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Edgar Willems

Nascido na Bélgica, foi professor e músico, viveu entre os anos de 1890


a 1978. Estudou por anos com Émille-jaques Dalcroze, um teórico muito
conhecido no campo dos métodos ativos. Assim como seu professor, Willems
dizia que era necessário promover a cultura auditiva de todos, relacionando
diretamente com seus ideais e pensamento sobre a educação musical e isso diz
respeito à “sensorialidade, sensibilidade afetiva ou afetiva auditiva e inteligência
auditiva, que estão em estreita relação com a capacidade sensório-motora, a
sensibilidade afetiva e a inteligência do homem” (FONTERRADA, 2008. p.139).
Sobre Willems, Marisa Fonterrada (2008) expõe que “ele estudava a música sob
três aspectos: sensorial, afetivo e mental, repetindo os três domínios da
natureza, que considera essencialmente entre si: o físico, o afetivo e o mental”
(p. 138), assim seguindo o pensamento de seu profesor Dalcroze, que dizia que
a música deveria ser para a massa. E isso nos faz desenvolver nossa
capacidade de “inteligência auditivamente” e assim termos consciência do
universo sonoro e assim relacionar intervalos musicais com a qualidade afetiva,
isto é, cada intervalo musical tocado traz consigo um “sentimento” a ser
repassado para quem o ouve. A partir de uma necessidade pedagógica, Willems
apresenta uma proposta de uma divisão dos seus princípios, mas na música, ele
percebeu que não há uma divisão, pois na mesma, esses princípios estão juntos,
mas ele alerta sobre as suas propostas serem levadas ao extremo e de utilizarem
seus aspectos, pois esses métodos são apenas um pontapé inicial para um
mundo mais complexo e extenso.
Shinichi Suzuki

Nascido no Japão e vivendo entre os anos de 1898 a 1998, foi também


um dos grandes influenciadores na educação musical (FONTERRADA, 2008).
Suzuki vivia em uma província chamada de Kiso-Fukushima, depois de receber
uma carta de Tamiki Mori, foi morar em Matsumoto. Essa carta convite, tinha
como assunto a ida dele até a província, afim juntamente com a Tamiki,
formarem uma escola de música que a princípio tinha como público alvo os
adultos, mas logo Suzuki os respondeu dizendo que não tinha interesse em dar
aulas para adultos e sim que queria trabalhar com crianças, pois queria
desenvolver uma proposta de ensino que tinha acabo de criar, que era fazer as
crianças aprenderem música assim como as mesmas aprendem a falar a sua
língua materna.

Suzuki começou a pensar nessa maneira após ensinar uma criança que
não tinha idade para participar das aulas no conservatório. A partir daí, passou
a pensar na maneira em que as crianças aprendiam a falar sua língua materna
e incorporou isso na sua nova metodologia de ensino. Com isso, ele dizia que
para as crianças aprenderem música, elas deveriam estar vivenciando
constantemente com a mesma tanto na escola, quanto em sua casa, assim como
elas aprendem a falar sua língua materna. Dessa forma elas aprenderiam de
forma natural a música e diante disso, os pais seriam de fundamental importância
para o sucesso de sua proposta de ensino. Seu método logo foi dando resultados
e assim ganhando notoriedade e dessa forma, o mundo foi conhecendo sua nova
proposta de ensino, porém no Japão ocidental, não foi aceito, chegando até à
ser proibido o uso de seus métodos.

Quando seu método chegou ao Estados Unidos, teve grande aceitação e


logo foi sendo expandido por todo o território americano. Com toda essa
ascendência do método, o criador Suzuki foi convidado a ir até ao Estados
Unidos para ajuda-los a difundir, nas escolas americanas, seu método de ensino.
Suzuki também levou consigo dez crianças para mostrar que seu método era
eficaz, assim surpreendendo a todos, pois os mesmos nunca tinham visto
crianças com tão pouca idade, tocando um instrumento tão complexo como
violino.
Alguns dos objetivos do método são: a repetição constante de trechos
musicais fáceis a princípio; a utilização de gravações em discos para as crianças
terem algum tipo de referência musical, atentando também para os erros que as
crianças irão ter, o que é normal, e em cima disso receberem estímulos dos pais
e professores para continuarem a evoluir. Suzuki também defendia que as
apresentações em público são de suma importância para aumentar a
autoconfiança das crianças e consequentemente mostrar o trabalho que está
sendo desenvolvido.

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