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historia

Os paulistas Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera, João Leite e Domingos Rodrigues


do Prado, em troca da isenção de impostos pela passagem dos rios da região, por três
gerações, e outras vantagens, saem de São Paulo em 1722 para descobrir as abundantes
lavras de Goiás em 1725. Com o objetivo de novas descobertas, Bartolomeu Bueno retorna
ao território goiano em 1726 onde é levantada a primeira povoação goiana, o Arraial da
Barra, na confluência dos rios Vermelho e Bugre. Achadas depois as minas de Vila Boa, em
meados de 1727, para aí se passarem quase todos os habitantes da Barra e levantaram o
arraial de N. S. de Sant´Ana e a respectiva capela no local em que hoje se ergue a futura
matriz.

As descobertas auríferas se sucedem, próximas à Barra: além de Santana, origem de Vila


Boa (1727). São João Batista (Ferreiro). Ouro Fino, Anta, Santa Rita e Tesouras. Na região
dos Parque dos Pireneus e junto ao rio das Almas as Minas de Nossa Senhora do Rosário de
Meia Ponte (1727), atual Pirenópolis. As incursões se aprofundam pelo território e a zona
do Tocantins é explorada, vindo à ser descoberta as minas mais produtivas de Goiás:
Maranhão (1730), Água Quente (1732), Traíras (1735) e Cachoeira (1736).

Antes, Domingos Rodrigues do Prado havia descoberto minas quase tão ricas quanto as do
Tocantins, em Crixás (1734). Ao final da década de 1730 se descobre jazidas na região
montanhosa localizada entre o Tocantins e a Bahia : São Luís (Natividade) em 1734, São
Félix (1736), Pontal, Porto Real (1738), Arraias, Cavalcanti (1740) e Pilar. E entre 1740 e
1750, Carmo (1746), Santa Luzia, Conceição, Bonfim, Caldas Novas e Cocai (1749).

Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, com o objetivo de descobrir ouro e pedras preciosas,
os bandeirantes, partindo da vila de São Paulo, iniciaram a ocupação da região Centro-
Oeste, que antes era uma área praticamente esquecida pelos colonizadores.

As cidades de Cuiabá, Rosário do Oeste, Diamantino e Paconé no Mato Grosso e Goiás,


Luziânia, Rio Verde e Jaraguá no estado de Goiás, surgiram com a mineração.

Fortificações militares deram origem a cidade de Corumbá no Mato Grosso do Sul e


Cárceres no estado de Mato Grosso.

Em 1890, o militar Marechal Cândido Rondon, nascido em Mato Grosso, de origem


indígena, comandou a construção de uma linha telegráfica entre Cuiabá e a região do Rio
Araguaia, que posteriormente foi estendida até Goiás.

Em 1914, foi inaugurada a Ferrovia Novoeste, que saindo de Bauru (SP), chega até Corumbá,
no Mato Grosso do Sul.
Goiânia, a capital de Goiás, projetada e construída para abrigar uma população de 50 mil
pessoas, só foi fundada em 1937.

Para estimular o crescimento da Região Centro-Oeste, em 1940, o governo federal criou


duas áreas de colonização: a Colônia Dourados, ao sul de Campo Grande e a Colônia de
Goiás, ao norte de Goiânia.

A inauguração de Brasília, a capital do país, em 1960, pelo presidente Juscelino Kubitschek,


atraiu para a região migrantes de todo o Brasil.

Datos
A Região Centro-Oeste é uma das cinco Regiões que compõem o território brasileiro. É
composta pelos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito
Federal. Sua área é de 1.604.850 Km2, ocupando aproximadamente 18,8% do Brasil,
tendo a segunda maior extensão territorial entre as Regiões brasileiras, sendo menor
apenas que a Região Norte. Seu povoamento é consequência dos fluxos migratórios, isso
ocorreu primeiramente devido ao transporte de gado do Sul e Sudeste para as primeiras
fazendas do Centro-Oeste, além da atuação dos bandeirantes paulistas. Nas últimas
décadas, a Região tem sido bastante atrativa para correntes migratórias, principalmente
da Região Nordeste. Esse processo se intensificou na década de 1950, com a construção
de Brasília. Mas o Centro-Oeste brasileiro tem absorvido fluxos migratórios de todo Brasil,
são pessoas de vários locais do país que migram para a Região em busca de emprego e
melhores condições de vida.

Somados os três Estados e o Distrito Federal, o Centro-Oeste brasileiro é composto por


466 municípios e população estimada em 13.895.375 habitantes. É uma região pouco
povoada, apresenta densidade demográfica de aproximadamente 8 habitantes por Km2. A
maioria da população reside em áreas urbanas 87%, apenas 13% moram na zona rural. O
relevo do Centro-Oeste caracteriza-se por terrenos antigos e aplainados pela erosão, fato
esse que desencadeou os chapadões na Região. O clima é tropical semiúmido, o cerrado é
a vegetação predominante. As principais atividades econômicas são a agricultura e a
pecuária, há também uma forte presença de indústrias. As manifestações culturais de
maior destaque no Centro-Oeste são: Fogaréu na Cidade de Goiás, Cavalhada na cidade de
Pirenópolis, ambos no Estado de Goiás; Cururu, dança folclórica dos Estados do Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul.

O turismo no Centro-Oeste é baseado nas belezas naturais da região. Destaca-se o


Pantanal, Chapada dos Guimarães, Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional das Emas,
Bonito, Pirenópolis, Cidade de Goiás, além do Distrito Federal.
Economia da Região Centro-Oeste
Com a construção de grandes rodovias ligando o Centro-Oeste às demais regiões do país e
com a navegabilidade dos rios, a região passou a fornecer produtos para abastecer as
indústrias, principalmente do sudeste do país e também para exportação.
A Ferronorte, com projeto que pretende interligar Cuiabá à Rede Ferroviária do Estado de
São Paulo e a Hidrovia Tietê-Paraná, permitirá o escoamento da produção da região. Uma
outra etapa dessa ferrovia, está prevista estendê-la até Santarém, no Pará e Porto Velho,
em Rondônia.
Na região Centro-Oeste, a agricultura comercial é praticada em larga escala, onde
destacam-se o milho, arroz, feijão, café, algodão, o trigo e a soja, que é um dos principais
produtos da região.
Na pecuária, destaca-se a criação de gado, de corte e de leite, a criação de equinos e
suínos.
No Distrito Agroindustrial de Anápolis, em Goiás, o maior do estado, por oferecer total
infra estrutura, atraiu vários investimentos para a região. Estão instaladas indústrias
farmacêuticas de pequeno e grande porte, indústria de fertilizantes, madeireiras, indústria
automobilística e de maquinário agrícola, entre outras.
No Maciço do Urucum, nas proximidades de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, destaca-se
a atividade mineradora de ferro e do minério de manganês, uma das maiores do mundo.

região Centro-Oeste é uma das cinco regiões brasileiras estabelecidas


pela divisão territorial promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), sendo composta por Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e Distrito Federal. Apesar de contar com apenas três
estados e o DF, a região é a segunda maior em extensão territorial, atrás
apenas da região Norte. Uma peculiaridade dessa região é que ela não é
banhada pelo mar.
A estimativa da população da região Centro-Oeste, conforme dados
divulgados pelo IBGE em 2013, é de cerca de 14,95 milhões de
habitantes, perfazendo uma densidade demográfica de aproximadamente
9,4 habitantes para cada quilômetro quadrado. De modo geral, essa
região pode ser considerada como um local pouco habitado, pois, a título
de comparação, a cidade de São Paulo possui, sozinha, mais de 11
milhões de pessoas e sua região metropolitana ultrapassa os 19 milhões.
A maior parte da população do Centro-Oeste brasileiro encontra-se
concentrada no estado de Goiás, que possui mais de seis milhões de
habitantes, e também no Distrito Federal, que registra uma população
estimada em 2,7 milhões de pessoas e uma incrível densidade
demográfica de 444 habitantes por quilômetro quadrado. Não por acaso,
as principais cidades são Brasília e Goiânia, a primeira classificada como
metrópole nacional, e a segunda, como metrópole regional.
Essa concentração também se reflete na economia. O Distrito Federal,
por exemplo, possui o maior PIB per capita do país, ocupando a oitava
posição em números absolutos, com R$149 bilhões, seguido por Goiás,
em nono, com R$97 bilhões. Mato Grosso, por sua vez, é o décimo
quinto no ranking nacional, com um Produto Interno Bruto de R$59
bilhões, enquanto o Mato Grosso do Sul é o décimo sétimo, com R$43
bilhões. Ao todo, a região Centro-Oeste contribui com 9,5% do PIB
nacional.
Em termos climáticos, a região Centro-Oeste apresenta um clima tropical
semiúmido com duas estações bem definidas: um verão quente, úmido e
chuvoso e um inverno ameno e seco. A vegetação, por sua vez,
caracteriza-se pelo predomínio do Cerrado, além do Pantanal a oeste e
partes da Amazônia em boa parte do Mato Grosso.
O relevo do Centro-Oeste é antigo e, por isso, bastante marcado pelos
processos erosivos ao longo do tempo geológico, com predomínio dos
planaltos (planalto central e planalto meridional) e das planícies (planície
do Pantanal), não havendo grandes áreas de depressão.
A seguir, você poderá conferir informações mais detalhadas sobre a
Região Centro-Oeste do Brasil, incluindo seções sobre diferentes temas e
seções especificamente destinadas a cada um dos estados. Confira nossos
textos e boa leitura!

Por Rodolfo Alves Pena


Graduado em Geografia

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