p.2309-2319, 2021.
Disponível em: https://doi.org/10.1111/jocn.15769. Acesso em: 20 de mar. de 2022

SANTOS, V et al. Adaptation of the City of Hope-Quality of Life-Ostomy Questionnaire


From English to Brazilian Portuguese. Journal of Wound, Ostomy and Continence
Nursing. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1097/won.0000000000000727. Acesso em:
26 de fev. de 2022.

SILVA, DG et al. Influência dos hábitos alimentares na reinserção social de um grupo de


estomizados. RevEletrEnferm [Internet]. 2010 [acesso 2022 Jan 15];12(1):56-62. Disponível
em: https://www.fen.ufg.br/revista/v12/n1/ v12n1a07.htm. Acesso em: 26 de fev. de 2022.

VERA et al. Sexualidade e qualidade de vida da pessoa estomizada: reflexões para o cuidado
de enfermagem. Revista Ciências e Saberes, v. 3, n.4, p. 788-793, 2017.

SANTOS, Vera Lúcia Conceição de Gouveia; CESARETTI, Isabel Umbelina Ribeiro.


Assistência em Estomaterapia: Cuidando da Pessoas com Estomias. Atheneu, 2ª Edição, p.
177- 89, 2015.
18

APÊNDICE A-Instrumento de coleta de dados: etapa 1.

Dados Sociodemográfico
Sexo: ( ) M Idade:
Data de Nascimento:
( )F anos.

Endereço:
Bairro / Cidade: Telefone:

Escolaridade:
( ) Analfabeto
( ) Fundamental incompleto
Estado Civil/Situação Conjugal:
( ) Fundamental completo
( ) Solteiro ( ) Médio incompleto
( ) Médio completo
( ) Casado/Amasiado
( ) Superior incompleto
( ) Divorciado ( ) Superior completo
( ) Viúvo ( ) Especialização
( ) Mestrado
( ) Doutorado

Ocupação/Profissão:
Renda:
( ) Do lar
( ) Menos de 1 salário mínimo
( ) Desempregado
( ) 1 a 2 salários mínimos
( ) Estudante
( ) 3 a 5 salários mínimos
( ) Aposentado
( ) Acima de 5 salários mínimos
( ) Auxílio Doença
( ) Desconhece
( ) Autônomo
Recebe ajuda de
( ) Empregado. Em que? _____________________
programa social
( ) Outros. ________________________________
( ) Sim ( ) Não

Tipo de estomia:
( ) Colostomia ( ) Ileostomia
( ) Urostomia ( ) Outros, ___________________
19

Há interesse em reconstruir o trânsito intestinal?


( ) Sim. Se sim, porque? _____________________________________________________
( ) Não, Por que?___________________________________________________________
Periodicidade de troca da bolsa: Exteriorização na parede abdominal:
_______Número de dias. ( ) Em alça (dupla boca)
Comente sobre a troca ( ) Terminal (uma boca)

Complicações da Estomia
( ) Abscessos ( ) Dermatite ( ) Estenose
( ) Herniação ( ) Fistula ( ) Infecção
( ) Retração ( ) Prolapso ( ) Deiscência de sutura
operatória

Observações e comentários: (registre os comentários, dificuldades e esclarecimento de


questionamentos durante a entrevista)
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
__________
20

Instrumento de avalição Quociente Sexual em sua versão feminina


(QS-F) (ANEXO – A) e Quociente Sexual – Versão Feminina (QS-F)
Responda esse questionário, com sinceridade, baseando-se nos últimos seis meses de sua
vida sexual, considerando a seguinte pontuação:

0 = nunca 3 = aproximadamente 50% das vezes


1 = raramente 4 = a maioria das vezes
2 = às vezes 5 = sempre

1. Você costuma pensar espontaneamente em sexo, lembra de sexo ou se imagina


fazendo sexo?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
2. O seu interesse por sexo é suficiente para você participar da relação sexual com
vontade?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
3. As preliminares (carícias, beijos, abraços, afagos etc.) a estimulam a continuar a
relação sexual?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
4. Você costuma ficar lubrificada (molhada) durante a relação sexual?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
5. Durante a relação sexual, à medida que a excitação do seu parceiro vai aumentando,
você também se sente mais estimulada para o sexo?
[]0[]1[]2[]3[]4[]
6. Durante a relação sexual, você relaxa a vagina o suficiente para facilitar a penetração
do pênis?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
7. Você costuma sentir dor durante a relação sexual, quando o pênis penetra em sua
vagina?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
8. Você consegue se envolver, sem se distrair (sem perder a concentração), durante a
relação sexual?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
9. Você consegue atingir o orgasmo (prazer máximo) nas relações sexuais que realiza?
21

[]0[]1[]2[]3[]4[]5
10. A satisfação que você consegue obter com a relação sexual lhe dá vontade de fazer
sexo outras vezes, em outros dias?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5

Aspectos avaliados pelo QS-F

 Desejo e interesse sexual (questões 1, 2, 8)


 Preliminares (questão 3)
 Excitação da mulher e sintonia com o parceiro (questões 4, 5)
 Conforto na relação sexual (questões 6, 7)
 Orgasmo e satisfação sexual (questões 9, 10)

Gabarito

Resultado = padrão de desempenho sexual:

82 - 100 pontos bom a excelente


Como obter o resultado: Somar os pontos
atribuídos a cada questão, subtrair 5 pontos da
62 - 80 pontos regular a bom
questão 7 e multiplicar o total por 2: 2 x (Q1 + Q
2 + Q 3 + Q 4 + Q 5 + Q 6 + [5-Q 7] + Q 8 + Q9 + Q
42 - 60 pontos desfavorável a regular
10) (Q = questão) [5-Q 7] = a questão 7 requer
22 - 40 pontos ruim a desfavorável que se faça previamente essa subtração e que o
resultado entre na soma das questões
0 - 20 pontos nulo a ruim
22

Quociente Sexual – Versão Masculina (QS-M)


Responda esse questionário, com sinceridade, baseando-se nos últimos seis meses de sua
vida sexual, considerando a seguinte pontuação:

0 = nunca 3 = aproximadamente 50% das vezes


1 = raramente 4 = a maioria das vezes
2 = às vezes 5 = sempre

1. Seu interesse por sexo é suficiente para você querer iniciar o ato sexual?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
2. Sua capacidade de sedução dá a você confiança de se lançar em atividade de
conquista sexual?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
3. As preliminares de seu ato sexual são agradáveis e satisfazem você e sua (seu)
parceira(o)?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
4. Seu desempenho sexual varia conforme sua (seu) parceira(o) seja ou não capaz de
se satisfazer durante o ato sexual com você?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
5. Você consegue manter o pênis ereto (duro) o tempo que precisa para completar a
atividade sexual com satisfação?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
6. Após o estímulo sexual, sua ereção é suficientemente rígida (dura) para garantir
uma relação sexual satisfatória?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
7. Você é capaz de obter e manter a mesma qualidade de ereção nas várias relações
sexuais que realiza em diferentes dias?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
8. Você consegue controlar a ejaculação para que seu ato sexual se prolongue o
quanto você desejar?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
9. Você consegue chegar ao orgasmo nas relações sexuais que realiza?
[]0[]1[]2[]3[]4[]5
10. Seu desempenho sexual o estimula a fazer sexo outras vezes, em outras
oportunidades?
[]0[]1[]2[]3[]4[]

Aspectos avaliados pelo QS-M


 Desejo e interesse sexual (questão 1)
 Autoconfiança (questão 2)
 Qualidade da ereção (questões 5, 6, 7)
 Controle da ejaculação (questão 8)
 Capacidade de atingir o orgasmo (questão 9)
23

Gabarito

Resultado = padrão de desempenho sexual:

82 - 100 pontos bom a excelente Como obter o resultado: Somar os pontos


atribuídos a cada questão e multiplicar o total
62 - 80 pontos regular a bom
por 2: 2 x (Q1 + Q 2 + Q 3 + Q 4 + Q 5 + Q 6
42 - 60 pontos desfavorável a regular
+ Q 7 + Q 8 + Q 9 + Q 10) (Q = questão)
22 - 40 pontos ruim a desfavorável

0 - 20 pontos nulo a ruim

Questionário de Qualidade de Vida para Estomizados (COH-QOL-OQ)


24

1. FICA ANSIOSO QUANDO A BOLSA ESTÁ CHEIA?


( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
2. FICA PREOCUPADA SE A BOLSA SE SOLTAR
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
3. SINTO A NECESSIDADE DE SABER ONDE FICA O BANHEIRO MAIS
PRÓXIMO
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
4. FICO PREOCUPADO QUE A BOLSA POSSA CHEIRAR MAL
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
5. FICO PREOCUPADA COM OS BARULHOS QUE O ESTOMA FAZ
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
6. PRECISO DESCANSAR DURANTE O DIA
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
7. A BOLSA LIMITA A ESCOLHAS DE ROUPAS QUE EU POSSA USAR
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
8. SINTO-ME CANSADO DURANTE O DIA
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
9. O ESTOMA NÃO ME FAZ SENTIR SEXUALMENTE ATRAENTE
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
25

( ) Raramente
( ) Nunca
10. DURMO MAL DURANTE A NOITE
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
11. PREOCUPA-ME QUE A BOLSA FAÇA BARULHO
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
12. ME SINTO ENVERGONHADO COM O MEU CORPO POR CAUSA DO MEU
ESTOMA
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
13. É DIFÍCIL PARA MIM PASSAR UMA NOITE FORA DE CASA
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
14. É DIFÍCIL ESCONDER O FATO QUE EU USO UMA BOLSA
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
15. PREOCUPA-ME QUE A MINHA CONDIÇÃO SEJA UM PROBLEMA PARA AS
PESSOAS QUE ME SÃO PRÓXIMAS
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
16. EU EVITO CONTATO FÍSICO MAIS PRÓXIMO COM OS MEUS AMIGOS
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
17. O ESTOMA TORNA DIFÍCIL PARA MIM ESTAR COM OUTRAS PESSOAS
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
26

18. EU TENHO MEDO DE CONHECER NOVAS PESSOAS


( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
19. EU ME SINTO SOZINHO, MESMO QUANDO ESTOU COM OUTRAS PESSOAS
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
20. PREOCUPA-ME QUE A MINHA FAMÍLIA SE SINTA DESCONFORTÁVEL
PERTO DE MIM
( ) Sempre
( ) Algumas vezes
( ) Raramente
( ) Nunca

APÊNDICE C -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.


UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
27

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS


COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) PARA
PACIENTE
Título do estudo: Impacto das estomias de eliminação sobre a sexualidade e qualidade de
vida
Pesquisador responsável: Profª. Drª. Sandra Marina Gonçalves Bezerra
Pesquisador participante: Avandra Alves dos Santos Lima
Instituição/coordenação: Universidade Estadual do Piauí. Centro de Ciências Médicas –
Coordenação de Enfermagem
Telefones para contato: Pesquisador principal: Profª. Drª. Sandra Marina Gonçalves
Bezerra. Telefone para contato: (86) 9 8101-0818 / E-mail: sandramarina@ccs.uespi.br
Pesquisador Participante: Avandra Alves dos Santos Lima. Telefone para contato: (86) 9
9965-6248 / E-mail: avandraalves@gmail.com
Prezado participante: Você está sendo convidado (a) a participar desta pesquisa de forma
totalmente voluntária. Antes de concordar em participar, é muito importante que você
compreenda as informações contidas neste documento, que foi escrito em duas vias, ficando
uma das vias com você e a outra com as pesquisadoras. É importante que você saiba também
que este documento deverá ser assinado ao final e rubricado em todas as páginas por você,
participante da pesquisa, bem como por nós, pesquisadoras. As pesquisadoras deverão
responder todas as suas dúvidas antes que você decida participar. Você tem o direito de
decidir não participar desta pesquisa sem nenhum prejuízo para sua pessoa, bem como tem o
direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem nenhuma penalidade e
sem perder os benefícios aos quais tem direito. Para melhor esclarecer, sujeito de pesquisa, de
acordo com a resolução 466/12, do CNS, é o participante pesquisado (a), individual ou
coletivamente, de caráter voluntário, vedada qualquer forma de remuneração.

Objetivo da pesquisa: Analisar o impacto na sexualidade e qualidade de vida em pessoas


com estomias de eliminação
Procedimentos da pesquisa: serão selecionados os indivíduos que concordarem
voluntariamente em participar deste estudo. Portanto, sua participação é voluntária. Você não
receberá qualquer tipo de pagamento por sua participação, isto é, ela não é obrigatória e você
tem plena autonomia para decidir se quer ou não participar, bem como retirar sua participação
a qualquer momento sem prejuízos. Sua participação nesta pesquisa contará com uma
entrevista com duração em torno de 10 minutos para o preenchimento deste formulário,
respondendo às perguntas referentes aos seus dados pessoais como ocupação, renda
pessoal/familiar, e quantidade de membros da família além dos dados clínicos relacionados a
sua estomias, coleta de dados referentes a sexualidade e qualidade de vida para adaptação a
situação vivenciada.
28

Benefícios: serão indiretos, mas pretende-se contribuir para o autocuidado e sexualidade,


auxiliando no processo de adaptação e integração com a equipe multiprofissional,
proporcionando melhor qualidade de vida a esta população.
Riscos: Os riscos ao participante são mínimos, no entanto a possibilidade de danos às diversas
dimensões do ser humano está presente em qualquer pesquisa ou dela decorrente. Assim, os
riscos aos quais os participantes estão submetidos podem ser imediatos ou tardios, como o
constrangimento por expor dados socioeconômico-demográficos, e por estar com limitações
relacionadas a estar com a estomia. E com isso, nós pesquisadores, com o intuito de
minimizar os riscos, mesmo com o compromisso de manter sigilo a respeito dos dados
obtidos, usaremos códigos numéricos para cada paciente sendo o 001 o número inicial, 002 o
segundo e assim sucessivamente, de forma crescente até a coleta final. E em relação ao risco
de constrangimento, será oferecida uma escuta atenta aos participantes da pesquisa e caso
sintam-se incomodados poderão desistir a qualquer momento, durante a pesquisa ou
posteriormente, até a divulgação dos resultados. Em caso de queixa de dano relacionado a
pesquisa, os pacientes serão informados da exclusão da pesquisa e, nos casos que necessitem
apoio de profissionais, serão providenciados os encaminhamentos para atendimento
especializado. Frente ao exposto, é importante ressaltar que cuidados serão tomados a fim de
prevenir ou aliviar qualquer problema que afete o bem-estar dos participantes desta pesquisa.
Informamos que o pesquisador responsável é obrigado a suspender a pesquisa imediatamente
ao perceber que algum destes riscos ou danos à saúde do participante da pesquisa foi afetado,
e em seguida prestaremos a assistência conforme omesmo. Caso esse dano seja reparado,
posteriormente perguntaremos ao participante se ele ainda tem interesse em retornar para a
pesquisa, caso não tenha, informaremos que o mesmo não fara mais parte do estudo, e assim
excluindo seu cadastro da pesquisa.
Sigilo: Serão garantidas a confidencialidade e a privacidade das informações por você
prestadas, através de um questionário codificado, onde você será identificado por códigos
números, como por exemplo 001, para evitar a sua exposição. E em caso de exclusão do
cadastro/participação, caso o participante queira desistir ou se sentir exposto demais,
usaremos o número do formulário do seu cadastro ou a sua data de nascimento para a
exclusão. Qualquer dado que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados da
pesquisa e o material armazenado em local seguro, garantindo seu sigilo e privacidade.
A qualquer momento, durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar ao
pesquisador informações sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, e poderá ter acesso aos
resultados que poderá ser feito pelos contatos explicitados neste Termo. Os dados coletados
serão mantidos em arquivos de acesso somente à equipe de pesquisa e ao final da pesquisa
guardados, por pelo menos 5 anos, conforme Resolução do CNS 466/2012 e orientações do
CEP UESPI.

Rubrica participante: ______


Rubrica pesquisadora:______
29

Outros direitos: Em adição, informa-se que o participante de pesquisa tem direito à


indenização em caso de dano comprovado decorrente desta pesquisa. Não será oferecido
nenhum tipo de bônus por sua participação e não há previsão de despesas, no entanto, caso
ocorram, você terá direito à ressarcimento. Além disso, o participante da pesquisa tem direito
à acesso aos resultados da pesquisa, podendo buscar as pesquisadoras através do contato
descrito acima, neste documento.

Teresina, ____ de ______________ de 20___.


__________________________________
Assinatura (ou impressão dactiloscópica) do participante

____________________________ ____________________________
Sandra Marina Gonçalves Bezerra Avandra Alves dos Santos
Lima
CPF: 529.491.925-72 CPF: 504.604.043-34
Pesquisadora responsável Pesquisadora participante

O Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (CEP UESPI) tem por
finalidade identificar, definir, orientar e analisar as questões éticas implicadas nas pesquisas
científicas que envolvam seres humanos, individual e/ou coletivamente, direta ou
indiretamente, observando a defesa da integridade e dignidade dos participantes da pesquisa
no desenvolvimento dentro de padrões éticos. Se você tiver alguma consideração ou dúvida
sobre a ética desta pesquisa, entre em contato: Comitê de Ética em Pesquisa da UESPI na Rua
Olavo Bilac, 2335, Centro (CCSUESPI), Teresina-PI; Tel: (86) 3221-4749 ou
comitedeeticauespi@uespi.br

APÊNDICE D – Termo de Compromisso dos Pesquisadores


30

Termo de Compromisso dos Pesquisadores

Eu, Sandra Marina Gonçalves Bezerra, pesquisador responsável pelo Projeto de


Pesquisa “IMPACTO DAS ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO SOBRE A SEXUALIDADE E
QUALIDADE DE VIDA”, junto à pesquisadora auxiliar Avandra Alves dos Santos Lima
declaramos ter total conhecimento do conteúdo do referido projeto e nos comprometemos a
cumprir todos os Termos das Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo
Seres Humanos, especialmente a Resolução 466/12 e complementares, bem como todo
ordenamento jurídico referente ao assunto.
Comprometemo-nos a tornar público todos os resultados desta pesquisa, quer sejam
eles favoráveis ou não. Entregaremos ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Secretaria
Municipal de Saúde de Teresina, o relatório final da pesquisa. Colocaremos, no relatório final,
um resumo com os resultados da pesquisa.
Comprometemo-nos a manter a confidencialidade e sigilo dos dados obtidos, bem
como a privacidade de seus conteúdos, mantendo a integridade moral e a privacidade dos
participantes da pesquisa. Não repassaremos os dados coletados em sua íntegra, ou parte dele,
a pessoas não envolvidas na equipe da pesquisa.
Também nos comprometemos com a utilização das informações obtidas nesta pesquisa
apenas para o cumprimento dos objetivos científicos previstos no projeto. Os dados obtidos na
coleta de dados serão guardados de forma sigilosa, segura, confidencial e privada, por cinco
anos, e depois serão destruídos, por incineração ou por trituração e reciclagem. Ao publicar os
resultados da pesquisa, manteremos o anonimato dos participantes.

Teresina 15 de março de 2023.

___________________________________________________________________________
Sandra Marina Gonçalves Bezerra
Pesquisadora Responsável

___________________________________________________________________________
Avandra Alves dos Santos Lima
Pesquisadora Auxiliar

Você também pode gostar