Você está na página 1de 3

Fonte: ENEL, 2018. Elaboração: IPECE.

Aproximadamente o 93% do território do Ceará apresenta clima semiárido, gerando índices


de precipitação baixos e balanços hídricos negativos, condições desfavoráveis para geração
de energia elétrica. Mas a elevada incidência solar anual é superior a diversos estados do
país e propicia um cenário competitivo para fontes naturais de energia como eólica e solar
(IPECE,2018).

O cenário de produção de energias renováveis no Ceará apresenta-se em estágio satisfatório


quando comparado às demais unidades federativas do país, sendo o 3° Estado em produção
de energia elétrica por fontes renováveis alternativas, não contabilizando neste cálculo as
fontes hidrelétricas e a biomassa.

Mesmo apresentando esses valores, é necessário que haja uma expansão da utilização de
fontes alternativas, política que vem sendo implementada pelo Governo do Estado nos
últimos anos. Sob essa perspectiva, o Ceará vem incentivando a expansão de
empreendimentos energéticos com uso de energias alternativas, com a previsão de uma
adição de 882.900 KW na capacidade de geração do Estado, proveniente de 35
empreendimentos previstos para os próximos anos (BIG ANEEL, 2018).

Observa-se a descentralização da produção de energia no Ceará, a produção de energia


termelétrica tem maior concentração na Região Metropolitana de Fortaleza, também
grande potencial de geração solar fotovoltaica nas regiões Sertões Central e Canindé e boas
condições anemométricas em função do relevo na Serra da Ibiapaba. (IPECE,2018)

Segue a figura que ilustra a distribuição espacial das usinas geradoras de eletricidade no
Ceará:
Fonte: SIGEL/ANEEL. Novembro - 2018. Elaboração: IPECE. *Com alteração.

Entretanto, esse crescimento só poderá ser realizado se houver uma mudança nas políticas
de inovação tecnológica para a criação de um novo cenário de distribuição de energia
elétrica. Inovações tecnológicas no Setor Elétrico exigem inovações
regulatórias para viabilizar os novos modelos de negócio associados aos novos
produtos e serviços, os quais ficarão cada vez mais à disposição dos
consumidores (IPECE, 2018).
Contudo, é importante que as políticas explícitas de incentivo estejam inseridas
em um contexto mais amplo e focadas no desenvolvimento de atividades
inovativas. A criação deste ambiente está associada à existência de políticas
implícitas que funcionam com base em uma estrutura de incentivos capaz de
criar condições atrativas para o investimento privado.

O modelo adotado de regulação econômica das distribuidoras


merece ser aprimorado, no sentido de compatibilizar as novas tendências
tecnológicas e a adoção das soluções mais eficientes do ponto de vista dos
custos, por parte de concessionárias, facilitando a difusão de novas tecnologias
no segmento.
Por outro lado, é possível associar este processo de construção do novo
paradigma tecnológico à existência de políticas públicas que estimulem o
desenvolvimento e a difusão de atividades inovativas, bem como às
preferências dos consumidores e seus diferentes níveis de renda, dada a
heterogeneidade econômica do mercado de energia elétrica. (CASTRO et al, 2019)

Referências:
https://www.ipece.ce.gov.br/wp-
content/uploads/sites/45/2018/12/ipece_informe_141_12_Dez2018.pdf

Políticas de inovação tecnológicas para segmento de distribuição de energia elétrica. CASTRO


et al, 20191

Você também pode gostar