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Atos Administrativos
Matéria: Direito Administrativo
Professor: Jonatas Albino do Nascimento
Direito Administrativo - Teoria e Questões comentadas
Professor Jonatas Albino do Nascimento

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olá, Pessoal!
Hoje trataremos do assunto atos administrativos. O conteúdo é bastante
rico em conceitos, portanto cresce de importância a prática por meio de
exercícios, preferencialmente todos os que constam na aula de hoje.
Não se assuste com a quantidade de página, pois há muitos esquemas
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para facilitar o entendimento!


Vamos lá!
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ATOS ADMINISTRATIVOS

Sumário
1 – Atos Administrativos x Fatos Administrativos ................................ 4
1.1 – Noções Introdutórias............................................................................................................. 4
2 – Elementos do Ato Administrativo ................................................... 5
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2.1 – Competência ......................................................................................................................... 6


2.2 – Finalidade .............................................................................................................................. 8
2.3 – Forma .................................................................................................................................... 9
2.4 – Motivo ................................................................................................................................... 9
2.5 – Objeto .................................................................................................................................. 11
2.6 – Mérito Administrativo ......................................................................................................... 11
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3 – Atributos dos Atos Administrativos .............................................. 12


3.1 – Presunção de Legitimidade e de Veracidade ...................................................................... 12
3.2 – Imperatividade .................................................................................................................... 13
3.3 – Autoexecutoriedade ............................................................................................................ 13
3.4 – Tipicidade ............................................................................................................................ 14
4 – Classificação dos atos administrativos ......................................... 14
4.1 – Atos Gerais e individuais ..................................................................................................... 14
4.2 – Atos Vinculados e Discricionários........................................................................................ 15
4.3 – Atos Internos e Externos ..................................................................................................... 16
4.4 – Atos Simples, Complexos e Compostos............................................................................... 16
4.5 – Atos de império, de gestão e de expediente....................................................................... 17
4.6 – Ato-regra, ato-condição e ato subjetivo. ............................................................................ 18
4.7 – Ato constitutivo, extintivo, modificativo e declaratório ..................................................... 19
4.8 – Ato válido, nulo, anulável e inexistente .............................................................................. 19
4.9 – Ato Perfeito, Eficaz, Pendente e Consumado...................................................................... 20
5 – Espécies de atos administrativos ................................................. 21
6 – Extinção dos Atos administrativos ............................................... 22
6.1 – Anulação .............................................................................................................................. 22
6.2 – Revogação ........................................................................................................................... 23
6.3 – Cassação .............................................................................................................................. 24
6.4 – Caducidade .......................................................................................................................... 24
7 – Convalidação................................................................................ 25

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8 – Conversão .................................................................................... 25
9 – Questões Comentadas ................................................................. 26
9.1 – CESPE ................................................................................................................................... 26
9.2 - ESAF ...................................................................................................................................... 58
10 – Lista de exercícios ..................................................................... 68
10.1 – CESPE ................................................................................................................................. 68
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10.2 - ESAF .................................................................................................................................... 82


11– Gabarito ...................................................................................... 88
12– Referencial Bibliográfico ............................................................. 89
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1 – Atos Administrativos x Fatos Administrativos

1.1 – Noções Introdutórias

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Fatos Jurídicos
(sentido estrito)
Fatos Jurídicos
(sentido amplo)
Atos
Atos Jurídicos
Administrativos
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Podemos definir os atos administrativos como os atos jurídicos


realizados pela Administração Pública e particulares delegatários sob
regime de direito público, cuja finalidade é a produção de efeitos
jurídicos imediatos em conformidade com o interesse público.
Quando a Administração atua desprovida de suas prerrogativas, sob
regime de direito privado, tais atos não são tidos como atos administrativos,
mas sim como atos da administração, conceito mais amplo que contém
todos os atos praticados pela Administração.
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Atos da
Adminstração

Atos da APU
Atos
regidos pelo Atos materiais
Administrativos
direito privado

2 – Elementos do Ato Administrativo

São cinco os elementos dos atos administrativo: competência,


finalidade, forma, motivo e objeto. Vamos analisar cada um deles em
seguida.

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Elementos dos atos


administrativos

Competência Finalidade Forma Motivo Objeto


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2.1 – Competência

Podemos definir competência como o conjunto de atribuições


definidas no ordenamento jurídico para os órgãos, entidades e
agentes públicos, com o objetivo de possibilitar o desempenho de suas
funções. Falando de forma mais simples, competência é definir quem faz o
quê.
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Competência definida por leis Originária

Demais casos Secundária

A competência é irrenunciável (inderrogável), pois o agente não pode,


ainda que voluntariamente, abrir mão da mesma. Quando um agente delega a
competência para se realizar determinada atividade, tal delegação é sempre
precária já que o agente delegante (quem possui a competéncia definida nas
leis) pode a qualquer tempo retirar a delegação. Por isso, dizemos que a
competência é intransferível, pois a titularidade continua com a autoridade
delegante.
Não pode o agente ser furtar a exercê-la quando a lei expressamente
determine que deve atuar. É um verdadeiro poder-dever de caráter
obrigatório. A competência não é extinta pelo decurso do tempo nem pela
falta do seu exercício, sendo por isso imprescritível.
A competência é também imodificável pela vontade do agente. Isso
decorre de tal elemento estar estabelecido em lei e ser sempre vinculado
(veremos isso adiante). A ideia é: se a lei atribui a competência, só idêntico
instituto pode modificá-la.

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Características da Competência

imodificável irrenunciável obrigatória intransferível imprescritível


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A delegação de competência é tipicamente um ato discricionário e


geralmente é feita entre órgãos/agentes subordinados. Entretanto é possível
a delegação entre órgãos não subordinados (Lei nº 9.784/99).
Diferentemente da delegação, a avocação não pode ser realizada
entre órgãos/agentes não subordinados uns aos outros. A avocação é
medida excepcional e deve sempre ser temporária.
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Delegação Avocação

• tipicamente ato • medida excepcional


discricionário • sempre temporária
• é possível entre orgãos • não pode ser realizada
não subordinados entre órgãos não
subordinados

 Usurpação de Função
Em tal situação, uma pessoa exerce atribuições de agentes públicos
sem ter tal condição. O ato praticado com tal vício não pode ser
convalidado, pois é tido como ato inexistente (nulo).
 Excesso de poder
Nessa situação o agente público atua além da sua competência,
adotando medidas que não poderia tomar no caso concreto. É uma espécie de
abuso de poder. Em certas situações, tal vício pode ser sanado por meio da
convalidação, conforme explicaremos adiante.
 Função de fato
Nesse caso, o agente público está irregulamente investido na função
pública. Por exemplo, uma mulher aos 17 anos toma posse em cargo público
cuja lei estabeleça como requisito a idade mínima de 18 anos. Nesse caso os
atos praticados devem ser considerados válidos se houver boa-fé do
administrado. Isso se deve pela teoria da aparência, já que seria

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praticamente impossível o administrado descobrir que o agente está


irregularmente investido.

Não tem competência para


praticar o ato
Usurpação
de função
Ato inexistente
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Atuou além da sua competência


Vícios de Excesso de
competência Poder
Passível de convalidação

Agente irregularmente
investido
Função de
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Fato
Atos válidos, se o
administrado agir de boa-fé

2.2 – Finalidade

Todo ato administrativo regulamente praticado tem como finalidade


geral (ou mediata) a satisfação do interesse público. Há, entretanto,
uma finalidade específica (ou imediata) para cada ato administrativo e
corresponde ao resultado que se espera que seja alcançado naquele
ato. Entenderam o conceito?
Os vícios no elemento finalidade podem ocorrer de duas formas. Na
primeria, o ato é praticado com finalidade diversa da especificada na lei.
Na segunda hipótese de desvio de finalidade é que o ato seja praticado na
busca de realização do interesse particular, e não do interesse público.
Independente de como ocorrer, o vício no elemento finalidade não
pode ser sanado através da convalidação.

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Finalidade

Vício não pode ser


convalidado
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Geral Específica

Objetivo
Interesse
imediato
público
daquele ato
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2.3 – Forma

Conceito Restrito Conceito Amplo

Todo o
Exterioração do procedimento de
ato final formação do ato

Aspecto Aspecto
estático dinâmico

Lei nº 9.784/99. Processo Administrativo Federal.


“Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma
determinada senão quando a lei expressamente a exigir.”

2.4 – Motivo

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Conforme explicamos em aula anterior, o motivo corresponde aos


pressupostos de direito e de fato que dão origem aos atos
administrativos.
 De direito: por que a lei deve estabelecer a situação que enseja a
execução do ato.
 De fato: quando ocorre a situação efetiva no mundo dos fatos que
justifica a prática do ato.
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Previsão legal
de direito
abstrata

Motivo

Ocorrência da
de fato
situação prevista
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Lei nº 9.784/99.
“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação
dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção
pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.”
Ainda, a lista trazida no artigo 50 acima transcrito é exemplificativa.

 Teoria dos Motivos Determinantes


Todos os atos têm motivo, mas não necessariamente motivação (salvo
os casos em que a lei expressamente determina que sejam expostos os
motivos da sua prática). Essa é a regra geral. Entretanto, caso um ato que
não precise ser expressamente motivado o faça, tal ato ficará
vinculado ao motivo exposto. A implicação disso é que caso tal motivo

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seja declarado inválido o ato também o será. Essa é a chamada teoria


dos motivos determinantes.

Teoria dos Motivos Determinantes


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Ao declarar expressamente os motivos de um ato, o mesmo fica


vinculado aos motivos expostos; ainda que tal divulgação não seja
obrigatória por lei

Se o motivo declarado for inválido ou inexistente o ato também deve ser


anulado
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2.5 – Objeto

Podemos definir objeto como o próprio conteúdo material do ato


administrativo ou como a alteração no mundo jurídico que o ato provoca
(efeito jurídico imediato).
O vício verificado no elemento objeto é insanável, pois se o conteúdo
do ato é inválido não é possível convalidá-lo, uma vez que o objeto é próprio
efeito externo do ato administrativo.

Conteúdo Efeito Jurídico Vício


material imediato INSANÁVEL

2.6 – Mérito Administrativo

O mérito administrativo é formado pelos elementos motivo e


objeto. O motivo é o que justifica a prática do ato; e o objeto é o próprio
conteúdo do ato. É fácil perceber a relação de causa e efeito entre um
elemento e o outro: se, numa dada situação, o administrador puder escolher
o motivo, obviamente o objeto acabará ocorrendo de acordo com o motivo
escolhido.

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Motivo
Mérito
Administrativo
Objeto
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O Poder Judiciário não pode avaliar o mérito administrativo. Essa


análise é privativa da própria Adminsitração Pública. Mas isso não quer dizer
que o atos discricionários estejam livres do controle do Judiciário. Já
estudamos que os atos são formados por cinco elementos: competência,
finalidade, forma, motivo e objeto. Os três primeiros são sempre vinculados e
podem ser avaliados pelo Judiciário.
A revogação é a possibilidade de que dispõe a Administração de retirar
do mundo jurídico seus próprios atos, sem a necessidade de recorrer ao
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Judiciário (com base no princípio da autotutela). A revogação é a retirada do


mundo jurídico de atos válidos, mas que porventura se tornaram
inconvenientes.
Como a revogação é originada do mérito administrativo, e não da
verificação de irregularidade, os seus efeitos jurídicos são sempre ex
nunc, ou seja, diferentemente da anulação, não retroagem, produzindo
efeitos apenas a partir da revogação.

3 – Atributos dos Atos Administrativos

Atributos dos atos administrativo são características específicas desses


atos sem as quais não seria possível alcançar os fins almejados pela
Administração Pública.

3.1 – Presunção de Legitimidade e de Veracidade

A presunção de legitimidade ou legalidade está ligada à presunção


relativa de que gozam todos os atos administrativos. De acordo com
este atributo, os atos administrativos, a princípio, foram praticados de
acordo com a lei, sendo, portanto, legítimos.
Já a presunção de veracidade nos informa que os atos administrativos
trazem informações condizentes com os fatos, portanto verdadeiras.
Dizemos que essas presunções são relativas (juris tantum), porque é
possível que o administrado prove que o ato foi praticado em
desconformidade com o prescrito na lei ou traz informações errôneas.
Como consequência da presunção da legitimidade e da veracidade, há
a inversão do ônus da prova.

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Presunção de legitimidade e de veracidade dos atos


administrativos

Presunção de
veracidade/
Relativa (juris Inversão do ônus
legitimidade das
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tantum) da prova
alegações da
Administração

3.2 – Imperatividade

O conceito de imperatividade está associado à capacidade que tem a


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Administração Pública de impor coercitivamente aos administrados os


seus atos. Esse atributo nem sempre está presente nos atos
administrativos.

Imperatividade

Capacidade da Administração Pública de impor coercitivamente seus


atos

Decorrência do poder extroverso

Impõe obrigações e restrições aos administrados

3.3 – Autoexecutoriedade

A autoexecutoriedade representa a possibilidade de a Administração


Pública executar diretamente seus atos sem necessidade de recorrer
ao Poder Judiciário. Assim como a imperatividade, nem todo ato possui
tal atributo. Segundo a Professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, esse
atributo está presente nas seguintes situações:
 Estiver expressamente previsto em lei; e
 Se tratar de medida urgente, cuja demora na implementação possa
gerar prejuízo ao interesse público.

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Situações onde há
Executoriedade

Urgência quando a demora


Expressamente previstos em
possa gerar prejuízo ao
lei
interesse público
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Administração
Pública pode
Executoriedade executar seus
Autoexecutoriedad próprio atos
e O particular é obrigado
a cumprir o solicitado
Exigibilidade
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pela Administração
Pública

3.4 – Tipicidade

A tipicidade corresponde ao fato de que todo ato administrativo deve


adotar um modelo (tipo) de ato previamente definido em lei, não sendo
possível que o agente público competente execute um ato inominado e sem
previsão legal. Para cada finalidade específica há um tipo de ato.

Limita a discricionariedade Inviabiliza o uso de atos


administrativa inominados

Tipicidade

Funciona como garantia para o


Só se aplica aos atos unilaterais
administrado

4 – Classificação dos atos administrativos

4.1 – Atos Gerais e individuais

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Quanto aos destinatários, os atos podem ser gerais (ou normativos)


e individuais (ou especiais). Os primeiros não têm destinatários
determinados enquanto que os atos individuais têm os seus destinatários
definidos.
No caso dos atos individuais, tais atos podem ser singulares (um único
destinatário) ou plúrimo (mais de um destinatário).
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Quanto aos
destinatários

Gerais Individuais
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destinatários indeterminados destinatários determinados

4.2 – Atos Vinculados e Discricionários

Quanto ao grau de liberdade, os atos administrativos podem ser


vinculados ou discricionários. Nos atos vinculados o agente público não
dispõe de qualquer margem de valoração quanto à conveniência e à
oportunidade. Se os requisitos forem atendidos, o ato deve ser realizado. O
exemplo clássico é a licença de funcionamento de um estabelecimento:
atendidas as condições para funcionamento, a licença deve ser concedida.
Já os atos discricionários possuem certa margem para valoração na
sua execução por meio do chamado mérito administrativo, formado pelos
elementos motivo e objeto. A aplicação de penalidades geralmente tem
caráter discricionário, pois várias vezes o superior pode avaliar a
conveniência e oportunidade de aplicar certa penalidade. Um dos exemplos
mais citados de ato discricionário é a autorização.
Ato Vinculado Ato Discricionário
Elementos
Vinculado? Discricionário? Vinculado? Discricionário?
Competência X X
Finalidade X X

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Forma X X
Motivo X X
Objeto X X

4.3 – Atos Internos e Externos


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Quanto aos efeitos produzidos, os atos podem ser classificados em atos


internos e externos. Os atos internos não impactam os adminstrados,
atingido apenas a própria Administração e seus agentes.
Em regra, os atos internos não geram direitos adquiridos e podem
ser revogados a qualquer tempo. Tais atos não precisam ser
publicados. Devemos salientar: caso o ato onere de qualquer forma o
patrimônio público, precisará ser publicado.
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Já os atos externos são aqueles que geram direitos e obrigações aos


administrados e por isso devem ser publicados, sendo tal formalidade pré-
requisito para sua vigência e eficácia.

Atos Internos Atos Externos

Efeitos dentro da APU Impactam administrados

Não precisam de publicação Devem ser publicados

4.4 – Atos Simples, Complexos e Compostos

Atos simples são aqueles que decorrem de única manifestação de


vontade de um órgão/autoridade. Este ato pode ser simples unipessoal
(singular), que é o ato em que apenas um agente se manifesta, ou pode ser
um ato simples colegiado, quando a decisão ocorre de forma colegiada (com
vários agentes públicos).
Nos atos complexos temos a manifestação da vontade de dois ou
mais órgãos/autoridades. Percebam que o ato só é perfeito após a

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manifestaçãos de todos os órgãos/autoridades envolvidos. Como


exemplo, podemos citar as portarias conjuntas do Banco Central do Brasil com
o Conselho Nacional de Justiça.
É muito importante entender que o ato complexo representa um único
ato com a manifestação de mais de uma vontade. Essa situação é muito
diferente de um procedimento administrativo em que diversos atos são
praticados.
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Por último, temos os atos compostos. Aqui existe um ato com


manifestação de uma única vontade, mas que para ser publicado e ter seus
efeitos materializados fica dependendente de um outro ato cuja função é
autorizar a prática do ato principal. Nesse caso, dizemos que o segundo
ato tem características meramente instrumentais.

•Manifestação única de vontade (órgão/autoridade)


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•Vários agentes podem participar da decisão


Simples •Um ato

•Manifestação de mais de uma vontade (órgão/autoridade)


•Ato só completa seu ciclo de formação com a
manifestação da vontade de todos
Complexo •Um ato

•Manifestação de única vontade, mas para produção de


efeitos é necessária a edição de outro ato (instrumental)
Composto •São necessários, no mínimo, dois atos

4.5 – Atos de império, de gestão e de expediente

Atos de império são aqueles praticados de ofício pela Administração


Pública e que impõem coercitivamente obrigações e restrições aos
administrados, independentemente da sua vontade. São resultados do poder
de império ou do poder extroverso. Podemos citar, como exemplo, a
apreensão de mercadorias sem os comprovantes de propriedade.
Atos de gestão são aqueles que a Administração usa na gestão da
coisa pública, garantindo a manutenção das atividades do seu dia-a-dia,
administrando os bens e serviços. Temos como exemplo a autorização de uso
de um bem público.

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Atos de expediente são atos internos sem conteúdo decisório


relacionados às rotinas de trabalho do serviço público. O encaminhamento
de documentos dentro da repartição serve como exemplo de tal tais atos.

Resultam do poder
Atos de Império
extroverso
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Gestão do Patrimônio
Atos de Gestão
Público

Rotinas internas da
Atos de Expediente
repartição

4.6 – Ato-regra, ato-condição e ato subjetivo.


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 Ato-regra. São atos que criam situações gerais, abstratas e


impessoais que podem a qualquer tempo ser modificadas, sem que
que se possa invocar direito adquirido. Ex.: a publicação de uma
portaria da Receita Federal para normatizar as deduções do Imposto de
Renda.
 Atos Subjetivos. São atos que criam situações particulares,
concretas e pessoais e produzem efeito a partir da manifestação das
partes envolvidas. Não podem ser unilateralmente modificadas. Ex.:
Contrato.
 Ato-Condição. São atos praticados por alguém que atendeu
determinanda condição definida nos atos-regra, como o agente
que toma posse em cargo público. O indivíduo que o pratica passa a se
sujeitar a um conjunto de normas.

Ato-regra Ato Subjetivo Ato-condição

- Gerais - Particulares - Ato praticado


por quem
- Abstratos - Concretos
atendeu condição
- Não geram - Geram direito definida no ato
direito adquirido adquirido regra

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4.7 – Ato constitutivo, extintivo, modificativo e declaratório

Atos constitutivos são aqueles que criam, extinguem ou modificam


uma nova situação jurídica individual dos seus destinatários com a
Administração Pública. A nomeação de um servidor para cargo em comissão é
um exemplo de tal ato.
Atos extintivos ou descontitutivos são aquelas que terminam uma
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situação jurídica, como a demissão de um servidor público ou a anulação de


uma licença de funcionamento.
Atos modificativos são responsáveis por modificar as situações
existentes sem suprimir direitos ou obrigações. A alteração de um
processo de trabalho é um possível exemplo.
Os atos declaratórios apenas declaram a existência de um fato ou
de uma situação jurídica preexistente. Funciona como ateste de algo. Por
suas caracterísitcas, não criam situações jurídicas novas.
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Os atos enunciativos são abordados por alguns autores como sendo


atos que fazer um juízo de valor de uma determinada situação, como os
pareceres.

4.8 – Ato válido, nulo, anulável e inexistente

Ato válido é aquele que está em conformidade com o ordenamento


jurídico, que engloba tanto as leis em sentido estrito, a legislação e os
princípios da Administração Pública. Tal ato, para ser considerado válido, deve
ter respeitado todos os requisitos necessários no seu processo de
formação.
Ato nulo é aquele que tem algum vício insanável (não é passível de
convalidação). Em decorrência do atributo da presunção de legitimidade, todo
ato nasce com força obrigatória, cabendo ao administrado posteriormente
provar o vício.
O ato nulo, ao ser anulado, tem seus efeitos cancelados com
eficácia ex tunc (efeito retroativo), salvo em relação aos efeitos já
produzidos perante os terceiros de boa-fé. Percebam que não é correto
falar em direito adquirido em um ato nulo, mas apenas na manutenção dos
efeitos já consolidados com os terceiros que não tinham intenção de agir
contra a lei.
Ato inexistente é aquele que possui aparência de ter sido
produzido pela Administração Pública, mas que não se originou de
agente público, como ocorre com o usurpador de função. A principal
diferença desse ato para o ato nulo é que nem os efeitos perante os
terceiros de boa-fé são mantidos nos atos inexistentes, não existindo

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também prazo que para que um ato inexistente seja reconhecido, diferente
dos anos nulos que precisam ser anulados em cinco anos.

•Anulação tem efeitos retroativos


Ato Nulo •Preservam efeitos perante terceiros
de boa-fé
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•Declaração de inexistente tem efeitos


Ato retroativos
Inexistente •Nenhum efeito é preservado

4.9 – Ato Perfeito, Eficaz, Pendente e Consumado


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Esta classificação está relacionada ao processo de formação e a


possibilidade de produção de efeitos.
Ato perfeito é aquele que está pronto, que já completou seu ciclo
de formação. Como percebemos, a perfeição está associada à finalização das
etapas de formação do ato.

Já completou
Ato Perfeito Ato pronto seu ciclo de
formação

Ato eficaz é aquele que está pronto para produzir todos os efeitos
que lhe são próprios. Notem que um ato inválido pode ser eficaz, já que
está apto a produzir efeitos.
Ato pendente é aquele que, apesar de perfeito, ainda não pode
produzir efeitos pois ainda não ocorreu a condição (evento futuro e
incerto) ou o termo (evento futuro e certo) para que tal ato possa se
tornar eficaz.
Ato consumado é aquele que já produziu todos os efeitos que
poderia, estando agora impossibilitado de produzir novos efeitos.
Ato ineficaz é o ato que ainda não pode efetivamente produzir os
efeitos que lhe são próprios.

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Quanto à
possibilidade de
produzir efeitos

Ato Eficaz Ato Pendente Ato Consumado


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Ato perfeito, mas


que falta
Pronto para Já produziu todos
termo/condição
produzir seus efeitos os efeitos
para produzir
efeitos
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5 – Espécies de atos administrativos

Temos diversas espepécies de atos administrativos. Faremos uma


abordagem objetiva do que você precisa realmente saber para fazer uma
excelente prova.
 Atos Normativos
Atos normativos são aqueles que contêm determinações gerais e
abstratas, não possuem destinatários determinados e se aplicam a todas
as situações neles regulamentadas.
 Atos Ordinatários
São atos internos cujos destinatários são servidores públicos.
Têm por objetivo possibilitar o adequado desempenho da função
pública. Podemos citar, como exemplo, as circulares internas das repartições
públicas, as portarias, os avisos e as ordens de serviço.
 Atos Negociais
Representam atos em que o administrado requeira da
Administração Pública anuêcia prévia para realizar determinada
atividade de interesse dele ou exercer determinado direito. Por óbvio,
todos os atos (inclusive os negociais) não podem se afastar da finalidade de
alcançar o interesse público.
Esses atos podem ser vinculados ou discricionários. Nos primeiros, a
Administração reconhece um direito do particular, não havendo como negar tal
ato se os particulares atenderem os requisitos estabelecidos em lei.

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Um tipo específico de ato vinculado são os atos definitivos, que são


aqueles praticados devido a um direito individual do requerente. Um
excelente exemplo desse ato é a licença por meio de um alvará de
funcionamento.
 Atos Enunciativos
São atos em que é emitido um juízo de valor, uma opinião sobre
determinada situação. Num aspecto mais abrangente, tais atos também
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englobam os atos de conteúdo meramente declaratório.


Os atos enunciativos em sentido restrito (emissão de juízo de
valor) não produzem efeitos jurídicos, pois representam apenas a emissão
de uma opinião. Já os atos declaratórios podem ter efeitos jurídicos, como a
emissão de uma certidão negativa de débito. É importante salientar que
alguns atores entendem que os atos declaratórios não geram efeitos jurídicos.
 Atos Punitivos
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Atos punitivos são atos que impõem sanções aos administrados e


aos servidores públicos. Podem ser originados do poder disciplinar,
quando for empregado naqueles que têm vínculo com a Administarção
Pública – agentes públicos e administrados.
Já quando decorrem do poder de polícia, tais atos recaem sobre
aqueles administrados que não têm vínculo com a Administração.

Atos
Punitivos
Decorrente
do

Poder de Poder de
Disciplinar Polícia

Quem tem Quem não tem


vínculo com a vínculo com a
Administração Administração

6 – Extinção dos Atos administrativos

6.1 – Anulação

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A anulação está associada à retirada do mundo jurídico de ato com


vício relativo à legalidade ou legitimidade. É importante entender que a
anulação não tem ligação com análise de conveniência e oportunidade.
O vício (defeito) pode ser sanável ou insanável. No primeiro caso, a
Administração pode anular o ato ou convalidá-lo. Já no segundo caso a
Administração deve anular o ato.
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Sanável pode anular

Vício

Insanável deve anular


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Tanto os atos vinculados quanto os discricionários são suscetíveis de


anulação. O que não pode ocorrer é a anulação por análise do mérito
administrativo.

 Jurisprudência do STF
Segundo o STF, qualquer ato que venha a repercutir
negativamente sobre os interesses do cidadão deverá ser
precedido de procedimento em que sejam assegurados o
contraditório e ampla defesa. A ideia é que, apesar de a
Administração dispor da autotutela (possibilidade de anular seus
próprios atos), tal ação pode repercutir severamente na vida dos
administrados e por isso nada mais justo que este possa se
pronunciar no caso, conforme os princípios constitucionais do
contraditório e da ampla defesa. Ainda, segundo a Corte Maior não
basta a previsão de recurso administrativo da decisão já
tomada. A possibilidade de manifestação do particular deve ser
prévia. (Súmula 473 e AI 710085 SP)

6.2 – Revogação

Revogação consiste em retirar (revogar) ato administrativo válido


e legítimo do mundo jurídico, mas que por algum motivo deixou de ser
oportuno ou conveniente. É consequência do poder discricionário.
Produz efeitos apenas prospectivos (ex nunc), mantendo os efeitos
já constituídos.

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É importante dizer que alguns atos não podem ser revogados. Segundo
a doutrina, não podem ser revogados os seguintes atos:
 Atos consumados - como esses atos já tiveram seus efeitos
materializados, não se deve falar em revogação;
 Atos Vinculados – diversas vezes a Administração não tem qualquer
margem para avaliar se o ato deve ou não ser realizado, logo não
pode também, com base na análise do mérito administrativo,
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revogar tais atos;


 Atos que já geraram direitos adquiridos – se a lei não pode
retirar um direito adquirido, muito menos um ato administrativo
poderia revogá-lo;
 Atos que integram um procedimento – quando um ato está
imerso num procedimento, não é possível revogar um dos atos da
cadeia se o procedimento já estiver em uma fase posterior; e
 Atos materiais - que correspondem aos atos de mera execução de
determinadas atividades.
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Atos irrevogáveis

geraram
integram um
materiais procedimento vinculados consumados direito
adquirido

6.3 – Cassação

Cassação corresponde à extinção de ato administrativo por seu


beneficiário ter deixado de atender requisito necessário para a
manutenção do benefício. Acaba funcionando como espécie de sanção para
o administrado.

6.4 – Caducidade

Representa a extinção de um ato decorrente da vigência de nova


legislação, que impede a manutenção da situação anteriormente vigente.
Surge uma nova norma que contraria aquela que permitia a execução do ato.

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7 – Convalidação

O instituto da convalidação está normatizado na esfera federal. Vejamos


o que diz a Lei nº 9.784/99:
“Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.”
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não acarretem lesão ao


não gerem prejuízos a terceiros
interesse público

Requisitos para convalidação de atos


administraivos
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decisão discricionária da
defeitos sanáveis
Administração Pública

Há na doutrina certo consenso quanto aos vícios sanáveis. Seriam


eles:
 Vício de competência, desde que que não se trate de competência
exclusiva; e
 Vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento
essencial de validade do ato.

8 – Conversão

A conversão é o instituto em que um ato nulo de determinada


espécie é transformado em ato diverso, com efeitos retroativos (ex
tunc), por meio da alteração do enquadramento legal do ato. Podemos
dizer que um ato é trocado por outro, cuja prática é legítima.

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9 – Questões Comentadas

9.1 – CESPE
1. (CESPE / Técnico Judiciário / TJ-SE / 2014)
No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os próximos itens.
O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos
por ele mesmo produzidos.
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Comentários.
Afirmativa correta. Quando o Poder Judiciário atuar no controle dos atos da
Administração Pública o fora mediante anulação, pois sua análise estará
pautada na legalidade dos atos, mesmo quando discricionários.
Gabarito 1. Certo.
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2. (CESPE/ Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador


Federal/TJ-DFT/2015)
A respeito das sociedades de economia mista, da convalidação de atos
administrativos, da concessão de serviços públicos e da desapropriação, julgue
o item a seguir.
Situação hipotética: Poucos dias depois de determinado ato administrativo de
autoridade competente ter concedido licença e férias a servidor do TJDFT,
verificou-se que o servidor não tinha direito à licença. Novo ato foi, então,
praticado, retirando-se a concessão da licença e ratificando-se a concessão
das férias.
Assertiva: Nesse caso, o ato posterior convalidou o anterior, por meio de
ratificação.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Não é o caso de convalidação, pois não temos vício de
forma ou competência. O que ocorre é uma reforma ou retificação do ato
inicial. Isso ocorre por meio da prática de ou outro ato que, no caso da
questão, conserva o conteúdo que estava correto.
Gabarito 2. Errado.

3. (CESPE / Oficial Técnico de Inteligência / ABIN / 2010)


A respeito do mandado de segurança, julgue o item a seguir.
Os atos de gestão não possuem o requisito da supremacia, por isso, são
meros atos da administração e contra eles não cabe interposição de mandado
de segurança.

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Comentários.
Afirmativa correta. Segundo a CF/88, conceder-se-á mandado de segurança
para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público.
Um ato gestão é sujeito ao direito privado, estando administração e
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administrado em situação de igualdade na relação jurídica em questão.


Gabarito 3. Certo.

4. (CESPE/ Diplomata / Instituto Rio Branco / 2015)


No que diz respeito à organização dos poderes, ao princípio da legalidade e ao
controle dos atos administrativos, julgue (C ou E) o seguinte item.
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O controle jurisdicional dos atos administrativos está limitado aos aspectos da


competência, do motivo e do objeto; assim, não se pode considerar como
legítimo o controle da discricionariedade administrativa, mesmo que se dê à
luz de princípios como moralidade, eficiência e razoabilidade.
Comentários.
Afirmativa incorreta. O Poder Judiciário estará impedido de adentrar apenas ao
mérito administrativo. Pode, no entanto, analisar aspectos como a moralidade,
pressuposto de validade do ato administrativo, como está consolidado em
jurisprudência pátria.
Ainda, poderá adentrar à análise da razoabilidade de atos punitivos, por
exemplo, quando o exagero configurar arbitrariedade.
Gabarito 4. Errado.

5. (CESPE / Analista Legislativo / Câmara dos Deputados / 2014)


A respeito do regime jurídico administrativo, julgue o item a seguir.
Os atos administrativos podem ser exarados por órgãos públicos ou por
particulares mediante delegação.
Comentários.
Afirmativa correta. Os particulares que estiverem incumbidos da atividade
administrativa expedirão atos administrativos, quando assim for o caso.
Exemplo: cartórios, concessionários. Trata-se de particular que presta serviço
público, podendo praticar atos administrativos.
Gabarito 5. Certo.

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6. (CESPE / Analista de Controle Externo / TCU / 2009)


No que se refere aos atos administrativos, julgue o item seguinte.
Quando um governador de estado edita uma norma, a motivação de seu ato
poderá ser apresentada sob a forma de considerandos, que será caracterizada
como a narrativa do motivo.
Comentários.
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Afirmativa correta. É forma de motivação bastante encontrada nos atos


administrativos. Nela a autoridade se refere a outros documentos ou situações
que irão respaldar o ato que é editado.
Gabarito 6. Certo.

7. (CESPE / Advogado da União / AGU / 2015)


O titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação redigiu e submeteu à
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análise de sua consultoria jurídica minuta de despacho pelo indeferimento de


pedido da empresa Salus à habilitação em dada política pública
governamental. A despeito de não apresentar os fundamentos de fato e de
direito para o indeferimento, o despacho em questão invoca como fundamento
da negativa uma nota técnica produzida no referido ministério, cuja conclusão
exaure matéria coincidente com aquele objeto do pedido da empresa Salus. A
propósito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, relativo à
forma dos atos administrativos.
Na hipótese considerada, a minuta do ato do ministro apresenta vício de forma
em razão da obrigatoriedade de motivação dos atos administrativos que
neguem direitos aos interessados.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Na hipótese considera, temos a motivação aliunde, que
cita outro documento, não constituindo vício.
Há a possibilidade de em um determinado ato ou decisão administrativa ser
referenciado um motivo exposto em outro documento/processo, a chamada
motivação aliunde (“de outro lugar”). Tal formalidade é tida como válida no
nosso ordenamento jurídico.
Gabarito 7. Errado.

8. (CESPE / Advogado da União / AGU / 2015)


O titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação redigiu e submeteu à
análise de sua consultoria jurídica minuta de despacho pelo indeferimento de
pedido da empresa Salus à habilitação em dada política pública
governamental. A despeito de não apresentar os fundamentos de fato e de

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direito para o indeferimento, o despacho em questão invoca como fundamento


da negativa uma nota técnica produzida no referido ministério, cuja conclusão
exaure matéria coincidente com aquela objeto do pedido da empresa Salus. A
propósito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, relativo à
forma dos atos administrativos.
O ato em questão — indeferimento de pedido — deve ser prolatado sob a
forma de resolução e não de despacho.
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Comentários.
Afirmativa incorreta. Deve ser realizado por meio de despacho. A resolução
tem natureza normativa, enquanto o despacho tem natureza decisória.
Gabarito 8. Errado.

9. (CESPE/Advogado da União/AGU/2015)
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Julgue o próximo item, referente à utilização dos bens públicos e à


desapropriação.
Se os membros de uma comunidade desejarem fechar uma rua para realizar
uma festa comemorativa do aniversário de seu bairro, será necessário obter
da administração pública uma permissão de uso.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Nesse caso, uma vez que inexiste interesse público no
ato a ser praticado, trata-se da autorização.
Gabarito 9. Errado.

10. (CESPE / Conhecimentos Básicos - Exceto para os cargos 3 e 6 /


TCE-SC / 2016)
Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item
que se segue.
Situação hipotética: Diante da ausência de Maria, servidora pública ocupante
de cargo de nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível
médio, recém-formado em Economia, elaborou determinado expediente de
competência exclusiva do cargo de nível superior ocupado por Maria.
Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder na modalidade
excesso de poder.
Comentários.
Afirmativa correta. Nessa situação o agente público atua além da sua
competência, adotando medidas que não poderia tomar no caso concreto. É
uma espécie de abuso de poder.

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Gabarito 10. Certo.

11. (CESPE/Auditor Fiscal de Controle Externo/TCE-SC/2016)


Julgue o próximo item, a respeito de atos administrativos e poderes
administrativos.
O abuso de poder administrativo pode assumir tanto a forma comissiva quanto
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omissiva.
Comentários.
Afirmativa correta. O abuso de poder pode ocorrer como desvio de finalidade /
poder ou excesso de poder. Apenas o desvio de finalidade / poder pode
ocorrer na forma omissiva.
Gabarito 11. Certo.
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12. (CESPE / Técnico do Seguro Social / INSS / 2016)


Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos.
A autoexecutoriedade é atributo restrito aos atos administrativos praticados no
exercício do poder de polícia.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Em que pese a autoexecutoriedade ser um dos atributos
do Poder de Polícia, não é exclusividade dos atos a ele relacionados, podendo,
sim, estar presente em atos de forma geral, desde que previsto em lei.
Gabarito 12. Errado.

13. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Com relação aos atos administrativos e suas classificações, julgue o item
seguinte.
Motivação, finalidade, competência, forma e objeto constituem elementos
obrigatórios do ato administrativo e requisitos de validade da sua prática, de
modo que a ausência de qualquer um desses elementos implica a nulidade do
ato praticado.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Trata-se de uma pegadinha em que o examinador
colocou motivação no lugar de motivo.
Não podemos confundir o conceito de motivo com motivação. A motivação
corresponde a exposição dos motivos que justificaram a realização de um ato.
Todo ato administrativo possui motivo, mas nem todos têm motivação.

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Gabarito 13. Errado.

14. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Com relação aos atos administrativos e suas classificações, julgue o item
seguinte.
Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração pública
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como se fosse pessoa privada, o que afasta a supremacia que lhe é peculiar
em relação aos administrados. Atos administrativos de império, por sua vez,
são aqueles praticados de ofício pelos agentes públicos e impostos de maneira
coercitiva aos administrados, os quais estão obrigados a obedecer-lhes.
Comentários.
Afirmativa correta. Trata-se da classificação dos atos administrativos quanto à
prerrogativa. Podem ser atos de gestão, de império ou de expediente.
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Atos de expediente são atos internos sem conteúdo decisório relacionados às


rotinas de trabalho do serviço público. O encaminhamento de documentos
dentro da repartição serve como exemplo de tal tais atos.
Gabarito 14. Certo.

15. (CESPE / Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 18, 19, 37 e 38 /


TCE-PA / 2016)
Acerca de função administrativa e atos administrativos, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um diretor de tribunal de contas editou ato administrativo
com desvio de finalidade. Após correição, o vício foi detectado e comunicado
ao presidente do tribunal.
Assertiva: Nessa situação, o presidente poderá avocar para si a competência
administrativa pertinente e convalidar o ato administrativo.
Comentários.
Afirmativa incorreta. O vício atinge a finalidade do ato administrativo, portanto
insanável. O vício poderá ser sanável quando atingir a competência ou a
forma.
Gabarito 15. Errado.

16. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O ato administrativo somente poderá ser realizado de forma válida se o
agente responsável pela sua elaboração tiver poder legal para praticá-lo.

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Comentários.
Afirmativa correta. A competência é um dos elementos do ato administrativo.
Trata-se, no entanto, de vício sanável quando a competência não for
exclusiva.
Podemos definir competência como o conjunto de atribuições definidas no
ordenamento jurídico para os órgãos, entidades e agentes públicos, com o
objetivo de possibilitar o desempenho de suas funções. Falando de forma mais
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simples, competência é definir quem faz o quê.


Gabarito 16. Certo.

17. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O conceito de ato administrativo é praticamente o mesmo de ato jurídico,
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diferindo o primeiro do segundo por ser aquele uma categoria informada pela
administração de áreas meio.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Atos administrativos podem ser considerados espécie do
gênero atos jurídicos. Não se confundem, pois os atos administrativos são
emanados pelo Poder Público, estando, portanto, submetidos a regime jurídico
de direito público.
Ademais, os atos administrativos estão presente tanto nas áreas meio como
nas áreas fim, pois são a forma de a administração por em prática as ordens
de suas entidades, órgãos e agentes.
Gabarito 17. Errado.

18. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
Atos administrativos ilegítimos ou ilegais podem ser anulados tanto pela
própria administração quanto pelo poder judiciário.
Comentários.
Afirmativa correta. A Administração tem o poder / dever de anular seus atos
quando eivados de vícios, com base no princípio da autotutela. Por outro lado,
o Poder Judiciário, quando provocado, poderá também anular os atos
administrativos viciados.
Gabarito 18. Certo.

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19. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


A respeito do controle da administração pública, do processo administrativo e
da licitação, julgue o item a seguir.
A má-fé do destinatário, quando comprovada, afasta a incidência do prazo
decadencial conferido à administração para anular o ato administrativo.
Comentários.
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Afirmativa correta. A lei que regula o processo administrativo em âmbito


federal cita no seu artigo 54 o prazo de 5 anos para que a Administração
possa anular atos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários. No
entanto, quando for comprovada má fé esse prazo não será aplicável.
Lei nº 9.784/99. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai
em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
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Gabarito 19. Certo.

20. (CESPE / Auditor Fiscal de Controle Externo / TCE-SC / 2016)


Julgue o próximo item, a respeito de atos administrativos e poderes
administrativos.
Realizado o procedimento licitatório e celebrado o contrato administrativo, é
admissível que a administração revogue o ato de adjudicação do objeto ao
vencedor.
Comentários.
Afirmativa incorreta. O enunciado cita que já foi assinado o contrato. Atos de
procedimentos são irrevogáveis, pois ocorre a preclusão (direito da
Administração de revogar o ato) quando o procedimento ou ato seguinte é
realizado.
Gabarito 20. Errado.

21. (CESPE / Técnico do Seguro Social / INSS / 2016)


Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos.
O ato praticado por agente não competente para fazê-lo poderá ser
convalidado discricionariamente pela autoridade competente para sua prática,
caso em que ficará sanado o vício de incompetência.
Comentários.

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Afirmativa correta. O vício de competência, juntamente com a forma, vícios


passíveis de convalidação, que se trata de ato discricionário por parte da
autoridade competente. Ou seja, ela não está obrigada a fazê-lo.
Gabarito 21. Certo.

22. (CESPE / Agente Administrativo / DPU / 2016)


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Acerca de ato administrativo e de procedimento de licitação, julgue o item


seguinte.
Caso seja necessário, a administração pública poderá revogar ato
administrativo válido e legítimo.
Comentários.
Afirmativa correta. No entanto, a Lei de Licitações impõe algumas
condicionantes, como fato superveniente devidamente comprova. Segue
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abaixo a reprodução do artigo 49, que respalda a nossa resposta.


Lei de Licitações. Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do
procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse
público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente
e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de
ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente
fundamentado.
Gabarito 22. Certo.

23. (CESPE/Auditor/TCE-RN/2015)
A legalidade da imediata execução de penalidade administrativa pauta-se no
fato de que os atos administrativos funcionam como títulos executivos e
gozam de autoexecutoriedade, dispensando o trânsito em julgado da própria
decisão administrativa, a menos que, excepcionalmente, seja deferido efeito
suspensivo a recurso.
Comentários.
Afirmativa correta. A autoexecutoriedade, atributo dos atos administrativos,
dispensa a análise pela Justiça para que sejam materializados.
Gabarito 23. Certo.

24. (CESPE/ Analista Judiciário – Judiciária /TJ-DFT/2015)


A respeito da organização administrativa, dos atos administrativos e dos
contratos e convênios administrativos, julgue o item a seguir.

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É passível de revogação, por motivos de conveniência e oportunidade, o ato


administrativo consistente em emissão de certidão que ateste, em favor de
um administrado, determinada situação fática.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Atos declaratórios ou enunciativos, como as certidões,
não são passíveis de revogação.
Gabarito 24. Errado.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

25. (CESPE / Técnico / BACEN / 2013)


No que diz respeito a atos administrativos, julgue os itens seguintes.
Define-se o requisito denominado motivação como o poder legal conferido ao
agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.
Comentários.
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Afirmativa incorreta. A questão se refere na verdade ao conceito de


competência. Motivação é a indicação dos pressupostos fáticos e jurídicos que
ensejaram a realização do ato.
Gabarito 25. Errado.

26. (CESPE / Todos os Cargos / MJ / 2013)


Com relação ao direito administrativo, julgue o item a seguir.
O Poder Judiciário pode examinar atos da administração pública de qualquer
natureza, sejam gerais ou individuais, unilaterais ou bilaterais, vinculados ou
discricionários, mas sempre sob os aspectos da legalidade e, também, da
moralidade.
Comentários.
Questão correta. Ficar atento para o controle que o Poder Judiciário pode
exercer sobre aos discricionários. Como acertadamente afirma a questão, o
controle irá no aspecto da legalidade, porém, nesse caso específico, não
poderá adentrar ao mérito e à conveniência administrativos.
Gabarito 26. Certo.

27. (CESPE / Técnico / BACEN /2013)


No que diz respeito a atos administrativos, julgue os itens seguintes.
O Poder Judiciário pode apreciar a validade do ato ainda que inexista pedido
expresso da pessoa interessada.

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Comentários.
Afirmativa incorreta. O ato administrativo estará sujeito à análise pela própria
Administração Pública (autotutela) ou pelo Poder Judiciário para possível
anulação, mediante provocação da pessoa interessada.
Gabarito 27. Errado.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

28. (CESPE / Técnico Administrativo / ANTAQ / 2014)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item a seguir.
A competência, um dos requisitos do ato administrativo, é intransferível,
sendo vedada a sua delegação.
Comentários.
Afirmativa incorreta. A competência de fato é um dos requisitos do ato
administrativo (competência, finalidade, forma, objeto, motivo). Porém há
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possibilidade de haver a delegação. Obviamente se não houver vedação em lei


para que isso ocorra.
Gabarito 28. Errado.

29. (CESPE / Técnico Judiciário / TER-GO / 2015)


Acerca de ato administrativo e agentes públicos, julgue o item subsecutivo.
A presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos é absoluta.
Comentários.
Afirmativa incorreta. Os atos administrativos tanto admitem prova em
contrário que um dos princípios da administração é a autotutela, que
possibilita à Administração Pública corrigir eventuais vícios sanáveis por ela
cometidos. Importante citar também a possibilidade de revisão dos atos
administrativos pelo Poder Judiciário, porém sem nunca adentrar ao mérito e
conveniência administrativos.
Gabarito 29. Errado.

30. (CESPE / Técnico Judiciário / TRT19 / 2014)


Lúcio, servidor público federal, praticou ato administrativo desrespeitando a
forma do mesmo, essencial à sua validade. O ato em questão
a) admite convalidação.
b) não comporta anulação.
c) é necessariamente legal.

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d) comporta revogação.
e) é ilegal.
Comentários.
A alternativa que traz a resposta correta é a letra E. A nulidade é absoluta se a
forma for essencial ao ato, o que deve estar prescrito na lei que o regular.
A respeito da alternativa A, só admitirá convalidação o vício de forma quando
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

ela não for da essência do ato.


Em relação à alternativa B, comporta anulação, uma vez que se trata de ato
ilegal.
A alternativa C é incorreta, pois o ato que tiver a forma como essencial será
ilegal.
A alternativa D é incorreta, pois não traz a forma correta de tirar do mundo
jurídico o ato administrativo ilegal (anulação).
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Gabarito 30. E.

31. (CESPE / Técnico Judiciário / STJ / 2015)


Julgue o item seguinte, acerca do direito administrativo e da prática dos atos
administrativos.
Conceitualmente, é correto considerar que o direito administrativo abarca um
conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplina as atividades
administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais da
coletividade.
Comentários.
Questão correta. De fato o Direito Administrativo trata de como funcionará a
Administração Pública. Sabemos, obviamente, que a Administração Pública
funciona de acordo com os interesses da sociedade, o que nos é confirmado
pelos seus princípios basilares: a supremacia do interesse público e a
indisponibilidade do interesse público.
Gabarito 31. Certo.

32. (CESPE / Técnico Judiciário / CTJ / 2015)


Tendo em vista que, no Brasil, o Estado é responsável pelos atos praticados
por seus agentes, julgue o próximo item, a respeito da responsabilidade civil
do Estado.
A responsabilidade objetiva do Estado por danos causados a terceiros tem
sustentação na teoria da culpa administrativa.

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Comentários.
Questão incorreta. A CF/88 adotou a teoria do risco administrativo. Nela, o
Estado será responsabilizado pelos atos praticados por seus agentes, havendo
direito de regresso contra eles em caso de dolo ou culpa. Confira abaixo a
transcrição do trecho correspondente.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência


e, também, ao seguinte:
(...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

(...)
Gabarito 32. Errado.

33. (CESPE / Técnico Judiciário / STJ / 2015)


Quanto aos atos administrativos, julgue o próximo item.
Os atos administrativos que digam respeito à organização interna do STJ
dependem da chancela da seção administrativa do Conselho Especial para que
sejam considerados válidos.
Comentários.
A afirmativa é incorreta. De acordo com a Constituição, os tribunais tem
autonomia para promover atos administrativos que têm como objetivo sua
auto-organização. Transcrevo abaixo trecho da CF/88 onde você poderá
verificar várias atribuições que serão tomadas por meio de atos
administrativos. Não há a restrição citada da afirmação em comento.
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com
observância das normas de processo e das garantias processuais das partes,
dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos
jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes
forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira
da respectiva jurisdição;

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d) propor a criação de novas varas judiciárias;


e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o
disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração
da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes
e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
(...)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Gabarito 33. Errado.

34. (CESPE / Técnico Judiciário / STJ / 2015)


Quanto aos atos administrativos, julgue o próximo item.
O objeto do ato administrativo deve guardar estrita conformação com o que a
lei determina.
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Comentários.
Questão correta. São elementos do ato administrativo: competência,
finalidade, forma, motivo e objeto. Os atos administrativos devem ter seus
elementos conforme a lei. Lembre-se que a legalidade é um dos princípios da
Administração Pública.
Gabarito 34. Certo.

35. (CESPE / Técnico Judiciário / TRE-MG / 2009)


O ato administrativo submete-se a regime jurídico de direito público e sujeita-
se ao controle pelo Poder Judiciário. Nesse sentido,
a) a imperatividade é atributo que não alcança todos os atos administrativos,
já que os atos meramente enunciativos ou os que conferem direitos solicitados
pelos administrados não ostentam referido atributo.
b) o atributo da autoexecutoriedade importa a presunção, até prova em
contrário, de que os atos administrativos foram emitidos em consonância com
a lei.
c) a discricionariedade no âmbito da administração pública alcança todos os
elementos ou requisitos do ato administrativo.
d) a revogação é ato administrativo vinculado por intermédio do qual a
administração pública extingue um ato incompatível com as disposições legais.
e) a convalidação é ato administrativo por meio do qual é suprido o vício
constante de um ato ilegal. Trata-se de ato privativo da administração pública,
já que, em nenhuma circunstância, a convalidação pode ser feita pelo
administrado.

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Comentários.
A alternativa A é correta. Por meio dos atos enunciativos a Administração
Pública atesta fato pré-existente (ex.: certidões). Esses tipos de atos ou, como
dito na questão, outros que confiram direitos a particulares, não possuem
imperatividade pois não há necessidade de imposição desses atos ao particular
seja eventualmente citado no ato administrativo. A auto-executoriedade impõe
o ato administrativo ao particular independentemente de sua vontade.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

A alternativa B é incorreta. O conceito trazido na assertiva faz menção à


presunção de legitimidade. A auto-executoriedade permite à Administração
Pública utilizar-se de força direta e material para que o ato administrativo seja
cumprido.
A alternativa C é incorreta. A competência, finalidade e forma são requisitos
vinculados do ato administrativo. O objeto e motivo podem ser vinculados ou
discricionários.
A alternativa D é incorreta, pois traz na verdade o conceito de anulação feita
Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

pela própria Administração Pública. Isso porque a anulação também pode ser
realizada pelo Poder Judiciário. Ademais, a revogação é ato discricionário da
Administração Pública, mediante análise de conveniência e oportunidade.
A alternativa E é incorreta, pois há hipóteses em que a convalidação pode ser
procedida pelo particular. Um conceito possível de convalidação é o ato que
corrige o defeito constante do ato anterior. Abaixo trecho legal que nos traz
possibilidade de convalidação do ato administrativo pelo particular.
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo
determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a
efetivação de diligências.
(...)
§ 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições
legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou
irregularidade.
Gabarito 35. A.

36. (CESPE / Técnico Judiciário / TJ-CE / 2014)


A respeito de alguns aspectos do ato administrativo, assinale a opção correta.
a) A administração tem o poder de revogar todos os atos administrativos,
desde que observadas a conveniência e a oportunidade.
b) O ato discricionário é editado com base em um juízo de conveniência e
oportunidade do administrador e com a devida demonstração do interesse
público, o que dispensa o controle de legalidade pelo Poder Judiciário.

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c) Por meio da convalidação, os atos administrativos que apresentam vícios


são confirmados no todo ou em parte pela administração, e, em caso de vício
insanável, ao processo de convalidação dá-se o nome de reforma.
d) Os atos de gestão da administração pública são regidos pelo direito público.
e) Agente incompetente, vício de forma e desvio de finalidade são
fundamentos que podem resultar em anulação do ato administrativo.
Comentários.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

A alternativa correta é a letra E. Vícios nos requisitos do ato administrativo –


competência, finalidade, forma, motivo e objeto - podem torná-lo anulável ou
até mesmo nulo, assunto que rende vasta discussão doutrinária.
Objetivamente guarde que qualquer vício pode nos requisitos podem tornar os
atos anuláveis, sendo nulos os vícios em finalidade, objeto e motivo (utilizar
sigla “FOM” para memorizar). Ainda, para que não reste dúvidas, agente
incompetente é vício de competência e desvio de finalidade é vício de
finalidade.
Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

A alternativa A é incorreta, pois não é possível à Administração Pública


revogar todos os atos administrativos. Além do ato vinculado (praticado
mediante requisitos determinados em lei), que é o exemplo mais que nega a
veracidade da presente alternativa, temos os atos exauridos, que já
produziram todos os efeitos possíveis e nada mais há a fazer em relação a
eles.
A alternativa B está incorreta. A primeira parte da assertiva é correta, porém o
examinador erra ao afirmar que “dispensa o controle de legalidade pelo Poder
Judiciário”. No Brasil existe princípio da inafastabilidade da jurisdição, segundo
o qual nada poderá ser afastado da apreciação do Poder Judiciário. O
examinador tenta confundir o candidato com o fato de que o Poder Judiciário
não poderá analisar a conveniência e oportunidade de ato discricionário,
porém poderá analisar a legalidade do ato.
A alternativa C é incorreta ao afirmar que o ato eivado de vício insanável
poderá ser convalidado ou reformado. A convalidação só cabe quando o vício é
sanável. A reforma é ato pelo qual se conserva parte legal de ato
administrativo anulado por ilegalidade.
A alternativa D é errada. Atos de gestão da Administração pública são regidos
pelo direito privado. Guarde que nem todos os atos da Administração Pública
são atos administrativos. Há os atos atípicos (exercício de função legislativa ou
judiciária, ex.: Medida Provisória), os atos materiais (atos complementares à
lei, limpeza das ruas), atos regidos pelo direito privado praticados pelo Poder
Executivo (ex.: atos de gestão) e os atos de governo (base direta na CF, ex.:
veto de lei).
Gabarito 36. E.

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37. (CESPE/Técnico Judiciário-Área Administrativa/TER-MG/2009)


O ato administrativo submete-se a regime jurídico de direito público e sujeita-
se ao controle pelo Poder Judiciário. Nesse sentido,
a) a imperatividade é atributo que não alcança todos os atos administrativos,
já que os atos meramente enunciativos ou os que conferem direitos solicitados
pelos administrados não ostentam referido atributo.
b) o atributo da autoexecutoriedade importa a presunção, até prova em
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contrário, de que os atos administrativos foram emitidos em consonância com


a lei.
c) a discricionariedade no âmbito da administração pública alcança todos os
elementos ou requisitos do ato administrativo.
d) a revogação é ato administrativo vinculado por intermédio do qual a
administração pública extingue um ato incompatível com as disposições legais.
e) a convalidação é ato administrativo por meio do qual é suprido o vício
Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

constante de um ato ilegal. Trata-se de ato privativo da administração pública,


já que, em nenhuma circunstância, a convalidação pode ser feita pelo
administrado.
Comentários.
A alternativa A é correta. Por meio dos atos enunciativos a Administração
Pública atesta fato pré-existente (ex.: certidões). Esses tipos de atos ou, como
dito na questão, outros que confiram direitos a particulares, não possuem
imperatividade pois não há necessidade de imposição desses atos ao particular
seja eventualmente citado no ato administrativo. A auto-executoriedade impõe
o ato administrativo ao particular independentemente de sua vontade.
A alternativa B é incorreta. O conceito trazido na assertiva faz menção à
presunção de legitimidade. A auto-executoriedade permite à Administração
Pública utilizar-se de força direta e material para que o ato administrativo seja
cumprido.
A alternativa C é incorreta. A competência, finalidade e forma são requisitos
vinculados do ato administrativo. O objeto e motivo podem ser vinculados ou
discricionários.
A alternativa D é incorreta, pois traz na verdade o conceito de anulação feita
pela própria Administração Pública. Isso porque a anulação também pode ser
realizada pelo Poder Judiciário. Ademais, a revogação é ato discricionário da
Administração Pública, mediante análise de conveniência e oportunidade.
A alternativa E é incorreta, pois há hipóteses em que a convalidação pode ser
procedida pelo particular. Um conceito possível de convalidação é o ato que
corrige o defeito constante do ato anterior. Abaixo trecho legal que nos traz
possibilidade de convalidação do ato administrativo pelo particular.

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Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo


determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a
efetivação de diligências.
(...)
§ 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições
legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou
irregularidade.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Gabarito 37. A.

38. (CESPE/Técnico Judiciário - Área Judiciária/TJ-CE/2014)


A respeito de alguns aspectos do ato administrativo, assinale a opção correta.
a) A administração tem o poder de revogar todos os atos administrativos,
desde que observadas a conveniência e a oportunidade.
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b) O ato discricionário é editado com base em um juízo de conveniência e


oportunidade do administrador e com a devida demonstração do interesse
público, o que dispensa o controle de legalidade pelo Poder Judiciário.
c) Por meio da convalidação, os atos administrativos que apresentam vícios
são confirmados no todo ou em parte pela administração, e, em caso de vício
insanável, ao processo de convalidação dá-se o nome de reforma.
d) Os atos de gestão da administração pública são regidos pelo direito público.
e) Agente incompetente, vício de forma e desvio de finalidade são
fundamentos que podem resultar em anulação do ato administrativo.
Comentários.
A alternativa correta é a letra E. Vícios nos requisitos do ato administrativo –
competência, finalidade, forma, motivo e objeto - podem torná-lo anulável ou
até mesmo nulo, assunto que rende vasta discussão doutrinária.
Objetivamente guarde que qualquer vício pode nos requisitos podem tornar os
atos anuláveis, sendo nulos os vícios em finalidade, objeto e motivo (utilizar
sigla “FOM” para memorizar). Ainda, para que não reste dúvidas, agente
incompetente é vício de competência e desvio de finalidade é vício de
finalidade.
A alternativa A é incorreta, pois não é possível à Administração Pública
revogar todos os atos administrativos. Além do ato vinculado (praticado
mediante requisitos determinados em lei), que é o exemplo mais que nega a
veracidade da presente alternativa, temos os atos exauridos, que já
produziram todos os efeitos possíveis e nada mais há a fazer em relação a
eles.
A alternativa B está incorreta. A primeira parte da assertiva é correta, porém o
examinador erra ao afirmar que “dispensa o controle de legalidade pelo Poder

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Judiciário”. No Brasil existe princípio da inafastabilidade da jurisdição, segundo


o qual nada poderá ser afastado da apreciação do Poder Judiciário. O
examinador tenta confundir o candidato com o fato de que o Poder Judiciário
não poderá analisar a conveniência e oportunidade de ato discricionário,
porém poderá analisar a legalidade do ato.
A alternativa C é incorreta ao afirmar que o ato eivado de vício insanável
poderá ser convalidado ou reformado. A convalidação só cabe quando o vício é
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

sanável. A reforma é ato pelo qual se conserva parte legal de ato


administrativo anulado por ilegalidade.
A alternativa D é errada. Atos de gestão da Administração pública são regidos
pelo direito privado. Guarde que nem todos os atos da Administração Pública
são atos administrativos. Há os atos atípicos (exercício de função legislativa ou
judiciária, ex.: Medida Provisória), os atos materiais (atos complementares à
lei, limpeza das ruas), atos regidos pelo direito privado praticados pelo Poder
Executivo (ex.: atos de gestão) e os atos de governo (base direta na CF, ex.:
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veto de lei).
Gabarito 38. E.

39. (CESPE - AnaTA SUFRAMA/Geral/2014)


Acerca do direito administrativo, julgue o item a seguir.
Caso a SUFRAMA pretenda alugar uma nova sala para nela realizar curso de
formação de novos servidores, o contrato de locação, nessa hipótese, em
razão do interesse público, apesar de ser regido pelo direito privado, será
considerado tecnicamente como ato administrativo.
Comentários.
Como vimos os atos da administração sob regime de direito privado não são
atos administrativos.
Gabarito 39. Errado.

40. (CESPE - AnaTA - CADE/2014)


Julgue o próximo item, com base na legislação da administração pública.
Embora a função administrativa seja atípica para os Poderes Judiciário e
Legislativo, no exercício da função administrativa, esses poderes praticam atos
administrativos.
Comentários.
Os Poderes Legislativo e Judiciario exercem, respectivamente, as funções
legislativas e jurisdicionais, que são típicas, e também as administrativas,
consideradas atípicas.

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Gabarito 40. Certo.

41. (CESPE/FUB/Administrador/ 2005)


Em relação aos requisitos e às espécies de atos administrativos, julgue o item
subsequente.
A competência, finalidade, forma, o motivo, objeto e a legalidade são
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

considerados requisitos dos atos administrativos.


Comentários.
A legalidade não faz parte dos elementos, já que é um princípio do Direito
Administrativo (CF/88, art. 37, caput). Veja nosso esquema (acima), que
informa todos os elementos.
Gabarito 41. Errado.
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42. (CESPE - ANTAQ/2014)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item a seguir.
A competência, um dos requisitos do ato administrativo, é intransferível,
sendo vedada a sua delegação.
Comentários.
A competência de fato é intransferível, porém a sua delegação não é vedada,
conforme vimos acima.
Gabarito 42. Errado.

43. (CESPE - Proc - PGE BA/2014)


No que se refere aos atos administrativos, julgue o item subsequente.
Incorre em vício de forma a edição, pelo chefe do Executivo, de portaria por
meio da qual se declare de utilidade pública um imóvel, para fins de
desapropriação, quando a lei exigir decreto.
Comentários.
Se a forma definida em lei é o decreto, o uso de portaria como forma de
declaração incorre em vício do elemento forma.
Gabarito 43. Certo.

44. (CESPE - Proc - PGE BA/2014)


No que se refere aos atos administrativos, julgue o item subsequente.

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O ato de exoneração do ocupante de cargo em comissão deve ser


fundamentado, sob pena de invalidade por violação do elemento obrigatório a
todo ato administrativo: o motivo.
Comentários.
Nem todos os atos precisam ter seus motivos expostos. O servidor em cargo
em comissão é um dos melhores exemplos de mérito administrativo, pois o
agente público pode ser exonerado a qualquer tempo sem necessidade de
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

motivação.
Gabarito 44. Errado.

45. (CESPE - ANATEL/Direito/2014)


Julgue o item, a respeito de atos e processos administrativos.
Imperatividade é o atributo com base no qual o ato administrativo pode ser
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praticado pela própria administração sem a necessidade de intervenção do


Poder Judiciário.
Comentários.
A questão inverteu os conceitos e imperatividade e autoexecutoriedade.
Imperatividade permite à Adminsitração Pública impor coercitivamente seus
atos.
Imperatividade Autoexecutoriedade é o atributo com base no qual o ato
administrativo pode ser praticado pela própria administração sem a
necessidade de intervenção do Poder Judiciário.
Gabarito 45. Errado.

46. (CESPE/2015/TRF–5ª Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
São classificados como compostos os atos administrativos elaborados pela
manifestação autônoma de agentes ou órgãos diversos que concorrem para a
formação de um único ato.
Comentários.
A questão mostra características de um ato complexo. Veja que no ato
complexo temos duas vontades autônomas, enquanto no ato composto o
segundo ato tem função autorizativa.
Gabarito 46. Errado.

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47. (CESPE/2015/TRF–5ª-Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
Tanto os atos administrativos constitutivos quanto os negociais e os
enunciativos dispõem do atributo da imperatividade.
Comentários.
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Os atos constitutivos são aqueles que criam uma nova situação jurídica
individual dos seus destinatários com a Administração Pública e por isso têm o
atributo da imperatividade. A nomeação de um servidor para cargo em
comissão é um exemplo de tal ato.
Já os atos negociais representam atos em que o administrado requer da
Administração Pública anuência prévia para realizar determinada atividade de
interesse dele ou exercer determinado direito. Todos os atos (inclusive os
negociais) não podem se afastar da finalidade de alcançar o interesse público.
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Em tais atos não há que se falar em imperatividade, já que são decorrentes de


solicitação do particular.
Por fim, os atos enunciativos são abordados por alguns autores como sendo
atos que fazer um juízo de valor de uma determinada situação, como os
pareceres, e por isso não têm o atributo da imperatividade.
Gabarito 47. Errado.

48. (CESPE - JF - TRF1/2011)


A respeito da disciplina dos atos administrativos, assinale a opção correta.
a) A licença é ato administrativo discricionário, de natureza constitutiva de
direito, pelo qual a administração concede àquele que preencha os requisitos
legais o exercício de determinada atividade.
b) Não enseja anulação do ato de nomeação de candidato aprovado em
concurso público o fato de a administração pública constatar, após a posse,
que o candidato omitiu informações que lhe seriam desfavoráveis na etapa do
certame, relativas à idoneidade e conduta ilibada na vida pública e privada.
c) Embora o ato administrativo seja dotado da denominada presunção de
veracidade, o Poder Judiciário pode apreciar de ofício sua validade.
d) De acordo com a doutrina, a competência para a prática do ato
administrativo decorre sempre de lei, não podendo o próprio órgão
estabelecer, por si, as suas atribuições.
e) Quanto à exequibilidade, é denominado ato administrativo pendente aquele
que não completou seu ciclo de formação, razão pela qual não está apto à
produção de efeitos.
Comentários.

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Vejamos cada assertiva.


a) Falso. A licença é típico ato vinculado.
b) Falso. O candidato foi indevidamente beneficiado e por isso pode sim ter
sua posse anulada.
c) Falso. O erro da questão está na palavra de ofício, pois o Judiciário atua
somente quando provocado.
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d) Verdadeiro. Óbvio que o órgão não pode definir suas práticas atribuições.
Isso é feito por lei.
e) Falso. O ato pendente é aquele que apesar de pronta ainda está no aguardo
de termo ou condição para produzir seus efeitos.
Gabarito 48. D.

49. (CESPE - JF - TRF1/2011)


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Considerando a disciplina e a jurisprudência concernentes ao controle dos atos


administrativos, assinale a opção correta.
a) A análise acerca de eventual ofensa do ato administrativo ao princípio da
proporcionalidade exige juízo de valor acerca da conveniência e oportunidade,
razão pela qual não se revela passível de controle por parte do Poder
Judiciário.
b) Na hipótese de demissão imposta a servidor público submetido a processo
administrativo disciplinar, o controle por parte do Poder Judiciário deve ficar
restrito aos aspectos formais, visto que não é possível a análise da motivação
do ato decisório.
c) Em obediência ao princípio da segurança jurídica, o controle externo,
oriundo dos Poderes Legislativo e Judiciário, está sujeito a prazo de
caducidade, assim como o controle interno, razão pela qual decai em cinco
anos o direito ao controle dos atos administrativos dos quais decorram efeitos
favoráveis para os destinatários, ainda que comprovada a má-fé.
d) Quando for exarada decisão do tribunal de contas reconhecendo a
legitimidade do ato administrativo, este não poderá ser objeto de impugnação
em ação de improbidade, restando inviabilizado, em tal hipótese, o controle do
Poder Judiciário.
e) Nas demandas que envolvam discussão acerca de concurso público, é
vedada, em regra, a apreciação pelo Poder Judiciário dos critérios utilizados
pela banca examinadora para a formulação de questões e atribuição de notas
a candidatos, sob pena de incursão no denominado mérito administrativo.
Comentários.
Vamos avaliar cada item.

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a) Falso. O STF tem usado com frequência em suas decisões o uso dos
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, sempre deixando claro que
tal situação não configura invasão do mérito administrativo, exclusivo da APU.
b) Falso. Se a APU motiva o ato este pode sim ter seu motivo declarado
analisado pelo Poder Judiciário.
c) Falso. A questão estava indo muito bem, mas peco ao trocar a palavra
“salvo” por “ainda”. O prazo de cinco anos só vale se não for verificada má-fé
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do beneficiado
d) Falso. Veremos esse assunto em aula futura, mas podemos garantir que a
questão está correta, pois a decisão do tribunal de contas não proíbe a
apreciação do Judiciário.
e) Verdadeiro. Essa é a interpretação do STF conforme falamos na aula.
Gabarito 49. E.
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50. (CESPE/2015/MPOG/Analista Técnico Administrativo - Cargo 2)


Em relação ao controle administrativo, julgue o item subsequente.
O direito de a administração anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornem ilegais, implica a desnecessidade de garantir o
contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado.
Comentários.
Já vimos na nossa aula que, segundo o STF, qualquer ato que venha a
repercutir negativamente sobre os interesses do cidadão deverá ser precedido
de procedimento em que sejam assegurados o contraditório e ampla defesa.
Gabarito 50. Errado.

51. (CESPE/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo -


Conhecimentos Específicos)
Acerca da invalidação, da revogação e da convalidação dos atos
administrativos, julgue o item a seguir.
Agirá de acordo com a lei o servidor público federal que, ao verificar a
ilegalidade de ato administrativo em seu ambiente de trabalho, revogue tal
ato, para não prejudicar administrados, que sofreriam efeitos danosos em
consequência da aplicação desse ato.
Comentários.
Quando o ato for ilegal, a Administração deve anulá-lo!

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Os efeitos da anulação são retroativos (ex tunc), desconstituindo todos os


efeitos jurídicos. Devem ser preservados, entretanto os efeitos já
produzidos quanto aos terceiros de boa-fé.
Gabarito 51. Errado.

52. (CESPE/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo -


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Conhecimentos Específicos)
Acerca da invalidação, da revogação e da convalidação dos atos
administrativos, julgue o item a seguir.
Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato
administrativo vincula-se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto,
nulo o ato administrativo cujo motivo estiver dissociado da situação de direito
ou de fato que determinou ou autorizou a sua realização.
Comentários.
A questão reproduz de maneira correta a teoria dos motivos determinantes.
Gabarito 52. Certo.

53. (CESPE/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo -


Conhecimentos Específicos)
Acerca da invalidação, da revogação e da convalidação dos atos
administrativos, julgue o item a seguir.
A revogação de atos pela administração pública por motivos de conveniência e
oportunidade não possui limitação de natureza material, mas somente de
natureza temporal, como, por exemplo, o prazo quinquenal previsto na Lei n.º
9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito do serviço
público federal.
Comentários.
Há limitação material já que, segundo a doutrina, não podem
ser revogados os seguintes atos:

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 Atos consumados: esses atos já tiveram seus efeitos materializados e


por isso não há que se falar em revogação.
 Atos vinculados: nos atos administrativos, a APU não tem qualquer
margem para avaliar se o ato deve ou não ser realizado, logo não pode
também com base na análise do mérito administrativo revogar tais atos.
 Atos que já geraram direitos adquiridos: se a lei não pode retirar um
direito, muito menos um ato administrativo poderia revogá-lo.
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 Atos que integram um procedimento: quando um ato está imerso


num procedimento, não é possível revogar um dos atos da cadeia, se o
procedimento já está na fase posterior.
 Atos materiais: que correspondam a atos de mera execução de
determinadas atividades.
Além disso, não há limitação temporal para a revogação, que pode
ser realizada a qualquer tempo. Há sim limitação temporal para a anulação:
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a lei 9784/99 (lei federal) define em cinco anos o prazo para que a
Administração Pública anule os atos que decorram efeitos favoráveis aos
particulares, salvo comprovada má-fé. Trata-se de prazo decadencial.

Gabarito 53. Errado.

54. (CESPE/2015/FUB/Auditor)
No que concerne ao regime jurídico-administrativo, julgue o item
subsequente.
A presunção de legitimidade ou de veracidade de determinado ato
administrativo produz a inversão do ônus da prova, ou seja, a atuação da
administração é presumidamente fundada em fatos verdadeiros e em
observância à lei, até prova em contrário.
Comentários.
Como consequência da presunção da legitimidade, há a inversão do ônus da
prova. No direito privado, quem acusa deve provar que a outra parte agiu de
forma ilegal. Quanto aos atos administrativos, o ônus é do administrado, que é
a quem a Administração Pública imputou a prática do ato.
Gabarito 54. Certo.

55. (CESPE/2013/ANP/Todos os cargos)


A autorização em que a administração reconhece que um particular é detentor
de um direito subjetivo configura um ato administrativo vinculado.
Comentários.

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Os atos discricionários possuem certa margem para valoração da sua


execução, por meio do chamado mérito administrativo (formado pelos
elementos motivo e objeto). A aplicação de penalidades geralmente tem
caráter discricionário, pois várias vezes o superior pode avaliar a conveniência
e oportunidade de se aplicar certa penalidade. Um dos exemplos mais citados
de ato discricionário é a autorização.
Gabarito 55. Errado.
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56. (CESPE/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo -


Conhecimentos Específicos)
Julgue o item seguinte, relativo ao ato administrativo.
Decretos não são considerados atos administrativos.
Comentários.
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (Direito Administrativo, 27a Edição -
Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

2014) – autora mais utilizada pelo CESPE:


Decreto é a forma de que se revestem os atos individuais ou gerais, emanados
do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República, Governador e Prefeito).
Ele pode conter, da mesma forma que a lei, regras gerais e abstratas que se
dirigem a todas as pessoas que se encontram na mesma situação (decreto
geral) ou pode dirigir-se a pessoa ou grupo de pessoas determinadas. Nesse
caso, ele constitui decreto de efeito concreto (decreto individual); é o caso de
um decreto de desapropriação, de nomeação, de demissão.
O decreto só pode ser considerado ato administrativo propriamente
dito quando tem efeito concreto. O decreto geral é ato normativo,
semelhante, quanto ao conteúdo e quanto aos efeitos, à lei.
A questão não especificou se o decreto teria ou não efeitos concretos. Assim,
regra geral, para o CESPE, os decretos são considerados atos administrativos.
Gabarito 56. Errado.

57. (CESPE/2015/MPU/Analista do MPU - Conhecimentos Básicos)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O ato que aplica determinada sanção a um servidor público configura exemplo
de ato constitutivo, que se caracteriza por criar, modificar ou extinguir
direitos.
Comentários.
A professora Maria Sylvia Di Pietro (Direito Administrativo - 27a Edição -
2014) é sempre adotada pela banca e ensina o seguinte:

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Quanto aos efeitos, o ato administrativo pode ser constitutivo, declaratório e


enunciativo.
 Ato constitutivo é aquele pelo qual a Administração cria, modifica ou
extingue um direito ou uma situação do administrado. É o caso da permissão,
autorização, dispensa, aplicação de penalidade, revogação.
 Ato declaratório é aquele em que a Administração apenas reconhece
um direito que já existia antes do ato. Como exemplo, podem ser citadas a
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admissão, licença, homologação, isenção, anulação.


 Ato enunciativo é aquele pelo qual a Administração apenas atesta ou
reconhece determinada situação de fato ou de direito. Alguns autores acham,
com razão, que esses atos não são atos administrativos propriamente ditos,
porque não produzem efeitos jurídicos. Correspondem à categoria, já
mencionada, dos meros atos administrativos. Eles exigem a prática de um
outro ato administrativo, constitutivo ou declaratório, este sim produtor de
efeitos jurídicos. São atos enunciativos as certidões, atestados, informações,
pareceres, vistos. Encerram juízo, conhecimento ou opinião e não
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manifestação de vontade produtora de efeitos jurídicos.


Gabarito 57. Certo.

58. (CESPE/2015/CGE-PI/Auditor Governamental)


Julgue o item a seguir, acerca dos atos administrativos e da responsabilidade
civil do Estado.
A administração pode anular os próprios atos, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação
judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem eivados de vícios
que os tornem ilegais.
Comentários.
Segundo a Súmula 473 do STF:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
O examinador apenas inverteu os conceitos para confundir o aluno.
Gabarito 58. Errado.

59. (CESPE/2015/MPU/ Técnico do MPU - Segurança Institucional e


Transporte)
O servidor responsável pela segurança da portaria de um órgão público
desentendeu-se com a autoridade superior desse órgão. Para se vingar do

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servidor, a autoridade determinou que, a partir daquele dia, ele anotasse os


dados completos de todas as pessoas que entrassem e saíssem do imóvel.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Na situação apresentada, a ordem exarada pela autoridade superior é ilícita,
por vício de finalidade.
Comentários.
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A finalidade dos atos administrativos é a satisfação do interesse público.


De acordo com a questão, a ordem foi apenas uma vingança, não tendo
relação com o interesse público. Dessa forma, o ato é ilícito, por vício de
finalidade.
Gabarito 59. Certo.

60. (CESPE/2015/MPU/ Técnico do MPU - Segurança Institucional e


Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

Transporte)
Acerca do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item
subsequente.
Os atos praticados pelos servidores do MPU possuem presunção de
legitimidade, não sendo possível, por isso, questionar-se,
administrativamente, a veracidade dos fatos expostos em declaração por eles
exarada.
Comentários.
A presunção de legitimidade ou legalidade está ligada a presunção relativa
de que gozam todos os atos administrativos, segundo a qual os atos
administrativos foram praticados de acordo com a lei. Dizemos que a
presunção é relativa (juris tantum) porque é possível que o administrado
prove que o ato foi praticado em desconformidade com o prescrito na lei ou
que a Administração Pública faltou com a verdade na exposição dos fatos.
Percebe-se que, devido à presunção relativa, podem ser questionados os atos
praticados pelos servidores do MPU.
Gabarito 60. Errado.

61. (CESPE/2015/DPU/Defensor Público Federal de Segunda


Categoria)
Com relação às espécies de atos administrativos, julgue o item abaixo.
Os atos administrativos negociais são também considerados atos de
consentimento, uma vez que são editados a pedido do particular como forma
de viabilizar o exercício de determinada atividade ou a utilização de bens
públicos.

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Comentários.
Segundo Maria Sylvia Di Pietro (Direito Administrativo - 27a Edição - 2014):
"Dentre os atos administrativos propriamente ditos distinguem-se os que são
dotados de imperatividade e os que não possuem esse atributo; os primeiros
impõem-se ao particular, independentemente de seu consentimento, enquanto
os segundos resultam do consentimento de ambas as partes, sendo
chamados de atos negociais."
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Extrai-se do texto acima que os atos negociais são atos administrativos sem
imperatividade, resultantes do consentimento entre as partes.
Gabarito 61. Certo.

62. (CESPE/2015/DPE-PE/Defensor Público)


Julgue o item que se segue, a respeito de atos administrativos.
Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo


deve ser escrito, registrado e publicado, não se admitindo no direito público o
silêncio como forma de manifestação de vontade da administração.
Comentários.
A questão restringe a sua interpretação conforme o princípio da solenidade
das formas, que prevê que o ato administrativo deve ser escrito, registrado e
publicado.
O concurseiro deve ficar atento quando não for citado o princípio, pois é
possível que o silêncio seja admitido como forma de manifestação de vontade
da administração.
Segundo Maria Sylvia Di Pietro (Direito Administrativo - 27a Edição - 2014:
"Até mesmo o silêncio pode significar forma de manifestação da
vontade, quando a lei assim o prevê; normalmente ocorre quando a lei
fixa um prazo, findo o qual o silêncio da Administração significa concordância
ou discordância."
Veja a próxima questão para entender o posicionamento do CESPE.
Gabarito 62. Certo.

63. (CESPE/2015/TRE-MT/Técnico Judiciário - Administrativa)


A lei pode atribuir efeitos ao silêncio administrativo, inclusive para deferir
pretensão ao administrado.
Comentários.
A questão segue o entendimento de Maria Sylvia Di Pietro, sem citar o
princípio da solenidade das formas, e, portanto, está correta.

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Gabarito 63. Certo.

64. (CESPE/2013/MI/Analista Técnico - Administrativo)


O silêncio administrativo, que consiste na ausência de manifestação da
administração pública em situações em que ela deveria se pronunciar,
somente produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr.
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Comentários.
Mais uma questão para que você não se esquecer sobre o silencio como
manifestação da Administração Pública:
 Se citar o princípio da solenidade das formas: não é aceito.
 Se citar o princípio: aceito.
Gabarito 64. Certo.
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65. (CESPE/205/FUB/Administrador)
A respeito dos atos administrativos, julgue o próximo item.
Instrução é ato administrativo unilateral editado pelos ministros de Estado.
Comentários.
Segundo a Constituição Federal de 1988:
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de
vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras
atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:
...
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
O que o concurseiro precisa entender é que há:
 Instruções normativas (ato normativo): definidas pela CF/88 e
devem complementar matéria estabelecida em leis/decretos ou regulamentos.
 Instruções (ato ordinatório): são ordens escritas e gerais do superior
hierárquico destinadas a orientar seus subordinados em sua área de atuação.
No caso da questão, o termo instrução está se referindo a uma instrução
normativa.
Gabarito 65. Certo.

66. (CESPE/2015/MPU/Analista do MPU - Conhecimentos Básicos)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.

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Tanto os atos administrativos constitutivos quanto os negociais e os


enunciativos têm o atributo da imperatividade.
Comentários.
Os atos negociais representam atos em que o administrado requer da
Administração Pública anuência prévia para realizar determinada atividade de
interesse dele ou exercer determinado direito. Todos os atos (inclusive os
negociais) não podem se afastar da finalidade de alcançar o interesse público.
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Em tais atos não há que se falar em imperatividade, já que são decorrentes de


solicitação do particular.
Já os atos constitutivos são aqueles que criam uma nova situação jurídica
individual dos seus destinatários com a Administração Pública e por isso tem o
atributo da imperatividade. A nomeação de um servidor para cargo em
comissão é um exemplo de tal ato.
Gabarito 66. Errado.
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67. (CESPE/2015/TRF–5ª Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
A permissão de uso de bem público, tradicionalmente considerada ato
administrativo precário, possui atualmente natureza jurídica de contrato
administrativo bilateral resultante de atividade vinculada do administrador.
Comentários.
A permissão representa ato que consente que o particular adote uma conduta
em que existe interesse da coletividade. É um ato negocial discricionário, já
que a Administração Pública pode avaliar a conveniência e oportunidade da
sua execução de acordo com o interesse público. Ele tem como característica
ser precário pois pode ser revogado a qualquer tempo, não existindo
direito adquirido para o particular.
A questão erra ao afirmar que a permissão é contrato (quando na verdade é
um ato administrativo) e resultante da atividade vinculada (é discricionária a
atividade).
Gabarito 67. Errado.

68. (CESPE/2015/TRF–5ª Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
A competência, como elemento do ato administrativo, pode ser delegada a
outros órgãos ou agentes, se não houver impedimento legal, mesmo que estes

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não sejam hierarquicamente subordinados aos que possuam a competência


originária.
Comentários.
A delegação de competência é tipicamente um ato discricionário e
geralmente é feita entre órgãos/agentes subordinados. Entretanto, é possível
a delegação entre órgãos não subordinados, segundo a Lei nº 9.784:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver


impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de


competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
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Gabarito 68. Certo.

69. (CESPE/2015/TRF–5ª Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
A homologação é ato administrativo que envolve apenas competências
discricionárias relacionadas à conveniência de ato anteriormente praticado.
Comentários.
Segundo Maria Sylvia Di Pietro (Direito Administrativo – 27ª Edição – 2014):
Homologação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração
Pública reconhece a legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a
posteriori e examina apenas o aspecto de legalidade, no que se distingue da
aprovação.
Gabarito 69. Errado.

9.2 - ESAF
70. (ESAF - AnaTA MTUR/2014)
Assinale a opção em que não consta requisito de validade (ou elemento) do
ato administrativo.
a) Competência.
b) Objeto.
c) Executoriedade.
d) Motivo.

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e) Finalidade.
Comentários.
Como acabamos de ver os elementos dos atos administrativos são a
competência, finalidade, forma, motivo e objeto. A executoriedade não está
entre os elementos.
Gabarito 70. C.
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71. (ESAF - PFN/2012)


Identifique, entre as assertivas abaixo, a que corresponda a um ato
administrativo complexo, observada a concepção técnica usual de nossa
doutrina pátria.
a) O ato cuja produção tenha se dado a partir tão-só da manifestação de
vontade de um órgão colegiado.
b) O que passa a existir com a manifestação de vontade de um órgão,
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dependente da manifestação de outro para que se confirme ou seja


desconstituído.
c) Determinado ato que somente tenha existência a partir da manifestação
necessária de três órgãos.
d) Um ato que, a despeito de existir a partir do momento em que exarado por
um único órgão, somente poderá produzir efeitos com a posterior
manifestação de outro órgão.
e) Aquele que, dada a sua complexidade, somente passa a existir a partir da
manifestação de vontade de mais de um agente público de um mesmo órgão.
Comentários.
Como vimos ato complexo é aquele que só se torna perfeito (completa seu
ciclo de formação) à partir da manifestação da vontade de dois ou mais
órgãos. Com isso eliminamos as letras a, b, d e e. Particularmente discordo da
letra c quando fala na participação necessária de três órgãos. A doutrina fala
em dois ou mais. De qualquer forma não tente brigar com a banca. Numa
situação como essa procure entender qual é a opção que a banca entende
como correto e passe para a próxima questão.
Gabarito 71. C.

72. (ESAF - PFN/2012)


À luz da tradicional doutrina administrativista, é possível identificar, como
espécie de ato administrativo, o chamado ato ordinatório, que tem, como um
de seus exemplos,
a) os decretos regulamentares.

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b) os alvarás.
c) as circulares.
d) as multas.
e) as homologações.
Comentários.
Os atos ordinatários são atos destinados aos servidores públicos para
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possibilitar o adequado desempenho da função pública. Todos os atos acima


são atos externos, salvo as circulares, nosso gabaritos.
Gabarito 72. C.
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73. (ESAF - ATRFB - Geral/2012)


É incorreto afirmar, quanto ao regime do ato administrativo:
a) a presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei.
b) a auto-executoriedade é a possibilidade de o ato ser posto em execução
pela própria Administração Pública.
c) a discricionariedade configura a completa liberdade de atuação do agente
público na prática do ato administrativo.
d) a imperatividade é a capacidade do ato de se impor a terceiros
independente de sua concordância.
e) o motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento para
a prática do ato administrativo.
Comentários.
As assertivas a, b, d e e foram comentadas na aula e dispensam maiores
comentários. A letra c erra ao falar em “completa liberdade” nos atos
discricionários. Como vimos dos 5 elementos dos atos administrativo, 3 são
sempre vinculados (competência, finalidade e forma). Logo não é possível
falar em completa liberdade.
Gabarito 73. C.

74. (ESAF - ATA MF/2012)


Considerando que a atuação administrativa ora se dá de forma vinculada, ora
de forma discricionária, conforme o permissivo legal para que o administrador
integre a lei com seu juízo de conveniência e oportunidade, correlacione os
atos listados na coluna I com a classificação aposta na coluna II.
Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta para a coluna I.

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Coluna I Coluna II

Gradação da penalidade a
( ) ser aplicada no exercício do (1) Ato vinculado.
poder de polícia.

Concessão de alvará de
() (2) Ato discricionário.
licença de construção.
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Concessão de alvará de
( ) autorização de uso de área
pública.

Remoção de servidor
()
público ex ofício.

Deferimento de licença
( ) para tratar de interesses
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particulares.

a) 1 / 1 / 2 / 2 / 2
b) 2 / 1 / 2 / 2 / 1
c) 2 / 1 / 2 / 2 / 2
d) 2 / 1 / 2 / 1 / 1
e) 2 / 2 / 1 / 2 / 2
Comentários.
Questão interessante. O candidato é testado não só se ele conhece os
conceitos de vinculado e discricionário, mas também se ele consegue
classificar atos praticados no dia a dia da APU. Vamos por item.
- Gradação de penalidade, licença – a palavra gradação já dá uma dica. Além
disso, sabemos que o poder disciplinar tem caráter predominantemente
discricionário. Atos discricionários. 2
- Concessão de alvará, licença – como vimos a licença é o típico caso de ato
vinculado. 1
- Concessão de alvará, autorização – como vimos a autorização é típico ato
discricionário. 2
- Remoção de servidor ex officio – aqui é um pouco mais delicado, mas vamos
pensar com calma. Você acha que a APU está obrigada a remover determinado
servidor para certa localidade? Claro que não apesar do servidor não poder
escolher entre ir ou não, o fato é que a APU pode escolher se transfere ex
officio o servidor ou não. 2
- Licença para tratar de interesses particulares – aqui o candidato pode se
confundir. Não foi falado a que licença é ato vinculado? Pois é, só que aqui a

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banca está se referindo a licença concedida a servidor público para tratar de


interesse particular, prevista na lei 8112. 2
Gabarito 74. C.

75. (ESAF - AFRFB/2014)


Em se tratando da classificação e extinção dos atos administrativos, é correto
afirmar:
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a) atos gerais ou normativos são os que se preordenam a regular situações


específicas como acontece nos decretos expropriatórios.
b) no ius gestionis não há intervenção da vontade dos administrados para sua
prática, como acontece nos decretos de regulamentação.
c) os atos enunciativos indicam juízos de valor de outros atos de caráter
decisório, como acontece nos pareceres.
d) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora
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múltiplas, visto que há somente uma vontade autônoma, de conteúdo próprio


e as demais instrumentais, como acontece no visto.
e) na cassação há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica
superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato.
Comentários.
Vamos analisar cada assertiva.
a) Falso. Atos gerais Individuais ou normativos Especiais são os que se
preordenam a regular situações específicas como acontece nos decretos
expropriatórios.
b) Falso. No ius gestionis (atos de gestão) atos de império não há intervenção
da vontade dos administrados para sua prática, como acontece nos decretos
de regulamentação.
c) Verdadeiro. Os pareceres são tipos de atos enunciativos que têm como
objetivo emitir opinião sobre outros atos.
d) Falso. A banca inverteu os conceitos de atos compostos com atos
complexos. O bizu é lembrar que o ato composto é mais de um ato com o
segundo sendo meramente instrumental para execução do primeiro.
e) Falso. Na cassação caducidade há perda dos efeitos jurídicos em virtude de
norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato.
Gabarito 75. C.

76. (ESAF - ACE - Grupo 1/2012)

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O ato de autorização de uso de um bem público cujo prazo já tenha expirado e


os atos que integram um procedimento administrativo que já tenha chegado
ao seu fim possuem em comum o seguinte:
a) são atos administrativos vinculados.
b) são atos administrativos anuláveis.
c) são atos administrativos viciados.
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d) são atos administrativos irrevogáveis.


e) são atos administrativos conversíveis.
Comentários.
Com vimos um dos tipos de atos irrevogáveis são exatamente os atos com
efeitos consumados, que correspondem aos tipos de atos descritos na
questão.
Gabarito 76. D.
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77. (ESAF - Ana Sist - Informática e Redes/2012)


No que se refere ao controle dos atos administrativos, é correto afirmar que
possuem efeitos retroativos:
a) a revogação, a anulação e a convalidação de tais atos.
b) apenas a anulação e a convalidação de tais atos.
c) a revogação e a anulação de tais atos, apenas.
d) apenas a anulação de tais atos.
e) apenas a revogação e a convalidação de tais atos.
Comentários.
Como vimos a revogação possui efeitos proativos enquanto a anulação e
convalidação possuem efeitos retroativos.
Gabarito 77. B.

78. (ESAF - ATPS - MPOG/Assistência Social/2012)


Considerando: invalidação, anulação e revogação dos atos administrativos,
assinale a opção correta.
a) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários prescreve em dez anos,
salvo comprovada má fé.
b) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, salvo
comprovada má-fé.

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c) É vedado à administração convalidar seus próprios atos.


d) Processos administrativos são imprescritíveis quando tratam de parcelas de
trato sucessivo.
e) No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-
á da percepção do último pagamento.
Comentários:
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a) Falso. O certo é “decai” e “5 anos”


b) Verdadeiro. É o que é dito na Lei Federal 9784/99.
c) Falso. A convalidação de atos com vícios sanáveis é pacífica na doutrina e
na legislação federal
Letras d) e e) Falso. Vejamos a redação da lei 9784/99.
“Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
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contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.


§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-
se-á da percepção do primeiro pagamento.(...)”
Tanto as letras d e e se referem ao § 1º que em momento algum fala em ser
imprescritível (letra d) e fala que será contado do primeiro pagamento e não
do último (letra e)
Gabarito 78. B.

79. (ESAF - AIET/Ambiental/2013)


São hipóteses de atos administrativos irrevogáveis, exceto:
a) Atos vinculados.
b) Atos que geraram direitos adquiridos.
c) Atos consumados.
d) Atos administrativos praticados pelo Poder Judiciário.
e) Atos, já preclusos, que integrem procedimento.
Comentários.
Vimos que os atos vinculados (que geram direito adquirido), consumados e
aqueles que estão dentro de procedimento administrativos (preclusos) são
atos irrevogáveis. Por sua vez não há nada que diga que os atos do Poder
Judiciário são irrevogáveis.
Gabarito 79. D.

80. (ESAF - ATA MF/2012)

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A correção ou regularização de determinado ato, desde a origem, de tal sorte


que os efeitos já produzidos passem a serem considerados efeitos válidos, não
passíveis de desconstituição e esse ato permaneça no mundo jurídico como
ato válido, apto a produzir efeitos regulares, denomina-se
a) Contraposição.
b) Convalidação.
c) Revogação.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

d) Cassação.
e) Anulação.
Comentários.
A questão mostra a definição do conceito de convalidação.
Gabarito 80. B.
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81. (ESAF - Ana Sist - Informática e Redes/2012)


Nos termos da legislação federal vigente, não há exigência expressa de
motivação dos atos administrativos que
a) dispensem licitação.
b) suspendam outros atos administrativos.
c) decorram de reexame de ofício.
d) exonerem servidor ocupante de cargo em comissão.
e) revoguem outros atos administrativos.
Comentários.
Questão decoreba que cobra o conhecimento do artigo 50 da Lei nº 9.784/99.
Entretanto dá para matar pensando um pouco.
Os cargos em comissão são aqueles de livre nomeação e exoneração,
originados do poder discricionário. Não teria a menos lógica ter que motivar
tais nomeações. Já imaginou o presidente tendo que justificar a nomeação de
cada servidor em cargo em comissão? Tudo bem que iam ter casos difíceis de
serem justificados, rs.
Gabarito 81. D.

82. (ESAF - EPPGG/2013)


Assinale a afirmativa correta.
a) No atual regramento administrativo, não se reconhece convalidação de atos
viciados em razão de decurso de prazo.

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b) Comprovada a má-fé, respeitado o devido processo legal, pode a


administração anular ato de concessão de aposentadoria, ainda não apreciado
pelo Tribunal de Contas da União, mesmo que praticado há mais de cinco
anos.
c) Aplicação da “Teoria da Aparência”, para atribuir responsabilidade à
administração pública, que, por culpa ou dolo, permite que terceiro pratique
atos em seu nome, independe da boa-fé do beneficiado pelo ato.
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d) É vedado ao Poder Judiciário, em sede de controle de ato administrativo


disciplinar, anular penalidade de demissão permitindo ao administrador
aplicação de penalidade menos gravosa, pois a fixação da penalidade trata-se
de mérito administrativo.
e) É vedada a delegação de competência por ato unilateral.
Comentários.
Vamos comentar cada item:
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a) Falso. Vimos que segundo a doutrina majoritária ocorre sim a convalidação


por decurso de prazo com base na lei 9784/99.
b) Verdadeiro. Segundo a lei 9784/99, a regra dos cinco anos só se aplica se
não for comprovada a má-fé. Perfeito o item.
c) Falso. Estudamos isso na parte de “função de fato”. A assertiva peca ao
falar independente a boa-fé. Para que a APU seja responsabilizada e os efeitos
mantidos o terceiro tem que agir de boa-fé.
d) Falso. O poder disciplinar realmente tem como regra caráter discricionário,
mas há caso onde o Judiciário pode sim intervir. Imaginem se a lei prevê para
dada infração a penalidade de suspensão e a APU aplica a penalidade de
demissão. Obviamente esse ato é inválido e deve ser anulado, seja pela
própria APU seja pelo Judiciário.
e) Falso. As delegações são unilaterais.
Gabarito 82. B.

83. (ESAF - Ana Sist - Informática e Redes/2012) Os atos


administrativos, uma vez expedidos e independentemente de expressa
previsão legal, apresentarão sempre o(s) seguinte(s) atributo(s):
a) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade.
b) presunção de legitimidade e veracidade, bem assim autoexecutoriedade.
c) autoexecutoriedade, apenas.
d) imperatividade e autoexecutoriedade, apenas.
e) presunção de legitimidade e veracidade, apenas.

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Comentários.
Como estudado, o únicos atributos que estão sempre presentes são a
presunção de legitimidade e de veracidade.
Gabarito 83. E.
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10 – Lista de exercícios

10.1 – CESPE
1. (CESPE / Técnico Judiciário / TJ-SE / 2014)
No tocante aos atos e aos poderes administrativos, julgue os próximos itens.
O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos
por ele mesmo produzidos.
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2. (CESPE/ Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador


Federal/TJ-DFT/2015)
A respeito das sociedades de economia mista, da convalidação de atos
administrativos, da concessão de serviços públicos e da desapropriação, julgue
o item a seguir.
Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

Situação hipotética: Poucos dias depois de determinado ato administrativo de


autoridade competente ter concedido licença e férias a servidor do TJDFT,
verificou-se que o servidor não tinha direito à licença. Novo ato foi, então,
praticado, retirando-se a concessão da licença e ratificando-se a concessão
das férias.
Assertiva: Nesse caso, o ato posterior convalidou o anterior, por meio de
ratificação.

3. (CESPE / Oficial Técnico de Inteligência / ABIN / 2010)


A respeito do mandado de segurança, julgue o item a seguir.
Os atos de gestão não possuem o requisito da supremacia, por isso, são
meros atos da administração e contra eles não cabe interposição de mandado
de segurança.

4. (CESPE/ Diplomata / Instituto Rio Branco / 2015)


No que diz respeito à organização dos poderes, ao princípio da legalidade e ao
controle dos atos administrativos, julgue (C ou E) o seguinte item.
O controle jurisdicional dos atos administrativos está limitado aos aspectos da
competência, do motivo e do objeto; assim, não se pode considerar como
legítimo o controle da discricionariedade administrativa, mesmo que se dê à
luz de princípios como moralidade, eficiência e razoabilidade.

5. (CESPE / Analista Legislativo / Câmara dos Deputados / 2014)


A respeito do regime jurídico administrativo, julgue o item a seguir.

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Os atos administrativos podem ser exarados por órgãos públicos ou por


particulares mediante delegação.

6. (CESPE / Analista de Controle Externo / TCU / 2009)


No que se refere aos atos administrativos, julgue o item seguinte.
Quando um governador de estado edita uma norma, a motivação de seu ato
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poderá ser apresentada sob a forma de considerandos, que será caracterizada


como a narrativa do motivo.

7. (CESPE / Advogado da União / AGU / 2015)


O titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação redigiu e submeteu à
análise de sua consultoria jurídica minuta de despacho pelo indeferimento de
pedido da empresa Salus à habilitação em dada política pública
governamental. A despeito de não apresentar os fundamentos de fato e de
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direito para o indeferimento, o despacho em questão invoca como fundamento


da negativa uma nota técnica produzida no referido ministério, cuja conclusão
exaure matéria coincidente com aquele objeto do pedido da empresa Salus. A
propósito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, relativo à
forma dos atos administrativos.
Na hipótese considerada, a minuta do ato do ministro apresenta vício de forma
em razão da obrigatoriedade de motivação dos atos administrativos que
neguem direitos aos interessados.

8. (CESPE / Advogado da União / AGU / 2015)


O titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação redigiu e submeteu à
análise de sua consultoria jurídica minuta de despacho pelo indeferimento de
pedido da empresa Salus à habilitação em dada política pública
governamental. A despeito de não apresentar os fundamentos de fato e de
direito para o indeferimento, o despacho em questão invoca como fundamento
da negativa uma nota técnica produzida no referido ministério, cuja conclusão
exaure matéria coincidente com aquela objeto do pedido da empresa Salus. A
propósito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, relativo à
forma dos atos administrativos.
O ato em questão — indeferimento de pedido — deve ser prolatado sob a
forma de resolução e não de despacho.

9. (CESPE/Advogado da União/AGU/2015)
Julgue o próximo item, referente à utilização dos bens públicos e à
desapropriação.

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Se os membros de uma comunidade desejarem fechar uma rua para realizar


uma festa comemorativa do aniversário de seu bairro, será necessário obter
da administração pública uma permissão de uso.

10. (CESPE / Conhecimentos Básicos - Exceto para os cargos 3 e 6 /


TCE-SC / 2016)
Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item
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que se segue.
Situação hipotética: Diante da ausência de Maria, servidora pública ocupante
de cargo de nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível
médio, recém-formado em Economia, elaborou determinado expediente de
competência exclusiva do cargo de nível superior ocupado por Maria.
Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder na modalidade
excesso de poder.
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11. (CESPE/Auditor Fiscal de Controle Externo/TCE-SC/2016)


Julgue o próximo item, a respeito de atos administrativos e poderes
administrativos.
O abuso de poder administrativo pode assumir tanto a forma comissiva quanto
omissiva.

12. (CESPE / Técnico do Seguro Social / INSS / 2016)


Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos.
A autoexecutoriedade é atributo restrito aos atos administrativos praticados no
exercício do poder de polícia.

13. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Com relação aos atos administrativos e suas classificações, julgue o item
seguinte.
Motivação, finalidade, competência, forma e objeto constituem elementos
obrigatórios do ato administrativo e requisitos de validade da sua prática, de
modo que a ausência de qualquer um desses elementos implica a nulidade do
ato praticado.

14. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Com relação aos atos administrativos e suas classificações, julgue o item
seguinte.

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Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração pública


como se fosse pessoa privada, o que afasta a supremacia que lhe é peculiar
em relação aos administrados. Atos administrativos de império, por sua vez,
são aqueles praticados de ofício pelos agentes públicos e impostos de maneira
coercitiva aos administrados, os quais estão obrigados a obedecer-lhes.

15. (CESPE / Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 18, 19, 37 e 38 /


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

TCE-PA / 2016)
Acerca de função administrativa e atos administrativos, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um diretor de tribunal de contas editou ato administrativo
com desvio de finalidade. Após correição, o vício foi detectado e comunicado
ao presidente do tribunal.
Assertiva: Nessa situação, o presidente poderá avocar para si a competência
administrativa pertinente e convalidar o ato administrativo.
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16. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O ato administrativo somente poderá ser realizado de forma válida se o
agente responsável pela sua elaboração tiver poder legal para praticá-lo.

17. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O conceito de ato administrativo é praticamente o mesmo de ato jurídico,
diferindo o primeiro do segundo por ser aquele uma categoria informada pela
administração de áreas meio.

18. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
Atos administrativos ilegítimos ou ilegais podem ser anulados tanto pela
própria administração quanto pelo poder judiciário.

19. (CESPE / Auditor de Controle Externo / TCE-PA / 2016)


A respeito do controle da administração pública, do processo administrativo e
da licitação, julgue o item a seguir.
A má-fé do destinatário, quando comprovada, afasta a incidência do prazo
decadencial conferido à administração para anular o ato administrativo.

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20. (CESPE / Auditor Fiscal de Controle Externo / TCE-SC / 2016)


Julgue o próximo item, a respeito de atos administrativos e poderes
administrativos.
Realizado o procedimento licitatório e celebrado o contrato administrativo, é
admissível que a administração revogue o ato de adjudicação do objeto ao
vencedor.
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21. (CESPE / Técnico do Seguro Social / INSS / 2016)


Julgue o próximo item, a respeito dos atos administrativos.
O ato praticado por agente não competente para fazê-lo poderá ser
convalidado discricionariamente pela autoridade competente para sua prática,
caso em que ficará sanado o vício de incompetência.
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22. (CESPE / Agente Administrativo / DPU / 2016)


Acerca de ato administrativo e de procedimento de licitação, julgue o item
seguinte.
Caso seja necessário, a administração pública poderá revogar ato
administrativo válido e legítimo.

23. (CESPE/Auditor/TCE-RN/2015)
A legalidade da imediata execução de penalidade administrativa pauta-se no
fato de que os atos administrativos funcionam como títulos executivos e
gozam de autoexecutoriedade, dispensando o trânsito em julgado da própria
decisão administrativa, a menos que, excepcionalmente, seja deferido efeito
suspensivo a recurso.

24. (CESPE/ Analista Judiciário – Judiciária /TJ-DFT/2015)


A respeito da organização administrativa, dos atos administrativos e dos
contratos e convênios administrativos, julgue o item a seguir.
É passível de revogação, por motivos de conveniência e oportunidade, o ato
administrativo consistente em emissão de certidão que ateste, em favor de
um administrado, determinada situação fática.

25. (CESPE / Técnico / BACEN / 2013)


No que diz respeito a atos administrativos, julgue os itens seguintes.

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Define-se o requisito denominado motivação como o poder legal conferido ao


agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.

26. (CESPE / Todos os Cargos / MJ / 2013)


Com relação ao direito administrativo, julgue o item a seguir.
O Poder Judiciário pode examinar atos da administração pública de qualquer
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natureza, sejam gerais ou individuais, unilaterais ou bilaterais, vinculados ou


discricionários, mas sempre sob os aspectos da legalidade e, também, da
moralidade.

27. (CESPE / Técnico / BACEN /2013)


No que diz respeito a atos administrativos, julgue os itens seguintes.
O Poder Judiciário pode apreciar a validade do ato ainda que inexista pedido
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expresso da pessoa interessada.

28. (CESPE / Técnico Administrativo / ANTAQ / 2014)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item a seguir.
A competência, um dos requisitos do ato administrativo, é intransferível,
sendo vedada a sua delegação.

29. (CESPE / Técnico Judiciário / TER-GO / 2015)


Acerca de ato administrativo e agentes públicos, julgue o item subsecutivo.
A presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos é absoluta.

30. (CESPE / Técnico Judiciário / TRT19 / 2014)


Lúcio, servidor público federal, praticou ato administrativo desrespeitando a
forma do mesmo, essencial à sua validade. O ato em questão
a) admite convalidação.
b) não comporta anulação.
c) é necessariamente legal.
d) comporta revogação.
e) é ilegal.

31. (CESPE / Técnico Judiciário / STJ / 2015)

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Julgue o item seguinte, acerca do direito administrativo e da prática dos atos


administrativos.
Conceitualmente, é correto considerar que o direito administrativo abarca um
conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplina as atividades
administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais da
coletividade.
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32. (CESPE / Técnico Judiciário / CTJ / 2015)


Tendo em vista que, no Brasil, o Estado é responsável pelos atos praticados
por seus agentes, julgue o próximo item, a respeito da responsabilidade civil
do Estado.
A responsabilidade objetiva do Estado por danos causados a terceiros tem
sustentação na teoria da culpa administrativa.
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33. (CESPE / Técnico Judiciário / STJ / 2015)


Quanto aos atos administrativos, julgue o próximo item.
Os atos administrativos que digam respeito à organização interna do STJ
dependem da chancela da seção administrativa do Conselho Especial para que
sejam considerados válidos.

34. (CESPE / Técnico Judiciário / STJ / 2015)


Quanto aos atos administrativos, julgue o próximo item.
O objeto do ato administrativo deve guardar estrita conformação com o que a
lei determina.

35. (CESPE / Técnico Judiciário / TRE-MG / 2009)


O ato administrativo submete-se a regime jurídico de direito público e sujeita-
se ao controle pelo Poder Judiciário. Nesse sentido,
a) a imperatividade é atributo que não alcança todos os atos administrativos,
já que os atos meramente enunciativos ou os que conferem direitos solicitados
pelos administrados não ostentam referido atributo.
b) o atributo da autoexecutoriedade importa a presunção, até prova em
contrário, de que os atos administrativos foram emitidos em consonância com
a lei.
c) a discricionariedade no âmbito da administração pública alcança todos os
elementos ou requisitos do ato administrativo.

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d) a revogação é ato administrativo vinculado por intermédio do qual a


administração pública extingue um ato incompatível com as disposições legais.
e) a convalidação é ato administrativo por meio do qual é suprido o vício
constante de um ato ilegal. Trata-se de ato privativo da administração pública,
já que, em nenhuma circunstância, a convalidação pode ser feita pelo
administrado.
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36. (CESPE / Técnico Judiciário / TJ-CE / 2014)


A respeito de alguns aspectos do ato administrativo, assinale a opção correta.
a) A administração tem o poder de revogar todos os atos administrativos,
desde que observadas a conveniência e a oportunidade.
b) O ato discricionário é editado com base em um juízo de conveniência e
oportunidade do administrador e com a devida demonstração do interesse
público, o que dispensa o controle de legalidade pelo Poder Judiciário.
Cópia registrada para Felipe Gomes (CPF: 016.535.976-58)

c) Por meio da convalidação, os atos administrativos que apresentam vícios


são confirmados no todo ou em parte pela administração, e, em caso de vício
insanável, ao processo de convalidação dá-se o nome de reforma.
d) Os atos de gestão da administração pública são regidos pelo direito público.
e) Agente incompetente, vício de forma e desvio de finalidade são
fundamentos que podem resultar em anulação do ato administrativo.

37. (CESPE/Técnico Judiciário-Área Administrativa/TER-MG/2009)


O ato administrativo submete-se a regime jurídico de direito público e sujeita-
se ao controle pelo Poder Judiciário. Nesse sentido,
a) a imperatividade é atributo que não alcança todos os atos administrativos,
já que os atos meramente enunciativos ou os que conferem direitos solicitados
pelos administrados não ostentam referido atributo.
b) o atributo da autoexecutoriedade importa a presunção, até prova em
contrário, de que os atos administrativos foram emitidos em consonância com
a lei.
c) a discricionariedade no âmbito da administração pública alcança todos os
elementos ou requisitos do ato administrativo.
d) a revogação é ato administrativo vinculado por intermédio do qual a
administração pública extingue um ato incompatível com as disposições legais.
e) a convalidação é ato administrativo por meio do qual é suprido o vício
constante de um ato ilegal. Trata-se de ato privativo da administração pública,
já que, em nenhuma circunstância, a convalidação pode ser feita pelo
administrado.

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38. (CESPE/Técnico Judiciário - Área Judiciária/TJ-CE/2014)


A respeito de alguns aspectos do ato administrativo, assinale a opção correta.
a) A administração tem o poder de revogar todos os atos administrativos,
desde que observadas a conveniência e a oportunidade.
b) O ato discricionário é editado com base em um juízo de conveniência e
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oportunidade do administrador e com a devida demonstração do interesse


público, o que dispensa o controle de legalidade pelo Poder Judiciário.
c) Por meio da convalidação, os atos administrativos que apresentam vícios
são confirmados no todo ou em parte pela administração, e, em caso de vício
insanável, ao processo de convalidação dá-se o nome de reforma.
d) Os atos de gestão da administração pública são regidos pelo direito público.
e) Agente incompetente, vício de forma e desvio de finalidade são
fundamentos que podem resultar em anulação do ato administrativo.
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39. (CESPE - AnaTA SUFRAMA/Geral/2014)


Acerca do direito administrativo, julgue o item a seguir.
Caso a SUFRAMA pretenda alugar uma nova sala para nela realizar curso de
formação de novos servidores, o contrato de locação, nessa hipótese, em
razão do interesse público, apesar de ser regido pelo direito privado, será
considerado tecnicamente como ato administrativo.

40. (CESPE - AnaTA - CADE/2014)


Julgue o próximo item, com base na legislação da administração pública.
Embora a função administrativa seja atípica para os Poderes Judiciário e
Legislativo, no exercício da função administrativa, esses poderes praticam atos
administrativos.

41. (CESPE/FUB/Administrador/ 2005)


Em relação aos requisitos e às espécies de atos administrativos, julgue o item
subsequente.
A competência, finalidade, forma, o motivo, objeto e a legalidade são
considerados requisitos dos atos administrativos.

42. (CESPE - ANTAQ/2014)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item a seguir.

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A competência, um dos requisitos do ato administrativo, é intransferível,


sendo vedada a sua delegação.

43. (CESPE - Proc - PGE BA/2014)


No que se refere aos atos administrativos, julgue o item subsequente.
Incorre em vício de forma a edição, pelo chefe do Executivo, de portaria por
meio da qual se declare de utilidade pública um imóvel, para fins de
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desapropriação, quando a lei exigir decreto.

44. (CESPE - Proc - PGE BA/2014)


No que se refere aos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O ato de exoneração do ocupante de cargo em comissão deve ser
fundamentado, sob pena de invalidade por violação do elemento obrigatório a
todo ato administrativo: o motivo.
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45. (CESPE - ANATEL/Direito/2014)


Julgue o item, a respeito de atos e processos administrativos.
Imperatividade é o atributo com base no qual o ato administrativo pode ser
praticado pela própria administração sem a necessidade de intervenção do
Poder Judiciário.

46. (CESPE/2015/TRF–5ª Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
São classificados como compostos os atos administrativos elaborados pela
manifestação autônoma de agentes ou órgãos diversos que concorrem para a
formação de um único ato.

47. (CESPE/2015/TRF–5ª-Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente. Tanto os atos
administrativos constitutivos quanto os negociais e os enunciativos dispõem
do atributo da imperatividade.

48. (CESPE - JF - TRF1/2011)


A respeito da disciplina dos atos administrativos, assinale a opção correta.

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a) A licença é ato administrativo discricionário, de natureza constitutiva de


direito, pelo qual a administração concede àquele que preencha os requisitos
legais o exercício de determinada atividade.
b) Não enseja anulação do ato de nomeação de candidato aprovado em
concurso público o fato de a administração pública constatar, após a posse,
que o candidato omitiu informações que lhe seriam desfavoráveis na etapa do
certame, relativas à idoneidade e conduta ilibada na vida pública e privada.
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c) Embora o ato administrativo seja dotado da denominada presunção de


veracidade, o Poder Judiciário pode apreciar de ofício sua validade.
d) De acordo com a doutrina, a competência para a prática do ato
administrativo decorre sempre de lei, não podendo o próprio órgão
estabelecer, por si, as suas atribuições.
e) Quanto à exequibilidade, é denominado ato administrativo pendente aquele
que não completou seu ciclo de formação, razão pela qual não está apto à
produção de efeitos.
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49. (CESPE - JF - TRF1/2011)


Considerando a disciplina e a jurisprudência concernentes ao controle dos atos
administrativos, assinale a opção correta.
a) A análise acerca de eventual ofensa do ato administrativo ao princípio da
proporcionalidade exige juízo de valor acerca da conveniência e oportunidade,
razão pela qual não se revela passível de controle por parte do Poder
Judiciário.
b) Na hipótese de demissão imposta a servidor público submetido a processo
administrativo disciplinar, o controle por parte do Poder Judiciário deve ficar
restrito aos aspectos formais, visto que não é possível a análise da motivação
do ato decisório.
c) Em obediência ao princípio da segurança jurídica, o controle externo,
oriundo dos Poderes Legislativo e Judiciário, está sujeito a prazo de
caducidade, assim como o controle interno, razão pela qual decai em cinco
anos o direito ao controle dos atos administrativos dos quais decorram efeitos
favoráveis para os destinatários, ainda que comprovada a má-fé.
d) Quando for exarada decisão do tribunal de contas reconhecendo a
legitimidade do ato administrativo, este não poderá ser objeto de impugnação
em ação de improbidade, restando inviabilizado, em tal hipótese, o controle do
Poder Judiciário.
e) Nas demandas que envolvam discussão acerca de concurso público, é
vedada, em regra, a apreciação pelo Poder Judiciário dos critérios utilizados
pela banca examinadora para a formulação de questões e atribuição de notas
a candidatos, sob pena de incursão no denominado mérito administrativo.

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50. (CESPE/2015/MPOG/Analista Técnico Administrativo - Cargo 2)


Em relação ao controle administrativo, julgue o item subsequente.
O direito de a administração anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornem ilegais, implica a desnecessidade de garantir o
contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado.
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51. (CESPE/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo -


Conhecimentos Específicos)
Acerca da invalidação, da revogação e da convalidação dos atos
administrativos, julgue o item a seguir.
Agirá de acordo com a lei o servidor público federal que, ao verificar a
ilegalidade de ato administrativo em seu ambiente de trabalho, revogue tal
ato, para não prejudicar administrados, que sofreriam efeitos danosos em
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consequência da aplicação desse ato.

52. (CESPE/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo -


Conhecimentos Específicos)
Acerca da invalidação, da revogação e da convalidação dos atos
administrativos, julgue o item a seguir.
Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato
administrativo vincula-se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto,
nulo o ato administrativo cujo motivo estiver dissociado da situação de direito
ou de fato que determinou ou autorizou a sua realização.

53. (CESPE/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo -


Conhecimentos Específicos)
Acerca da invalidação, da revogação e da convalidação dos atos
administrativos, julgue o item a seguir.
A revogação de atos pela administração pública por motivos de conveniência e
oportunidade não possui limitação de natureza material, mas somente de
natureza temporal, como, por exemplo, o prazo quinquenal previsto na Lei n.º
9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito do serviço
público federal.

54. (CESPE/2015/FUB/Auditor)
No que concerne ao regime jurídico-administrativo, julgue o item
subsequente.

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A presunção de legitimidade ou de veracidade de determinado ato


administrativo produz a inversão do ônus da prova, ou seja, a atuação da
administração é presumidamente fundada em fatos verdadeiros e em
observância à lei, até prova em contrário.

55. (CESPE/2013/ANP/Todos os cargos)


A autorização em que a administração reconhece que um particular é detentor
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de um direito subjetivo configura um ato administrativo vinculado.

56. (CESPE/2015/TCU/Técnico Federal de Controle Externo -


Conhecimentos Específicos)
Julgue o item seguinte, relativo ao ato administrativo.
Decretos não são considerados atos administrativos.
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57. (CESPE/2015/MPU/Analista do MPU - Conhecimentos Básicos)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
O ato que aplica determinada sanção a um servidor público configura exemplo
de ato constitutivo, que se caracteriza por criar, modificar ou extinguir
direitos.

58. (CESPE/2015/CGE-PI/Auditor Governamental)


Julgue o item a seguir, acerca dos atos administrativos e da responsabilidade
civil do Estado.
A administração pode anular os próprios atos, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação
judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem eivados de vícios
que os tornem ilegais.

59. (CESPE/2015/MPU/ Técnico do MPU - Segurança Institucional e


Transporte)
O servidor responsável pela segurança da portaria de um órgão público
desentendeu-se com a autoridade superior desse órgão. Para se vingar do
servidor, a autoridade determinou que, a partir daquele dia, ele anotasse os
dados completos de todas as pessoas que entrassem e saíssem do imóvel.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Na situação apresentada, a ordem exarada pela autoridade superior é ilícita,
por vício de finalidade.

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60. (CESPE/2015/MPU/ Técnico do MPU - Segurança Institucional e


Transporte)
Acerca do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item
subsequente.
Os atos praticados pelos servidores do MPU possuem presunção de
legitimidade, não sendo possível, por isso, questionar-se,
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administrativamente, a veracidade dos fatos expostos em declaração por eles


exarada.

61. (CESPE/2015/DPU/Defensor Público Federal de Segunda


Categoria)
Com relação às espécies de atos administrativos, julgue o item abaixo.
Os atos administrativos negociais são também considerados atos de
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consentimento, uma vez que são editados a pedido do particular como forma
de viabilizar o exercício de determinada atividade ou a utilização de bens
públicos.

62. (CESPE/2015/DPE-PE/Defensor Público)


Julgue o item que se segue, a respeito de atos administrativos.
Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo
deve ser escrito, registrado e publicado, não se admitindo no direito público o
silêncio como forma de manifestação de vontade da administração.

63. (CESPE/2015/TRE-MT/Técnico Judiciário - Administrativa)


A lei pode atribuir efeitos ao silêncio administrativo, inclusive para deferir
pretensão ao administrado.

64. (CESPE/2013/MI/Analista Técnico - Administrativo)


O silêncio administrativo, que consiste na ausência de manifestação da
administração pública em situações em que ela deveria se pronunciar,
somente produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr.

65. (CESPE/205/FUB/Administrador)
A respeito dos atos administrativos, julgue o próximo item.
Instrução é ato administrativo unilateral editado pelos ministros de Estado.

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66. (CESPE/2015/MPU/Analista do MPU - Conhecimentos Básicos)


Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
Tanto os atos administrativos constitutivos quanto os negociais e os
enunciativos têm o atributo da imperatividade.
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67. (CESPE/2015/TRF–5ª Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
A permissão de uso de bem público, tradicionalmente considerada ato
administrativo precário, possui atualmente natureza jurídica de contrato
administrativo bilateral resultante de atividade vinculada do administrador.
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68. (CESPE/2015/TRF–5ª Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
A competência, como elemento do ato administrativo, pode ser delegada a
outros órgãos ou agentes, se não houver impedimento legal, mesmo que estes
não sejam hierarquicamente subordinados aos que possuam a competência
originária.

69. (CESPE/2015/TRF–5ª Região/Juiz Federal


Substituto/Adaptada)
Acerca dos atos administrativos, julgue o item subsequente.
A homologação é ato administrativo que envolve apenas competências
discricionárias relacionadas à conveniência de ato anteriormente praticado.

10.2 - ESAF
70. (ESAF - AnaTA MTUR/2014)
Assinale a opção em que não consta requisito de validade (ou elemento) do
ato administrativo.
a) Competência.
b) Objeto.
c) Executoriedade.
d) Motivo.
e) Finalidade.

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71. (ESAF - PFN/2012)


Identifique, entre as assertivas abaixo, a que corresponda a um ato
administrativo complexo, observada a concepção técnica usual de nossa
doutrina pátria.
a) O ato cuja produção tenha se dado a partir tão-só da manifestação de
vontade de um órgão colegiado.
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b) O que passa a existir com a manifestação de vontade de um órgão,


dependente da manifestação de outro para que se confirme ou seja
desconstituído.
c) Determinado ato que somente tenha existência a partir da manifestação
necessária de três órgãos.
d) Um ato que, a despeito de existir a partir do momento em que exarado por
um único órgão, somente poderá produzir efeitos com a posterior
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manifestação de outro órgão.


e) Aquele que, dada a sua complexidade, somente passa a existir a partir da
manifestação de vontade de mais de um agente público de um mesmo órgão.

72. (ESAF - PFN/2012)


À luz da tradicional doutrina administrativista, é possível identificar, como
espécie de ato administrativo, o chamado ato ordinatório, que tem, como um
de seus exemplos,
a) os decretos regulamentares.
b) os alvarás.
c) as circulares.
d) as multas.
e) as homologações.

73. (ESAF - ATRFB - Geral/2012)


É incorreto afirmar, quanto ao regime do ato administrativo:
a) a presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei.
b) a auto-executoriedade é a possibilidade de o ato ser posto em execução
pela própria Administração Pública.
c) a discricionariedade configura a completa liberdade de atuação do agente
público na prática do ato administrativo.
d) a imperatividade é a capacidade do ato de se impor a terceiros
independente de sua concordância.

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e) o motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento para


a prática do ato administrativo.

74. (ESAF - ATA MF/2012)


Considerando que a atuação administrativa ora se dá de forma vinculada, ora
de forma discricionária, conforme o permissivo legal para que o administrador
integre a lei com seu juízo de conveniência e oportunidade, correlacione os
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

atos listados na coluna I com a classificação aposta na coluna II.


Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta para a coluna I.

Coluna I Coluna II

Gradação da penalidade a
( ) ser aplicada no exercício do (1) Ato vinculado.
poder de polícia.
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Concessão de alvará de
() (2) Ato discricionário.
licença de construção.

Concessão de alvará de
( ) autorização de uso de área
pública.

Remoção de servidor
()
público ex ofício.

Deferimento de licença
( ) para tratar de interesses
particulares.

a) 1 / 1 / 2 / 2 / 2
b) 2 / 1 / 2 / 2 / 1
c) 2 / 1 / 2 / 2 / 2
d) 2 / 1 / 2 / 1 / 1
e) 2 / 2 / 1 / 2 / 2

75. (ESAF - AFRFB/2014)


Em se tratando da classificação e extinção dos atos administrativos, é correto
afirmar:
a) atos gerais ou normativos são os que se preordenam a regular situações
específicas como acontece nos decretos expropriatórios.
b) no ius gestionis não há intervenção da vontade dos administrados para sua
prática, como acontece nos decretos de regulamentação.

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c) os atos enunciativos indicam juízos de valor de outros atos de caráter


decisório, como acontece nos pareceres.
d) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora
múltiplas, visto que há somente uma vontade autônoma, de conteúdo próprio
e as demais instrumentais, como acontece no visto.
e) na cassação há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica
superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato.
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76. (ESAF - ACE - Grupo 1/2012)


O ato de autorização de uso de um bem público cujo prazo já tenha expirado e
os atos que integram um procedimento administrativo que já tenha chegado
ao seu fim possuem em comum o seguinte:
a) são atos administrativos vinculados.
b) são atos administrativos anuláveis.
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c) são atos administrativos viciados.


d) são atos administrativos irrevogáveis.
e) são atos administrativos conversíveis.

77. (ESAF - Ana Sist - Informática e Redes/2012)


No que se refere ao controle dos atos administrativos, é correto afirmar que
possuem efeitos retroativos:
a) a revogação, a anulação e a convalidação de tais atos.
b) apenas a anulação e a convalidação de tais atos.
c) a revogação e a anulação de tais atos, apenas.
d) apenas a anulação de tais atos.
e) apenas a revogação e a convalidação de tais atos.

78. (ESAF - ATPS - MPOG/Assistência Social/2012)


Considerando: invalidação, anulação e revogação dos atos administrativos,
assinale a opção correta.
a) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários prescreve em dez anos,
salvo comprovada má fé.
b) O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, salvo
comprovada má-fé.
c) É vedado à administração convalidar seus próprios atos.

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d) Processos administrativos são imprescritíveis quando tratam de parcelas de


trato sucessivo.
e) No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-
á da percepção do último pagamento.

79. (ESAF - AIET/Ambiental/2013)


São hipóteses de atos administrativos irrevogáveis, exceto:
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a) Atos vinculados.
b) Atos que geraram direitos adquiridos.
c) Atos consumados.
d) Atos administrativos praticados pelo Poder Judiciário.
e) Atos, já preclusos, que integrem procedimento.
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80. (ESAF - ATA MF/2012)


A correção ou regularização de determinado ato, desde a origem, de tal sorte
que os efeitos já produzidos passem a ser considerados efeitos válidos, não
passíveis de desconstituição e esse ato permaneça no mundo jurídico como
ato válido, apto a produzir efeitos regulares, denomina-se
a) Contraposição.
b) Convalidação.
c) Revogação.
d) Cassação.
e) Anulação.

81. (ESAF - Ana Sist - Informática e Redes/2012)


Nos termos da legislação federal vigente, não há exigência expressa de
motivação dos atos administrativos que
a) dispensem licitação.
b) suspendam outros atos administrativos.
c) decorram de reexame de ofício.
d) exonerem servidor ocupante de cargo em comissão.
e) revoguem outros atos administrativos.

82. (ESAF - EPPGG/2013)


Assinale a afirmativa correta.

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a) No atual regramento administrativo, não se reconhece convalidação de atos


viciados em razão de decurso de prazo.
b) Comprovada a má-fé, respeitado o devido processo legal, pode a
administração anular ato de concessão de aposentadoria, ainda não apreciado
pelo Tribunal de Contas da União, mesmo que praticado há mais de cinco
anos.
c) Aplicação da “Teoria da Aparência”, para atribuir responsabilidade à
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

administração pública, que, por culpa ou dolo, permite que terceiro pratique
atos em seu nome, independe da boa-fé do beneficiado pelo ato.
d) É vedado ao Poder Judiciário, em sede de controle de ato administrativo
disciplinar, anular penalidade de demissão permitindo ao administrador
aplicação de penalidade menos gravosa, pois a fixação da penalidade trata-se
de mérito administrativo.
e) É vedada a delegação de competência por ato unilateral.
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83. (ESAF - Ana Sist - Informática e Redes/2012) Os atos


administrativos, uma vez expedidos e independentemente de expressa
previsão legal, apresentarão sempre o(s) seguinte(s) atributo(s):
a) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade.
b) presunção de legitimidade e veracidade, bem assim autoexecutoriedade.
c) autoexecutoriedade, apenas.
d) imperatividade e autoexecutoriedade, apenas.
e) presunção de legitimidade e veracidade, apenas.

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11– Gabarito

Gabarito 1. Errado. ........................................................................ 44


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Gabarito 2. Certo. .......................................................................... 45


Gabarito 3. Errado. ........................................................................ 45
Gabarito 4. Errado. ........................................................................ 45
Gabarito 5. Certo. .......................................................................... 45
Gabarito 6. Errado. ........................................................................ 46
Gabarito 7. Errado. ........................................................................ 46
Gabarito 8. Errado. ........................................................................ 46
Gabarito 9. Errado. ........................................................................ 47
Gabarito 10. D.................................................................................. 48
Gabarito 11. E. ................................................................................. 49
Gabarito 12. Errado. ........................................................................ 49
Gabarito 13. Errado. ........................................................................ 50
Gabarito 14. Certo. .......................................................................... 50
Gabarito 15. Errado. ........................................................................ 51
Gabarito 16. Certo. .......................................................................... 51
Gabarito 17. Errado. ........................................................................ 52
Gabarito 18. Errado. ........................................................................ 52
Gabarito 19. Certo. .......................................................................... 53
Gabarito 20. Errado. ........................................................................ 53
Gabarito 21. Certo. .......................................................................... 54
Gabarito 22. Errado. ........................................................................ 54
Gabarito 23. Certo. .......................................................................... 55

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Gabarito 24. Certo. .......................................................................... 55


Gabarito 25. Certo. .......................................................................... 56
Gabarito 26. Certo. .......................................................................... 56
Gabarito 27. Certo. .......................................................................... 56
Gabarito 28. Errado. ........................................................................ 57
Gabarito 29. Errado. ........................................................................ 57
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Gabarito 30. Certo. .......................................................................... 58


Gabarito 31. Errado. ........................................................................ 58
Gabarito 32. C. ................................................................................. 59
Gabarito 33. C. ................................................................................. 59
Gabarito 34. C. ................................................................................. 60
Gabarito 35. C. ................................................................................. 60
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Gabarito 36. C. ................................................................................. 62


Gabarito 37. C. ................................................................................. 62
Gabarito 38. D.................................................................................. 63
Gabarito 39. B. ................................................................................. 63
Gabarito 40. B. ................................................................................. 64
Gabarito 41. D.................................................................................. 64
Gabarito 42. B. ................................................................................. 65
Gabarito 43. D.................................................................................. 65
Gabarito 44. B. ................................................................................. 66
Gabarito 45. E. ................................................................................. 67

12– Referencial Bibliográfico

Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São


Paulo: Editora Método, 2014.
Bandeira de Melo, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2010.

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Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas,


2009.
Alexandre, Ricardo. Deus, João de. Direito Administrativo Esquematizado. São
Paulo: Editora Método, 2014.
Meirelles, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22.ed. São Paulo, RT,
1997
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
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Brasília, DF, Senado, 1998.


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