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Alimentação
Sobrepeso e obesidade
Atividade física
Álcool
Exposição solar
Exposição ocupacional
Infecções
Tabagismo
Rastreamento
Diagnóstico precoce
O termo risco é usado para definir a chance de uma pessoa sadia, exposta a
determinados fatores, ambientais ou hereditários, adquirir uma doença. Os
fatores associados ao aumento do risco de se desenvolver uma doença são
chamados fatores de risco. Em contrapartida, há fatores que dão ao
organismo a capacidade de se proteger contra determinada doença, daí
serem chamados fatores de proteção.
Alcoolismo
Consumo e Relação com o Câncer
A relação entre álcool e câncer tem sido avaliada, no Brasil, por meio de
estudos de caso-controle, que estabeleceram a associação epidemiológica
entre o consumo de álcool e cânceres da cavidade bucal e de esôfago.
O uso combinado de álcool e tabaco aumenta ainda mais o
risco de câncer nestas e em outras localizações, como a faringe
e a laringe supraglótica. Além de agente causal de cirrose
hepática, em interação com outros fatores de risco, como, por
exemplo, o vírus da hepatite B, o alcoolismo está relacionado a
2 - 4% das mortes por câncer, implicado que está, também, na
gênese dos cânceres de fígado, reto e, possivelmente, mama.
Os estudos epidemiológicos têm demonstrado que o tipo de
bebida (cerveja, vinho, cachaça etc.) é indiferente, pois parece
ser o etanol, propriamente, o agente agressor. Esta substância psicoativa tem
a capacidade de produzir alteração no sistema nervoso central, podendo
modificar o comportamento dos indivíduos que dela fazem uso. Por ter efeito
prazeroso, induz à repetição e, assim, à dependência.
Recorde-se que muitas doenças são causadas pelo uso contínuo do álcool:
doenças neurais, mentais, musculares, hepáticas, gástricas, pancreáticas e
entre elas o câncer. Isto sem falar nos problemas sociais que estão
associados à ingestão de bebidas alcoólicas: acidentes de trânsito, homicídios,
suicídios, faltas ao trabalho e atos de violência.
O conselho para as pessoas que optarem por beber álcool é que limitem o
consumo para menos de dois drinques por dia para homens e menos de um
para mulheres. Mulheres grávidas, crianças e adolescentes não devem ingerir
bebida alcoólica.
Hábitos alimentares
Alimentação de risco
Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de
tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita
para crescer, se multiplicar e se disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou
ingeridos com moderação. Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em
gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite
integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, lingüiças, mortadelas, dentre
outros.
Fibras x gordura
Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com
altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer,
batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco para o
desenvolvimento de câncer de cólon e de reto, possivelmente
porque, sem a ingestão de fibras, o ritmo intestinal desacelera,
favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos
agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. Em
relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura
pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença.
Atenção especial deve ser dada aos grãos e cereais. Se armazenados em locais
inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo
Aspergillus flavus, o qual produz a aflatoxina, substância cancerígena. Essa toxina
está relacionada ao desenvolvimento de câncer de fígado.
Como prevenir-se
Algumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos
ajudar a reduzir os riscos de desenvolvermos câncer. A adoção
de uma alimentação saudável contribui não só para a
prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas,
obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes.
Hoje já está estabelecido que uma alimentação rica nesses alimentos ajuda a
diminuir o risco de câncer de pulmão, cólon, reto, estômago, boca, faringe e
esôfago. Provavelmente, reduzem também o risco de câncer de mama, bexiga,
laringe e pâncreas, e possivelmente o de ovário, endométrio, colo do útero,
tireóide, fígado, próstata e rim.
Vale a pena frisar que a alimentação saudável somente funcionará como fator
protetor, quando adotada constantemente, no decorrer da vida. Neste aspecto
devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro,
como o uso do arroz com feijão.
Hábitos Sexuais
Certas características de comportamento sexual aumentam a chance de
exposição a vírus carcinogênicos sexualmente transmissíveis.
Eis alguns tipos de vírus com potencial carcingênico que podem ser
transmitidos sexualmente:
Radiação Solar
Exposição Excessiva
No Brasil, o câncer mais freqüente é o de pele, correspondendo a cerca de
25% de todos os tumores diagnosticados em todas as regiões geográficas. A
radiação ultra-violeta natural, proveniente do sol, é o seu maior agente
etiológico.
Por sua vez, os raios UV-A independem desta camada, e causam câncer de
pele em quem se expõe a eles em horários de alta incidência, continuamente
e ao longo de muitos anos. As pessoas de pele clara que vivem em locais de
alta incidência de luz solar são as que apresentam maior risco. Como mais de
50% da população brasileira têm pele clara e se expõem ao sol muito e
descuidadamente, seja por trabalho, seja por lazer, e o país situa-se
geograficamente numa zona de alta incidência de raios ultra-violeta, nada
mais previsível e explicável do que a alta ocorrência do câncer de pele entre
nós.
Como se Proteger
As pessoas que se expõem ao sol de forma prolongada e freqüente, por
atividades profissionais e de lazer, constituem o grupo de maior risco de
contrair câncer de pele, principalmente aquelas de pele clara.
Para a prevenção não só do câncer de pele como também das outras lesões
provocadas pelos raios UV é necessário evitar a exposição ao sol sem
proteção. É preciso incentivar o uso de chapéus, guarda-sóis, óculos escuros
e filtros solares durante qualquer atividade ao ar livre e evitar a exposição em
horários em que os raios ultravioleta são mais intensos, ou seja, das 10 às 16
horas.
Grandes altitudes requerem cuidados extras. A cada 300 metros de altitude,
aproximadamente, aumenta em 4% a intensidade da vermelhidão produzida
na pele pela luz ultravioleta. A neve, a areia branca e as superfícies pintadas
de branco são refletoras dos raios solares. Portanto, nessas condições, os
cuidados devem ser redobrados.
Devemos, portanto, entender que o uso do filtro solar não tem como objetivo
permitir o aumento do tempo de exposição ao sol, nem estimular o
bronzeamento. É importante lembrar, também, que o real fator de proteção
varia com a espessura da camada de creme aplicada, a freqüência da
aplicação, a perspiração e a exposição à água.
É recomendado que durante a exposição ao sol sejam usados filtros com FPS
de 15 ou mais.Também devem ser tomadas precauções na hora de se
escolher um filtro solar, no sentido de se procurarem os que protegem
também contra os raios UV-A. Os filtros solares devem ser aplicados antes da
exposição ao sol e reaplicados após nadar, suar e se secar com toalhas.
Veja também:
Auto-exame da pele
Câncer de pele - melanoma
Câncer de pela - não melanoma
Outras radiações
Estima-se que menos de 3% dos cânceres resultem da exposição às radiações
ionizantes. Estudos feitos entre os sobreviventes da explosão das bombas
atômicas e entre pacientes que se submeteram à radioterapia, mostraram
que o risco de câncer aumenta em proporção direta à dose de radiação
recebida, e que os tecidos mais sensíveis às radiações ionizantes são o
hematopoético, o tiroidiano, o mamário e o ósseo. As leucemias ocorrem
entre 2 e 5 anos após a exposição, e os tumores sólidos surgem entre 5 e 10
anos.
9. No lazer, evite exposição prolongada ao sol, entre 10h e 16h, e use sempre
proteção adequada como chapéu, barraca e protetor solar. Se você se expõe
ao sol durante a jornada de trabalho, procure usar chapéu de aba larga,
camisa de manga longa e calça comprida.
Hereditariedade
São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores
hereditários, familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um
importante papel na oncogênese. Um exemplo são os indivíduos portadores
de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam história familiar deste
tumor.
A presença de um ou mais destes sintomas não significa que você esteja com
câncer, pois várias doenças podem ter sintomas semelhantes. Por isso, é muito
importante a visita ao seu médico, para esclarecimento diagnóstico, tão logo os
sintomas surjam. Esta é a melhor forma para se chegar ao diagnóstico precoce
do câncer da próstata.
Câncer de Próstata
Epidemiologia
Fatores de Risco
A influência que a dieta pode exercer sobre a gênese do câncer ainda é incerta,
não sendo conhecidos os exatos componentes ou através de quais mecanismos
estes poderiam estar influenciando o desenvolvimento do câncer da próstata.
Contudo, já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes,
grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem
animal, não só pode ajudar a diminuir o risco de câncer, como também de
outras doenças crônicas não transmissíveis.
Sintomas
O Câncer da próstata em sua fase inicial tem uma evolução silenciosa. Muitos
pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são
semelhantes ao crescimento benigno da próstata (dificuldade miccional,
freqüência urinária aumentada durante o dia ou a noite). Uma fase avançada da
doença pode ser caracterizada por um quadro de dor óssea, sintomas urinários
ou, quando mais grave, como infecções generalizadas ou insuficiência renal.
Diagnóstico
Tratamento
Outras doenças que não o câncer podem ser encontradas durante o exame
preventivo?
Sim. Infecções vaginais, inclusive as sexualmente transmissíveis podem ser
diagnosticadas pelo médico que realiza o exame.
Análise dos resultados do Exame Preventivo
Independente desses resultados, você pode ter alguma outra infecção que será
tratada. Siga o tratamento corretamente. Muitas vezes é preciso que o seu
parceiro também receba tratamento.
Cuidados:
Como evitar o rompimento da camisinha?
• Observe se a embalagem não está furada.
• Verifique a data de validade.
• Se a camisinha for comprada, veja se ela tem o selo de
qualidade do INMETRO.
• Não deixe as camisinhas em local quente e úmido. Elas devem
ser guardadas em lugar fresco e seco.
• Use apenas lubrificantes à base de água. Não use lubrificantes
oleosos (como vaselina, óleo de amêndoa etc.), que estragam o
látex da camisinha.
Cuidados:
• Observe se a embalagem não está furada.
• Verifique a data de validade.
• A camisinha feminina não pode ser usada com a masculina,
porque uma camisinha roçando na outra aumenta o risco de
haver rompimento.
Câncer do Colo do Útero
Epidemiologia
Consulte a publicação Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2008.
Fatores de Risco
Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero,
sendo que alguns dos principais estão associados às baixas condições sócio-
econômicas, ao início precoce da atividade sexual, à multiplicidade de parceiros
sexuais, ao tabagismo (diretamente relacionados à quantidade de cigarros
fumados), à higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de contraceptivos
orais. Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV)
tem papel importante no desenvolvimento da neoplasia das células cervicais e
na sua transformação em células cancerosas. Este vírus está presente em mais
de 90% dos casos de câncer do colo do útero.
Estratégias de Prevenção
O exame preventivo
O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Papanicolaou)
consiste na coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada uma
amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da parte interna (endocérvice).
Mulheres grávidas também podem realizar o exame. Neste caso, são coletadas
amostras do fundo-de-saco vaginal posterior e da ectocérvice, mas não da
endocérvice, para não estimular contrações uterinas.
Inicialmente, um exame deve ser feito a cada ano e, caso dois exames seguidos
(em um intervalo de 1 ano) apresentarem resultado normal, o exame pode
passar a ser feito a cada três anos.
Se o exame acusou:
• Negativo para câncer: se esse for o primeiro resultado negativo, é necessário
fazer novo exame preventivo daqui a um ano. Se já houver um resultado
negativo no ano anterior, o exame preventivo deverá ser feito daqui a 3 anos;
• Alteração (NIC I): repetir o exame daqui a 6 meses;
• outras alterações (NIC II e NIC III): o médico deverá decidir a melhor
conduta. Será necessário fazer novos exames, como a colposcopia;
• infecção pelo HPV: o exame deverá ser repetido daqui a 6 meses;
• amostra insatisfatória: a quantidade de material não deu para fazer o exame.
Repetir o exame logo que for possível.
Vacinação
Recentemente foi liberada uma vacina para o HPV. No momento está em estudo
no Ministério da Saúde o uso pelo SUS. É importante enfatizar que esta vacina
não protege contra todos os subtipos do HPV. Sendo assim, o exame preventivo
deve continuar a ser feito mesmo em mulheres vacinadas. Saiba mais sobre
HPV.
Sintomas
Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que
a detecção de possíveis lesões precursoras é através da realização periódica do
exame preventivo. Conforme a doença progride, os principais sintomas do
câncer do colo do útero são sangramento vaginal, corrimento e dor.
Tratamento
O tratamento adequado para cada caso deve ser avaliado e orientado por um
médico.
Detecção precoce do câncer de mama
[Volta]
A mamografia
A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do
câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de
milímetros).
Portanto, o exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o
exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro)
qualificado para essa atividade.
Saiba mais
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à
sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a
percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro
antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce
rápida e progressivamente.
Este tipo de câncer representa nos países ocidentais uma das principais causas
de morte em mulheres. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência
tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70
registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por
idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
Sintomas
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio,
acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele que
recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante a
casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
Fatores de Risco
História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama,
especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram
acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de mama de
caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de
cânceres de mama. A idade constitui um outro importante fator de risco,
havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca
precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (instalada após
os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a
nuliparidade (não ter tido filhos), constituem também fatores de risco para o
câncer de mama.
Com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do
colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres,
sendo responsável pela morte de 230 mil mulheres por ano. No Brasil, para
2010, são esperados 18.430, com um risco estimado de 18 casos a cada 100
mil mulheres.
Estima-se uma redução de até 80% na mortalidade por este câncer a partir
do rastreamento de mulheres na faixa etária de 25 a 65 anos com o teste de
Papanicolaou e tratamento das lesões precursoras com alto potencial de
malignidade ou carcinoma "in situ". Para tanto é necessário garantir a
organização, a integralidade e a qualidade do programa de rastreamento,
bem como do tratamento das pacientes.
Saiba mais.
Saiba mais.
As ações pontuais envolvem campanhas (Dia Mundial sem Tabaco, Dia Nacional de
Combate ao Fumo e Dia Nacional de Combate ao Câncer), que têm como
perspectiva comum a sensibilização e informação da comunidade e as lideranças
em geral sobre o assunto, bem como a divulgação através da mídia e a realização
de eventos como congressos, seminários e outros para chamar a atenção de
profissionais de saúde sobre o tema.
Legislação
As ações legislativas envolvem o apoio técnico a processos e projetos de lei, o
monitoramento da legislação e a informação sobre os malefícios do tabaco e outros
fatores de risco de câncer aos membros do Congresso Nacional. Outra ação
importante tem sido a divulgação das leis de controle do fumo na comunidade
assim como a identificação e articulação de mecanismos que possibilitem a
fiscalização e o cumprimento das mesmas
Economia
Em 1996, foi realizado um estudo econômico para apurar dados sobre produção,
preços, publicidade, consumo e arrecadação sobre o tabaco e seus derivados no
Brasil. O estudo também visou elaborar um modelo econométrico que envolvesse
as diversas variáveis do consumo e uma avaliação da relação custo/benefício do
tabaco e de seus derivados para o país. Esses dados têm servido de subsídio às
decisões governamentais nas áreas de saúde, legislação e na própria área
econômica, visando à redução do consumo de produtos fumígenos. A sensibilização
e mobilização de diversos setores da sociedade para a busca de culturas
alternativas para substituir o plantio do tabaco são atividades fundamentais para
que os esforços nessa área sejam coroados de sucesso.