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Aula 05

Noções de Direito Administrativo (Exceto LRF) p/ IBAMA 2017 (Analista Ambiental) -


Com videoaulas

Professores: Daniel Mesquita, Rodrigo Rennó

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Direito Administrativo p/ IBAMA Analista
Ambiental.
Teoria e exercícios comentados
Prof. Daniel Mesquita Aula 05

AULA 05: Lei n. 8.112/90: Provimento, vacância e estágio


probatório.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO À AULA 05 1

2. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 2

2.1. ESTABILIDADE, ESTÁGIO PROBATÓRIO E PERDA DO CARGO 4


2.2. ESTÁGIO PROBATÓRIO 10
2.3. FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS 15
2.4. VACÂNCIA 42
2.5. REMOÇÃO 46
2.6. REDISTRIBUIÇÃO 50
2.7. SUBSTITUIÇÃO 53

3. RESUMO DA AULA 56

4. QUESTÕES 69

1. REFERÊNCIAS 75

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1. Introdução à aula 05

Nesta aula abordaremos a matéria “9 Lei nº 8.112/1990 e


alterações (Regime jurídico dos servidores públicos civis da União).
Parte II 9.2 Provimento, vacância, remoção, redistribuição e
substituição.”.
Essa aula foi inteiramente atualizada e bombada de informações
relevantes para a sua prova!

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Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as
questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera
da prova!
Chega de papo, vamos a luta!

2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão


instituir, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e
planos de carreira para os servidores da Administração Pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. Veja o art. 39 da
CF:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no


âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para
os servidores da administração pública direta, das autarquias e das
fundações públicas.

Essa é a redação original do texto constitucional e significa que as


pessoas da Administração Direta e Indireta precisavam uniformizar o
regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um único regime para
determinada ordem política.

Esse dispositivo foi alterado pela EC 19/98, para afirmar que não
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era obrigatório o regime jurídico único, passando a admitir diversos


regimes jurídicos distintos para os servidores de um mesmo ente
público (União, Estados e Municípios). Com isso, a definição do regime
dependia da previsão da lei de criação de cada um dos cargos.

Importante ressaltar que essa escolha de regime só era permitida


às pessoas jurídicas de direito público, devendo os servidores das
pessoas jurídicas de direito privado submeter-se ao regime da CLT
necessariamente.

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Contudo, o Supremo Tribunal Federal, no dia 2 de agosto de
2007, concedeu medida cautelar na ADI nº 2135 e suspendeu, até
decisão final da ação, a eficácia da nova redação do dispositivo para
manter a redação original da Constituição, conforme transcrito acima.
Assim, atualmente, a possibilidade de regime múltiplo, de escolha de
regime jurídico distinto para cargos na mesma pessoa jurídica, também
já não é mais possível, ao menos por enquanto.

Os atos praticados com fundamento em leis


eventualmente editadas no período compreendido entre a promulgação
da EC 19/98 e a declaração de inconstitucionalidade pelo STF devem ser
considerados válidos, até o julgamento definitivo da ADIN, pois o
Supremo Tribunal decidiu com efeitos ex nunc, ou seja, a decisão de
inconstitucionalidade proferida pelo STF não anula os atos embasados
por leis editadas anteriormente com fundamento na redação do art. 39,
dada pela EC 19/98.

O regime jurídico único e geral dos servidores civis no âmbito


federal é regulado pela Lei n. 8.112/90, denominada “Estatuto dos
Servidores Públicos Civis da União”.

Vamos entrar, a partir de agora, fundo na Lei n. 8.112/90.

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LEMBRETE IMPORTANTE!!! Em relação ao regime


estatutário, não se esqueça que o STF já reconheceu não existir direito
adquirido à manutenção do regime jurídico, ou seja, ressalvadas as
pertinentes disposições constitucionais impeditivas, o Estado pode
alterar, por edição de uma lei, o regime jurídico de seus servidores,
inclusive suprimindo benefícios e vantagens.

Para deixar mais claro, vamos exemplificar: um servidor federal


submetido à Lei nº 8.112/90 foi investido em cargo público no ano de
1995, época em que a referida lei lhe garantia um adicional por tempo
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de serviço; posteriormente, em 2001, a citada vantagem é revogada;
nesse caso, o servidor deixa de receber o adicional em questão nos
anos posteriores à alteração legal, reconhecendo-se seu direito apenas
em relação ao já incorporados à sua remuneração até a data de
revogação do benefício.

2.1. Estabilidade, estágio probatório e perda do cargo

A estabilidade tem como finalidade principal assegurar aos


ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo uma expectativa
de permanência no serviço público, desde que adequadamente
cumpridas suas atribuições. Consiste em uma garantia constitucional de
permanência no serviço público (e não no cargo).

Efetividade x Estabilidade x Vitaliciedade:

Como orienta a própria jurisprudência do STF, não há que se confundir


efetividade com estabilidade. Aquela é atributo do cargo e não do
servidor público, referindo-se à forma de provimento dependente de
concurso público; trata-se de uma das condições para que o servidor
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adquira a estabilidade. Já a estabilidade (atributo do servidor) é


aderência, integração no serviço público, depois de preenchidas
determinadas condições fixadas em lei, e adquirida pelo decurso de
tempo. O servidor estável pode ser desligado do cargo por meio de
processo administrativo em que assegurado o contraditório, por decisão
judicial, por avaliação periódica de desempenho ou por excesso de
despesa com pessoal (RE 167.635, STF – Segunda Turma, Rel. Min.
Maurício Corrêa, DJ: 07.02.97).

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Ainda, a vitaliciedade não se confunde com os institutos
mencionados, sendo uma garantia de permanência no serviço público
mais segura do que a estabilidade, já que o agente público só pode ser
desinvestido por processo judicial transitado em julgado. É
assegurada a alguns agentes públicos selecionados em razão da
natureza o cargo que ocupam, como, por exemplo, os Magistrados,
Membros do MP, Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas.

1) Segundo entendimento sedimentado na Súmula nº 11 do STF, a


vitaliciedade não impede a extinção do cargo, ficando o
funcionário em disponibilidade, com todos os vencimentos.

2) Além disso, a Súmula nº 36 do STF estabelece que o servidor


vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da
idade.

3) Súmula nº 46 do STF: “Desmembramento de serventia de justiça


não viola o princípio de vitaliciedade do serventuário.”

Você sabia que existem duas modalidades de estabilidade no


serviço público? Não!? Então preste atenção nelas:

a) a prevista no art. 41 da CF, cuja condição primordial para sua


aquisição é a nomeação em caráter efetivo por meio de concurso
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público;

b) a prevista no art. 19 do ADCT, que é um favor concedido àquele


servidor titular de cargo ou emprego admitido sem concurso
público há pelo menos cinco anos continuados antes da
promulgação da Constituição, não se admitindo o cômputo do
tempo prestado em entes diferentes (OBS: não se aplica aos
ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em
comissão). Esse é o famoso “trem da alegria”!!!

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Porém, vamos ater nossos estudos na primeira modalidade, já
que a segunda é uma situação anômala.

A redação original do art. 41 da Constituição Federal previa


que eram estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores
nomeados em virtude de concurso público. Assim, abrangia os
servidores da Administração Pública direta, autárquica e fundacional,
pessoas jurídicas de direito público, independentemente de serem eles
titulares de cargo público ou emprego público. Porém, não abrangia os
empregados de entes governamentais de direito privado.

Isso não vale mais!!! Por isso risquei as expressões acima!

Com o advento da EC nº 19, de 04.06.1998, o referido dispositivo


foi alterado e passou a abranger somente os servidores titulares de
cargo público, ou seja, dessa data em diante, os empregados
públicos, mesmo que admitidos por meio de concurso, não têm mais
direito à estabilidade.

Portanto, Somente os servidores titulares de


cargos de provimento efetivo nomeados em virtude de concurso
público podem adquirir estabilidade. O exercício de cargos em
comissão não gera direito a estabilidade.

Além disso, a partir da EC nº 19/1998, a estabilidade passou a ser


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conferida somente após três anos de efetivo exercício e não mais dois
anos apenas.

E como ficou a situação de quem tinha dois anos completos na


data da promulgação da EC 19/98 ou os que tinham emprego público e
não cargo, professor?

O art. 28 da EC nº 19/98 assegurou aos servidores, nesse caso,


titulares de cargo e emprego públicos, em estágio probatório na data de

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sua edição, o direito de adquirir a estabilidade com somente dois anos
de exercício, conforme garantia a redação original do art. 41 da CF.

Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além


da prévia aprovação em concurso público.

A partir da EC nº 19/1998, passou a ser condição para a aquisição


da estabilidade a aprovação do servidor em uma avaliação especial
de desempenho feita por comissão instituída para esse fim (art. 42,
§4º, CF).

OBS: o STJ já teve oportunidade de decidir que é pressuposto


dessa avaliação especial de desempenho o efetivo exercício do cargo,
não se computando períodos de afastamento.

Essa avaliação tem como objetivo exaltar a eficiência dos


servidores públicos, devendo observar as regras previstas na lei de cada
carreira. Importante lembrar também que, conforme orientação do STJ,
a falta de norma regulamentadora não pode impedir o servidor de
adquirir o seu direito.

A partir do acréscimo desse §4º ao art. 41, CF,


pela EC nº 19/98, podemos afirmar que não existe mais no
Brasil a possibilidade de aquisição de estabilidade por mero
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decurso de prazo, como anteriormente era a regra.

A partir da EC nº 19/98, passaram a ser


requisitos concomitantes para aquisição de estabilidade:

1. concurso público;

2. cargo público de provimento efetivo;

3. três anos de efetivo exercício;

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4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.

A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica-


se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do
vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto
constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º):

1. sentença judicial transitada em julgado;

2. processo administrativo, desde que assegurados o


contraditório e a ampla defesa;

3. insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação


periódica, na forma de lei complementar, assegurados também
o contraditório e a ampla defesa;

4. excesso de despesa com pessoal.

A dispensa por excesso de despesa com pessoal pode ser


feita indiscriminadamente?

Não! Somente se as medidas de redução, em pelo menos 20%,


das despesas com cargos em comissão e funções de confiança e de
exoneração dos servidores não estáveis não forem suficientes para
assegurar a adequação das despesas aos limites fixados na lei
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complementar poderá, então, o servidor estável perder o cargo, desde


que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da
redução de pessoal.

Nesse caso, conceder-se-á ao servidor exonerado uma


indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de
serviço e torna-se obrigatória a extinção do cargo por ele ocupado,

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vedando-se a criação de cargo, emprego ou função com atribuições
iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 anos.

Em todas as hipóteses de extinção do vínculo com


a Administração, o ato deve ser cuidadosamente motivado e observado
o devido processo legal, já que atinge diretamente a órbita do servidor,
devendo ele ter direito a contraditório e ampla defesa. Caso contrário, a
dispensa representará ato arbitrário, ilegal, devendo ser objeto de
anulação.

1. (CESPE – 2015 – MPU - Técnico do MPU - Segurança Institucional


e Transporte) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos
federais, julgue o item subsequente.
O servidor público federal estável, habilitado em concurso público e
empossado em cargo de provimento efetivo, só perderá o cargo em
virtude de sentença judicial transitada em julgado.

Temos na Lei 8.112∕90 no art. 22: O servidor estável só perderá o


cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de
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processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla


defesa.

E na Constituição temos o art. 41:

Art. 41. O servidor público estável só perderá o cargo:


I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, assegurada ampla defesa.

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Assim, vimos que o não será só por sentença judicial transitada em
julgado.
Gabarito – Errado

2. (CESPE -2014/ MTE/ Agente Administrativo) Acerca da disciplina


do funcionalismo público no Brasil, julgue os itens subsequentes no que
tange à disciplina constitucional e à Lei n.º 8.112/1990. Apenas por
meio de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e
títulos, poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e empregos
públicos.

Segundo artigo 37, inciso II, da Constituição Federal: a


investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração

Sendo assim, o item está incorreto, pois os cargos em comissão


não necessitam de concurso.

Gabarito: Errado

2.2. Estágio probatório


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O estágio probatório (em algumas carreiras, denominado


estágio confirmatório) e a estabilidade são institutos jurídicos distintos.
A estabilidade é um direito constitucional para quem possui cargo
público efetivo e será adquirida após três anos de efetivo exercício. A
aprovação no estágio probatório é um dos requisitos para aquisição da
estabilidade, não se confundindo os institutos.

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No estágio probatório são realizadas avaliações periódicas para
avaliar se o servidor se adaptou ao serviço público ou não. Nessas
avaliações, serão analisadas sua aptidão e capacidade para o
desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:

1) assiduidade;

2) disciplina;

3) capacidade de iniciativa;

4) produtividade;

5) responsabilidade.

O Superior Tribunal de Justiça (MS


12.523) sedimentou o entendimento de que o período do estágio
probatório deve ser o mesmo da estabilidade, ou seja, 3 (três)
anos. Apesar de serem institutos diferentes, buscam o mesmo
objeto, devendo, portanto, ter o mesmo tratamento.

Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será


submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do
desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração
dos fatores expostos acima. 06397030466

O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos


de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou
assessoramento no órgão ou entidade de lotação. Entretanto,
somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar
cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4,
ou equivalentes.

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Se o servidor for reprovado no estágio probatório (ou
experimental), caberá exoneração de ofício, desde que assegurado ao
interessado o direito de defesa, consoante entendimento consagrado
pelo STF (AI 623854).

Para os servidores públicos que estão durante o


período de prova, durante o estágio probatório, a dispensa deve ser
motivada e observado sempre o devido processo administrativo,
respeitados o contraditório e a ampla defesa, sob pena de nulidade do
ato.

CUIDADO!!! E se o servidor não aprovado no


estágio probatório for estável??? Ele será reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado. Se esse cargo encontrar-se provido, o
servidor será aproveitado em outro.

Conforme entendimento do STF, a simples


circunstância do servidor público estar em estágio probatório não é
justificativa para demissão com fundamento na sua participação em
movimento grevista por período superior a 30 dias. A ausência de
regulamentação do direito de greve não transforma os dias de
paralisação em movimento grevista
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em faltas injustificadas (RE
226966/RS, STF-Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito,
julgamento: 11.11.2008, DJe: 157, 21.08.2009).

Vale lembrar, ainda, que, com base na Súmula


nº 22 do STF, o estágio probatório não protege o funcionário contra a
extinção do cargo.

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Por fim, uma informação MUITO IMPORTANTE: as licenças e os
afastamentos que o servidor em estágio probatório pode gozar.
É isso mesmo, o servidor em estágio probatório, como ele está em
período de prova, ele não pode gozar de todos os direitos de um
servidor público já aprovado no estágio probatório. Veja a lista das
licenças que você terá direito assim que ingressar no concurso público:

a) por motivo de doença em pessoa da família;

b) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

c) para tratamento da própria saúde;

d) para o serviço militar;

e) atividade política;

f) exercício de mandato eletivo;

g) para estudo ou missão no exterior

h) para servir em organismo internacional de que o Brasil


participe ou coopere

i) curso de formação decorrente de aprovação em concurso


público para outro órgão da administração pública federal.

Antes de ir para as questões, leia com atenção os seguintes


dispositivos da Lei n. 8.112/90, relativos ao estágio probatório:
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Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de


provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte
e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de
avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide
EMC nº 19): AGORA SÃO 3 ANOS!!!
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório,
será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do

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desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa
finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva
carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores
enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei
nº 11.784, de 2008
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou,
se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o
disposto no parágrafo único do art. 29.
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos
de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento
no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão
ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento
em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis
6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas
as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e
96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente
de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública
Federal. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os
afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na
hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do
término do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

3. (CESPE – 2013 – TRT10ª região- Técnico Judiciário) Os servidores


ocupantes de cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração, desde que não ocupem também cargo efetivo, submetem-
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se ao regime geral de previdência social.


O Art. 40, § 13 dispõe que: Ao servidor ocupante, exclusivamente,
de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se
o regime geral de previdência social.
Chamamos atenção para o fato de que o regime próprio de
previdência dos servidores públicos, no âmbito das pessoas federativas,
abrange tão só os ocupantes de cargos EFETIVOS, ou seja, não alcança
os que ocupem, EXCLUSIVAMENTE, cargos em comissão ou
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temporários, que estarão ligados ao Regime GERAL de Previdência
Social.
Item Correto!

2.3. Formas de provimento dos cargos públicos

Provimento é o ato administrativo por meio do qual é preenchido


o cargo público, com a designação de seu titular; é atribuir um cargo a
uma determinada pessoa. Os cargos públicos podem ser de provimento
efetivo ou de provimento em comissão.

E como será feito o provimento do cargo público?? Mediante


ato da autoridade competente de cada Poder.

São várias as formas de provimento, veremos todas as previstas


na Lei n. 8.112/90 abaixo. Mas, saiba desde já que a forma originária
de provimento é a nomeação. Assim, nunca perca de vista essa relação:

PROVIMENTO – NOMEAÇÃO!

Depois que você é nomeado para um cargo público é que você vai
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ser investido nesse cargo e essa investidura se dá com a posse.

INVESTIDURA – POSSE!

Não esqueça e não confunda!!! Com a nomeação


tem-se o provimento e com a posse faz-se a investidura!!!

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Sobre a nomeação quero destacar a repercussão geral sobre o
direito à nomeação de candidato aprovado fora do número de vagas.
Veja o posicionamento do STF Recurso Extraordinário (RE) 837311:

“O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso


para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior,
não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses
de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração,
caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público
capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado
durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma
cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do
candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes
hipóteses:

1 – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas


dentro do edital;

2 – Quando houver preterição na nomeação por não observância


da ordem de classificação;
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3 – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso


durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de
candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração
nos termos acima.”

Sobre esse julgado você precisa saber que:

O candidato dentro do prazo de validade do concurso tem direito


a nomeação, mas só se ocorrer preterição arbitrária e imotivada por
parte da Administração.

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A investidura em cargo público ocorrerá com a posse


(art. 7º da Lei n° 8.112/90). A posse dar-se-á pela assinatura do
respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres,
as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não
poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes,
ressalvados os atos de ofício previstos em lei. Portanto, a posse nada
mais é que a aceitação das atribuições do cargo pelo servidor e o
momento em que se forma a relação jurídica com a Administração, o
vínculo estatutário, que se denomina investidura.

Contudo, muita atenção, só se pode falar em posse


nos casos de provimento de cargo por nomeação (nas demais formas
de provimento não há posse). Inclusive, segundo a jurisprudência do
STF, o servidor público nomeado para um cargo goza do direito
subjetivo à posse, conforme dispõe a Súmula nº 16.

A Lei n° 8.112/90 afirma que são requisitos básicos


para a investidura em cargo público:

 a nacionalidade brasileira;

 o gozo dos direitos políticos; 06397030466

 a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

 o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

 a idade mínima de dezoito anos;

 aptidão física e mental.

O rol descrito acima não exaustivo, já que as


atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos,
desde que estabelecidos em lei.
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Com a leitura atenta desses requisitos básicos, você pode me


fazer duas perguntas: E o exame psicotécnico, não é requisito,
professor? E os estrangeiros, podem ser servidores públicos?

A primeira pergunta tem sua resposta na Súmula nº 686 do STF,


segundo a qual, só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a
habilitação de candidato a cargo público. Assim, se não houver previsão
legal de que para entrar naquele cargo será necessário realizar o
psicotécnico, o órgão não poderá incluir esse exame dentre as fases do
concurso.

Com relação ao estrangeiro, em regra, ele não pode ocupar


cargos públicos. A lei só ressalva a situação do professor, técnico ou
cientista nas universidades e instituições de pesquisa científica e
tecnológica federais.

Ainda com relação ao provimento, não podemos nos esquecer da


situação dos portadores de deficiências. Quanto a eles, o art. 37,
VIII, da Constituição Federal, dispõe que a lei reservará percentual dos
cargos e empregos públicos para essas pessoas e definirá os critérios de
sua admissão.
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A Lei nº 8.112/90 prevê esse percentual da seguinte forma, em


seu art. 5º:

§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se


inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras;
para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das
vagas oferecidas no concurso.

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Veja que a lei autoriza a reserva de até 20% das vagas aos
portadores de necessidades especiais.

Para a Súmula nº 377 do STF, o portador de visão


monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas
reservadas aos deficientes.

Aqui você já deve ir se preparando, meu amigo, não para o


concurso, mas para saber o que você deverá fazer depois que for
aprovado!

Depois de sua nomeação, publicada no diário oficial, você terá


30 dias para tomar posse. Descumprido esse prazo, a sua nomeação
será tornada sem efeito. Se você quiser, você poderá passar uma
procuração específica para alguém fazer isso por você (mas você não
vai perder esse gostinho, não é?)

No ato da posse, você deverá apresentar:

a) declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio; e

O objetivo dessa declaração é acompanhar sua evolução


patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode
caracterizar improbidade administrativa.

b) declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo,


emprego ou função pública. 06397030466

Isso para evitar acumulações ilegais.

Além disso, antes de tomar posse você deverá se submeter a uma


inspeção médica oficial. Você só vai ser empossado se for julgado apto
física e mentalmente para o exercício do cargo.

Depois da nomeação e da sua posse, você vai entrar em


exercício. No exercício, você vai, efetivamente, meter a mão na
massa!

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O prazo para você entrar em exercício será de 15 dias, contados
da data da posse.

E se você descumprir esse prazo?

Meu amigo, aí você fará a maior ca.... de sua vida! Pois o servidor
que não cumpre o prazo para entrar em exercício é exonerado do
cargo (ou tornada sem efeito a designação para a função de
confiança).

No caso daquele que foi designado para função de confiança, o


exercício não é em 15 dias, mas no mesmo dia da publicação do ato
de designação, sob pena de o ato ficar sem efeito. Estando o servidor
impedido em razão de licença ou afastamento, a entrada em exercício
deve ocorrer no primeiro dia após o término do impedimento, que não
pode exceder 30 dias.

No caso de servidor que tenha exercício em outro


município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado,
cedido ou posto em exercício provisório, terá, no mínimo, dez e, no
máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a
retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído
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nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.

Temos a seguinte sequência para o provimento


em cargo efetivo:

Concurso – nomeação – 30 dias para posse – posse – 15 dias


para exercício – exercício.

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Prazos para o exercício, depois de tomar posse:

Regra geral 15 dias

Função de confiança Mesmo dia da designação

Exercício em outro município De 10 a 30 dias

Não vá para a prova sem ler com ATENÇÃO MÁXIMA os seguintes


dispositivos da Lei n. 8.112/90:

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual


deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos
inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente,
por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação
do ato de provimento.
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do
ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou
afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e
"f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
nomeação.
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e
valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou
não de outro cargo, emprego ou função pública.
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não
ocorrer no prazo previsto no § 1odeste artigo.
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Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção


médica oficial.
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto
física e mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo
público ou da função de confiança.
§ 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo
público entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o
ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício
nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.
§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for
nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício.
§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a
data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em
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licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá
no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder
a trinta dias da publicação.
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício
serão registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao
órgão competente os elementos necessários ao seu assentamento individual.

Aprofundando no estudo do provimento, devemos estudar ainda


que ele pode ser originário ou derivado.

1. Provimento ORIGINÁRIO (também denominado


autônomo): preenchimento de classe inicial de cargo não
decorrente de qualquer vínculo anterior entre o servidor e a
administração. Para os cargos efetivos, depende sempre de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas
e títulos. A única forma de provimento originário é a
nomeação.

2. Provimento DERIVADO: preenchimento de cargo decorrente


de vínculo anterior entre o servidor e a administração. Nesse
caso, não há concurso público ou nomeação. As formas de
provimento derivado são: promoção, readaptação, reversão,
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aproveitamento, reintegração e recondução (cada uma delas


será abordada abaixo).

Conforme leciona Fernanda Marinela, esse provimento pode


ser:

a) Vertical: atribuição de um novo cargo a um servidor, dentro


da mesma carreira, mas que representa uma progressão
funcional, uma ascensão em sua vida profissional.
Atualmente, a única forma de provimento derivado vertical

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é a promoção, já que a ascensão (também chamada de
transposição ou acesso) foi revogada, pois permitia o
provimento do servidor público para um cargo de uma
carreira diferente da sua, sem prévia aprovação em
concurso público.

b) Horizontal: ocorre a mudança de cargo que não caracteriza


progressão, crescimento profissional. Atualmente, a única
forma de provimento derivado horizontal é a readaptação,
já que a transferência (passagem do servidor estável de
cargo efetivo para outro de igual denominação, pertencente
a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do
mesmo Poder) foi revogada.

c) Por reingresso: garante o retorno do servidor por meio de


reintegração, recondução, reversão e aproveitamento.

O provimento ainda pode ser classificado, quanto à sua


durabilidade, em efetivo, vitalício e em comissão.

1. Provimento EFETIVO: faz-se em cargo público, mediante


nomeação por concurso público, assegurando ao servidor, após
3 anos de exercício, o direito de permanência no cargo
(estabilidade), do qual só pode ser destituído por sentença
judicial, por processo administrativo em que seja assegurada
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ampla defesa ou por procedimento de avaliação periódica de


desempenho, também assegurado o direito de ampla defesa.

2. Provimento VITALÍCIO: faz-se em cargo público, mediante


nomeação, assegurando ao funcionário o direito à permanência
no cargo, do qual só pode ser destituído por sentença judicial
transitada em julgado. OBS: somente é possível com
relação a cargos que a Constituição Federal define como
de provimento vitalício, uma vez que a vitaliciedade
constitui exceção à regra geral da estabilidade.

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Na CF/88, são vitalícios os cargos dos membros da
Magistratura, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.

3. Provimento EM COMISSÃO: faz-se mediante nomeação para


cargo público, independentemente de concurso e em caráter
transitório. Somente é possível com relação aos cargos que a
lei declara de provimento em comissão.

Nesse ponto, importante a análise da Súmula nº 685 do STF:

STF Súmula nº 685 É inconstitucional toda modalidade de provimento


que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira
na qual anteriormente investido.

Diante da redação dessa súmula, duas outras formas de


provimento derivado anteriormente previstas, a ascensão e a
transferência, foram extintas. Veja, nesse sentido, a atual redação
do art. 8º da Lei n° 8.112/90:

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:


I - nomeação;
II - promoção;
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
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IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997) (Revogado


pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - readaptação;
VI - reversão;
VII - aproveitamento;
VIII - reintegração;
IX - recondução.

Hoje fala-se também na inconstitucionalidade da transposição


(alteração de denominação do cargo para equiparar a outro cargo de
categoria superior), por essa mesma razão.

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Nos termos da jurisprudência do STF, é possível ao servidor
estável aprovado para outro cargo, dentro do período de estágio
probatório, optar pelo retorno ao antigo cargo, se assim desejar.

Veja alguns tipos de provimento.


Analisaremos cada um deles:

 Nomeação: É a forma exclusiva de provimento originário.


Podendo ser em caráter de comissão, tornando dispensável o
concurso público. Ou pode ser por precedido de concurso, onde
terá caráter efetivo. Com relação ao concurso, você deve se
lembrar de que ele terá validade de até 2 anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período, e não se abrirá
novo concurso enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade não expirado.

No que tange ao momento em que será praticada, a nomeação


é um ato discricionário, porque cabe ao Administrador escolher
o melhor momento, desde que respeitados o prazo de validade
do concurso e a ordem de classificação dos candidatos.

 Promoção: Refere-se ao progresso do servidor, ingressando


numa posição mais elevada que a anteriormente ocupada,
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dentro da mesma carreira. Para ter esse direito, o servidor


deverá preencher requisitos previstos em lei para cada
carreira, podendo ter como base critérios de antiguidade ou
merecimento.

Como podemos ver, pressupõe a existência de cargos


escalonados em carreira.

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A promoção não interrompe o tempo de exercício,


que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da
data de publicação do ato que promover o servidor.

ATENÇÃO!!! Alguns estatutos de servidores fazem


distinção entre promoção e progressão. Em regra, ocorre
promoção quando o servidor muda de um cargo para outro,
com conseqüente mudança de classe. Por outro lado, na
progressão, ele mantém-se no mesmo cargo, tendo uma
mudança somente de padrão, com conseqüente acréscimo nos
vencimentos.

A EC nº 19/98 introduziu uma nova exigência


como requisito para a promoção (art. 39, §2º, da CF): a
participação em cursos de formação e aperfeiçoamento em
escolas de governo. Porém, em razão das dificuldades da
Administração Pública, prevalece a orientação para que essa
regra só passe a ser aplicada depois que as escolas estiverem
à disposição dos servidores, seja pela sua criação ou por meio
da celebração de convênios com instituições especializadas.
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 Readaptação: Ocorre na situação em que o servidor ocupa


cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma debilidade,
necessitando de um novo cargo que se adeque a sua limitação.
Ou seja, é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em
inspeção médica. A readaptação será efetivada em cargo de
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de

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escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de
inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Cuidado!!! Se a limitação gerar uma


incapacidade para o serviço público, o servidor deverá
ser aposentado e não readaptado.

É instituto que se destina apenas aos servidores


efetivos, não se estendendo aos ocupantes de função
comissionada, sem vínculo com a Administração Pública
Federal (AgRg no REsp 749852/DF, STJ-Sexta Turma, Rel. Min.
Paulo Gallotti, julgamento: 09.02.2006, DJ 27.03.2006).

Vale lembrar da Súmula nº 566 do STF:


“Enquanto pendente, o pedido de readaptação fundado em
desvio funcional não gera direitos para o servidor,
relativamente ao cargo pleiteado”.

Para decorar, grave essa imagem:

06397030466

fonte:
www.trabalhosescolares.net

Agora, leia a lei:

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e

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responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será
aposentado.
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins,
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de
vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá
suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.(Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

 Reintegração: Quando o servidor estável é demitido e é


comprovado que a sua demissão não foi válida (seja por
decisão judicial ou administrativa), retornando a sua atividade,
com ressarcimento de todas as vantagens que possuía
anteriormente. Caso o cargo que ocupava o reintegrado tenha
sofrido alguma transformação, o seu retorno deve ocorrer para
o cargo resultante da transformação. Na hipótese de o cargo
ter sido extinto quando do retorno, o servidor ficará em
disponibilidade. Se o cargo já estiver provido, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto
em disponibilidade (perceba que o privilégio é para aquele que
está sendo reintegrado!).

Perceba que se trata de situação em que o


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servidor havia sido demitido, ou seja, aplicou-se a penalidade


de demissão após instauração de processo administrativo
disciplinar, e não exonerado. Daí, posteriormente, a demissão
foi declarada inválida.

“Consoante entendimento do STJ, a


anulação do ato de demissão do servidor, com a respectiva
reintegração, tem como conseqüência lógica a recomposição
integral dos direitos do servidor demitido, em respeito ao
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princípio da restitutio in integrum. A declaração de nulidade do
ato de demissão deve operar efeitos ex tunc, ou seja, deve
restabelecer exatamente o status quo ante, de modo a
preservar todos os direitos do indivíduo atingido pela
ilegalidade” (AgRg no Ag 975659/SC, STJ-Sexta Turma, Rel.ª
Min.ª Jane Silva, julgamento 26.08.09, DJe: 15.09.2008). O
marco inicial para contagem dos efeitos patrimoniais é a data
de publicação do ato impugnado (MS 13193/DF, STJ-Terceira
Seção, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgamento:
25.03.2009, DJe: 07.04.2009).

Compete à Justiça Federal processar e julgar o pedido de


reintegração em cargo público federal, ainda que o servidor
tenha sido dispensado antes da instituição do regime jurídico
único (Súmula nº 173 do STJ).

Para se lembrar do que é a reintegração, grave essa imagem:

06397030466

Fonte: maxresdefault.jpg

Agora, leia a lei:

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo


anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens.
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em
disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em
outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

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 Aproveitamento: Quando o servidor estável retorna a sua
atividade e recebe os seus vencimentos conforme o seu cargo
anterior que por algum motivo foi considerado extinto, ou de
atribuição inapropriada.

Garante ao servidor estável a possibilidade


de retornar à atividade quando em disponibilidade e surgir uma
vaga. Importante lembrar que disponibilidade é o ato pelo qual
o Poder Público transfere para a inatividade remunerada, com
pagamento de vencimentos integrais do cargo (Súmula nº 358
do STF), servidor estável cujo cargo venha a ser extinto,
declarada a sua desnecessidade ou, ainda, ocupado em
decorrência de reintegração, sem que o desalojado pudesse ser
reconduzido.

Saiba que o aproveitamento é obrigatório, o que garante que o


servidor não ficará indefinidamente em disponibilidade.
Entretanto, à falta de lei, funcionário em disponibilidade não
pode exigir, judicialmente, o seu aproveitamento, que fica
subordinado ao critério de conveniência da administração.

Além disso, o aproveitamento deve ocorrer em cargo de


atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado.
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Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a


disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
legal, que é de 15 dias, salvo doença comprovada por junta
médica oficial.

Aqui uma imagem interessante:

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Fonte: indicae.blogspot.com

ACOORRDDAA SERVIDOR! VOCÊ ESTAVA EM


DISPONIBILIDADE, AGORA FOI APROVEITADO!! VAI
TRABALHAR!!!!

Agora, leia a lei:

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á


mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado.
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o
imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a
ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor
posto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão
central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o
seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. (Parágrafo
incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo
doença comprovada por junta médica oficial.
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 Reversão: é o retorno à atividade de servidor aposentado por


invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes
os motivos da aposentadoria (os motivos que justificavam a
aposentadoria podem nunca ter existido e por erro ter sido
concedido o benefício ou podem ter desaparecido por simples
superação do servidor). É também o retorno à atividade do
servidor estável, aposentado voluntariamente, que tenha
requerido a reversão e desde que haja cargo vago, a
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aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores à
solicitação e seja de interesse da administração.

O servidor que retornar com esse fundamento perceberá, em


substituição aos proventos de aposentadoria, a remuneração
do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens
pessoais. OBS: o servidor que for revertido a pedido somente
terá os proventos calculados com base nas regras atuais se
permanecer 5 anos no cargo.

Nesses casos, o servidor deve retornar para o mesmo cargo


(cargo de origem) ou para cargo resultante de eventual
transformação.

Se o cargo estiver ocupado, o servidor poderá exercer suas


funções como excedente até que surja uma vaga. OBS:
Atenção!!! Essa regra não se aplica à reversão a pedido porque
a existência de cargo vago é uma condicionante para seu
deferimento.

O tempo em que o servidor estiver em exercício será


considerado para concessão da aposentadoria.

Cuidado!!! Essa forma de reingresso não pode


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ser aplicada quando o servidor já tiver completado 70


anos, em razão da aposentadoria compulsória.

Veja a imagem:

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fonte: marcioantoniassi.wordpress.com

Agora, leia a lei:

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:


I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os
motivos da aposentadoria; ou
II - no interesse da administração, desde que:
a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à
solicitação;
e) haja cargo vago.
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de
sua transformação.
§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado
para concessão da aposentadoria.
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor
exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da administração
perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração
do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza
pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos
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calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos
no cargo.
§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70
(setenta) anos de idade.

 Recondução: A lei define de forma bem clara:

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente


ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

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II - reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será
aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

O servidor reconduzido em razão da reintegração do


anterior ocupante do cargo não tem direito à indenização.

Estando o dito cargo de origem ocupado, o servidor poderá


ocupar um outro cargo equivalente que existir vago ou, em
último caso, ficar em disponibilidade.

1) É reconhecida a possibilidade de recondução ao cargo de


origem nas hipótese em que o servidor estável não tem
mais interesse no novo cargo ocupado. Assim, desistindo
do novo cargo durante o estágio probatório, poderá pedir a
recondução e retornar ao cargo de origem. Esse pedido
deve ser apresentado antes da conclusão do estágio
probatório do novo carho, porque enquanto ele não for
confirmado, não estará extinta a situação anterior (MS
24543/DF, STF-Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso,
julgamento: 21.08.2003, DJ: 12.09.2003 e MS 8339/DF,
STJ-Terceira Seção, 06397030466

Rel. Min. Hamilton Carvalhido,


julgamento: 11.09.2002, DJ: 16.12.2002).

2) Os institutos da vacância e da recondução têm por


finalidade garantir ao servidor público federal sua
permanência na esfera do serviço público, sem, com isso,
tolher o inalienável direito de buscar sua evolução
profissional. Por isso, sob pena de afronta ao princípio da
isonomia, deve a regra dos arts. 29, I, e 33, VIII, da Lei nº
8.112/90 ser estendida às hipóteses em que o servidor

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público pleiteia a declaração de vacância para ocupar
emprego público federal, garantindo-lhe, por conseguinte,
se necessário, sua recondução ao cargo de origem (Resp
817061/RJ, STJ-Quinta Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves
Lima, julgamento: 29.05.2008, DJ: 04.08.2008).

4. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Acerca de ato administrativo e agentes públicos, julgue
o item subsecutivo. Promoção e readaptação são formas de provimento
em cargo público.
O art. 8° estabelece que: “Art. 8o São formas de provimento de
cargo público: I - nomeação; II - promoção; V - readaptação; VI -
reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX –
recondução”.
Gabarito: Certo.

5. (CESPE-2015-FUB-Assistente em Administração) Considere que


determinado servidor público tenha sido investido em novo cargo,
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compatível com as suas limitações decorrentes de acidente de trânsito.


Nessa situação, é correto afirmar que o referido servidor está em
provimento originário.

Este é um caso de readaptação, que é ocorre na situação em que o


servidor ocupa cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma
debilidade, necessitando de um novo cargo que se adeque a sua
limitação.

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Lembre-se que a readaptação é uma forma de provimento derivado
horizontal (ocorre a mudança de cargo que não caracteriza progressão,
crescimento profissional. Atualmente, a única forma de provimento
derivado horizontal é a readaptação).

Gabarito: Errado.

6. (CESPE - 2015-TCU- Técnico Federal de Controle Externo) O prazo


de validade de concurso público é de até dois anos, podendo ele ser
prorrogado enquanto houver candidatos aprovados no cadastro de
reserva.

Com relação ao concurso, você deve se lembrar de que ele terá


validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
igual período, e não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. A
aprovação é dentro do número de vagas, seria bom demais se fosse
pelo número de aprovados no cadastro reserva, não é mesmo?

Gabarito: Errado

7. (CESPE -2014- ANTAQ - Nível Superior) Reintegração é o retorno


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do servidor aposentado à atividade, no mesmo cargo em que tenha sido


aposentado ou em cargo equivalente.

Reversão: é o retorno à atividade de servidor aposentado por


invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os
motivos da aposentadoria.

Gabarito: Errado

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8. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) A investidura
em cargo público ocorrerá com a nomeação do servidor, após
aprovação em concurso público.

Atenção!!! A investidura em cargo público ocorrerá com a posse


(art. 7º da Lei n° 8.112/90).

Gabarito:Errado.

9. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) Após a


investidura no cargo, se realizar tarefas além daquelas relacionadas ao
seu cargo, o servidor poderá solicitar ao seu superior hierárquico
alteração das suas atribuições, independentemente de manifestação
favorável, em relação ao pleito, de autoridade maior.

Como já falamos, a posse dar-se-á pela assinatura do respectivo


termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não
poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes,
ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

Gabarito: Errado.

10. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administração) Para


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os servidores públicos estáveis, uma das hipóteses de perda do cargo é


a extinção deste.

De acordo com o art. 41, III, da Constituição, caso extinto o cargo


ou declarada a sua desnecessidade, o servidor fica em disponibilidade,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

Gabarito: Errado.

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11. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administração) Por
questão de soberania nacional, os estrangeiros não poderão ter acesso
a cargos públicos de caráter efetivo, mas poderão exercer funções
públicas para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público.

Em regra, o estrangeiro não pode ocupar cargos públicos. A lei só


ressalva a situação do professor, técnico ou cientista nas universidades
e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais.

Gabarito: Errado.

12. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo)


Professor estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo
público em universidade federal somente poderá atuar como professor
visitante, visto que a investidura em cargo público é restrita a
brasileiros natos ou naturalizados.

Em regra, o estrangeiro não pode ocupar cargos públicos. Mas


muita atenção quando aparecer a palavra SOMENTE. A Constituição
Federal prevê em seu art. 37, I, que os cargos, empregos e funções
públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Uma lei que prevê a provimento de cargo público por estrangeiros é a
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8.112/90. Em seu art. 5°, § 3º, dispõe que “as universidades e


instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover
seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de
acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.".

Gabarito: Errado.

13. (CESPE - 2013 - MPU - Técnico - Tecnologia da Informação


e Comunicação) A Constituição Federal de 1988 (CF) não restringe o

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acesso aos cargos públicos a brasileiros que gozam de direitos políticos,
admitindo que cargos, empregos e funções públicas sejam preenchidos
por estrangeiros, na forma da lei.

De fato, a CF não restringe o acesso aos cargos públicos a


brasileiros que gozam de direitos políticos. Em seu art. 37, I, o acesso
aos cargos públicos de estrangeiros “na forma da lei”.

Gabarito: Correto.

14. (CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) Com


referência ao processo administrativo e à Lei n.o 8.112/1990, cada um
dos próximos itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva que deve ser julgada à luz do entendimento do STJ.

Um servidor público federal foi demitido após o devido processo


administrativo. Contra o ato de demissão ele ajuizou ação judicial, na
qual obteve decisão favorável à sua reintegração no cargo, em
decorrência da nulidade do ato de demissão. Nessa situação, o servidor
reintegrado não terá direito ao tempo de serviço, aos vencimentos e às
vantagens que lhe seriam pagos no período de afastamento.

Vimos que quando o servidor estável é demitido é comprova que


a sua demissão não foi valida (seja por decisão judicial ou
administrativa), retornando a sua atividade, com ressarcimento de
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todas as vantagens que possuía anteriormente. Ademais, a


jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que “o servidor público
reintegrado ao cargo, em virtude da declaração judicial de nulidade do
ato de demissão, tem direito aos vencimentos e às vantagens que lhe
seriam pagos durante o período de afastamento". (STJ, REsp
1.372.643-AgRg/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin).

Gabarito: Errado.

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15. (CESPE – 2015 – FUB - Conhecimentos básicos) Maria,
servidora pública federal estável, integrante de comissão de licitação de
determinado órgão público do Poder Executivo federal, recebeu
diretamente, no exercício do cargo, vantagem econômica indevida para
que favorecesse determinada empresa em um procedimento licitatório.
Após o curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada
a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de
demissão.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com
base na legislação aplicável ao caso.
Caso a penalidade aplicada seja posteriormente invalidada por meio de
sentença judicial, Maria deverá ser reintegrada ao cargo anteriormente
ocupado.
Pessoal, observe o art. 28, da lei 8.112/90:

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo


anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens
Gabarito – Certo.

16. (CESPE – 2014 – MEC - Analista Processual) Embora a


Constituição Federal não assegure o direito à estabilidade no serviço
público ao servidor em estágio probatório, a demissão ou a exoneração
desse servidor não prescinde de processo administrativo no qual se
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apure a sua capacidade para o exercício do cargo.


Pessoal, nada melhor do que o posicionamento do
Supremo Tribunal Federal para respondermos essa questão não é
mesmo? Sendo assim, veja as sumulas que contribuem para a assertiva
acima:
Súmula 20 – “É necessário processo administrativo, com ampla defesa,
para demissão de funcionário público admitido por concurso”.

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Súmula 21 – “Funcionário em estágio probatório não pode ser
exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais
de apuração de sua capacidade”.
Deixo ainda a explicação para nunca mais confundirem:
Prescindir = dispensar / Não prescindir = não dispensa.
Gabarito – Certo.
17. (CESPE – 2014 - Câmara dos Deputados - Analista
Legislativo - Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira) Com
referência aos agentes públicos e ao regime jurídico que regulamenta
as relações entre os servidores públicos e a administração, julgue o
item que segue.
Considere a seguinte situação hipotética.
Um servidor público federal efetivo, destro, cuja principal tarefa estava
relacionada à montagem manual de documentação em processos de
compras públicas, após se envolver em acidente, sofreu amputação da
mão direita, e isso inviabilizou a prática da atividade até então exercida
por ele.
Nessa situação hipotética, em seu retorno ao trabalho, o referido
servidor deverá ser redistribuído.
Essa questão é muito boa de se responder pessoal. Observem o diz o
art. 24 da lei 8.112/90:
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
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sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.


§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será
aposentado.
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins,
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de
vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor
exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
Gabarito – Errado.
18. (CESPE – 2014 – SUFRAMA - Nível Superior) Julgue o item
que se segue, relativos aos agentes públicos, aos poderes
administrativos e à responsabilidade civil do Estado.

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Se um candidato lograr êxito em concurso público, mas, dias antes da


posse, for acometido por dengue que o impossibilite de comparecer
pessoalmente para o referido ato, a posse poderá dar-se mediante
procuração específica firmada pelo candidato.
Essa questão já caiu muito em concurso público e se cair na sua prova,
você não vai errar não é mesmo? Então leia atentamente o art. 13 da
lei 8.112/90 que estabelece:
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício
previstos em lei.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do
ato de provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato
de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou
afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e
"f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
Gabarito – Certo.
19. (CESPE – 2014 - PGE-BA - Prova: Procurador do Estado) De
acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), a
administração pública está obrigada a nomear candidato aprovado em
concurso público dentro do número de vagas previsto no edital do
certame, ressalvadas situações excepcionais dotadas das características
de superveniência, imprevisibilidade e necessidade.
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Essa questão está de acordo com o entendimento do STF, na súmua nº


15, que dispões da seguinte forma:
Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o
direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da
classificação.
Gabarito – Certo.

2.4. Vacância

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De acordo com a visão Di Pietro “É o fato administrativo-funcional
que indica que determinado cargo público não está provido, ou em
outras palavras está sem titular.” O servidor, por não ocupar mais o seu
cargo, torna-o vago, colocando a disposição de outra pessoa. Exemplos
de vacância seria a exoneração, a demissão, a promoção
(considerando, por óbvio, o cargo anteriormente ocupado),
readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo não passível de
acumulação e o falecimento.

1) Exoneração: ocorre quando a dissolução do vínculo entre o


servidor e a administração se dá SEM caráter punitivo.

A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor


ou de ofício.

Será de ofício em 2 casos:

a) Não satisfeitas as condições do estágio probatório;

b) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entra em


exercício no prazo legal (em regra, 15 dias).

No caso de cargo em comissão ou função de confiança, a


exoneração/dispensa dar-se-á a juízo da autoridade
competente (é a chamada exoneração ad nutum, já que
independe de qualquer motivação) ou a pedido do próprio
servidor. 06397030466

2) Demissão: forma de penalidade disciplinar, aplicável nas


situações previstas no art. 132 da Lei nº 8.112/90.

Quando a conduta motivadora do agente importar em lesão


aos cofres públicos, aplicação irregular de dinheiro público,
corrupção ou improbidade administrativa, a demissão será
seguida da indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao
erário.

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3) Promoção: vista anteriormente como uma das formas de
provimento derivado vertical; uma vez promovido o servidor,
abre-se vaga para o cargo anteriormente ocupado.

No âmbito federal, caberá à lei que fixar as diretrizes do


sistema de carreira na Administração Pública Federal
estabelecer os requisitos para o ingresso e o desenvolvimento
do servidor na carreira, mediante promoção.

4) Readaptação: vista anteriormente como uma das formas de


provimento derivado por reingresso; o servidor readaptado
passará a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas
novas limitações, deixando o anterior vago para ser ocupado
por outro servidor que preencha os requisitos de capacidade
física ou mental.

5) Aposentadoria: ocorre quando o servidor passa para a


inatividade, configurando um direito do servidor, desde que
preenchidos os requisitos específicos para cada caso.

Modalidades: voluntária; compulsória; por invalidez


permanente; e especial.

6) Posse em outro cargo inacumulável: a regra é que o


servidor público não pode cumular dois ou mais cargos, sob
pena de ser aplicada a penalidade de demissão ou de ser
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exonerado (no caso de boa fé do servidor). Portanto, quando


ele toma posse em outro cargo, deverá pedir a vacância no
anterior.

7) Cuidado!!! Existem 3 exceções, previstas no art.


37, inciso XVI, da CF, em que é permitida a cumulação de dois
cargos, desde que haja compatibilidade de horários e seja
observado o teto remuneratório: a) dois cargos de professor;
b) cargo de professor e cargo técnico ou científico; c) dois

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cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas.

8) Falecimento: hipótese gerada pelo óbito do servidor.

20. (CESPE – 2015 – MPU - Técnico do MPU - Segurança


Institucional e Transporte) Acerca do regime jurídico dos servidores
públicos federais, julgue o item subsequente.
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser exonerado a
qualquer momento, independentemente de motivação.

Pode sim, e como vimos, no caso de cargo em comissão ou função


de confiança, a exoneração/dispensa dar-se-á a juízo da autoridade
competente (é a chamada exoneração ad nutum, já que independe de
qualquer motivação) ou a pedido do próprio servidor.

Gabarito – Certo.

21. (CESPE – 2014 – ANTAQ - Conhecimentos Básicos - Cargos


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5 e 6) Com relação aos agentes públicos, julgue os itens a seguir.


É prevista, no texto constitucional, a hipótese de exoneração de
servidor estável por excesso de despesa com pessoal.

Observe abaixo as formas de perda de cargo do servidor:


1 - Sentença judicial transitado em julgado;
2 - Processo Administrativo – PAD;
3 - Avaliação periódica de desempenho;
4 - Despesa de pessoal.

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Gabarito – Correto.

2.5. Remoção

Primeiramente, importante tomar cuidado para não


confundir formas de provimento, que acabamos de analisar, com
formas de deslocamento, em que não há atribuição de um novo cargo a
um servidor, mas somente o seu deslocamento. A Lei nº 8.112/90
definiu duas formas de deslocamento: a remoção, que será vista agora,
e a redistribuição, que será estudada no próximo tópico.
A remoção é um instituto utilizado pela Administração com a
finalidade de aprimorar a prestação de serviço público, podendo ser
usado, também, no interesse do servidor, diante da ocorrência das
situações especificadas em lei.
Nesse instituto o servidor permanece com o seu cargo, porém
é deslocado para praticar os atos de sua função em outra unidade do
mesmo quadro, podendo ser em local distinto ou não. Exemplo: O
servidor da agência do INSS de Brasília pode ser removido para a
agência do INSS de Chapecó em Santa Catarina.

A remoção poderá ser de ofício ou a pedido.


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Quando de ofício, a Administração Pública, com ou sem


consentimento do servidor, remove o servidor tendo em vista o seu
próprio interesse. É ato discricionário da Administração Pública,
atribuindo-se nova lotação ao servidor, considerando-se a necessidade
do serviço e a melhor distribuição dos recursos humanos para a
eficiente prestação da atividade administrativa, estando respaldada no
interesse público.
Quando a pedido, a lei prevê dois casos:

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a) quando é deferido de acordo com a conveniência e
oportunidade da Administração e
b) quando é direito subjetivo do servidor, independendo do
interesse da Administração.

Ou seja, nem sempre a conveniência da Administração Pública é


observada, são os casos do art.36, III da lei 8.112/90:

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da
Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil
ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número
de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

A regra da alínea “a” não pode ser aplicada para os


servidores que se deslocaram a pedido e que passaram no concurso
quando o cônjuge já era servidor em outra localidade.

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1) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme


em afastar a incidência do art. 226 da Constituição
Federal como fundamento para concessão de
remoção de servidor público na hipótese em que não se
pleiteia a remoção para acompanhar cônjuge, mas sim a
lotação inicial de candidato aprovado em concurso

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público (Ag Reg no RE 475283/CE, STF-Primeira Turma,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgamento: 21/10/2014,
DJe: 10/11/2014).
2) O vício consistente na falta de motivação de portaria de
remoção ex officio de servidor público pode ser
convalidado, de forma excepcional, mediante a
exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos
e preexistentes que foram a razão determinante para a
prática do ato, ainda que estes tenham sido
apresentados apenas nas informações prestadas pela
autoridade coatora em mandado de segurança
impetrado pelo servidor removido (AgRg no RMS
40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em
3/9/2013).
3) O servidor público federal não tem direito de ser
removido a pedido, independentemente do interesse da
Administração, para acompanhar seu cônjuge, também
servidor público, que fora removido em razão de
aprovação em concurso de remoção (AgRg no REsp
1.290.031-PE, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado
em 20/8/2013).
4) O servidor público federal tem direito de ser removido a
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pedido, independentemente do interesse da


Administração, para acompanhar o seu cônjuge
empregado de empresa pública federal que foi deslocado
para outra localidade no interesse da Administração
( MS 14.195-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado
em 13/3/2013).

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22. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área
Administrativa) A respeito da Lei n.º 8.112/1990, cada um dos
próximos itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada.
Paulo, técnico judiciário em exercício na capital do estado de jurisdição
de um TRE, pediu sua remoção para outra cidade, na mesma jurisdição
desse tribunal. Nessa situação, se for removido, Paulo não terá direito a
ajuda de custo.

Neste caso, lembre-se que a ajuda só será paga, caso a remoção ocorra
por ofício. Art. 36 inc. I, II e III da lei 8.112/90.
Gabarito: Certo

23. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Acerca de ato administrativo e agentes públicos, julgue
o item subsecutivo. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido,
no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

O art. 36 da lei 8.112/90 dispõe que: “Art. 36. Remoção é o


deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo
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quadro, com ou sem mudança de sede”.


Gabarito: Errado

24. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Pedro, servidor de um órgão da administração pública,
foi informado por seu chefe da possibilidade de ser removido por ato de
ofício para outra cidade, onde ele passaria a exercer suas funções.

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Nessa situação hipotética, considerando as regras dispostas na Lei n.º
8.112/1990, julgue o item subsequente.
Pedro não poderá se recusar à remoção, que tem fundamento no
denominado poder hierárquico da administração pública.

Coloquei essa questão, para reforçar o entendimento do art. 36 da lei


8.112/90 exposto acima.
Gabarito: Certo

2.6. Redistribuição

Ocorre quando o cargo efetivo (e não o servidor) - ocupado ou


vago – é deslocado para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com
prévia apreciação do órgão competente. Obviamente, se o cargo estiver
ocupado, o servidor vai junto com o cargo para outro órgão ou
entidade. Podemos confirmar esse trecho do artigo 37 da Lei
8112/1990:

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo,


ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou
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entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do


SIPEC, observados os seguintes preceitos:
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições do cargo
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das
atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.

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Para que seja possível realizar a redistribuição do


cargo, devem ser atendidos os requisitos previstos em lei, transcritos
acima, quais sejam:

1) Interesse da administração;

2) Equivalência de vencimentos;

3) Manutenção da essência das atribuições do cargo;

4) Vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade


das atividades;

5) Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação


profissional;

6) Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades


institucionais do órgão ou entidade.

A redistribuição é basicamente para que o


serviço público seja prestado de forma adequada, de forma que a
necessidade de serviços na Administração seja suprida.

Atenção!!! A redistribuição não é forma de


provimento e não é obrigatório que servidor ocupante seja estável.
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Vale lembrar que a redistribuição ocorrerá ex officio para


ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos
serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de
órgão ou entidade. Nessa hipótese, caso o servidor não seja
redistribuído, esse será colocado em disponibilidade.

MUITA ATENÇÃO PARA O PRAZO MÍNIMO DE 10 DIAS E MÁXIMO


DE 30 DIAS PARA O SERVIDOR SE ORGANIZAR (TANTO NA REMOÇÃO
COMO NA REDISTRIBUIÇÃO!!! VEJA:

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Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de
ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício
provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo,
contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das
atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o
deslocamento para a nova sede.
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado
legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do
término do impedimento.
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos
no caput.

25. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Pedro, servidor de um órgão da administração pública,
foi informado por seu chefe da possibilidade de ser removido por ato de
ofício para outra cidade, onde ele passaria a exercer suas funções.
Nessa situação hipotética, considerando as regras dispostas na Lei n.º
8.112/1990, julgue o item subsequente.
Caso Pedro seja removido por motivação fundamentada em situação de
fato, a validade do ato que determine a remoção fica condicionada à
veracidade dessa situação por força da teoria dos motivos
determinantes.
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Conforme ensina os doutrinadores VICENTO PAULO E MARCELO


ALEXANDRINO, a teoria dos motivos determinantes estabelece em
explicitar que a administração pública está sujeita ao controle
administrativo e judicial no que diz respeito à existência e à pertinência
ou adequação dos motivos.
Mas se por ventura seja comprovada a não ocorrência da situação
declarada, ou a inadequação entre a situação ocorrida (fato) e o motivo
descrito na lei (direito), o ato será nulo. Lembrando que mesmo que a

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motivação do ato não fosse obrigatória, a teoria ainda sim, teria uma
aplicação condizente.
Gabarito – Certo.

26. (CESPE – 2014 - Câmara dos Deputados - Analista


Legislativo) A respeito do regime jurídico estatutário dos servidores
públicos, julgue o item a seguir, de acordo com o entendimento dos
tribunais superiores.

O servidor público federal tem direito de ser removido a pedido,


independentemente do interesse da administração, para acompanhar
cônjuge que, sendo empregado de empresa pública federal, tenha sido
deslocado para outra localidade no interesse da administração.

Pessoal, de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de


Justiça, o servidor público federal terá direito de ser removido a pedido,
mesmo que aquele funcionário seja de interesse da Administração
naquele determinada localidade, haja vista que o motivo principal seja
para acompanhar o seu cônjuge empregado de empresa pública federal
que tenha sido deslocado para outra localidade no interesse da
administração.
Gabarito – Certo.
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2.7. Substituição

Veja o que nos diz a lei 8112/90:

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e


os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no

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regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo
dirigente máximo do órgão ou entidade.

A substituição é algo temporário. O


substituto assumirá o cargo assim que ele estiver vago.

Você está se perguntando, como fica o cargo do servidor que


assumiu essa substituição? E ainda com qual renda ele ficará?

Pode ficar tranquilo que o legislador pensou em tudo. Os cargos


serão cumulativos, não haverá prejuízo para o cargo que ocupa. O §1º
descreve:

§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do


cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de
Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares
do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela
remuneração de um deles durante o respectivo período.

Nos casos acima marcados o servidor deverá optar qual


remuneração será cabível.

Entretanto, nos casos de afastamentos ou impedimentos legais do


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titular superiores a 30 dias, o substituto fará jus à retribuição pelo


exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de
Natureza Especial, paga na proporção dos dias de efetiva substituição,
que excederem o referido período.

As regras acima expostas referentes à substituição


aplicam-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em
nível de assessoria.

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Súmula nº 24 do STF: “Funcionário interino


substituto é demissível, mesmo antes de cessar a causa da
substituição.”

27. (CESPE – 2013 – TRF2ª região – Juiz Federal – questão


adaptada). Na administração pública direta, é possível estabelecer
regimes jurídicos diversos no mesmo órgão, ou seja, regimes celetista e
estatutário, sendo que, para isso, a lei deverá observar a natureza, o
grau de responsabilidade e complexidade dos cargos.

Antes da EC 19/1998 o art. 39 caput da CF estabelecia o regime


jurídico único dos servidores públicos da União (Administração Direta),
das autarquias e das fundações públicas federais. A União optou pelo
regime jurídico estatutário, por isso os empregos públicos (regime
contratual, trabalhista) nelas existentes, foram transformados em
cargos públicos na data de publicação da 8.112/90. A EC 19/1998
“modificou” a redação do art. 39 caput passando a ser possível mais de
um regime jurídico, editando a lei 9.962/2000 que previa a contratação
de empregados públicos. PORÉM, essa modificação do caput teve sua
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eficácia suspensa pelo STF a partir de agosto de 2007, voltando a


vigorar a redação original que exige que sejam admitidos sob
único regime jurídico os agentes públicos da Administração
Direta, autarquias e fundações públicas de cada um dos entes
federados.

Gabarito: Errado.

Encerramos por aqui. Por hoje é só!


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Vamos ao resumo da aula!

3. Resumo da aula

Antes de mais nada, vou destacar apenas um ponto referente ao


regime jurídico dos servidores públicos. Atualmente, a possibilidade de
regime múltiplo, de escolha de regime celetista ou estatutário na
mesma pessoa jurídica, também já não é mais possível, ao menos por
enquanto, em razão de medida cautelar concedida pelo STF na ADIN nº
2135, voltando a vigorar a regra original do regime jurídico único.

Quanto à estabilidade, consiste em uma garantia constitucional


de permanência no serviço público, e não no cargo, vinculado à
atividade de mesma natureza de quando ingressou.

A partir da EC nº 19/98, passaram a ser requisitos concomitantes


para aquisição de estabilidade:

1. concurso público;

2. cargo público de provimento específico;

3. três anos de efetivo exercício;

4. aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão


instituída para essa finalidade.
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Importante lembrar que, a partir da EC nº 19, de 04.06.1998, os


empregados públicos, mesmo que admitidos por meio de concurso, não
têm mais direito à estabilidade.

A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica-


se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do
vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto
constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º):

1) sentença judicial transitada em julgado;

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2) processo administrativo, desde que assegurados o
contraditório e a ampla defesa;

3) insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação


periódica, na forma de lei complementar, assegurados também
o contraditório e a ampla defesa;

4) excesso de despesa com pessoal.

Em todas as hipóteses de exitinção do vínculo com a


Administração, o ato deve ser cuidadosamente motivado e observado o
devido processo legal, já que atinge diretamente a órbita do servidor,
devendo ele ter direito a contraditório e ampla defesa. Caso contrário, a
dispensa representará ato arbitrário, ilegal, devendo ser objeto de
anulação.

O estágio probatório (em algumas carreiras, denominado


estágio confirmatório) e a estabilidade são institutos jurídicos distintos.
A estabilidade é um direito constitucional para quem possui cargo
público efetivo e será adquirida após três anos de efetivo exercício. A
aprovação no estágio probatório é um dos requisitos para aquisição da
estabilidade, não se confundindo os institutos.

O Superior Tribunal de Justiça (MS 12.523) sedimentou o


entendimento de que o período do estágio probatório deve ser o
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mesmo da estabilidade, ou seja, 3 (três) anos. Apesar de serem


institutos diferentes, buscam o mesmo objeto, devendo,
portanto, ter o mesmo tratamento.

Provimento é o ato administrativo por meio do qual é preenchido


o cargo público, com a designação de seu titular; é atribuir um cargo a
uma determinada pessoa. Os cargos públicos podem ser de provimento
efetivo ou de provimento em comissão.

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A Lei n° 8.112/90 afirma que são requisitos básicos para a
investidura em cargo público:

 a nacionalidade brasileira;

 o gozo dos direitos políticos;

 a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

 o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

 a idade mínima de dezoito anos;

 aptidão física e mental.

O rol descrito acima não exaustivo, já que as atribuições do cargo


podem justificar a exigência de outros requisitos, desde que
estabelecidos em lei.

Ainda com relação ao provimento, não podemos nos esquecer da


situação dos portadores de deficiências. Quanto a eles, o art. 37,
VIII, da Constituição Federal, dispõe que a lei reservará percentual dos
cargos e empregos públicos para essas pessoas e definirá os critérios de
sua admissão.

A Lei nº 8.112/90 prevê esse percentual da seguinte forma, em


seu art. 5º:

06397030466

§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se


inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras;
para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das
vagas oferecidas no concurso.

Veja que a lei autoriza a reserva de até 20% das vagas aos
portadores de necessidades especiais.

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A investidura em cargo público ocorrerá com a posse (art. 7º da
Lei n° 8.112/90). A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo,
no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não
poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes,
ressalvados os atos de ofício previstos em lei. Portanto, a posse nada
mais é que a aceitação das atribuições do cargo pelo servidor e o
momento em que se forma a relação jurídica com a Administração, o
vínculo estatutário, que se denomina investidura.

Contudo, muita atenção, só se pode falar em posse nos casos de


provimento de cargo por nomeação (nas demais formas de
provimento não há posse). Inclusive, segundo a jurisprudência do STF,
o servidor público nomeado para um cargo goza do direito subjetivo à
posse, conforme dispõe a Súmula nº 16.

ATENÇÃO!!! Não esqueça e não confunda!!! Com a nomeação


tem-se o provimento e com a posse faz-se a investidura!!!

Aqui você já deve ir se preparando, meu amigo, não para o


concurso, mas para saber o que você deverá fazer depois que for
aprovado!

Depois de sua nomeação, publicada no diário oficial, você terá


30 dias para tomar posse. Descumprido esse prazo, a sua nomeação
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será tornada sem efeito. Se você quiser, você poderá passar uma
procuração específica para alguém fazer isso por você (mas você não
vai perder esse gostinho, não é?)

Depois da nomeação e da sua posse, você vai entrar em


exercício. No exercício, você vai, efetivamente, meter a mão na
massa!

O prazo para você entrar em exercício será de 15 dias, contados


da data da posse.

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Assim, temos a seguinte sequência para o provimento em cargo
efetivo:

Concurso – nomeação – 30 dias para posse – posse – 15 dias


para exercício – exercício.

Aprofundando no estudo do provimento, devemos estudar ainda


que ele pode ser originário ou derivado.

1. Provimento ORIGINÁRIO (também denominado


autônomo): preenchimento de classe inicial de cargo não
decorrente de qualquer vínculo anterior entre o servidor e a
administração. Para os cargos efetivos, depende sempre de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas
e títulos. A única forma de provimento originário é a
nomeação.

2. Provimento DERIVADO: preenchimento de cargo decorrente


de vínculo anterior entre o servidor e a administração. Nesse
caso, não há concurso público ou nomeação. As formas de
provimento derivado são: promoção, readaptação, reversão,
aproveitamento, reintegração e recondução (cada uma delas
será abordada abaixo).
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Conforme leciona Fernanda Marinela, esse provimento pode


ser:

a) Vertical: atribuição de um novo cargo a um servidor,


dentro da mesma carreira, mas que representa uma
progressão funcional, uma ascensão em sua vida
profissional. Atualmente, a única forma de provimento
derivado vertical é a promoção, já que a ascensão
(também chamada de transposição ou acesso) foi

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revogada, pois permitia o provimento do servidor público
para um cargo de uma carreira diferente da sua, sem
prévia aprovação em concurso público.

b) Horizontal: ocorre a mudança de cargo que não


caracteriza progressão, crescimento profissional.
Atualmente, a única forma de provimento derivado
horizontal é a readaptação, já que a transferência
(passagem do servidor estável de cargo efetivo para
outro de igual denominação, pertencente a quadro de
pessoal diverso, de órgão ou instituição do mesmo
Poder) foi revogada.

c) Por reingresso: garante o retorno do servidor por meio


de reintegração, recondução, reversão e aproveitamento.

O provimento ainda pode ser classificado, quanto à sua


durabilidade, em efetivo, vitalício e em comissão.

1. Provimento EFETIVO: faz-se em cargo público, mediante


nomeação por concurso público, assegurando ao servidor,
após 3 anos de exercício, o direito de permanência no cargo
(estabilidade), do qual só pode ser destituído por sentença
judicial, por processo
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administrativo em que seja
assegurada ampla defesa ou por procedimento de avaliação
periódica de desempenho, também assegurado o direito de
ampla defesa.

2. Provimento VITALÍCIO: faz-se em cargo público,


mediante nomeação, assegurando ao funcionário o direito à
permanência no cargo, do qual só pode ser destituído por
sentença judicial transitada em julgado. OBS: somente é
possível com relação a cargos que a Constituição
Federal define como de provimento vitalício, uma vez
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que a vitaliciedade constitui exceção à regra geral da
estabilidade.

Na CF/88, são vitalícios os cargos dos membros da


Magistratura, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.

3. Provimento EM COMISSÃO: faz-se mediante nomeação


para cargo público, independentemente de concurso e em
caráter transitório. Somente é possível com relação aos
cargos que a lei declara de provimento em comissão.

Veja alguns tipos de provimento . Analisaremos cada um deles:

 Nomeação: É a forma exclusiva de provimento originário.


Podendo ser em caráter de comissão, tornando dispensável o
concurso público. Ou pode ser por precedido de concurso, onde
terá caráter efetivo. Com relação ao concurso, você deve se
lembrar de que ele terá validade de até 2 anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período, e não se abrirá
novo concurso enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade não expirado.

 Promoção: Refere-se ao progresso do servidor, ingressando


numa posição mais elevada que a anteriormente ocupava,
dentro da mesma carreira.

 Readaptação: Ocorre na situação em que o servidor ocupa


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cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma debilidade,


necessitando de um novo cargo que se adeque a sua limitação.
Ou seja, é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em
inspeção médica. A readaptação será efetivada em cargo de
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de

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inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Cuidado!!! Se a limitação gerar uma incapacidade para o


serviço público, o servidor deverá ser aposentado e não
readaptado.

 Reintegração: Quando o servidor estável é demitido é


comprova que a sua demissão não foi valida (seja por decisão
judicial ou administrativa), retornando a sua atividade, com
ressarcimento de todas as vantagens que possuía
anteriormente. Caso o cargo que ocupava o reintegrado tenha
sofrido alguma transformação, o seu retorno deve ocorrer para
o cargo resultante da transformação. Na hipótese de o cargo
ter sido extinto quando do retorno, o servidor ficará em
disponibilidade. Se o cargo já estiver provido, o seu eventual
ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto
em disponibilidade (perceba que o privilégio é para aquele que
está sendo reintegrado!).

 Aproveitamento: Quando o servidor estável retorna a sua


atividade e recebe os seus vencimentos conforme o seu cargo
anterior que por algum motivo foi considerado extinto, ou de
atribuição inapropriada.
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Garante ao servidor estável a possibilidade de retornar à


atividade quando em disponibilidade e surgir uma vaga.
Importante lembrar que disponibilidade é o ato pelo qual o
Poder Público transfere para a inatividade remunerada, com
pagamento de proventos proporcionais ao tempo de serviço,
servidor estável cujo cargo venha a ser extinto, declarada a
sua desnecessidade ou, ainda, ocupado em decorrência de
reintegração, sem que o desalojado pudesse ser reconduzido.

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Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
legal, que é de 15 dias, salvo doença comprovada por junta
médica oficial.

 Reversão: é o retorno à atividade de servidor aposentado por


invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes
os motivos da aposentadoria (os motivos que justificavam a
aposentadoria podem nunca ter existido e por erro ter sido
concedido o benefício ou podem ter desaparecido por simples
superação do servidor). É também o retorno à atividade do
servidor estável, aposentado voluntariamente, que tenha
requerido a reversão e desde que haja cargo vago, a
aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores à
solicitação e seja de interesse da administração.

Cuidado!!! Essa forma de reingresso não pode ser


aplicada quando o servidor já tiver completado 70 anos,
em razão da aposentadoria compulsória.

 Recondução: A lei define de forma bem clara:

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado e decorrerá de:
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
II - reintegração do anterior ocupante.
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De olho na jurisprudência!!! É reconhecida a possibilidade


de recondução ao cargo de origem nas hipótese em que o
servidor estável não tem mais interesse no novo cargo
ocupado. Assim, desistindo do novo cargo durante o estágio
probatório, poderá pedir a recondução e retornar ao cargo de
origem. Esse pedido deve ser apresentado antes da conclusão
do estágio probatório do novo carho, porque enquanto ele não
for confirmado, não estará extinta a situação anterior (MS

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24543/DF, STF-Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso,
julgamento: 21.08.2003, DJ: 12.09.2003 e MS 8339/DF, STJ-
Terceira Seção, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgamento:
11.09.2002, DJ: 16.12.2002).

De acordo com a visão Di Pietro “VACÂNCIA É o fato


administrativo-funcional que indica que determinado cargo público não
está provido, ou em outras palavras está sem titular.” O servidor, por
não ocupar mais o seu cargo, torna-o vago, colocando a disposição de
outra pessoa. Exemplos de vacância seria a exoneração, a demissão,
a promoção(considerando, por óbvio, o cargo anteriormente ocupado),
readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo não passível de
acumulação e o falecimento.

1) Exoneração: ocorre quando a dissolução do vínculo entre o


servidor e a administração se dá sem caráter punitivo.

A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor


ou de ofício. Será de ofício em 2 casos:

2) Não satisfeitas as condições do estágio probatório;

3) Quando o servidor, tendo tomado posse, não entra em


exercício no prazo legal (em regra, 15 dias).

No caso de cargo em comissão ou função de confiança, a


exoneração/dispensa 06397030466

dar-se-á a juízo da autoridade


competente (é a chamada exoneração ad nutum, já que
independe de qualquer motivação) ou a pedido do próprio
servidor.

4) Demissão: forma de penalidade disciplinar, aplicável nas


situações previstas no art. 132 da Lei nº 8.112/90.

Quando a conduta motivadora do agente importar em lesão


aos cofres públicos, aplicação irregular de dinheiro público,
corrupção ou improbidade administrativa, a demissão será

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seguida da indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao
erário.

5) Promoção: vista anteriormente como uma das formas de


provimento derivado vertical; uma vez promovido o
servidor, abre-se vaga para o cargo anteriormente ocupado.

No âmbito federal, caberá à lei que fixar as diretrizes do


sistema de carreira na Administração Pública Federal
estabelecer os requisitos para o ingresso e o desenvolvimento
do servidor na carreira, mediante promoção.

6) Readaptação: vista anteriormente como uma das forma de


provimento derivado por reingresso; o servidor readaptado
passará a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas
novas limitações, deixando o anterior vago para ser
ocupado por outro servidor que preencha os requisitos de
capacidade física ou mental.

7) Aposentadoria: ocorre quando o servidor passa para a


inatividade, configurando um direito do servidor, desde que
preenchidos os requisitos específicos para cada caso.

Modalidades: voluntária; compulsória; por invalidez


permanente; e especial.

8) Posse em outro cargo inacumulável: a regra é que o


06397030466

servidor público não pode cumular dois ou mais cargos, sob


pena de ser aplicada a penalidade de demissão ou de ser
exonerado (no caso de boa fé do servidor). Portanto,
quando ele toma posse em outro cargo, deverá pedir a
vacância no anterior. Cuidado!!! Existem 3 exceções,
previstas no art. 37, inciso XVI, da CF, em que é permitida a
cumulação de dois cargos, desde que haja compatibilidade
de horários e seja observado o teto remuneratório: a) dois
cargos de professor; b) cargo de professor e cargo técnico
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ou científico; c) dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

9) Falecimento: hipótese gerada pelo óbito do servidor.

Primeiramente, importante tomar cuidado para não confundir


formas de provimento, que acabamos de analisar, com formas de
deslocamento, em que não há atribuição de um novo cargo a um
servidor, mas somente o seu deslocamento

Quanto a remoção, o servidor permanece com o seu cargo,


porém é deslocado para praticar os atos de sua função em outra
unidade do mesmo quadro, podendo ser em local distinto ou não.
Exemplo: O servidor da agência do INSS de Brasília pode ser removido
para a agência do INSS de Chapecó em Santa Catarina.

Poderá ser de ofício ou a pedido. ATENÇÃO: NÃO CONFUNDA


REMOÇÃO COM TRANSFERÊNCIA.

Quando de ofício a Administração Pública, com ou sem


consentimento do servidor, remove o servidor tendo em vista o seu
próprio interesse. Quando a pedido nem sempre a conveniência da
Administração Pública é observada, são os casos do art.36, III da lei
8.112/90:

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no


âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da
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Administração:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil
ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente
que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número
de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

A redistribuição é quando o cargo – seja ele efetivo, ocupado ou


vago – é deslocado para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com

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prévia apreciação do órgão competente. Podemos confirmar esse trecho
do artigo 37 da Lei 8112/1990:

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo,


ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou
entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do
SIPEC, observados os seguintes preceitos:
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições do cargo
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das
atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades
institucionais do órgão ou entidade.

Para que seja possível realizar a redistribuição do servidor, devem


ser atendidos os requisitos previstos em lei, transcritos acima, quais
sejam:

1) Interesse da administração;

2) Equivalência de vencimentos;

3) Manutenção da essência das atribuições do cargo;

4) Vinculação entre os graus de responsabilidade e


complexidade das atividades;

5) Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação


profissional;

6) Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as


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finalidades institucionais do órgão ou entidade.

A redistribuição é basicamente para que o serviço público seja


prestado de forma adequada, de forma que a necessidade de serviços
na Administração seja suprida.

Atenção!!! A redistribuição não é forma de provimento e não é


obrigatório que servidor ocupante seja estável.

A substituição é algo temporário. O substituto assumirá o cargo


assim que ele estiver vago.
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4. Questões

1. (CESPE – 2015 – MPU - Técnico do MPU - Segurança Institucional


e Transporte) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos
federais, julgue o item subsequente.
O servidor público federal estável, habilitado em concurso público e
empossado em cargo de provimento efetivo, só perderá o cargo em
virtude de sentença judicial transitada em julgado

2. (CESPE -2014/ MTE/ Agente Administrativo) Acerca da disciplina


do funcionalismo público no Brasil, julgue os itens subsequentes no que
tange à disciplina constitucional e à Lei n.º 8.112/1990. Apenas por
meio de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e
títulos, poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos cargos e empregos
públicos.

3. (CESPE – 2013 – TRT10ª região- Técnico Judiciário) Os servidores


ocupantes de cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração, desde que não ocupem também cargo efetivo, submetem-
06397030466

se ao regime geral de previdência social.

4. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) Acerca de ato administrativo e agentes públicos, julgue
o item subsecutivo. Promoção e readaptação são formas de provimento
em cargo público.

5. (CESPE-2015-FUB-Assistente em Administração) Considere que


determinado servidor público tenha sido investido em novo cargo,

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compatível com as suas limitações decorrentes de acidente de trânsito.
Nessa situação, é correto afirmar que o referido servidor está em
provimento originário.

6. (CESPE - 2015-TCU- Técnico Federal de Controle Externo) O prazo


de validade de concurso público é de até dois anos, podendo ele ser
prorrogado enquanto houver candidatos aprovados no cadastro de
reserva.

7. (CESPE -2014- ANTAQ - Nível Superior) Reintegração é o retorno


do servidor aposentado à atividade, no mesmo cargo em que tenha sido
aposentado ou em cargo equivalente.

8. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) A investidura


em cargo público ocorrerá com a nomeação do servidor, após
aprovação em concurso público.

9. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) Após a


investidura no cargo, se realizar tarefas além daquelas relacionadas ao
seu cargo, o servidor poderá solicitar ao seu superior hierárquico
alteração das suas atribuições, independentemente de manifestação
favorável, em relação ao pleito, de autoridade maior.
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10. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administração) Para


os servidores públicos estáveis, uma das hipóteses de perda do cargo é
a extinção deste.

11. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administração) Por


questão de soberania nacional, os estrangeiros não poderão ter acesso
a cargos públicos de caráter efetivo, mas poderão exercer funções

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públicas para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público.

12. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo)


Professor estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo
público em universidade federal somente poderá atuar como professor
visitante, visto que a investidura em cargo público é restrita a
brasileiros natos ou naturalizados.

13. (CESPE - 2013 - MPU - Técnico - Tecnologia da Informação


e Comunicação) A Constituição Federal de 1988 (CF) não restringe o
acesso aos cargos públicos a brasileiros que gozam de direitos políticos,
admitindo que cargos, empregos e funções públicas sejam preenchidos
por estrangeiros, na forma da lei.

14. (CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) Com


referência ao processo administrativo e à Lei n.o 8.112/1990, cada um
dos próximos itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva que deve ser julgada à luz do entendimento do STJ.

15. (CESPE – 2015 – FUB - Conhecimentos básicos) Maria,


servidora pública federal estável, integrante de comissão de licitação de
determinado órgão público do06397030466
Poder Executivo federal, recebeu
diretamente, no exercício do cargo, vantagem econômica indevida para
que favorecesse determinada empresa em um procedimento licitatório.
Após o curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada
a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de
demissão.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com
base na legislação aplicável ao caso.

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Caso a penalidade aplicada seja posteriormente invalidada por meio de
sentença judicial, Maria deverá ser reintegrada ao cargo anteriormente
ocupado.
16. (CESPE – 2014 – MEC - Analista Processual) Embora a
Constituição Federal não assegure o direito à estabilidade no serviço
público ao servidor em estágio probatório, a demissão ou a exoneração
desse servidor não prescinde de processo administrativo no qual se
apure a sua capacidade para o exercício do cargo.
17. (CESPE – 2014 - Câmara dos Deputados - Analista
Legislativo - Consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira) Com
referência aos agentes públicos e ao regime jurídico que regulamenta
as relações entre os servidores públicos e a administração, julgue o
item que segue.
Considere a seguinte situação hipotética.
Um servidor público federal efetivo, destro, cuja principal tarefa estava
relacionada à montagem manual de documentação em processos de
compras públicas, após se envolver em acidente, sofreu amputação da
mão direita, e isso inviabilizou a prática da atividade até então exercida
por ele.

18. (CESPE – 2014 – SUFRAMA - Nível Superior) Julgue o item


que se segue, relativos aos agentes públicos, aos poderes
administrativos e à responsabilidade civil do Estado.
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Se um candidato lograr êxito em concurso público, mas, dias antes da


posse, for acometido por dengue que o impossibilite de comparecer
pessoalmente para o referido ato, a posse poderá dar-se mediante
procuração específica firmada pelo candidato.

19. (CESPE – 2014 - PGE-BA - Prova: Procurador do Estado) De


acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), a
administração pública está obrigada a nomear candidato aprovado em

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concurso público dentro do número de vagas previsto no edital do
certame, ressalvadas situações excepcionais dotadas das características
de superveniência, imprevisibilidade e necessidade.

20. (CESPE – 2015 – MPU - Técnico do MPU - Segurança


Institucional e Transporte) Acerca do regime jurídico dos servidores
públicos federais, julgue o item subsequente.
O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser exonerado a
qualquer momento, independentemente de motivação.
21. (CESPE – 2014 – ANTAQ - Conhecimentos Básicos - Cargos
5 e 6) Com relação aos agentes públicos, julgue os itens a seguir.
É prevista, no texto constitucional, a hipótese de exoneração de
servidor estável por excesso de despesa com pessoal.

22. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área


Administrativa) A respeito da Lei n.º 8.112/1990, cada um dos
próximos itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada.
Paulo, técnico judiciário em exercício na capital do estado de jurisdição
de um TRE, pediu sua remoção para outra cidade, na mesma jurisdição
desse tribunal. Nessa situação, se for removido, Paulo não terá direito a
ajuda de custo.

(CESPE – 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área


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23.
Administrativa) Acerca de ato administrativo e agentes públicos, julgue
o item subsecutivo. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido,
no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

24. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Pedro, servidor de um órgão da administração pública,

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foi informado por seu chefe da possibilidade de ser removido por ato de
ofício para outra cidade, onde ele passaria a exercer suas funções.
Nessa situação hipotética, considerando as regras dispostas na Lei n.º
8.112/1990, julgue o item subsequente.
Pedro não poderá se recusar à remoção, que tem fundamento no
denominado poder hierárquico da administração pública.

25. (CESPE – 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área


Administrativa) Pedro, servidor de um órgão da administração pública,
foi informado por seu chefe da possibilidade de ser removido por ato de
ofício para outra cidade, onde ele passaria a exercer suas funções.
Nessa situação hipotética, considerando as regras dispostas na Lei n.º
8.112/1990, julgue o item subsequente.
Caso Pedro seja removido por motivação fundamentada em situação de
fato, a validade do ato que determine a remoção fica condicionada à
veracidade dessa situação por força da teoria dos motivos
determinantes.

26. (CESPE – 2014 - Câmara dos Deputados - Analista


Legislativo) A respeito do regime jurídico estatutário dos servidores
públicos, julgue o item a seguir, de acordo com o entendimento dos
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tribunais superiores.

O servidor público federal tem direito de ser removido a pedido,


independentemente do interesse da administração, para acompanhar
cônjuge que, sendo empregado de empresa pública federal, tenha sido
deslocado para outra localidade no interesse da administração.

27. (CESPE – 2013 – TRF2ª região – Juiz Federal – questão


adaptada). Na administração pública direta, é possível estabelecer
regimes jurídicos diversos no mesmo órgão, ou seja, regimes celetista e
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estatutário, sendo que, para isso, a lei deverá observar a natureza, o
grau de responsabilidade e complexidade dos cargos.

Gabarito:

1) E
2) E
3) C
4) C
5) E
6) E
7) E
8) E
9) E
10) E
11) E
12) E
13) C
14) E
15) C
16) C
17) E
18) C
19) C
20) C
21) C
22) C
23) E
24) C
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25) C
26) C
27) E

1. Referências

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ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. Direito Administrativo
descomplicado. 18ª ed. São Paulo: Método, 2010.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo.
27ª ed. São Paulo: Malheiros, 2010.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo.
13ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2009.
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo. 13ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2008.
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 8ª ed. Niterói: Impetus,
2014.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2003.
MESQUITA, Daniel. Direito Administrativo – Série Advocacia Pública,
Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Método, São Paulo, 2011.
STOCO, Rui. Responsabilidade civil e sua interpretação jurisprudencial:
doutrina e jurisprudência. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
1999.
Informativos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em
www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justiça, em www.stj.jus.br.

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