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do Prontuário das
Instalações Elétricas.
Montagem e administração.
Eng Glauber Maurin
19/10/2012
- 2° edição -
Este documento traz informações necessárias aos futuros representantes da administração para o
Prontuário das Instalações Elétricas da Empresa. Capacitando-os na organização e administração das
informações a serem disponibilizadas aos funcionários e auditores.
2
APOSTILHA
ORGANIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DO PIE – PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS – NR10
2° edição
Realização:
out/2012.
CONTEÚDO:
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................. 5
OBJETIVO ......................................................................................................................................................................................... 6
CONCEITOS SOBRE A NR10 ................................................................................................................................................... 7
SENSIBILIZAÇÃO DA DIRETORIA ........................................................................................................................................ 9
DEFINIÇÕES .................................................................................................................................................................................. 10
EMENTA ........................................................................................................................................................................................... 13
CUMPRIMENTO REQUISITOS LEGAIS, CONFORME NR10.................................................................................... 13
ADIÇÃO DE COMPONENTES IMPORTANTES ............................................................................................................... 14
SISTEMA DE ARQUIVAMENTO E MANUTENÇÃO DO PIE....................................................................................... 15
DISPONIBILIDADE DOS DOCUMENTOS AOS ENVOLVIDOS ................................................................................ 17
DOCUMENTAÇÕES QUE COMPÕEM O PIE - PRONTUÁRIO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ........... 18
DIAGRAMA UNIFILAR ............................................................................................................................................................... 19
CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES TÉCNICAS E ADMINISTRATIVAS DE
SEGURANÇA E SAÚDE, IMPLANTADAS E RELACIONADAS A ESTA NR E DESCRIÇÃO DAS
MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES......................................................................................................................... 19
DOCUMENTAÇÃO DAS INSPEÇÕES E MEDIÇÕES DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E ATERRAMENTOS ELÉTRICOS ...................................................................... 20
ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL E O
FERRAMENTAL ............................................................................................................................................................................ 23
DESENERGIZAÇÃO ................................................................................................................................................................... 24
EXTRA BAIXA TENSÃO............................................................................................................................................................. 24
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA ................................................................................................................ 25
ESPECIFICAÇÃO DE EPC, EPI E FERRAMENTAL ....................................................................................................... 26
DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA DA QUALIFICAÇÃO, HABILITAÇÃO, CAPACITAÇÃO,
AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES E DOS TREINAMENTOS REALIZADOS. ................................... 28
RESULTADOS DOS TESTES DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA REALIZADOS EM EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA ............................................................................................................................. 29
CERTIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS ... 29
RELATÓRIO TÉCNICO DAS INSPEÇÕES ATUALIZADAS COM RECOMENDAÇÕES, CRONOGRAMAS
DE ADEQUAÇÕES ...................................................................................................................................................................... 30
DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA EMERGÊNCIAS ............................................................................... 32
CERTIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E
INDIVIDUAL ................................................................................................................................................................................... 33
VESTIMENTA ................................................................................................................................................................................. 34
RESPONSABILIDADES PELO PIE ....................................................................................................................................... 37
PRAZOS E REVISÕES ............................................................................................................................................................... 38
A REVISÃO DOS ELEMENTOS CONSTANTES DO PIE ............................................................................................. 38
COMO SE COMPORTAR EM UM AUDITORIA ................................................................................................................ 40
RESPONSABILIDADES............................................................................................................................................................. 43
INTRODUÇÃO:
OBJETIVO:
SENSIBILIZAÇÃO DA DIRETORIA:
10.8.8.2 FALTA de treinamento de RECICLAGEM bienal, ou seja, a cada 2 UFIR = de 1.129 a 3.284
anos. de R$2.187,10 a
(I2) R$6.361,76
10.8.8.2.a UFIR = de 1.129 a 3.284
FALTA de treinamento por troca de função ou mudança de empresa de R$2.187,10 a
(I2) R$6.361,76
10.8.8.2.b FALTA de treinamento por retorno de afastamento ao trabalho ou UFIR = de 1.129 a 3.284
inatividade (>3meses) de R$2.187,10 a
(I2) R$6.361,76
DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS:
1
Lei 8.213/91
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas VII - como segurado
especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro, o pescador artesanal e o assemelhado,
que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual
de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 14 (quatorze) anos ou a eles
equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo.
(O garimpeiro está excluído por força da Lei nº 8.398, de 7.1.92, que alterou a redação do inciso VII do art. 12 da
Lei
nº 8.212 de 24.7.91).
§ 1º Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é
indispensável à própria subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização
de empregados.
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de
Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
§ 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer
atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às
contribuições de que trata a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.032, de 28.4.95)
§ 4º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime
Geral de Previdência Social-RGPS de antes da investidura. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97).
ELEMENTOS DO PIE:
O PIE pode ser mantido organizado e arquivado por meio eletrônico e/ou físico,
isto é, impresso e deverá estar à disposição de funcionários e fiscalizações.
Quando a empresa já possui um sistema de Gestão de Documentos, atrelado a
um programa de Gestão da Qualidade é eficaz cultivarmos a organização do PIE junto a
este sistema na empresa, facilitando e muito a sua vida.
Devemos ter em mente que o PIE não deve ser formado apenas para cumprir
exigências legais, eximindo-nos de responsabilidades em possíveis auditorias da DRT
(delegacia regional do trabalho). Carecemos sempre pensar que o PIE deve cumprir, sim, o
papel de melhorar a segurança dos trabalhadores envolvidos e a confiabilidade das
instalações elétricas, contribuindo como valor agregado e não só a custos.
O alvo final é a “CERTIFICAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS”, conforme
a NBR5410 recomenda.
DIAGRAMA UNIFILAR:
DESENERGIZAÇÃO:
A desenergização é um conjunto de ações coordenadas, seqüenciadas e
controladas. Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas
para trabalho, mediante os procedimentos apropriados e obedecida a seqüência a seguir:
Seccionamento – ABRIR - É o ato de promover a descontinuidade elétrica total,
obtida mediante o acionamento de dispositivo apropriado.
Impedimento de reenergização – BLOQUEIO- É o estabelecimento de condições
que impedem a reenergização do circuito ou equipamento desenergizado, assegurando ao
trabalhador o controle do seccionamento.
Constatação da ausência de tensão – MEDIR - É a verificação da efetiva ausência
de tensão nos condutores do circuito elétrico.
Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores
dos circuitos - ATERRAR - Constatada a inexistência de tensão, os condutores deverão
ser ligados à haste terra do conjunto de aterramento temporário e realizado a
equipotencialização das fases.
Proteção dos elementos energizados existentes na zona de controle –
BARREIRAS - Define-se zona de controle como, área em torno da parte condutora
energizada, segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com nível de
tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados, como disposto no
anexo II da Norma Regulamentadora Nº10. Podendo ser feito com anteparos, dupla isolação
invólucros, etc.
Instalação da sinalização de impedimento de reenergização – SINALIZAR-
Destinada à advertência e à identificação da razão de desenergização e informações do
responsável.
Salientamos que para a desenergização o trabalhador poderá estar exposto a riscos.
Como é somente considerado desenergizada a instalação após a execução completa
do processo, durante a etapa de constatação da ausência de tensão, por exemplo, o
trabalhador adentra a zona de controle de uma instalação desligada, mas com a
possibilidade de reenergização, por tanto, as medidas de controle devem ser adotadas
como instalação energizada.
Categoria
de Em Resumo Exemplo
Sobretensão
CAT IV Trifásico na Designa a "origem de instalação", ou seja, o ponto de conexão de baixa tensão
conexão com a com a empresa de energia. Medidores de eletricidade, equipamentos primários de
empresa de proteção contra sobrecorrente. Exterior e entrada de serviço, ramal de ligação do
energia, qualquer poste para o prédio, conexão entre o medidor e o painel.
condutor ao ar Linha aérea de transmissão para um prédio isolado, linha subterrânea para uma
livre. Em Resumo bomba de poço.
CAT III Distribuição Equipamento em instalações físicas, como aparelhos de conexão e motores
trifásica, inclusive a polifásicos. Barramento e alimentador em plantas industriais.
iluminação Alimentadores e circuitos ramificados curtos, dispositivos de painel de
comercial de fase distribuição. Sistemas de iluminação em prédios maiores.
única. Saídas de aparelho com conexões curtas à entrada de serviço.
CAT II Cargas de fase Cargas de aparelhos, ferramentas portáteis e outras cargas de aparelhos
única ligadas a domésticos e similares. Circuitos de saída e circuitos ramificados curtos.
conectores. Tomadas a mais de 10 metros (30 pés) da fonte de CAT III.
Tomadas a mais de 10 metros (60 pés) da fonte de CAT IV.
CAT I Eletrônicos. Equipamentos eletrônicos protegidos. Equipamentos conectados a circuitos (de
fonte) nos quais as medições são feitas, para limitar a um nível baixo as sobre
voltagens transitórias. Qualquer fonte de alta tensão e baixa energia derivada de
um transformador de resistência de alto enrolamento, como a parte de alta
tensão de uma copiadora.
2
10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo
com risco envolvido.
VESTIMENTAS:
Figura 17 - Vestimentas.
TERCEIRIZADAS:
PRAZOS E REVISÕES:
Figura 19 - "Gambiarras".
Figura 20 - Auditorias.
pelo auditor, dentro de um prazo negociado, isto com sorte, porque no caso de uma
fiscalização do DRT nem sempre teremos este prazo amigável e sem lavrar uma multa.
Esta percepção nos deixa mais apreensivo, neste estado emocional é comum às
confusões, as respostas erradas, passar mais informações do que está sendo pedido e o
pior é comum nós tentarmos justificar repassando ao auditor suas dificuldades e expondo a
empresa a maiores consequências.
O mundo ideal é o que em uma auditoria possamos ficar tranquilos, sem
sobressaltos, sem correrias para regularizar ou buscar documentos, etc.
- Mas como conseguir isso?
- Se um sistema de gestão funciona bem, isso é possível, sim!
Podemos tolerar pequenos desvios, mas com o sistema “rodando” bem, uma
auditoria não deve mudar a rotina da empresa ou de seus colaboradores. Assim também
deve ser um bom programa de gestão do PIE – Prontuário das Instalações Elétricas, os
elementos elaborados, revisados, cronograma de adequação em dia, etc.
A confiança em seu trabalho é fundamental. Lembre-se que uma auditoria
normalmente não há aviso prévio, portanto, a rotina de verificação e cobrança das demais
áreas deve ser sua arma.
Responder apenas aquilo que é perguntado.
Exemplo: Se o auditor pergunta: “- Você faz medição da resistência de
aterramento?”.
Você diz: - Sim. Espera pra ver se ele pede para você mostrar os registros, não
precisa sair pegando na pasta antes dele pedir.
Lembre-se: Eles, como você, vivem em função de tempo, isto é, se eles
prolongarem muito num setor, provavelmente em outro ficarão tempo menor. Então fazer o
tempo a seu favor é bom. Só não vale demorar muito para achar ou buscar um papel em
sua mesa ou gaveta. O auditor tem de sentir que você sabe o “caminho” de onde está o
documento.
Este tal “caminho” de onde está o documento você pode controlar por uma
matriz de documentos conforme colocamos nos anexos. Nela consta o nome do documento,
a revisão atual, onde se encontra no meio físico, onde se encontra no meio virtual. Assim
ficará fácil encontrar algum elemento do PIE.
Lembre-se:
AUDITOR – NEM SEMPRE POSSUI UMA ESPECIALIZAÇÃO NA ÁREA DE
ENGENHARIA, ISTO É, VOCÊ CONHECE MAIS SOBRE O ASSUNTO DO QUE ELE.
AUDITOR – ESTA FAZENDO O TRABALHO DELE! NÃO QUER TE PREJUDICAR.
O MELHOR É ENXERGÁ-LO COMO UM PARCEIRO.
CONFIANÇA NO SEU TRABALHO, NENHUM AUDITOR CAUSARÁ MEDO!
O BOM É QUE SÓ VOCÊ SABE O QUE FALTA, ONDE EXISTEM PROBLEMAS, O
AUDITOR NÃO!!
AUDITOR - TEM AGENDA, FAZER O TEMPO A SEU FAVOR! CALMA MAS SEM
“ENROLAÇÃO”.
AUDITOR – DEVE SENTIR QUE VOCÊ DOMINA A GESTÃO DO SISTEMA. SABE O
CAMINHO PARA ENCONTRAR O QUE ELE PEDE.
AUDITOR – NÃO SABE DE SEUS PROBLEMAS, RESPONDER SOMENTE O QUE
ELE PERGUNTA, NÃO FALE DE SUAS DIFICULDADES!
RESPONSABILIDADES:
NEGLIGÊNCIA IMPRUDÊNCIA: O
armazenamento incorreto pode
danificar o isolamento das varas de
manobras utilizadas em alta tensão,
podendo provocar acidentes.
Caracterizada pela precipitação na
execução de um procedimento e pela
falta de cautela, a imprudência.
Responsabilidade manutenção e
guarda do EPI ou EPC cabe ao
funcionário.
Figura 23 - Negligência.