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Fernando Relógio Massingue 1

Relações do Direito Fiscal com Outros Ramos do Direito


Características do Valor das Ordens Internas da Administração, Jurisprudência, Doutrina e
Costume;
Dupla Tributação no Direito Fiscal Moçambicano

ISCED- Maxixe
2019
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Fernando Relógio Massingue

Relações do Direito Fiscal com Outros Ramos do Direito


Características do Valor das Ordens Internas da Administração, Jurisprudência,
Doutrina e Costume;
Dupla Tributação no Direito Fiscal Moçambicano

Trabalho de Fiscalidade a ser apresentando no


Curso de Gestão de Recursos Humanos para
efeitos de avaliação

Tutor: Ngoie Kazimingi Patrick

ISCED- Maxixe
2019
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Índice

1.0.Introdução ................................................................................................................... 4

1.1.Objectivos ................................................................................................................... 4

1.1.1Geral ......................................................................................................................... 4

1.1.2. Específicos .............................................................................................................. 4

2.0. Metodologias ............................................................................................................. 4

3.0. Direito fiscal .............................................................................................................. 5

4.0.Relações do Direito Fiscal com Outros Ramos do Direito ......................................... 5

4.1.Direito fiscal e direito constitucional.......................................................................... 5

3.2. Direito fiscal e direito administrativo ........................................................................ 5

3.3. Direito fiscal e direito processual .............................................................................. 6

3.4. Direito fiscal e direito penal ...................................................................................... 6

3.5. Direito fiscal e direito internacional .......................................................................... 6

5. O valor das Ordens Internas da Administração, Jurisprudência, Doutrina e Costume. 6

5.1 A Lei ........................................................................................................................... 6

5.2. Ordens Internas da Administração ............................................................................ 6

5.3. Jurisprudência ............................................................................................................ 7

5.4. Doutrina ..................................................................................................................... 7

6.0. Dissertação sobre a dupla tributação no direito fiscal Moçambicano. ...................... 8

7.0. Conclusão .................................................................................................................. 9

8.0.Referencias bibliográficas ........................................................................................ 10


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1.0.Introdução
O presente trabalho surge no âmbito do módulo de Fiscalidade que tem como temas
Relações do Direito fiscal com Outros Ramos do Direito, Características do valor das
Ordens Internas da Administração, Jurisprudência, Doutrina e Costume; e dupla
tributação no direito fiscal Moçambicano O direito fiscal como um ramo de direito
autónomo dotado de um objecto próprio e de uma metodologia específica é
relativamente recente. Surgiu no período subsequente à primeira guerra mundial, tendo
sido desencadeado na Alemanha e posteriormente promovido em Itália, Espanha e
Portugal. O trabalho apresenta introdução, metodologias, conceitos fundamentais
fiscalidade, de seguida apresentam-se as Relações do Direito fiscal com Outros Ramos
do Direito, Características do valor das Ordens Internas da Administração,
Jurisprudência, Doutrina e Costume; e dupla tributação no direito fiscal Moçambicano,
conclusão e finalmente pelas referências bibliográficas consultadas para elaboração do
mesmo.

1.1.Objectivos
Qualquer trabalho científico é guiado por objectivos, para este trabalho foram
considerados os seguintes objectivos:

1.1.1Geral
 Conhecer o direito fiscal.

1.1.2. Específicos
 Relacionar o direito fiscal com outros ramos do direito;
 Caracterizar o valor das ordens internas da administração, jurisprudência, dourina e
costume;
 Definir a dupla tributação no direito fiscal moçambicano.

2.0. Metodologias
Para a realização do presente trabalho recorreu-se a consultas bibliográficas que
constam na última página do mesmo.
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3.0. Direito fiscal


O direito fiscal como um ramo de direito autónomo dotado de um objecto próprio e de
uma metodologia específica é relativamente recente. Surgiu no período subsequente à
primeira guerra mundial, tendo sido desencadeado na Alemanha e posteriormente
promovido em Itália, Espanha e Portugal.
O direito fiscal é o ramo do direito público constituído pelo conjunto de normas que
visam regular as relações jurídicas fiscais que se traduzem nas posições jurídicas do
devedor e do credor dos impostos. Em suma, o direito fiscal diz respeito única e
exclusivamente aos impostos.

4.0.Relações do Direito Fiscal com Outros Ramos do Direito


As matérias que são objecto de direito fiscal (obrigação de pagar o imposto, o direito de
exigir o seu pagamento, a determinação do montante devido, a fiscalização do
cumprimento das obrigações fiscais por parte dos contribuintes, bem como as sanções
aplicáveis pelo seu não-cumprimento) também são matérias objecto de outros ramos do
direito

4.1.Direito fiscal e direito constitucional


Segundo Viegas & Cossa (2016) a “constituição é aquele manancial inesgotável do
qual brotam os princípios fundamentais que alicerçam todo o ordenamento jurídico e
que materializam ou devam materializar toda aspiração de um povo. Portanto, o direito
fiscal é subordina-se às regras e princípios de natureza constitucional, os quais
não pode viola-los sob pena de inconstitucionalidade”.

3.2. Direito fiscal e direito administrativo


Para Viegas & Cossa (2016) esses dois ramos de direito mantêm relações estreitas de
coordenação. Os órgãos responsáveis pela colecta e administração dos impostos
pertencem à administração, e justifica-se que sejam também regidos pelo direito
administrativo. Mas além disso, é de extrema importância o facto de alguns institutos
estudados nos cursos de direito fiscal, como por exemplo as normas de organização
dos serviços administrativos e as competências dos funcionários que lançam,
liquidam e cobram impostos, serem disciplinados pelo direito administrativo.
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3.3. Direito fiscal e direito processual


Viegas & Cossa (2016) afirmam que O direito processual como direito instrumental
também mantém relações estreitas com o direito fiscal na medida em que podem
surgir, no âmbito das relações fiscais, quaisquer matérias controvertidas que careçam de
ser dirimidos. Neste caso, recorrer-se-á ao processo fiscal.

3.4. Direito fiscal e direito penal


Segundo Viegas & Cossa (2016) direito fiscal estabelece relações com o direito penal
na medida em que existe um direito fiscal penal, constituído por um conjunto de normas
que prevêem a violação de preceitos tributários e estatuem as respectivas sanções. Mas
também as normas do direito penal são subsidiariamente aplicáveis ao direito fiscal
penal, sobre tudo nos casos em que a infracção fiscal constitui crime fiscal a que
corresponda pena de prisão ou multa convertida em prisão.

3.5. Direito fiscal e direito internacional


Nas convenções internacionais encontramos normas fiscais de fonte internacional
relativas a dupla tributação internacional ou que estabelecem regimes fiscais
específicos em matéria diplomática, religiosa, militar e económica.

Conforme observamos, o direito fiscal tem relação com vários ramos de direito.

5. O valor das Ordens Internas da Administração, Jurisprudência, Doutrina e


Costume.

5.1 A Lei
A lei é um processo de formação do Direito que se traduz numa declaração solene e
directa da norma jurídica, efectuada por uma autoridade competente. É a mais
importante fonte de direito.

5.2. Ordens Internas da Administração


Uma ordem interna é usada para supervisionar partes dos custos e, em determinadas
circunstâncias, as receitas do empreendimento.
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É possível criar uma ordem interna para supervisionar os custos de uma medida restrita
pelo tempo ou os custos (e receitas, se necessário) para a produção de atividades. As
ordens internas também podem ser usadas para a supervisão de custos a longo prazo.

 As ordens de custos indiretos são usadas para a supervisão restrita pelo tempo de
custos indiretos (incorridos quando se executa uma medida) ou para a supervisão a
longo prazo de partes dos custos indiretos.
 As ordens de investimento permitem supervisionar os custos de investimento que
podem ser capitalizados e apropriados em imobilizados.

5.3. Jurisprudência
Define-se como a orientação geral seguida pelos tribunais no julgamento dos diversos
casos que lhe são submetidos; mas também pode ser definida como o conjunto de
decisões dos tribunais sobre os litigios que lhe são submetidos.
Uma questão que importa saber é se esses modos de decidir têm validade para além do
caso que decidem e se criam regras para o futuro. É o que acontece nos EUA e na
Inglaterra em que a jurisprudência é fonte de direito.

Nas situações normais a jurisprudência não é fonte de direito. Contudo, ao longo do


tempo e na medida em que se vai explicitando uma consciência juridica geral, contribui
para a formulação de verdadeiras normas juridicas.
Ao principio de que a jurisprudência não é fonte de direito há que juntar uma importante
excepção. Em certas circunstâncias as decisões do tribunais superiores devem ser
consideradas autênticas fonte de direito1

5.4. Doutrina
A doutrina compreende as opiniões e pareceres dos jurisconsultos sobre a
regulamentação adequada das diversas situações sociais. Consiste em artigos,
monografias, escritos científicos, os quais se debruçam sobre problemas jurídicos, quer
referentes à criação do direito, quer à sua aplicação.

1
https://ied2009.wordpress.com/2009/12/06/lei-costume-jurisprudencia-e-doutrina/
8

Alturas houve em que o labor doutrinário foi elevado à categoria de verdadeira fonte de
direito. Foi o que aconteceu em Roma em que a certos jurisconsultos era dado o poder
de ditar soluções obrigatórias para a resolução de casos concretos.
5.5. Costume
No costume a norma forma-se espontaneamente no meio social. É a própria
comunidade que desempenha o papel que no caso da lei é desempenhado por certas
autoridades competentes para legislar.
A base do costume é a repetição de certas práticas sociais que podemos designar
por uso. Mas não basta um uso para que exista costume. É necessário que essa prática
seja acompanhada de uma consciência da sua obrigatoriedade. A comunidade deve estar
convencida de que aquela prática não é algo de arbitrário, mas antes vinculativa e
essencial à comunidade. Este elemento denomina-se “animus“.
O costume é assim formado por dois elementos: o corpus e o animus. O corpus é a
prática constante; o ânimos é a convicção da obrigatoriedade dessa prática.
O direito consuetudinário é, assim, um direito não deliberadamente produzido, sendo
considerado por alguns autores como a fonte de direito por excelência. Outros autores
entendem que o costume só constituirá verdadeira fonte de direito quando o Estado
reconhecer que as normas jurídicas podem nascer da vontade popular.

6.0. Dissertação sobre a dupla tributação no direito fiscal Moçambicano.


Segundo FERREIRA & Associados (2013) o sistema fiscal moçambicano possui hoje
uma estrutura equiparável aos mais modernos sistemas fiscais, apresentando uma
estrutura tripartida, através da qual se tributa, separadamente, o rendimento, o consumo
e o património. Em qualquer caso, a actual configuração do sistema fiscal moçambicano
é relativamente recente, derivando da reforma de 2002, altura em que foi totalmente
reformulado o sistema então vigente e que apresentava, ainda, uma relevante matriz da
pré-independência

Moçambique celebrou acordos para evitar a dupla tributação (ADT) com os seguintes
países: Portugal, Itália, Ilhas Maurícias, Emirados Árabes Unidos, Região
Administrativa Especial de Macau, África do Sul, Índia, Vietname e Botswana.
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7.0. Conclusão
Apos a realização deste trabalho, conclui-se que o direito fiscal é o ramo do direito
público constituído pelo conjunto de normas que visam regular as relações jurídicas
fiscais que se traduzem nas posições jurídicas do devedor e do credor dos impostos.
Não so, a lei é um processo de formação do Direito que se traduz numa declaração
solene e directa da norma jurídica, efectuada por uma autoridade competente. É a mais
importante fonte de direito. Conclui-se ainda que o sistema fiscal moçambicano possui
hoje uma estrutura equiparável aos mais modernos sistemas fiscais, apresentando uma
estrutura tripartida, através da qual se tributa, separadamente, o rendimento, o consumo
e o património.
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8.0.Referencias bibliográficas
1. Banca e Seguros(2006). Lei, costume, jurisprudência e doutrina. Disponível em:
https://ied2009.wordpress.com/2009/12/06/lei-costume-jurisprudencia-e-doutrina/.
Acesso aos 10 de Junho de 2019 as 12h:55min.

2. Ferreira, R (2013). Um olhar sobre…O sistema fiscal Mocambicano. Portugal-


Lisboa.

3. VIEGAS, F. e COSSA, C. (2016). Manual do curso de licenciatura em Gestão de


recursos humanos: Fiscalidade. ISCED-Beira.

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