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O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica autorizada a liquidação, à vista ou em parcelas, nas condições previstas nesta Lei, de dívidas oriundas de operações de crédito
contratadas com o extinto Banco do Estado da Bahia S.A. - BANEB, e cedidas ao Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico - FUNDESE ou à Agência de
Fomento do Estado da Bahia S.A. - DESENBAHIA.
I - pessoas físicas ou jurídicas que contrataram operações de crédito junto ao extinto BANEB, e cedidas ao FUNDESE ou à DESENBAHIA;
II - pessoas físicas ou jurídicas que são coobrigadas em operações de crédito contratadas junto ao extinto BANEB, e cedidas ao FUNDESE ou à
DESENBAHIA, na condição de fiador, avalista ou hipotecante.
Art. 3º - A liquidação da dívida poderá ser realizada à vista ou em parcelas, na forma que segue:
I - pagamento à vista:
a) para operações de crédito com saldo devedor de até R$100.000,00 (cem mil reais), a liquidação da dívida será realizada através do pagamento
de 40% (quarenta por cento) do valor do principal da dívida;
b) para operações com saldo devedor acima de R$100.000,00 (cem mil reais) e até R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), a liquidação
da dívida será realizada através do pagamento de 50% (cinquenta por cento) do valor do principal da dívida;
c) para operações com saldo devedor acima de R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) e até R$500.000,00 (quinhentos mil reais), a
liquidação da dívida será realizada através do pagamento de 60% (sessenta por cento) do valor do principal da dívida;
d) para operações com saldo devedor acima de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) e até R$1.000.000,00 (um milhão de reais), a liquidação da
dívida será realizada através do pagamento de 70% (setenta por cento) do valor do principal da dívida;
e) para operações com saldo devedor acima de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), a liquidação da dívida será realizada através do pagamento
de 80% (oitenta por cento) do valor do principal da dívida;
II - o pagamento parcelado poderá ser realizado em até 24 (vinte e quatro) parcelas mensais, com acréscimo de taxa de juros fixa de 15% (quinze por
cento) ao ano, calculado pelo sistema da Tabela PRICE, sobre o valor de liquidação da dívida estabelecido conforme disposto no inciso I do art. 3º desta Lei.
§ 1º - O saldo devedor e o valor do principal da dívida serão apurados conforme definidos no sistema de controle de ativos da DESENBAHIA,
devendo ser corrigidos até a data da liquidação.
§ 2º - Considera-se valor do principal da dívida, o valor cedido pelo BANEB, atualizado pela Taxa Referencial - TR do Banco Central do Brasil, a
partir da cessão do crédito até a data da liquidação ou parcelamento.
§ 3º - O valor da parcela mensal não poderá ser inferior a R$200,00 (duzentos reais), devendo o prazo do parcelamento ser ajustado para atendimento
desta limitação.
Art. 4º - Em caso de inadimplência das parcelas repactuadas, na forma do inciso II do art. 3º desta Lei, os benefícios concedidos serão cancelados e o
valor da dívida voltará a ser cobrada pelo seu valor integral, deduzidos dos valores efetivamente pagos.
Parágrafo único - A DESENBAHIA poderá manter os benefícios concedidos para pagamento de parcelas com atraso de até 150 (cento e cinquenta)
dias, cobrando mora de 1% (um por cento) ao mês sobre as parcelas em atraso.
Art. 5º - Fica estabelecido o prazo de 12 (doze) meses para adesão dos interessados aos benefícios previstos nesta Lei, contado da data da sua
publicação.
Parágrafo único - No caso de mutuários que estejam inadimplentes em outras operações de crédito junto à DESENBAHIA não beneficiadas por esta
Lei, somente poderão aderir a estes benefícios se efetuarem a renegociação de todos os contratos, qualquer que seja a fonte do recurso utilizado.
Art. 6º - A DESENBAHIA, ao final do prazo de adesão fixado no art. 5º desta Lei, deverá manter ou providenciar a imediata cobrança judicial dos
contratos em estado de inadimplência e não repactuados com base nesta Lei, de acordo com as políticas aplicadas por aquela instituição.
Parágrafo único - Os contratos que já são objeto de cobrança judicial deverão ter o acordo de renegociação homologado nos autos do processo
judicial, ficando as despesas de custas judiciais e honorários advocatícios, por conta do mutuário, incidentes sobre o valor de liquidação da dívida.
Art. 7º - Fica a DESENBAHIA, na qualidade de gestora do FUNDESE, conforme estabelece o art. 9º da Lei nº 7.599, de 07 de fevereiro de 2000,
autorizada a adotar as providências que se fizerem necessárias à aplicação da repactuação de que trata esta Lei, observadas as políticas e normas da instituição.
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