Você está na página 1de 3

1

A curva R(t) versus t é a distribuição de sobrevivência enquanto a curva F(t) versus t é


a distribuição de falha. A distribuição de sobrevivência representa ambas as probabilidades de
sobrevivência de um individuo na idade t e a proporção esperada da população que
sobreviverá em qualquer idade t dada. A distribuição de falha F(t) é a probabilidade de morte
de um individuo antes da idade t. Ela também representa à proporção prevista da população
que morrerá antes da idade t. A diferença F(t2)-F(t1), t2>t1, é a proporção esperada da
população que morrerá entre as idades t1 e t2 (t1 é incluída e t2 não).

Uma vez que o número de mortes em cada idade é conhecido, um histograma pode
ser desenhado. A altura de cada barra no histograma representa o número de mortes em uma
faixa particular de vida. Esta é proporcional à diferença F((t+∆) -F(t)) onde ∆ é a largura da
faixa de vida.

Se a largura é reduzida, as medidas se aproximam progressivamente, até que uma


curva contínua seja formada. Esta curva, quando normalizada pela amostra total, é a
densidade de falha f(t) (pdf). A probabilidade de morte durante uma pequena faixa de vida [t,
t+dt] é dada por f(t)dt que é igual a F(t+dt)-F(t).

A probabilidade de morte entre duas idades quaisquer t1 e t2 é a área embaixo da curva


e pode ser obtida pela integração da curva entre as idades.

[1]

Esta identidade indica que a densidade de falhas f(t) é dada por

[2]

E pode ser aproximada pela diferenciação numérica

[3]

A quantidade [n(t+∆)-n(t)] /N é a proporção esperada da população que morrerá


durante [t, t+∆] e, por isso, igual a F(t+∆)-F(t). Assim,

[4]

Onde

N=tamanho total da amostra = 1023102 (no caso)

n(t) = número de mortes antes da idade t

n(t+∆)= número de mortes antes da idade t+∆


2

A quantidade [n(t+∆)-n(t)] é igual à altura do histograma na largura de vida [t,t+∆].


Então, a fórmula de diferenciação numérica [4] é equivalente à normalização do histograma
dividido pelo tamanho total da amostra N e a largura da faixa ∆.

Considere agora uma nova população consistindo de indivíduos sobreviventes na idade


t. A taxa de falha h(t) é a probabilidade de morte por unidade de tempo na idade t para um
individuo desta população. Portanto, para um ∆ suficientemente pequeno, a quantidade
h(t)*∆ é estimada pelo número de mortes durante [t,t+∆] dividido pelo número de indivíduos
sobreviventes na idade t.

[5]

Se nós dividirmos o numerador e o denominador pelo total de indivíduos da mostra


(N=1023102) então nós teremos

[6]

Uma vez que R(t) é o número de sobreviventes na idade t dividido pela população e o
numerador é equivalente a [2]. Isto pode ser escrito como:

[7]

Este método de cálculo da taxa de falha h(t) resulta na curva que é conhecida como
curva banheira(comentada em nossa aula). Que é caracterizada por uma alta taxa de falha
inicial (burn in) (com tendência decrescente) seguida por um período de taxa razoavelmente
constante, período de vida principal (vida útil) onde as falhas ocorrem randomicamente e, por
fim uma fase final de saída de operação (burn out)(taxa de falha crescente acentuada).
Idealmente, um equipamento crítico deve ser colocado em serviço após o período de falha
prematura ou de mortalidade infantil e deve ser retirado antes de sua entrada na etapa de
saída de operação.

Notas:

Observe que no exemplo a largura de faixa ( entre 0 e 5 anos é de apenas 1 ano,


enquanto que a partir dos 5 anos começa a incrementar de 5 em 5 anos.

A quantidade de mortes durante o intervalo [ representada por esta


equação [ deve ser calculada da seguinte maneira:
3

A) Idade “0” anos - Total de nascimentos 1.023.102 (Isto significa dos nascidos que
tem idade inferior a 1 ano)

Idade “1” - Total de sobreviventes com “1” um ano de idade – 1.000.000

Para estas idades e o número de mortes 1.023.102 - 1.000.000= 23.102 mortos

Logo,

Entre “0”(zero) e o primeiro (1) ano de vida faleceram 23.102 indivíduos.

B) Idade “1” - Total de sobreviventes com “1” um ano de idade – 1.000.000


Idade “2” – Total de sobreviventes com “2” anos de idade - 994.230

Para estas idades e o número de mortes 1.000.000 – 994.320 = 5.770 mortos

Logo,

Entre o primeiro “1” e o segundo “2” ano de vida faleceram 5.770 indivíduos.

Desta maneira você irá construindo a sua tabela de mortalidade.

E concomitantemente vai encontrando o valor da f(t) para quantidade de mortes


encontradas. Por exemplo

0,0225803488 e assim seguirá calculando

0,00563971

para f(3), f(4),...,f(99)

N=tamanho total da amostra = 1023102 (no caso)

n(t) = número de mortes antes da idade t

n(t+∆)= número de mortes antes da idade t+∆

Com relação ao cálculo da h(t) para cada valor de f(t) calculado anteriormente, por exemplo:

Pela fórmula teremos

(Neste caso no nascimento temos a R(t)=1 e a F(t)= 1- R(t) = 0)

= 0,0057701146

= 0,00413984 e assim por diante.................

Você também pode gostar