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MATUPIRI Tetragonopterus chalceus COMO BIOINDICADOR DE ESTRESSE

OXIDATIVO NO PORTO DE SANTANA-AP

Tainára Cunha Gemaque1; Daniel Pereira da Costa


RESUMO

A área Portuária de Santana é constituída pela área terrestre e fluvial, contínua e


descontínua, já, a zona portuária compreende a área portuária e seus arredores. Este
local é utilizado como porto para a exportação de minérios no Estado do Amapá. O
ambiente aquático em torno da zona portuária está sujeito a receber porções de minérios
que são levados por ventos e chuvas. O estresse oxidativo é uma condição biológica em
que ocorre desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio e a sua
desintoxicação através de sistemas biológicos que as removam ou reparem os danos por
elas causados.
Peixes são ótimos biomarcadores, reagem imediatamente frente a qualquer alteração no
ecossistema aquático, através de alterações fisiológicas como mudanças no B.O
(Batimento opercular), natação incomum ao comportamento da espécie, alterações
branquiais e mudanças ou dificuldades na alimentação são reações facilmente notáveis
perante intoxicação por substancias químicas
Desta forma, o presente estudo objetivou avaliar o conteúdo de hemoglobina (Hb) e
metahemoglobina (mHb) como indicador de estresse oxidativo em Tetragonopterus
chalceus, um peixe nativo da Amazônia. Para tanto foram utilizados 35 espécimes de T.
chalceus coletados na zona portuária de Santana - AP.
A coleta do sangue para análises foi realizada por corte próximo a nadadeira anal, com o
auxílio de capilares heparinizados. Após coleta, as amostras foram diluídas em tampão
fosfato (0,2 M; pH 7,2) e analisadas em espectrofotômetro em 540 nm para Hb e 630
nm para mHb.
Ao avaliar a Hb e mHb foram observados aumentos significativos (P < 0,05) da mHb
em relação ao conteúdo total de Hb (28,4 ± 2,7 %).
O conteúdo elevado de mHb nos espécimes analisados sugere que o local analisado
apresenta desequilíbrio ambiental, devido ao grande fluxo de embarcações ou a
exposição dos organismos à elevadas concentrações de minérios, provocando possível
estresse oxidativo em T. chalceus.
De acordo com o objetivo do trabalho o conteúdo elevado de mHb nos espécimes
analisados sugere que o local analisado apresenta desequilíbrio ambiental, devido ao
grande fluxo de embarcações ou a exposição dos organismos à elevadas concentrações
de minérios, provocando estresse oxidativo em T. chalceus. Sendo assim a exposição a
poluentes pode ter consequências biológicas, do nível celular até efeitos no organismo e
em todo o ecossistema do local afetado pela contaminação por minérios.
Palavras-Chave: hemoglobina, metahemoglobina, toxicologia, minérios.
1 Mestranda em Zootecnia, Laboratório de Aquacultura, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, MG, Brasil (Laqua, UFMG). Email: tainarapesca@gmail.com. Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/9062864544813846
1 Mestranda em Zootecnia, Laboratório de Aquacultura, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, MG, Brasil (Laqua, UFMG). Email: tainarapesca@gmail.com. Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/9062864544813846

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