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Autoridade e Submissão

O trono de Deus estabelecido sobre a autoridade

 O trono de Deus está estabelecido sobre autoridade. A autoridade de Deus


representa o próprio Deus.

 Deus sustenta todas as coisas pela autoridade – Hb. 1:3

 Em todo o universo somente Deus é autoridade e nada é maior que a autoridade.


Todas as outras autoridades são nomeadas por Deus.

1. O princípio de Lúcifer

– Tanto Isaias 14:12-15 quanto Ezequiel 28:13-17 falam a respeito da queda de


Satanás.

– O princípio de Satanás é o princípio da auto-exaltação. Existem apenas dois


caminhos no universo, o caminho de Satanás e o caminho de Jesus.

– O caminho de lúcifer

– Satanás, não sendo Deus, quis ser igual a Deus e disse consigo mesmo:
subirei acima das mais altas núvens e serei semelhante ao Altíssimo. Quis
usurpar o trono de Deus e por isso foi lançado no mais profundo abismo (Is.
14:12-15)

– O Caminho de Jesus

– Jesus, sendo Deus, não usurpou o ser igual a Deus, antes esvaziou a si
mesmo e assumiu a forma de servo morrendo morte de Cruz. Abandonou a
sua glória, mas recebeu um nome acima de todo nome e um trono sobre
todo o universo (Fl. 2:5-9).

– Desobediência é pecar contra a santidade de Deus, mas a rebeldia é pecar contra a


autoridade do trono.

2. Se desejamos servir a Deus nunca podemos violar a questão da autoridade

– Porque fazê-lo é seguir o princípio de Satanás.

– Na obra de Deus é possível estar com Satanás em princípio e com Jesus em


doutrina.

– Porque pregar o evangelho é trazer as pessoas para debaixo da autoridade


de Deus.

– Porque Satanás não teme nossas palavras, mas teme a nossa submissão.

– Quando Jesus orou no “Pai nosso” para Deus livrar-nos do mal ele se referia ao
desejo de reino, poder e glória.
– O reino é a autoridade e esta pertence a Deus.

– Algumas pessoas se convertem, mas não se encontram com a autoridade de Deus.


Paulo, quando se converteu pôde se submeter a um simples irmão chamado
Ananias, porque havia encontrado com a autoridade.

– Aqueles que se encontram com a autoridade tratam apenas com a autoridade e não
com a pessoa envolvida como autoridade. A autoridade é Deus, as pessoas são
apenas instrumentos.

– Nosso serviço a Deus não é uma questão de sacrifício ou de negar o ego. É uma
questão de fazer a vontade de Deus. Não é uma questão de fazer obras para Deus;
mas uma questão de submeter-se a vontade de Deus.

– Saul fez algo para Deus sem se submeter – I Sm. 15

– No Getsêmane a questão não era se Jesus faria algo para Deus, como ir para a Cruz,
mas se ele se submeteria á vontade de Deus mesmo sendo a cruz.

– Se fazemos algo para Deus em rebeldia isso será como o pecado de feitiçaria (I Sm
15:23).

– Em Mateus 7:21-23 vemos muitas pessoas que fizeram grandes obras para Deus.
Mas eles não as fizeram coordenados pela autoridade de Deus. Em todas aquelas
obras o homem era a fonte. Somente os que fazem a vontade de Deus estão no reino
e herdarão o reino.

– Jesus pôde escolher não responder a Pilatos, porque não estava debaixo do governo
de Roma, mas não pôde deixar de responder ao Sumo sacerdote, porque era uma
questão de submissão à autoridade.

– O mesmo vemos com relação a Paulo em Atos 23.

– No universo existem duas grandes coisas: crer para a salvação e submeter-se à


autoridade do senhorio. Em outras palavras: crer e submeter para obediência. É por
isso que ensinamos a visão dos vencedores. Vencedores não são apenas salvos, mas
são salvos que se encontraram com a autoridade.

– Somente aqueles que se submetem à autoridade podem ser autoridade.

Os sete níveis de autoridade

 Práticas não bíblicas de autoridade e submissão ensinadas por alguns e abusos


praticados por outros, têm causado uma tremenda ferida no meio do povo de Deus.

 Verdades bíblicas podem ser levadas a extremos, e quando isso acontece, elas têm o
poder de destruir vidas.

 Não fomos chamados para manipular as ovelhas ou controlar as suas vidas.


 Precisamos, sim, exercer autoridade, mas com amor e dentro dos limites estabelecidos
por Deus.

 Os sete níveis de autoridade

 A Palavra de Deus menciona sete níveis de autoridade. Os três primeiros são


prerrogativas exclusivas de Deus e os outros quatro são exercidos pelos seus
ministros:

 1. Autoridade soberana

 2. Autoridade da Verdade (ou da Palavra de Deus).

 3. Autoridade da consciência

 4. Autoridade delegada

 5. Autoridade funcional

 6. Autoridade dos costumes e tradições

 7. Autoridade dos contratos

Vamos ver cada um desses níveis de autoridade.

 1. A Autoridade soberana

– É o maior nível de autoridade. É a autoridade imperial. Este nível nunca é


questionado ou desafiado. É absoluto e infalível. É o maior nível de autoridade.
Esta autoridade pertence somente a Deus.

– Todavia, algumas igrejas e denominações se apropriam dessa autoridade


soberana, mas não há nenhuma base bíblica para que qualquer ser humano
exerça essa autoridade.

 a. Cristo recebeu a autoridade soberana

– Essa era a ambição de Lúcifer (Is. 14:12-14), mas Cristo recebeu a autoridade
soberana (Ef. 1:16-22).

 b. Cuidado com os que tomam o lugar de Cristo

– Qualquer pessoa que coloca a sua unção num nível de ser inquestionável e
infalível está assumindo uma posição de anticristo. Ser anticristo não é ser
contra Cristo, mas tentar tomar o seu lugar.

 Há pessoas que vêem em nome de Cristo e se dizem com a mesma autoridade:

 Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.
Mt. 24:5
 Não há nenhuma autoridade na Igreja a quem o cristão tenha que prestar obediência
inquestionável, só a Deus.

 2. A Autoridade da verdade

– É a autoridade daquilo que é sempre verdadeiro sem qualquer sombra de


dúvida.

– Qualquer coisa que é verdadeira possui autoridade pelo fato de ser


verdadeira. É inquestionável.

 Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade. II Cor.
13:8

 a. A verdade é o próprio Deus

– Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao


Pai senão por mim. Jo. 14:6

– Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por
meio de Jesus Cristo. Jo. 1:17

– Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente
com água, mas também com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá
testemunho, porque o Espírito é a verdade. I Jo. 5:6

 b. A verdade é o que Deus diz

– A fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes,
pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça. II Ts. 2:12

– Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado,
não o cumprirá? Nm. 23:19

– Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios


proferiram. Sl. 89:34

 c. A Bíblia é a verdade

– A Bíblia está colocada na terra com a autoridade da verdade. Ela é a verdade.


Ela foi inspirada pelo Espírito de Deus e é inerrante (II Tm. 3:16).

 Assim, lembre-se sempre do que os pais da Reforma disseram:

– Nada contrário às Escrituras pode ser verdadeiro.

– Nada que seja acrescentado às Escrituras pode ser obrigatório.

– Todo crente é livre para pesquisar as Escrituras e checar a verdade.

 Os crentes de Beréia são um bom exemplo (At. 17:10-11).


– Eles reconheceram que as Escrituras tinham maior autoridade que os
Apóstolos (Gl. 1:8).

– Eles examinaram as Escrituras para ver se o que os Apóstolos diziam era


verdade.

 A Bíblia é autoridade final de fé e prática.

 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá
além do que vos temos pregado, seja anátema. Gl. 1:8

 3. A Autoridade da Consciência

– Todo homem é capaz de distinguir entre o certo e o errado, mesmo os


incrédulos e ímpios.

– Todos sabemos o que não queremos que os outros façam contra nós.
Portanto, sabemos o que não devemos fazer com os outros. Chamamos isso
de consciência.

 a. Não devemos violar a consciência dos outros

– E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é


contra Cristo que pecais. I Cor. 8:12

– Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não
provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado. Rm. 14:23

 b. Devemos nos submeter a ela

– Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um
tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e
dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a
Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus. Rm. 14:5-
6

– Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de
não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Rm. 14:13

 Se resolvemos ir contra a nossa consciência a Palavra de Deus diz que pecamos.

 Homem algum tem o direito de exigir de outro algo que vá contra a consciência dele.
Um marido não pode forçar a sua esposa a práticas sexuais que ofendem a consciência
dela, por exemplo.

 Um pastor não pode impor uma prática a uma ovelha se aquilo vai contra a
consciência dela.

 Desses três tipos de autoridade podemos concluir que nenhum homem, seja a Igreja
ou o Estado, tem o direito de ordenar que você desobedeça a Deus, à Bíblia e à sua
consciência.
 Esses três níveis de autoridade são prerrogativas exclusivas de Deus.

 4. A Autoridade delegada

– Os próximos quatro níveis de autoridade são reservados aos homens.

 Quando essa autoridade ou governo é bem exercida o resultado será o que está em
Romanos 14:17: justiça, paz e alegria.

 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no
Espírito Santo. Rm. 14:17

 a. Os líderes da Igreja possuem autoridade delegada

– Somos seus embaixadores, seus representantes.

– De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus


exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos
reconcilieis com Deus. II Cor. 5:20

 I Pedro 5:3 diz que não devemos exercer autoridade como dominadores do rebanho.

 Nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos
do rebanho. I Pe. 5:3

 A nossa autoridade pertence a Deus e nos foi delegada. Se esperamos submissão do


rebanho precisamos ter a atitude de Cristo: a de dar a vida pelas ovelhas.

 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Jo. 10:11

 A autoridade delegada não é igual à daquele que a delegou. Nossa autoridade é


limitada.

 b. A autoridade delegada procede da responsabilidade

– Pelo fato de ter responsabilidade pela minha esposa e filhos, então tenho
autoridade sobre eles.

– Eu não tenho autoridade na casa do vizinho porque não tenho


responsabilidade por eles.

 c. A Autoridade delegada nunca vai além de sua responsabilidade

– O limite de nossa autoridade é, portanto, a nossa responsabilidade. Nunca vai


além dela.

– O inverso também é verdadeiro: quando deixamos de assumir a


responsabilidade perdemos a autoridade.

 . A Autoridade funcional
– A autoridade funcional é, muitas vezes, a base para estabelecermos a
autoridade delegada.

– a. Provém da habilidade

 A autoridade funcional provém da habilidade, competência,


experiência e treinamento.

 Se alguém não deseja obedecer a prescrição médica não deveria fazer


uma consulta. O médico é uma autoridade funcional e ignorá-lo
poderia se rebeldia.

– O pastor deveria se submeter dentro da igreja aos engenheiros na questão de


construção, aos médicos na questão de saúde e assim por diante. Não que os
pastores deixem de ser autoridade, mas eles reconhecem a autoridade
funcional.

– Assim como um marido deveria se submeter à sua esposa naquilo que é


habilidade dela.

 6. A Autoridade dos costumes

– A autoridade dos costumes e tradições se estabelece quando provou-se


através dos anos que é para o bem comum e é aceita por todos.

– Paulo apela para a autoridade dos costumes quando fala da questão do véu.

 Contudo, se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem
as igrejas de Deus. I Cor. 11:16

 Uma igreja ou liderança não pode ignorar os costumes de uma localidade ou


comunidade. Se tal costume é edificante deve ser preservado. Todavia a autoridade
dos costumes é sujeita a todos os níveis anteriores de autoridade.

 7. A Autoridade dos contratos

– Esta é a autoridade da lei. Ela pode ser observada nos contratos e acordos
legais. A sociedade é regida por esse nível de autoridade.

– Apesar de ser algo natural sua origem é divina. Paulo disse em Romanos 13
que essa autoridade foi também constituída por Deus e procede Dele (Rm.
13:1-6).

Exemplos de rebelião

 1. A queda de Adão e Eva


– Gn. 2:16-17 e 3:1-6; Rm. 5:19.

– a. Rebelar-se contra a autoridade representativa de Deus é rebelar-se contra


o próprio Deus.

– Sem submissão não há trabalho ou serviço. Tudo o que fazemos é por


submissão e direção de Deus. Nada é por nossa própria iniciativa, tudo é
responsivo. Tudo é iniciado por Deus, nada deve ser iniciado por nós.

 A primeira lição de um obreiro é submeter-se a autoridade. Precisamos ver que há


autoridade em todo lugar: em casa, na escola, no trabalho, na sociedade, etc. O
problema é que muitos vêem a submissão como um castigo ou punição porque Deus
disse que Eva deveria se submeter a Adão depois do pecado. Precisamos ver que a
autoridade já existia antes e a submissão também.

– A atitude de Cão foi de expor o Pai, mas a atitude de Sem e Jafé foi de encobrir
a nudez do Pai. A falha de Noé tornou-se um teste para Sem, Cão e Jafé.

 b. Cão expôs a nudez do líder.

– Expor é falar, denegrir e espalhar.

 c. Noé mesmo estando errado se posicionou para zelar pelo princípio da autoridade.

 d. A conseqüência da rebelião é maldição.

 3. Nadabe Abiú

– Lv. 10:1-2

 Deus não aceita fogo estranho. Fogo estranho é aquele que tem origem em nossa
presunção humana.

 Com relação à submissão o pecado pode ser de dois tipos; presunção e desobediência.
Desobediência é quando Deus nos manda fazer algo e não fazemos; presunção por
outro lado é quando Deus não mandou e fazemos assim mesmo.

 a. O trabalho deve ser uma coordenação de autoridade

– Deus havia estabelecido Arão como sumo sacerdote e seus filhos sob a sua
liderança. Observe que Levítico 8 e 9 falam o tempo todo de Arão e seus filhos.
Quando os filhos resolveram oferecer sacrifícios fora da coordenação do Pai
aquilo tornou-se fogo estranho.

 b. O serviço origina-se em Deus

– O princípio do fogo estranho é fazer algo que Deus não mandou.

– c. Fogo estranho produz morte


– A conseqüência imediata da rebeldia é a morte. Qualquer que serve a Deus
sem discernir a autoridade oferece fogo estranho.

 4. Arão e Miriã - Nm. 12:1-15

– a. A autoridade é dada por escolha de Deus

 Arão e Miriã eram mais velhos que Moisés. Na família Moisés deveria
estar submisso a eles, mas na obra de Deus Moisés era o cabeça.
Moisés tomou uma mulher etíope. Era correto que eles tratassem da
questão no âmbito da família, mas falharam quando tocaram na
autoridade de Deus.

 b. Rebeldia produz lepra

– Imediatamente Miriã ficou leprosa. A lepra produz afastamento e perda da


comunhão. Observe como aqueles que andam em rebeldia normalmente são
isolados.

 c. Rebeldia pára o mover de Deus

– A Palavra de Deus diz que a núvem parou e não se moveu enquanto não se
resolveu a questão da rebeldia.

 5. A rebelião de Datã, Coré e Abirão

– O grupo de Coré era levita. Ele representa os espirituais. O grupo de Datã e


Abirão era a tribo de Rúben. Eles representam os líderes. Além deles se
levantaram outros 250 líderes do povo.

– Uma coisa é a rebelião do povo, mas outra é quando os líderes se rebelam.

 a. A rebelião procede do Hades

– Observe que a terra se abriu e devorou a todos eles vivos. Deus havia tolerado
a dúvida e a tentação, mas não pode suportar a rebelião.

 b. A rebelião é contagiosa

– Em Números 16 temos duas rebeliões. Nos versos de 1 a 40 temos a rebelião


dos líderes, e dos versos 41-50 temos a rebelião de todo o povo. O espírito de
rebelião é contagioso.

Limites de obediência à autoridade

 Submissão é uma questão de coração, mas obediência é uma questão de conduta.

 Devemos nos submeter sempre à autoridades, mas nem sempre temos de obedecê-
las.
 Somente Deus é objeto de submissão ilimitada. A submissão ao homem é sempre
limitada.

 Se a autoridade representativa dá uma ordem nitidamente contrária à ordem de Deus,


deve ser desobedecida.

 1. A hierarquia de autoridades

 Existe uma hierarquia de autoridades que segue a seguinte ordem:

 A autoridade soberana de Deus.

 A autoridade da Bíblia.

 A autoridade de nossas consciências.

 A autoridade delegada.

 Qualquer autoridade delegada deve ser submissa aos três níveis mais elevados de
autoridade.

 Qualquer autoridade, seja na família, no governo, na empresa ou na igreja que diz para
fazermos algo que esteja em conflito com Deus, com a Bíblia ou com nossas
consciências precisa ser desobedecida.

 Além desses limites de nível superior precisamos ainda observar os seguintes pontos:

 a. Toda autoridade delegada tem um limite

 O chefe somente pode dar ordens com respeito ao trabalho. Ele não pode
determinar nada na minha casa. O mesmo se aplica na igreja. O pastor, o líder
ou qualquer outra autoridade está limitado a aquilo para o que foi delegado
ou designado. Um pastor não pode escolher com quem devo me casar ou
interferir na minha vida profissional ou doméstica.

 b. Nem toda autoridade é permanente

 Existem autoridades a quem nos submetemos momentaneamente ou por


força de contrato ou tarefa conjunta.

 c. Existe uma autoridade na tradição e no costume

 Dentro dos limites da Palavra de Deus devemos nos sujeitar aos costumes e às
tradições do lugar e da igreja onde vivemos.

 d. Existe uma autoridade que é basicamente funcional

 Autoridade baseada em aptidão natural. Nos sujeitamos porque ele tem um


dom natural.

 Autoridade baseada em instrução. Nos sujeitamos porque ele sabe mais que
nós.
 Autoridade baseada na experiência. Nos submetemos porque ele fez antes de
nós várias vezes.

 Autoridade baseada na Unção de Deus. Nos submetemos porque vemos a


capacitação sobrenatural de Deus.

As autoridades estabelecidas por Deus

 No universo Deus é a fonte de toda autoridade. Toda autoridade humana é


estabelecida por ele. Como tal elas representam a autoridade de Deus.

 1. No mundo

 Rm. 13:1; I Pe. 2:13-14; Ex. 22:28.

 Não existe tal coisa como submeter-se somente a Deus. Se rejeitamos a


autoridade delegada rejeitamos o próprio Deus.

 2. Na igreja

 I Ts. 5:12-13, I Tm. 5:17, I Pe. 5:5, I Cor. 16:15-16.

 Deus ordena que todos devem se submeter aos presbíteros da Igreja.

 I Pe. 5 mostra que a primazia depende da idade física, mas I Cor. 16:15-16
parece indicar que a idade espiritual é mais importante.

 3. Na família

 Ef. 5:22-24; 6:1-3, Cl. 3:18, 20 e 22, I Cor. 11:3.

 Deus estabeleceu uma cadeia de autoridade na família. Primeiramente o pai,


depois a mãe e só então os filhos.

Sinais da pessoa submissa

 Como sabemos se uma pessoa é alguém que se submete à autoridade? Vamos dar
alguns sinais.

 1. Ela procura a autoridade onde quer que ela vá.

 Quem tem revelação da importância da autoridade não vive solta e sem


restrição. Ela busca se submeter de coração e não apenas por obrigação.

 2. Uma vez que alguém conhece a autoridade ele se tornará mais brando e mais
dependente.

 Isto acontece porque ele se torna temeroso de cometer erros.

 3. Aqueles que conhecem autoridade não gostam de ser autoridade. Não têm prazer
em dar opiniões ou controlar os outros.
 4. Aqueles que conhecem a autoridade são tardios para falar. Mantêm a boca fechada.

 5. Quem conhece a autoridade torna-se muito sensível a rebeliões e iniqüidades. Ele


sabe o quanto a rebelião contamina.

 6. Somente quem aprendeu a se submeter consegue levar os outros à submissão.

A arte de ser desobediente porém submisso

 Não estou sugerindo que alguém deva ser rebelde, porque a rebeldia é como o pecado
de feitiçaria ( I Sm. 15:23). Mas desejo enfatizar que na Palavra de Deus a obediência é
sempre relativa.

 Com base nisso podemos dizer que um pai que proíbe um filho de ir à igreja não deve
ser obedecido, nem tão pouco o marido que proíbe a esposa. Naturalmente não com
desafio discussões ou gritarias, mas com astúcia fazendo a vontade de Deus.

 1. Sifrá e puá. Ex.1:15-17 e 21-22

 Elas desobedeceram as ordens de Faraó de matar as crianças e por isso foram


recompensadas por Deus.

 2. Raabe a prostituta

 Raabe cometeu alta traição contra o seu país. Além disso ela mentiu para
proteger os espias. Mas por tudo isso ela foi honrada por Deus e entrou na
genealogia do próprio messias. (Hb. 11:3)

 3. Samuel

 Saul ainda era o rei, mas Samuel foi enviado para ungir outro rei no lugar dele
(I Sm. 16:1-2). Tal atitude poderia ser vista por Saul como crime contra o
estado, contra o rei.

 4. Jônatas

 Saul ordenou a Jônatas que matasse a Davi. Todos sabemos que os filhos
devem obedecer aos pais, mas Jônatas não obedeceu a Saul.

 5. Os três jovens hebreus

 Os três jovens não adoraram a imagem de ouro do Rei. Eles desobedeceram a


ordem contudo se submeteram à fornalha.

 6. Os apóstolos

 A ordem das autoridades era para que não se pregasse o evangelho de Jesus,
mas os Apóstolos responderam: importa primeiro obedecer a Deus que ao
homem (At. 5:29)

Como discernir uma liderança adequada


 A equação da posição de autoridade

 Posição = caráter+dom+chamado+tempo

 Posição – caráter = irresponsabilidade

 Posição – dom = ineficiência

 Posição – chamado = violência

 Posição – tempo = imaturidade e soberba

 O que não é submissão

 A) Não é se anular

 Não é um condicionamento emocional onde a pessoa se anula com medo de


ser rejeitada ou por ameaças de retaliação. Isto é mera subserviência

 B) Não é obediência cega.

 O subordinado deve ter o direito de entender a situação. Isto não significa que
só obedecemos quando concordamos. A renúncia deve ser sempre consciente.

 C) Submissão não é escravidão.

 A verdadeira submissão nunca é forçada ou imposta. A submissão é


respaldada pela responsabilidade e voluntariedade.

 D) Submissão não é omissão.

 Algumas pessoas com medo de se exporem usam a estratégia do silêncio e se


calam para tudo. Omissão pode significar indiferença ao líder ou raiva
reprimida.

 A submissão deve ser fruto de uma intenção consciente e voluntária do liderado de se


estar fazendo a vontade de Deus mediante a convicção dada pelo Espírito Santo.

 O exercício da autoridade está relacionado com a maturidade do liderado.

 Isto pode ser percebido quando compreendemos o conceito de dependência,


independência e interdependência.

 Na infância somos dependentes. Nesse momento o parâmetro sempre é o VOCÊ. Os


outros sempre me devem alguma coisa.

 Na adolescência queremos ser independentes. Aqui o padrão é o EU. É quando


assumimos responsabilidades.

 Na maturidade o padrão é a interdependência. O padrão é o NÓS.


 Algums vezes a nossa submissão também fala a respeito de nossa espiritualidade.
Quando espontaneamente decidimos seguir certos tipos de líderes que estão fora do
padrão de Deus, isso delata a realidade do nosso coração.

 Quando as pessoas não aceitam líderes ordenados por Deus, invariavelmente acabam
seguindo líderes libertinos e tolos.

Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o


meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disso? (Jr. 5:31).

 Deus responsabiliza também o povo porque “gostam muito que seja assim...”

 Deus condena não somente os que vendem no templo, mas também os que compram
nele.

 1. Uma igreja ou nação levanta-se ou cai com a sua liderança.

 A liderança que você seguir determinará o que você é e quem você é.

 Assim o nosso cuidado precisa ser grande, pois a nossa liderança sobre outros
determinará como ele serão e quem serão.

 O povo pode sofrer conseqüências de nossos pecados e erros. Veja o exemplo de Davi
(I Cro. 21:1-8). Ele pecou, mas todo o povo sofreu.

 Por causa do pecado do líder o povo sofre, mas por causa da fidelidade do líder o povo
pode ser salvo. Veja o exemplo de Moisés (Ex. 32:30-35)

 2. O crescimento espiritual é limitado pela liderança

 O líder é o limite do povo. Se estamos debaixo de uma liderança pobre em


Deus teremos poucas chances de crescimento. A maioria das pessoas não irá
além do nível do seu líder.

 Para que a igreja possa crescer nós líderes temos de crescer antes. Se a igreja
precisa mudar, nós temos de mudar primeiro.

 Israel foi condenado a vagar no deserto por causa da sua liderança, os doze
espias. Por causa daqueles dez homens incrédulos todo o povo (cerca de 3
milhões) foi contaminado e condenado a vagar no deserto.

Como distinguir líderes consagrados

 1. Líderes consagrados buscam responsabilidade; líderes corrompidos buscam


autoridade (Fp. 2:19-20, I Pe. 5:2-3, III Jo. 9 e 12)

– Timóteo era um líder que buscava os interesses do rebanho e não os seus


próprios. Assim seu encargo era pela responsabilidade. Enquanto isso outros
procuravam apenas a posição e o título.
 Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de
que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação. Porque a
ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses;
pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus. Fp. 2:19-20

 Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre
eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele
pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas,
nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa
da igreja. II Jo. 9-10

 Normalmente aqueles que buscam a autoridade e a posição tratam o rebanho com


dureza e buscam dominar as pessoas.

 Diótrefes é mencionando por João como um exemplo de líder ruim:

– É político.

– Proíbe os irmãos de terem comunhão com outros irmãos.

 Há pastores que dizem: “se você tiver comunhão com o fulano, isso vai significar que
você é desleal a mim”. Manipulam e controlam as pessoas. Tais pastores possuem o
espírito de Diótrefes.

 João não estimula os irmãos a seguirem um líder mal (Veja o verso 11). Ele recomenda
que sigam a Demétrio.

 2. Líderes consagrados alimentam o rebanho; líderes corrompidos tosquiam (Jr. 3:15,


Ez. 34:1-10, Mq. 3:10-11; Jo. 10:12-13)

– Se você for um pastor segundo o coração de Deus, você se preocupará antes


de mais nada em alimentar o rebanho do Senhor.

– O rebanho não existe para nos servir. Não devemos usá-los para satisfazer
nossos propósitos e nossas necessidades.

 Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e
com inteligência. Jr. 3:15

 E edificais a Sião com sangue e a Jerusalém, com perversidade. Os seus cabeças dão as
sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas
adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao SENHOR, dizendo: Não está o SENHOR
no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá. Mq. 3:10-11

 O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo,
abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge,
porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. Jo. 10:12-13

 Quando o nosso interesse principal é o dinheiro somos rejeitados por Deus como
pastores.
 É um grande privilégio poder renunciar a algo vantajoso para servir a Deus. É triste que
muitos olhem antes o salário que terá como pastor e depois o chamado de Deus.

 3. Líderes consagrados reúnem o rebanho; líderes corrompidos dispersam (Is. 40:10-


11, Jr. 23:1-2)

– Um pastor dócil e manso sempre reunirá o rebanho. Estimulará os dons de


cada um e não esmagará a cana quebrada.

– O falso pastor abusa de sua autoridade e dispersa o rebanho, criando


confusões e divisões.

 Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os


cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente. Is 40:10.

 Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! —diz o SENHOR.
Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o
meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não
cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o SENHOR.
Jr. 23:1-2

 4. Líderes consagrados reconhecem as ovelhas como sendo de Deus; líderes


corrompidos reivindicam as ovelhas para si (Sl. 100:3; Ez. 34:23,30-31)

– Cada pastor precisa sempre se lembrar que as ovelhas pertencem a Deus.


Somos trabalhadores de Deus. O rebanho é dele.

– Pastores mercenários normalmente reinvindicam ovelhas para si,


principalmente as que são ricas e bem posicionadas.

 Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e
rebanho do seu pastoreio. Sl. 100:3

 Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois, mas eu sou o vosso
Deus, diz o SENHOR Deus. Ez. 34:31

Os problemas com a autoridade

 Cada membro precisa ser submisso, mas também cada líder precisa a aprender como
exercer autoridade.

 Existem vários problemas causados pelo extremismo e pela frouxidão em exercê-la1.


Quando exercemos a autoridade que pertence somente a Deus - Ditadura

– Os maiores problemas surgem quando o líder se julga inquestionável. Toda


sugestão ou crítica será vista como rebeldia. Precisamos tolerar discordâncias
e perceber nossos limites.

– A voz do líder não pode estar acima da voz de Deus.


 Discípulos imaturos transferem para o seu discipulador a responsabilidade de ouvir de
Deus a respeito da sua vida. Isto pode parecer submissão, mas demonstra uma doença
espiritual onde fugimos de assumir responsabilidade por nossas escolhas.

 Sinais de um líder ditador

– Luta por posição

– Cobiça e ostentação

– Incentiva a competição

– Centralizador e egocêntrico

– Ambição descontrolada e desrespeito

– Afronta e ameaça – Ef. 6:9

– Amaldiçoar ao invés de demonstrar gratidão.

 2. Quando a autoridade delegada está em conflito com a Bíblia

– Um exemplo dessa situação está em Atos 23:1-5.

– Fitando Paulo os olhos no Sinédrio, disse: Varões, irmãos, tenho andado diante
de Deus com toda a boa consciência até ao dia de hoje. Mas o sumo
sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam perto dele que lhe batessem na
boca. Então, lhe disse Paulo: Deus há de ferir-te, parede branqueada! Tu estás
aí sentado para julgar-me segundo a lei e, contra a lei, mandas agredir-me? Os
que estavam a seu lado disseram: Estás injuriando o sumo sacerdote de Deus?
Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote; porque está
escrito: Não falarás mal de uma autoridade do teu povo. At. 23:1-5

 Paulo agiu corretamente, mas cometeu um erro: tratou o sumo-sacerdote com um


termo pejorativo. Quanto a resistir tudo aquilo que é contrário à Palavra de Deus,
Paulo estava certo. Podemos resistir qualquer autoridade que vá contra a Palavra de
Deus.

 Mas não podemos usar de termos depreciatiavos contra autoridades constituídas,


principalmente dentro da igreja.

 3. Quando os costumes e a tradição estão acima da Bíblia

– Jesus nos dá um exemplo em Mt. 15:1-3

– Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns fariseus e escribas e perguntaram:


Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam
as mãos, quando comem. Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós
também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? Mt. 15:1-3
 Os costumes e as tradições possuem valor somente se estiverem subordinados à
Palavra de Deus. Se forem anti-bíblicos, não importa quantos séculos tenham, devem
ser eliminados.

 4. Quando o líder usa de manipulação e controle.

 O líder não pode anular a capacidade do discípulo de tomar decisões. A manipulação


acontece de várias formas sutis:

– Misticismo – Cl. 2:18

– Preconceito e julgamento – Cl. 2:16-17

– Falsa profecia – Jr. 5:30

– Dívida de gratidão

– Sedução emocional e financeira

– Perspicácia

 5. Quando o líder usa de autoritarismo

– Na ditadura o líder se coloca como autoridade inquestionável, algumas vezes


com argumentos místicos. O autoritário, porém, exerce a liderança pela força
e pelo temperamento opressivo. A base da sua liderança é o medo.

 Tais líderes aglutinam pessoas inseguras e dependentes e afasta as pessoas livres.


Como resultado a igreja se torna fraca e reprimida. O próprio Deus nos ensina a
arrazoar, como lemos em Isaías 1:18.

 Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR…

 6. Quando a autoridade é exclusivista

– Alguns lideram pela intimidação do temperamento, outro pela intimidação da


capacidade, dom ou inteligência superior.

– Tais líderes proíbem seus líderes de aprenderem com outros e alguns chegam
ao ponto de proibirem até a leitura de outros livros.

 7. Quando a autoridade é perfeccionista

– A base dessa liderança é a cobrança obsessiva com detalhes insignificantes.


Nessa situação os liderados são afligidos por um constante sentimento de
inadequação e incapacidade.

 4. Quando tememos exercer a autoridade: temor e paternalismo

– Algumas vezes tememos exercer a autoridade porque pensamos que não


estamos em condições espirituais. Noé não caiu nesse engano. Mesmo depois
de haver falhado ele exerceu disciplina sobre seu filho Cão que falhou na
submissão.

– Outros não exercem a autoridade por causa do sentimento de paternalismo.


Todo paternalismo constitui-se em superproteção e possessividade.

Como exortar a autoridade

 Criou-se no meio evangélico a idéia de que perguntar, dar sugestões ou mesmo fazer
uma reclamação justa seja automaticamente rebeldia. Isto tem produzido igrejas
passivas onde o potencial e a criatividade dos membros é tolhida e,
conseqüentemente, a obra perde em agilidade e alcance.

 Como já estudamos a submissão não significa uma anulação completa da vontade e do


bom senso. Podemos e devemos contribuir com nossos líderes para que a obra cresça
e prospere. Algumas vezes então, teremos de fazer sugestões, críticas e até santas
confrontações. Mas precisamos ter os seguintes cuidados:

 a. Precisamos ser cuidadosos para não usar palavras injuriosas

 O grande problema da rebeldia são as palavras injuriosas. Desconsideramos a


autoridade quando agimos desrespeitosamente e dai ofendemos a Deus.

 Mas, se não temos palavras erradas e rebeldia, a crítica ou a sugestão pode ser dada
sem incorrer em pecado.

 O maior exemplo disso foi a forma como os Apóstolos trataram a questão das viúvas
helenistas que estavam sendo esquecidas na distribuição da sexta. (At. 6:1-4).

 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos
helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na
distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e
disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às
mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do
Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos
consagraremos à oração e ao ministério da palavra. At. 6:1-4

 Outro exemplo é Marta. Por várias vezes ela reclamou a Jesus, mas em nenhuma o
Senhor a repreendeu. Ela reclamou porque o Senhor não veio mais cedo para curar a
Lázaro e também reclamou que ela trabalhava e Maria ficava aos pés do Senhor. (Jo.
11:20-24, Lc:10:38-40).

 B. Cuidado com atitudes do tipo: os outros estão dizendo, estão todos falando, etc.

 C. Cuidado com a atitude: alguém me disse, mas não posso dizer quem...

 D. Não reclame por reclamar, dê sugestões válidas e de bom senso.

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