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3rd E Aguiar +4
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29/09/2016 Ecologia, Ambiente e Educação Ambiental em São Tomé e Príncipe (PDF Download Available)
Ecologia,
Ambiente
eEducação
Ambiental
em São Tomé e Príncipe
Novembro de 2009
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Agradecimentos
Ministério da Educação e Cultura
Direcção Geral do Ambiente
Fundação da Criança e da Juventude
Nerea Investiga
Step Up
Mireia Boya Busquet
Bastien Loloum
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Índice
1ª
Introdução ................................................................................................................................ 6
parte : A Ecologia
Um pouco de história (geologia e origem do arquipélago) .................................... 10
Clima ......................................................................................................................................................... 11
Ecossistemas e Habitats ................................................................................................................ 12
1) Os ecossistemas marinhos e costeiros .......................................................................... 13
2) Os ecossistemas terrestres ................................................................................................... 15
Actividade 1 Factos ou mitos ..................................................................................................... 18
Actividade 2 Formação de camadas ...................................................................................... 20
Actividade 3 Pulmões do mundo ............................................................................................ 21
Actividade 4 A sopa da conser vação da floresta .......................................................... 22
Actividade 5 O estudo das árvores ....................................................................................... 23
Actividade 6 São as pessoas ....................................................................................................... 24
Actividade 7 Eu quero o meu habitat! .................................................................................. 25
Actividade 8 Como podemos ajudar a floresta tropical? .......................................... 27
Actividade 9 O efeito de estufa e as suas consequências ........................................ 28
2ª
Actividade 10 O derrube de ár vores ................................................................................... 29
parte : A Biodiversidade
A colonização das ilhas pelas espécies, a constituição da biodiversidade.......... 32
As espécies endémicas e emblemáticas da Flora e Fauna ........................................ 33
O meio marinho e costeiro ........................................................................................................ 33
O meio florestal ................................................................................................................................. 34
Actividade 11 Peça teatral ............................................................................................................ 37
Actividade 12 Slogans ..................................................................................................................... 38
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3ª
Actividade 19 As espécies florestais e os seus habitats .............................................. 47
parte : A Conservação
Porquê conservar a biodiversidade e os habitats? ......................................................... 50
As principais ameaças sobre o ambiente em STP ......................................................... 51
Políticas públicas e Quadro legal de Protecção da Natureza em STP .............. 53
O que podemos fazer? ................................................................................................................... 54
Actividade 20 Visualização da gota de chuva .................................................................... 57
Actividade 21 Palavras cruzadas das tar tarugas marinhas ......................................... 58
Actividade 22 Como é que a floresta tropical nos ajuda? ........................................ 59
Actividade 23 Estamos perante uma pesca responsável? .......................................... 60
Actividade 24 As espécies marinhas e costeiras e os seus habitats ................... 61
Actividade 25 A car ta da Maria ................................................................................................ 62
Actividade 26 O que devemos ou não encontrar no mar? ..................................... 64
Actividade 27 Como consumir com sustentabilidade? ............................................... 65
Actividade 28 Inspecção da praia! ........................................................................................... 66
Actividade 29 Águas e águas ...................................................................................................... 67
Actividade 30 A Teia da vida ....................................................................................................... 68
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E
Introdução
Os problemas ambientais acima referidos são, ainda, agravados pela falta de cidada-
nia dos homens e mulheres que não hesitam em lançar os seus desperdícios (e.g.,
garrafas vazias, sacos de plástico e outros materiais não orgânicos) no solo, nas praias
e no mar ; que utilizam redes com malhas cada vez mais pequenas ou dinamite na
actividade piscatória; que provocam descargas dos motores de embarcações no mar
ou no por to, entre outras.
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Para a realização desta nobre tarefa foi constituída uma equipa composta por repre-
sentantes de instituições públicas, ONGs e especialistas em educação ambiental.
Esta acção conta com a contribuição técnica e financeira do CTA (Centro Técnico
de Cooperação Agrícola e Rural). O CTA rege-se pelos Acordos de Cotonou entre
os países de África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP) e a União Europeia (UE), que
o financia.
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Introdução 7
Article: Fatores associados à adequação do cuidado pré-natal e à
assistência ao parto em São Tomé e Príncipe,...
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1ª parte
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CO LOGIA
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c Um pouco de história...
c Clima.
c Ecossistemas e Habitats. People who read this publication also read:
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A
1869 pelo cientista alemão Ernst Heackel.
Ecologia é a ciência que estuda a vida no
seu meio ambiente, e o termo deriva das
palavras gregas “oikos” - casa - e “logos” -
estudo. É a “ciência que estuda a casa”, e designa o estudo das relações entre os se-
res vivos e o ambiente onde vivem. Este conceito foi pela primeir a vez utilizado em
Para facilitar a compreensão e o estudo da ecologia dos seres vivos, estes foram or-
ganizados em diferentes níveis: a unidade básica e fundamental é a célula, que por
sua vez se reune em conjuntos de tecidos, organizados em or gãos, e que constituem
um organismo. Um conjunto de organismos com profundas semelhanças e capaci-
dade de reprodução entre si, originando novos descendentes férteis e com o mes-
mo quadro geral de caracteres, pertencem à mesma espécie . Vários indivíduos da
mesma espécie reunidos num mesmo local, durante o mesmo período de tempo,
formam uma população. Diferentes populações (indivíduos per tencentes a espécies
diferentes), que vivem num mesmo local, durante o mesmo período de tempo, for-
mam uma comunidade. Ao conjunto constituído pela comunidade, o seu meio am-
biente, as interacções existentes entre os indivíduos e entre este e o meio ambiente
(e vice-versa) chama-se um ecossistema.
O ambiente de um ecossistema é que determina quais os seres vivos que aí vão apa-
recer e estabelecer, ou seja, as condições da “casa” é que vão seleccionar quais as es-
pécies que aí se vão instalar. Surge assim o termo habitat (do latim, ele habita), que
se refere ao espaço fisico e aos factores abióticos (não vivos, relativos ao meio am-
biente: tipo de solo, clima...) que caracter izam um ecossistema e são favoráveis à dis-
tribuição dos seres vivos, ao estabelecimento das populações e de uma comunidade .
Estes são os conceitos gerais que se pretendem trabalhar neste capítulo, focando em
par ticular o caso de SãoTomé e do Príncipe, e dos ecossistemas que aqui encontramos.
Um pouco de história...
(geologia e origem do arquipélago)
São Tomé e Príncipe são as duas principais ilhas do país-arquipélago situado no golfo
da Guiné, constituído por duas ilhas e vários ilhéus. Distantes 300 km da costa oci-
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dental da África (00 25’N de latitude e a 60 20’E de longitude), as ilhas ocupam uma
área de 1.001 km2, a ilha de São Tomé com 859 km2 e a ilha do Príncipe com 142
km2. São Tomé e Príncipe situam-se numa linha vulcânica chamada a linha dos Ca-
marões, que inclui Annobón a sudoeste, Bioko a nordeste e que se estende ao con-
tinente africano através do Monte Camarões e alcança o plateau de Camarões e o
Lago Chad. O arquipélago de São Tomé e Príncipe surge desde sempre isolado no
mar, ao contrár io de Bioko que esteve inicialmente ligada ao continente Afr icano.
Primeiro um vulcão deu origem ao aparecimento da ilha do Príncipe , há cerca de
30 milhões de anos. São Tomé surge mais tarde da mesma forma, há cerca de 15
milhões de anos, e no início estas eram ilhas completamente desprovidas de vida.
Por serem ilhas vulcânicas, ambas apresentam um relevo muito acidentado. Na ilha
de S.Tomé, a topografia é caracterizada por picos e vales escarpados, sendo o Pico
de S. Tomé o ponto mais alto. Este pico situa-se no centro-sudoeste a uma altitude
de 2024 m, mas cerca de uma dezena de picos ultrapassam 1000 m de altitude. O
nor te da ilha é menos montanhoso, e é por esta razão que os primeiros cultivadores
ali se instalaram. No Príncipe o relevo é ainda mais acentuado e o pico mais alto atin-
ge 948 m. No sector norte da ilha também há uma região menos montanhosa.
Nas duas ilhas, os rios são numerosos e geralmente de carácter torrencial, ou seja,
?
são formados pela escorrência da água das chuvas.
SABIA QUE?
O Pico do Cão Grande, um dos polos de interesse turístico e uma referência paisa-
gistica do sul da ilha de São Tomé, resulta de uma erupção vulcânica muito antiga, e
atinge os 663 m. Apesar de, ao contrário de outros picos, não dispor de elevada alti-
tude, o Cão Grande é o que oferece maiores dificuldades quando se pretende esca-
lá-lo, uma vez que não tem nenhum caminho que permita o acesso ao topo.
Clima
As ilhas de São Tomé e do Príncipe situam-se logo acima da linha do equador, na
zona intertropical do planeta, numa faixa latitudinal situada entre os trópicos de
Câncer e de Capricórnio. O clima da zona intertropical é tipicamente quente e hú-
mido. Nesta região do planeta criam-se as condições climáticas ideais par a a prolife-
ração de seres vivos, sendo aqui que se encontra o maior número de espécies de
todos os grupos taxonómicos: vegetais, animais, fungos e microorganismos.
O clima das ilhas de São Tomé e Príncipe é insular e equatorial. Podemos dividi-lo
em três zonas climáticas:
1. No nor te e no nordeste da ilha, a estação seca apresenta uma longa duração
(4-5 meses para S.Tomé). Durante a estação das chuvas, raramente chove durante
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A Ecologia 11
Article: Fatores associados à adequação do cuidado pré-natal e à
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vários dias sem parar. Chove menos de 1 m de água por ano e a temperatura média
é de 25ºC;
2. Nas regiões sul e sudoeste, onde as precipitações são abundantes e não existe
a estação seca;
3. Nas altitudes mais elevadas, as temper aturas são mais baixas e a pluviosidade é in-
termédia. A temper atura pode ser inferior aos 10ºC (dependendo da altitude).
?
por condensação sobre a vegetação.
SABIA QUE?
A floresta tropical é muito importante para o equilíbrio do clima em todo o mun-
do.A floresta tropical absorve muito do dióxido de carbono produzido no plane-
ta, um dos principais gases responsáveis pelo efeito de estufa. As plantas verdes
são, através da fotossintese, capazes de transformar o dióxido de carbono em
oxigénio, e é na zona tropical que se concentra a maior parte das florestas verdes
de todo o planeta. Isto significa que se a floresta tropical for cortada ou queima-
da, afectará negativamente o ar que todo o planeta respira.
Ecossistemas e Habitats
Um Ecossistema, ou sistema ecológico, é constituído por duas componentes: a com-
ponente biótica e a componente abiótica. A componente biótica é formada por uma
comunidade (biótica), ou seja um conjunto de organismos per tencentes a diferentes
espécies (várias populações) que vivem num determinado biótopo (local, ambiente fí-
sico), dur ante um certo período de tempo. O biótopo (local onde vive a comunidade
durante um determinado período de tempo) e os factores físico-químicos do meio
ambiente constituem a componente abiótica do ecossistema. Os or ganismos vivos de
cada população interagem entre si e com os membros de outras populações (rela-
ções bióticas). Os factores físico-químicos do meio ambiente também exercem in-
fluência uns sobre os outros. Ou seja a componente biótica e abiótica do ecossistema
interagem. Esta interacção leva a que a componente biótica influencie as propriedades
da componente abiótica e vice-versa. Ambas as componentes de um ecossistema são
essenciais para a manutenção da vida tal como a conhecemos na Terra.
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Um habitat é de uma forma muito simples a casa dos seres vivos (de uma popula-
ção ou de uma comunidade) ou o “endereço” onde os seres vivos vivem num de-
terminado ecossistema. É o conjunto do espaço físico e das condições ambientais
favoráveis ao estabelecimento de diversas comunidades de organismos vivos. Como
já vimos anteriormente , o arquipélago de São Tomé e Principe é formado por duas
ilhas, com um relevo montanhoso, e solos derivados da actividade vulcânica, situadas
numa zona do planeta onde o clima é muito favorável à abundância e diversidade
de seres vivos. Isto significa que se criar am vários habitats com boas condições para
o estabelecimento de organismos vivos.
Nas ilhas de São Tomé e do Principe podemos identificar vários ecossistemas, que
englobam diferentes habitats, e que derivam das própr ias condições físicas e geográ-
ficas da ilha:
1. os ecossistemas marinhos: nas áreas costeiras (litorais) e marinhas (de mar aber-
to), já que ambas as ilhas estão no Oceano Atlântico e possuem uma extensa área
de costa e marítima;
2. os ecossistemas terrestres: são representados predominantemente por áreas
florestais, que apresentam habitats de condições diferentes consoante a altitude, a
intensidade da precipitação, a insolação, o relevo e a própria estrutur a da floresta
estabelecida.
As ilhas inicialmente deser tas foram sendo colonizadas ao longo dos tempos pelas
várias espécies vegetais, animais, fungos e microroganismos, que aqui chegaram de
várias formas: transportados pelo mar, pelo ar, e mais recentemente pelos Homens
que se estabeleceram em São Tomé e no Príncipe. Quando as condições são favo-
ráveis ao estabelecimento de determinada espécie, ou seja o habitat disponível é
adequado, esta pode sobreviver e conquistar um lugar no ecossistema.
A Ecologia 13
Article: Fatores associados à adequação do cuidado pré-natal e à
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Full-text · Sep 2015 · Cadernos de saúde pública...
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Existem também algumas espécies que costumam viver no alto mar, e usam o litoral,
de vez em quando, para se reproduzirem ou alimentar. Por exemplo, as tar tarugas
marinhas utilizam as praias para desovar. Alguns peixes também usam os mangais
para pôr os seus ovos, em áreas ricas em alimento e ao abrigo dos predadores.
Mas, talvez, quem mais goste do litoral seja o Homem! Em São Tomé, usamos o li-
toral em muitas das nossas actividades: é onde procuramos alimentos, onde diver ti-
mos nos fins-de-semana fazendo pic-nics, onde os pescadores abrigam as suas ca-
?
noas, e também onde gostamos de construir as nossas casas.
SABIA QUE?
Em São Tomé e Príncipe,a gestão do litoral, ou seja o controlo da utilização deste es-
paço pelos habitantes é da responsabilidade da Capitania dos Portos.Esta instituição
é responsável pela faixa da costa de 80 metros a partir da linha de mar mais alta.Em
cada praia,a Capitania dos Portos dispõe de Chefes de Praia que respondem por ela.
b) O mar aberto
Quando os pescadores se afastam um pouco da costa, os tipos de peixes encontra-
dos são diferentes. Entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, o mar é mais fundo
podendo chegar aos 3000 metros. Por isso, quando os pescadores se afastam um
pouco da costa, encontram espécies diferentes, geralmente de maior tamanho em
maiores densidades. São espécies típicas do Mar aber to.
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De forma geral, os biólogos classificam os seres vivos que vivem nos Oceanos con-
forme os seus compor tamentos e em função da região das águas onde vivem:
As espécies pelágicas são aquelas que não dependem do fundo do mar para sobrevi-
ver, e que nadam livremente em qualquer par te do oceano.Alguns vivem em cardumes
para uma melhor protecção, tais como as sardinhas e os atuns, outros são predadores
que se alimentam de outros peixes, como é o caso do peixe Andala e do Tubarão.
As espécies demersais são aquelas que vivem no fundo do mar ou nas rochas, como
a Garoupa e a Santola. Alguns deles têm hábitos ter ritóriais, atacando qualquer in-
truso ao seu terr itório, como por exemplo a Moreia. Outros usam a técnica de ca-
?
muflagem para não serem descober tos pelos predadores, como é o caso do Polvo.
SABIA QUE?
Por serem ilhas, São Tomé e Príncipe não tem fronteiras terrestres com nenhum
outro país, mas sim com o alto mar! O território marítimo que pertence ao país
é chamado de Zona Económica Excusiva (ZEE) e representa uma extensão de
160 000 Km2, ou seja cerca 160 vezes o tamanho das nossas terras.
2. Os ecossistemas terrestres
As áreas terrestres de São Tomé e do Principe eram or iginalmente cobertas por flo-
resta tropical. Estas áreas apresentam diferentes condições físicas, que determinam
o tipo e a estrutura da vegetação, sendo classificadas como:
e Floresta de Bruma ou de altitude, acima dos 1400m e até aos 2024m, caracte-
rizada pela humidade permanente e temperatur as bastante inferiores às que en-
contramos a nível do mar ;
e Floresta de Montanha, entre os 800m e os 1400m de altitude, onde a precipita-
ção é comum e abundante mas o relevo um pouco menos abrupto;
e Floresta de Baixa Altitude, entre o nível do mar e os 800m, o habitat natural ac-
tualmente menos representado devido à acção directa do Homem com desflores-
tação para cultivo e estabelecimento de populações humanas. Actualmente a área
de Floresta Primária de Baixa Altitude situa-se apenas na zona sul e sudoeste da ilha,
e é caracterizada por precipitação intensa e constante e solos pobres;
e Floresta Seca, instalada nas zonas com pluviosidade compreendida entre 1.000
e 1.500mm por ano, nas zonas limitrofes de Guadalupe, com um período seco bem
marcado.
Em vir tude de os ecossistemas terrestres de São Tomé e do Príncipe terem sido su-
jeitos a grandes modificações, desde a colonização Humana pelos Portugueses a
par tir do ano de 1470, actualmente temos outros ecossistemas florestais que sur-
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A Ecologia 15
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gem directa ou indirectamente por acção do Homem e que constituem novos ha-
bitats para a flora e fauna, nomeadamente:
?
consumo e subsistência para as populações.
SABIA QUE?
As Florestas tropicais do mundo são caracterizadas por uma estrutura comum,
em camadas. Na Floresta, podemos distinguir vários habitats em função da altura,
começando pela camada emergente, constituída pelas ár vores mais altas e que se
elevam muitas vezes para além das copas das outras árvores, até aos 60m de
altura. Na segunda camada temos a canopeia, constituída pelas copas da maioria
das árvores de grande porte, entre 20 e 30m de altura, e que funcionam como
um “guarda sol” da floresta, absorvendo grande parte da luz do sol. Por debaixo
encontramos a terceira camada, a mata, formada por árvores pequenas e arbus-
tos caracteristicamente com folhas largas, para tentar absorver a luz do sol que
passa pela canopeia. Por último temos a camada do solo, que inclui ainda os tron-
cos em decomposição, as folhas mor tas e a matéria orgânica em decomposição,
que alimenta o solo da floresta, geralmente pobre em nutrientes.
Y
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1
Actividade
Factos ou mitos
(adaptado a partir World Wildlife Fund – Denise Stromme)
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais para registo dos factos errados da his-
tória. Na falta destes elementos a actividade pode ser realizada oralmente.
x Passo a passo: A história que se segue contém alguns factos errados. Os alunos deverão
lê-la individualmente ou em grupo e encontrar os erros. Os alunos deverão explicar porque razão
estão errados alguns factos da história e propor alterações para que a história fique verdadeira.
ical.
am passear na floresta trop
ma tarde dois amigos for
U
ndo um ven to for te no
ge qua
Não tinham ido muito lon os. Log o
areia seca nos seus olh
fundo da floresta soprou e esf om ead o, à
m um morcego enorme
que limparam os olhos, vira ráp ido pos síve l pa-
er. Correram o mais
procura de crianças para com
ra escaparem. em contou-
um homem a cultivar. O hom
Pouco depois encontraram pla r os seus
nta
queimado as árvores para
-lhes que tinha cortado e dut os em abun-
os os anos colhia os pro
produtos há 10 anos, e tod er estas colheitas por-
cia. O hom em disse-lhes que é possível faz
dân continuar a
rientes. Os amigos decidiram
que o solo está cheio de nut m a marcha.
sorte ao homem e continuara
caminhada. Desejaram boa a mãe leoa e
co tempo depois , viram um
Seguiram o caminho, e pou os leõ es passaram
s esconderam-se e
os seus filhotes. Os amigo a, não pod iam ser facil-
escuridão da florest
mesmo ao lado deles. Na
mente vistos nos arbustos. alto. Os amigos
viu-os e começou a gritar
Não obstante, um macaco os macacos são
ento porque sabiam que
riram-se do animal barulh um a cobra preta
Perto do macaco, estava
estúpidos e desajeitados. am igo s não fica ram com
de árvore. Os
a dormir sobre um ramo que ela não
a lhe tocar porque sabiam
medo e aproximaram-se par
era venenosa. da vegetação
os com o verde luxuriante
Os amigos ficaram admirad ma is ace rca dela. Os
desejavam saber
da floresta tropical. Eles só er ma is ace rca da floresta
iriam aprend
amigos concordaram que ertir mais nos
agem para se poderem div
tropical e a sua vida selv
seus próximos passeios.
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Y Parágrafo 4: Os macacos são barulhentos mas não são estúpidos; Os macacos não são
desajeitados; São muito ágeis nas árvores mas também podem andar no chão; A cobra preta, ou
mamba negra é uma das cobras mais venenosas do planeta; Apesar de não serem agressivas deve-
-se ter cuidado e afastar porque quando se sentem ameaçadas podem morder e levar à morte.
Y Parág rafo 5: É verdade; Quanto mais souber acerca da floresta tropical, mais divertimento
terá a explorar.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter retido as particularidades da
floresta tropical por oposição aos factos errados presentes no texto. A cor-
recção da história alterando os factos errados por verdadeiros estimulará a vi-
são crítica dos alunos.
A Ecologia 19
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2
Actividade
Formação de camadas
x Do que precisamos: O único requisito para a prática desta actividade é um espaço
amplo onde os alunos se possam movimentar livremente.
x Passo a passo: Dê uma breve explicação acerca das camadas da floresta tropical enquan-
to prepara quatro alunos para as representarem.
1 . Primeira camada: peça a um aluno para levantar os braços para cima imitando as árvores
emergentes que procuram o sol;
2 . Segunda camada: o segundo aluno deve estender os seus braços para frente e juntá-los de
modo a formar um círculo, da mesma forma que a copa actua como um guarda-chuva ou um cobertor;
3 . Terceira camada: o terceiro aluno deve ajoelhar-se e estender os seus braços para o lado
ocupando os espaços como uma mata (arbustos, árvores jovens e fetos);
4 . Quarta camada: o quarto aluno deita-se no chão com os braços estendidos imitando o solo
da floresta.
Dê um sinal de arranque para que os alunos passem a ser uma das camadas e encontrem as outras
três para completarem a floresta tropical. Contudo, se houver muitas camadas emergentes, por
exemplo, algumas crianças deverão representar outras camadas para formar a floresta.
Quando a floresta estiver completa, o passeie à volta dela retirando algumas camadas (crianças). Os
alunos deverão reflectir sobre a influência na floresta, da ausência de cada uma das camadas. Expli-
que que todas as quatro camadas são necessárias para que a floresta possa sobreviver.
A actividade deve terminar com a explicação sobre a importância da coexistência das quatro cama-
das para a sobrevivência da floresta tropical.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ser capazes de identificar as quatro
camadas que compõem a floresta e deverão enumerar a importância e algumas
características de cada uma delas.
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3
Actividade
Pulmões do mundo
x Do que precisamos: O único requisito para a prática desta actividade é um espaço
amplo onde os alunos se possam movimentar livremente.A actividade poderá realizar-se numa sala
ou no exterior.
x Passo a passo: Explique aos alunos como as florestas tropicais são importantes para a
atmosfera e para o clima. Pode focar o aspecto destas serem fontes de oxigénio e simultaneamente
reterem o dióxido de carbono que é o principal gás causador do efeito de estufa.
Nesta actividade todas as crianças são árvores excepto uma ou duas.As ár vores deverão espalhar-
se o mais distante possível umas das outras.As crianças que não são ár vores devem inspirar fundo
e correr duma árvore para outra antes de expirar. Retire uma árvore de cada vez para que o jogo
fique mais difícil. Explique-lhes que o jogo deve ser praticado rapidamente para que várias crianças
possam participar.
À medida que as árvores vão sendo retiradas a dificuldade do jogo vai aumentado já que as distân-
cias entre árvores aumentam e a distância a percorrer sem respirar aumenta.
O QUE APR E N DI !
No final desta actividade os alunos deverão perceber com clareza a importân-
cia da floresta tropical como produtora de oxigénio e simultaneamente fixado-
ra do dióxido de carbono que é um dos principais gases responsáveis pelo efeito
de estufa. A sua importância é vital para a sobrevivência no planeta Terra!
A Ecologia 21
Article: Fatores associados à adequação do cuidado pré-natal e à
assistência ao parto em São Tomé e Príncipe,...
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4
Actividade
A sopa da conservação
da floresta
x Do que precisamos: Quadro e giz para desenhar a sopa de letras ou opcionalmente
fotocópias da ficha para os alunos resolverem individualmente ou em grupo.
x Passo a passo: Mostre aos alunos como devem procurar as palavras relacionadas com a
conservação da floresta tropical.As palavras podem estar horizontais, verticais e diagonais, escritas
normalmente ou de trás para a frente.
x Palavras:
Reserva; Preservação; Pesca;Tu; Pesquisas; Educação; Parque; Conservação; Ecoturismo; Agricultura.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1 12 13 14 15
A A S C V T H R U I M O P V E T
B C E P R E S E R V A Ç A O I Y
Agricultura: K1 Horizontal.
Conservação: O15 Vertical;
C V U P Z C I S O P L M U E D J
Educação: N3 Horizontal;
Parque: G2 Vertical;
E T R N Q E T R D R T U M Ç J O
F N A F I A H V S E G N S L F A
G M P R H S J A J A R D I M T Ç
H L I E K L I V B H U I R G G A
I O Z E S C O D Y I J L U T N V
Presevação: B3 Horizontal;
J P T U N Q P F H O N Ç T U O R
Pesquisas: G2 Diagonal;
K A G R I C U L T U R A O R I E
Pesca: D8 Horizontal;
Reserva: A7 Vertical;
L V M R V Ç L I F H M N C S A S
Tu: D11 Diagonal;
y Soluções:
M E L U C B X D S F U B E C D N
N S Ç E D U C A Ç A O Q U E T O
O D O A R T H J N I S O P A R C
SOPA DE LETRAS
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão
ter consolidado alguns termos relacionados
com o estudo e conservação da floresta, que
podem discutir em grupo e contextualizar
para o seu país e a realidade em que vivem.
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5
Actividade
O estudo das árvores
(adaptado a partir de PIED CROW’S, revista especial do ambiente)
x Do que precisamos: Disponibilidade para uma pequena saída de campo para escolha
de uma árvore próxima da escola para estudar.
5. Faça a observação de insectos e pássaros que visitam a árvore e quais as suas actividades.
Variantes possíveis:
w Os alunos poderão desenhar diferentes partes de uma árvore em grupo ou individualmente. No
final poder-se-á pendurar todos os desenhos juntos,formando o desenho completo de uma ár vore;
w Observar e proceder a um registo detalhado do crescimento da árvore. Os alunos poderão
anotar regularmente as diferenças observadas por exemplo a nível da quantidade de folhas, tonali-
dades da árvore, seres vivos circundantes, entre outras;
w Cada aluno poderá cuidar de uma árvore próxima da sua casa e segui-la de perto, fazendo com
ela as mesmas actividades que fizeram na turma.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter maior consciência dos ciclos
temporais a que as árvores estão sujeitas e criar assim uma relação consciente
com a natureza que estimule a intenção de conservá-la.
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6
Actividade
São as pessoas
(adaptado de World Wildlife Fund US – Denise Stromme)
x Passo a passo: Explique aos alunos que são as pessoas que afectam ou destroem a flo-
resta, e não as máquinas ou animais. Estimule um pequeno debate que permita a criação de uma lista
de acções através das quais os seres humanos estão a destruir a terra.
Seguidamente indique aos alunos que procedam ao encaixe das actividades que o Homem desem-
penha e as associem aos respectivos conceitos.A cada frase da coluna da esquerda corresponde ape-
nas uma acção ou elemento da coluna da direita.
No final do exercício poderá fazer uma pequena síntese do exercício focando o aspecto da acção
humana ser a responsável por todas as causas de destruição da floresta tropical.
A – 4 ; B – 5;C – 2; D – 3; E – 1; F – 6.
y Soluções:
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão consolidar ideias sobre a destruição
da floresta e compreender que as ameaças que esta sofre são invariavelmente
provocadas pela acção humana.
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7
Actividade
Eu quero o meu habitat!
x Do que precisamos: 12 cadeiras opcionais, uma vez que o jogo pode ser feito em ex-
terior e o educador poderá fazer marcações no chão. Os alunos para a prática desta actividade de-
verão ter um espaço amplo para se movimentarem.
x Passo a passo:
1. Coloque 12 cadeiras dispostas em círculo, ou faça as marcas no chão.Marque estas cadei-
ras com sinais onde se poderá ler “terra” ou “água”. Se não tiver materiais ou tempo para
fazer os sinais, marque simplesmente os lugares da terra com
uma cor, objecto ou forma diferente da dos lugares da água.
2. Não se esqueça de ter música, quer seja a percussão de um
tambor ou os alunos prontos para cantar!
3. Leia e recorte o baralho “Enfrenta os Factos” que está
presente na página seguinte. Pode ir lendo simplesmente
da página, se não puder recortá-lo, mas deve fazê-lo de
forma aleatória, ou seja, sem uma ordem específica.
Defina as espécies de cada aluno. Pergunte aos alunos:“De
que espécie somos nós?” Espécies diferentes vivem em
lares diferentes. Defina o habitat. Dê exemplos de espé-
cies familiares e os seus habitats. Informe os alunos que
durante a próxima actividade irão agir como outras espé-
cies. O círculo de cadeiras representa a República Demo-
crática de São Tomé e Príncipe. Cada cadeira representa
água ou terra, dois habitats gerais dos quais os animais e
plantas dependem para sobreviverem.
x Instruções do Jogo:
1. Dê nome de animais a 10 participantes. Se houver mais alunos do que isso, pode sempre pas-
sar a tarefa de ler as cartas “Enfrente os Factos” a alguns alunos e no final do jogo trocam. Depois
de algum tempo a circular livremente, bata o tambor e retire as cadeiras. Se estiver a usar as mar-
cas no chão, faça os círculos grandes de forma a permitir que dois alunos representem um animal.
Estes podem sentar-se juntos. Os animais estão listados em baixo. Não se esqueça de os informar
acerca dos habitats onde se encontram:
w Terra: Galinhola, macaco, chininha, pombo, cobra.
w Água: Baleia, peixe-andala, camarão, golfinho e caranguejo.
(Alguns animais aquáticos não vivem exclusivamente dentro da água, mas fazem grande uso dela).
2. O jogo começa quando todos se espalharem dentro do círculo e a música ou os toques do tam-
bor começarem. Mande os alunos andarem na parte interior do círculo movendo-se ao longo das
cadeiras e mantendo sempre igual distância até às mesmas. Assim que a música terminar, cada um
terá que arranjar um lugar com um sinal ou símbolo de habitat que lhe corresponde. (ex.: macaco
na cadeira que diz terra).
3. Depois da primeira volta, alguém irá ler uma car ta do baralho dos factos que irá descrever a
causa da destruição do habitat e uma cadeira será retirada.
g
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k
4. Depois de cada volta, qualquer pessoa que não conseguir uma cadeira terá que sair do jogo. Um
outro baralho dos factos será lido e o jogo continua.
5. Quando já não há a representação de ambos habitats, o jogo termina.
Os alunos devem enumerar as razões da destruição de habitats, baseando-se nos baralhos dos fac-
tos. Defina o significado de estar em perigo e ser extinto. Faça a relação de como a destruição de
habitats contribui para pôr em perigo ou extinguir as espécies de plantas ou animais.
Procure as soluções juntamente com os alunos sobre as formas de preservar os habitats ou recons-
truir os habitats nos seus países. (ex.: criar um parque ou uma reserva natural) Com cada nova ideia,
aumente uma cadeira, habitat, no círculo até que a República Democrática de São Tomé e Príncipe
fique completa de novo.
Cortar e queimar
a floresta para
a agricultura destrói
muitos hectares
de floresta por ano.
Pastar os anim
domésticos no
recursos alime
ais
parques destrói
s
ntares
para os animais
O QUE APRENDI!
Os alunos aprenderão algumas
razões que provocam a destruição
dos habitats de diferentes animais.
Retire uma selvagens.
cadeira marcada Retire uma
Perceberão que há determinadas
cada acções humanas que destroem
terra. cadeira mar
terra. habitats. A parte final do jogo em
que após algum debate se voltam
a dispôr os habitats em círculo
permitirá reflectir sobre possíveis
soluções para os problemas
ambientais descritos.
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8
Actividade
Como podemos ajudar
a floresta tropical?
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais. Esta actividade, na ausência de quadro e
giz, poderá ser feita oralmente.
x Passo a passo: Os alunos deverão escolher as respostas correctas, Sim ou Não e assi-
nalar as respostas com uma cruz (X). Pode criar a sua própria tabela para qualquer tópico. (Se não
tiver um quadro, os alunos poderão simplesmente dizer Sim ou Não, ou levantar o dedo quando a
resposta é Sim e baixar quando a resposta é Não, depois das perguntas serem lidas.)
Sim:1; 2; 4; 6; 8; 10;
y Soluções:
6. Visitar o Pico de São Tomé K K
Nã0: 3; 5; 7; 9.
7. Derrubar e queimar as árvores para a agricultura K K
8. Seguir os regulamentos do parque natural Obô K K
9. Apanhar lenha para carvão K K
10. Recolher sempre o lixo que produzimos na floresta K K
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter consolidado algumas acções que
devem ou não praticar relativamente à floresta e o porquê de as poderem ou
não fazer.
A Ecologia 27
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Actividade
O efeito de estufa
e as suas consequências
x Do que precisamos: Os alunos para a prática desta actividade deverão ter um espaço
amplo para se movimentarem.
x Passo a passo: Trace o desenho da figura no quadro à medida que for explicando o fenó-
meno do efeito de estufa através da leitura dos pontos seguintes.
1. Os raios solares viajam através da atmosfera e aquecem a superfície da Terra.
2. A superfície terrestre irradia o calor novamente para a atmosfera.
3. Cerca de 30% do calor escapa-se para o espaço. O restante é absorvido pelos gases da atmos-
fera. Estes reflectem o calor que desta forma volta para a Terra.
4. Muitos gases da atmosfera não permitirão que se escapem os raios solares suficientes e reflec-
tirão mais calor para a Terra. Isto pode fazer com que a terra fique cada vez mais quente.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão compreender o fenómeno do efeito
de estufa e algumas das implicações do mesmo na floresta tropical.
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10
Actividade
O derrube de árvores
(adaptado a partir de Outreach)
x Do que precisamos: Os alunos para a prática desta actividade deverão ter um espaço
amplo para se disporem.
x Passo a passo: Os alunos devem ficar de pé e próximos uns dos outros formando um
grupo grande numa área aberta da sala. Informe-os que cada um é uma árvore e que juntos formam
uma grande área de floresta tropical intacta. O aluno situado no centro da floresta deve descrever
o que vê quando olha através das árvores. Pergunte-lhe se consegue ver o limite da floresta. E os
restantes? Há muita luz em baixo junto ao chão? (Indique que em muitas florestas tropicais a copa
é tão densa que pouca luz solar consegue atingir o solo do floresta.)
Agora comece o “derrube” de uma parte da floresta fazendo alguns alunos próximos dos limites da
floresta deslocarem-se para o lado. Escolha alunos situados a toda a volta. O aluno do centro deve
relatar qualquer mudança que possa ver. Uma vez que tenha sido cortada parte da floresta, o aluno
do centro pode notar que há mais sol no chão e ter facilidade de ver através das “árvores” os limi-
tes da floresta.
Depois da demonstração, pergunte aos alunos sobre o que aconteceu com a área que ficava no
meio da floresta. Está agora próximo ou mesmo nos limites da floresta. Então pergunte-lhes como
é que esta mudança do interior para o limite da floresta poderá afectar os animais que vivem na flo-
resta. Informe que muitas plantas e animais que estavam adaptados a viver no meio da floresta po-
dem não ser capazes de sobreviver nos limites desta. Os alunos poderão pensar em razões para
isso. (Mudança na temperatura, nível de humidade, circulação do ar, etc...) Por exemplo:A parte mé-
dia antiga receberia agora mais luz solar, temperatura crescente e mais vento,tornando-a mais seca.
Anote as respostas dos alunos.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão adquirir noções relativamente às
dificuldades enfrentadas pelos animais e plantas que vêem as condições dos
seus habitats alteradas por causa do derrube de árvores e desflorestação.
A Ecologia 29
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BI
2ª parte
DIVERS
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IO
SIDADE
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c A colonização das ilhas
pelas espécies e a constituição
da biodiversidade...
c As espécies endémicas
e emblemáticas
da Flora e Fauna. People who read this publication also read:
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O Príncipe, que se encontra mais perto do continente afr icano, formou-se há mais
tempo, e embor a tenha muitas espécies comuns com o continente, também já teve
tempo suficiente para que muitas se adaptassem às condições locais, evoluíssem, e
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O mesmo acontece em São Tomé, que embor a tenha sido formada há menos tem-
po, se encontr a mais longe de terra tendo sido por isso mais difícil de colonizar pe-
los organismos que aí habitam. Estas condições levam a que ambas as ilhas de São
Tomé e do Príncipe sejam muito ricas em biodiversidade , e principalmente em or-
?
ganismos endémicos, isto é, que só existem nesta área geográfica.
SABIA QUE?
Algumas das espécies animais e vegetais únicas, que encontramos em São Tomé e
no Príncipe são muito semelhantes a outras espécies que habitam em sitios tão
distantes como a costa este de África, na zona da Tanzânia e do Quénia. A disper-
são destas espécies e a forma como chegaram às ilhas, possivelmente vindas do
outro lado do continente, é ainda um mistério para a ciência, que tem vindo a ser
estudado por cientistas americanos da Califórnia Academy of Sciences.
As espécies endémicas e
emblemáticas da Flora e Fauna
São Tomé e Príncipe são considerados “hot spots” de biodiversidade, ou seja, locais
onde se reúnem muitas espécies únicas. Foram classificadas como as segundas flo-
restas africanas mais impor tantes para as aves, mas a impor tância do seu património
natural estende-se a todos os grupos taxonómicos e aos diver sos ecossistemas,
muitas vezes mal conhecidos ou nunca estudados, como é o caso do ambiente ma-
rinho e costeiro. Neste capítulo falaremos de algumas espécies mais emblemáticas
da flora e da fauna e do seu papel na biodiversidade das ilhas e do mundo.
e As tartarugas
Em São Tomé e no Príncipe ocorrem cinco das sete espécies de tar tarugas mari-
nhas do mundo: Eretmochelys imbricata, de nome local “Sada”; Dermochelys coria-
cea, “Ambulância”; Lepidochelys olivacea, “Tatô”; Chelonia mydas, “Mão branca”; Ca-
retta caretta, “Cabeça grande”.
Não sendo únicas das nossas costas, a impor tância da sua ocorrência é enorme . O fac-
to de virem desovar às praias de São Tomé e Príncipe garante a sua continuidade, pois
todas estas espécies estão ameaçadas pela extinção.As maior ia das tartar ugas marinhas
são migratórias, viajando ao longo da sua vida pelos oceanos (em zonas de águas tropi-
cais e subtropicais), com a ajuda do campo magnético terrestre para se orientarem.
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A Biodiversidade 33
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A maioria das espécies só atinge a maturidade sexual por volta dos 30 anos, quan-
do regressa à praia onde nasceu para enterr ar os seus ovos na areia, não nidifican-
do em mais nenhuma praia. A incubação leva cerca de dois meses e após a eclosão
os juvenis escavam a saída e correm para o mar. O fenómeno da desova das tarta-
rugas atrai muitos predadores: aves, peixes, mamíferos e seres humanos em busca
dos ovos, pelo que se calcula que apenas 1 em 100 tar tarugas consiga atingir a ma-
turidade para se reproduzir.
A sobrevivência das tar tarugas marinhas continua em risco, após muitos anos de ca-
ça intensiva para obtenção da sua carapaça, carne e gordura. Actualmente, a caça
está controlada mas estes animais continuam a estar ameaçados pelas redes de
pesca que matam cerca de 40.000 exemplares por ano. Outra das maiores ameaças
é o desenvolvimento costeiro nas áreas de nidificação, que impede as fêmeas de pôr
?
os ovos e impossibilita a sua reprodução.
SABIA QUE?
As tartarugas marinhas que nidificam em São Tomé e Príncipe são protegidas
internacionalmente, já que todas as espécies se encontram em vias de extinção.
São Tomé e Príncipe aderiu à CITES (Convenção Internacional das espécies), que
interdita a comercialização e exportação de produtos de tartarugas marinhas.
e O meio florestal
Em São Tomé e no Príncipe encontram-se registadas 895 espécies de plantas supe-
riores, das quais 134 são endémicas. Contam-se ainda 63 espécies de aves (25 en-
démicas), 16 de répteis (7 endémicas) e 9 de anfíbios (todas endémicas). Os mamí-
feros terrestres foram quase todos introduzidos pelo Homem após a colonização
(nomeadamente os macacos, a lagaia, os ratos e ratazanas, e os animais domésticos),
mas um dos casos mais curiosos da biodiversidade local é o do chininha, ou musa-
ranho de São Tomé, uma espécie endémica, cuja origem e forma como chegou à
ilha é um verdadeiro mistério.
?
das ilhas no meio florestal (página seguinte):
SABIA QUE?
O turismo ornitológico (para observar aves raras e exclusivas de certas áreas), na-
tural e científico, são na actualidade vertentes turísticas em crescimento, para os
quais São Tomé e Príncipe tem um grande potencial. Este tem vindo aos poucos a
ser reconhecido, nomeadamente para observação de tartarugas, mas também as
aves e fauna única das florestas de São Tomé têm atraído pessoas de todo o mundo.
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29/09/2016
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Tabela
Alguns dos organismos endémicos do meio florestal de STP
Grupo Nome comum Espécie Distribuição Utilização e Estatuto de ameaça
taxonómico conhecimento internacional
local
Plantas Macambrará Craterispermum montanum Floresta primária altitude Casca é utilizada para Vulnerável
preparação de uma
bebida fortificante
Plantas
Plantas
1 Quebra Machado Hoamalium henriquensii
Baixo risco
Quase ameaçado
para consumo
Plantas Pau esteira Pandanus thomensis Floresta Baixa Altitude Folha utilizada na Vunerável
produção de esteiras
Moluscos Búzio d’Obô Arcantathina bicarinata Floresta de montanha Apanhado para alimentação Vunerável
Anfibios Cobra Bôbo Schistometopum thomense Amplamente distribuido Do conhecimento geral Não ameaçado
pelas suas características
únicas (cor amarela viva)
Aves Galinhola Bostrichia bocagei Floresta Baixa Altitude Antigamente caçado Criticamente ameaçado
Zona Sudeste para alimentação
Aves Pombo do mato Columba thomensis Floresta de br uma Caçado para Vulnerável
alimentação
Aves Truquí Prinia molleri Todos os habitats Espécie comum Não ameaçado
perto das populações
humanas
Aves Selelê mangotchi Nectarinia thomensis Floresta de altitude Vulneravel
Mamiferos Chininha Crocidura thomensis Desconhecida Criticamente ameaçado
Repteis Jita Lamptornius linneatus Amplamente distribuida Alimenta-se de r atos, Não ameaçado
é morta devido
à superstição
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Actividade
Peça teatral
x Do que precisamos: O único requisito para a prática desta actividade é um espaço
amplo onde os alunos se possam movimentar livremente.
x Passo a passo: Muitas peças teatrais podem ser criadas para envolver os alunos com a
floresta tropical e o conceito da sua conservação. É necessário que se familiarizem com a forma de
agir de outra pessoa, ser vivo ou elemento. Assim, peça-lhes em primeiro lugar para escolherem a
personagem que querem interpretar, em função dos grupos definidos para a peça. Depois dos
alunos conhecerem os elementos que vão ser, dê-lhes alguns minutos para pensarem acerca das
suas novas funções separados pelos sete grupos definidos. Deve passar por todos os grupos dando
ideias aos personagens.
A peça teatral será espontânea e sem guião predefinido. Consiste numa reunião de aldeia relativa-
mente ao tema da apanha de lenha.
1. As mulheres e meninas da aldeia
estão a ser obrigadas a andar cada vez
para mais longe para apanhar a lenha.
2. As árvores sendo cortadas para
fazer lenha.
3. O coordenador da reunião.
4. O representante da conservação.
5. Os animais que vivem nas árvores.
6. Os homens da aldeia.
7. O fogo.
Pode incluir outras personagens rela-
cionadas com o tema ou vários alunos
poderão representar cada uma destas
personagens.
A ideia é que cada um dos grupos de
personagens encarne a personagem
que representa e defenda o seu ponto
de vista nesta discussão.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter conseguido desenvolver o seu
poder de argumentação e retido ideias sobre as diferentes partes envolvidas na
peça teatral.
A Biodiversidade 37
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12
Actividade
Slogans
x Do que precisamos: Papel, lápis/marcadores ou tintas para a elaboração dos cartazes.
Poderão ser também faixas de pano ou outro material de suporte para as obras de arte.
x Passo a passo: Os alunos devem pensar acerca da floresta tropical, as suas maravilhas, e
como é que está a ser destruída. A seguir diga-lhes que agora têm uma oportunidade para trocarem
ideias sobre aquilo que sentem acerca da floresta tropical, criando slogans ou legendas. Estes slogans
podem ser qualquer coisa desde “Salve a floresta para o nosso futuro” até “Floresta tropical...sim!”
Estes slogans podem ser transformados em canções, cartazes, obras de arte, etc. Pode dividir os alu-
nos em grupos para discutirem e apresentarem os seus slogans para o resto da turma. Os alunos
podem também usar estes slogans para:
w Cartazes; w Indivíduos;
w Esculturas; w Turmas;
w Desenhos…; w Grupos;
Pode ainda trans- w Escolas;
formar esta activi- w Organizações.
dade em com-
petição entre:
Todos os trabalhos desenvolvidos deverão ter um slogan ou frase chave associado, ainda que, no
caso por exemplo de uma escultura, a frase não conseguir ser incluida na obra.
Esta actividade poderá terminar com uma apresentação final de todos os trabalhos desenvolvidos.
Pode até indicar aos alunos para escolherem os trabalhos que gostarem mais para afixarem na esco-
la. Inclua os slogans e legendas nos trabalhos da turma sempre que possível. Os alunos vão apreciar
ver e ouvir as suas ideias.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão reter algumas das frases chave cri-
adas relativamente à conservação da floresta. É uma actividade essencialmente
criativa e artística.
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13
Actividade
Imagens guiadas
(Adaptado a partir de Vanishing Rain Forest: Teacher’s Manual)
x Do que precisamos: Os alunos para a prática desta actividade deverão ter um espaço
amplo para se movimentarem.
x Passo a passo: Os alunos devem sentar-se numa posição confortável e fechar os olhos.
Explique-lhes que vão visitar a floresta tropical na sua imaginação.
w Imaginem que estão de pé numa floresta gigante onde as árvores se erguem numa altura elevada;
w Está muito escuro porque as folhas das árvores altas tocam umas nas outras formando uma
“capa” que deixa apenas poucos raios solares alcançarem o solo da floresta;
w Mesmo sem o sol para vos aquecer, os vossos corpos ficam húmidos,e começam-se a formar gotas
de água nas vossas caras e braços.A temperatura ronda os 25 graus Célsius (25ºC) no interior da flo-
resta, e é muito mais quente na copa das árvores. A temperatura não mudará muito, mesmo que
fiquem lá uma hora, um dia ou um ano, porque mantém-se a mesma durante todo o ano;
w Escutem as gotas da chuva a cair sobre a segunda camada da floresta,também conhecida por copa.
Enquanto ouvem a chuva, sentem-se muito pequenos porque a “capa” - copa bloqueia o sol, e tam-
bém bloqueia a passagem da chuva e apenas uma pequena parte desta atinge o solo da floresta;
w Olhem à vossa volta.Tudo o que vêem é verde por todo o lado. Olhem mais para cima, para o
tecto das folhas e verão muitas trepadeiras com flores resplandecentes que aumentam as cores das
folhas verdes e os musgos;
w Olhem as cores azuis, verdes, vermelhas e amarelas brilhantes das borboletas pousando nas flo-
res, e escutem o zumbido das abelhas que voam entre as flores à procura do néctar e do pólen;
w Reparem nos macacos a saltitar de árvore em árvore
usando os seus pêlos e caudas como pára-
quedas;
w Ouçam os sons da floresta tropical, o uivo
dos macacos, o zumbido dos insectos e os pas-
sarinhos a comunicar entre si. Reparem no silên-
cio que reina quando um intruso chega;
w Esta é a terra do paraíso que está a ser destruída
rapidamente para fazer tábuas, lenhas e culturas;
w Estamos a chegar às fronteiras da floresta tropical.
Contem até cinco e abram os olhos.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão estar mais calmos e relaxados e ter
tomado conhecimento da dimensão mais sensorial da floresta tropical.
A Biodiversidade 39
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14
Actividade
Cartas mágicas
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais. Esta actividade pode ser feita oralmente.
x Passo a passo: Estas cartas mágicas podem ser usadas como actividade dentro da turma
ou como um jogo que as crianças podem fazer individualmente, com parceiros ou em grupos. As
definções das palavras relativas aos temas: ecologia, vida selvagem e conservação estão escritas de
seguida e podem ser passadas para pequenos pedaços de papel para funcionarem como cartas. Os
baralhos ou as palavras se forem só exploradas oralmente podem ser usadas todas misturadas ou
separadas nos 3 grupos e usar só um ou dois.
Levante o baralho em frente da turma sem lhes deixar ver a outra carta. Os alunos deverão dizer
o nome do animal ou a definição do termo que está a mostrar-lhes.Se acer tarem, vire a carta e leia
a resposta. Se errarem, meta a carta no fundo do baralho e deixe-os tentar acertar quando voltar
a sair. Pode variar a actividade de vez em quando mostrando as definições e perguntando pelos ter-
mos correctos.
Estas cartas mágicas podem ser utilizadas de várias formas e os alunos apreciarão as variações.
As cartas mágicas podem também ser usadas para outras actividades tais como Charadas, Puxe
e Adivinhe ou qualquer actividade onde precise de ensinar aos alunos os nomes de animais ou
termos.
1. Ecologia;
2. Vida selvagem;
3. Conservação.
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com o seu meio;
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter adquirido uma série de con-
ceitos relativos à ecologia, vida selvagem e conservação. Quanto mais inter-
acção houver a cada conceito explicado melhor se consolidará o conhecimento.
A Biodiversidade 41
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15
Actividade
A variedade é o
tempero da vida
(adaptado a partir de Global Issues Education Set)
x Do que precisamos: Os alunos para a prática desta actividade deverão ter um espaço
amplo para se disporem livremente.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade
os alunos deverão compreender
a importância da biodiversidade
no sentido em que esta é a
única forma de sobrevivência
no planeta.
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16
Actividade
Produtos das árvores,
sim ou não?
(adaptado a partir de PIED CROW’S, revista especial do ambiente)
x Passo a passo: Faça uma tabela no quadro onde os alunos se deslocarão para escolher
as respostas correctas. Pode criar tabelas para outros temas. O preenchimento da tabela é feito
com cruzes (X) que significam a existência ou não de cada um dos elementos referidos.
6. Pedras K K
7. Frutos K K
8. Sementes K K
9. Plástico K K
10. Conchas K K
No final de dar resposta a este pequeno quadro deve gerar um pequeno debate:
1. Os alunos deverão fazer uma lista de produtos feitos em madeira, podem
incluir objectos de decoração, utensílios, mobiliário ou qualquer objecto feito a
partir de madeira. Esta actividade pode ser feita em grupo, individualmente ou
com toda a turma;
2. De seguida os alunos deverão fazer uma lista de algumas formas como as
árvores são usadas sem necessitar de as destruir. Como por exemplo: fazer
sombra, colher frutos, apanhar água, etc;
3. Pergunte aos alunos e tente gerar algum debate que envolva toda a turma
y De onde vem a madeira usada nas vossas casas e escola?
y As vossas famílias apanham a sua própria lenha?
y É difícil encontrar lenha? Acham que a lenha será difícil de encontrar no fu-
turo? Porquê?
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção clara dos produtos
que as árvores nos dão e daqueles que não. O debate gerado no final da activi-
dade tem por objectivo que os alunos tirem em conjunto algumas conclusões
relativamente ao uso sustentável da floresta.
A Biodiversidade 43
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17
Actividade
Adivinhas ecológicas
sobre a floresta tropical
(adaptado a partir de World Wildlife Fund US – Denise Stromme)
1. Sou quente. Dou às plantas a ener- 6. Sou grande e posso crescer mais
gia para crescerem. Sou bloqueado pela que o homem.Alargo-me para dar um bom
camada da copa e por isso o solo da flores- apoio ás árvores altas. Absorvo os nutri-
ta fica escuro. entes no solo.
QUEM SOU 4. Caio todo o ano. Ajudo os rios da 9. Sou muito forte na camada superi-
floresta tropical e as suas bacias. As folhas or da floresta tropical. O meu sopro pode
conta-gotas fazem-me cair suavemente derrubar as árvores altas se as suas raízes
sobre o solo de floresta. não as suportarem. Sou bloqueado pela
camada da copa e não atinjo a mata e o
5. Consigo ligar muitas ár vores solo da floresta.
enquanto trepo na floresta. Sirvo de baloiço
entre as árvores.Também sou chamado de 10. Ajudo o clima da terra. Sou anti-
vinha (trepadeira). ga e frágil. Possuo muitos animais e plantas.
Estou em apuros e preciso da vossa ajuda.
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11. Tenho fetos, plantas lenhosas, 14. Musgos e líquenes não podem
arbustos e árvores jovens. Não sinto muita crescer facilmente sobre mim. Posso ser
chuva, sol ou vento.Sou a terceira camada da encontrada na camada da copa. Com a minha
floresta tropical. forma especial, faço a chuva cair suavemente
sobre o solo da floresta.
12. Sou pouco profundo. Se as
árvores da floresta tropical forem cortadas Para terminar esta actividade, pode sugerir
serei levado pela força da erosão. Sou que os alunos tentem elaborar individual-
muito pobre em nutrientes. mente ou em conjunto alguma adivinha
para apresentar perante a turma.
13. As plantas e árvores jovens
competem pela minha luz solar. Posso ser
pequena ou grande. Sou criada quando as
árvore s caem.
liana; 6.As raízes de suporte; 7.A árvore da camada emergente; 8. O solo da floresta; 9. O vento;
y Soluções: 1. O sol; 2.A clareira; 3. A camada da copa ou canopeia; 4.A chuva; 5.Corda ou
10.A floresta tropical; 11.A mata; 12. O solo da floresta; 13. A clareira; 14.A folha conta-gotas.
EU
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos
deverão ter consolidado os termos
ecológicos relacionados com as
camadas da floresta.
A Biodiversidade 45
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18
Actividade
Usos tradicionais
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais.
x Passo a passo: Tente recolher informações acerca do uso da medicina local na sua área.
Procure saber quais espécies usadas, como se preparam e para que doenças se utilizam.
Passe os seus resultados num caderno.Use uma página para cada ár vore em ordem alfabética, dando
detalhes da sua preparação e tratamento. Pode também fazer uma lista das doenças, junto das
árvores utilizadas para curá-las. Use os nomes locais.
Há outros usos tradicionais das árvores, raízes, folhas, sementes, e plantas na sua área?
O QUE APRENDI!
No final desta actividade
os alunos deverão
conseguir identificar as
plantas usadas para a cura
de cada doença e de que
modo devem ser tomadas.
Pretende-se que os alunos
valorizem as espécies
da flora e a sua utilização
no dia a dia e na medicina
tradicional.
Importante: A medicina
tradicional só deverá
ser preparada e tomada
com o acompanhamento
de um adulto.
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19
Actividade
As espécies florestais
e os seus habitats
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais.
x Passo a passo: O monitor deve escrever no quadro a lista de espécies de plantas e ani-
mais e dos habitats de acordo com a tabela abaixo. Os alunos deverão fazer a correspondência de
cada espécie ao habitat respectivo por intermédio de setas. O monitor pode dar algumas pistas para
ajudar os alunos a atingirem as soluções.
O animador deverá promover uma discussão com o objectivo dos alunos associarem outros ani-
mais aos habitats referidos.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ser capazes
de dar exemplos de plantas ou animais para cada habitat.
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CO
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SERV
3ª parte
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ON VAÇÃO
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c Porquê conservar
a biodiversidade e os habitats?
c As principais ameaças sobre
o meio ambiente em STP.
c Politicas públicas e quadro
legal de Protecção da Natureza
em STP.
c O que podemos fazer? People who read this publication also read:
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No caso de São Tomé e Príncipe isso é ainda mais importante porque são únicos,
têm uma biodiversidade muita rica e endémica no caso de muitas espécies, tendo
em conta a área reduzida das duas ilhas. E porque se não conser varmos a biodiversi-
dade, não será possível ao Homem sobreviver. As populações humanas necessitam
da madeira, de poder cultivar a terra, de águas limpas e férteis par a pescar, dos ani-
mais para comer ou ajudar no trabalho, das plantas medicinais e comestíveis, entre
muitos outros exemplos possíveis.A biodiver sidade tem um valor económico direc-
to e indirecto que não pode ser desprezado, e tem também valor cultural, educacio-
nal, estético e turístico, pelo que está nas nossas mãos conservá-la.
People who read this publication also read:
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SABIA QUE?
?
Cerca de 400 espécies das plantas presentes em São Tomé e no Príncipe estão
representadas no Jardim Botânico do Bom Sucesso, na Sede do Parque Natural
do Obô. Neste local podem ser conhecidas algumas das espécies vegetais únicas
das ilhas e seus habitats, além de algumas das espécies introduzidas para fins utili-
tários, como o Pau Sabão ou o Pau Lixa. Podem ser ainda observadas plantas or-
namentais endémicas com grande valor de conservação, como as orquídeas, ou
introduzidas, como as Rosas de Porcelana ou os Bicos de Papagaio, entre muitas
outras.
A Conservação 51
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De uma forma geral os problemas que advêm do abandono dos resíduos são diver-
sos, como a contaminação do solo, da água e do ar com produtos tóxicos ou o au-
mento de vectores portadores de doenças, como ratos ou ratazanas.
4. A extracção de inertes
Face à necessidade de construção, pouco ordenada e desenfreada, São Tomé tem
vindo a ver as areias das suas praias a serem exploradas indiscriminadamente . As
consequências a nivel ambiental são várias, e a diminuição da linha de costa leva não
só à degradação dos respectivos habitats para a fauna e flora, como a um aumento
imprevisível da acção do mar sobre a orla costeira. Este impacto pode ser muito
negativo para as populações Humanas que vivem na linha de costa, e a perda de
biodiversidade associada aos ecossistemas costeiros pode implicar dificuldades de
subsistência para os pescadores e suas famílias que exploram estes recur sos.
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SABIA QUE?
?
Sabia que na cidade de São Tomé há apenas cerca de 140 Jojós (contentores do
lixo) quando para haver uma recolha de resíduos eficaz deveriam haver pelo me-
nos 341? Num estudo recente sobre a composição dos resíduos que as pessoas
depositam nos Jojós, foi contabilizado que cerca de 72% dos resíduos são biode-
gradáveis e os restantes 28% não o são (como vidro, car tão, plásticos e metais).
Os resíduos, se fossem correctamente manuseados, poderiam gerar riqueza sob
a forma de energia ou produtos reciclados, com uma enorme economia no que
se refere à extracção de matéria prima.
A Conservação 53
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?
SABIA QUE?
A área protegida do Parque Natural do Obô de São Tomé e do Príncipe engloba
quase um terço da área total de cada uma das ilhas, e protege as áreas remanes-
centes da Floresta natural (primária) do País. Encontra-se dividida em duas áreas
com tipos de protecção diferentes:A Zona de Preser vação Integral onde a pro-
tecção dos habitats e das espécies é máxima, não sendo permitidas actividades
humanas; e a Zona de Exploração Controlada, onde são condicionadas as activi-
dades, podendo ser dedicada ao eco-turismo e a formas de desenvolvimento eco-
nómico não-agrícolas. Numa faixa de 250m a 10km em redor do Parque encon-
tra-se a Zona Tampão, onde estão localizadas várias comunidades Humanas.
Ficam assim algumas sugestões, em função das principais ameaças identificadas para
São Tomé e Príncipe, e entre muitas outras possíveis, de gestos simples que cada um
de nós pode ter para proteger e conser var o ambiente:
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5. Passar a palavra
Devemos informar os nossos familiares e amigos do que é mais correcto e porquê
?
se deve mudar para um comportamento amigo da natureza.
SABIA QUE?
É nas crianças que está o futuro, mas é nossa a responsabilidade de as educar, para
que tenham um futuro ainda melhor. Isso passa pelo conhecimento e respeito pe-
lo mundo natural que nos rodeia, e com o qual estamos intimamente ligados, de-
pendendo disso a sobrevivência das gerações futuras.
Y
A Conservação 55
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20
Actividade
Visualização
da gota de chuva
x Do que precisamos: Para esta actividade são necessários apenas os alunos e um
espaço amplo para se disporem de forma livre e confortável.
x Passo a passo: Os alunos deverão sentar-se numa posição confortável e fechar os olhos.
Deve informar os alunos que vão fazer uma viagem, seguir o “ciclo de vida” duma gota de chuva.
Em seguida poderá iniciar a leitura das etapas destas viagem pausadamente.
cada vez mais rápido, mergulhando e tropeçan-
do no solo.Tu és a chuva.
A Conservação 57
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21
Actividade
Palavras cruzadas
das tartarugas marinhas
x Do que precisamos: Quadro e giz.
x Passo a passo: Esta actividade consiste no preenchimento das palavras cruzadas que se
seguem. Os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são palavras posicionadas na vertical e as restantes,8 e 9 encon-
tram-se na horizontal. Não é necessário seguir a ordem da numeração, se tiver dificuldade em algu-
ma palavra pode passar à frente e no final tentar preencher novamente.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção de algumas carac-
terísticas relacionadas com as tartarugas marinhas.
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22
Actividade
Como é que a floresta
tropical nos ajuda?
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ficar com uma noção global das
dinâmicas existentes na floresta tropical nomeadamente ao nível da regulação
de temperatura, retenção de gases responsáveis pelo efeito de estufa.
A Conservação 59
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23
Actividade
Estamos perante
uma pesca responsável?
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais. Esta actividade, na ausência de quadro e
giz, poderá ser feita oralmente.
x Passo a passo: Os alunos deverão escolher as respostas correctas, Sim ou Não e assi-
nalá-las com uma cruz (X). Pode criar a sua própria tabela para qualquer tópico. (Se não tiver um
quadro, os alunos poderão simplesmente dizer Sim ou Não, ou levantar o dedo quando a respos-
ta é Sim e baixar quando a resposta é Não, depois das perguntas serem lidas.)
Falamos de pesca responsável?
y Soluções:
6. Concentração de pescadores na mesma zona de pesca K K
7. Uso de artes de pesca selectivas K K
8. Prática de pesca excessiva K K
9. Deitar redes velhas e estragadas para o mar K K
10. Captura das fêmeas na fase de reprodução K K
No final desta actividade pode dinamizar um pequeno debate sobre pesca em que os alunos
poderão contar alguma história de que tenham conhecimento e possam em conjunto discutir se se
trata de uma pesca responsável ou não.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade
os alunos deverão ter uma
noção do que é uma prática
de pesca responsável e
quais as acções que devem
ou não devem ser tomadas
nesse contexto.
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24
Actividade
As espécies marinhas e
costeiras e os seus habitats
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais. Esta actividade, na ausência de quadro e
giz, poderá ser feita oralmente.
x Passo a passo: Deve escrever no quadro a lista de espécies de plantas e animais e dos
habitats de acordo com a tabela abaixo. Os alunos deverão fazer a correspondência de cada espé-
cie ao habitat respectivo por intermédio de setas. Pode dar algumas pistas para ajudar os alunos a
atingirem as soluções.
Rio Camarão
Rio e mangal Tartaruga ambulância
Costa Ameijoa
Costa e Mar alto Peixe Andala
Mangal Xarroco
Mar alto Cucumba
Promova no final uma discussão com o objectivo dos alunos associarem outros animais aos habi-
tats referidos.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção dos tipos de habi-
tats no contexto marinho e costeiro e associá-los a espécies específicas.
A Conservação 61
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Actividade
A carta da Maria
(adaptado a partir de Global Issues Education Set)
x Passo a passo: Nesta actividade, os alunos irão aprender acerca de práticas do desen-
volvimento sustentável assim que lerem a carta da Maria, uma menina que vive num país não muito
diferente do deles. Informe os alunos para que imaginem que receberam uma carta duma menina
de 10 anos de idade, chamada Maria, na qual ela descrevia a sua vida.Leia-lhes a car ta e encoraje os
alunos a responderem as perguntas da Maria. No final encontram-se algumas questões que deverão
ser discutidas pela turma.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade
os alunos deverão ter
reflectido sobre o estilo
de vida relatado na
história e estabelecido
algumas comparações
com o seu estilo de vida
e a sustentabilidade
associada ao mesmo.
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Caros amigos,
Chamo-me Mar
ia. Vivo numa pe
irmãs.Tenho 10 quena aldeia no
anos. Quantos an campo com os
Quando volto pa os têm? meus pais, dois
ra casa depois irmãos e duas
muitos parentes das aulas, ajudo
, principalmente a minha mãe no
morreram quan tias, tios e primos s trabalhos dom
do ainda eram m . A minha avó tev ésticos. Tenho
Desta forma po uito pequenos. Qu e doze filhos - co
derei cuidar melh ando crescer,qu ntudo quatro
do meu país ac or de mim e ta ero ter só dois filh
ha que famílias mbém da minh os saudáveis.
Quantos irmãos pequenas ajuda a família.També
têm? rão a evitar qu m, o Presidente
Enquanto estou e o país fique
na escola, a minh superpovoado.
dutos alimentare a mãe trabalha
s para a nossa na nossa parcela
aldeia. Plantam família e alguns de terreno. Ela
os árvores em vo extras que pode cultiva os pro-
das chuvas. O m lta do nosso ter m ser vendidos
eu pai trabalha reno para prote no mercado da
pais também tra numa fábrica na ger o solo da ero
balham tão dura cidade e envia o são das águas
A minha família mente? dinheiro para a
vive numa pequ família. Os teus
feita de materiai en a casa, que é fre
s naturais, tais co sca no verão e qu
A minha mãe an mo ente no Inverno
dava 8km por dia lama e palha.A tua casa é feita . É totalmente
roupas, mas a ág só para ir busca de ma
ua também trazia r ág ua para beber, tom deira?
organizaram um doenças. Portanto ar banho lavar as
grupo para resolv a minha mãe e nossas
e a água é limpa er este problem outras mulheres
e muito mais co a.Agora escavara da aldeia
A floresta rodeav nveniente para m um poço próx
a a minha aldeia todos. Conseguir imo da aldeia,
troncos. A maio . Há poucos anos a água limpa é
r par te das árvo atrás, tudo o qu difícil para ti?
comidas. Como res foram corta e sobrava era um
muitas árvores das para fazer pouco de
longe para apan foram cortadas lenha para prep
har lenha para pe los ald eões arar as nossas
ainda dependam a nossa família. , tiv em os que andar ca
os de madeira pa Eu e as amigas da vez mais
tá-las também... ra carvão, em ve estamos cansad
num lugar onde z de cortarmos as disso! Embora
damente que po possam crescer as árvores - com
derão ser corta ! Plantamos alg eçamos a plan-
fruto para dare das dentro de po umas árvores qu
m alimentos pa ucos anos para e crescem rapi-
Como o hospita ra toda gente da carvão, e algum
l fica muito dista aldeia.Alguma ve as árvores de
com enfermeiros nte da aldeia, a z plantaste uma
de verdade, que m inha mãe fez uma árvore?
dos problemas vieram do hosp formação em en
de saúde que af ital da cidade. Ela fermagem
mães com os se ectam outras pe sabe das doença
us filhos doentes ssoas da aldeia s comuns e
aldeia morreram . Antes de sabe . Muitas vezes ela
de diarreia. Já alg rmos como curá ajuda outras
Vou para a esco uma vez estives -la, muitas crian
la todos os dias te no hospital? ças na minha
pagar a minha embora os meu
ida. Acham que s pais tenham
irmãos. Sei com uma educação que trabalhar du
o ler, e claro, es é muito impor ta ramente para
Estou feliz porq crever. Quero um dia nte para mim e
ue sei ler e escre ser médica. O qu para os meus
-me algumas ve ver e assim posso e é que queres
zes? falar-te da minh ser?
a vida aqui. Pode
s vir visitar-
Da vossa am
iga Maria
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26
Actividade
O que devemos ou não
encontrar no mar?
x Do que precisamos: Quadro e giz opcionais.
x Passo a passo: Faça uma tabela no quadro onde os alunos se deslocarão para escolher
as respostas correctas. Pode criar tabelas para outros temas. O preenchimento da tabela é feito
com cruzes (X) que significam a existência ou não de cada um dos elementos referidos.
O que é devemos e não devemos encontrar no mar?
Sim Não
1. Tubarão K K
2. Vidro K K
3. Corais K K
4. Garrafas K K
5. Golfinhos K K
Sim: 1; 3; 5; 7; 8; 10;
y Soluções:
6. Latas K K
Não: 2; 4; 6; 9.
7. Areia K K
8. Tartarugas K K
9. Plástico K K
10. Conchas K K
No final de darem resposta a todas as questões presentes na tabela estimule os alunos a darem ou-
tros exemplos de materiais ou objectos que advêm do mar e zonas costeiras e quais os usos que
podem ter.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção de que a presença de
resíduos no mar e zonas costeiras deriva de uma atitude irresponsável por parte
das pessoas e que se devem tomar acções no sentido de evitar esta situação.
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27
Actividade
Como consumir
com sustentabilidade?
x Do que precisamos: Uma grande quantidade de pedrinhas, sementes ou outro objecto
pequeno para ser distribuido em grande quantidade durante o jogo (na explicação do jogo assume-se
que esse objecto são sementes); quadro e giz ou papel e caneta para registo dos resultados.
x Passo a passo:
1. Divida o grupo em comunidades de 4 elementos;
2. Coloque 16 sementes numa pilha comum para cada
comunidade;
3. Explique as regras do jogo:
w A pilha de sementes representa uma valiosa fonte
renovável. Esta fonte é renovada a seguir a cada
ronda do jogo;
w Cada membro da comunidade pode tirar livre-
mente da pilha da fonte renovável a cada jogada;
w Cada membro da comunidade tem de tirar
pelo menos uma semente em cada ronda para
sobreviver.
4. Uma pessoa em cada comunidade deve registar
o número de sementes retirados por cada comunidade em cada ronda;
5. A seguir a cada ronda, conte quantas sementes cada comunidade tem ainda na pilha e adicione
quantidade equivalente de sementes;
6. O jogo dura três ou quatro rondas, com uma pausa após cada ronda para descobrir se algum
elemento da comunidade não sobreviveu;
7. Após a ronda final as comunidades deverão debater o que aconteceu com os seus elementos:
y Em que comunidades toda a gente sobreviveu?
y Que comunidade tinha maior quantidade de sementes na fonte no final do jogo?
y Que comunidades compreenderam que terão sempre sementes para todos os elementos desde
que a pilha seja renovada? Como chegaram a essa conclusão?
8. Inicie uma discussão alusiva ao tema:
y Que informação é necessária para saber como gerir a sustentabilidade da fonte? (ex: tamanho
da comunidade, como se renova a fonte em questão etc.)?
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção do que é um con-
sumo sustentável retendo a ideia de que o conceito compreende que seja feito
a um ritmo não superior àquele que a natureza leva restabelecer-se.
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28
Actividade
Inspecção da praia!
x Do que precisamos: Papel e caneta por cada grupo de alunos constituído para a activi-
dade de campo.
x Passo a passo: Os alunos deverão ser agrupados 3 a 3 e dirigir-se para a praia que vão
inspecionar. O objectivo desta actividade é tomar consciência da poluição e principais ameaças
ambientais na especificamente na praia através do preenchimento da seguinte ficha.O preenchimen-
to é feito com cruzes (X) que significam a existência ou não de cada um dos factores referidos.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade os alunos deverão ter uma noção dos principais pro-
blemas associados à poluição marinha e costeira. Deverão ainda tomar cons-
ciência da importância da alteração de comportamentos e do saneamento das
áreas litorais.
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Actividade
Águas e águas
x Do que precisamos: Uma garrafa de plástico de 1,5 litros cheia de água, com tampa,
um copo normal e um copo pequeno (cerca de 200 ml e 50 ml respectivamente).
x Passo a passo: Esta actividade consiste num exercício prático que pretende tomar cons-
ciência da disponibilidade de água no Planeta. Começamos por supor que conseguimos, de forma mági-
ca, colocar toda a água da Terra (oceanos, mares, rios, lagos, lençóis subterrâneos...) numa garrafa de
1,5 litros.Todo o desenrolar da actividade consiste na reflexão conjunta dos tópicos que se seguem.
w Imaginando que esta garrafa contém toda a w Toda a água doce disponível é boa para
água do Planeta. Que tipo de água é esta? Salgada? beber? Vocês beberiam água directamente do
Doce? Quais são os locais onde existe água? rio que passa no meio da sua cidade? Separar vi-
sualmente na tampinha somente a água doce
w Será que temos toda esta água para consumir? que não está contaminada ou poluída e que po-
Alguém já experimentou beber água salgada?
de servir para o consumo dos seres vivos e para
w É importante destacar que a maior concen- todas as suas actividades.
tração de água no Planeta é salgada. Então, o próx-
imo passo será separar visualmente toda a água w Observando a garrafa e a tampinha, vere-
salgada de toda água doce. Fazer a demonstração: mos que, de toda a água do planeta, somente
uma pequena parte é doce e adequada para
w No copo grande temos toda a água doce do consumo humano e suas actividades: beber, es-
planeta. Quais os lugares onde encontramos a covar os dentes, tomar banho, lavar a roupa, a
água doce? louça, cozinhar, regar a horta;
w Ao lembrarmos os lugares (lençóis subter- w O que acontece à água quando se verificam
râneos, lagos, pântanos, rios, água em forma de as práticas seguintes? Ocupação desordenada
vapor), identificaremos suas as suas localizações do solo; Deposição de lixo; Queimadas?
e a facilidade para obter a água doce.
estar contaminada ou poluída. bem essencial que é a água.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade pretende-se que os alunos adquiram consciência que
a água disponível para consumo no Planeta é muito inferior a toda a quanti-
dade que este possui, assim é preciso utilizá-la racionalmente.
A Conservação 67
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Actividade
A Teia da vida
x Do que precisamos: Um ou varios novelos de qualquer tipo de fio.
x Passo a passo: Esta actividade consiste num exercício prático que permite aos alunos
visualizar e compreender como as componentes de um ecossistema se encontram todas interli-
gadas. Para o desenrolar da actividade, é necessário que os alunos se disponham em circulo,e o edu-
cador se coloque no centro segurando na mão um novelo de fio ou lã.
Cada aluno escolhe para representar uma “personagem” do ecossistema que se pretende caracteri-
zar (floresta, mar aberto, estuario ou mangal...), seja da componente viva (animais ou plantas), ou não
viva (sol, solo, água...). Inicie a actividade apresentando-se como uma componente do ecossistema e
estimulando a conversa para que alguém identifique a sua própria personagem e a forma como se rela-
cionam entre si. Passe-lhe então o novelo, ficando a segurar na ponta inicial. O jogo decorre e a pes-
soa que segura o novelo repete o mesmo procedimento, dizendo qual o seu papel no ecossistema até
que outra pessoa se identifique e explique como se relaciona com ele no ecossistema. É lhe passado
o novelo, ficando o segundo interveniente a segurar no fio. A actividade estende-se até que todas as
personagens se encontram ligadas pelo fio, que deverá estar cruzado em todas as direcções.
x Por exemplo:
w O educador diz que é o sol e que dá luz e calor
para toda a floresta;
w Um dos participantes diz que é um arbusto e que
aproveita a luz e o calor do sol para crescer. Pega então
no novelo ficando o animador a segurar a ponta do fio;
w Um outro participante diz que é um pássaro
que se alimenta de frutos do arbusto. Pega no novelo
e os participantes anteriores ficam a segurar no fio;
w Por sua vez, um outro participante identifica-se
como a água, que dá de beber ao pássaro e é-lhe
passado o novelo,...
A actividade decorre até todos estarem a segurar num pedaco de fio.A forma final que o circulo
assume deve ser interpretada como as interligaçoes que existem num ecossistema.
O QUE APRENDI!
No final desta actividade pretende-se que os alunos estejam sensibilizados para
a complexidade da interligação de todas as componentes dos ecossistemas e
compreendam que a perturbação exercida sobre uma componente vai afectar
todo o conjunto.
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Contactos Úteis
(instituições e associações, nacionais e internacionais)
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Efemérides e eventos
Existem cada vez mais datas de comemoração de diferentes aspectos relacionados com o ambiente, quer a
nivel internacional, quer especificamente em São Tomé e Príncipe , que podem ser assinalados nas escolas com
a prática de actividades deste manual. Algumas destas datas são:
g 2 de Fevereiro: Dia Mundial das Zonas Húmidas;
g 21 de Março: Dia Mundial da Floresta;
g 22 de Março: Dia Mundial da Água;
g 23 de Março: Dia Mundial da Meteorologia;
g 7 de Abril: Dia Mundial da Saúde;
g 22 de Abril: Dia Mundial da Terra;
g 5 de Junho: Dia Mundial do Ambiente;
g 8 de Junho: Dia Internacional do Oceano;
g 11 de Junho: Dia Mundial da População;
g 17 de Junho: Dia Mundial de Combate à Seca e Desertificação;
g 16 de Setembro: Dia Mundial para a Preservação da Camada do Ozono;
g 17 a 19 de Setembro: Dias da Campanha “Clean up the World”
g 2 de Outubro: Dia Mundial do Habitat;
g 4 de Outubro: Dia Mundial do Animal;
g 12 de Dezembro: Dia Mundial da Diversidade Biológica.
Referências biliográficas
g “A Floresta Tropical e o seu Futuro – Manual Educacional”.
StepUp – São Tomé e Príncipe Union for Promotion.
Adaptação do livro “The rainforest and its future, Educaton packet”,WWF.
g Cadernos de Legislação Ambiental.
Direcção Geral do Ambiente, Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente de São Tomé e Príncipe.
g ENPAB – Florestas (2002). Monografia sobre os Ecossistemas Florestais.
Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente de São Tomé e Príncipe .
g Primeiro Relatório Nacional da Biodiversidade (2004).
Ministério dos Recursos Naturais e Meio Ambiente de São Tomé e Príncipe .
g Resumo projecto “Descentralização e participação comunitária na gestão de resíduos sólidos
na cidade de São Tomé”. Ref. Europe Aid/126342/C/ACT/Multi (2009). Resultados preliminares.
Referências electrónicas
g Biodiversidade de São Tomé e Príncipe (pelos investigadores da California Academy of Sciences):
www.islandbiodiversityrace.wildlifedirect.com
g Birdlife International: www.birdlife.org/worldwide/national/sao_tome_e_pr incipe/index.html
g Guia de Recursos em Educação Ambiental: http://www.apena.rcts.pt/aproximar/ambiente/
g Grupo de Conservação do Golfo da Guiné: www.ggcg.st
g IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza: www.iucn.org
g Parque Obô: www.obopark.com
g RAPAC - Rede das Áreas Protegidas da África Central: www.rapac.org
g Wikipedia: www.wikipedia.com (inclui um portal de Ecologia)
g WWF - Fundo Mundial para a Vida Selvagem: www.panda.org/pt/
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