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ECV 7330

Materiais de Construção
Aula 3. Pedras Naturais e Agregados

Prof. Ana Paula Melo


INTRODUÇÃO
Pedras Naturais
 Definição
 Aplicação
 Classificação

Agregados
 Definição
 Aplicação
 Classificação
PEDRAS NATURAIS
ABNT define: “Rochas são materiais constituintes essenciais da crosta
terrestres provenientes da solidificação do magma ou de rochas
vulcânicas ou da consolidação de depósitos sedimentares, tendo ou não
sofrido transformações metamórficas”.

Geologia define: “Denomina-se rocha todos os elementos constituintes


da crosta terrestre, quaisquer que sejam a sua origem, composição e
estrutura”.
PEDRAS NATURAIS
• As rochas são os materiais mais antigos utilizados pelo homem pelo
fato de poderem ser empregadas sem grandes transformações em
relação ao seu estado original. É estimado que em 3.000 AC., as
rochas já eram utilizadas em formas primitivas de construções.
PEDRAS NATURAIS
• A pedra natural é um dos materiais utilizados há mais tempo na
construção devido à sua durabilidade, resistência e qualidade estética
que proporciona às construções.
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
• Com o surgimento das estruturas metálicas no século XIX e o
desenvolvimento do concreto armado no século XX, a rocha, como
material estrutural, sofreu forte impacto principalmente por não ter
uma resistência à tração da mesma ordem de grandeza de sua
resistência à compressão.
• A rocha de construção passou a ter seu campo de aplicação bem
definido e limitado: muros de arrimo, fundações pouco profundas,
blocos de pavimentação e agregado componente do concreto de
cimento Portland.
• Mas, é ainda como agregado em argamassas e concretos que hoje o
material ocupa novamente a primeira linha em importância dentre os
materiais de construção.
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
PEDRAS NATURAIS
• Classificação das rochas:

• Classificação Geológica

Rochas ígneas ou magmáticas: Formadas pela consolidação do material


proveniente de uma fusão total ou parcial do magma. Ex.: granito.
Rochas sedimentares: Formadas pela consolidação de sedimentos transportados
e depositados pela água ou pelo vento, ou seja: Ex.: calcário, gipsita.
Rochas metamórficas: Formadas pela alteração gradual das rochas sedimentares
ou das rochas ígneas pela ação de calor e altas pressões. Ex.: mármore.
PEDRAS NATURAIS
• Classificação das rochas:

• Classificação Tecnológica

Rochas silicosas: São rochas em que predomina a sílica (SiO2), têm as


maiores resistências mecânicas e maior durabilidade. Ex.: granito.
Rochas calcárias: Predomina o CaCO3. São rochas de boa resistência,
mas durabilidade considerada média. Ex.: mármore.
Rochas argilosas: Predomina a argila, têm baixíssima resistência
mecânica e baixíssima durabilidade. Ex.: ardósia.
PEDRAS NATURAIS
Rochas ígneas ou magmáticas
GRANITO
PEDRAS NATURAIS
Rochas sedimentares

Arenito amarelo

Calcita branca – sedimentar


Basalto negro - magmática
PEDRAS NATURAIS
Rochas metamórficas
MÁRMORE
AGREGRADOS
• Definição: Entende-se por agregado o material granular, sem forma e
volume definidos, geralmente inertes, de dimensões e propriedades
adequadas para o uso em obras de engenharia.

• São agregados as rochas britadas, os fragmentos rolados no leito dos cursos


d’água e os materiais encontrados em jazidas, provenientes de alterações de
rochas (areias).

• Geralmente eram classificados como naturais, aqueles que já são encontrados na


natureza sob a forma de agregados (ex.: areias e seixos) e artificiais os que
necessitem de um trabalho de afeiçoamento pela ação do homem a fim de
chegar à situação de uso como agregado (ex.: britas e pó-de-pedra).
AGREGRADOS
• Naturais: • Britados: • Artificiais: • Reciclados:
AGREGRADOS
Obtenção em jazida natural:
AGREGRADOS
Produção dos agregados por britagem:
AGREGRADOS
Produção dos agregados por britagem:
AGREGRADOS
Produção dos agregados por britagem:
AGREGRADOS
Produção dos agregados por britagem:
AGREGRADOS
Produção dos agregados por britagem:

Material sem graduação


definida – resultado do
britador primário
AGREGRADOS
Produção dos agregados por britagem:

Leva os fragmentos à
sua dimensão final
AGREGRADOS
Produção dos agregados por britagem:

Separa os grãos em
tamanhos diferentes,
conforme exigências de
normas
AGREGRADOS
Produção dos agregados por britagem:
AGREGRADOS
• Os agregados possuem diversas características e propriedades cujo
conhecimento e entendimento são fundamentais para a sua aplicação
em concretos e argamassas. Dentre elas, pode-se destacar:
• composição granulométrica,
• massa específica – massa/volume unitário (vazios),
• umidade,
• inchamento,
• impurezas,
• forma das partículas, e
• reatividade (C3A é o que possui maior reatividade inicial – início de pega).
AGREGRADOS
Composição volumétrica:

• Denomina-se composição granulométrica de um agregado a proporção


relativa, expressa em percentagem, dos diferentes tamanhos de grãos que
constituem o material.
AGREGRADOS
Composição volumétrica:

• Pode ser expressa pelo material que passa ou pelo material retido
acumulado, por peneira.
• Esta composição granulométrica tem uma grande influência nas
propriedades futuras das argamassas e concretos confeccionados
com este agregado. É determinada por peneiramento, através de
peneiras com determinadas aberturas, constituindo uma série
padrão.
AGREGRADOS
Composição volumétrica:

• No Brasil são utilizadas peneiras com malhas de forma quadrada, e


uma sequência tal que o lado de cada abertura tenha sempre o dobro
do lado da abertura da malha da peneira anterior, começando pela
peneira de 0,15 mm. Estas são denominadas peneiras da série
normal.
• Existem outras peneiras com aberturas diferentes das da série normal
utilizadas para a caracterização de dimensões características máximas
e mínimas das partículas, estas constituem a série intermediária.
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
• Definições - Quanto à sua composição granulométrica:
• Miúdos: aqueles cujos grãos passam pela peneira 4,75 mm e ficam retidos na
peneira 0,15 mm.
• Graúdos: aqueles cujos grãos passam por uma peneira de malha quadrada
com abertura nominal de 75 mm e ficam retidos na peneira de 4,75 mm.

Agregado graúdo (95%)

Agregado miúdo (95%)

0,075mm Filer
AGREGRADOS
Composição volumétrica:

• Dimensão máxima característica: abertura de malha, em mm, da


peneira da série normal ou intermediária, a qual corresponde a uma
% retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% da massa.
• Dimensão mínima característica: abertura de malha, em mm, da
peneira da série normal ou intermediária, a qual corresponde a uma
% retida acumulada igual ou imediatamente superior a 95% da massa.
• Modulo de finura: é o valor das somas das % retidas acumuladas nas
peneiras da série normal, dividido por 100.
AGREGRADOS
Composição volumétrica:

A) Contínua,
bem graduada

B) Descontínua
Favorece a resistência

C) Uniforme
Aumenta consumo de cimento
Farias, M. M. e Palmeira, E. M. ; IBRACON 2007)
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
Maior quantidade de
vazios exige um maior
consumo de pasta de
cimento

Aumenta custo
Aumenta retração
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
Módulo de finura
É a soma dos percentuais acumulados
em todas as peneiras da série normal,
dividida por 100. Quanto maior o módulo
de finura, mais grosso será o solo.
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
• Ensaio:
• A amostra para o ensaio deverá ser colhida no canteiro de obra, tendo-se o
cuidado de colher material de diferentes locais onde o agregado está
armazenado, tendo em vista sempre sua representatividade;
• No laboratório, a amostra deverá ser colocada em estufa para posterior
quarteamento. Este procedimento garantirá uma amostra representativa. O
ensaio deverá ser realizado com duas amostras.
• A massa mínima, por amostra de ensaio é estimada de acordo com a tabela
abaixo, onde a DMC (dimensão máxima característica) é estimada. Após o
ensaio, deve-se verificar se houve compatibilidade entre a DMC real com as
massas utilizadas nas amostras.
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
• Ensaio:
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
• Ensaio:
• Encaixa-se as peneiras observando-se a ordem crescente (base para topo) da
abertura das malhas.
• Coloca-se a amostra na peneira superior e executa-se o peneiramento, que
pode ser manual ou mecânico.
• Pesa-se o material que ficou retido em cada peneira. Procede-se novamente o
peneiramento até que, após 1 minuto de agitação contínua, a massa de
material passante pela peneira seja inferior a 1% do material retido.
• Confere-se a massa total do material retido nas peneiras e no fundo com a
massa seca inicial da amostra. A diferença não pode ultrapassar 0,3% da
massa inicial. A diferença pode ter sido causada ou por perda de material ou
por questão de sensibilidade da balança utilizada no ensaio.
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
• Ensaio:

• O somatório de todas as massas retidas nas peneiras e no fundo não pode diferir
mais de 0,3% da massa inicial da amostra;
• A porcentagem retida em cada peneira, por amostra, deve ser apresentada com
aproximação de 0,1%
• As amostras devem apresentar necessariamente a mesma dimensão máxima
característica ;
• Para uma mesma peneira, os valores da porcentagem retida não devem diferir mais
de quatro unidades entre as amostras;
• As porcentagens médias retida e acumulada devem ser apresentadas com
aproximação de 1%.
AGREGRADOS
Composição volumétrica:
• Ensaio:
AGREGRADOS
Massa específica:
• Massa específica aparente do agregado seco: relação entre massa de um
agregado seco e seu volume (volume de grãos incluindo os poros
permeáveis).
• Massa específica aparente do agregado saturado superfície seca: relação
entre a massa de um agregado na condição saturado superfície seca e seu
volume (volume de seus grãos incluindo os poros permeáveis).
• Massa específica: É a relação entre a massa de um agregado seco e seu
volume (volume de seus grãos excluindo os poros permeáveis).

• Determinação da massa específica para agregados miúdos:


• Processo do picnômetro
• Processo da balança hidrostática
AGREGRADOS
Massa específica:
Processo do Picnômetro
• Procedimento:
1. Pesa-se o picnômetro com água (Pag);
2. Retira-se um pouco da água do picnômetro e pesa-se a água que
ficou no picnômetro (mA);
3. Coloca-se uma pequena quantidade da amostra de agregado a ser
ensaiada no interior do picnômetro com o auxílio de um funil e
pesa-se (mB);
4. Pesa-se o picnômetro com amostra e água (Pag+a).
AGREGRADOS
Massa específica:
Processo do Picnômetro
• Procedimento:

Massa específica= m/(Pag – (Pag+a) –m)


m=mB-mA

• m = massa seca da amostra


• Pag = massa do picnômetro com água
• Pag+a = massa do picnômetro com água mais amostra
AGREGRADOS
Massa específica:
Processo do Picnômetro
• Procedimento:

O picnômetro permite rigoroso


Balança pesando o material Picnômetro com material sendo pesado controle de volume
AGREGRADOS
Massa específica:
Processo do Picnômetro
• Procedimento:
AGREGRADOS
Massa específica:
Processo da balança hidrostática - o princípio deste ensaio baseia-se na
lei de Arquimedes: “Todo corpo imerso num fluido está sujeito a uma
força de baixo para cima igual ao peso do líquido por ele deslocado”.

O valor do empuxo pode ser determinado pela diferença entre a massa


de uma amostra em condições normais e a sua massa imersa. Se o
fluido em questão for a água (densidade igual a 1) o valor desta força
será numericamente igual ao volume da amostra.
AGREGRADOS
Processo da balança hidrostática
Procedimento:
• a) Pesa o agregado (W);
• b) Pesa o agregado imerso em água (H),
pendurando a amostra em um fio ligado
ao prato da balança.
ME= W/(W – H)
W = peso a seco
H = peso imerso na água

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