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Direito Administrativo – 27-10-2017

Matéria até à página 68 – organização administrativa portuguesa já não sai.

Delegação de poderes – importante

Modelo inglês e o Francês

Delegação de poderes – natureza jurídica da delegação de poderes

3 Teses:

1 – Há quem diga que que significa uma transferência de competências do órgão delegante ao
órgão delegado – tese de transferência – esta tese não pode ser aceite

2 - Tese de autorização – A segunda tese com a lei de habilitação o delgado passa imediato a
ser competente pelo simples facto de haver uma delegação, o delegado a partir desse
momento já e competente só que essa competência é condicional so pode ser exercida depois
de praticado o ato de delegação. É uma competência condicionada. Também esta tese não é
aceitável porque não se compatibiliza com os poderes de revogação, anulação, orientar o
delegado. Se a lei não indica não individualiza o delegado e por isso não faz sentido.

3 - Tese da transferência do exercício – Segundo a qual a delegação serve para que o delegante
autorize o delegado a exerce uma competência que pertence ao delegante. O delegante só
transfere para o delegado o exercício dessa competência. O delegado exerce em nome próprio
mas a competência é do delegante.

Problemas da centralização e descentralização

A concentração e a desconcentração tem a ver com a forma de uma determinada pessoa


coletiva público. ( …)

Um sistema centralizado é aquele em que só o estado tem atribuições administrativas. Um


sistema descentralizado é aquele e, que a função administrativa são exercidas por varias
pessoas coletivas não apenas pelo estado mas também por outras pessoas coletivas publicas,
nomeadamente autarquias locais. Pode haver um sistema descentralizado administravamene
mas que seja politicamente e administrativos centralizados.

Em Portugal, é descentralizados em todos os termos, porque os órgãos são eleitos não são
nomeados. O sistema português e desconcentrado e descentralizado. Qual é a relação que se
estabelece entre os estados e as autarquias locais? Tutela administrativa

As autarquias locais são as freguesias e os municípios. A tutela administrativa é um poder


conferido a uma pessoa coletiva publica de intervir na gestão de outra pessoa coletiva publica.
Para que? Para que seja possível coordenar os interesses gerais do estado com os interesses
mais específicos das regiões autónomas. Controlar a legalidade e o mérito da atuação da
autoridade tutelada. O estado não exerce apenas nas autarquias, também noutras pessoas
coletivas públicas, mas é essencialmente as autarquias.

Que tipos de tutela temos quanto ao fim?

Quanto ao seu fim pode ser de legalidade ou de mérito.


A tutela de legalidade serve para verificar se a autoridade tutelada respeitou ou não a lei.

De mérito serve para verificar se as decisões foram as mais convenientes e razoáveis do ponto
de vista administrativo, técnico e financeiro.

Em Portugal, relativamente as autarquias locais só exits tutela de legalidade, o estado só pode


verificar se cumpriram ou não a lei mas não pode controlar a conveniência e o mérito das
autarquias locais.

Quanto ao conteúdo a tutela pode ser: corretiva ou integrativa, inspetiva, sancionatória,


revogatória ou substitutiva

A tutela corretiva - serve para que a entidade tutelar autorize ou aprove decisões da entidade
tutelada. Só há tutela corretiva nos casos em que a lei expressamente diz.

Tutela inspetiva – Serve para que a autoridade tutelar fiscalize o funcionamento da autoridade
tutelada. Se por ventura autoridade tutelar ver irregularidades entra em jogo a autoridade
sancionatória, para que aplique sanções à autoridade tutelada. Essas sanções podem incidir
nas ações ou nos seus agentes.

Tutela revogatória – a entidade tutelar possa revogar atos praticados pela entidade tutelada

Tutela substitutiva – Destina-se a que entidade tutelar posso suprir as omissões da entidade
tutelada para que pratique os atos que a entidade tutelada não praticou mas deveria ter
praticado.

Em Portugal só a tutela de legalidade dos estados para as autarquias locais, logo só a tutela
corretiva e a inspetiva é que se podem usar em Portugal, porque são as únicas de controlo de
legalidade as outras já têm que ver com o mérito.

Devolução de poderes da superintendência

O que é a devolução de poderes? O estado é uma pessoa coletiva que prossegue finalidades
gerais, têm a seu cargo a execução de interesses públicos gerais se só o estado prossegue
esses interesses temos um sistema de integração. Mas se o estado transfere uma parcela
desses interesses para outras pessoas coletivas de fins singulares temos um sistema de
devolução de poderes. A devolução de poderes é aquele em que o estado transfere alguns
interesses para pessoas coletivas de fins singulares. Devolver significa transferir ou transmitir.
Quando isso acontece a relação que se escabele entre eles é uma devolução de poderes da
superintendência. A superintendência é um poder mais amplo que a tutela mas menos intenso
que a hierarquia administrativa. Através da superintendia há um órgão que vai orientar a
gestão e outro órgão administrativo, o estado passa a orientar a gestão dessas pessoas
coletivas de fins singulares. A entidade que exerce a superintendência vai guiar a orientação
dessas pessoas. Pode envolver poderes revogatórias, anulatórios, etc por isso mesmo é um
poder intenção mas não chega a ser como a hierarquia porque na hierarquia temos um poder
de dar ordens.

Como a tutela a superintendência não se presume tem que estar expressa na lei

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