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Administração Direta

A DGS é um serviço central do Ministério da Saúde, integrado na administração


direta do Estado, dotado de autonomia administrativa.
A Administração Direta é a atividade exercida por serviços integrados na pessoa
coletiva Estado (ex.: ministérios, direções gerais). Engloba, portanto, todos os serviços
públicos que são executados diretamente ao Estado, através dos seus órgãos. A
administração direta decompõe-se em administração direta central, integrando os
órgãos e serviços do Estado que exercem competência extensiva a todo o território
nacional, e administração direta local/periférica, integrando os órgãos e serviços,
instalados em diversos pontos do território nacional e com competência limitada a
certas áreas.
Atribuições do Estado: Sendo uma pessoa coletiva pública, o Estado tem
atribuições, isto é, fins/objectivos que se reportam à vontade deste. As atribuições têm
de resultar sempre expressamente da lei, estando as atribuições do Estado definidas
por forma dispersa na legislação. Nisto o Estado distingue-se de outras pessoas
coletivas públicas que ao contrário do Estado só podem prosseguir fins particulares;

Órgãos
Para cumprir as atribuições que lhe são conferidas pela Constituição e pela lei
ordinária, o Estado carece de órgãos, aos quais compete tomar decisões em nome da
pessoa coletiva. O Governo é, do ponto de vista administrativo, o órgão principal da
administração central do Estado, incumbido do Poder executivo. Em termos
estruturais, este engloba o Primeiro Ministro, os Ministros, os Secretários de Estado e,
subsecretários de Estado.
A estruturação dos órgãos e serviços do Estado-administração, a nível central, é
feita em departamentos que estão organizados segundo por assuntos ou matérias –
ministérios (para o caso, Ministério da Saúde) Assim, são igualmente órgãos do Estado,
colocados sob a direção do Governo, e, portanto, prosseguindo as suas atribuições: Os
diretores-gerais (saúde), diretores de serviços e chefes de divisão ou de repartição dos
ministérios, bem como os respetivos secretários-gerais;

Direção
Sendo o Governo o órgão superior da Administração Pública (art. 182.º CRP),
este exerce poderes de hierarquia ou direção sobre a administração direta, poderes de
superintendência ou orientação sob a administração autónoma.
Sendo esta estrutura dirigida pela administração direta, uma vez que, é
subalterna ao Governo, a DGS está sujeita ao poder de direção do Governo (relação
entre governo e órgãos que estão na pessoa coletiva Estado não estão integrados no
Governo), obedecendo assim a uma estrutura hierarquizada – poder de dar ordens e
instruções.
Uma ordem é um comando específico para uma situação concreta e
individualizada, esgota-se com a sua realização. Já uma instrução distingue-se por ser
uma Aplicação generalizada e abstrata para situações futuras, aplicando-se quantas as
vezes que se verifiquem a sua previsão. Ambas são típicas do poder de direção, que só
existe na hierarquia.

Subordinação
A Administração do Estado é subordinada. Constitui um instrumento para o
desempenho dos fins do Estado, e é por isso mesmo que a Constituição submete a
administração direta do Estado, civil e militar, ao poder de direção do Governo (Artigo
199º, alínea d) da CRP).
Esta instrumentalidade da Administração Direta do Estado explica a
subordinação da administração à política, o dever de obediência dos funcionários em
relação aos governantes, e a livre amovibilidade dos altos funcionários do Estado, por
mera decisão discricionária do Governo, em contraste com o direito ao cargo de outros
órgãos e agentes administrativos, com a inamovibilidade dos magistrados judiciais, e
com a irrelevância das mutações política
Pelas tarefas que estão cometidas ao Governo, pelo que lhe compete fazer por
si próprio ou mandar fazer a outros, por ser o órgão superior das hierarquias da
administração do Estado, e ainda por lhe caber fiscalizar ou orientar as demais
entidades públicas que, para além do Estado, fazem parte da Administração, o
Governo é o principal órgão da Administração Pública.

Como já se referiu, o Governo não só dirige a administração directa do Estado,


como superintende na administração indirecta e tutela esta última e a administração
autónoma, isto é, controla as entidades públicas que fazem parte da Administração
mas que não pertencem ao Estado.
Todas estas funções do Governo traduzem-se juridicamente na prática de actos
e no desempenho de actividades da mais diversa natureza.
Para se desincumbir das tarefas administrativas que acabam de ser indicadas
como tarefas próprias do Governo, este elabora normas jurídicas- regulamentos-,
pratica actos jurídicos sobre casos concretos- actos administrativos, e exerce, de um
modo geral, determinados poderes funcionais, como por exemplo poderes de
vigilância, de fiscalização, de superintendência, de tutela, etc. Esta competência do
Governo tanto pode ser exercida colegialmente (pelo Conselho de Ministros), como
individualmente (por um membro do Governo).

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