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A arte na Pré-história

A pré-história é um dos períodos mais fascinantes da história humana. Devido á sua


longa duração, os historiadores a dividem em períodos. Se tornarmos como base o
desenvolvimento técnico, podemos considerar os seguintes períodos: ​Paleolítico (ou "Idade
da Pedra Lascada", do surgimento do ser humano até cerca de 12 mil anos atrás),
Neolítico (ou Idade da Pedra Polida', de 12 até 6 mil anos atrás) e Idade dos Metais (6 mil
anos atrás até o desenvolvimento da escrita). Como, porém, ela é anterior ao surgimento da
escrita, não temos nenhum documento ou relato escrito desse período: tudo o que sabemos
sobre nossos ancestrais pré-históricos é resultado de pesquisas de antropólogos e
historiadores.
Eles reconstituíram a cultura humana pré-histórica com base nos objetos
encontrados em várias regiões do mundo e nas pinturas e gravações do interior de muitas
cavernas na Europa. no norte da África, na Ásia e no continente americano.

A arte no paleolítico: o naturalismo

Estudaremos a história da arte do ponto de vista cronológico, começaremos pelo


Paleolítico. Esse período foi também chamado de "Idade da Pedra Lascada" porque as
armas e os Instrumentos de pedra produzidos pelos grupos humanos eram "lascados" para
adquirir bordas cortantes.
São do Paleolítico as primeiras manifestações artísticas das quais se tem registro,
como as pinturas encontradas nas cavernas de Chauvet e Lascaux, na França, e de
Altamira, na Espanha.
As primeiras expressões da arte eram muito simples. Consistiam em traços feitos
nas paredes das cavernas, ou nas mãos em negativo. Somente muito tempo depois de
dominar a técnica das mãos em negativo é que ser humano da pré-história começou a
desenhar e pintar animais.
Para fazer pinturas como essa, primeiramente o artista do paleolítico obtinha um pó
da trituração de rochas. Depois, por um canudo, soprava esse pó sobre a mão encostada
na parede da caverna: a área em volta da mão ficava colorida; a parte coberta, não. Assim,
ele obtinha uma silhueta da mão, como no negativo de uma fotografia.
A principal característica dos desenhos e pinturas do período é o Naturalismo: o
artista do paleolítico representava os seres do modo como os via de determinada
perspectiva, isto é, reproduzia a natureza tal qual sua visão captava.
Ao olharmos para essas pinturas. chamadas rupestres, é inevitável nos
perguntarmos sobre as razões que levaram o ser humano pré-histórico a fazê-las, muitas
vezes, em lugares de difícil acesso.
Uma das explicações mais frequentes é que seriam obras de caçadores, como parte
de rituais de magia. Talvez o pintor-caçador acreditasse que, "aprisionado a imagem do
animal, teria poder sobre ele. Assim, se o representasse mortalmente ferido no desenho,
conseguiria abatê-lo na vida real. É claro que essa é apenas uma hipótese, pois não há
como comprová-la.
Outro aspecto que chama atenção nas pinturas rupestres é a capacidade do artista
de interpretar a natureza. Assim, ele utilizava imagens carregadas de traços fortes que
expressam a ideia de vigor para representar os animais que temia, ou os grandes animais
que caçavam, como o Bisão.
Em pinturas como essa, o ser humano das cavernas utilizavam óxidos minerais,
ossos carbonizados, carvão, vegetais e sangue de animais. Os elementos sólidos eram
esmagados e dissolvidos na gordura dos animais caçados. Como pincel, ele utilizava
inicialmente o dedo, mas há indicias também do emprego de pincéis feitos com penas e
pêlos.
O artista do Paleolítico fez também esculturas. Nelas, nota-se o predomínio das
figuras femininas e a ausência de figuras masculinas. Entre esses trabalhos, destaca-se a
Vênus de Willendorf. Essa pequena escultura de pedra foi encontrada pelo arqueólogo
Josef Szombathy, em 1908, perto de Willendorf, na Áustria, e data de aproximadamente 24
mil anos atrás. Observe alguns de seus aspectos: cabeça sem diferenciação evidente em
relação ao pescoço, os seios volumosos, o ventre saliente, as grandes nádegas.

A arte no neolítico: começa um novo estilo

O período Neolítico foi também chamado de "Idade da Pedra Polida" porque nele se
desenvolveu a técnica de produzir armas e instrumentos com pedras polidas por atrito, que
as tornava mais afiadas.
Ainda nesse período, deu-se a chamada Revolução Neolítica: o início da agricultura
e da domesticação de animais, que permitiu ao homem a substituição da vida nômade,
errante, por uma vida mais estável. Esse fato transformou profundamente a história
humana, pois, com a fixação dos grupos humanos, houve um rápido aumento populacional
e o desenvolvimento dos primeiros núcleos familiares, além da divisão do trabalho nas
comunidades.
A partir daí, o ser humano criou técnicas como a da tecelagem e a da cerâmica e
construiu as primeiras moradias. Como ele também já havia conseguido produzir fogo pelo
atrito, pôde, com o tempo, derreter e trabalhar metais. Certamente, a arte do Neolítico
refletiu todas essas conquistas técnicas. O poder de observação e os aguçados sentidos do
caçador-coletor do Paleolítico deram lugar à atividade mental e reflexiva do camponês do
Neolítico. Como consequência, o estilo naturalista foi substituído por um estilo mais simples
e geométrico, com sinais e figuras que mais surgem do que reproduzem os seres. Eis, aí, a
primeira grande transformação na história da arte.
As pinturas do Neolítico que, em vez de uma representação que busca imitar a
natureza, temos figuras com poucos traços e poucas cores. As formas são apenas
sugeridas
Não foram, porém, apenas as características das formas; que sofreram mudanças.
Os temas também ,o ser humano passou a ser representado em suas atividades cotidianas
e coletivas.
Daí surgiu um novo desafio o artista: sugerir movimento por meio da imagem fixa.
Pinturas com cenas de danças coletivas, talvez ligadas ao trabalho de plantio e colheita,
evidenciam que o artista do Neolítico venceu esse desafio de modo eficiente. Note como há,
na cena retirada, uma evidente intenção de transmitir a ideia de movimento pela posição
dos braços e das pernas.
Essa preocupação com o movimento levou à criação de figuras cada vez mais leves,
ágeis, pequenas, com poucas cores. Com o tempo, tais figuras reduziram-se a traços e
linhas muito simples, capazes de transmitir sentido a quem as via. Delas surgiria depois a
primeira forma de escrita: a escrita pictográfica, na qual os seres e as ideias são
representados por desenhos.

A arte da idade dos metais: um novo material dá


forma à beleza
Na Idade dos Metais, o ser humano já havia dominado a produção do fogo. Graças a
isso, o artista pôde começar a trabalhar metal servindo-se, possivelmente, da técnica com
forma de barro ou da técnica da cera perdida, e produzir peças muito bem feitas.
Esculturas de metal foram encontradas, sobretudo na Escandinávia e na Sardenha.
Com representações de guerreiros e mulheres, são ricas em detalhes e servem de
documento dos costumes do período.

Arte no Egito
Desenvolvida às margens do Rio Nilo, na África, a civilização egípcia foi uma das
mais importantes da Antiguidade. De organização social bastante complexa e riquíssima em
realizações culturais, produziu também uma escrita bem estruturada, graças a qual,
podemos hoje, conhecer muitos detalhes dessa civilização. A expressão artística egípcia
refletiu com profundidade cada momento histórico dessa civilização. Nos três períodos em
que se costumava dividir a história. - o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império -,
o Egito conheceu um significativo desenvolvimento, em que a arte teve papel de destaque.
Entre todos os aspectos de sua cultura, porém, talvez a religião seja o mais
relevante. Tudo no Egito era orientado por ela. Para os egípcios, eram as práticas rituais
que asseguravam a felicidade nesta vida e a existência depois da morte.
A religião, portanto, permeava toda a vida egípcia, interpretando o Universo,
justificando a organização social e política, determinando o papel dessas classes sociais e,
consequentemente, orientando toda a produção artística.
Uma arte dedicada à vida depois da morte
A arte desenvolvida pela cultura egípcia refletiu suas crenças fundamentais.
Segundo essas crenças, a vida humana podia sofrer interferência dos deuses. Além disso,
a vida após a morte era considerada mais importante que a existência terrena. Assim,
desde o seu início a arte egípcia concretizou-se nos túmulos e nos objetos, como estatuetas
e vasos deixados junto aos mortos. Também a arquitetura egípcia realizou-se nas tumbas e
nas construções mortuárias.
As tumbas dos primeiros faraós eram réplicas da casa que moraram. Já as pessoas
sem posição social de destaque eram sepultadas em construções retangulares muito
simples, as mastabas, que deram origem às grandes pirâmides, que viriam a ser
construídas mais tarde.
A palavra mastaba provém do termo árabe maahba, que significa banco, pois, à
distância, esse tipo de túmulo lembra um banco de pedra. As mastabas podiam ser
construídas com pedra calcária ou tijolo de barro. A câmara mortuária, em geral,
localizava-se bem abaixo da base, ligando-se a ela por uma passagem em forma de poço.

A imponência do poder político e religioso


O faraó Djoser, que deu início ao Antigo Império, exerceu o poder autoritariamente e
transformou o Baixo Egito, com a capital Mênfis, no centro mais importante do reino.
Desse período restaram importantes monumentos artísticos, erguidos para ostentar
a grandiosidade e a imponencia do poder político e religioso do faraó. A pirâmide de Djoser,
por exemplo, foi construída pelo arquiteto Imotep, na região de Sacará. Essa talvez seja a
primeira construção egípcia de grandes proporções.

As obras arquitetônicas mais famosas, porém, são as pirâmides do deserto de Gizé,


construídas por ordem de três importantes faraós do Antigo Império: Quéops, Quéfren e
Miquerinos.
A maior dessas três pirâmides é a de Quéops: tem 146 metros de altura e ocupa
uma área de 54 300 metros quadrados. Esse monumento revela o domínio técnico da
arquitetura egípcia: não foi utilizada nenhuma espécie de argamassa entre os blocos de
pedra que formam suas imensas paredes.
No Egito Antigo eram também construídas esfinges, figuras fantásticas, por exemplo,
com corpo de leão e cabeça humana, cuja finalidade era guardar os túmulos. Junto às
pirâmides de Quéops, de Quéfren e de Miquerinos encontra-se a mais conhecida delas, a
esfinge do faraó Quéfren. É outra obra gigantesca: tem 20 metros de altura e 74 metros de
comprimento. Sua cabeça representa o faraó Quéfren, mais a ação erosiva do vento e das
areias do deserto deu-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.

Uma arte de convenções


Como já foi dito, a arte egípcia estava intimamente ligada à religião, servindo de
veículo para a difusão dos preceitos e das crenças religiosas. Por isso, obedecia a uma
série de padrões e regras, o que limitava a criatividade e a imaginação pessoal do artista.
Assim, o artista egípcio criou uma arte anónima, pois a obra deveria revelar perfeito domínio
das técnicas de execução, e não o estilo de quem a executava.
Entre as regras seguidas na pintura e nos baixos-relevos, destaca-se a lei da
frontalidade, uma verdadeira marca da arte egípcia. De acordo com ela, a arte não deveria
apresentar uma reprodução naturalista, que sugerisse ilusão de realidade: pelo contrário,
diante de uma figura humana retratada frontalmente, o observador deveria reconhecer
claramente tratar-se de uma representação.

A arte Egeia
O desenvolvimento da Grécia como a conhecemos hoje ocorreu de forma gradual.
Iniciou-se no século X a. C. com pequenas comunidades que habitavam a porção
continental e as pequenas ilhas do Mar Egeu, tinham costumes parecidos e falavam o
mesmo dialeto.
Eram comunidades pobres que paulatinamente foram enriquecendo com o comércio e se
transformaram em Cidades-Estado. Com as trocas comerciais ocorreram, também, trocas
culturais, principalmente, com o Oriente próximo e com o Egito.
Admiradores da arte egípcia, o gregos passaram a copiá-la. Inicialmente basearam-se em
modelos egípcios para fazerem suas obras e posteriormente desenvolveram um estilo
próprio de arte.
As manifestações artísticas no mundo grego alcançaram notável desenvolvimento,
refletindo as tradições e as principais transformações que ocorreram nessa sociedade ao
longo da antiguidade.
A arte grega é antropocêntrica, preocupada com o realismo, procurou exaltar a beleza
humana, destacando a perfeição de suas formas, é ainda racionalista, refletindo em suas
manifestações as observações concretas dos elementos que envolvem o homem.

A arte Pré-Helênica
Muito do que sabemos sobre a arte cretense é fruto das pesquisas arqueológicas.
Descoberta por Sir Athur Evans (1851-1941) em 1900, as ruínas do Palácio Cnossos
apresenta e influencia das civilizações do Oriente Próximo como a monumentalidade do
próprio palácio.
Foram encontradas afrescos que representam figuras humanas com o olho e o corpo de
frente e olho e pernas de perfil, típico da lei da frontalidade dos egípcios.
A arte na Grécia
A história da civilização ocidental começou na Grécia Antiga. Além do território que
hoje conhecemos como Grécia, os gregos se espalharam pelas ilhas do mar Egeu e pela
Ásia Menor fundando colônias no sul da Itália, chamada de Magna Grécia.
O conhecimento sobre esta civilização é fruto da observação de sua arte. A
descoberta dos povos que habitavam esta olha deu-se por volta de 1870, por Heinrich
Schileman descobriu vestígios da cidade de Tróia. Porém, somente no século XX que Sir
Arthur Evans localizou as ruínas do palácio de Cnossos, na ilha de Greta.
Com as descobertas arqueológicas de Greta, tornou-se claro que a cultura Egeia
teve origem nessa ilha.A cultura egéia foi influenciada pela ilha de Creta.

Homens e deuses na arte grega


Para compreendermos melhoras manifestações artísticas dos gregos, é necessário
retomar a importância da religião e , de sua manifestação na vida humana. A mitologia
significa o estudo dos mitos, ou seja, o estudo da história dos deuses. Isso quer dizer que,
para os gregos, cada deus nasceu em um certo momento e desenvolveu sua vida com
características próprias. Mas, os gregos deram representavam os deuses com a forma
humana e principalmente acreditavam que possuíam virtudes e defeitos.

Conheça os principais deuses gregos

● Zeus​: deus de todos os deuses, senhor do Céu:


● Afrodite​: deusa do amor, sexo e beleza;
● Poseidon​: deus dos mares;
● Hades​: deus das almas dos mortos, dos cemitérios e
do subterrâneo;
● Hera​: deusa dos casamentos e da maternidade;
● Apolo​: deus da luz e das obras de artes;
● Artemis​: deusa da caça;
● Ares​: divindade da guerra;
● Atena​: deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas.

A escultura grega

Ao observarmos a escultura podemos perceber a evolução da cultura grega. No


início, a estatuária grega imitou nitidamente a egípcia, mas pelo fato de não submeter-se
diretamente a religião, o escultor grego pode trabalhar com mais liberdade em suas
composições.
Normalmente a escultura grega é dividida em três fases: arcaica, clássica e
helenística.
Fase arcaica

Primeira fase da escultura grega, recebeu influência da estatuária egípcia. As


personagens são representadas em postura rígidas, em tamanho natural. Aparecem
escultura masculinas nuas (kouros, em grego) e femininas (korai, em grego) sempre de
frente para o observador.

Fase Clássica

No século V a.C. os escultores passaram a utilizar o bronze em suas obras. Como é


um material resistente, facilitava a modelagem de formas curvas e permitiu mais
mobilidades na representação do movimento das personagens.
As esculturas do período helenístico expressam uma preocupação naturalista. Tanto
os seres humanos como os deuses eram esculpidos em posições diferentes a aparecem
em pleno movimento, as roupas das mulheres parecem flutuar ou são representadas
seminuas.
As estátuas desse período revelam o ideal de beleza dos gregos com corpos
atléticos, expressões faciais tranquilas e movimento delicados e suaves.

Fase Helenística

As esculturas desse período são bem diferentes dos anteriores. A principal


característica é a de expressar ideias, sentimentos e emoções na forma humana. Surgem
grupos escultóricos com mais de uma personagem, aparecem imagens de mulheres
completamente nuas e essas obras podem ser vistas de qualquer ângulo.

A arquitetura grega
Na arquitetura, destacam-se as obras monumentais como os templos. Estes
deveriam ser imponentes e serviam para, escultura dos deuses e deusas do sol e da chuva.
Eram construídos de pedras e apresentam frontão triangular simétrico e colunas típicas.

Capitéis gregos

Outro elemento característico da arquitetura grega é o emprego dos capitéis da


ordem dórica, jônica e coríntia.
Da pintura grega antiga, aquelas feitas em cerâmica sobreviveram até os dias atuais.
As ânforas, crateras e vasos apresentavam formas distintas com personagens de cenas
mitológicas e outras em atividades diárias. Essas pinturas se dividiram em dois estilos:
figuras negras​ e ​figuras vermelhas​.
No primeiro estilo, o artista pintava parte da cerâmica em negro e fazia a silhueta
das personagens com um estilete, posteriormente, fazia os detalhes retirando a tinta preta.
O maior representante deste estilo foi Exéquias.
Em torno de 530 a. C., Eutímedes, que era discípulo de Exéquias, introduziu uma
inovação no esquema de cores das pinturas em cerâmica. Ele inverteu o esquema de
cores; deixou as figuras na cor natural do barro cozido e pintou somente o fundo de preto,
isso deu início ao estilo figuras vermelhas.

A arte em Roma

Considera-se que Roma foi fundada em 753 a. C por povos que ocupavam
diferentes regiões da península itálica entre os séculos XII e VI a. C. A formação cultural do
povo romano sofreu forte influência de gregos, etruscos e latinos. Dos etruscos, herdaram a
praticidade da vida, dos gregos, o ideal de beleza e dos latinos, a língua.

A escultura
A escultura romana é interessante pois revela a influência de etruscos e gregos. O
escultor romano produziu retratos muito próximo das pessoas representadas. A influência
grega deu-se pela expressão de um ideal de beleza do ser humano.
Assim, a principal preocupação era representar figuras de fácil identificação. Essa
arte também manifestou-se nas paredes das construções como nos relevos decorativos.
A Coluna de Trajano (nas imagens acima) é um monumento em Roma construído
sob a ordem do próprio imperador, pelo arquiteto Apolodoro de Damasco.

A arquitetura

Os romanos foram grandes construtores e edificaram obras imponentes, sua maior


contribuição para arquitetura foi o arco e a abóbada1. Antes de sua invenção, o espaços
entre as colunas era limitados por arquitraves, porém, quanto maior o espaço entre elas,
maior a tensão que exerce sobre a parede ou colunas. Além disso, a pedra não suporta
grandes tensões e por isso os templos gregos eram repletos de colunas e tinham espaço
interno reduzido.
Com o advento do arco e da abóbada, o peso era distribuído de forma homogênea
no espaço. Isso possibilitou a criação de amplos espaços internos, livres das colunas.O
Panteão é o melhor exemplo dessa diferença da arquitetura romana em relação à grega.

1
​Coberturas internamente côncavas, em geral construídas com pedras ou tijolos apoiados
uns sobre os outros de modo a suportarem o próprio peso e os pesos externos.
A concepção arquitetônica do teatro

O surgimento do arco e da abóbada possibilitou a construção de amplos edifícios,


sobretudo os anfiteatros, para abrigar muitas pessoas. Essas construções foram
importantes para os romanos pois eram usados para lutas de gladiadores, corridas de bigas
e quadrigas que eram espetáculos muito populares na época e assim poderiam serem
vistos de qualquer ângulo.
Os anfiteatros possuíam espaço central em forma de elipse, onde aconteciam o
espetáculo. Em volta dele, ficava o auditório, composto por um grande número de fileiras de
assentos, que formavam uma arquibancada. Essa maneira de construir influenciaria mais
tarde o formato dos estádios de futebol.

O aqueduto: uma importante obra pública

Os romanos construíram cidades bem estruturadas. Como possuíam diversas


colónias portadas parte, construíram casas, termas, templos, aquedutos e prédios
governamentais além de um sistema de estradas.

A pintura

A maior parte das pinturas da época romana que conhecem advém das cidades de
Herculano e Pompéia. Estas cidades foram soterradas em 79 da nossa era pela erupção do
Vesúvio. Com as pesquisas arqueológicas descobriu-se enormes painéis de decoração nas
paredes internas dos edifícios.
Para fazer estas pinturas, o artistas utilizava a técnica do afresco. Inicialmente,
decoravam-se as paredes com uma camada de gesso pintado para dar a impressão de
placas de mármore. Posteriormente, pintavam grandes painéis com a ilusão de janelas
abertas por onde se viam paisagens externas com pessoas e animais. No último estilo, o
pintor representava uma cena do teatro grego com um fundo vermelho.
Os artistas romanos dedicaram-se, também, à arte do mosaico. Esta técnica
consiste em formar imagens a partir de pequenos pedaços chamados de tesselas. Esse tipo
de arte é bastante durável e foi usada para decorar paredes e pisos internos em diversos
prédios na cidade de Pompeia.
Embora tenham sido influenciados pelos gregos e etruscos os romanos
desenvolveram grandes obras e técnicas de construção. Essas obras ocupavam grandes
espaços nas cidades e complementavam ricamente a arquitetura.

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