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Transcendentalismo Asemico

-PRIMEIRO ATO-

Muro: MURO MURO MURO. MURO EU SOU. MURO MURO MURO. MURO EU SEMPRE SEREI.
Parado, inerte, inexoravelmente imóvel até que por eventual capricho do homem ou vontade
do tempo eu seja eliminado. Oh deuses, oh universo, ó flores e nuvens. Sim nuvens. Invejo as
nuvens. Elas viajam por todo o mundo. São mais cultas do que eu.

Eu, um mero muro na margem do todo. Como queria caminhar entre os homens, ser sábio e
importante.

Motorkerekparember:

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

Muro: O que foi isso?

Motorkerekparember:

Foi eu.

Muro: Eu quem?

Motorkerekparember:

Você? você quem?

Muro:

Não, eu perguntei você quem?

Motorkerekparember:

eeeee você tinha dito eu, quem é eu?

Muro:

Não sei, é isso que estou perguntando

Motorkerekparember:

Você não sabe quem você éééé?


Muro:

Sei que não sou muito. Praticamente nada. Sou apenas um muro.

Motorkerekparember:

eeeeeee por que você diz isso?

Muro:

Não é obvio? quem liga para um muro

Motorkerekparember:

Muros são muito interessantes

Muro:

Estupidez. Ninguém acha muros interessantes. Eu não sou inteligente, não tenho nenhum
conhecimento. Não sou capaz de nenhum grande feito. Sou apenas um muro. Um muro chato
e parado.

Motorkerekparember: eeeeeeeeeee mesmo assim acho muros interessantes. Como botijões.

Muro:

Botijões? como assim.

Motorkerekparember:

Botijões são incriveis.

Muro:

Que estupidez, quem acha um botijão incrivel? isso é loucura.

Motorkerekparember:

Loucura amigo, é disso que você precisa.


Muro:

Afinal, quem é você?

Motorkerekparember:

Eu sou Motorkerekparember. Também conhecido como feca ou ferrer. Ou imperador Nero


em tempos distantes. Sou o deus reptiliano das concessionarias da ford , das motocicletas, dos
capacetes e guardião dos guarda-chuvas. Vim de uma caixa da Magazine Luisa.

Muro:

Isso é absurdo

Motorkerekparember:

O que não é? Meu amigo muro falante?

Muro:

Se você é mesmo um deus, pode me transformar num homem sábio?

Motorkerekparember:

Eeeeeeee Talvez, mas que graça teria isso?

Muro:

Como assim que graça? Você acha que é bom ser um muro?

Motorkerekparember:

Olhando daqui parece muito interessante

Muro:

Não tem nada interessante em ser um muro. Eu só fico aqui, parado. Não posso escrever
poesias, nem ler livros, nem pesquisar sobre algo novo.

Motorkerekparember:

Isso é verdade, mas eeee, talvez você simplesmente não esteja olhando pro lado certo, você é
um muro, não precisa pensar como humano.

Muro:

Humanos que são sábios, são capazes de grandes feitos e podem proferir grandes palavras.

Um muro como eu não é capaz de atingir o transcendental.

Motorkerekparember:

Para mim o tolo não esta distante do sábio.

Muro:

Me prove
-Fim do ato um-

-Ato 2-

Narrador-motorkerekparember:

Há muito tempo atrás, muito antes do ontem e o anteontem, havia um sábio conhecido como
Dadolocesimo, o sábio tolo. Ele viajava de cidade em cidade, e ensinava, ou desensinava o
conhecimento para quem ele via.

Mas antes de ser sábio, Dadolocesimo era um presunçoso sacerdote que gostava de humilhar
seus oponentes na frente de seus discípulos.

Certo dia Dadolocesimo levou seus estudantes ao alto de uma montanha e confrontou

A vaca sagrada:

Dadolocesimo: Diga me, você animal bobo, por que você não faz algo que valha a pena?

Qual seu proposito na vida, afinal?

Narrador-motorkerekparember:

Mastigando a saborosa grama, a vaca lhe respondeu:

''MU''

Ao ouvir isso, ninguém em absoluto foi iluminado. Principalmente porque ninguém podia
entender Chinês.

Mu é o ideograma chines para ''nada''

Narrador 2:

''O grilo é sempre o errado em uma discussão com galinha''

-Fim do ato 2-

-Ato 3-

Dadolocesimo começou a se perguntar se era tão sábio como acreditava ser. Decidiu consultar
o deus do conhecimento Hermes-Thot em busca de saber.

-Dadolocesimo fazendo sinais litúrgicos-

-Som de tempestade-

Sheogorath: Quem é o mortal que ousa me evocar

Dadolocesimo: Peço perdão, ó deus da eloquência, lhe chamo nesta noite em busca de
conhecimento, pois minha alma esta inquieta com a ausência da verdade.

Sheogorath: Humano tolo, o que te faz pensar que eu, Sheogorath, príncipe da loucura, tenho
algum interesse em lhe conceder conhecimento? Me diga, por favor, em que área deseja que
eu lhe ilumine hahaha

Dadolocesimo para si mesmo: Sheogorath? Principe da loucura? Isso deve ser um truque de
Hermes..
Dadolocesimo: Ó senhor dos comerciantes e dos ladrões, dos diplomatas e da comunicação.
Me ilumine com o que concerne ao que é objetivo e absoluto no universo, pois assim terei a
verdade.

Sheogorath: Formigas sabem que arvores não cheiram, e que cavalos não dançam, mas um
sábio sabe que gatos podem ser morcegos que podem ser ratos que podem ser chapéus que
podem ser mosquitos que podem ser isso ou podem ser aquilo. E as portas podem ser javalis
que podem ser roncos que podem ser pisos que podem ser rugidos que podem ser esporos
que podem ser seus e que podem ser meus.

Dadolocesimo:

Gatos podem ser morcegos que podem ser ratos que podem ser chapéus que podem ser
mosquitos que podem ser isso ou podem ser aquilo. E as portas podem ser javalis que podem
ser roncos que podem ser pisos que podem ser rugidos que podem ser esporos que podem
ser seus e que podem ser meus.

Sheogorath: WABBAJACK

Dadolocesimo:

WABBAJACK

Sheogorath:

Há há, WABBAJACK

Dadolocesimo:

Wabbajack

-Dadolocesimo repete várias vezes a palavra wabbajack enquanto ao fundo se toca revolution
9.-

Dadolocesimo:

Talvez Wabbajack seja o livro do conhecimento. Acho que sou mais esperto pois sei que gatos
podem ser morcegos que podem ser ratos que podem ser chapéus que podem ser mosquitos
que podem ser isso ou podem ser aquilo. E as portas podem ser javalis que podem ser roncos
que podem ser pisos que podem ser rugidos que podem ser esporos que podem ser seus e
que podem ser meus. Eu devo ser inteligente, pois o sistema interconectivo é muito claro para
mim. Então por que as pessoas continuam a me chamar de louco?

Wabbajack. Wabbajack. Wabbajack.

- Narrador 2: -

''Rochas escondidas aprimoram-se rapidamente

Então deixadas como um nabo podem facilmente ser cortadas de forma simples.

Vive melhor aquele homem que isto leva a cabo:

Viver meio-louco-meio-sano.''
-Fim do ato 3-

-Ato 4-

Motorkerekparember:

Após ter conversado com Sheogorath, Dadolocesimo construiu sua reputação como sábio tolo
ao viajar pelo mundo para contar aos outros sobre o que sabia. Um dos ensinamentos que lhe
rendeu notoriedade era o de que botijões eram manifestações físicas de um antigo deus
egípcio chamado Qerhet, que era um botijão voador visto pelos antigos egípcios mas
reconhecido como uma garrafa na época.

Em suas viagens era comum pessoas lhe abordarem para lhe perguntar coisas:

Transeunte: Você é realmente serio ou o que?

Dadolocesimo: As vezes levo o humor a serio. As vezes eu levo a seriedade com humor.

De qualquer forma é irrelevante

Transeunte: Talvez você apenas seja louco.

Dadolocesimo: Não me diga! Mas não entenda meus ensinamentos como falsos só porque sou
louco. A razão de eu ser louco é porque é tudo verdade.

Transeunte: Qerhet é real?

Dadolocesimo: Tudo é real

Transeunte: Mesmo coisas falsas?

Dadolocesimo: Mesmo coisas falsas. Não é por que algo não existe que esse algo não seja real.

Transeunte: E como pode ser assim?

Dadolocesimo: Eu não sei cara, não fui eu que fiz.

Transeunte: Ha algum sentido especial por de trás dos botijões?

Dadolocesimo: Há uma história Zen sobre um estudante que perguntou a seu mestre para que
lhe explicasse o sentido do budismo. O mesmo lhe respondeu-lhe assim: ''três libras de linho''.

Transeunte: É esta a resposta para a minha pergunta?

Dadolocesimo: Não, claro que não. É apenas uma ilustração. A resposta para a sua pergunta é:
''CINCO TONELADAS DE LINHO''

Transeunte: Você provavelmente é apenas um tolo

Dadolocesimo: Provavelmente, mas deixe me lhe contar uma história:

-Narrador 2: Quando estiver com dúvidas, que se dane Quando não estiver em dúvida.. Fique
em dúvida

-Fim do ato 4-

-Ato 5-

Um serio jovem pensava que os conflitos do mundo estavam muito confusos.


Ele buscou muitas pessoas em busca de um meio de resolver as discordias de seu ser que o
aturdiam, mas permaneceu aturdido.

Certo dia um auto-ordenado mestre Zen lhe disse para ir até uma mansão decrepita e
aguardar até a lua do dia seguinte em estado de meditação encima de uma pilha de
escombros.

Ele fez o que o mestre Zen lhe instruiu. Mas frequentemente perdia o foco da meditação ao
pensar se os encanamentos do segundo andar iriam cair nele, ou sobre o momento em que a
lua ia surgir.

Sua preocupação e meditação foram perturbadas quando excrementos do segundo andar


cairam sobre ele.

Nesse instante duas pessoas por ali passaram.

1 pessoa: Quem é este homem que esta sentado?

2 pessoa: Alguns dizem que ele é um homem santo. Outros dizem que ele é um bosta.

Ouvindo isso, o homem foi iluminado.

-Narrador 2: Verdade são mentiras contadas pelas fadas madrinhas-

-Fim do ato 5-

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