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CONHECIMENTOS GERAIS

Evolução Histórica da Urbanização e Violência


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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA URBANIZAÇÃO E VIOLÊNCIA

URBANIZAÇÃO E VIOLÊNCIA

1950: INDUSTRIALIZAÇÃO

Até meados de 1950, o Brasil era um país absolutamente rural. A popula-


ção brasileira vivia no campo, e o Brasil tinha uma economia baseada no setor
agroexportador. Porém, surgiram os governos de Getúlio Vargas e Juscelino
Kubitschek, que incentivaram a atividade industrial. Getúlio Vargas promo-
veu uma industrialização de caráter mais nacionalista (a chamada indústria de
base); e Juscelino promoveu uma industrialização de caráter mais desenvolvi-
mentista, incentivando a indústria de bens de consumo.
De repente, várias indústrias multinacionais acabaram entrando no Brasil, o
que afetou drasticamente o cenário brasileiro. Essa atividade industrial transfor-
mou o cenário geográfico, o contexto social e o contexto econômico do país.

• Mecanização do campo: com a industrialização, ocorreu a mecanização


do campo. A indústria produziu máquinas, e essas máquinas foram ven-
didas para o meio rural. Com o meio rural mecanizado, muitas pessoas
desse meio começaram a ficar desempregadas.
• Concentração de terras: no meio rural brasileiro, havia uma forte concen-
tração de terras. Até hoje o Brasil é um dos países que mais tem concen-
tração de terras no mundo.
• Péssimas condições de vida no meio rural: o cidadão vivia em péssimas
condições de vida no meio rural, e com altas taxas de analfabetismo.
• Maior oferta de empregos nas cidades: a indústria começou a crescer
nas cidades e a ofertar emprego. As pessoas acabaram saindo do meio
rural e foram para o meio urbano.

Êxodo rural: todos os fatores acima citados contribuíram para o êxodo rural
(pessoas indo do campo para a cidade).
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A população brasileira vivia dispersa no meio rural. As indústrias começaram


a se instalar nas cidades. No campo, as pessoas estavam vivendo em péssi-
mas condições – havia concentração de terra, substituição do trabalhador pela
máquina, opressão do latifundiário e outros problemas, então as pessoas come-
çaram a migrar para o meio urbano. As cidades brasileiras eram pequenas e dis-
persas no território. Em poucos anos, uma grande quantidade de camponeses e
agricultores saíram do campo e migraram para o meio urbano.
A cidade então começou a crescer, e não havia o que fazer em relação à che-
gada dessas pessoas de baixas condições financeiras. A cidade acabou passando
por um crescimento rápido e desordenado. Porém, o fluxo migratório continuou.
As famílias habitam as cidades de acordo com o seu poder aquisitivo, e o
nome disso é especulação imobiliária. Quem não tem condições financeiras
para morar no centro mora na periferia. Naquela época a periferia não parou de
crescer. Mas não tinha espaço para todos, e algumas pessoas foram morar na
periferia da periferia.
Exemplo: no Distrito Federal, o Plano Piloto é o centro. Nessa lógica, quem
não tem condições financeiras para morar no centro mora nas periferias. A prin-
cipal periferia do Distrito Federal é a Ceilândia. Águas Lindas, já no estado de
Goiás, é considerada uma periferia da Ceilândia. E Águas Lindas tem sua pró-
pria periferia – o Girassol. Esse processo de periferização acontece em qualquer
lugar do Brasil, e é nas periferias que surgem os grandes problemas urbanos.

1970: URBANIZAÇÃO – PERIFERIZAÇÃO

• Crescimento rápido e desordenado.


• Grandes problemas urbanos:

01. Falta de:

• Infraestrutura;
• Saneamento básico;
• Áreas verdes e de lazer;
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• Saúde;
• Educação;
• Transporte;
• Moradia;
• Emprego;
• Segurança.

02. Aumento da violência e da sensação de insegurança.

 Obs.: A violência e a sensação de insegurança são consequências da falta dos


fatores acima citados.

A violência não é pontual. Ela é uma construção social e histórica fruto de um


país que cresceu repleto de desigualdades, fruto de um conjunto urbano que teve
rápido e desordenado crescimento, o que ocasionou todos esses problemas.
Como o Brasil é um país urbanizado, e essa realidade se aplica a todo o ter-
ritório brasileiro, entende-se que a violência está generalizada. Ela não é igual
em todos os lugares, mas ela acontece em todos os lugares. E a violência está
generalizada espacial, geográfica e socialmente. Porém, há aqueles que estão
mais vulneráveis à violência.

PERFIL DA CRIMINALIDADE (mapa da violência)

São as características de quem está mais vulnerável à violência, como vítima e ator.

• Gênero: masculino.
• Faixa etária: jovens, principalmente dos 15 aos 29 anos.
• Classe social: pobre.
• Meio/região: periferia.
• Cor de pele: os pretos e pardos são mais vulneráveis (afrodescendentes).
• Escolaridade: ensino fundamental incompleto.
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 Obs.: De acordo com o CNJ, no trânsito e na criminalidade em geral, de cada


100 jovens entre 15 e 29 anos que morrem, 86 são homens.

 Obs.: Existe uma relação entre baixa escolaridade e violência. Com baixa esco-
laridade, a capacidade de inserção no mercado de trabalho diminui. E
sem inserção no mercado de trabalho, o indivíduo se torna mais vulnerá-
vel à violência.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Reginaldo Veras.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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