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Os mais variados temas podem ser aproveitados para este exercício. Vamos
estabelecer algumas condições indispensáveis para o bom êxito a ser
alcançado, cujo emprego e importante:
1) Tomar uma postura, e permanecer nela, sem fazer movimento do corpo,
braços, etc.
2) Por os olhos fixamente sobre um ponto, a fim de ter toda a tensão psíquica
voltada para o assunto. Seria conveniente fechar os olhos c fixar o olhar sobre
a direção da ponta do nariz. Se causar mal-estar, fixa-lo mais distante. Pode
fazer-se, tambérn, com os olhos abertos mas, neste caso, ha perigo de
desatenção.
3) Escolher um lugar silencioso, se possível, e permanecer só. Procurar
pronunciar intimamente as palavras que formam as orações construídas,
buscando dar-lhes uma forma regular e gramaticalmente perfeita, tanto quanto
possível.
4) Realizar o exercício tantas quantas vezes se puder.
5) O tempo e indeterminado. A princípio bastam alguns segundos, depois
minutos. Uma meditação de 5 minutos já e ótima.
6) Os temas podem ser os mais variados, desde os mais simples aos mais
complexos.
A princípio escolhem-se os mais simples: por exemplo meditar sobre um dos
aforismos que oferecemos em nossas obras de oratória.
Toma-se um pensamento, e medita-se sobre ele. Realiza-se um discurso
interior, analisando todas as ideias, contidas na ideia exposta. Pode tomar-se
uma palavra e analisa-la, e assim complexionar o exercício, a pouco e pouco,
tanto quanto for possível.
Nunca desanimar encontrando dificuldades no princípio, porque estas são
naturais.
Não encontramos apoio as iniciativas inventivas, como as tem outros países.
Nosso povo, que tem revelado uma grande capacidade criadora, que muitos
brasileiros, por ignorância ou cegueira, não podem ver, não consegue ordenar
uma ampla ação, com modificações técnicas que facilitem e melhorem a
produção, porque, entre nos, embora pareça incrível, tudo se faz, para que os
inventores nacionais sejam coartados em sua ação.
No Brasil, todo inventor e recebido de antemão com desconfiança.
Para realização dos dois últimos itens, propomos ao leitor nossas obras:
“Filosofia e Cosmovisão”, “Lógica e Dialética”, e “Psicologia”.
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Os que não são dotados de boa memória, devem, no entanto, sem deixar-se
arrastar a um estado de excessiva preocupação, nem de dúvidas sobre
suas possibilidades, fazer alguns dos exercícios indicados, e executar as
providências, que passaremos a aconselhar.
a) Podemos iniciar por um exercício simples: olhar um objeto, fechar depois os
olhos, e passar a descrevê-lo mentalmente. Abrir logo após os olhos, e
verificar o que esquecemos e o que lembramos.
m) Ler alguns versos e decorá-los. Começar por uma quadra, depois duas,
finalmente um soneto, por exemplo. Procurar reproduzidos mentalmente, de
vez em quando.
23) Não deixe de cantarolar sempre que possa para ajudar a impostação da
voz.
6) Deseje com bastante ardor o que quer. Tudo quanto se deseja, com
bastante persistência e fé, acaba por adquirir-se.
13) Tudo quanto fizer procure fazer com cuidado e com a máxima
perfeição. As menores coisas devem ser feitas com a máxima atenção.
17) Evite dizer o que não sente, o que não está em seu coração.
Acabará por denunciar-se. Se quer seguir um rumo, uma ideia, um credo,
seja sincero no que segue, e dê-lhe toda a sua afetividade. A confiança no
que sente e no que diz infunde aos outros confiança.
20) Exercite sempre a unidade da oração. Não permita que seu discurso seja
rico num ponto e pobre noutro. Dê-lhe a coerência que é necessária.
21) Procure ser justo em seus actos e pratique o bem. Terá forças interiores
que se revelarão nos momentos preciosos.
Quem é interiormente forte, revela, através de suas expressões, a força que
o anima. Há muitos que dominam a palavra, mas sentimos logo às
primeiras frases que não sentem o que dizem, bem como não praticam
o que pregam.
22) Dê sempre relevo ao que diz de mais importante. Mas evite a ênfase
exagerada. Pronuncie com segurança e firmeza, fazendo as pausas
necessárias. Não há necessidades de patetismo, de volume excessivo de
voz. Basta que revele a certeza que tem no que diz. Todos respeitam
sempre o homem sincero, note bem.
28) Interesse-se sempre pelos outros, pense no que lhes pode ser melhor.
Crie à sua volta um ambiente de simpatia. São forças que alimentarão a
sua confiança em si.
30) Tome sempre parte em todas as obras sociais que estiverem ao seu
alcance. Seja ativo e converse com os outros, e sempre tenha palavras de
esperança e de optimismo.
33) Entre as ideias que lhe surgem, quando pretende falar, examine quais
são aquelas que conhece com segurança. Escolha estas, e deixe de lado
as outras.
39) Evite divagações e perder o fio do que diz. Evite a difusão, que é perder-
se em pormenores. Só associe ao discurso o que sirva para fortalecê-lo.
Evite perder-se em comentários.
42) Ao ler um artigo num jornal, faça interiormente a crítica. Será conveniente
que a escreva. Depois releia, e retire todas as palavras menos importantes,
reduzindo tudo à essência do pensamento. Faça tais exercícios para
alcançar a clareza e a sobriedade.
49) Tudo quanto escrever, corrija lendo alto, e evite os sons desagradáveis ou
a expressão chã.
Heteronomia
substantivo feminino
1 sujeição a uma lei exterior ou à vontade de outrem; ausência de
autonomia
2 qualidade ou estado do que é heterônomo
3 Rubrica: filosofia.
segundo Kant (1724-1804), sujeição da vontade humana a impulsos
passionais, inclinações afetivas ou quaisquer outras determinações que
não pertençam ao âmbito da legislação estabelecida pela consciência
moral de maneira livre e autônoma