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Escola Secundária du Bocage

Ano Letivo 2018- 2019


GEOGRAFIA – 9º Ano
Ficha de avaliação formativa V

Nome: ________________________________________________ Turma _____ Nº ____

1. Defina biodiversidade.
Biodiversidade – designa a variabilidade dos organismos vivos nas suas relações com o meio onde vivem.

2. Explique porque é que a perda da biodiversidade se deve fundamentalmente a ação humana.


A resposta deverá explicar que:
• o homem utiliza os recursos naturais para além dos limites, o que não possibilita a renovação das espécies,
colocando-as sob grande pressão;
• o homem tem vindo a destruir o habitat de várias espécies animais e vegetais, o que provoca a sua extinção ou as
coloca sob grande ameaça;
• o aquecimento global e as consequentes alterações climáticas, situações provocadas pelas atividades humanas, são
igualmente fatores que têm contribuído para a extinção de muitas espécies ou para a sua redução.

3. Observe a Figura 1 onde se esquematiza o perfil de um solo.


Horizonte 0 – Capa superficial onde se depositam os restos orgânicos, como
folhas e seres vivos em decomposição.

- Horizonte «A» ou húmus (camada orgânica do solo, resultante da


decomposição de animais e plantas mortas) - Solo com uma cor escura devido
à abundância de húmus é onde se encontra a vegetação herbácea enraizada.
-Horizonte «B» ou de transição (Subsolo) – Local até onde se estendem as
raízes das árvores e se depositam os materiais vindos da superfície.
-Horizonte «C» (Fragmentos de rocha –mãe) – Parte mais alta do material
rochoso, mas menos fragmentado.

Horizonte «D» ou rocha mãe - material rochoso que quase não sofreu
nenhuma alteração.

3.1.Compare a composição do solo no horizonte A com a do horizonte C


O horizonte « A »contêm muito humus (solo com uma cor escura devido à abundância de húmus é onde se encontra a
vegetação herbácea enraizada.e daí a sua cor escura. O horizonte «C» é formado por materiais degradados da rocha
mae e por outros ainda em transformação.

3.2.Explique a evolução de um solo até atingir um perfil idêntico ao do esquema da figura 1.


Qualquer solo tem origem numa massa rochosa designada rocha mãe, a qual vai sendo desagregada por alterações
químicas e desagregação mecânica, dando origem à formação da parte mineral do solo. A estes elementos (camada
de sedimentos rochosos desagregados) juntam-se a matéria orgânica (colonização da camada de matéria mineral
pela fauna e flora, que originam quantidades crescentes de matéria orgânica). Os restos dos seres vivos animais e
vegetais misturam-se com os sedimentos arrastados pelas chuvas. Com a sua decomposição enriquecem a parte
inorgânica. A rocha mãe esta na base do perfil do solo. Assim ao longo dos anos o solo vai-se formando através da
incorporação crescente de matéria orgânica (restos de plantas e animais) e da alteração contínua da rocha-mãe, até
ao momento em que atinge o equilíbrio com o clima e vegetação locais dando origem a um determinado tipo de solo.

3.3. Apresente dois fatores humanos responsáveis pela degradação dos solos/desertificação
No que se relaciona com as atividades do ser humano, destaca-se a impermeabilização dos solos, a desflorestação, a
agricultura intensiva, sobretudo nas regiões mais vulneráveis, como o continente africano e o pastoreio intensivo.

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“Entende-se por degradação dos solos, a poluição e erosão que levam à perda de fertilidade e de nutrientes,
lixiviação e salinização”.

3.4. Mencione duas causas de degradação/empobrecimento do solo.


As principais causas da degradação/empobrecimento dos solos são: a expansão urbana, as práticas agrícolas
incorretas, a poluição sólida e líquida e a desflorestação, a florestação de espécies exóticas de crescimento rápido,
como o eucalipto, a agricultura intensiva, sobretudo nas regiões mais vulneráveis, como o continente africano e o
pastoreio intensivo.
A degradação dos solos acontece de duas formas: através da erosão (desgaste) e da desertificação). Os solos quando
perdem a cobertura vegetal ficam mais expostos à degradação, uma vez que a exposição direta à precipitação e ao
vento, variações climáticas, etc (intemperismo: desgaste das rochas e, no caso, dos solos pelos agentes erosivos), bem
como ao calcorrear dos animais - sobre pastoreio - (Compactação do solo - diminuição dos poros do solo o que leva à
impermeabilização)., promovem a erosão da camada superior do solo (lixiviação- “lavagem” ou remoção da camada
superficial dos solos pelo escoamento da água das chuvas), e consequente remoção do húmus (perda de fertilidade e
de nutrientes), o que torna os solos inférteis. Por sua vez, a desertificação corresponde a um processo de degradação
do solo, pela destruição da sua estrutura e composição, verificado através do desaparecimento da cobertura vegetal
em consequência da redução da água no solo.
sobre pastoreio

3.5. Indique outros dois fenómenos destroem as funções vitais dos solos.
Hidrómorfia (excesso de água) - Salinização (acumulação de sais na camada superficial dos solos) e alcalinização dos
solos (processo químico em que concentra-se no solo uma grande quantidade de sais, o que gera o aumento do pH),
devido a sistemas de irrigação associados à drenagem. Estes processos desenvolvem-se em alguns anos em
consequência de uma irrigação mal gerida, o que torna os solos impróprios para cultivar.
 Outros fenómenos destroem as funções vitais dos solos. Em consequência do processo de industrialização, a
exploração do solo intensifica-se determinando:
 a acidificação em resultado da fixação nos solos de poluentes emitidos para a atmosfera nas regiões urbano-
industriais;
- a acumulação nos solos de metais pesados, de pesticidas, de materiais orgânicos tóxicos e de elementos
radioativos que contaminam a cadeia alimentar e reduzem a fertilidade (Poluição do solo é a contaminação da
camada superficial da crosta terrestre que pode causar a impossibilidade de utilização e, em conjunto com a
infiltração das águas da chuva, afetar as águas subterrâneas.
- a “ consolidação” dos solos, particularmente os agrícolas, com a construção de casas, estradas, aeroportos, fabricas,
complexos comerciais, etc., processo este completamente irreversível;
- a desflorestação de vastas regiões tropicais que pôs a nu os solos já de si frágeis, tornando-os facilmente erodidos
pelos agentes atmosféricos.

3.6. Explique duas consequências da degradação dos solos.


A degradação dos solos tem consequências graves, entre as quais: • a redução da fertilidade dos solos e da área de
terras aráveis para a agricultura; • o assoreamento de rios e lagos e consequente degradação dos ecossistemas fluviais
e lagunares, pois os solos erodidos são mais facilmente arrastados pelas chuvas; • o abandono de terras inférteis, que
ficam expostas à erosão, o que facilita o avanço da desertificação, sobretudo nas áreas tropicais e subtropicais.

3.7. Indique duas medidas para minorar a degradação dos solos


Para minorar estes efeitos deve ser promovida a agricultura sustentável, com práticas amigas do ambiente, que
preservem os solos e a qualidade da água; evitar a desflorestação, criando áreas protegidas e sistemas de vigilância da
floresta, para prevenir o abate ilegal e promover a reflorestação; e prevenir a expansão do deserto, envolvendo toda a
população das áreas de risco na preservação e recuperação dos solos e dos ecossistemas.

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Observe a Figura 2 que representa a suscetibilidade dos solos à desertificação.

4. Caracterize os solos em Portugal continental.


Em Portugal, os solos são pouco ricos em matéria orgânica (solos pobres) e muito
suscetíveis à erosão. A região Norte apresenta solos moldados, ou seja,
transformados pela população que os tornou mais ricos em matéria orgânica. Pelo
contrário, a região sul apresenta solos com características mais propícias à erosão.
O risco de desertificação é maior no interior e no sul, devido aos solos pobres e às
condições climáticas semiáridas, nomeadamente, aos menores níveis de
precipitação, às temperaturas elevadas, bem como elevados valores de
evapotranspiração (condições climáticas semiáridas) e à menor densidade da
cobertura vegetal.
É no sul do país, em especial na margem esquerda do rio guadiana e na serra
algarvia, que se verifica uma maior incidência da desertificação.

Figura 2 - Suscetibilidade dos solos à desertificação

5. Defina desertificação.
A desertificação é um processo de degradação do solo (perda progressiva da fertilidade do solo, pela destruição da
sua estrutura e composição), verificado através do desaparecimento da cobertura vegetal em consequência da
redução da água no solo, resultante de vários fatores, entre eles, as variações climáticas e as atividades humanas.
Ou
Desertificação é a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e sub-húmidas (clima quente e seco),resultante
de vários fatores, entre eles, as variações climáticas e as atividades humanas.
Ou

Desertificação é o avanço de uma área desértica em consequência das condições climáticas adversas ou da utilização
abusiva do solo pela ação do ser humano. “

6. Indique dois fatores que contribuem para a desertificação.


Dois dos seguintes fatores ou outros relevantes:
Dois fatores que contribuem para a desertificação são, por exemplo, a desflorestação, devido à sobre-exploração da
madeira e para criar campos agrícolas, pastoreio excessivo, agricultura intensiva (especialmente em regime de
monocultura), a impermeabilização do solo devido à intensa urbanização, a utilização de espécies exóticas de
crescimento rápido, como o eucaliptoe a ocorrência de incêndios florestais. Causas da desertificação – por exemplo,

7. Indique duas consequências da desertificação


Duas das seguintes consequências ou outras relevantes:
Diminuição da produção de alimentos e perda de biodiversidade, pela destruição de habitas;
Redução das reservas hídricas (diminuição da disponibilidade de água doce), degradação da qualidade da água,
aumento da frequência de tempestades de areia nas áreas vizinhas, diminuição da produtividade agropecuária,
migração descontrolada de populações (aumento dos refugiados) e aparecimento de conflitos.

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8. Observe a Figura 3 que representa a desertificação no Mundo(2013).

Figura 3 - Desertificação no Mundo (2013). A


região do Sahel, em África, é a região onde o
avanço da desertificação é maior.

8.1. Refira duas áreas de maior risco de desertificação no mundo e uma em Portugal.
No mundo: toda a área envolvente do deserto do Sara (A região do Sahel, em África) e a Ásia Central e do Sudoeste.
Na região do Sahel, em África, o deserto do Sara tem vindo a progredir rapidamente, devido à destruição da savana e
da floresta tropical, provocando a erosão dos solos e o desaparecimento de muitos recursos hídricos, a perda de
biodiversidade e o aumento dos refugiados.
Esta situação origina problemas de seca e, consequentemente, de fome, afetando gravemente as populações locais, já
bastante carenciadas em recursos.
Em Portugal o interior e o sul, devido, nomeadamente, aos menores níveis de precipitação e à menor densidade da
cobertura vegetal, nomeadamente a área do vale superior do Douro e quase todo o interior do Alentejo, devido aos
solos pobres e as condições climáticas semiáridas.

8.2. Mencione os países que estão a ser afetados pelo avanço dos desertos.
A Mauritânia, o Níger, o Chade e o Sudão

8.3. Classifique a vulnerabilidade da Península Ibérica à desertificação


Sul Península Ibérica – muito alta; Norte da Península Ibérica – moderada e baixa

8.4. Refira três áreas do mundo em que a vulnerabilidade à desertificação é muito alta.
Sudoeste da América do Norte, sul da península Ibérica, sudeste Asiático.

9. Exponha dois objetivos da Conferência das Nações Unidas de Combate à Desertificação.


A prevenção e/ou redução da degradação das terras e a reabilitação de terras parcialmente degradadas. A
reflorestação também é importante, dado que contribuí para o sequestro do carbono.

10. Refira as vantagens das florestas.


“A desflorestação coloca em risco o equilíbrio ambiental do Planeta, uma vez que as florestas são consideradas o
Pulmão da Terra, e que ocupam cerca de um terço da superfície terrestre:
- produzem oxigénio (regular a qualidade do ar.) e absorvem o dióxido de carbono ( reservatórios de carbono,
desempenhado, assim, um importante papel no decréscimo do efeito de estufa, dado que são grandes absorventes do
dióxido de carbono);
- permitem a retenção de água no solo e a diminuição da erosão dos solos, o que diminui o risco de desertificação;
- fornecem alimento e matérias-primas (combustível) a um elevado número de atividades;
-são ricas em biodiversidade, constituem o habitat e fonte de alimento de muitas espécies animais.

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11. Indique como se classificam as florestas a nível mundial.
– As florestas podem classificar-se em: florestas tropicais, florestas temperadas, florestas boreais.
Cerca de um terço da superfície mundial está ocupada por florestas, que são ecossistemas vitais para o equilíbrio do
nosso planeta.
As florestas contêm metade da biodiversidade da Terra e são os habitats com maior riqueza de espécies.
As mais importantes são as florestas tropicais, porque possuem uma maior biodiversidade ao nível da flora e da fauna.
Curiosamente, estas são as que têm sofrido mais recuos.
Nas florestas húmidas da zona intertropical, os incêndios acontecem frequentemente, como consequência de
trovoadas ou provocados por queimadas, para abertura de espaços de cultivo.

12. Observe a Figura 4, que representa a distribuição mundial das florestas húmidas

Figura 4- Distribuição mundial das florestas húmidas

12.1. Descreva a distribuição mundial das florestas húmidas.

As maiores florestas húmidas (florestas tropicais quentes e húmidas) localizam-se na zona equatorial e de clima
tropical húmido, como são a área da Amazónia, da bacia do Congo, em África e das ilhas do sudeste asiático.

“A floresta e a atividade florestal assumem-se como uma riqueza estratégica ao nível económico, social e ambiental”.

13. Refira as funções da floresta.


A floresta tem as seguintes funções: Têm uma função económica na produção de matérias-primas (madeira, cortiça,
resina), frutos (principalmente o pinhão), ou frutos silvestres, caça, apanha de cogumelos, a pastorícia entre outros,
gerando emprego e riqueza; uma função social, proporcionando ar puro e espaços de lazer; e uma função ambiental,
contribuindo para a preservação dos solos, da fauna e da flora, de espécies e habitats, a conservação da água, a
regularização do ciclo hidrológico, o armazenamento de carbono (sequestro de carbono), Renovação do ar (produz O2),
produção de biomassa (alternativa aos combustíveis fósseis) que pode contribuir para a produção de energias
renováveis, a proteção da biodiversidade, luta contra as alterações climáticas e o combate à desertificação;
Contudo a floresta portuguesa enfrenta vários problemas, entre os quais a deficiente gestão e ordenamento do
território e o risco de incêndios.
– A nível económico
• Produz matérias-primas (madeira, cortiça, resina) e frutos, gerando emprego e riqueza; As atividades
agroflorestais contribuem para a sustentabilidade das áreas rurais, uma vez que permitem aumentar a oferta
de emprego e contribuem para o desenvolvimento de atividades económicas diversificadas, através do
fornecimento de matérias-primas; o fornecimento de fontes de energia (biomassa) alternativas aos
combustíveis fósseis;
– A nível social
• Sumidouro de carbono- Proporciona ar puro e espaços de lazer;
• . Modos de vida indígena;. Turismo ambiental;. Observação de animais;. Promoção educacional;. Lazer
contemplativo.
–A nível ambiental
• Contribuem para a preservação dos solos (combate à erosão dos solos); a conservação da água (a qualidade e
a quantidade da água) e regularização do ciclo hidrológico, o armazenamento de carbono (capacidade de
retenção de CO2- Sumidouro e carbono); a manutenção da biodiversidade da fauna, da flora e dos habitats; e
o combate à desertificação.

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14. Observa a figura 5, que representa a variação da cobertura florestal por região, 1990-2010.

Figura 5 – Variação da cobertura florestal por região por região, 1990- 2010

14.1. Indique duas regiões que registaram o maior aumento de cobertura vegetal.
As regiões que registaram maior aumento de cobertura vegetal foram a Ásia Oriental (Ásia de Leste) e Europa
(excluindo a Rússia).

14.2. Indique as regiões que mais contribuíram para o défice florestal


As regiões que mais contribuíram para o défice florestal no mundo foram a América do Sul e a África de cobertura
florestal tiveram as maiores perdas líquidas anuais no período 2000- 2010, com, respetivamente, 4 e 3,4 milhões de
hectares. A Oceânia também registou uma perda líquida considerável, em parte causada por uma grave seca que
afeta a Austrália desde 2000.

14.3. Refira duas causas da desflorestação


- Fogos florestais; -A ocorrência de chuvas ácidas; Desflorestação; sobre exploração da floresta, como por exemplo:
arroteamento das terras para a agricultura, consumo de lenha como combustível, exploração da madeira para fins
comerciais, criação de gado, urbanização, extração de recursos minerais do subsolo, construção de vias de
comunicação ou de grandes barragens;…

15. Observe atentamente a Figura 6 relativa à desflorestação na ilha do Bornéu.

Figura 6 - Mancha florestal da ilha do Bornéu (sudeste asiático), 1950-2020 (estimativa).

15.1. Relacione a informação da figura 6 com o aumento populacional verificado nesta região do planeta.
O aluno relaciona o aumento crescente de habitantes no sudeste asiático com a necessidade de desflorestar para criar
campos agrícolas, devido à crescente necessidade de alimentos (aumento da população), a expansão urbana e a
sobre-exploração da madeira.

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16. Observe a Figura 7, que representa as áreas mais afetadas pela desflorestação

Figura 7- Áreas mais afetadas pela desflorestação

16.1. Mencione os três países com maior perda anual de área florestal, indicando duas causas dessa desflorestação.
São o Brasil, a Indonésia, as Filipinas, a ilha do Bornéu (integra a área ecológica das regiões tropicais e os EUA, devido
à exploração dos recursos florestais para a indústria (sobre-exploração da madeira) e exportação, ao alargamento das
áreas de cultivo e de criação de gado, à exploração de minas e pedreiras e a expansão urbana. A principal causa da
desflorestação em Portugal é os incêndios.

16.2. Refira as consequências da desflorestação.


As consequências da desflorestação são, entre outras:
- o acelerar das alterações climáticas (aquecimento global), uma vez que a destruição das árvores leva a que estas
deixem de absorver o dióxido de carbono, e, como tal, a desflorestação faz diminuir a absorção desse GEE, que é
libertado, o que agrava o aumento do efeito de estufa a nível mundial.
- conduz à degradação dos solos e à desertificação, contribuindo também para o aquecimento global e as
consequentes alterações climáticas.
- causa o aumento da erosão dos solos, pois a ausência de vegetação facilita o escoamento superficial da água das
chuvas, aumentando, desta forma, o desgaste e o transporte dos constituintes dos solos.
- provoca uma diminuição das reservas de água subterrâneas, devido ao aumento do escoamento superficial e à
diminuição infiltração de água no solo, o que leva à diminuição dos recursos hídricos subterrâneos e aumento das
inundações.
- a redução da segurança alimentar, a extinção de várias espécies que habitam as florestas e, como consequência, a
diminuição da biodiversidade, podendo ainda originar migrações da população e conflitos devido às modificações
climáticas a nível local e global.

17. Apresente duas medidas capazes de atenuar a desflorestação


Medidas de combate
A proteção das grandes florestas pode ser promovida através:
- de incentivos à reflorestação; reforço da limpeza e da vigilância sobre as áreas florestais, que evitem os incêndios
florestais;
- Reflorestação com espécies autóctones, adequação das culturas agrícolas ao solo e ao clima (espécies endémicas
(típicas da região) e controlo do pastoreio;
- Reflorestação das regiões desflorestadas, com espécies mais adaptadas às novas condições, de forma a assegurar
uma maior proteção do solo;
- Proibição do comércio de certas espécies florestais, para evitar o seu abate;
- Implementação de sistemas de exploração sustentada dos recursos florestais;
- Criação e/ou ampliação de áreas protegidas, parques e reservas naturais, onde seja proibido o corte de árvores;
- Racionalizar o uso e a exploração dos recursos florestais e legislar a exploração madeireira;
- Sensibilizar a população para campanhas de limpeza da floresta, evitando os incêndios;
- Promover técnicas agrícolas menos exigentes em termos de área;
-Utilização de tecnologias agrícolas menos intensivas em químicos, que não destruam o solo, tal como a agricultura
biológica;
- Adoção de métodos tradicionais - Rotação de culturas agrícolas, em especial em regiões de solos de menor
fertilidade;

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-Utilização de tecnologias limpas de forma a evitar a poluição direta ou indireta do solo (por ação das chuvas ácidas,
por exemplo);
- Diminuir a libertação de gases poluentes para a atmosfera responsáveis pelas chuvas ácidas;
- Racionar o uso e a exploração dos recursos florestais;
- controlar o crescimento demografico de forma a diminuir a pressão humana sobre os recursos;
-Combate à pobreza de forma a evitar que as populações derrubem árvores para obtenção de lenha;
- - Diminuir o consumo de papel e incentivar o uso de papel reciclado.

18 Observe a figura 8 A e B, que representa as espécies florestais dominantes em Portugal e a variação das áreas
totais por espécie, entre 1995 e 2010

Figura 8 - A - Distribuição das áreas totais por espécie, em 2010

Figura 8 B – Variação das áreas totais por espécie, entre 1995 e 2010

18.1. Indique as espécies florestais dominantes em Portugal.

Em 2017 a área ocupada por floresta em Portugal Continental é 39,0% ou seja 3.472.459 hectares de área, uma área
que contribui em 3 % para a economia nacional.
A distribuição regional da floresta e das suas espécies explica-se, sobretudo, pela ocupação humana e pelas
características climáticas mediterrâneas.
Em Portugal, a região com maior área florestal localiza-se no Alentejo.

Quanto à distribuição das áreas dos povoamentos florestais por espécie dominante, verifica-se que o eucalipto, o
pinheiro bravo , o sobreiro e a azinheira, são as quatro principais espécies, ocupando no seu conjunto, 83% da área
da floresta portuguesa (CELPA, 2010).
A floresta portuguesa é constituída por: Eucalipto; Pinheiro Bravo; Sobreiro; Azinheira; Pinheiro Bravo; Carvalhos;
Pinheiro-Manso; Castanheiro.

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Observe a Figura 9, que representa a distribuição das principais espécies florestais pelo território nacional
19. Indique como se distribuem as espécies
florestais dominantes em Portugal.

A distribuição das principais espécies florestais


pelo território nacional permite verificar que:
- o pinheiro bravo tem a sua maior mancha no
Centro, seguido do Norte Litoral..
- o sobreiro e a azinheira, espécies tipicamente
mediterrâneas, concentram-se no Sul,
nomeadamente no Alentejo;
- o castanheiro é uma espécie com pouca
expressividade a nível nacional, tem o seu
domínio no Norte, sobretudo interior;
- o carvalho predomina no Norte e também no
Centro, sobretudo interior;
- o Eucalipto dispersa-se por todo o território
continental, apesar de ser no Centro que
predomina.

- Litoral norte e áreas montanhosas do


continente: Carvalho e pinheiro bravo;

Norte interior (influência continental):


Castanheiro e oliveira;

Restante território continental (clima


Figura 9 - Distribuição das principais espécies florestais pelo mediterrâneo): Azinheira, oliveira, sobreiro,
território nacional alfarrobeira, maquis e garrigue.

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