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Eu, por exemplo, baseado em textos centrais poderia decidir que a partir de hoje não batizaria
mais ninguém. Por haver entendido mediante amparo bíblico que o batismo em si não deve
ocupar lugar de importância da forma que tem ocupado. Afinal, Jesus mesmo não batizou
ninguém, sequer um único discípulo; ou batizou? Paulo, por outro lado, cita que tenha
batizado apenas Crispo e Gaio (1Co 1.13), bem como os da casa de Estéfanas (v. 16). Ele chega
a dizer, pasmem senhores (!) que não se lembra (?) de haver batizado outros tantos.
Comprovando, portanto que não fazia relatórios ministeriais tão em voga em nossos tempos.
Cristo afirmou que o ladrão na cruz estaria com ele no paraíso, num voo sem escalas ou
conexões. E aí?
Eu particularmente tenho dificuldade de crer que os apóstolos batizaram 3 mil por imersão no
Pentecostes. Mas é uma conjectura que guardo pra mim e não a uso como cavalo de batalha.
A despeito do relato em Atos 2, chama-me a atenção o fato de Lucas não dar demasiada
importância quanto à forma do batismo, mas apenas ao ato de. A meu ver, indica muita coisa
inda mais sendo uma narrativa. Assim, a pergunta que devemos fazer é: O que
verdadeiramente importa? Decerto que não é essa disputa pública que travam batistas,
presbiterianos, assembleianos e episcopais ao longo da história.
É odiosa toda e qualquer separação no corpo de Cristo. Mais odiosa ainda torna-se essa
separação, quando o epicentro da cizânia é o tal meio de graça que foi concebido para
funcionar como sinal externo e visível de nossa união.
Renato Cunha.