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Universidade Federal do Rio Grande – FURG

Escola de Química e Alimentos – EQA

Engenharia Química

UTILIZAÇÃO DE AREIA PELO FILTRO CONVENCIONAL

Kelly Winck – 107546

Mariana Michel – 87068

Mariane Villa – 88601

Rui dos Santos Ferreira Filho – 84683

Thyelle Rodrigues – 87088

Rio Grande - RS

2019
UTILIZAÇÃO DE AREIA PELO FILTRO CONVENCIONAL

Relatório apresentado como requisito parcial para


aprovação na disciplina Águas Industriais e de
Consumo da Escola de Química e Alimentos,
Universidade Federal do Rio Grande.

Prof. Dr. Fabrício Butierres Santana

Rio Grande - RS

2019
SUMÁRIO

1. MECANISMOS DE FILTRAÇÃO ............................................................ 3


2. MEIOS FILTRANTES ............................................................................. 3
3. CAMADAS .............................................................................................. 3
4. XX ........................................................................................................... 3
5. XX ........................................................................................................... 3
6. XX ........................................................................................................... 3
1. MECANISMOS DE FILTRAÇÃO

1.1. MECANISMOS DE TRANSPORTE

Os mecanismos de transporte são responsáveis por conduzir as


partículas suspensas para as proximidades das superfícies dos
coletores (material granular que compõe o meio filtrante), podendo
permanecer aderidas a estes por meio de forças superficiais, que
resistem às forças de cisalhamento resultantes das características
de escoamento ao longo do meio filtrante.

Os mais importantes mecanismos de transporte são: efeito de coar,


difusão, sedimentação, interceptação, ação hidrodinâmica e inércia.

Figura 1 – Representação dos mecanismos de transporte de


partículas para a superfície de um coletor. Fonte: IVES, 1970

1.1.1. EFEITO DE COAR

Consiste na retenção de partículas incapazes de passar


através dos interstícios dos grãos do material filtrante, ou

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seja, ocorre na camada superior, sendo uma ação
puramente física. O efeito de coar é considerado
desprezível em filtros rápidos e mais eficientes para a
filtração lenta que usa diâmetros efetivos muito menores.

1.1.2. DIFUSÃO

O movimento browniano, devido à energia térmica das


moléculas de água, provoca uma movimentação aleatória
das partículas suspensas, à medida que essas se
deslocam nas linhas de fluxo, através do meio filtrante. O
efeito faz com que as partículas abandonem as linhas de
corrente e sejam transportadas para a superfície dos grãos
de areia.

1.1.3. SEDIMENTAÇÃO

A velocidade de sedimentação das partículas influencia o


mecanismo de sedimentação. As partículas de grande
diâmetro e elevada densidade revelam grande tendência
de abandonar as linhas de fluxo e sedimentar sobre a
superfície dos grãos de areia voltados para a parte de cima
dos leitos filtrantes. O mecanismo de sedimentação do leito
filtrante aumenta proporcionalmente a razão entre a
velocidade de sedimentação das partículas e a taxa de
filtração.

1.1.4. INTERCEPTAÇÃO

Neste mecanismo as partículas carregadas nas linhas de


fluxo que se aproximam dos grãos de areia a distâncias
menores do que o raio das próprias partículas são
interceptadas por esses grãos. O efeito é mais significativo
nos filtros lentos de areia.

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1.2. MECANISMOS DE ADERÊNCIA

As partículas tanto podem aderir diretamente às superfícies dos


grãos como às partículas previamente retidas. O fato de as
partículas suspensas serem carregadas por meio dos mecanismos
de transporte não significa que estas ficarão aderidas à superfície
dos grãos de areia. Se não houver uma afinidade físico-química e se
determinadas condições não forem satisfeitas, as partículas poderão
retornar às linhas de corrente e serem carregadas pelo leito, saindo
com o efluente do filtro. Os principais mecanismos de aderência que
permitem essa permanência da partícula junto aos grãos de areia
são: atração eletrostática, forças de van der Waals, reações de
hidratação e adsorção mútua.

1.2.1. ATRAÇÃO ELETROSTÁTICA

A interação entre a dupla camada entre duas partículas em


meio líquido pode provocar uma atração ou repulsão entre
elas, dependendo das mesmas terem potencial
eletrocinético com sinais iguais ou diferentes.

Devido à natureza de sua estrutura cristalina, o quartzo, de


que se constitui a maioria dos grãos utilizados nos meios
filtrantes, possui carga elétrica negativa, desenvolvendo,
portanto, um potencial de mesmo sinal. Poderá então atrair
partículas carregadas positivamente. As partículas com
carga negativa podem acumular-se nos grãos de areia
provocando reversão de carga, tornando esse mesmo grão
com as partículas aderidas, positivo.

1.2.2. FORÇAS DE VAN DER WAALS

São forças atrativas entre átomos e moléculas, contribuindo


para a interação das partículas suspensas com os grãos de
areia nos meios filtrantes. Sua atuação é muito limitada

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porque têm significado apenas quando a distância entre as
partículas e os grãos de areia é inferior a 0,05µm.

1.2.3. HIDRATAÇÃO

A aderência pode ocorrer através da formação de uma


ponte de hidrogênio entre a superfície das partículas e os
grãos de areia, pois ambas possuem moléculas de água
adsorvidas em suas superfícies.

1.2.4. ADSORÇÃO MÚTUA

Envolve a formação de cadeias e pontes entre polímeros


que estejam adsorvidos na superfície da partícula e do
coletor.

1.3. MECANISMO DE DESPRENDIMENTO

O mecanismo de desprendimento ou soltura é mais significativo nos


filtros lentos. Ocorre quando a velocidade de escoamento aumenta
com a diminuição da área dos poros por onde passa a solução. Com
o aumento da velocidade ocorre o aumento das forças de
cisalhamento que acabam se tornando mais fortes que as de
aderência, desprendendo os sólidos.

2. MEIOS FILTRANTES:

2.1. MEIOS FILTRANTES PARA TRATAMENTO DE ÁGUA

A aplicação dos meios filtrantes para tratamento de água é feita de


acordo com a água a ser tratada, objetivando adaptá-la aos padrões de
potabilidade da Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde. Sendo
assim, de acordo com as irregularidades da água é indicado um
determinado meio filtrante para ser colocado dentro do filtro, de forma a
corrigir os problemas desta água. Para uma filtração mais eficiente é
importante analisar as propriedades dos materiais filtrantes, pois afetam

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a eficiência de filtração. Essas propriedades incluem: tamanho, formato,
densidade e dureza.

2.2. AREIA

As areias filtrantes utilizadas nos filtros devem conter sílica ou quartzo,


sem que a presença de metais pesados ou outros minerais. Ela deverá
ser totalmente limpa, sem matéria orgânica e também, deve ser
peneirada para que se obtenha granulometria uniforme.

A granulometria usada depende do tipo de filtro: filtros lentos usam


tamanho de grãos entre 0,25 e 0,35 mm, filtros rápidos usam
granulometria entre 0,4 e 1 mm e os chamados filtros de alta taxa usam
granulometria entre 0,8 e 2,0 mm.

Os filtros de areia retiram turbidez, particulados e pequena quantidade


de material emulsionado na forma coloidal ou emulsão.

2.3. CARVÃO ATIVADO

O carvão ativado é um meio filtrante fabricado com casca de coco e tem


grãos variando entre 2 e 3 mm. É usada para remoção de gostos e odores
estranhos à água por meio de sistema adsortivo. Tem densidade de 0,65 e
seu tempo de vida útil estimado é de 1 ano

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Possui como principal característica elevada área superficial interna,
formada por poros classificados por seus tamanhos como micro, médio e
macroporos. Esta área superficial varia normalmente de 600 a 1200 m²/g.

Devido ao seu poder de adsorção, o carvão ativado é amplamente


empregado em processos de tratamento de água e efluentes industriais
onde se deseja a remoção de cor, odor, sabor, cloro, fenóis e outros
compostos indesejados

2.4. ANTRACITO

Carvão mineral antracito utilizado em filtros de multicamadas devido a


sua densidade (0,8), preparado de acordo com modernos sistemas de
classificação granulométrica. É constituído exclusivamente de carvão
fóssil negro com alto teor de carbono, alto poder calorífico e
inteiramente livre de argilas e outras impurezas.

2.5. ILMENITA
A ilmenita é um óxido natural de ferro e titânio (FeTiO3). É um mineral
de magnetismo fraco encontrado em rochas metamórficas.
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Forma cristais tabulares, às vezes laminados, opacos, pretos, de brilho
metálico. Tem dureza 5,0 a 6,0 na escala de Mohs e densidade 4,10 a
4,80

2.6. GRANADA
É um meio filtrante granular de alta densidade e dureza. A granada é
utilizado como a filtração mais fina de um sistema de filtração com
uma cama de multimeios com fluxo para baixo.

A granada com seu alto peso específico de 4.0, forma a capa mais
baixa de grãos finos e seu tamanho efetivo de 0,3mm pode filtrar até
uma faixa de 10-20 micra

3. CAMADAS
Os tipos comuns de materiais usados em filtros de leito granular são
areia, carvão antracito e garnet ou ilmenita. Estes podem ser usados
sozinhos ou em combinações de dupla ou tripla camada.
É importante ter conhecimento de informações dos materiais
filtrantes, tais como: composição do material, granulometria do
material, porosidade do leito, coeficiente de uniformidade, forma e
altura.
A porosidade do leito fixo merece bastante atenção, já que afeta a
velocidade da água de lavagem, perda de carga e a capacidade de
reter sólidos no meio. A porosidade do leito é definido como a relação
entre o volume de vazios e o volume total do meio filtrante. A
porosidade do leito é afetada pela esfericidade do grão.
A medida que a carreira de filtração avança as partículas presentes no
meio aquoso vão ficando retidas nos vazios do meio filtrante. Esta
disposição de partículas faz com que haja uma alteração no valor de
porosidade do meio filtrante, no valor da superfície específica e
da velocidade intersticial.

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4 DESEMPENHO DOS TIPOS DE AREIA

Segundo Puig‑Bargués et al. (2005a), o filtro de areia apresenta


eficiência de remoção positiva a partir de 25 µm e atinge 100% de
eficiência a partir do diâmetro de 125 µm.
Em uma pesquisa realizada pela Universidade de Lavras, as maiores
remoções ocorreram a partir da faixa de areia fina, na qual o diâmetro
de 125 µm está inserido. No trabalho da Universidade de Lavras,
chegaram-se as seguintes conclusões:

• O modelo de filtro de areia avaliado é efetivo na remoção de


partículas compreendidas a partir do diâmetro correspondente à
areia fina (>60 µm), e, dentro dessa faixa de remoção, a
influência da taxa de filtração aumenta com a diminuição do
diâmetro da partícula contida na água.
• O incremento da taxa de filtração, associado à diminuição da
granulometria de areia no filtro, aumenta a eficiência de
remoção, mas acentua a perda na pressão com o tempo, o que
diminui a remoção das menores partículas ao longo dos ciclos.

O formato do tipo de areia também influencia em seu desempenho:


Formato angular: menor desempenho que grãos de formato
arredondado quando não é utilizado polímero auxiliar, devido a maior
proporção de porosidade e a disponibilidade de mais locais de
adsorção de cada grão angular.
Outro fator importante é a regularidade dos grãos: Quanto mais
irregular for a forma geométrica dos grãos, melhor o desempenho
durante a filtração.
Um exemplo de alto desempenho é o carvão antracito: seu leito é
praticamente imune aos efeitos de compactação devido a forma
geométrica angular e irregular de suas partículas e o seu baixo peso

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específico. Tais características geram melhor desempenho durante a
filtração convencional.

5 TIPOS DE FILTROS DE AREIA

Os filtros utilizados em tratamento de água podem ser classificados


sob diversos aspectos como tipo de tratamento, material filtrante, taxa
de filtração, mecanismo de ação, dentre outros. Algumas dessas
classificações podem ser vistas abaixo.

5.1. Classificação com relação ao controle hidráulico

Os filtros podem ser classificados quanto a força motriz de


escoamento. Logo o arranjo hidráulico de um filtro pode ser:
• Por pressão: utilizam um recipiente de pressão para conter o
leito filtrante. A água é entregue ao recipiente sob pressão e sai
dele com pressão ligeiramente reduzida.
• Por gravidade: são filtros abertos para a atmosfera, o
escoamento através do meio é obtido por gravidade.

5.2. Classificação com relação à taxa de filtração

A taxa de filtração é a quantidade de água tratada que pode ser obtida


por dia. Baseado nisso um filtro pode ser classificado como lento ou
rápido. A escolha entre esses dois tipos de filtro depende do volume
de água que será tratado e da qualidade da água a ser tratada.

Filtros lentos

O filtro lento (figura 1) é um filtro de areia operado a taxas de filtração


muito baixas, geralmente sem o uso de coagulação no pré-tratamento.
Possui uma granulometria menor da areia o que faz com que ocorra
uma passagem mais lenta da água pelo meio filtrante, devido a isso os
particulados são removidos quase que totalmente em uma fina

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camada no topo do leito de areia. Os mecanismos de remoção nesse
tipo de filtro podem ser:

• Físicos: retenção física das partículas no meio filtrante


• Biológicos: formação de uma camada biologicamente ativa
(schmutzdecke) no topo do leito filtrante. Esta camada auxilia a
filtração e é constituída por bactérias, fungos, protozoários,
rotíferos, e uma variedade de larvas de insetos aquáticos. À
medida que a água passa através do schmutzdecke, as
impurezas são retidas na matriz mucilaginosa e a matéria
orgânica dissolvida é adsorvida e metabolizada pelas bactérias,
fungos e protozoários.

Figura 1: Filtro lento convencional

Fonte:PYPER & LOGSDON, 1991

A água produzida a partir de filtro lento bem operado pode ser de


excelente qualidade, com 90-99% redução bacteriana. Possuem um
projeto relativamente simples e barato de construir e operar e
requerem, relativamente, baixos níveis de turbidez para operar de
forma eficiente, pois não são eficientes em remover a cor da água mas
são bons para remover gosto. Produzem água a uma lenta e
constante vazão e são normalmente armazenadas em um para o pico
de utilização. Esta lenta taxa é necessária para o desenvolvimento dos
processos biológicos no filtro.

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À medida que requerem pouca ou nenhuma energia mecânica,
produtos químicos ou partes substituíveis, e que exigem treinamento
mínimo de operador e apenas manutenção periódica, são muitas
vezes uma tecnologia apropriada para áreas pobres e isoladas.

Filtros Rápidos

A filtração rápida (figura 2) consiste da passagem de água pré-


tratada(coagulada, floculada ou decantada) através de um leito
granular a altas taxas. Durante a operação, os sólidos são removidos
da água e acumulados dentro dos espaços vazios entre os grãos de
areia e no topo na superfície do leito filtrante. O leito sofre um
entupimento gradual, o que leva a um aumento gradual de perda de
carga se a taxa de escoamento for mantida. Após um período de
operação ocorre a interrupção da carreira de filtração para que ocorra
a lavagem por retro lavagem, que envolve a inversão da direção da
água e adição de ar comprimido. O ciclo de um filtro se encerra
quando a perda de carga através do leito atingir o limite máximo ou
quando o filtrado deixa de se encontrar nas qualidades estabelecidas.

Figura 2: Filtro rápido com ação da gravidade

Fonte: Aquastore

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A qualidade da água filtrada é ruim no início da carreira de filtração e
também pode se deteriorar próximo ao final do ciclo se o mesmo for
prolongado por um período de tempo suficiente. Esse tipo de filtro tem
pouco efeito sobre o gosto e odor, necessitando de uma camada de
carvão ativado caso seja necessário remoção dessas características.
O pré-tratamento adequado e contínuo é essencial para a produção
de um filtrado de qualidade. Qualquer problema no pré-tratamento
resultará em imediata deterioração da qualidade do filtrado.

Apresenta como vantagens o fato de trabalhar com maior vazão do


que um filtro lento de areia, requerer área relativamente pequena e ser
menos sensível a alterações na qualidade da água bruta. Suas
desvantagens residem no fato de exigir maior manutenção do que um
filtro lento e geralmente exige bombeamento mecânico da água e do
ar, pelo menos para retro lavagem, produzir grandes quantidades de
lodo para disposição e requerer altos investimentos em reagentes de
floculação. Também, as altas taxas de fluxo dificultam a formação da
camada schmutzdecke, portanto, pouca biodegradação ocorre nestes
filtros. Assim, apresenta maior contagem bacteriana na água filtrada.
Isso aumenta a necessidade de desinfecção antes da distribuição.

Número de camadas e a taxa de filtração

O número de camadas afeta a também a taxa de filtração para um


mesmo tipo de filtro, quanto mais camadas, maior será a taxa de
filtração. Além disso como já foi dito a granulometria e a espessura
influencia a taxa de filtração sendo que quanto maior o tamanho do
grão e a altura da camada maior será a taxa.

5.3. Classificação com relação ao mecanismo de ação

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O mecanismo de ação diz respeito a retenção das partículas de
impureza, ou seja, o local onde elas ocorrem majoritariamente em um
filtro, ele é influenciado pelas características físicas e químicas das
partículas, da água e do meio filtrante, taxa de filtração e outros.

• Com ação superficial: a retenção é significativa apenas no topo


do meio filtrante, proporcionando carreiras mais curtas, o que
ocorre nos filtros de membrana, precoat e em filtros lentos.
• Com ação de profundidade: as partículas a serem removidas
são muito menores do que tamanho dos interstícios formados
entre os grãos do filtro, por isso, os mecanismos de transporte
são necessários para levar as partículas à superfície dos
coletores, e então, os mecanismos de aderência retêm as
partículas nas superfícies, nesta caso, as impurezas são retidas
ao longo do meio filtrante, proporcionando carreiras mais
longas, o que ocorre principalmente nos filtros rápidos. Porém
pode ocorrer também em filtros lentos.

5.4. Classificação de acordo com o sentido do escoamento

A água dentro de um filtro pode escoar em dois sentidos:


• Fluxo ascendente (figura 3): a água escoa de baixo para cima,
necessitando de alguma força propulsora. São indicados para
águas de baixa turbidez e pouco conteúdo mineral.
Figura 3: Filtro com fluxo ascendente

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Fonte: PROSAB
• Fluxo descendente (figura 4): a água, depois de sofrer um pré-
tratamento, escoa através do meio filtrante em movimento
descendente, dessa forma, a filtração ocorre por ação da
gravidade. Possui elevada eficiência na remoção de cor,
turbidez e microorganismos patogênicos.

Figura 4: Filtro com fluxo descendente

Fonte: PROSAB
A pressão no fundo do filtro ascendente é maior e aumenta com o
tempo de funcionamento, enquanto no filtro descendente é menor e
diminui com o tempo. Além o meio filtrante empregado na filtração
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direta ascendente geralmente é constituído de areia com grãos
maiores que no caso da filtração descendente. Com isso, o consumo
de água para lavagem é maior no filtro ascendente.

6 APLICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ÁGUA PARA


ABASTECIMENTO PÚBLICO E SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO

A filtragem por areia é a forma mais recomendada para o tratamento de


água. Investir em filtros de areia para tratamento de água é uma ótima
opção para empresas e até mesmo residências, que desejam um
equipamento com ótimo desempenho e, principalmente, custo-benefício.
Rápidos, durante a filtração, o sistema permite que a água passe de
cima para baixo, devido a uma combinação da pressão e da sucção do
fundo.
São usados para altas vazões e remoção de sedimentos e partículas de
25 micra e maior. Em alguns casos removem partículas de 5-10 micra.
Usam-se filtros de areia com circulação contínua para remover
sedimentos de torres de resfriamento, fontes, piscinas e outros sistemas
abertos; filtros de areia multicamada removem turbidez, areia e outros
detritos da água. A areia especial de granulometria 0,5 a 0,9 mm tem
eficiência na retenção de partículas (limo, lodo, grãos de areia), resíduos
de encanamentos e outras impurezas em suspensão na água.
A areia remove a turbidez melhorando a cor e o sabor. Filtros pequenos
(até 3 m3/h) usam de 1 a 3 camadas até 8 m3/h usam de 3 a 5 camadas
e acima de 8m3/h de 6 a 7 camadas.
Em geral, a filtragem é um processo importante para garantir a
segurança e saúde de toda a sociedade, por isso, é essencial que
os filtros de areia para tratamento de água produzidos tenham qualidade
e manutenção.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRINCK, Nádia Cristina Pires. Avaliação do tipo de material filtrante no


comportamento hidráulico de filtros rápidos de camada profunda no
tratamento de águas de abastecimento. 2009. 393 f. Tese (Doutorado) -

17
Curso de Engenharia, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2009.

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