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A Natureza da
*
Doutrina da Eleição
Arthur Walkington Pink

* O texto deste e-book é o capítulo 6 do livro The Doctrine of Election, por A. W. Pink. Editado.
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A Natureza da Doutrina da Eleição


Arthur Walkington Pink

Foi bem dito que: “A razão por que qualquer um acredita na eleição é que ele a encontra
na Bíblia. Nenhum homem jamais poderia imaginar tal doutrina, pois é, em si mesma,
contrária ao pensamento e aos desejos do coração humano. Cada um, a princípio, se
opõe a esta doutrina, e é só depois de muitas lutas, sob a ação do Espírito de Deus, é
que somos levados a recebê-la. A aquiescência perfeita a esta doutrina, descansar, mara-
vilhar-se em adoração, no estrado da soberania de Deus, é a última realização da alma
santificada nesta vida, como é o início do Céu. A razão pela qual qualquer um acredita na
eleição é apenas isso, e só isso: que Deus a tornou conhecida. Fosse a Bíblia uma
falsificação ela nunca poderia ter contido a doutrina da eleição, pois os homens são muito
avessos a tal pensamento para dar-lhe expressão, muito mais para dar-lhe destaque” (G.
S. Bishop).

Até agora, em nossa exposição desta bendita verdade, nós mostramos que a fonte de
eleição é a vontade de Deus, pois nada existe ou pode existir fora disso. Em seguida,
vimos, que a Grande Origem da eleição é o homem Cristo Jesus, que foi ordenado para a
união com a segunda Pessoa na Divindade. Então, a fim de abrir o caminho para um
exame mais detalhado dessa verdade assim como ela é apresentada a nós, demons-
tramos a verdade e, em seguida, a justiça dela, visando remover das mentes dos leitores
Cristãos a profanação e efeitos perturbadores da principal objeção que é feita contra a
eleição Divina por seus inimigos. E agora buscaremos apontar os principais elementos
que adentram na eleição.

Em primeiro lugar, a Eleição é um ato de Deus. Verdade é que chega um dia em que
cada um dos eleitos escolhe a Deus como seu absoluto e sumo Bem, mas este é o efeito,
e em nenhum sentido a causa da escolha de Deus. Nossa escolha dEle é no tempo, mas
Seu escolher-nos foi antes dos tempos eternos; e certo é que a menos que Ele nos
escolhesse em primeiro lugar, nós jamais O escolheríamos de modo algum. Deus – que é
um Ser soberano, faz tudo o que Lhe agrada, tanto no céu e na terra –, tem um direito
absoluto de fazer o que quiser com Suas próprias criaturas e, portanto, Ele escolheu um
certo número de seres humanos para ser Seu povo, Seus filhos, Seu tesouro peculiar.
Tendo feito isso, este ato foi chamado de “eleição de Deus” (1 Tessalonicenses 1:4). Pois
Ele é a causa eficaz dela; e as pessoas escolhidas são denominadas “seus escolhidos”
(Lucas 18:7; cf. Romanos 8:33).

Esta escolha de Deus é absoluta, sendo inteiramente gratuita, não dependendo de abso-

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lutamente nada fora de Si mesmo. Deus elegeu aqueles que Ele quis, simplesmente por-
que Ele escolheu fazê-lo, não partir de alguma bondade, mérito ou atrativo na criatura,
nem a partir de qualquer mérito ou atrativo previsto na criatura. Deus é absolutamente
autossuficiente e, portanto, Ele nunca irá para fora de si mesmo para encontrar uma razão
para qualquer coisa que Ele faz. Ele não pode ser influenciado pelas obras de Suas
próprias mãos. Não, Ele é Aquele que os move, como somente Ele é Aquele que lhes deu
existência. “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos”. Foi, então, simplesmente a partir
da espontânea bondade de Sua própria vontade que Deus destacou, a partir da massa
daqueles que Ele se propôs a criar, um povo que deve expressar os Seus louvores por
toda a eternidade, para a glória de Sua soberana graça para todo o sempre.

Esta escolha de Deus é uma questão imutável. Necessariamente assim, pois não é
fundamentada sobre qualquer coisa na criatura, ou estabelecida sobre qualquer coisa fora
de Si mesmo. Ela é antes de tudo, antes mesmo de Sua “presciência”, porque embora Ele
conheça de antemão, contudo Ele conhece de antemão porque Ele infalível e irrevogável-
mente o fixou, caso contrário, Ele meramente a adivinharia. Mas visto que Ele a conhece
de antemão, então Ele não supõe, ela é segura; e sendo segura, então Ele deve tê-la
fixado. A eleição, sendo o ato de Deus, é para sempre, pois seja o que for que Ele faça
em uma forma de graça especial, é irreversível e inalterável. Os homens podem escolher
alguns para serem seus favoritos e amigos por um tempo, e depois mudam de ideia e
escolhem outros em seu lugar. Mas Deus não age de tal maneira; Ele é de uma mente, e
ninguém pode mudá-lO; Seu propósito, segundo a eleição permanece firme, seguro,
inalterável (Romanos 9:11; 2 Timóteo 2:19).

Em segundo lugar, o ato de eleição de Deus é feito em Cristo: “Como também nos elegeu
nele” (Efésios 1:4). A eleição não encontra homens em Cristo, mas os enxerta nEle. Ela
concede a eles o estar em Cristo e união com Ele, que é o fundamento de sua manifes-
tação como estando nEle por ocasião de conversão. Na mente infinita de Deus, Ele quis
amar uma companhia da posteridade de Adão com um amor imutável, e do amor com que
Ele os ama, Ele os escolheu em Cristo. Por meio deste ato de Sua mente infinita, Deus
lhes concedeu o estar e bem-aventurança em Cristo desde a eternidade. Todavia, ao
mesmo tempo, todos caíram em Adão, ainda assim, todos não caíram semelhantemente.
Os não-eleitos caíram, de modo a serem condenados, sendo eles deixado a perecer em
seus pecados, porque não tinham nenhuma relação com Cristo, Ele não relacionou-se
com eles como o Mediador da união com Deus.

Os não-eleitos tiveram seu tudo em Adão, sua cabeça natural. Mas os eleitos tiveram toda
sorte de bênçãos espirituais concedida a eles em Cristo, sua graciosa e gloriosa Cabeça
(Efésios 1:3). Eles não podiam perder estas, porque eles foram assegurados delas em

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Cristo. Deus os havia escolhido como Seus próprios: Ele seria o seu Deus, eles o Seu
povo; Ele, seu Pai e eles, Seus filhos. Ele deu-lhes a Cristo para serem Seus irmãos, Se-
us companheiros, Sua noiva, Seus consortes em toda a Sua graça comunicável e glória.
Na previsão da sua queda em Adão, e quais seriam os seus efeitos, o Pai propôs erguê-
los das ruínas da queda, mediante a consideração do compromisso de Seu Filho realizan-
do toda a justiça por eles, e como seu Fiador, suportando todos os seus pecados em Seu
próprio corpo no madeiro, oferecendo Sua alma como oferta pelo pecado. Para executar
tudo isso, o amado Filho encarnou.

Foi a isso que o Senhor Jesus se referiu em Sua oração sacerdotal, quando disse ao Pai:
“Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste”
(João 17:6). Ele estava se referindo a toda a eleição da graça. Eles eram os objetos de
prazer do Pai: Suas joias, Sua porção; e aos olhos de Cristo eles eram o que o Pai viu
que eles seriam. Quão grandemente, então, o Pai estima o Mediador, ou Ele nunca teria
concedido Seus eleitos a Ele e os entregado todos ao Seu cuidado e governo! E quão
altamente Cristo valorizou esta dádiva de amor do Pai, ou Ele não teria realizado a
salvação deles em tal enorme custo para Si mesmo! Agora, a entrega dos eleitos a Cristo
foi um ato diferente, um ato distinto do ato da eleição deles. Os eleitos foram primeira-
mente do Pai por meio da eleição, que escolheu as pessoas; e, em seguida, Ele as deu a
Cristo, como o Seu amor e dom: “eram teus [por eleição], e tu mos deste”, da mesma
forma, esta graça é dita ser dada a nós em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos (2
Timóteo 1:9).

Em terceiro lugar, este ato de Deus foi independentemente de e anterior a qualquer


previsão da entrada do pecado. Antecipamos um pouco este ramo de nosso assunto,
ainda assim, como é um assunto sobre o qual pouquíssimos hoje são seguros, e algo que
consideramos de importância considerável, nos propomos conceder-lhes uma considera-
ção separada. O ponto específico que devemos ponderar agora é, quanto a saber se o
Seu povo era visto por Deus, em Seu ato de eleição, como caídos ou não caídos; como
na massa corrupta através de sua deserção em Adão, ou na massa pura da criação,
como a ser criada. Aqueles que consideram o primeiro ponto de vista são conhecidos
como infralapsarianos; aqueles que tomaram o último são conhecidos como supralapsa-
rianos, e no passado esta questão foi debatida consideravelmente entre os altos e baixos
Calvinistas. Este escritor sem hesitação (após estudo prolongado) assume a posição
Supralapsariana, embora ele saiba muito bem que poucos de fato estarão dispostos a
segui-lo.

O pecado, tendo posto um véu sobre o maior de todos os Divinos mistérios da graça –
excetuado somente aquele da encarnação Divina – torna a nossa tarefa presente a mais

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difícil. É muito mais fácil para nós aprendermos sobre a nossa miséria, e sobre a nossa
redenção dela – pela encarnação, obediência e sacrifício do Filho de Deus – do que é
para nós concebermos a original glória, excelência, pureza e dignidade da Igreja de
Cristo, como o eterno objeto dos pensamentos, conselhos e propósito de Deus. No
entanto, se nos apegarmos firmemente às Sagradas Escrituras, é evidente (ao escritor,
pelo menos) que o povo de Deus tinha uma criação de qualidade superior e união
espiritual com Cristo antes mesmo que eles tivessem uma criação e união natural com
Adão; de forma que eles foram abençoados com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celestiais em Cristo (Efésios 1:3), antes que eles caíssem em Adão e tornaram-se sujeitos
a todos os males da maldição. Em primeiro lugar, vamos resumir as razões dadas por
John Gill em apoio a isso.

O decreto eletivo de Deus deve ser dividido em duas partes ou níveis, ou seja, o Seu
propósito a respeito da finalidade e Seu propósito sobre os meios. A primeira parte
relaciona-se com o propósito de Deus em Si mesmo, no qual Ele determinou ter um povo
eleito e isso, para Sua própria glória. A segunda parte tem relação com a execução real
da primeira, fixando os meios pelos quais a finalidade será realizada. Estas duas partes
do decreto Divino não devem ser nem separadas nem confundidas, mas consideradas
distintamente. O propósito de Deus sobre a finalidade significa que Ele ordenou certas
pessoas para serem os destinatários de Seu favor especial, para a glorificação de Sua
soberana bondade e graça. Seu propósito sobre os meios significa que Ele determinou
criar aquelas pessoas, permitir-lhes cair e resgatá-las com base na redenção de Cristo e
na santificação do Espírito. Estes não devem ser considerados como decretos separados,
mas como partes componentes e níveis de um propósito. Há uma ordem nos conselhos
Divinos, como reais e definidos, como Gênesis 1 mostra que houve em conexão com a
criação.

Na medida em que o propósito da primeira extremidade está em vista (em ordem de natu-
reza), antes da determinação dos meios, portanto, o que é o primeiro em intenção é
último em execução. Agora, como a glória de Deus é última em execução, segue-se
necessariamente que ela foi a primeira em intenção. Por isso os homens devem ser
considerados no propósito Divino, concernente à finalidade, nem como criados nem caí-
dos, desde que ambos, sua criação e permissão ao pecado, pertencem ao conselho de
Deus sobre os meios. Não é óbvio que, se Deus primeiro decretou criar homens e
permitir-lhes cair, e, em seguida, a partir da massa caída escolheu alguns para a graça e
glória, que Ele se propôs a criar os homens sem qualquer finalidade em vista? E não é
esta a acusação de Deus, a saber algo que mesmo um homem sábio nunca faria, pois
quando o homem determina fazer uma coisa, ele propõe uma finalidade (como a cons-

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trução de uma casa) e depois estabelece formas e meios para concluí-la. Pode ser
pensado por um momento que o Onisciente agiria de outra forma?

A distinção acima, entre o propósito Divino a respeito da finalidade e indicação de meios


para assegurar este propósito de Deus, é claramente confirmada pela Escritura. Por
exemplo, “Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem
tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da
salvação deles” (Hebreus 2:10). Aqui há primeiro o decreto relacionado à finalidade: Deus
ordenou Seus muitos filhos “à glória”; em Seu propósito dos meios Deus ordenou que o
príncipe da salvação deles fosse consagrado “pelas aflições”. Da mesma forma foi em
conexão com o próprio Cristo. “Disse o SENHOR ao meu Senhor” (Salmos 110:1). Deus
decretou que o Mediador tivesse esta alta honra conferida a Ele, mas com este objetivo
foi ordenado: que “Beberá do ribeiro no caminho” (v. 7), Deus, então, decretou que o
Redentor deve beber da plenitude desses prazeres que estão em sua mão direita
eternamente (Salmos 16:11), contudo isto aconteceu antes que Ele devesse tomar o
cálice amargo da angústia. Assim é com o Seu povo: Canaã é a sua porção designada,
mas o deserto é apontado como aquele através do qual eles passarão a caminho da
mesma.

A predestinação de Deus de Seu povo à santidade e glória anterior à Sua presciência da


Queda deles em Adão, se adequada muito melhor com os exemplos dados sobre Jacó e
Esaú, em Romanos 9:11-12 do que faz o ponto de vista infralapsariano que Seu decreto
os contemplou como criaturas pecadoras. Ali, lemos: “Porque, não tendo eles ainda
nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição,
ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O
maior servirá ao menor”. O apóstolo está mostrando que a preferência foi dada a Jacó
independente de toda o fundamento de mérito, porque foi feito antes de que as crianças
nascessem. Se for mantido em mente que o que Deus faz no tempo é apenas uma
manifestação do que Ele secretamente decretou na eternidade, o ponto que estamos aqui
defendendo será muitíssimo conclusivo. Os atos de Deus, tanto da eleição quanto da
preterição – escolha e rejeição – foram totalmente independentes de qualquer “bem ou
mal” previstos. Observe também como essa expressão composta “o propósito de Deus,
segundo a eleição” apoia a tese da existência de duas partes para o decreto de Deus.

Também deve ser salientado que a predestinação de Deus de Seu povo para a bem-
aventurança eterna, antes que Ele os contemplasse como criaturas pecadoras, concorda
muito melhor do que a ideia infralapsariana, com o barro sem forma do Oleiro: “Ou não
tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro
para desonra?” (Romanos 9:21). Sobre isso, Beza (co-pastor com Calvino na igreja em

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Genebra) observou que: “se o apóstolo tivesse considerado a humanidade como corrom-
pida, ele não teria dito que alguns vasos foram feitos para honra e alguns para desonra,
mas antes, que todos os vasos eram aptos para desonra, alguns sendo deixados para
desonra, e outros transportados da desonra para a honra”.

Mas deixando de inferências e deduções, voltemo-nos agora para algo mais evidente e
definitivo. Em Efésios 1:11 lemos: “havendo sido predestinados, conforme o propósito da-
quele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade”. Agora, um estudo
cuidadoso do que precede revela uma clara distinção em “todas as coisas” que Deus
opera “segundo o conselho da sua vontade”, ou, para indicá-lo de outra maneira, as
bênçãos espirituais que Deus concede ao Seu povo são divididas em duas classes distin-
tas, de acordo como Ele os contemplou pela primeira vez em um estado não caído e, em
seguida, em um estado caído. A primeira e mais elevada classe de bênçãos são enume-
rados nos versículos 4 a 6 e relaciona-se com o decreto de Deus sobre a finalidade; a
segunda e subordinada classe de bênçãos são descritas nos versos 7 a 9 relaciona-se
com o decreto de Deus sobre os meios que Ele designou para a realização desse fim.

Estas duas partes do mistério da vontade de Deus para com o Seu povo desde a eterni-
dade são claramente marcadas pela mudança de tempo que é usada: o passado de
“também nos elegeu” (v. 4), “e nos predestinou para a adoção de filhos” (v. 5) e “nos fez
agradáveis a si no Amado” (v. 6), torna-se em tempo presente, no versículo 7: “em quem
temos a redenção pelo seu sangue”. Os benefícios mencionados nos versículos 4-6 são
como em nenhuma forma dependentes de uma consideração sobre a Queda, mas se-
guem o nosso ser escolhidos em Cristo, sendo dados sobre fundamentos altos e distintos
a partir de Seu ser o nosso Redentor. Deus nos escolhe em Cristo, nosso Cabeça, para
que sejamos “santos” significa não esta santidade imperfeito que temos nesta vida, mas
uma santidade perfeita e imutável, até mesmo como a que os anjos não tinham por
natureza; e a nossa predestinação para adoção denota uma comunhão imediata com o
próprio Deus, bênçãos que teriam sido nossas mesmo que o pecado jamais houvesse
entrado no mundo.

Como Thomas Goodwin destacou em sua inigualável exposição de Efésios 1: “A primeira


fonte de bênçãos – santidade perfeita, adoção, etc. – foram ordenadas a nós sem levar
em consideração a Queda, embora não antes da consideração da Queda; pois todas as
coisas que Deus decreta existem ao mesmo tempo em Sua mente; elas estavam todas,
tanto uma quanto a outra, ordenadas às nossas pessoas. Mas Deus, nos decretos sobre
esta primeira sorte de bênçãos nos viu como criaturas que Ele poderia e gostaria de fazer
assim gloriosos... Mas a segunda sorte de bênçãos foi ordenada a nós apenas em
consideração à Queda, e às nossas pessoas consideradas como pecadoras e incrédulas.

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A primeira sorte foi para “louvor da graça de Deus”, considerando a graça pela gratuidade
do amor; enquanto o segundo tipo é para “o louvor da glória da sua graça”, considerando
a graça da livre misericórdia”.

As primeiras e maiores bênçãos devem ter a sua plena realização nos céus, sendo ade-
quadas para aquele estado em que estaremos estabelecidos, e como na principal inten-
ção de Deus, elas estão diante da outra e são ditas terem sido “antes da fundação do
mundo” (Efésios 1:4), então elas devem ser realizadas após este mundo estar terminado,
a “adoção” a que estamos predestinados (Efésios1:5) ainda esperamos (Romanos 8:23);
enquanto que as segundas são bênçãos derramadas sobre nós no mundo inferior, pois é
aqui e agora que recebemos a “remissão dos pecados” através do sangue de Cristo. Mais
uma vez; as primeiras bênçãos são fundadas unicamente sobre a nossa relação com a
pessoa de Cristo, como é evidente, “escolhidos nele... no Amado”; mas as bençoas da
segunda sorte são baseadas em Sua obra, a redenção que advém do sacrifício de Cristo.
Assim, as últimas bênçãos são apenas a remoção daqueles obstáculos que por causa do
pecado se interpõem em nosso caminho de glória intencionada.

Mais uma vez; esta distinção das bênçãos que nós recebemos em Cristo, como criaturas,
e por meio de Cristo como pecadores, é confirmada pelo duplo ofício que Ele sustenta em
nossa direção. Isto é claramente expresso em: “Porque o marido é a cabeça da mulher,
como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo” (Efésios
5:23). Observe cuidadosamente a ordem desses títulos: Cristo é o primeiro como cabeça
e marido para nós, o que estabelece as bases dessa relação com Deus na qualidade de
Seus filhos adotados, como pelo casamento com Seu Filho. Em segundo lugar, Ele é o
nosso “Salvador”, o que necessariamente relaciona-se ao pecado. Efésios 5:23 deve ser
comparado com Colossenses 1:18-20, onde a mesma ordem é estabelecida: nos versos
18 e 19 aprendemos que Cristo é absolutamente ordenado e Sua igreja com Ele, através
do que Ele é o fundador desse estado que nós entraremos após a ressurreição, e, em
seguida, no versículo 20 O vemos como redentor e reconciliador: primeiro a “cabeça” da
Sua Igreja, e, em seguida, o seu “Salvador!” A partir desta dupla relação de Cristo com os
eleitos surge uma dupla glória para a qual Ele é ordenado: a intrínseca, devida a Ele
como o Filho de Deus que habita em natureza humana e sendo aí a cabeça de uma Igreja
gloriosa (veja João 17:5); e outra mais extrínseca, como adquirida pela Sua obra de
redenção e comprada com a agonia de Sua alma (veja Filipenses 2:8-10)!

Temos chamado a atenção para o fato de que a única razão para que qualquer alma
temente a Deus creia na doutrina da eleição é porque ela a encontra revelada em desta-
que na Palavra de Deus e, portanto, segue-se que a nossa única fonte de informação
sobre a mesma é a Palavra em si. No entanto, o que acaba de ser dito é demasiado geral

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para ser de ajuda específica para o investigador sério. Quando nos voltamos para as
Escrituras por luz sobre o mistério da eleição, é mui essencial que tenhamos em mente
que Cristo é a chave para todas as partes delas: “no rolo do livro de mim está escrito”
[Salmos 40:7], declara Ele, e, portanto, se tentarmos estudar este assunto à parte dEle,
certamente erraremos. Em capítulos anteriores nós evidenciamos que Cristo é a gran-
diosa origem da eleição, e é a partir desse ponto de partida que devemos proceder, se
quisermos fazer qualquer avanço correto.

O que acaba de ser sinalizado é válido não apenas no geral, mas em particular: por
exemplo, em relação a esse ramo especial de nosso assunto que foi discutido, nós agora
seguiremos a partir deste ponto de vista particular. Se formos corretamente de volta para
o início propriamente dito, então, aparecerá que Deus Se agradou, e assim resolveu, vir à
comunhão com a criatura, o que significa que Ele determinou trazer à existência criaturas
que deveriam gozar de comunhão com Ele mesmo. Sua própria glória era unicamente o
fim supremo desta determinação, pois “O Senhor fez todas as coisas para atender aos
seus próprios desígnios” (Provérbios 16:4). Nós repetimos, que a Sua própria glória foi o
motivo único e suficiente que levou Deus a criar a todos: “Ou quem lhe deu primeiro a ele,
para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas;
glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Romanos 11:35-36).

A principal glória que Deus projetou para Si mesmo na eleição foi a manifestação da
glória de Sua graça. Isto é irrefutavelmente estabelecido por: “E nos predestinou para
filhos de adoção por [através, no Grego] Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplá-
cito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça” (Efésios 1:5-6). A graça é uma
daquelas perfeições ilustres no caráter Divino, que é gloriosa em si mesma, e sempre
teria permanecido assim embora nenhuma criatura fosse formada; mas Deus mostrou
este atributo na eleição de tal forma que o Seu povo ainda a louvará e glorificará para
todo o sempre. Deus mostrou a Sua santidade ao entregar a Lei, o Seu poder na criação
do mundo, a Sua justiça em lançar os ímpios no inferno, mas a Sua graça resplandece
especialmente na predestinação e a que Seus eleitos são predestinados. Assim, também,
quando se diz que Deus deu a “conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de
misericórdia, que para glória já dantes preparou” (Romanos 9:23), a primeira referência é
à Sua graça, como Efésios 1:7 demonstra.

A segunda pessoa da Trindade foi predestinada para ser Deus-homem, sendo primeiro
decretado, pois somos “escolhidos nele” (Efésios 1:4), o que pressupõe que Ele seja
escolhido em primeiro lugar, como o fundamento em que nós somos estabelecidos.
Somos predestinados para a adoção de filhos, no entanto, é “por Jesus Cristo” (Efésios
1:5). Assim lemos: “O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da

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fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pedro
1:20); como veremos mais tarde que a expressão “antes da fundação do mundo” não é
apenas uma observação de tempo, mas, principalmente, uma indicação de eminência ou
preferência, que Deus tinha de Cristo em Sua visão antes de Sua intenção de criar o
mundo para Ele e Seu povo. Agora, temos mostrado que Cristo foi ordenado para ser
Deus-homem para fins muito mais elevados do que a nossa salvação, a saber, para que o
próprio Deus Se deleitasse; para contemplar a imagem perfeita de Si mesmo em uma
criatura, e por essa união, comunicar-Se com aquele homem de uma maneira e nível que
não é possível a qualquer mera criatura como tal.

Juntamente com o Filho sendo predestinado a ser Deus-homem, ali repousa a Sua
gloriosa pessoa, como Sua herança, para ser o fim soberano de todas as outras coisas
que Deus faria e a finalidade de quaisquer de suas criaturas racionais que Ele se
agradaria em escolher para a glória. Isso fica claro em: “por que tudo é vosso, e vós de
Cristo, e Cristo de Deus” (1 Coríntios 3:21-23), que é falado em referência à consumação.
Como vocês, os santos, são o fim para o qual todas as coisas foram ordenadas, assim
Cristo é o fim de vocês, e Cristo é o propósito de Deus ou o propósito em ação. Nós
dizemos que Cristo é “o fim soberano”, e não o fim supremo, pois o próprio Deus está
acima e sobre tudo; mas Cristo é o fim soberano de toda a criação, tendo co-autoridade
com Deus, abaixo de Deus. Assim, declara-se que “por Ele” e “para ele” foram criadas
todas as coisas (Colossenses 1:16), como se diz de Deus em Romanos 11:36. Assim,
este fim soberano na criação repousa nEle como a herança do Mediador: “O Pai ama o
Filho, e todas as coisas entregou nas suas mãos” (João 3:35).

Na predestinação do Filho do homem quanto à união com o Filho de Deus, e na constitui-


ção dEle através dessa união para ser o nosso fim soberano e de todas as coisas, foi
conferido ao homem Cristo Jesus, assim, exaltado ao favor mais alto possível, incomen-
suravelmente transcendendo toda a graça mostrada para os eleitos, de qualquer forma
considerada, de modo que se a nossa eleição é para o louvor da glória da graça de Deus,
a Sua muito mais. Mais honra foi conferida “ao santo ser” que nasceu da virgem do que a
todos os membros do Seu corpo místico juntos; e isso foi a graça pura e simples, graça
soberana, que a concedeu. O que havia em Sua humanidade, simplesmente considerada,
o que lhe concedeu direito a tal exaltação? nem poderia haver qualquer mérito previsto
que o exigia, por isso deve ser dito sobre o homem Jesus Cristo, como sobre todas as
outras criaturas: “Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido?”
(1 Coríntios 4:7).

Que não seja esquecido que ao decretar o Filho do homem em união com a segunda
pessoa da Trindade, com toda a honra e glória envolvidas nisso, Deus era perfeitamente

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livre, como em todo o restante, para tê-lO decretado ou não, como Ele seria; sim, tivesse
Ele se agradado, Ele poderia ter nomeado o arcanjo ao invés da semente da mulher, para
tal inestimável privilégio. Foi, portanto, a livre graça de Deus, que fez esse decreto, e
quanto mais elevada foi a dignidade conferida a Cristo acima de Seus companheiros,
tanto maior foi a graça. A predestinação do homem Jesus, então, é o maior exemplo de
graça e, portanto, o maior propósito de Deus na predestinação para manifestar a Sua
graça (de onde tem o seu título denominado “a eleição da graça” – Romanos 11:5) foi
realizado nEle sobre Seus irmãos, para que Ele seja para o louvor da glória da graça de
Deus, muito acima do que nós somos.

Desde que no caso de Cristo nós temos tanto o padrão e exemplo da eleição – a grandi-
osa origem – é bastante evidente que a graça não deve ser limitada ou entendida apenas
como o favor Divino em direção às criaturas que estão caídas e estão entregues à ruína e
miséria. A graça não necessariamente supõe pecado nos objetos em que é mostrada,
pois a mais alta instância de todas, esta da graça concedida ao homem Cristo Jesus, foi
conferida Àquele que não teve pecado e era incapaz disso. Graça é favor mostrado a
quem não merece, pois a natureza humana no Deus-homem não mereceu a distinção que
lhe foi conferida. Quando estendida às criaturas caídas, é favor demonstrado a merecedo-
res do mal e merecedores do Inferno, mas isso não está implícito no termo em si, como
pode ainda ser visto no caso da graça Divina sendo estendida aos anjos não-caídos.
Assim, como Cristo é o padrão em quem Deus predestinou Seu povo para ser conforme,
Sua eleição deles para a glória eterna estava sob Sua visão deles como criaturas não-
caídas e não como criaturas corrompidas.

Deus, tendo, assim, absolutamente escolhido o Filho do homem e com isso dotou-O de tal
realeza como a ser o fim soberano de todos a quem Ele criaria ou elegeria para a glória,
isso, portanto, segue que aqueles de nós homens que foram escolhidos, foram destinados
pela própria ordenação de Deus em nossa escolha de existirmos para a glória de Cristo
como a finalidade de nossa eleição, bem como para a própria glória de Deus. Nós não
fomos absolutamente ordenados – como Cristo em Sua predestinação única foi no
primeiro propósito dEle – senão a partir do primeiro de nós, a intenção de Deus a nosso
respeito é que sejamos de Cristo e tenhamos a nossa glória a partir dAquele que é “o
Senhor da glória “(1 Coríntios 2:8). Aqui, como em toda parte, Cristo tem a preeminência,
pois a pessoa de Cristo, Deus-homem, foi predestinada para a dignidade de Si mesmo,
mas nós para a glória de Deus e de Cristo. Embora Deus o Pai, primeiro e unicamente,
designou quem os favorecidos seriam, ainda assim, qualquer eleição que houve deveria
ser por causa de Cristo, bem como a Sua própria.

Em nossa eleição Deus tinha o Seu Filho em vista como Deus-homem, e em Seu propó-

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sito sobre Ele como a nossa finalidade, Ele nos escolheu por amor dEle, para que fôsse-
mos Seus “companheiros” ou companhias (Salmos 45:7), assim como Ele era o deleite de
Deus (Isaías 42:1), de modo que nós pudéssemos ser o Seu deleite (Provérbios 8:31).
Assim, nós fomos dados a Cristo em primeiro lugar, não como pecadores a serem salvos
por Ele, mas como membros sem pecado a uma Cabeça sem pecado, como um dom
soberano de Sua pessoa, para Sua honra e deleite, e para participar da glória
sobrenatural com Ele e dEle. “E eu dei-lhes a glória que a mim [como Deus-homem] me
deste”, em conformidade com Tua eleição deles e Teu entregar-lhes a Mim para serem
Meus. Tu os tens amado como Tu Me tens amado a Mim [ou seja, com um amor eterno
na eleição], sim, Tu lhes deste a Mim, para a Minha glória como a finalidade deles, e pelo
que, principalmente, Tu lhes amaste (João 17:22-23).

E o que se segue imediatamente em João 17? Isto: “Pai, aqueles que me deste quero
que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que
me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo” (v. 24). Cristo foi amado
em Sua eleição desde a eternidade, e a partir do amor de Deus por Ele, pessoas foram
dadas a Ele – com que propósito? Mesmo para contemplá-lO, admirá-lO e adorá-lO em
Sua pessoa e glória, como sendo a própria coisa a que eles foram ordenados, mais do
que para a própria glória deles, pois a glória deles surge a partir de contemplar a dEle (2
Coríntios 3:18). E o que é esta glória a que Cristo foi ordenado? A glória de Sua pessoa
primeiro absolutamente decretada a Ele é a elevação de Sua glória no céu, onde somos
ordenados a contemplá-la. E observe como Ele aqui (João 17:24) revela o principal
motivo de Deus nisso: “porque tu me amaste”, Cristo sendo escolhido em primeiro lugar
na designação de Deus, os membros foram escolhidos e dados a Ele para que eles
redundassem em Sua glória.

Sendo nós escolhidos para a glória de Cristo como nossa finalidade, e por amor a Ele,
bem como para a glória da graça de Deus para conosco, Deus ordenou uma dupla
relação de Cristo para conosco para a Sua glória, adicional àquela glória absoluta de Sua
pessoa. Primeiro, a relação de uma “Cabeça”, onde nós fomos entregues a Ele como
membros de Seu corpo, e como uma esposa ao seu marido para ser seu cabeça. Em
segundo lugar, a relação de um “Salvador” e Redentor, que é, em adição à sua liderança;
e ambos para adicional glória de Cristo, e também para a manifestação da graça de Deus
em relação a nós. Estas duas relações são bastante distintas e não devem ser confun-
didas. “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja,
sendo ele próprio o salvador do corpo” (Efésios 5:23): cada um desses ofícios foi nome-
ado a Ele pelo beneplácito da vontade de Deus. Esta mesma dupla relação de Cristo em
relação ao Seu povo é apresentada novamente em Colossenses 1:18-20, esta honra

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oficial dupla conferida a Ele está além e acima das realezas absolutas de Sua pessoa
como Deus-homem.

Agora vimos que a dupla relação de Cristo quanto ao Seu povo tem, adequadamente, um
duplo e distinto aspecto e consideração quanto a nós e sobre nossa eleição por Deus,
que não foi absoluta como a de Cristo foi, mas em relação aos Seus dois ofícios princi-
pais. O primeiro diz respeito às nossas pessoas, sem a consideração de nossa queda em
Adão, pelo qual fomos contemplados na pura porção da criação como a ser criada, e
nesta consideração Deus nos ordenou para a glória final, sob relação com Cristo como
“Cabeça”, seja como membros de Seu corpo ou como Sua noiva, ou melhor, tanto como
sendo Ele a Cabeça da Igreja; também ou ambas, as nossas pessoas eram plenamente
capazes antes ou sem qualquer consideração de nossa queda. Em segundo lugar, as
nossas pessoas vistas como caídas, como corruptas e pecaminosas, e, portanto, como
objetos a serem salvos e redimidos da escravidão do mesmo, sob a nossa relação com
Ele como um “Salvador”.

Cada uma dessas relações foi para a glória da graça de Deus. Primeiro, em Seu desígnio
de favorecer-nos, considerados puramente como criaturas, para uma maior glória por seu
Cristo do que era atingível pela lei da criação. Ordenar-nos a esta glória foi pura graça,
não menos do que para redimir-nos do pecado e da miséria em que caímos; pois isso foi
totalmente independente das obras ou mérito, assim como a eleição de Cristo (que é o
padrão da nossa) se deu além da consideração de obras de qualquer tipo, como Ele
declarou: “a minha bondade não chega à tua presença” (Salmo 16:2). “Embora o trabalho
da vida e agonia da morte do Filho refletiu um brilho incomparável sobre cada atributo de
Deus, ainda assim o Deus mui bendito e infinitamente feliz não tinha nenhuma necessida-
de da obediência e da morte de Seu Filho, foi por nossa causa que a obra da redenção foi
empreendida” (C. H. Spurgeon). É a esta graça original que 2 Timóteo 1:9 refere-se, foi a
graça somente, que levou Deus a nos resgatar e chamar, à parte de obras, mas
“segundo” esta graça matriz pela qual fomos ordenados para a glória desde o início.

Nessa graça original repousa o grandioso e último desígnio de Deus, pois ela terá sua
realização última em todos, e com a perfeição de todos. Deus poderia imediatamente,
sobre a nossa primeira criação, ter nos tomado nesta glória. Mas em segundo lugar, para
adicional magnificação de Cristo e demonstração mais ampla de Sua graça, para esten-
dê-la ao seu alcance máximo; como a palavra em Hebraico é “Estende a tua benignidade”
(Salmo 36:10). Ele não quis conduzir-nos à plena posse da nossa herança em contemplar
a glória pessoal de Cristo, nossa cabeça; mas permissivamente ordenou que cairíamos
em pecado, e, portanto, decretou criar-nos em condições mutáveis (como a lei da criação
requeria), o que abriu caminho para a abundância de Sua graça (Romanos 5:15). Isto é

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confirmado por: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia [um termo que denota
nosso merecimento do mal], pelo seu muito amor com que nos amou” (Efésios 2:4).
Primeiro Deus nos amou, vistos como criaturas sem pecado; e isso se tornou a base da
“misericórdia” para conosco, quando considerados como pecadores.

Foi sobre esta determinação Divina que os eleitos não entrariam imediatamente após a
sua criação na glória a que foram ordenados, antes primeiro seriam permitidos cair em
pecado e miséria e, em seguida, seriam libertos do mesmo, de forma que Cristo tivesse
Sua grandiosa e maior glória do ofício de Redentor e Salvador acrescentada à Sua
eleição de Preeminência. É nosso ser pecador e miserável que ocupa a nossa preocu-
pação presente e imediata, como a que estamos mais solícitos quanto a deixar este
mundo, e é por isso que as Escrituras, principalmente, apresentam a Cristo como Reden-
tor e Salvador. Dizemos “principalmente” pois como vimos elas não são, de forma alguma,
silenciosas sobre a maior glória advinda do fato dEle ser o Cabeça da Igreja; sim,
suficiente é dito nelas para atrair os nossos pensamentos, afeições e esperanças para
contemplá-lO em Sua grandiosa glória.

Ao concluir este esboço sobre a ordem Divina da eleição de Cristo, e nossa, como é
representada nas Escrituras, que seja destacado que não supomos um intervalo de tempo
entre Deus predestinar a Cristo, como Cabeça e O predestinar como Salvador, pois tudo
foi simultâneo na mente de Deus; mas a distinção é da ordem de natureza, e para a
nossa melhor compreensão dos mesmos. Cristo não poderia ser o “Cabeça”, sem o
correlato de Seu “corpo” místico, como Ele não poderia ser o nosso “Salvador”, a menos
que houvéssemos caído. “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem
se apraz a minha alma” (Isaías 42:1): Cristo foi o primeiro eleito e deleite de Deus e
depois Seu servo – sustentado por Ele na obra da redenção. Absoluta e principalmente
Cristo como Deus-homem foi ordenado para Ele mesmo, para Sua própria glória; relativa
e, secundariamente, Ele foi escolhido para nós e para a nossa salvação.

A glória da pessoa do Deus-homem, absolutamente considerada, foi o desígnio primário


de Deus, a que Ele determinou em Seu coração; próximo a isso foi a Sua ordenação de
Cristo para ser um Cabeça para nós e de nós para sermos um corpo para Ele, isso por
nossa união com Ele como nossa Cabeça; Ele foi o autor suficiente e eficiente de tais
bênçãos, à medida que nos tornarmos imutavelmente santos; da filiação a partir de Sua
Filiação; da aceitação graciosa de nossas pessoas nEle como o principal Amado, e
herdeiros de uma mesma glória com Ele – todas estas benções nos capacitam a sermos
considerados por Deus como criaturas puras através da nossa união com Cristo, e não
necessitados de Sua morte para comprá-las para nós, sendo bastante distintas da bênção
da redenção como Efésios 1:7 (seguido dos versículos 3-6) mostra com suficiente clareza.

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Como fazer de Cristo a nossa cabeça foi o primeiro no plano de Deus, assim são ó último
a ser efetuado, sendo esta a maior de todas as bênçãos da “salvação”, a coroa de tudo,
quando nós estaremos “para sempre com o Senhor”.

Descendo a um nível muito mais baixo, que seja sinalizado que certamente os santos
anjos não podiam ser considerados na massa corrupta quando eles foram escolhidos,
uma vez que nunca caíram; por isso, é mais razoável supor que eram considerados por
Deus mesmo quando estavam na mesma pura massa da criação, quando Ele nos elegeu.
Assim foi com a natureza humana de Cristo, que é o objeto da eleição, pois nunca caiu
em Adão, nem nunca entrou em um estado corrupto, mas foi “escolhido dentre o povo”
(Salmos 89:19), e, consequentemente, as pessoas das quais ele foi escolhido devem ser
consideradas como ainda não-caídas. Isso por si só concorda com o tipo de Eva (a Igreja)
que está sendo dada a Adão (Cristo) antes do pecado entrar no mundo. Assim, a dupla
ordenação dos eleitos para a glória e para a salvação (tendo em vista a queda) de Deus
concorda com a dupla ordenação dos não-eleitos: preterição como criaturas e condena-
ção como pecadores.

Nota: Por muito do que foi exposto acima, estamos em dívida com Thomas Goodwin. Em
alguns lugares temos sido propositadamente repetitivos neste capítulo, pois a maior parte
do fundamento examinado é inteiramente nova para a maioria dos nossos leitores.

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

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Fonte: Pbministries.org | Título Original: The Doctrine of Election

As citações bíblicas desta tradução são da versão ACF (Almeida Corrigida Revisada Fiel)

Tradução por Camila Almeida │ Revisão e Capa por William Teixeira

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Título – Autor
Corpo do texto
Fonte: Pbministries.org
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Uma Biografia de Arthur Walkington Pink

Arthur Walkington Pink (1886 – 1952) e sua esposa Vera E. Russell (1893 – 1962)

Arthur Walkington Pink (01 de abril de 1886 – 15 de julho de 1952) foi um evangelista e
teólogo inglês, conhecido por sua firme adesão aos ensinamentos calvinistas e puritanos.
Nasceu em Nottingham, Inglaterra. Seus pais eram cristãos piedosos e ele tinha um irmão
e duas irmãs. Aos 16 anos A. W. Pink encerrou os seus estudos e entrou para o ramo de
negócios. Rapidamente obteve sucesso no que havia determinado fazer, mas, para a
tristeza dos seus pais, ele abriu mão do Evangelho. Foi nesta época que ele se tornou um
discípulo da Teosofia e do Espiritismo. Em 1908 ele já era conhecido como um teosofista
e um espírita praticante. Neste mesmo ano, com 22 anos, ao chegar em casa após uma
reunião teosófica, seu pai dirigiu-se a ele e citou este versículo da Bíblia:

“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”
(Provérbios 14:12)

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Pink foi para o seu quarto e ficou pensando nas palavras que seu pai lhe dissera. Em
seguida resolveu orar e pedir uma orientação a Deus. Foi o suficiente para enxergar o seu
erro. Esta experiência foi tão marcante que A.W. Pink encontrou o que tanto desejava:
Jesus Cristo, Aquele que Lhe daria a Água Viva para saciar a sua sede, assim como
prometera à mulher samaritana (Jo 4:14).

Cristo tornara-se real para ele! O mais interessante é que, na 6ª feira daquela mesma
semana, Pink faria uma palestra para os adeptos da Teosofia (que ainda não sabiam de
sua conversão). No dia e hora marcados, Pink dirigiu-se ao salão de Convenções da
Teosofia. Quando subiu para falar, pregou o Evangelho em demonstração de Poder. A
reação da turba foi imediata: retiram-lhe à força e lançaram-no à rua. Um episódio que
serviu para abrir os olhos dele para o caminho que o esperava!

Assim, Arthur Pink não tinha mais dúvidas sobre o seu chamado. Mas em qual Igreja?
Havia tanto liberalismo nos ministérios. Então, ele foi recebido na Igreja dos Irmãos, onde
ensinavam a Bíblia com muito amor. Depois, recomendaram que ele fosse estudar no
Instituto Dwight L. Moody, em Chigago, Estados Unidos. Então, em 1910, ele foi para
Chicago estudar. Mas logo abandou o Instituto, por discordar do que ali era ensinado. Nos
anos que se seguiram esteve pastoreando Igrejas no Colorado e na Califórnia. Em 1916,
casou-se em Kentucky, com uma mulher chamada Vera E. Russell. Em 1917 pastoreou
uma Igreja Batista na Carolina do Sul.

Foi nesta época que ele começou a ter problemas com o seu ensino. Começou a ler os
puritanos e descobriu verdades que o perturbaram. Principalmente sobre a grande
doutrina bíblica da Soberania de Deus, porém à medida que ele começou a pregar sobre
isto, descobriu que não eram coisas populares. Em 1920, ele saiu da Igreja Batista na
Carolina do Sul e começou um ministério itinerante em todos os EUA, para anunciar à
Igreja esta visão da Soberania de Deus. Suas pregações eram firmes e bíblicas, mas, não
eram populares, seus ouvintes não gostavam do que ele pregava.

Em 1922, começou uma revista chamada Studies in the Scriptures (Estudo nas
Escrituras). Mas poucas pessoas se interessaram pela leitura da Revista. Ele publicou
1000 revistas e, muitas delas, não foram sequer vendidas. Ainda neste ano, fizeram-lhe
um convite para visitar a Austrália. Ele viu neste convite uma grande oportunidade de
pregar o Evangelho e terminou por estabelecer-se na cidade de Sidney, à convite das
Igrejas Batistas locais. Porém não obteve sucesso em seu ministério como pregador.

Depois de 8 anos vivendo na Austrália, em 1928, Pink retornou à Inglaterra. Onde


aconteceu uma surpreendente obra da Providência divina durante 8 anos ele procurou um

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lugar para pregar a Palavra e ajudar as pessoas, mas não conseguiu encontrar. Ninguém
estava interessado em ouvir suas pregações. A sua fé foi duramente provada durante
este período e, apesar de toda a luta, ele continuava a editar a revista “Estudo nas
Escrituras”, embora somente uns poucos a liam.

Em 1936, ele entendeu que Deus, de alguma forma, havia fechado as portas da pregação
para ele. Então ele entregou-se totalmente a escrever e expor as Escrituras Sagradas.
Esta era a sua chamada.

Quando começou a 2ª Guerra Mundial, A. W. Pink vivia no sul da Inglaterra, região que
sofreu fortes ataques aéreos. Então, em 1940, ele e a sua esposa, Vera, mudaram-se
para o norte da Escócia, em uma pequenina ilha chamada Luis. 12 anos depois, em 1952,
A.W. Pink faleceu vítima de anemia. Ian Murray, seu biógrafo, relata que, além de sua
esposa, apenas oito pessoas apareceram em seu enterro.

Com certeza, A. W. Pink (como assinava em suas cartas e artigos) nunca imaginaria que,
no final do século 20 e ao longo do século 21, dificilmente seria necessário explicar quem
é Pink quando nos dirigindo às pessoas que consideram a Bíblia como Palavra de Deus e
se empenham em compreendê-la, entre outras coisas, utilizando bons livros. Vivendo
quase em completo anonimato, salvo por aqueles poucos que assinavam sua revista
publicada mensalmente, o valor de Arthur Pink foi descoberto pelo mundo apenas após
sua morte, quando seus artigos passaram a ser reunidos e publicados na forma de livros.
Ian Murray afirma que, mediante a ampla circulação de seus escritos após a sua morte,
ele se tornou um dos autores evangélicos mais influentes na segunda metade do século
20. Foi D. Martyn Lloyd-Jones quem disse: “Não desperdice o seu tempo lendo Barth e
Brunner. Você não receberá nada deles que o ajude na pregação. Leia Pink!”.

Richard Belcher tem escrito alguns livros sobre a vida e obra do nosso autor, disse o
seguinte:

“Nós não o idolatramos. Mas o reconhecemos como um homem de Deus ímpar, que pode
nos ensinar por meio da sua caneta. Ele verdadeiramente ‘nasceu para escrever’, e todas
as circunstâncias de sua vida, mesmo as negativas que ele não entendeu, levaram-no ao
cumprimento desse propósito ordenado por Deus”.

John Thornbury, autor de vários livros, inclusive uma excelente biografia sobre David
Brainerd, disse o seguinte: “Sua influência abrange o mundo todo e hoje um exército
poderoso de pregadores de várias denominações está usando seus materiais e pregando
à congregações, grandes e pequenas, as verdades que ele extraiu da Palavra de Deus.

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Eu o honro por sua coragem, discernimento, perspicuidade, equilíbrio, e acima de tudo


por seu amor apaixonado pelo Deus trino”.

As últimas palavras de Pink antes de morrer, ao lado de sua esposa, foram: “As Escrituras
explicam a si mesmas”. Que declaração final apropriada para um homem que dedicou sua
vida ao entendimento e explicação da Palavra de Deus!

______________

Esta biografia é baseada nas seguintes fontes:

♦ DIDINI, Ronaldo. Um gigante esquecido da fé cristã: Uma biografia resumida de A. W.


Pink. Disponível em: <https://www.ministeriocaminhar.com.br/?ver=74>. Acesso em: 01
de dezembro de 2013.

♦ SABINO, Felipe A. N. Os dez Mandamentos. 1ª edição. Brasília: Editora Monergismo:


2009. Prefácio.

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Quem Somos
O Estandarte de Cristo é um projeto cujo objetivo é proclamar a Palavra de Deus e o Santo
Evangelho de Cristo Jesus, para a glória do Deus da Escritura Sagrada, através de traduções
inéditas de textos de autores bíblicos fiéis, para o português. A nossa proposta é publicar e
divulgar traduções de escritos de autores como os Puritanos e também de autores posteriores
àqueles como John Gill, Robert Murray M’Cheyne, Charles Haddon Spurgeon e Arthur
Walkington Pink. Nossas traduções estão concentradas nos escritos dos Puritanos e destes
últimos quatro autores.

O Estandarte é formado por pecadores salvos unicamente pela Graça do Santo e Soberano,
Único e Verdadeiro Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o testemunho das
Escrituras. Buscamos estudar e viver as Escrituras Sagradas em todas as áreas de suas vidas,
holisticamente; para que assim, e só assim, possamos glorificar nosso Deus e nos deleitar-
mos nEle desde agora e para sempre.

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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não
2
desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando
com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à
3
consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.
4
Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto.
Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não
5
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque
não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos
6
vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas
resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do
7
conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro
8
em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo
9
somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não
Viste as páginas10
desanimados. Persegui-
que administramos no Facebook
dos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda
a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso Facebook.com/oEstandarteDeCristo
 corpo, para que a vida de Jesus se
11  Facebook.com/ESJesusCristo
manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
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entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12  Facebook.com/NaoConformistasPuritanos 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.
 Facebook.com/ArthurWalkingtonPink E
temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós
 Facebook.com/CharlesHaddonSpurgeon.org cremos
14
também, por isso também falamos. Sabendo que  oFacebook.com/JonathanEdwards.org
que ressuscitou o Senhor Jesus nos
15

ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco. Facebook.com/JohnGill.org
Porque tudo isto é por
 Facebook.com/PaulDavidWasher
amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de
16  Facebook.com/RobertMurrayMCheyne
graças para glória de Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem
 Facebook.com/ThomasWatson.org
17
exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e
18
momentânea tribulação produz para nós um pesoPágina eterno de glória mui excelente;
Parceira: Não
OEstandarteDeCristo.com
atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se 22
veem são temporais, e as que se  Facebook.com/AMensagemCristocentrica
não veem são eternas.
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